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Influencia em Portugal

A partir de 1933, Portugal e a Alemanha desenvolveram um relacionamento muito


próximo que não foi interrompido nem pela distância geográfica, nem pela neutralidade
portuguesa durante a II Guerra Mundial. Este foi um período repleto de intercâmbios e
de encontros, que beneficiaram do facto de os dois regimes partilharem características
ideológicas comuns. A diplomacia nazi em Portugal apostou na cultura enquanto
instrumento para difundir a mensagem do Partido Nacional-Socialista e das suas
políticas. Berlim deu a conhecer aos Portugueses os seus cientistas, laboratórios e
institutos, a sua arte, as suas revistas e até o seu idioma. Foram anos de uma intensa e
visível propaganda, que passou pela visita de centenas de elementos da Juventude
Hitleriana a Portugal.
Quanto a Hitler, Salazar, como católico, reprovava o seu paganismo e receava os seus
impulsos imperialistas e de expansão territorial. Em 1934 num discurso oficial Salazar
afirmou que "Portugal não se fez ou unificou nos tempos modernos nem tomou a sua
forma com o ideal pagão e anti-humano de deificar uma raça ou um império".Quando
questionado por António Ferro, "Como vê Hitler" Salazar respondeu: "A Europa deve-
lhe o grande serviço de ter recuado, com assombrosa energia, e com empolgantes
músculos, as fronteiras do comunismo. Receio apenas que ele vá longe de mais no
campo económico e social. E conversando com um diplomata romeno, que considerou
A.Hitler um selvagem sem cultura, Salazar não o seguiu em tal juízo: "deitei água na
fervura, apesar de tudo, Hitler era um génio político, tendo realizado uma obra
colossal". Contudo, nos discursos que proferiu Salazar procurou sistematicamente
diferenciar o seu Estado Novo do totalitarismo, criticando o facto de na Alemanha e na
Itália o Estado "ter em si mesmo, o seu fim e a sua razão de ser". Segundo Samuel
Hoare, Embaixador Britânico em Madrid durante a guerra, Salazar era um grande
pensador que detestava Hitler e toda a sua obra, dado que o seu estado corporativo era
fundamentalmente diferente do estado concebido pelo Nazismo ou o Fascismo.

Políticas Económicas
Quando Adolf Hitler se tornou chanceler em 1933, ele introduziu políticas destinadas a
melhorar a economia. Essas mudanças incluíam privatização de indústrias nacionais,
autarquia e impostos incidentes sobre bens importados. Salários tiveram um aumento
líquido por volta de 10,9% durante esse período. Nos primeiros anos do regime, a
economia da Alemanha recuperou-se e cresceu de maneira extremamente rápida, o que
foi considerado "um milagre" por muitos economistas, muito embora tenha se
manifestado de maneira desigual Exemplos disso são o desemprego, reduzido de seis
milhões de desempregados em 1932 para menos de um milhão em 1936, assim como a
produção nacional, que registou um aumento de 102%, de 1932 a 1937, e a renda
nacional, que dobrou.
Educação na Alemanha Nazi
A política educacional na Alemanha nazista, além de transmitir aos alunos o
conhecimento teórico, também os treinava política e militarmente. Em 30 de abril de
1934, Bernhard Rust, foi nomeado Ministro da Ciência, Educação e Cultura do Reich,
amigo de Hitler e fanático nazista, demitido anteriormente do cargo de mestre-escola
provincial por debilidades mentais. As escolas alemãs foram rapidamente nazificadas,
os professores eram defensores ou membros do partido nazista, muitos foram treinados
para transmitir a ideologia nazista. A Lei do Funcionalismo Civil de 1937 dizia que os
professores deviam defender as ideias nazistas e todos os professores juraram fidelidade
a Adolf Hitler.
Como os nazistas consideravam as crianças o futuro do Reich, e o futuro que essas
crianças construiriam era o que estava escrito no Mein Kampf, os professores eram
instruídos a ensinar as crianças de modo que elas estivessem de acordo com os
princípios educacionais, culturais e morais nazistas. O ensino das "ciências raciais" (em
alemão Rassenkunde) dizia que a raça ariana era a raça superior, raça que deveria ter
sempre em mente a sua soberania, e ao mesmo tempo compaixão por quase todas as
outras raças - os judeus, ditos inferiores, deveriam ser tratados com desprezo. O ensino
das ciências naturais deteriorou-se rapidamente. Começou a ser ensinado "física alemã",
"química alemã" e "matemática alemã", aplicando-se o nazismo em todas as ciências. A
resistência à nazificação da educação foi relativamente pequena, embora alguns poucos
tenham se demitido e fugido da Alemanha. Estima-se que 2.800 professores e
instrutores - um quarto do total - foram demitidos nos primeiros cinco anos do regime.
A maior parte desse número era constituída de professores judeus que se mudaram para
fugir do regime.

Mulheres na Alemanha Nazi


As mulheres na Alemanha Nazista estavam sujeitas às doutrinas do Nazismo pelo
Partido Nazi (NSDAP), sendo excluídas da vida política ativa da Alemanha, tal como
dos corpos executivos e comissões executivas. Embora o Partido Nazista tivesse
decretado que as "mulheres não podiam ser admitidas nem como executivas do partido,
nem na Comissão Administrativa", tal não evitou que várias mulheres se tornassem
membros do partido, em busca de aprovação do povo. Contudo, a doutrina nazi dava
ênfase ao papel do homem alemão, destacando as suas capacidades de combate e a
camaradagem entre si. As mulheres viviam num regime caracterizado por uma política
confinada ao papel de esposa e mãe, e excluindo-as de todas as posições de
responsabilidade, em particular nas esferas política e académica.

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