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PARÓQUIA SÃO GERALDO MAGELA

Jornadas de Quinta-Feira

Aula 5 – 15/06/2023

Tema: As cruzadas e a Ordem dos Cavaleiros Templários

Objetivos:
• Compreender como, na Baixa Idade Média, homens de todos os lugares da
Europa saíram de suas casas e partiram rumo ao Oriente, dispostos a salvarem
suas almas e defenderem a Terra Santa, lugar de peregrinação dos cristãos.
• O papel da Igreja com o seu papel evangelizador da Europa ao transformar
instituições dos povos bárbaros em instituições cristianizadas.
• A Sociedade Feudal, conceitos de cavalaria no mundo da suserania e
vassalagem.
• A Ordem dos Cavaleiros Templários, como surgiu no contexto das cruzadas,
seus ideais expostos por São Bernardo e no que se transformou ao longo dos
séculos.

• Desenvolvimento:

As cruzadas:

A tradição Cristã diz que Maria, mãe de Jesus, voltou a percorrer todos os lugares da
Paixão em Jerusalém para celebrar com esse memorial uma peregrinação simbólica aos
eventos principais da nova fé. A cristandade do Oriente e do Ocidente não deixou mais de
afluir à Palestina na procura de uma resposta interior, desejosa de um contato físico com o
Sepulcro.
As expansões islâmicas tomaram o território dos imperadores bizantinos e Jerusalém
foi submetida ao governo dos árabes. Ainda assim, as peregrinações cristãs não diminuíram,
como se a consciência do risco tornasse a jornada ainda mais heroica. Nas mentes ressoavam
ecos das escrituras:

Vi também a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que


descia dos céus, da parte de Deus, adornada como
uma linda noiva para o seu esposo amado.
Apocalipse 21:2
Ó Deus, as nações invadiram a tua herança,
profanaram o Teu Santo Templo, reduziram
Jerusalém a ruínas.
Salmos 79:1
As cruzadas foram uma reação militar às notícias que chegavam ao Ocidente através do
Imperador Bizantino, que foi até o Papa Urbano II pedir ajuda militar.

Os Cavaleiros Templários:

A origem dos templários pode ser entendida a partir das Cruzadas, as investiduras
militares realizadas para salvar o Oriente, em especial os lugares Santos. Em 1120 ela é
inaugurada por Hugo de Payens, e crescerá a ponto de sobrepujar os poderes reais da Europa.
A história dos templários, como a de qualquer outra instituição formada por homens, possui
luz e sombra, e nuances que devem ser conhecidas.
Um grande defensor dos Templários foi São Bernardo de Claraval, que deu a eles a
aprovação do papado para a Ordem no concílio de Troyes. Algo inédito na história da Igreja,
São Bernardo concilia as virtudes necessárias a um monge e as virtudes necessárias aos
cavaleiros – mansidão e coragem, prudência e fortaleza, temperança e justiça –, dando origem
a uma ordem religiosa e militar que não era nem de monges, nem de cavaleiros seculares.
Com a derrota nas últimas cruzadas, os cavaleiros de Cristo têm sua batalha em defesa
da Igreja. Sem territórios para guardar, a Ordem perde o sentido de sua existência. O rei da
França, Filipe IV, quer a dissolução da Ordem, e diversas acusações de crimes cometidas pelos
cavaleiros templários são julgadas pela Santa Sé. A Ordem é dissolvida em 1314.
Depois de examinados alguns fatos históricos, há a investigação dos mitos que rodeiam
a Ordem dos Cavaleiros Templários – que permeiam a literatura, cinema e sociedades secretas.

Oremos: Senhor, mostre-nos o amor mais forte que o ódio, o amor mais
forte que a morte. Venha até o mundo e pegue pelas mãos aqueles que
estão caindo no abismo. Levante-nos para a luz. Em minha própria
escuridão, esteja comigo – ajude-nos a dizer o sim para o amor, que nos
faz descer até a mansão dos mortos, e subir com o Senhor. Amém.

Papa Bento XVI – Homilia da vigília da Páscoa, 7 de abril de 2007

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