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INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS DE DEFESA

TENENTE-GENERAL ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA

Licenciatura a ensino de História

Epistemologia das Ciências sociais

Positivismo

Dra. Adelina Ismênia Constantino

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Índice

Índice
Introdução...................................................................................................................................................4
Evolução Histórica.......................................................................................................................................4
Príncipais percursores.................................................................................................................................7
Estudo Comparativo....................................................................................................................................8
Importância do positivismo para as ciencias sociais....................................................................................9
Critica segundo GIDDENS............................................................................................................................9
Conclusão..................................................................................................................................................10
Bibliografia................................................................................................................................................11

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Introdução

Este esboço é o resultado do trabalho de pesquisa realizado pelos estudantes do curso de


Lincenciatura a Ensino de História da turma B do ISEDEF acerca da teoria enomada
positivismo, a abordagem deste tema é feita com vista a atingir os seguintes objectivos:

Para começar esta abordagem da melhor forma em ciências sociais precisamos definir os
conceitos desta teoria, de forma etmologica e sobre a visão de seus percursores

A palavra Positivismo provém do francês positivisme que significa algo que não se defaz
facilmente, é a condição de positivo, sinónimo de Bom, agradável entre outros.

É um substantivo masculino que ocorre pela junção de positivo + ismo.

Evolução Histórica
 Falar da evolução da teoria positivista ao longo da história não é tão complicado pos foi
usada primeiro Definir a teoria e sua evolução ao longo da história
 Enuciar seus principais percursores e suas teses
 Fazer a comparação sobre a teoria de Augusto Comte e de Karl Popper
 Falar da importancia desta teoria para o campo das ciências sociais.
 Apresentar Criticas de acordo com ( GIDDENS 1998).

pelo sociólogo e economista Claude-Henri Rouvroy (1760-1825)

Falando numa vertente mais ligada a sociedade isto é, como um meio de se obter uma sociedade
mais produtiva( economia e sociologia) .

De toda forma o positivismo como é falado nos dias de hoje e como abordaremos neste trabalho

Foi pela primeira vez anunciado por Augusto Comte (1798-1857), autor dos famosos Système
de philosophie positive (1830-1842) e Cathéchisme positiviste (1852) e dos menos famosos

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Système de politique positive (1851-1854), Appel aux conservateurs (1855) e Synthèse
subjective (1856), discípulo de Rouvroy em sua obra “ o Curso de uma sociedade positivista
(1851-1854) ʺ como uma teoria sobre a qual o único conhecimento disponível para ser utilizado
pelo seres humanos é o científico baseado na observação pregando assim uma espécie de
primazia do conhecimento científico em relação as outras formas de conhecimento , com a
pretensão de estender o método para as ciências sociais, o que implicaria juntá-las as ciências
naturais tendo neste método a única forma de conhecer digna de confiança.

Com este positivismo todo algumas áreas do saber acabam ficando de fora e Comte explica em

. A lei dos três estados o ponto de partida de Comte para expor seu pensamento. Diz ele que ao
estudar o que denomina de desenvolvimento total da inteligência humana, em seus mais diversos
âmbitos, deparou-se com a descoberta de uma lei fundamental, a saber que cada uma de nossas
concepções principais, cada ramo de nossos conhecimentos, passa sucessivamente por três
estados históricos diferentes: O estado teológico, ou fictício; O estado metafísico, ou
abstracto; O estado científico ou positivo. Em outros termos, o espírito humano, por sua
natureza, emprega sucessivamente em cada uma de suas investigações três métodos de filosofar,
cujo carácter é essencialmente diferente e mesmo radicalmente oposto: primeiro, o método
teológico, em seguida, o método metafísico, e finalmente, o método positivo. Como podemos
notar, Comte identifica os estados, teológico, metafísico e positivo, com o emprego dos seus
respectivos métodos, ou seja, é o emprego deste ou daquele método que vai determinar este ou
aquele estado do desenvolvimento da inteligência humana. Essa ideia já aponta para a proposta
comteana de uma unidade metodológica na construção do conhecimento científico, mas Segundo
Comte, em virtude desses três estados existem também três tipos de filosofia, ou três modos de
conceber o conjunto dos fenómenos, que são totalmente excludentes: a primeira, A filosofia
teológica, constitui o ponto de partida da inteligência humana; a segunda, A filosofia metafísica,
destina-se apenas a servir de etapa de transição; já a terceira e última, A filosofia positiva, seria
o estágio fixo e definitivo da razão humana. Vejamos agora em que consiste cada estado. O
estado teológico é concebido por Comte como sendo provisório e preparatório, e é caracterizado
por uma forma de pensar ainda mitológica, em que o espírito humano busca explicações para os
fenómenos em entidades sobrenaturais. Não é à toa que Comte também denomina esse estado de

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fictício, pois, como parece transparecer, ele representa um momento em que o espírito humano
está voltado, ainda, para uma explicação da realidade que é fruto de uma especulação fantasiosa
e não do uso “racional” da razão humana. O estado teológico possui, segundo Comte, três fases
consecutivas: o feiticismo, o politeísmo e o monoteísmo. A primeira, é aquela em que o homem
atribui aos corpos exteriores vida semelhante à sua, embora com poderes mais elevados; um
exemplo é a adoração aos astros; a segunda, é aquela em que o espírito teológico começa a fazer
uso, mais propriamente, da imaginação especulativa; essa fase marca a passagem “...em que a
vida é finalmente retirada dos objectos materiais, para ser misteriosamente transportada para os
diversos seres fictícios, habitualmente invisíveis...” e com intervenção directa nos fenómenos
exteriores, inclusive nos fenómenos humanos. A terceira e última fase marca o declínio da
segunda nela a razão começa a restringir o domínio da imaginação, característico da fase
anterior, e passa a cultivar o sentimento universal de sujeitar os fenómenos naturais a leis
imutáveis. O estado metafísico ou ontológico, como foi falado anteriormente, é a etapa de
transição entre os estados teológico e positivo, e representa, conforme Comte, nada mais do que
uma modificação do primeiro estado. Nele, os agentes sobrenaturais são substituídos por forças
abstractas, verdadeiras entidades (abstracções personificadas) inerentes aos diversos seres do
mundo, e concebidas como capazes de engendrar por elas próprias todos os fenómenos
observados. Desse modo, no estado metafísico o espírito humano está voltado, essencialmente,
para a explicação da natureza dos seres, sua origem, bem como o destino de todas as coisas. Em
um tal estado não predomina mais a pura imaginação, mas também não se está, ainda, sobre o
domínio da verdadeira observação. No entanto, a razão começa a se preparar para o exercício
verdadeiramente científico, como salienta Comte. Daí porque é necessário afastar a metafísica da
discussão sobre a ciência: é necessário que ela deixe de existir para dar lugar ao conhecimento
dito verdadeiramente científico. O estado positivo, tido por Comte como estado de virilidade da
nossa inteligência, representa uma ruptura radical com a postura metafísica. As questões
filosóficas tradicionais que nortearam séculos de discussão, como a origem e destino das coisas,
bem como a sua essência, etc., são substituídas por questões que remontam directamente ao
observável. Com efeito, o importante nesse estado não é conhecer as causas dos fenómenos, mas
pesquisar, através da observação, as leis que explicam as relações existentes entre eles. O estado
positivo, portanto, é o estado científico. Seria o momento do pensamento em que o conhecimento
científico teria alcançado sua mais alta perfeição, a ponto de servir de modelo para a

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reorganização da sociedade como um todo. Embora Comte recuse a interferência das concepções
metafísicas nesse estado, ele confere uma certa importância à metafísica no percurso de
desenvolvimento que culmina em tal estado. Porém, a importância dada a ela é demasiado
limitada, uma vez que serve apenas como etapa de transição entre os outros dois estados, não
consistindo, por isso, num momento em que o espírito humano tenha alcançado um grau de
compreensão da realidade que tivesse sua importância necessária revolução pela qual as
concepções metafísicas foram substituídas pelas positivistas, seria, segundo Comte, impossível
de ser definida com total precisão.

(A POSTURA DO POSITIVISMO COM RELAÇÃO ÀS CIÊNCIAS HUMANAS Brandão Ana


Rute Pinto 2011).

Príncipais percursores

Comte não foi o único percursor desta teoria, surgiram outros como John Stuart Mill e Hebert
Spencer na Inglaterra, Ernest Heckel na Alemanhã, Roberto Argido na Itália e Karl Popper.

Apresentamos a seguir definções desta teoria segundo seus percursores:

“Positivismo é a teoria da história segundo a qual o motor do progresso que garante o


surgumento de formas superiores da socidade é a competição entre cada vez mais indivíduos
diferenciados”. ( Hebert Spencer)

“O positivismo é uma teoria do método ciêntifico de acordo com o qual a ciência progride
conjecturando hipôteses etentando refutá-las de modo que as conjecturas falsas são eliminadas e
as corroboradas retidas.” (Karl Popper)

Apresentamos a seguir o estudo comparativo entre a definiçã teórica de Comt e Popper, Um em


sua antiguidade e outro mais conteporâneo.

Estudo Comparativo

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Percursor Definição Estudo Comparativo
Augusto Comte(1830-1842) Positivismo é uma teoria sobre Augusto Comte em sua época,
a qual o único conhecimento na sua vertente social
disponível para ser utilizado influenciada pelo iluminismo
pelo seres humanos é o do século XVIII onde o
científico baseado na Homem é divindade e o
observação. objecto só existe na presença
do sujeito ( ideialismo) olha
para a observação como a
única forma de obtenção do
conhecimento válido.
Karl Popper O positivismo é uma teoria do Já Popper filósofo
método ciêntifico de acordo conteporâneo mais realista( O
com o qual a ciência progride objecto existe mesmo sem a
conjecturando hipôteses presença do sujeito) defende a
etentando refutá-las de modo consideração das Hipôteses
que as conjecturas falsas são nas diversas áreas até as antes
eliminadas e as corroboradas excluídas pelo positivismo
retidas conteneano para eliminar as
conjecturas falsas e corroborar
as verdadeiras.

Importância do positiviso para as ciencias sociais

O estatuto actual das ciências socias hoje deve-se em parte as discursões desencadeadas
pelo positivismo de Augusto Comte, sem contar que o estudo destas teorias e positivistas

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em diversas áreas sociais ajuda a entender as formas de organização e estruturação dos
novos modelos sociais que surgem em um mundo em constante desenvolvimento.

Critica segundo GIDDENS.

Como indicamos acima, não é novidade que a palavra "Positivismo" atualmente carrega um
valor semântico bastante negativo. Entre a confusão terminológica a respeito da palavra
"Positivismo" e a crítica mais ou menos informada a respeito de Comte, várias são as correntes
teóricas que se encarregaram de combatê-lo, a partir das mais variadas perspectivas, entre as
quais podemos citar o marxismo, o pós-modernismo, a Sociologia Compreensiva. Como é
evidente, cada uma delas mobiliza diferentes pressupostos filosóficos, a partir de suas
preocupações políticas e intelectuais, o que resultaria em discussões muito maiores das que
podemos, no espaço de um trabalho, realizar.

Ainda assim, a tarefa impõe-se; cumpre examinar alguns dos argumentos sobre Comte nas
apresentações críticas a seu respeito. Assim, para os fins desta discussão, escolhemos Anthony
Giddens, autor de inúmeras obras de referência em Teoria Social e em história da Sociologia.
Segundo suas próprias palavras: GIDDENS & PIERSON, 1998, p. 45), autor de numerosos
manuais ou livros em que aborda o conjunto das teorias sociológicas e políticas e, por fim,
devido ao caráter sistemático sobre Comte (e o "Positivismo") que comete e tendo várias de suas
objeções repetidas por outras escolas sociológicas, vale a pena elegê-lo como exemplar.

Com uma extensa obra, para os nossos fins podemos simplificadamente afirmar que GIDDENS
possui livros de história da Teoria Social e livros dedicados às suas próprias elaborações
sociológicas; são principalmente os primeiros os que nos interessam, em particular GIDDENS

"prévoir pour pouvoir" ("prever para poder"). A metodologia por assim dizer "naturalística" seria
caracterizada pela busca de leis naturais (sociais) e foi posteriormente retomada e formulada na
regra durkheimiana de "conceber os fatos sociais como coisas"

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Os motivos pelos quais GIDDENS criticou a teoria positivista são o facto de a teoria de Comte
abordar as ciências sociais pelo mesmo método que as naturais rejeitando em todos os aspectos o
conhecimento empírico e não observável diga-se que nem todas obras positivistas assim prevêem
mas a primeira, a que suscita esse debate, assim o faz.

“Não podemos abordar a sociedade ou factos sociais como fazemos com objectos ou eventos no
mundo natural, porque sociedades só existem se forem criadas e recriadas em nossas acções
como seres Humanos ʺ.(GIDDENS 1982).

Conclusão

Como já expressamos, para o grupo as ideias positivistas dão um espólio daquilo que são as
formas de trabalho com as ciências sócias tocando ainda com alguns aspectos
epistemológicos da nossa área de formação o que torna o conhecimento desta teoria uma
arma importante na abordagem diária das ciências sociais seja em sua aprendizagem
assim como em seu ensino.

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Bibliografia

COMTE, Auguste. “Cours de philosophie positive”. In: La science sociale. France: Gallimard,
1972.

POPPER, Karl. R. A lógica da pesquisa científica. Trad. de Leonidas Hegenberg e Octanny S. da


Mota. São Paulo.

Seifert, Paulo Augusto. Filosofia das ciências sociais. São Paulo 2008.

Variadas páginas de internet.

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