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V CONGRESSO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM ARTES VISUAIS ANIAV 2022
RE_CONECTAR

Zmyslowski, Eliana
eliana.zmys@gmail.com

Prado, Gilbertto
gttprado@gmail.com

Venturelli, Suzete
suzeteventurelli@gmail.com

Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo - Brasil

The Lighting design as the main tool in contemporary artistic production


of a physical space environment.

O design de iluminação como principal ferramenta na produção


artística contemporânea de uma ambientação física espacial.
COMUNICAÇÃO VIRTUAL: comunicação virtual

PALABRAS CLAVE

Design de iluminação; design contemporâneo; ambientação física; percepção visual

KEY WORDS

Lighting design; contemporary design; physical setting; visual perception

RESUMEN

Nesse artigo, discute-se a importância da luz artificial no posicionamento da produção artística contemporânea na ambientação
física espacial. Reforça-se especificamente no estudo, como a produção artística ambiental é identificada nos processos executivos
projetais em diferentes estratégias espaciais e, tem a luz artificial como principal ferramenta na prática desta composição na
produção artística na área do design de iluminação. Nota-se que, a luz artificial na ambientação física espacial, na dependência de
sua produção artística, tem o poder de se conectar e se desconectar com todos os outros elementos da composição ambiental,
entre eles: objetos, superfícies e, até os sujeitos como observadores. No intuito de auxiliar pesquisas na área do Design, analisa-se
também a influência da percepção do espectador, numa abordagem metodológica, e investiga-se o fenômeno da experiência
sensorial. Portanto, o objetivo principal do artigo é utilizar ferramentas conceituais metodológicas do Design – que se
fundamentam da teoria à prática projetual – e mostrar que a utilização da luz artificial é o elemento principal e norteador na
composição da produção artística ambiental, onde há a luz, uma das mais vigorosas formas de linguagens de comunicação na
contemporaneidade. Verifica-se que o primeiro contato sensorial do espectador é predominantemente visual e, a luz como
elemento essencial desse processo, funciona, mesmo que distante, captando olhares, atraindo e seduzindo observadores à
ambientação, por isso, torna-se ainda mais poderosa a composição. Para tanto, na produção artística ambiental, há uma forte
presença visual, e o impacto que atinge na contemporaneidade depende, em grande parte, da ousadia do design de iluminação.

ABSTRAIR

Associação Nacional de Pesquisa em Artes Visuais da ANIAV


Este trabalho é licenciado sob uma Licença Internacional Creative Commons Attribution NonCommercial-NoDerivatives (CC BY-NC-ND
4.0)
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In this article, the importance of artificial light in the positioning of contemporary artistic production in the physical space
environment is discussed. It is specifically reinforced in the study, as the environmental artistic production is identified in the project
executive processes in different spatial strategies and, has artificial light as the main tool in the practice of this composition in artistic
production in the area of lighting design. It is noted that artificial light in the physical space environment, depending on its artistic
production, has the power to connect and disconnect with all other elements of the environmental composition, among them: objects,
surfaces and even subjects as observers. In order to help research in the field of Design, the influence of the spectator's perception is
also analyzed, in a methodological approach, and the phenomenon of sensory experience is investigated. Therefore, the main objective
of the article is to use conceptual methodological tools of Design - which are based from theory to design practice - and to show that
the use of artificial light is the main and guiding element in the composition of environmental artistic production, where there is light,
one of the most vigorous forms of communication languages in contemporary times. It is verified that the spectator's first sensorial
contact is predominantly visual and, as an essential element of this process, light works, even if distant, capturing glances, attracting
and seducing observers to the ambiance, therefore, the composition becomes even more powerful. Therefore, in environmental artistic
production, there is a strong visual presence, and the impact it achieves in contemporary times depends, to a large extent, on the
boldness of the lighting design.

INTRODUCCIÓN

O tema de estudo desse artigo faz parte da pesquisa no doutorado, em que a autora, analisa a importância do design de iluminação
nas ambientações físicas espaciais e, especificamente no texto, é discutido na produção artística contemporânea a relação espacial
experimental com a percepção sensorial do observador.

Aponta-se no estudo, que a produção artística em uma ambientação física apresenta um caráter de grande importância na área do
Design de espaços e, tem como base principal, representações de narrativas experimentais. É como se a ambientação se
comunicasse com o observador e, ao ter a luz artificial, exercesse um papel de grande relevância na composição espacial.

Na contemporaneidade, entende-se o design de iluminação como uma das mais vigorosas formas de comunicação espacial porque,
conforme nos ensina Flusser (2007, p. 90), há na comunicação humana um caráter inexoravelmente ―artificial – e, é assegurado
com base nas reflexões filosóficas propiciadas por Flusser, que o espaço pode atribuir ao observador, na sua condição de
significados, um modo próprio de ser, ou seja, uma identidade personalizada. Portanto, nessa linguagem da comunicação espacial,
considera-se que em uma ambientação, de um modo peculiar, pode trazer sentidos e condições humanizadas na percepção
espacial e, por isso — traduz emoções e sensações ao observador. Para tanto, ressalta-se a necessidade e preocupação com a
produção artística espacial que, de certa forma, auxilia na relação experimental na percepção sensorial do espectador.

Contudo, segundo Cardoso (2012), o design tende se afastar da materialidade e caminhar em direção à experiência, ao uso e à
emoção. Portanto, cada vez mais, os objetos de Design serão imateriais, e o designer, como especialista na área, terá de aprender
a projetar interações espaciais. Nessa linguagem de comunicação, nota-se uma experiência de uso, de troca de informação e,
especificamente em nosso estudo, a luz artificial - na sua imaterialidade -, será um elemento fundamental para essa comunicação
na percepção sensorial.

Na composição ambiental, verifica-se que elementos se constituem de um “todo” e, se dispõem e integram na organização e
coletânea espacial, no processo da produção artística. Para tanto, Moholy Nagy (2005) demostra que, para a construção de um
repertório, a experiência de vivenciar os espaços - com o “treinamento do olhar” - se consolida como processo de percepção
consciente, com isso afirma que o espaço é uma realidade fortemente de experiências sensoriais humanas, em que o observador
interage com ele. Ainda afirma o autor que, a configuração espacial, é de relações das posições dos elementos volumétricos, assim,
para compreendê-los, temos que vivenciá-los. Em analogia com o autor, é como se esse reportório fosse descrito na experiencia
na produção da composição espacial e, encontra-se a luz artificial, em sua percepção visual, como elemento norteador deste
processo.

“Escrever com a luz também pode ser entendido como o registro e configuração dos efeitos
luminosos, relações de absorção, reflexão, reverberação e dispersão, da luz sobre materiais e
fenômenos” (MOHOLY NAGY [1925], 2005: 159-160).

Percebe-se que, esse processo transcende a experiência espacial e é a base de nosso conhecimento, sem o qual nossas vidas seriam
limitadas. Denomina-se esse processo de percepção. Brandston (2010), define percepção como uma busca dinâmica para a melhor
interpretação dos dados disponíveis, que são construídos de informações sensoriais e do conhecimento de outras características
observadas. A habilidade para “ver” deriva de uma espécie de consciência subliminar de experiências anteriores, sensações e
memórias armazenadas, para serem empregadas em outra ocasião. Para isso, Brandston (2010), demonstra como perceber e

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utilizar a luz pelas suas principais propriedades, impactam no atendimento as suas funções pela visibilidade, conforto, composição
e atmosfera. Não esquecendo também o valor da importância do contraste da sombra e da luz. O autor Brandston, em seu
pensamento eclético, revela a luz como essência em sua aplicação e reforça que, o design ganha discernimento sobre como usar a
luz, expandindo sua visão de mundo e a usar criatividade e abertura de espírito.

Neste contexto, justifica a relevância da pesquisa, o fato que a percepção sensorial tem sido foco principal de pesquisas no design
de iluminação nos últimos anos, mas, no entanto, ainda não há conhecimento de estudos luminotécnicos com relação ao processo
na composição desse elemento, a produção artística espacial.

Portanto, o objetivo da pesquisa que está em andamento pela autora deste estudo é avaliar se os efeitos da luz artificial, como
elemento norteador na experiência sensorial do observador, têm evidência sensória em aspectos perceptivos visuais captados na
composição da produção artística espacial. Assim, espera-se demonstrar que, a luz artificial com seus efeitos empíricos sensórios
na produção artística contemporânea, pode interferir e ajudar nas preferências relacionadas à experiência espacial através dos
observadores. Para tanto, é considerado se a experiência sensorial do observador está relacionada aos aspectos manipuláveis do
design de iluminação, então com uma maior abordagem estratégica nestas produções e consequentemente, maior a intensificação
do processo da percepção sensorial.

1.1 A linguagem da luz na percepção sensorial espacial

Nos estudos da linguagem da luz, embora pareça óbvio, mas bom lembrar, a primeira coisa e mais importante função da iluminação
é exatamente iluminar. Sobretudo, é necessário estudar uma série de variáveis no design de iluminação. Por exemplo, o brilho da
luz pode ser relativo, ou seja, depende do que se quer destacar ou camuflar. E também, deve-se levar sempre em conta, as
superfícies, os contrastes, as texturas, entre outras características. Como citado anteriormente no texto, são vários elementos que
compõem e constituem um “todo” na produção artística de ambientações espaciais. Assim, percebe-se que, na ambientação física
espacial, esse “todo” é apenas parcialmente presente e, é através da iluminação que, da mesma forma, os elementos que a
compõem. Uma parte pode ser visível, enquanto o resto, pode se encontrar oculto na obscuridade. Desta forma, a composição
ambiental, pode se desvanecer não apenas pela obscuridade, mas também na brancura. Segundo Arnheim (2005), no início do
Renascimento, a luz ainda era usada essencialmente como um meio de modelar o volume. 0 mundo era claro, os objetos são por
si só eram luminosos e as sombras eram aplicadas para sugerir rotundidade. Sobretudo, é analisado os efeitos da luz artificial ao
longo dos séculos e são observados segundo Arnheim (2005), que eram essencialmente produtos da curiosidade, da pesquisa e
do aprimoramento sensório.

Portanto, a composição ambiental, e sua expressão sensorial com a espacialidade, faz conexão com o observador e, tem a luz como
essência fundamental na percepção sensorial. Entretanto, o observador também utiliza dessa percepção para conectar-se com a
ambientação e, como sua primeira impressão é consequentemente uma reação subjetiva, relaciona-se também com os outros
elementos espaciais, como: cores, texturas, sons e cheiros. Alguns desses, apesar de estarem presentes em pequenas dimensões,
são determinantes para a qualidade da produção artística. Entretanto, alguns elementos não-arquitetônicos – subjetivos –,
também são a faceta mais expressiva da ambientação física, no que diz respeito à percepção sensorial.

Assim, ressalta-se que, com a luz, percebe-se, reconhece e compreende os estímulos. Ao observar as ambientações físicas espaciais,
entende-se que há habilidade de avaliar em todos os nossos sentidos, mas, é a luz, que através do nosso sentido da visão, de alguma
maneira, beneficia a todos observadores e, sem exceções, aqueles que enxergam, sentem e são seduzidos pelo que estão
observando. Para tanto, verifica-se que em tais ambientações, mesmo aqueles observadores que, com um conhecimento
superficial do espaço, lá adquirem de certa forma, uma experiencia sensorial inicial. A visão, utiliza muito mais fontes na linguagem
da informação, do que processadas pelo olho. Ela estimula todos os outros sentidos. Para Brandston (2010), a visão, inclui
conhecimento acumulado aos nossos outros sentidos; tato, paladar, olfato e audição.

Dentro deste contexto, numa ambientação, o design de iluminação permite existir uma variedade de tipos de iluminação, entre
eles: iluminação direta, indireta, luz difusa, luz efeito, luz de destaque, entre outros. Para cada tipo, pode-se produzir um
determinado efeito espacial, que precisa ser definido pelo profissional da área da iluminação - lighting designer – levando em
consideração a estética, funcionalidade e a eficiência energética no espaço.

No design de iluminação, por exemplo, a luz indireta e difusa pode trazer sensação de aconchego e relaxamento nas ambientações.
Já uma iluminação mais direta pode acentuar determinadas características das superfícies espaciais e torná-las mais
impressionantes (ver figura 01). Para tanto, nota-se que alguns princípios físicos no design de iluminação são motivos práticos e,
seguem como regras na interação entre luz e superfícies (materiais), compondo a ambientação em sua percepção espacial (ver
figura 02). Portanto, os pontos definidos na ambientação, como: texturas, cores, volumes, superfícies e formas, contribuem para a
qualidade na produção artística na arte de iluminar. Segundo Merleau-Ponty (1999), uma sensação tem que ter algo para senti-la,

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senão seria um nada de sensação, e no sentido mais geral da palavra, por exemplo, qualidades definidas, só se esboçam na massa
das impressões e, esta é posta em perspectiva e coordenada pelo espaço.

Portanto, afirma Merleau-Ponty (1999) que, a percepção espacial é um fenômeno de estrutura e só se compreende no interior de
um campo perceptivo que inteiro contribui para motivá-la, propondo o observador a uma ancoragem possível. Refletindo ainda
sobre a visão de Bradnston (2010), com as fenomenologias atribuídas por Merleau-Ponty (1999), pode-se dizer que, assim como
a aparência sem emoção é vazia, a iluminação sem emoção é estéril, é a resposta emocional definida pela cultura que rodeia – o
seu país, sua região ou mesmo seu local de trabalho. Portanto, ele afirma que a reponsabilidade do designer é despertar a
sensibilidades para aquelas emoções, porque elas são partes da vida das pessoas. Assim, percebe-se que cada autor, através de
concepções teóricas e conceituais, atesta descrever uma mesma realidade, onde ambas evidenciam as concepções pesquisadas e
descritas.

METODOLOGIA

A pesquisa em questão, em seus aspectos metodológicos, é discutida de como a produção artística na área do Design
contemporâneo e tratada em eixos de estudos como: a luz artificial e a percepção sensorial e, na intersecção desses eixos - a
ambientação física. (ver figura 1).

Figura 1 – organograma das palavras-chaves da pesquisa


Fonte: autora da pesquisa

Em relação a forma de abordagem do tema, o trabalho se caracteriza como pesquisa qualitativa, pois não busca enumerar, medir
e nem utilizar instrumental estatístico na análise de dados.

“[…] A pesquisa qualitativa costuma ser direcionada ao longo de seu desenvolvimento; […] não
busca enumerar ou medir eventos e, geralmente, não emprega instrumental estatístico para
análise de dados; seu foco de interesse é amplo […] dela faz parte a obtenção de dados
descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a situação objeto de
estudo”. (NEVES, 1996).

Com relação aos procedimentos técnicos e teóricos utilizados na pesquisa, são desenvolvidos a partir de fontes bibliográficas,
teses, dissertações, livros, publicações periódicas, impressos diversos e internet. A busca de informações neste artigo, se
complementa por meio de análise de imagens fotográficas, anexadas no desenvolvimento do texto, onde são percebidas a forma
na utilização da luz artificial, como instrumento de produção artística em ambientações físicas espaciais.

DESENVOLVIMENTO

Num sentido mais didático, pode-se perceber que a iluminação tende a guiar a atenção seletivamente do observador e também,
de acordo com o significado que ela deseja emitir. Percebe-se que, uma ambientação pode ser destacada através da luz artificial,
sem que ela seja grande na proporção da composição ou colorida e, até mesmo situada no centro das atenções. De modo similar,
esses aspectos, tornam-se secundários na composição ambiental e podem ser subordinados à vontade da produção.

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Para tanto, pode-se utilizar a luz artificial, na produção artística, para incidir ou afastar qualquer objeto da composição. Por
exemplo, na analogia com uma cena teatral, a disposição de bailarinos no palco pode dar ao público, como espectadores, diferentes
impressões, dependendo do esquema do design de iluminação no espaço. Percebe-se nessa analogia, a importância do papel da
luz artificial, na composição espacial. Segundo Fischer (2009), a luz é igualmente primordial, tal como a água e o ar e, como as
novas tecnologias (NT) dos últimos anos, tem possibilitado a elaboração de efeitos e candeeiros espantosos nas ambientações
físicas espaciais. Sobretudo, afirma o autor que, nem toda luz é igual, que a luz utilizada como parte do Design, combina na
perfeição, na quantidade, na qualidade e a expressão espacial. Reafirma como o espaço pode estar em perfeita harmonia, confirma
que a luz é o principal elemento de design no que diz respeito à percepção sensorial e, tem a capacidade para mudar os estados
de espírito do observador.

Assim, Serrat (2006) afirma que a iluminação artificial é um poderoso recurso de espetáculo que possibilita recortar objetos no
espaço, focar, diminuir e aumentar áreas no espaço, revelar altura, o perfil, os contornos e a profundidade. E, ainda com relação a
analogia, os autores identificam que a luz e seus efeitos têm recurso que permite ressaltar os elementos essenciais espaciais e
eliminar os demais. A iluminação é capaz de modificar e valorizar espetáculos, além de, observar os efeitos da luz sobre os objetos
de cena, dos elementos e equipamentos utilizados.

Contudo, segundo Zmyslowski (2009), autora da pesquisa em andamento, destaca que, o essencial ao projetar um espaço é utilizar
a iluminação como garantia de experiência espacial, agregando seus efeitos sensórios no fortalecimento da percepção espacial.
No poder de fruição da luz, segundo Cardoso (2012), o Design atribui um significado imaterial ao espaço-luz, associando à
fundamentação e aos conceitos subjetivos e abstratos.

CONCLUSÕES

A questão central da pesquisa se refere à maneira como os efeitos da luz artificial, nas ambientações físicas espaciais, podem ser
explorados e perceptíveis para que o observador tenha uma experiencia sensorial espacial.

Assim, conclui-se neste estudo que a luz é um elemento fundamental na composição da produção artística na ambientação física
espacial. Ela transforma, modifica, define, mesmo sendo um componente efêmero, visível e não palpável, funciona como elemento
norteador sensorial qualificador e simbólico espacial.

Embora haja, em andamento, o estudo de pesquisa de doutorado da autora neste artigo, percebe-se que, existem poucos estudos
a respeito do assunto, especificamente em relação à luz artificial na percepção sensorial com o observador na produção artística
na contemporaneidade. Justifica o estudo sobre o assunto e, sugere-se mais possíveis pesquisas nas linhas de trabalho a serem
desenvolvidas no futuro.

FONTES REFERENCIAIS

1. ARNHEIM R. 1904-1997 (2005). Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. Tradução de Ivonne
Terezinha de Faria. – São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
2. BRANDSTON H. M. (2010). Aprender a Ver: a essência do Design da Iluminação. Tradução Paulo Scarazzato. São Paulo:
Ed. De Maio Comunicação.
3. CARDOSO R. (2012). Design para um mundo complexo. São Paulo: Cosac Naify.
4. FISCHER J. (2009). Luz Light. [S.l]: Ullmann.
5. FLUSSER V. (2007). O mundo codificado. São Paulo: Cosac Naify.
6. MERLEAU PONTY, M. (1999). Fenomenologia da percepção. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes.
7. ____________________. (2003). O visível e o invisível (1964). 4.ed. São Paulo: Perspectiva.
8. MOHOLY NAGY L. (2005). Do material a arquitetura. Editorial Gustavo Gili, S.L. 1ª edição. Traduzido em português.
9. NEVES J.L. (1996). Pesquisa qualitativa. Características, usos e possibilidades. In. Cadernos de Pesquisa em
Administração. São Paulo, V.1, nº 3, 2º sem/1996. Disponível em hwp://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/c03-
art06.pdf.
10. SERRAT B.S.B.V.M. (2006). Iluminação cênica como elemento modificador dos espetáculos: seus efeitos sobre os
objetos de cena. (Dissertação de Mestrado) - Programa De Pós-Graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, Universidade Federal Do Rio De Janeiro, Rio de Janeiro.
11. ZMYSLOWSKI E.M.T. (2009). Vitrina como estratégia sedutora dos espaços de consumo. (Dissertação de Mestrado) -
Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo.

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