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UNAMA – CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO


TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA, DO URBANISMO E DO PÁISAGISMO I
PROFA. HELENA LÚCIA ZAGURY TOURINHO
UNIDADE 2: GRÉCIA ANTIGA

TEMPLOS

ORIGEM E FUNÇÃO
Na época primitiva – Ausência de edificação religiosa autônoma
Sacrifícios e cultos ao ar livre ou no palácio
Período homérico – Templos abrigam imagens e objetos de culto
Os sacrifícios e cultos eram ao ar livre

TIPOS DE TEMPLO

A – Templo de antas: pronaos (vestíbulo), cela (naos), antas e colunas


D – Templo de antas duplas: templo de antas + opistódomo
C – Templo próstilo: pronaos (vestíbulo), cela (naos), pórtico e colunas
F – Templo anfipróstilo: templo próstilo + pórtico posterior
B – Templo períptero: pronaos (vestíbulo), cela (naos), opistódomo, pórtico com
galeria de colunas nas quatro fachadas (ambulatório)
E – Templo díptero: templo períptero com duas fileiras de colunas
G – Templo em tholo ou monóptero: circular
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TEMPLOS – CLASSIFICAÇÕES

Quanto à ordem arquitetônica:


Dórico
Jônico
Coríntio

Quanto ao número de colunas na fachada principal


Distilo:...........2 colunas
Tetrástilo:......4 colunas
Hexástilo:......6 colunas
Octóstilo:...... 8 colunas
Decástilos:...10 colunas
Dodecástilo: 12 colunas

Quanto ao tamanho do intercolúnio das fachadas


Pcinostilo: Int.= 1,5 x diâmetro da coluna
Sistilo:.................2,0 x diâmetro da coluna
Diastilo:...............3,0 x diâmetro da coluna
Areóstilo:....+ de 3,0 x diâmetro da coluna

Quanto à forma:
In antis
Antas duplas
Próstilo
Anfipróstilo
Períptero
Díptero
Monóptero (tholo)
Polimorfos
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TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA, DO URBANISMO E DO PÁISAGISMO I
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TEMPLOS – EVOLUÇÃO

PRIMEIROS TEMPLOS: forma do megaron e da habitação senhorial

NO PERÍODO ARCAICO: assume a forma definitiva.

TENDÊNCIAS NOTADAS NO PROCESSO EVOLUTIVO:


o Queda na relação entre fachada principal e fachada lateral de 1:3 para 1:2
Primeiro: plantas alongadas
Depois: embasamento encurtado na longitude e alargado na face principal

o Dos intercolúnios das fachadas laterais e posterior serem iguais aos da


fachada principal
No período arcaico o intercolúnio frontal era maior
A exceção na ordem dórica - problema das esquinas

o Aumento do intercolúnio e redução na altura do entablamento


A necessidade de diminuir o peso sobre as colunas
o Fazer o ambulatório (galerias laterais e frontais) da mesma dimensão
No início a galeria frontal era mais larga
o Aumento da altura dos degraus do crepidoma
A tese de Hittorff da perda do caráter de uso profano
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ALTARES

FUNÇÃO: Local de cerimônias que envolviam sacrifícios, destinado a acolher ofertas de


vinho e sangue

FORMAS: Redondos ou retangulares


COMPONENTES: Mesas de sacrifício – destinadas a realização de holocaustos
Muro para proteção contra os ventos

EXEMPLOS

Altar de Rhoikos do Heraion em Samos (séc. VI aC)


Orientação definida pelo eixo do templo
Plataforma de 3m x 14m
Muro contravento com cornija
Árvore sagrada
Mesa de sacrifícios

Altar de Zeus em Pérgamo (helenístico –180 C)


Embasamento: escalonado, com 5 degraus, 36.4m x 34,2m
1. Grande escada de acesso ao pórtico
2. Pórtico com colunas Jônicas
3. Pátio do altar
4. Muro contravento
5. Mesa de sacrifícios
6. Friso com 2.30m de altura e 115m de comprimento
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TEATROS
FUNÇÕES: 1º.o culto religioso, depois apresentação de dramas e comédias
Era um espaço telúrico (integrado ao mundo e à paisagem), que provocava no
espírito do espectador:
“a presença do infinito dentro de uma ação materialmente limitada”
(JOÃO BOLTSHAUSER, p. 1023)
PRINCIPAIS TEATROS GREGOS:
Dionísio em Atenas (sul da acrópole).
Epidauro de autoria de Policleto
(o mais perfeito para os gregos = 14.000 p.)
Delfos, no recinto de Apolo
Siracusa, Segeste e Taoormina (na Sicília)

OS COMPONENTES BÁSICOS:
Orquestra:
Local de danças rituais, apresentações dos corais
recitantes representações de dramas e comédias.
TEATRO DE DELFOS
Koilon ou theatron
Parte reservada ao público
Situada em volta da orquestra, no sopé de
uma montanha.

Composto por:
Diazoma e diazomata - passagens
horizontais
Kérkides - passagens radiais
Poédria - locais de honra na fila inferior
do koilon, Podiam ter poltronas
talhadas na pedra.

Skene ou cena
Separa a orquestra da parte posterior
Indica o lugar para a entrada dos atores.

Proskenion ou proscênio

Altar
Lugar de realização de sacrifícios
Depois mudou para a borda da orquestra sendo depois separado desta.

Vasos acústicos:
Colocados em nichos sob os assentos para reforçar a voz dos atores
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STOAS

FUNÇÕES:
Abrigar os cidadãos do sol e da chuva
Abrigar atividades terciárias (comércio, galerias de arte, instituições, etc.)

EVOLUÇÃO:
Surgem no séc. VII aC nos santuários como longas e estreitas galerias, abertas em um
dos lados maiores e providas de colunas.
No séc. V aC adquirem importância e são construídas em volta das ágoras
Tornam-se grandes edifícios sendo construídos com vários ambientes e andares.
No período helenístico contornam parte da agora podendo assumir as formas de “I”, de
“L” de “U” e, muito raramente, cercar o perímetro todo da ágora

COMPONENTES:
Galeria coberta (única ou com três naves)
Colunata interna
Lojas ou galerias em uma ou duas fileiras
Modelo de Pérgamo:
Térreo livre com aberturas para o exterior
Lojas no térreo e/ou pavimento superior

EXEMPLOS:
Stoa de Atalo em Atenas ( 140 AC)
Stoa da agora de Assos (séc. II aC)
Stoa de Antígono em Delos (254)
Stoa de Felipe II em Megalópolis (340-330)

STOA DE PRIENE (sec. II aC) STOA DE ÁTALO, Atenas (140aC)


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PROPILEUS

DEFINIÇÃO
Pórticos ou pequenas edificações localizadas
nas entradas de santuários ou grandes edificações

EVOLUÇÃO
Primeiro: portas de madeira
aberturas reforçadas por pilares
Depois – volume independente

COMPONENTES:
Pórticos anterior e posterior com colunas
Muro central com porta(s)
Frontão triangular na fachada principal ou lateral

PROPILEU DA ACRÓPOLE DE ATENAS (437 aC)

Arquiteto: Menesicles

Características gerais
Muda a concepção de propileu
Edificações laterais
Monumentalidade
Acesso em zig-zag
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BULEUTERION

FUNÇÃO
Local de reunião de magistrados ou sede da assembléia consultiva

PERÍODO ARCAICO: Salas alongadas com fileira de coluna no centro

PERÍODO CLÁSSICO: Desenvolve-se um edifício – tipo


Características: grande sala quadrada
arquibancadas dispostas em 3 lados
local para o orador

EXEMPLO: Buleuterion de Priene

Dimensões 18m x 20m


Uso da inclinação do terreno para arquibancadas
Fileiras de colunas para sustentar vigas de 15m
Tribuna de oradores
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O GINÁSIO E A PALESTRA

FUNÇÕES:
Local para educação física e intelectual
GINÁSIO:
Compreende um conjunto de campos, pistas, galerias e edifícios anexos, sendo o
principal a palestra.

Palestra de Olímpia (séc. III aC)

Pátio de exercícios de lutas


aberto e quadrado
Salas de diferentes tamanhos
Presença de bancos em vários
ambientes
Entrada por 3 acessos
(o principal com um
portal tipo propileu

Estadio Panatenaico de Atenas


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HABITAÇÃO

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
A ênfase nas edificações religiosas torna lenta a evolução das residências
Pouco interesse dos historiadores pela arquitetura das habitações

PERÍODO ARCAICO
Ambientes agrupados em torno de um pátio interior adaptando-se de forma acidental aos
lotes e à topografia

PERÍODO CLÁSSICO
A emergência de tipos básicos de habitações com a difusão do urbanismo baseado em
traçados regulares de quarteirões e lotes
a permanência da tradição egéia antiga com variações livres

PRINCIPAIS TIPOS DE HABITAÇÃO


Casas com peristilo e pátios centrais (Casa de Hermes em Delos)
Um pórtico percorre 3 ou 4 lados do pátio e comunica os diferentes ambientes da casa

Casas com pátio e megaron (Habitação em Priene)


O megaron abriga o “Andron”, ambiente destinado aos homens

Casas zoneadas (Casa de Olinto)


Andronitis: ala predominantemente dos homens
Gyneaconitis: ala predominantemente das mulheres e crianças
Oecus: ala de atividades domésticas (menos cozinhar), usada pelas mulheres.
Vestuário, estar e copa (sala de refeições).

CASA DE HERMES EM DELOS


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CASA COM PÁTIO E MEGARON EM PRIENE

MODELO DA CASA ZONEADA

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