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O que é o transhumanismo:

https://www.youtube.com/watch?
v=Bo3VZCjDhGI&list=PPSV&ab_channel=NeuralSynesthesia

https://www.youtube.com/watch?
v=bTMS9y8OVuY&list=PPSV&ab_channel=BritishInstituteofPosthumanStudi
es
A possibilidade dele:
https://www.youtube.com/watch?
v=8UuGaKrFEIo&list=PPSV&ab_channel=CortesdoCi%C3%AAnciaSemFim
%5BOFICIAL%5D

Link Neuralink:
https://neuralink.com/

A história e origem do Transumanismo:


Tudo se inicia com a figura de Julian Huxley, um biólogo inglês que se formou
na Balliol College em Oxford, instituição essa que faz parte da Universidade de
Oxford e é conhecida por tradicionalmente possuir os estudantes que são mais
engajados politicamente. É importante para entendermos o contexto em que o
Transumanismo se desenvolve a partir de Huxley, ele era biólogo, filósofo,
humanista, que é uma filosofia que coloca os humanos como o centro do mundo
e além disso eugenista. Ele enxergava que o ser humano iria se evoluir
principalmente por meios sociais e culturais, entretanto o termo e suas ideias
foram base para o desenvolvimento do que hoje entendemos como
transumanismo. Além disso é interessante citar que Huxley foi o primeiro
diretor-geral da UNESCO e também nomeado cavaleiro da coroa britânica em
1958.
Revista psicologia no Brasil:
Afonso Iwata, mestrando em psicologia na Universidade Estadual de Maringá e
Sylvia Pires, Doutora em psicologia e orientadora de Afonso escreveram um
artigo para a revista A psicologia no Brasil: teoria e pesquisa, publicada em
2022 intitulado: o projeto de controle das emoções pelo Transumanismo: uma
análise
pela perspectiva do existencialismo de Jean-Paul Sartre.
A felicidade para Pearce:
A felicidade para Pearce se encontra em um estado estagnado na humanidade,
onde existe um padrão seguido e um limite do quanto se pode ser feliz, mesmo
colocando-se a avaliação a partir de adversidades da vida.
Um conceito que ajuda na compreensão dessa estagnação da felicidade, usado
por Pearce (2020), é o que os autores Brickman e Campbell (1971)
denominaram de Esteira hedônica. A partir de entrevistas feitas com pessoas
que ganharam na loteria e com cadeirantes que ficaram nesta condição após
sofrerem algum tipo de acidente, os autores concluíram que, analogamente a
uma pessoa em uma esteira ergométrica de academia, há uma tendência humana
de adaptação em relação a um nível padrão de felicidade, mesmo após
mudanças significativas na vida. É como se as mudanças da vida
representassem o aumento ou a diminuição da velocidade na esteira, e com isso
vem a capacidade de, apesar dessas mudanças, o ser humano se adaptar ao
ritmo. Ou seja, mesmo mudanças radicais na vida dos sujeitos não têm um
impacto de longo prazo na felicidade, pois o ponto de ajuste hedônico de uma
pessoa permanece relativamente o mesmo.

Problemas do Transumanismo:
https://www.youtube.com/watch?v=Mm9qplsm--
k&list=PPSV&ab_channel=FlowPodcuts
Para Francis Fukuyama, filósofo economista político existem duas áreas que são
de maior gravidade e importância em questão dos problemas do
Transumanismo.
I. Dentro do campo sociopolítico, onde se entra em questão a acessibilidade
e produção deste tipo de tecnologia. (Problema esse que é identificado
também por outros autores como que é PhD em bioquímica e biologia
molecular, como é citado em seu artigo “Human enhancement and
functional diversity: Ethical concerns of emerging technologies and
transhumanism” traduzido como “Aprimoramento humano e diversidade
funcional: preocupações éticas de tecnologias emergentes e
Transumanismo.”
II. Na área metafísica, na perspectiva da identidade humana e relação entre o
sujeito-mundo.
A partir de Sartre entendemos que a visão de sentido e mundo do homem é
diretamente ligada com as emoções, um mundo onde não se sabe escolher
entre uma bala e uma casa pois ambas trazem a mesma emoção faz com que
a baliza do mundo seja perdida.
Além disso pode-se identificar como um dos grandes problemas do
Transumanismo a questão eugênica e as cobaias humanas.

A bioética e o transhumanismo:
Uma das questões que surgem na verdade não se trata exatamente sobre
humanos, mas como apontado por Allen Porter, autor do artigo “Bioethics
and Transhumanism” na revista “The Journal of Medicine and Philosophy: A
Forum for Bioethics and Philosophy of Medicine, Volume 42” publicado em
junho de 2017 se existir um futuro onde uma inteligência artificial for
consciente (o que não significa necessariamente onisciente) como se lida
com o abuso, escravidão e violência contra esses que não são humanos e
nem seres vivos? O autor cita uma série chamada Westworld, onde robôs
talvez pós humanos tem o potencial para ter ao menos o mesmo potencial
cognitivo e sentimental que humanos (no caso os visitantes do parque),
entretanto estes estão limitados pelo propósito de existência que lhes é
definido pela sua programação.
Além disso é exemplificado no artigo o outro lado da moeda, onde temos o
pós-humano não reconhecendo conceitos como moral e personalidade
humana (como em exterminador do futuro e matrix).
Na conclusão do autor ele relata como os avanços e aspectos positivos do
transhumanismo são muitos, entretanto é necessário ser muito suspeito com
essa visão otimista que o transhumanismo exibe. Ele enfatiza que
transhumanistas devem ser levados a sério (a exemplo do que Elon Musk faz
hoje em dia) pois seu discurso é sério, importante e pode trazer
consequências muito positivas, porém também muito catastróficas,
principalmente onde se trata de biotecnologia.

Em outro artigo escrito por um grupo de estudiosos da área da bioética de


diversas Universidades de Lima e Apurimac no Peru põem mais a tona o
problema de experimentos em humanos pela indústria farmacêutica que já
gera diversas controvérsias.
Eles citam o autor Holub que supõem que o transhumanismo tem como um
de seus objetivos substituir a bioética pois a bioética lida com a investigação
da ética do presente, enquanto o transhumanismo se preocupa com as
consequências que levam ao futuro, esse futuro é uma ser chamado “pós-
humano”.
O transhumanismo quer aprimorar o ser humano biologicamente, tirando
sistemas e funções que são definidas como “inúteis” ou ruins como morte
orgânica, dor, deficiências biológicas. O meio de se alcançar isso seria então
deixar para trás o corpo orgânico e transferir a mente para um meio digital,
entretanto como vimos antes não só essa ideia de “cópia mental” existe, mas
um literal aprimoramento biológico do ser, que da mesma forma o
transformaria num recipiente para algo agora diferente do que o ser humano,
portanto o que seria esse novo ser, seja ele digital ou biológico? Ou então
coloca-se a questão sobre o que seremos nós, humanos normais sem esses
“aprimoramentos”.
Indo ao encontro do artigo passado temos o debate sobre a possível
necessidade de agora existirem os “neuro-rights” ou “neurodireitos” que
seriam então questões éticas, políticas, sociais e judiciais que se aplicam a
seres neuropsiológicos.
Em sua conclusão o artigo define que os avanços que o trabalho sério do
transhumanismo traz são muito bem-vindos, entretanto o impacto que eles
podem trazer para a sociedade e questões básicas da ética devem ser
respeitados e isso não ocorrer é legítimo a proibição destes estudos.

A teologia e o transhumanismo:
A conversa sobre o assunto do transhumanismo ainda é recente em todo o
mundo e mesmo quando se trata do tema em ciências onde o assunto está em
voga como um dos carros chefes não se encontram resposta ainda, mas sim
muitas divagações e suposições sobre a ética e a possibilidade do
transhumanismo, dentro da teologia encontramos algo semelhante onde
respostas ainda não foram encontradas para diversos problemas, entretanto
algumas coisas podemos nos aproximar de algo como uma conclusão.

No livro “religion and thanshumanism the unkown future of human


enhancement” ou “religião e transhumanismo o futuro desconhecido
aprimoramento humano” somos colocados diante de diversas questões,
entretanto uma delas sendo a questão de co-criação. Deus é o criador de tudo
existente, portanto, tudo criado pelos homens apesar de ter agora o pecado
transpassando pelo mesmo é também parte da criação de Deus. Além disso
se o transhumanismo é uma forma de servir ao próximo, dar amor, cuidado
ou bem-estar para outro ou outros seres humanos será que isso não o torna
legítimo? Entretanto entram ainda as questões salvíficas para seres não
biológicos por exemplo, sem esse sopro de vida. Na obra de ficção Death
Stranding o mundo dos mortos se mistura ao mundo dos vivos, assim cada
um tem sua própria “praia” que funciona como uma espécie de purgatório,
antecedendo a eternidade. Entretanto na obra existe um humano que é
similiar a criatura de frankestein, sendo criado em laboratório e tendo em seu
corpo composto por membros de pessoas falecidas, sendo assim ele não
possuí algo similar a uma “alma” e portanto também não possuí sua “praia”
pois no momento de sua morte ele não será encaminhado para a eternidade,
mas o vazio eterno.
Daekyung Jung, teólogo sistemático e professor da Global Brainhall
Soongsil University na Coréia acredita que o diálogo entre teologia e
transhumanismo é positivo e necessário para se aprimorar o modo como ele
ira se desenvolver no futuro.
King-Ho Leung professor da Universidade de St Andrews, no Reino Unido
coloca o transhumanismo como problemático principalmente quando tem
como objetivo alcançar a imortalidade do ser, principalmente em relação a
algo como a singularidade.
Ele fala sobre a questão da graça e da graça transhumanista, onde a graça
funciona como um tratamento e também a cura. Aqui somos pecadores e por
meio de Cristo alcançamos o perdão de nossos pecados e assim podemos
lidar com a nossa existência contaminada e os sintomas que ela inflige em
nós, entretanto chega então a cura que nada mais é que nossa salvação, onde
somos libertos da doença e vivemos agora como criaturas perfeitas e livres
de pecado assim como a vontade de Deus. O transhumanismo por outro lado
apesar de talvez em algumas instâncias tratar dos sintomas do pecado não
consegue o curar, condenando o “paciente” a enfermidade eterna.

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