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Disciplina: Psicologia da Religião

Leia o texto e assista ao vídeo do link sugerido abaixo e reflita sobre o campo
de estudo da Psicologia da Religião e seu campo de estudos.

Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=lIlOmvId94s-acessoem27/04/2016

Módulo – I

Nesse módulo vamos estudar a Psicologia da Religião que se tornou campo de


estudo dos psicólogos no início do século XX e teve como seu grande teórico o
psicólogo Carl Gustav Jung (1875 — 1961). Sugerimos um texto e um vídeo.
Leia e assista. E bons estudos!!!

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Figura 1: Foto em grupo de 1909 na frente da Clark University. Fila da
frente: Sigmund Freud, G. Stanley Hall, Carl Jung. Fila atrás: Abraham
Brill, Ernest Jones, Sándor Ferenczi.

Psicologia da religião

É o estudo psicológico das experiências religiosas e crenças. No Cristianismo,


a psicologia da religião ou psicologia pastoral é um subcampo da Teologia
pastoral.

Há de se verificar, ao tecer considerações acerca das inter-relações entre


a psicologia e religião, as distintas formas ou escolas de psicologia
enquanto ciência e a ampla variedade do fenômeno religioso enquanto objeto
do estudo da história e/ou da sociologia das religiões. Entre as contribuições da
psicologia há um destaque para aproximação da antropologia e
psicanálise onde se insere o tema das religiões tratado mais extensamente
por Carl Gustav Jung (1875 — 1961) e tema de recentes estudos
sobre meditação utiliza do eletroencefalograma a exemplo de diversos
estudos Holística e Psicologia transpessoal outras técnicas da
moderna neurociência constituindo a corrente denominada
por Neuroteologia ou o estudo da base neural
da espiritualidade e emoção religiosa.

Disponível em:

https://www.metodista.br/revistas/revistas-
ims/index.php/CA/article/viewFile/1485/1510-acessoem27/04/2016 - Texto do
Prof. James Reaves Farris sobre Psicologia e Religião.

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Módulo - II

Holística e Religião

Nesse módulo vamos estudar a contribuição da holística para entender como a


religião se comunica com outras ciências humanas e sociais; e com outras
religiões.

Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=Puo8WF4rEqI-acessoem27/04/2016 -
Documentário em inglês - Igreja e Ciência | Igreja Católica Construtora da
Civilização
Uma nova aliança entre ciência e religião?
18/02/2013
Leonardo Boff*

Cada época cultural estabelece seu diálogo com a natureza. Ora enfatiza seu
caráter imponderável e por isso mágico; ora capta sua profunda simetria e daí
a natureza como cosmos; e outras vezes ainda seu aspecto criativo, irredutível
à lógica linear. Segundo Alexandre Koyré e Ilya Prigogine (dois teóricos da
ciência) é o diálogo experimental que constitui a prática específica da ciência
moderna. Hoje para além dela, parece ser a prática holística aquela que
caracteriza a abordagem contemporânea da natureza. Todas as pronúncias do
mundo são complementares e ajudam na decifração daquilo que é mais do que
o enigma da natureza, vale dizer, o seu verdadeiro mistério.
Para a visão contemporânea, o universo constitui mais e mais uma realidade
incognoscível. Ela é continuamente desafiada a conhecer num processo que
não tem fim. Por esta razão é importante tomar a sério as várias janelas que os
distintos saberes abrem para a compreensão da natureza. Daí surge seu
caráter holístico (totalizante e sintético).

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De todas as formas, a leitura do mundo pertence ao complexo cultural do
tempo e se inscreve no concerto das demais práticas. Da dialogação do ser
humano com a natureza surgem as várias cosmologias. Cada cosmologia se
orienta por uma imagem do mundo resultante dos mais distintos saberes.
Curiosamente, cada comologia suscita a questão de Deus. E com razão, pois
como dizia o grande físico David Bohm, (prêmio Nobel):‖as pessoas
intuem uma forma de inteligência que organizou, no passado, o universo e a
personalizaram chamando-a ―Deus‖.

A cosmologia antiga via o mundo na metáfora da pirâmide. Deus se encaixava


aí perfeitamente, como o cume de todos os seres. Na cosmologia moderna de
A. Newton e de G. Galilei o mundo era visto como uma máquina que funciona
com suas leis determinísticas. Deus entra como o arqueteto do
universo que no início colocou a máquina em funcionamento. E não precisa
mais acompanhá-la. A cosmologia contemporânea considera o mundo como
um jogo ou uma dança ou uma teia ou uma rede. Já há décadas, se reconhece
que o universo constitui um imenso jogo de forças em interação, uma dança
cósmica de partículas sempre interdependentes, formando campos de matéria
e de energia cada vez mais ordenados, até que nos seres vivos ganha
autoregulação que escapa à segunda lei da termodinâmica: a entropia. A seta
do tempo, ao invés de nos conduzir para a desordem máxima e a morte
térmica, nos introduz a patamares sempre mais altos de sentido e de
criatividade. É a visão de Ilya Prigogine (prêmio Nobel) com suas estruturas
dissipativas.

O que mais fascina os cientistas é a constatação da harmonia e da beleza do


universo. Tudo parece ter sido montado para que, da profundidade abissal de
um oceano de energia primodial (o vácuo quântico), devessem surgir o campo
de Higgs, os bósons, as partículas elementares, depois a matéria ordenada,
em seguida a matéria complexa que é a vida e por fim a matéria em sintonia
completa de vibrações, formando uma suprema unidade holística: a
consciência (condensado Bose-Einstein de tipo Fröhlich/Prigogine).
Como dizem os formuladores do princípio andrópico (forte e fraco, Brandon
Carter, Hubert Reeves e outros): se as coisas não tivessem ocorrido como
ocorreram, não estaríamos aqui para falar delas. Quer dizer, para

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que pudéssemos estar aqui, foi necessário que todos os fatores cósmicos, em
todos os 13,7 bilhões de anos, tivessem se articulado e convergido de tal forma
que fosse possível (mas não necessário) a complexidade, a vida e a
consciência. Caso contrário nada exisitira daquilo que hoje existe.
Há uma minuciosa calibragem de medidas sem as quais as estrelas jamais
teriam surgido ou eclodido a vida no universo. Por exemplo, caso a interação
nuclear forte (aquela que mantem a coesão dos núcleos atômicos) tivesse sido
1% mais forte, jamais se formaria o hidrogêneo que combinado com o oxigênio
nos daria a água, imprescindível aos seres vivos.

Em cada coisa encontramos o todo, o caos sendo criativo e as forças


interagindo, as partículas se articulando, a estabilização da matéria
acontecendo, a abertura para novas relações se dando e a vida criando
ordens cada vez mais sofisticadas e autoconsciente.

A verificação desta ordem do universo faz surgir nos cientistas, como em


Einstein, Heisenberg, Bohm, Prigogine, Swimme e outros o sentimento de
assombro e de veneração. Ela nos abre para os espaços infinitos da indagação
humana: o que existia antes da existência temporal do universo? por que existe
o ser e não o nada? que é Aquela realidade que se apresenta como o
ordenador e o sustentador de todos os fenômenos?

Ela tem um nome, da nossa reverência e de nossa unção. Um filósofo como


J.Guitton podia dizer:‖não ouso nomeá-la, pois qualquer nome é imperfeito
para designar o Ser sem semelhança‖. Um teólgo ousa mais: chama-o de
Deus: a Energia de todas as energias.

Leonardo Boff e Mark Hathaway escreveram de O Tao da Libertação (diálogo


entre ciência moderna e teologia: Vozes 2012)

Disponível em:

https://leonardoboff.wordpress.com/2013/02/18/uma-nova-alianca-entre-
ciencia-e-religiao/-acessoem27/04/2016 - texto de Leonerdo Boff sobre a
Holística e a religião.

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Módulo - III

Psicologia transpessoal

Disponível em:

http://www.espaco-vida.com/Zen%20Psicologia%20Transpessoal.pdf-
acessoem28/04/2016 - Texto

https://www.youtube.com/watch?v=TAzBO986Iqo-acessoem28/04/2016 -
Entrevista de Stanislav Grof no Jô Onze e Meia (SBT, 1994)

PSICOLOGIA TRANSPESSOAL: ALGUMAS NOTAS SOBRE SUA


HISTÓRIA, CRÍTICA E PERSPECTIVAS
Vicente Galvão Parizi

A psicologia transpessoal surgiu nos EUA, em 1969, a partir do encontro de


Abraham Maslow, Stanislav Grof e outros importantes psicólogos e teóricos.
Saudada como a quarta força da psicologia, buscava integrar à psicologia as
vivências espirituais e as experiências chamadas "transpessoais",
caracterizadas por um estado de consciência superior, que contém todas as
experiências anteriores do indivíduo e prossegue no sentido de conduzir o ser
humano em direção à transcendência. Fazendo pontes entre as muitas escolas
ocidentais de psicologia e as tradições espirituais do Oriente e do Ocidente, a
psicologia transpessoal chegou a ser confundida por alguns críticos com uma
abordagem sincrética ou uma nova forma de religião "new age". Nos dias
correntes, seus principais teóricos esforçam-se no sentido de mostrar que se
trata de uma abordagem psicológica conseqüente e rigorosamente científica,
distante da New Age e de práticas ditas "alternativas" ou "holísticas", e que já
começa a se integrar no currículo normal de entidades acadêmicas do peso da
PUC-SP e Universidade Católica de Goiás.

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Módulo - IV

Neurociência

https://www.youtube.com/watch?v=HkrU-XeYwWc- Palestra SBNp -


Ciência Cognitiva e Educação: Neurociência e Aprendizagem

Neurociência: compreendendo o funcionamento do sistema nervoso


Denise Pirillo Nicida

A Neurociência busca compreender o funcionamento do sistema nervoso,


integrando suas diversas funções (movimento, sensação, emoção, pensamento
etc). Sabe-se que o sistema nervoso é plástico, ou seja, é capaz de se
modificar sob a ação de estímulos ambientais. Esse processo, denominado de
plasticidade do sistema nervoso, ocorre graças à formação de novos circuitos
neurais, à reconfiguração da árvore dendrítica e à alteração na atividade
sináptica de um determinado circuito ou grupo de neurônio. É essa
característica de constante transformação do sistema nervoso que nos permite
adquirir novas habilidades motoras, cognitivas e emocionais, e aperfeiçoar as
já existentes.

O sistema nervoso é responsável por regular os mecanismos que garantem


nossa sobrevivência (respiração, digestão, liberação de hormônios, regulação
da pressão arterial, etc), nossa movimentação voluntária, nossas sensações e
nossos comportamentos (pensamento, imaginação, emoção, etc). Assim, não é
de se esperar que o estudo da Neurociência seja algo simples, não somente
pela complexidade de cada uma dessas funções, mas principalmente pelo fato
delas ocorrerem na maior parte das vezes simultaneamente.

Para facilitar o estudo do sistema nervoso, o mesmo é dividido em:

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 sistema nervoso central: estruturas localizadas dentro da caixa craniana
e da coluna vertebral

 encéfalo: cérebro, cerebelo e tronco encefálico medula espinhal

 sistema nervoso periférico: demais estruturas do sistema nervoso,


distribuídas por todo o organismo nervos espinhais e cranianos gânglios
e terminações nervosas

Uma das partes mais importantes do sistema nervoso é o córtex cerebral, uma
fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do
cérebro. Impulsos provenientes de todas as vias sensoriais chegam ao córtex,
onde são interpretadas e integradas, e do córtex saem os impulsos nervosos
que iniciam e comandam os movimentos voluntários. As diversas funções
intelectuais e psíquicas também acontecem no córtex cerebral.

Para estudar as diversas funções do córtex cerebral, costumamos dividi-lo em


porções denominadas lobos cerebrais:

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Essas porções, porém, não operam isoladamente, existindo uma complexa
integração entre elas para a execução das diversas funções mentais. Isso
explica as inúmeras variabilidades de comportamento existentes nos seres
humanos.

Compreender como o sistema nervoso - e em particular o córtex cerebral –


funciona é um importante passo para aperfeiçoarmos suas diversas funções,
intervindo de forma eficaz no processo de aprendizagem.

In: Denise Pirillo Nicida é graduada em Fisioterapia, com Mestrado em


Educação. É professora universitária e coordenadora do curso de Fisioterapia
do Uni Ítalo, com experiência clínica em neurologia funcional.

Disponível em:

http://www.neuroeducacao.com.br/neurociencias.asp-acessoem28/04/2016

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Módulo – V

Neuroteologia

Assista ao vídeo abaixo sugerido sobre a neuroteologia e reflita sobre suas


possibilidades e limites.

Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=Dssv-q6pCMk-acessoem28/04/2016

Neuroteologia: Deus e o cérebro

Existe alguma parte ou função do nosso cérebro que nos permita, nos facilite,
nos garanta o contato com o sobrenatural? É uma pergunta a qual buscam
responder, há vários anos, os especialistas do estudo do cérebro humano. Em
muitas experiências religiosas, de diversas matrizes culturais e confessionais,
vê-se que existe uma capacidade de se conectar com o transcendente, de
superar o próprio eu. O êxtase, a experiência dos sufis, o samadhi e a
iluminação das disciplinas orientais representam de forma específica esse ir
além do próprio eu e representam em alguns casos o aspecto central da
espiritualidade.

A reportagem é de Marco Tosatti, publicada no sítio Vatican Insider, 13-06-


2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Os estudiosos observaram no passado que essa capacidade está ligada a um

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fenômeno particular, presente em algumas pessoas, a saber, o de minimizar o
funcionamento do lóbulo parietal direito e enfatizar o uso de outras áreas. A
oração e a meditação seriam os instrumentos úteis e necessários para
desenvolver essa capacidade. E graças a esse treinamento seria possível
desenvolver e melhorar a possibilidade de afinar a própria percepção com a
dimensão espiritual.

Maria Beatrice Toro, psicóloga e psicoterapeuta, enfatiza um ulterior


desenvolvimento da pesquisa nessa fascinante fronteira entre fé e ciência. "Os
novos estudos – publicados no International Journal of the Psychology of
Religion – mostram que a situação neurológica correspondente à experiência
espiritual é mais complexa do que haviam pensado os primeiros estudos
de Newberg e de D'Aquili: mais do uma área distinta, segundo os cientistas da
Universidade do Missouri, se trataria de múltiplas áreas que se ativam segundo
um esquema peculiar".
As pesquisas mais recentes não desmentem o dado de base aceca da menor
atividade do lóbulo parietal direito. Mas apontam que outras áreas estão
envolvidas nessa completa operação: o lóbulo frontal e também zonas
subcorticais. "A espiritualidade, com base nesses estudos, aparece como algo
dinâmico que utiliza diversas partes do cérebro para poder ser experimentada",
escreve Toro. O lóbulo parietal direito cuida de áreas cerebrais dedicadas à
orientação no espaço e no tempo, dois elementos que, na experiência da
meditação profunda e da oração, desaparecem.

As técnicas de meditação, focalizadas na respiração, na oração, na


concentração sobre um ponto, abrem a mente para experiências
qualitativamente diferentes, de atenção a "algo maior". Brick Johnstone,
professor de psicologia da saúde, estudou 20 indivíduos com um trauma
cerebral que envolvia o lóbulo parietal direito, descobrindo que se sentiam
menos concentrados sobre si mesmos e mais dispostos para a espiritualidade.

Além disso, as pessoas que vivem experiências religiosas profundas ativam o


lóbulo frontal, enquanto se assiste à desativação parcial ou total, temporária, de
algumas funções do lóbulo parietal direito.

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A "neuroteologia" nos mostra que existe uma função ou um uso global do
cérebro que gera um sentido de conexão com o transcendente. É interessante
notar como a teologia clássica falava (e fala) de "sentidos espirituais", que,
graças a essas pesquisas, encontram agora uma confirmação neurológica, nos
mostram como é possível que se chegue a dimensões cognoscitivas peculiares
da pessoa religiosa. Isso explicaria o "como". Responder o "por que" é outro
assunto.

Justin Barrett, cientista que se ocupou várias vezes de temáticas religiosas –


Cognitive Science, Religion and Theology (2011) e Born Believers: The
Science of Children’s Religious Belief (2012) –, afirma que, embora haja
provas científicas em favor de um fundamento biológico da crença religiosa,
não é o seu trabalho no campo da ciência cognitiva que o levou a acreditar em
Deus. Como muitos cristãos, ele teve a forte impressão de que há "significados
mais profundos e uma finalidade nos eventos" que acontecem.

Disponível em:

http://www.ihu.unisinos.br/noticias/510514-neuroteologia-deus-e-o-cerebro-
acessoem28/04/2016

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Módulo - VI

Teologia pastoral

Disponível em:

http://lms.ead1.com.br/webfolio/Mod4233/teologia_pastoral_v3.pdf-
acessoem28/04/2016 - vídeo

A teologia pastoral é a disciplina teológica estudando prática eclesial


oferecendo critérios para a ação corretiva. É a parte da Teologia cristã que
cuida da aplicação prática dos ensinamentos teológicos à ação ou pastoral da
Igreja (quer ela seja católica ou protestante ou de outras confissões cristãs) e à
vida quotidiana de cada crente, principalmente à formação dos fiéis
(leigos ou clérigos) enquanto filhos de Deus e membros da Igreja, conduzindo-
os no reto caminho da Palavra de Deus e da salvação, através dos
ensinamentos emanados pela Igreja.

Esta teologia, que está englobada pela teologia prática, contém vários
subcampos relacionados como a Teologia de Missões, a Evangelização,
a psicologia pastoral ou psicologia da religião, homilética, catequese e áreas
similares.

Disponível em:

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia_pastoral-acessoem28/04/2016- wikipedia,
2016

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