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VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DA MARGEM
SUL DO TEJO
REGULAMENTO DE SERVIÇO DE
GESTÃO DE RESÍDUOS URBANOS
Regulamento de Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos da Amarsul
ÍNDICE
SUMÁRIO EXECUTIVO .................................................................................................. 6
SISTEMA MULTIMUNICIPAL .......................................................................................... 7
1. Universo de Intervenção ....................................................................................... 7
2. Infraestruturas associadas ...................................................................................... 8
3. Componentes do sistema .................................................................................... 10
REGULAMENTO DE SERVIÇO DE GESTÃO DE RESÍDUOS URBANOS ................. 28
Disposições Gerais ..................................................................................................... 28
Artigo 1.º ................................................................................................................ 28
Objeto..................................................................................................................... 28
Artigo 2.º ................................................................................................................ 29
Âmbito de Aplicação .............................................................................................. 29
Artigo 3.º ................................................................................................................ 29
Legislação Aplicável ................................................................................................ 29
Artigo 4.º ................................................................................................................ 30
Conceitos Relevantes ............................................................................................. 30
Artigo 5.º ................................................................................................................ 34
Direitos da Amarsul ............................................................................................... 34
Artigo 6.º ................................................................................................................ 34
Obrigações da Amarsul .......................................................................................... 34
Artigo 7.º ................................................................................................................ 37
Direitos dos utilizadores ........................................................................................ 37
Artigo 8.º ................................................................................................................ 38
Obrigações dos utilizadores ................................................................................... 38
Artigo 9.º ................................................................................................................ 38
Atendimento ao público ......................................................................................... 38
Artigo 10.º .............................................................................................................. 38
Procedimentos de Contratação e Prestação do Serviço ....................................... 38
Artigo 11.º .............................................................................................................. 38
Procedimentos de denúncia e resolução do contrato ........................................... 38
Artigo 12.º .............................................................................................................. 39
Exploração, manutenção e conservação dos componentes do sistema ................ 39
Artigo 13.º .............................................................................................................. 40
Critérios de quantificação do nível de utilização dos serviços .............................. 40
Artigo 14.º .............................................................................................................. 41
Regime tarifário ...................................................................................................... 41
Artigo 15.º .............................................................................................................. 42
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Universo geográfico da Amarsul ..................................................................... 8
Figura 2 – Modelo técnico de intervenção da Amarsul ................................................... 9
Figura 3 – Valores percentuais por origem e tipologia, dos RU rececionados em 2013
........................................................................................................................................ 10
Figura 4 – Ecoparque do Seixal ...................................................................................... 12
Figura 5 – Ecoparque de Palmela.................................................................................... 13
Figura 6 –Ecoparque de Setúbal ..................................................................................... 14
Figura 7 – Central de Valorização Energética (CVE) do Seixal .................................... 18
Figura 8– Linha de triagem de embalagens plásticas e de metal: cabine de pré-triagem19
Figura 9 – Ecocentro da Amarsul ................................................................................... 22
Figura 10 – Eco-transferência da Amarsul ..................................................................... 23
Figura 11 – Evolução da deposição de resíduos no período 1997 – 2013 .................... 26
Figura 12 – Lagoas de tratamento da ETL de Palmela ................................................... 27
SUMÁRIO EXECUTIVO
Em particular, estão presentes normas que dizem respeito (i) à gestão de resíduos na sua
globalidade, como tipologia de resíduos e respetivas origens, recolha e transporte de resíduos,
(ii) aos equipamentos disponíveis para a prestação do serviço e (iii) às instalações disponíveis
para a concretização da prestação do serviço.
SISTEMA MULTIMUNICIPAL
1. Universo de Intervenção
Este Sistema Multimunicipal abrange uma área total de 1.625,30 km2 e serve uma população de
cerca de 779 mil habitantes1.
1
Fonte: Resultados Definitivos dos Censos 2011. INE, publicado em Novembro 2012
Nº REVISÃO PÁGINA Data
20-12-2018
A04d-006 C 7 / 62 Aprovação:
Regulamento de Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos da Amarsul
2. Infraestruturas associadas
RU RU não- Tratamento
RIB REU E. Triagem
domésticos domésticos Mecânico
0% 100% 1,3%
68,6% 31,5% 98.7%
3. Componentes do sistema
O destino central dos resíduos produzidos neste sistema foi, durante vários anos, a deposição
nos 2 aterros a par do tratamento por compostagem, sendo estas operações bastante comuns
na 1.ª geração da gestão de resíduos. Numa 2.ª geração, o destino principal dos resíduos é o
tratamento mecânico, já em funcionamento, e o tratamento na central de valorização orgânica
do Seixal, que se encontra em construção, prevendo-se a sua entrada em exploração em 2014.
Ecoparque do Seixal,
Ecoparque de Palmela,
Ecoparque de Setúbal.
O Ecoparque do Seixal possui, como infraestrutura núcleo desde 1995, o aterro sanitário do
Seixal que serve de destino preferencial aos resíduos produzidos nos municípios de Almada e
Seixal. O aterro sanitário possui uma central de valorização energética do biogás.
Este Ecoparque integra também uma estação de triagem, para destino dos resíduos
provenientes da recolha seletiva de embalagens e, integra as instalações administrativas de
apoio à gestão dos resíduos bem como as instalações oficinais de apoio à exploração das
infraestruturas.
Zona de
construção
da central
de
valorização
orgânica
Aterro
Estação de
Triagem
Edifícios
Central de oficinais
Val. Biogás
Portaria e
edifícios de
apoio
O Ecoparque de Palmela que serve de destino preferencial aos resíduos produzidos nos
municípios de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Sesimbra e parte do concelho de
Setúbal, possui como infraestrutura núcleo, desde 1997, o aterro sanitário de Palmela. Desde
de 2013 o destino preferencial dos resíduos indiferenciados é o tratamento mecânico,
complementada por uma etapa de produção de CDR. Possui como instalações de apoio à
proteção do ambiente e da saúde pública uma estação de tratamento de lixiviados e uma
central de valorização energética do biogás, para dar destino adequado aos efluentes gerados
na exploração do aterro sanitário. Integra também instalações administrativas de apoio à
gestão dos resíduos e instalações oficinais de apoio à exploração das infraestruturas.
CDR
ETL
Centro
Eletroprodutor
de energia
Tratamento
mecânico
Oficinas
Portaria e
edifícios de
apoio
Aterro
O Ecoparque de Setúbal integra a central de compostagem para destino de parte dos resíduos
do concelho de Setúbal. Esta unidade está em exploração pela Amarsul, desde agosto de 2003.
Instalações
industriais da
central de
compostagem
Portaria e
edifícios de
apoio
Nesta central, o processamento dos resíduos inicia-se pela receção dos resíduos em fossa de
descarga, à qual se seguem duas etapas distintas: uma etapa inicial de tratamento mecânico e
uma segunda etapa de tratamento biológico.
I. Tratamento mecânico
O tratamento mecânico consiste na separação dos resíduos indiferenciados em duas frações,
(i) orgânicos e (ii) rejeitados. A separação é feita por processos essencialmente mecânicos,
realizados por equipamentos adequados para o efeito (operações de abertura de sacos,
crivagem, separação magnética, separação de inertes, entre outras).
Do quantitativo de resíduos rejeitados, uma parte possui poder calorífico significativo pelo que
poderá ser transformada em CDR para posterior valorização energética, a outra parte, sem
qualquer potencial de valorização, segue para confinamento em aterro sanitário. A matéria
orgânica separada nesta etapa, segue no processo para a etapa de tratamento biológico.
na rede pública. Desta forma, a Amarsul, incrementa o seu contributo na geração de recursos
energéticos com base em energias renováveis.
Nesta central, o processamento dos resíduos inicia-se pela receção dos resíduos em hall de
descarga, à qual se seguem duas etapas distintas: a etapa inicial de tratamento mecânico e uma
segunda etapa de tratamento biológico.
I. Tratamento mecânico
O tratamento mecânico desta central de compostagem tem a finalidade de separar os resíduos
indiferenciados em três frações, (i) recicláveis, (ii) orgânicos e (iii) rejeitados. A operação de
separação é realizada com recurso a equipamentos como abre sacos, crivos, separadores
electromagnéticos e triagem manual. Os resíduos recicláveis têm como destino o respetivo
armazenamento para posterior envio para reciclagem. O destino da componente orgânica e
dos rejeitados é idêntico ao das frações do tratamento mecânico da central de valorização
orgânica, destacando-se a fração orgânica que é a fração mais importante neste tipo de central.
Esta matéria, após mistura com material estruturante, segue no processo para a etapa de
tratamento biológico.
Deste modo, a Amarsul, passou a processar a totalidade dos resíduos de embalagens plásticas
e metálicas na estação de triagem do Seixal, a uma capacidade de 4,0ton/h, mantendo também
o processamento dos resíduos de embalagens de papel e cartão.
Na linha automatizada do Seixal, o processo inicia-se pela zona de receção em fossa com
tapete transportador, cabine para retirada de volumosos, comportando em seguida o
equipamento de abertura de sacos. Esta sequência de equipamentos é deveras importante
numa linha de triagem para que se consigam retirar objetos volumosos antes do equipamento
de abertura de sacos de forma a protege-lo. Este equipamento é também importante, uma vez
que a maioria do resíduo a triar chega do ecoponto dentro de sacos plásticos fechados.
f) Ecopontos
A recolha seletiva multimaterial efetuada pela Amarsul, tem por base o modelo inicialmente
adotado, ou seja, um sistema de recolha seletiva de
proximidade baseado no sistema tri-fluxo com suporte
em Ecopontos, constituído por um conjunto de três
contentores para a deposição seletiva de papel e cartão
(contentor azul), embalagens plásticas, metálicas e
ECAL (contentor amarelo) e vidro (contentor verde).
A colocação dos ecopontos teve, e tem em conta a estrutura demográfica da região associada
ao sistema multimunicipal, em termos da sua distribuição por aglomerados de diferente
dimensão.
Neste sentido, desde 2005 que a Amarsul, efetua a recolha porta a porta de papel cartão, com
uma viatura específica, primeiro nos municípios de Almada e Seixal, e logo de seguida nos
restantes municípios.
No caso dos ecopontos, a Amarsul, disponibiliza aos seus utilizadores vários contentores de
deposição seletiva de resíduos, num total de cerca de 8.000 contentores. Os ecopontos
encontram-se distribuídos uniformemente pelos 9 (nove) municípios, garantindo uma taxa
média de cobertura ao nível de 310 habitantes por cada ecoponto Ao nível do seu
dimensionamento, e tendo em conta as diferentes capacidades dos contentores e
considerando uma utilização de 80% uma vez que a parte da boca do contentor provoca
perdas, o volume útil total é de aproximadamente, 15.400m3.
g) Ecocentros
Os Ecocentros são instalações de apoio que se destinam à deposição voluntária e gratuita de
resíduos valorizáveis que, pelas suas caraterísticas ou dimensões, não possam ser recolhidos
nos circuitos normais de remoção de resíduos indiferenciados e/ou recolha seletiva. Estes
componentes estão disponíveis para qualquer utilizador.
A Amarsul, dispõe de sete componentes deste tipo, em Alcochete, Almada, Barreiro, Moita,
Montijo, Seixal e Sesimbra. Estes componentes dispõem de área ampla, e foram modelados por
duas plataformas desniveladas, contemplando a plataforma inferior contentores para a receção
e o armazenamento individualizado de diferentes resíduos. Nestes Ecocentros podem ser
depositados resíduos diversos, como papel e cartão, plásticos, vidro, monstros, resíduos
verdes, etc.
As pilhas, acumuladores e óleos de motor, são exemplos de outros resíduos que podem ser
entregues no Ecocentro, numa zona específica e delimitada para o efeito, cujo
acondicionamento é feito com cuidados acrescidos por se tratar de resíduos domésticos
especiais.
No caso dos sete Ecocentros disponíveis, cada um dispõe de:
a) 2 contentores de 12m3 para papel e cartão e embalagens plásticas e metálicas
b) 1 vidrão, de 3m3
c) 1 contentor aberto de 25m3 para monos
d) 1 contentor de 25m3 para resíduos verdes
Os ecocentros possuem ainda, exceto o de Sesimbra e do Seixalinho:
e) 1 oleão com capacidade para 1.000 litros de óleo mineral
f) 3 barricas de 35 litros de capacidade para óleo alimentar
g) 1 pilhão
h) Eco-Transferência
A Eco-Transferência de Sesimbra está situada no Pinhal de Cima - Carrasqueira, junto ao
Parque de Campismo do Cabedal, em Sesimbra.
Esta instalação foi concebida em 1999, para servir de base logística ao município de Sesimbra
para a concentração dos recursos e maximizar transporte desafetando os recursos de recolha
municipal, dada a distância deste município ao destino final.
Uma plataforma superior para a descarga e uma plataforma inferior para a receção,
compactação e armazenamento (para expedição de RU);
i) Aterros sanitários
Os aterros sanitários do Seixal e de Palmela são a solução de 1ª geração para o tratamento e
destino final dos resíduos sólidos urbanos deste sistema. Ambos foram construídos durante o
encerramento e requalificação ambiental das lixeiras existentes no universo geográfico da
Amarsul, e funcionam, até à data, como destino principal do modelo técnico implantado,
juntamente com a central de compostagem de Setúbal.
Saliente-se que um aterro sanitário, seja qual for a solução de tratamento que se pretenda
implementar, é uma infraestrutura sanitária de destino final omnipresente conforme é referido
pela Organização Mundial de Saúde. Com efeito esta infraestrutura sanitária tem sempre de
ser construída, quer para a receção direta dos resíduos sólidos urbanos (solução de 1ª
geração) ou para os refugos resultantes das unidades de tratamento – triagem de resíduos de
embalagem e tratamento mecânico de resíduos sólidos urbanos ou valorização orgânica de
resíduos.
Outra das razões que importa evidenciar para que a existência de um aterro sanitário seja
obrigatória, deve-se ao facto de esta infraestrutura ter de funcionar como "Fusível" aquando da
paragem daquelas instalações, seja por avarias não previsíveis seja para manutenções regulares,
tendo de se recorrer a esta solução ambientalmente correta para a receção destes resíduos.
Assim, sendo o aterro sanitário uma infraestrutura que pode introduzir impactes no meio
ambiente em geral, a sua construção obedeceu a rigorosas medidas de proteção ambiental.
Neste contexto, a construção dos aterros sanitários que servem o sistema multimunicipal da
Amarsul, foi desde logo objeto de elevadas medidas de proteção dando cumprimento a todas
as disposições legais nacionais e comunitárias em matéria de preservação ambiental.
Dentro das exigências associadas à construção da zona de confinamento dos resíduos na área
de aterro, foram também executados os necessários sistemas de captação, drenagem e
tratamento dos efluentes residuais líquidos (rede de coletores e estação de tratamento de
lixiviados) e gasosos (drenos de biogás) produzidos pela decomposição dos RU depositados,
bem como as obras de controlo (piezómetros) e desvio das águas pluviais e subterrâneas
(valetas e trincheiras filtrantes e drenos sub-superficiais) nas envolventes e zonas adjacentes.
No que respeita aos quantitativos dos resíduos depositados directamente nos aterros
sanitários, em toneladas, apresenta-se na Figura 11 , a evolução que ocorreu no período entre
1997 e 2013.
ton
500.000
450.000
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
RS dep Palmela RS dep Seixal RS recepcionado Palmela RS recepcionado Seixal
Com este Regulamento de Serviço pretende-se garantir uma prestação de serviço aos
utilizadores, com qualidade. Neste, a Amarsul, presta o serviço de recolha seletiva de resíduos
e disponibiliza os ecocentros para utilização, por parte dos utilizadores – sendo estes, o
munícipe.
Para a realização deste Regulamento foi seguida a metodologia recomendada na Portaria n.º
34/2001, de 13 de janeiro, aplicável aos sistemas municipais e intermunicipais.
Disposições Gerais
O Regulamento do serviço relativo à prestação de serviços de gestão de resíduos urbanos
contém disposições gerais que se concretizam nas normas em seguida abordadas.
Artigo 1.º
Objeto
O presente Regulamento de Serviço tem por objetivo definir as linhas orientadoras para a
concretização do serviço de gestão de resíduos urbanos, que a Amarsul, presta aos seus
utilizadores, os munícipes dos concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Palmela, Moita,
Montijo, Seixal, Sesimbra e Setúbal, bem como os respectivos Municípios.
Artigo 2.º
Âmbito de Aplicação
Artigo 3.º
Legislação Aplicável
1. Em tudo quanto for omisso neste Regulamento, são aplicáveis as disposições legais em
vigor respeitantes aos sistemas de gestão de resíduos, designadamente as constantes do
Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto e do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de
setembro, todos na redação atual.
2. A recolha dos resíduos com potencial de reciclagem observa designadamente os seguintes
diplomas legais, na sua atual redação:
a) Decreto-LeiDecreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho, relativo ao regime geral da
prevenção, produção e gestão de resíduos, consistindo na 3.ª alteração ao Decreto-Lei
n.º 178/2006, de 5 de setembro;
b) Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de dezembro, relativo à gestão de embalagens e
resíduos de embalagens;
c) Decreto-Lei n.º 67/2014, de 7 de maio, relativo à gestão de resíduos de equipamentos
elétricos e eletrónicos (REEE);
d) Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de março e Portaria n.º 417/2008, de 11 de junho,
relativos à gestão de resíduos de construção e demolição (RCD);
e) Decreto-Lei n.º 6/2009, de 6 de janeiro, relativo à gestão dos resíduos de pilhas e de
acumuladores;
f) Decreto-Lei n.º 267/2009, de 29 de setembro, relativo à gestão de óleos alimentares
usados (OAU);
g) Decreto-LeiDecreto-Lei n.º 196/2003, de 10 de agosto, relativo à gestão dos veículos
em fim de vida (VFV);
h) Portaria n.º 209/2004, de 3 de março, relativa à Lista Europeia de Resíduos (LER);
i) Portaria n.º 335/97, de 16 de maio, relativa ao transporte de resíduos.
Artigo 4.º
Conceitos Relevantes
Setembro, cujo resultado principal seja a transformação dos resíduos de modo a servirem
um fim útil, substituindo outros resíduos que, caso contrário, teriam sido utilizados para
um fim específico ou a preparação dos resíduos para esse fim na instalação ou conjunto da
economia;
kk) «Tara ativa» - registo de peso bruto de viatura em programa de pesagem, que serve de
apoio para os registos de entrada nas instalações e cálculo do peso líquido do produto
transportado.
Artigo 5.º
Direitos da Amarsul
Artigo 6.º
Obrigações da Amarsul
IV. Atender ao nível de custos necessários para uma gestão eficiente do sistema e à
existência de receitas não provenientes da tarifa;
Artigo 7.º
Direitos dos utilizadores
Artigo 8.º
Obrigações dos utilizadores
No que se refere aos utilizadores do sistema, estes devem entregar à Amarsul, nos locais por
esta indicados, todos os resíduos nas respetivas áreas e cumprir com as regras de utilização
definidas para cada unidade (Disposições Especificas).
Artigo 9.º
Atendimento ao público
Artigo 10.º
Procedimentos de Contratação e Prestação do Serviço
Artigo 11.º
Procedimentos de denúncia e resolução do contrato
Artigo 12.º
Exploração, manutenção e conservação dos componentes do sistema
Artigo 13.º
Critérios de quantificação do nível de utilização dos serviços
Artigo 14.º
Regime tarifário
Artigo 15.º
Faturação e cobrança dos serviços
1. A faturação será efetuada com periodicidade mensal, podendo ser disponibilizados aos
utilizadores mecanismos alternativos e opcionais de faturação, passíveis de serem por
estes considerados mais favoráveis e convenientes.
2. As faturas emitidas discriminam os serviços prestados e as correspondentes tarifas, bem
Artigo 16.º
Fiscalização e sanções aplicáveis
Artigo 17.º
Procedimentos e meios disponíveis para apresentação de reclamações
Artigo 18.º
Responsabilidade civil e criminal
Artigo 19.º
Anexos
Os conteúdos dos 2 (dois) Anexos a este Regulamento, e que do mesmo fazem parte
integrante, poderão ser alterados a todo o tempo, por decisão do Conselho de Administração
e após cumprimento, quando aplicável, dos procedimentos legais necessários.
Artigo 20.º
Entrada em vigor
Este Regulamento foi submetido a parecer por parte dos Municípios Utilizadores e aprovado
pelo Ministério do Ambiente em 16 de janeiro de 2015, entrando em vigor 2 (dois) dias após a
sua aprovação.
Anexos
Artigo 1.º
Objeto
O presente Anexo estabelece as regras a que fica sujeita a entrega de resíduos nos Ecoparques
Palmela, Seixal e Setúbal, Central de triagem automática e Eco-Transferência de Sesimbra.
Artigo 2.º
Objetivo
Artigo 3.º
Classificação de utilizadores
Artigo 4.º
Natureza dos resíduos admissíveis
Artigo 5.º
Classificação dos Serviços Prestados pela Amarsul
Artigo 6.º
Apresentação de pedido de descarga
Artigo 7.º
Apreciação e decisão sobre o pedido de autorização de descarga apresentado
1. Se o pedido de autorização não for conforme com o modelo adequado estipulado pela
Amarsul e for omisso quanto às informações que dele devem constar, a Amarsul informará o
requerente, indicando quais os elementos em falta ou incorretamente apresentados.
2. A Amarsul poderá solicitar a execução, a expensas do Utilizador/Transportador/Detentor,
de análise física sobre os resíduos que se pretendam descarregar.
3. Da apreciação de um requerimento apresentado em conformidade com o modelo
estipulado a Amarsul poderá:
a) Conceder a autorização de descarga sem implicação de qualquer autorização
específica;
b) Recusar a autorização de descarga fundamentando a sua decisão.
4. As autorizações de descarga deverão ser exibidas na portaria no ato de descarga.
5. As autorizações de descarga pressupõem que a descarga dos resíduos será da inteira
responsabilidade dos Utilizadores.
Nº REVISÃO PÁGINA Data
20-12-2018
A04d-006 C 47 / 62 Aprovação:
Regulamento de Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos da Amarsul
6. Dos pedidos autorizados e/ou das renovações concedidas, será dado conhecimento ao
município onde se localiza o Utilizador.
Artigo 8.º
Operações de determinação de tara ativa
Artigo 9.º
Entrega e pesagem dos resíduos
7. Sempre que por avaria das viaturas da descarga, estas não possam descarregar total ou
parcialmente a sua carga, deverão ser sempre pesadas à saída.
8. Sempre que se verifique a impossibilidade imprevista de receção dos resíduos, mesmo
parcial, informar os utilizadores municipais da ocorrência e tomar urgentemente as medidas
necessárias para repor o normal funcionamento das instalações conforme ponto 6) da Cláusula
4ª do Contrato de Entrega e Receção.
Artigo 10.º
Guia de acompanhamento
Artigo 11.º
Horário de receção
Artigo 12.º
Inspeção
Artigo 13.º
Regras de utilização
4. Sempre que se verifique avaria com imobilização de viatura, que afete a normal exploração
do Ecoparque, poderá a Amarsul promover a rápida remoção das viaturas, não se
responsabilizando pelos danos estritamente associados à remoção.
5. No acesso às áreas de receção e descarga dos resíduos deverão ser cumpridas as indicações
prestadas pelos funcionários da Amarsul, no que se refere às manobras, ao local indicado para
a descarga e procedimento de descarga.
Artigo 14.º
Regras específicas de segurança
11. Deverá ser respeitada a sinalização de proibição de fumar e foguear, bem como toda a
sinalização de segurança que exista nas instalações da Amarsul e todas as indicações de
segurança prestadas.
12. Os equipamentos utilizados pelas entidades deverão cumprir a legislação nacional e
comunitária aplicável (p.e. Directiva 2006/42/CE, de 17 de Maio, conhecida como Diretiva
Máquinas).
13. Os utentes após a descarga deverão deixar o local tal como encontrado.
14. Os motoristas e auxiliares devem ter formação adequada às tarefas a desempenhar, bem
como sobre os riscos inerentes a essas tarefas e sobre as medidas de prevenção a adotar.
15. Não é permitido procurar resíduos descarregados, nem recolhê-los para posterior
remoção do local de descarga.
Artigo 1.º
Objeto
A presente Parte estabelece as regras a que fica sujeita a entrega de resíduos nos Ecocentros.
Artigo 2.º
Objetivo
Artigo 3.º
Classificação de utilizadores dos Ecocentros
Artigo 4.º
Natureza e quantidade dos resíduos admissíveis
Artigo 5.º
Horário de receção
A utilização dos Ecocentros será limitada no horário entre as 9h00 e as 18h00 de segunda-feira
a sexta-feira e entre as 9h00 e as 12h30 ao sábado. Os Ecocentros encerram aos domingos e
feriados.
Artigo 6.º
Apreciação e decisão sobre do tipo de resíduos a descarregar
Artigo 7.º
Inspeção
2. De modo a atestar a conformidade das cargas transportadas, a Amarsul, sempre que julgue
necessário, poderá proceder à verificação dos resíduos apresentados.
3. O utilizador deverá proporcionar aos responsáveis pela inspeção as condições adequadas à
sua verificação.
4. Sempre que do resultado as inspeções se verificar a não conformidade das cargas
transportadas, a Amarsul reserva-se o direito de suspender, cancelar e/ou sancionar a
respetiva descarga.
Artigo 8.º
Regras Gerais de utilização dos Ecocentros
Artigo 9.º
Regras específicas de segurança do Ecocentro
1. Os utilizadores deverão respeitar todas as normas vigentes na Amarsul, regras QAS e todas
as indicações dos colaboradores, vigilantes e/ou responsáveis da Amarsul, quer em situações
de operação quer em situações de emergência.
2. A velocidade máxima de circulação dentro do perímetro das instalações da Amarsul é de
30km/h.
3. Aquando da descarga, os utilizadores deverão guardar distância de segurança face à
plataforma desnivelada, caso a descarga se realize nestes locais.
4. Aquando da descarga das viaturas, estas operações deverão sempre que possível ser
efetuadas com pirilampo ligado e avisador sonoro de marcha-atrás.
LOCALIZAÇÃO INSTALAÇÕES
Aterro
Tratamento Mecânico
Palmela
Unidade de Produção CDR
Aterro
Compactador Estacionário
Sesimbra
Plataforma Desnivelada
Central Compostagem
Plataforma Verdes
Anexo V- CTA
1. Embalagens de vidro
1.1. Produtos aceites: garrafas, frascos, boiões de vidro vazios
1.2. Produtos recusados: cerâmicas, lâmpadas, rolhas, cristais, loiças, espelhos, pirex.
1.3. Limites de aceitação por frete entregue:
- O total de produtos indesejados (nomeadamente cerâmicos e resíduo de construção civil)
não pode ser superior a 2%, devendo respeitar os seguintes limites de aceitação:
- Cerâmicos, resíduo de construção civil com dimensão inferior a 40 mm: <500 g/Mg (<0,05%);
- Idem, com dimensão superior a 40 mm: <5000 g/Mg (<0,50%);
- Metais ferrosos: <7500 g/Mg (<0,75%);
- Metais não ferrosos: <2000 g/Mg (<0,20%);
- Matéria orgânica: <5000 g/Mg (<0,50%).
Caso tais condições não sejam verificadas, pressupõe-se a rejeição do lote e a imputação dos
custos do seu tratamento à entidade responsável pela descarga.
2.3. Embalagens de cartão para líquidos alimentares - produtos aceites: pacotes de sumo, de
leite e de vinho.
2.4. Produtos recusados: embalagens de iogurte, electrodomésticos e embalagens que tenham
contido óleos, gorduras ou substâncias perigosas.
2.5. Limites de aceitação por frete entregue:
- A presença de resíduos orgânicos (RO) em quantidade superior a 5 % ou de resíduos
contaminantes não embalagem em quantidade superior a 40 % (incluindo a presença de um
máximo de 5% de RO), pressupõe a rejeição do lote e a imputação dos custos do seu
tratamento à entidade responsável pela descarga.
3. Papel/cartão
3.1. Papel/cartão embalagem
3.1.1. Produtos aceites: embalagens de cartão canelado, embalagens de cartão compacto,
embalagens de papel.
3.1.2. Produtos recusados: todas as embalagens que contenham produtos orgânicos, restos de
alimentos, matérias putrescíveis ou produtos perigosos (excluem-se desta classificação os
resíduos dos líquidos do enchimento original); todas as embalagens que contenham cimento ou
tenham sofrido um tratamento com betume ou alcatrão.
3.2. Papel/cartão não embalagem
3.2.1. Produtos aceites: cartão canelado, jornais, revistas, papel de escrita, papel de impressão.
3.2.2. Produtos recusados: papéis vegetais, autocolantes, encerados, pratas, papel sujo ou que
contenha plástico.
3.3 Limites de aceitação por frete entregue:
- Humidade
Se a taxa de humidade for > 12%, mas < 25% o lote é aceite com o abatimento
do excesso de peso, estipulando-se uma taxa de humidade de 12%;
Se a taxa de humidade for > 25%, o lote é recusado;
- A presença de resíduos contaminantes não embalagem em quantidade superior a 5%
pressupõe a rejeição do lote e a imputação dos custos do seu tratamento à entidade
responsável pela descarga.
Anexo VI - Ecocentro
a) Vidro proveniente de embalagens (garrafas, frascos, etc.) – < 2m3 por semana;
AVISO: Os tipos de vidro: pirex, espelho, vidro de janelas (vidro plano), vidro aramado,
resíduos cerâmicos e porcelanas, não são aceites;
c) Papel e Cartão (caixas de cartão, jornais revistas, papel de fotocópias, papel de computador
e outros tipos de papel reciclável – < 2m3 por semana;
AVISO: As caixas de cartão deverão ser espalmadas antes de serem introduzidas no contentor.
Deverão ser retirados todos os contaminantes, plásticos, ferragens dos dossiers, cordas e
outros resíduos que não sejam os indicados.
e) Monos domésticos (mobílias usadas, colchões, etc.) – < 2m3 por semana;
AVISO: Estes resíduos deverão ser sempre entregues por particulares, as unidades comerciais
e industriais deverão dirigir-se ao Aterro Sanitário. Para descarga de REEE deverão deslocar-se
aos Ecoparques de Palmela, Seixal e Eco-Transferência de Sesimbra;
f) Óleos minerais, nos ecocentros onde existam oleões (provenientes de privados, sempre em
pequenas quantidades, e nunca provenientes de oficinas de reparação/manutenção automóvel)
– 15L por semana (Não são aceites nos Ecocentros do Seixalinho – Montijo e Pinhal do
Cabedal – Sesimbra);