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POTÊNCIA NA AGRICULTURA
(Extraído parcialmente de “Energy Use and Management in Agriculture”, Stout, B.A., 1984;
e “Tools for Agriculture”, IT/CTA, 1992)
a) Energia mecânica
A energia mecânica pode ser cinética ou potencial (também designada de
energia de posição). A primeira é aplicável em situações de corpos em
movimento (E = 0.5 * m * V2) e a última é a energia dum corpo numa determina
altura (E = m * g * h).
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Onde: E = Energia
M = massa
V = velocidade
G= forca da gravidade
h = Diferença de altura
b) Energia eléctrica
Esta é a energia causada por força das partículas com a carga eléctrica
interactuando. As grandezas envolvidas nesta forma de energia são a voltagem
(V), intensidade da partículas (I) e o tempo ( t). E = V * I * t.
c) Energia gravitacional
Energia baseada na tracção gravitacional.
d) Energia química
As forças eléctricas a nível do átomo é que determinam a energia das uniões
químicas. Esta energia pode ser convertida em energia mecânica através da
oxidação, por exemplo, de petróleos ou alimentos. O potencial eléctrico que se
verifica nos acumuladores e pilhas é também uma forma de energia química.
e) Energia calorífica
A energia acumulada num corpo quente (E = m * cp * t). Onde cp e t são a
capacidade calorífica específica e a diferença de temperatura, respectivamente.
g) Energia nuclear
Produzida através das mudanças atómicas.
FORÇA HUMANA
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EUA indicam que o consumo médio de energia é de cerca de 14 MJ (3300 kcal)
de alimento por dia.
Em geral, as actividades agrícolas consomem muita energia. Este facto pode ser
visto quando esta energia é convertida à potência (Tabela 2.1) tornando-se
desta forma, necessário períodos de descanso.
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A taxa de consumo de energia que exceda os 250-300W não pode ser
sustentável por um período longo. Um período de descanso será necessário
para o organismo se recuperar. Se a taxa de consumo for conhecida, então o
tempo requerido para o repouso pode ser estimado apartir da Equação 2.1:
Onde:
tr - tempo de repouso (minutos)
E - taxa de potência fornecida pelo Homem (Watts).
Exemplo: Suponha que uma pessoa esta lavrando com uma enxada estando a
produzir uma taxa bruta 300-500W (Tabela 1). De acordo com a Equação 2.1,
esta pessoa precisa de intervalos de descanso de 10 à 30 minutos por hora de
acordo com os seguintes cálculos:
Onde:
P = potência (Watts)
t = tempo(s) (2.2)
e = 2.718
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fisiologia e psicologia e está estritamente associado com a optimização do
desempenho do homem como fonte de potência.
Actividades que exigem mais esforço físico em vez de raciocínio podem ser
executadas mais facilmente usando outras fontes alternativas de potência
mecânica, se o agricultor tiver acesso à elas e se a sua aplicação for
economicamente sustentável.
Como a Figura 2.3 ilustra, o solo é revirado e é necessário que a enxada tenha
uma folga, entre a sua face posterior e o solo não perturbado, afim de reduzir
perdas por fricção quando ela entra no solo, permitindo que ela vá mais fundo
utilizando o mesmo esforço dependendo do comprimento do cabo assim como
do corpo activo. O comprimento do cabo depende da tradição local, mas em
geral cabos grandes e corpos activos pesados permitem maiores profundidades.
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razão no aumento da produção para o aumento na potência de entrada até um
nível dos 0,4 Kw/ha (correspondente a uma produção de cerca 2,5 toneladas)
Inns (1990) sugere que esta é a melhor solução para aumentar a produtividade
do sector familiar, mas aponta que em sectores ou áreas onde não existe
tradição na criação de gado é extremamente difícil instalar dentro deste seio ou
sector a habilidade e cuidados necessários que estes animais demandam. Em
geral, estas são as áreas onde as doenças dos animais são mais vulgares, por
isso a sua introdução não produzirá necessariamente as vantagens esperadas.
TRACÇÃO ANIMAL
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50%) conduzirá a uma significante redução na velocidade de trabalho. A Tabela
2.2 indica valores que podem ser usados como referência para alguns animais.
O consumo de energia por animais de tracção pode ser aproximada apartir dos
métodos usados para o cálculo de consumo de energia por ser humano. O
Centro para Medicina Veterinária Tropical (The Centre for Tropical Veterinary
Medicine - CTVM) em Endiburg tem monitorado o consumo de oxigénio por
animais em trabalho para obter dados mais fiáveis. Shetto (1983) foi pioneiro no
uso de “sensor de orelha” para monitorar os batimentos cardíacos dos bois em
actividade no campo. O Departamento Ultramarino do Instituto de Investigação
de Silsoe desenvolveu um sistema de recolha de dados para estudar o consumo
de energia por animais de tracção no campo. As informações seguintes são
resultantes destes estudos e revertem de grande importância durante a
avaliação do desempenho da tracção animal:
A tracção por um Boi (Brahman) consome cerca de 3.3J por cada Newton
de tracção desenvolvida por uma distância de um metro (i.e. 1J de
trabalho mecânico produzido). A energia correspondente consumida por
um búfalo é cerca de 2.6J.
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Aspectos particulares de alguns animais
a) Cavalo
Vantagens:
Animal amigável” pode ficar ligado ao homem.
Goza de certo prestígio em África, de tal maneira que o agricultor lhe dá mais
atenção do que daria a um boi.
É fácil de treinar para todos os tipos de trabalho.
Quando em trabalho, é rápido, de manejo fácil, dócil e pode ser controlado
com facilidade simplicidade e precisão.
Desvantagens:
É muito leve em África, onde, em condições médias de manutenção, o seu
peso pode ser 250-280 Kg.
Constituição fraca, precisando de atenção especial, caro de se manter.
Susceptível a tripassonomiasis.
Fadiga precoce em trabalho.
É caro.
Apetrechos de traccionamento são caros.
b) Boi
Vantagens:
Trabalha lentamente mas infatigavelmente.
Consistência resistente e fácil de alimentar.
Seus arreios são simples e os arreios podem ser feitos localmente.
Preço de aquisição é atractivo ( em alguns Países uma parelha de bois = um
cavalo).
No fim da sua vida útil ( de trabalho) pode ser vendido para carne, depois
dum período de engorda.
Desvantagens:
Não é um animal amigável pelo menos em África onde o hábito de
treinamento e criação não é costume.
Necessita grandes extensões de pastoreio.
Mais difícil de treinar e necessita mais mão de obra para controlar.
Em trabalho é lento.
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Necessidades alimentares
A necessidade alimentar dos animais de tracção pode ser subdividida em duas
partes. A ração de manutenção, que depende da massa do corpo do animal, tem
como objectivo sustentar o metabolismo basal e actividades normais do animal.
Uma “taxa alimentar adicional” é necessária dependendo da energia consumida
pelas actividades físicas (andar, puxar e transporte de cargas).
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Tabela 2.4: Alimentos típicos para os bovinos
Alimento Matéria Seca (%) Energia Grossa na matéria seca
( MJ/Kg)
Kikuyu grass 15 5.5
Sudan grass 31 17
Guinea grass 26 7.39
Hay – average quality 85 17
Maize silage 27 18.8
Maize grains 86 19.0
Groundnut cake 90 20.7
Contudo o animal não consegue extrair toda esta energia (EG) no seu sistema
digestivo fundamentalmente devido a duas causas:
Assim, a energia digestível (ED) – aquela que ele digere - é igual 0,45 a 0,85 de
EG, sendo 0.45 em relação a alimentação fraca ou pobre (como feno de cevada)
onde a energia não está directamente existente, e 0,85 em relação a uma
alimentação rica (com grãos de cevada) onde existe grande parte de energia.
Também nem toda a energia digestível é aproveitada pelo animal pois alguma
energia é rejeitada em forma de fezes, urina, e metano produzido nas suas
entranhas.
18 MJ de EM (Energia metabolizável)
22,5 MJ de ED (Energia digestível)
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26,5 a 50 MJ de EG (Energia grossa), dependendo do tipo de
ração.
b) Com má digestibilidade:
ED = 0,45 * EG------ EM = 0,8 * 0,45 * 18
= 6,48 MJ/Kg
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- Mas como o limite do apetite é:
Isto representa a colheita de cerca de 2,5 Ha de boa terra. Esta área poderá
representar 1/3 à 1/2 da terra existente para o agricultor e poderia ser
consequentemente um alto custo no seu sistema de produção.
A situação na prática não é assim tão definida ou controlada e pode ser até que
os animais obtenham a sua ração de manutenção de pastos ou terras que não
estão em produção (isto é, terras agricolamente não produtivas ou em pousio,
bermas das estradas, encostas íngremes, etc.). Então o agricultor só tem de se
preocupar com a parte da ração correspondente á “potência”.
Deve-se notar que esta é uma demonstração simplificada, mas serve para
demonstrar os princípios elementares de necessidades nutritivas que nos
poderão guiar para decisões de gestão.
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Limitantes do desempenho de animais de tracção
Os principais factores que influenciam o desempenho dos animais de tracção
incluem:
O peso e a condição física do animal, que depende da raça, idade,
estado nutricional e saúde do mesmo;
A configuração física, que é principalmente em função da constituição
genética do animal;
Temperamento, que é influenciado por factores genéticos e ambientais:
um temperamento positivo e cooperativo é muito desejável;
cuidados e maneio.
Tipos de operação
Os animais de tracção são usados para diversas actividades:
Transporte através de reboque de carroças, trenós e também quando
montados para fins de desporto e/ou recreação;
Trabalhos em campos agrícolas (reboque de implementos agrícola);
Elevação de água e operações de processamento tais como tritura de
cana, geralmente feito através do movimento circular de um dispositivo
de engrenagens.
Tipos de implementos
Os implementos de tracção animal para trabalho de campo podem ser
classificados em três grandes categorias:
Implementos de barra
implementos puxados por corrente
Multicultivador com arranjos para montar corpos activos
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Os Implementos de barra vêm sendo usados há 4000-5000 anos .Durante
esse tempo, o desenvolvimento empírico resultou em muitos implementos
extremamente sofisticados, manufacturados com material localmente disponível,
que são de aquisição e manutenção relativamente barata. Eles não podem ser
considerados como “ultrapassados”.
Os implementos de barra devem ser menos pesados (12 Kgf - 15Kgf na mão)
para poderem ser aceites pelos camponeses. O baixo peso contribui para baixa
necessidade de força de tracção de tal modo que uma junta de bois em boas
condições pode trabalhar durante um dia (aprox. 5 a 6 horas em 2 turnos) sem
os animais ficarem muito cansados.
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Embora o multicultivador estar mostrando bons resultados na investigação e nos
campos de demonstrações em muitos países, a sua adopção e uso por
camponeses tem sido muito reduzida, mesmo quando vendidos a preços
subsidiados. A tecnologia “melhorada” não mostrou ser efectiva ou aceitável ao
nível do agricultor (Starkey, 1988). Cuidados devem ser tomados durante a sua
promoção.
Arreios
O acoplamento de implementos aos animais é feito em geral pelo arreiamento. A
escolha do método de arreiamento está relacionado com a anatomia do animal,
simplicidade de uso e baixo custo. Esta escolha em geral limitada a cangas para
bovinos e colares ou arreios de peito, para cavalos e outros animais. Podem ser
usados colares para bois, desde que assentem nos ombros. Certos autores não
recomendam cangas de cabeça para bovinos, pois as forças devem ser
transmitidas através do pescoço relativamente fraco do animal e por isso o seu
rendimento pode ser limitado.
Tipos de arreios
Os principais tipos de arreios podem ser classificados como:
Canga: canga de cabeça (às vezes designado canga de pescoço);
canga do ombro (às vezes cangas de corcunda);
Coleira: coleira completa; coleira incompleta;
Cinto do peito
A canga dupla de pescoço vem sendo usada para arreios de bois e búfalos por
milhares de anos. Não é adequado para equinos. É de fabrico fácil e barato
utilizando madeira local, mas tem sido criticada por provocar ferimentos e
irritações. Estes problemas podem ser resolvidos adequando o formato da
canga ao formato do pescoço, pondo almofadas se for necessário e garantindo
que o peso dos implementos não excedem ao recomendado.
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unidas em baixo e em cima são versáteis e têm sido usadas para bois, búfalos
e burros.
Os arreios de cinto do peito podem ser usados em muitos animais para várias
actividades tais como puxar carroças ou implementos de cultivo. São
relativamentente mais baratas e mais fácil de fabricarem mas cuidados são
necessários para garantir que se encaixem devidamente ao animal e não
provoque ferimentos ou desconforto.
Selecção de arreios
Em regiões onde a tracção animal é praticada tradicionalmente, em geral existe
um tipo particular de arreios em uso. Este tipo é geralmente resposta lógica de
um conjunto de circunstâncias locais, e tais circunstâncias, pelo menos na fase
inicial, é recomendável investigar as possíveis melhorias dos arreios existentes
em vez de tentar introduzir outros totalmente diferentes.
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a força vertical efectiva, V1, actuando no implemento é transferida e
transportada, dependendo do desenho dos arreios nos ombros, costas ou anca
do animal (força V2).
1. Usar o implemento com um peso menor mas que não ponha em causa as
funções e resistência do mesmo;
2. Ajustar devidamente a montagem dos arreios e do implemento para
resultar num maior ângulo de tracção;
3. Anular a maior proporção do peso do implemento aumentando as forças
de suporte que actuam nele.
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As forças de suporte podem ser aumentadas ajustando qualquer elemento que
contribua para tal, possivelmente incluindo um calcanhar (talão ou tacão) no
corpo da charrua ou sulcador, ou baixando as rodas para fazerem um contacto
adiantado com o solo. Os efeitos podem ser revertidos fazendo uma operação
contrária, mas também é necessário ter a certeza que não existem forças de
suporte não controladas que podem provir das relhas desgastadas ou charruas
mal ajustadas ou então mal desenhadas.
POTÊNCIA DO TRACTOR
Barra de tracção
A intenção primária da produção de tractores é para a tracção mecânica. Porém
muitos são os tractores providos de tomada de forca para fornecer potência à
uma variedade de máquinas tais como enxadas rotativas, bombas e
equipamento de debulha.
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Para desenvolver uma força real de 5 KN (500 Kgf) em campos agrícolas de
sequeiro se o tractor for pequeno deve ser suficientemente robusto e é também
necessário ter em consideração aos seguintes aspectos:
Peso mínimo sem carga 1200 Kgf;
Peso mínimo no eixo traseiro de tracção 800 Kgf
Provido de mecanismo para adicionar balastro nas rodas traseiras
Tamanho mínimo das rodas 11.2/10-24 (tipo de pneus de tracção)
Potência mínima do motor 20 Kw
(25 cv)
Caixa de velocidades com pelo menos quatro velocidades
Um bom desenho e boa construção
Um serviço acessível e de confiança para a manutenção, reparação e
acessórios.
A enxada rotativa é sem dúvida mais eficiente sob ponto de vista mecânico mas
tem certas limitações práticas e agronómicas que devem ser tomadas em
consideração:
Não é conveniente usá-la em solos secos
A profundidade de trabalho é limitada
O uso contínuo conduz a formação de uma camada dura (calo, crosta,
“hard-pan”) na profundidade de trabalho atingida pelo equipamento
O solo é deixado solto e muito esmiuçado o que facilita a sua erosão
O custo da reposição das enxadas assim como a sua manutenção
pode ser alto.
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alto valor e pode ser difícil justificar o uso de tractores de único eixo para a
produção agrícola geral.
A potência não pode ser substituto completo da perícia, juízo e experiência que
as pessoas podem adquirir e usar em operações delicadas como é o caso por
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exemplo do transplante e por vezes de certas colheitas. Máquinas relativamente
sofisticadas podem ser usadas para levar a cabo tais operações mas não se
exige muita potência. Por outro lado, operações rotineiras como é a lavoura dos
solos e outras actividades primarias ou a bombagem de água, uma vez o
sistema instalado, consome mais potência mas tem pouca necessidade de
inteligência.
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SELECÇÃO DA FONTE DE POTÊNCIA PARA OPERAÇÕES AGRÍCOLAS
Estes factores devem ser avaliados sob o ponto de vista agrícola, de acordo
com a sua posição na hierarquia social e económica.
Acessibilidade
A propriedade de uma fonte de potência pelo utilizador é obviamente uma
necessidade. Muitos agricultores têm a mão de obra familiar disponível. Em caso
de não possuírem animais ou tractores para tracção os agricultores devem
confiar nos serviços que lhes pode ser facultado pelo dono da terra, vizinho,
contratante ou serviço de aluguer.
Disponibilidade
É importante para o agricultor que a fonte de potência esteja disponível para
começar com o trabalho imediatamente sempre que for necessário. Demoras
podem resultar em penalidades custosas. Se o agricultor tiver que comprar ou
alugar potência (mão de obra, tracção animal ou tractor), sua disponibilidade no
tempo solicitado geralmente é menos provável. Isto é ainda mais acentuado
quanto mais longe se encontrar o fornecedor ou em casos onde esteja envolvida
qualquer burocracia.
De fácil utilização
A fonte de potência e equipamento devem ser compatíveis com o nível do
conhecimento, perícia e experiência do utilizador. Estes factores podem ser
suplementados por um treino adicional se necessário, mas o treinamento deve
ser perfeito e sempre disponível quando necessário.
Suficiência de potência
O cumprimento das actividades dentro do calendário estabelecido dependem da
suficiência de potência disponível. As fontes seleccionadas devem possuir
potência suficiente para levar a cabo as tarefas dentro do período estabelecido.
Todo o sistema agrícola e social deve ser examinado antes de seleccionar
fontes adicionais de potência. A nova fonte deve ser comercialmente viável,
ajudando assim a minimizar os custos por unidade de potência.
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Sustentabilidade
Existem três grandes aspectos a considerar para a Sustentabilidade:
física
operacional
financeira
Sustentabilidade física
Deve ser possível manter o equipamento em condições de trabalho eficientes.
Isto é aplicável de igual modo para fontes de potência humana, animal e
tractores assim como à todas as ferramentas e implementos relacionados.
Fontes de potência humana e animal requerem alimentos e um ambiente
saudável, com serviços de saúde e de tratamento veterinário disponíveis sempre
que necessário. O uso de motores deve ser suportado por disponibilidade
imediata de consumíveis (combustível, óleo, filtros etc.), acessórios e serviços
de manutenção e reparação sempre que necessário.
Sustentabilidade operacional
A sustentabilidade operacional depende do uso do equipamento da forma mais
vantajosa o que requer operadores com bom treino e perícia devendo ser
associado a bons gestores que estão a par das capacidades técnicas das fontes
de potência e máquinas sob seu controlo. Eles devem ser capazes de assegurar
que todas as capacidades sejam utilizadas de forma óptima.
Sustentabilidade financeira
A potência e a maquinaria devem ser usadas dentro de um sistema que é
lucrativo para o agricultor o que é avaliado apartir do seu real desempenho. Em
geral, os desempenhos durante a planificação são geralmente “super-
optimistas”.
Aceitabilidade social
Os equipamentos e os métodos de trabalho devem ser social e culturalmente
aceitáveis, elevando a dignidade e o “status” do utilizador. A primeira missão
social do agricultores é de garantir a alimentação da família. A avaliação do novo
equipamento pelo agricultor em relação ao seu valor deve ser respeitado pois
ele é que está mais susceptível a perder e não o extencionista.
Subsídios
Subsídios são pagamentos feitos como objectivo de uma política para influenciar
ou sustentar as acções de um grupo alvo de pessoas. Muitos governos usam o
subsídio como tentativa para incrementar a produção agrícola.
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geralmente pagos aos agricultores sob forma de garantir preços de venda altos
como incentivo para a produção de uma determinada cultura.
Custos
É difícil avaliar os custos de potência numa agricultura de subsistência onde a
força humana (em algumas áreas) tracção animal são fontes de potência mais
dominantes. Consequentemente não é possível produzir uma comparação
exacta e convincente dos custos para sistemas de produção alternativos com
diferentes graus de mecanização e variedade das fontes de potência.
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Selecção da fonte de potência sob ponto de vista dos agricultores
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áreas já existe a tendência de os nómadas possuidores de gado adoptarem um
tipo de vida mais sedentário.
Bom serviço de apoio é condição principal para a boa reputação dos agentes
locais de uma marca particular. A melhor segurança de apoio é servir-se dos
agentes que prestam um serviço organizado e com elevado grau de
responsabilidade aos clientes.
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MECANIZAÇÃO SELECTIVA
A introdução duma nova fonte de potência mais poderosa deve conduzir
naturalmente a um processo de selecção. Este processo começa com
operações de “potência-intensiva”. O seu uso económico para operações de
menor “potência-intensiva” dependerá do grau do envolvimento desse sistema
agrícola no contexto de desenvolvimento nacional e não deve ser indevidamente
forçado.
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