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HIGIENE

E SEGURANÇA
DO TRABALHO
Equipamento de
proteção individual
e coletiva
Jocieli Francisco da Silva

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Identificar os tipos de equipamentos de proteção individual e coletiva ne-


cessários em um ambiente laboral de engenharia.
>> Descrever os procedimentos para a utilização dos equipamentos de proteção
individual e coletiva.
>> Reconhecer o papel das normas regulamentadoras do ambiente laboral
de engenharia.

Introdução
No ambiente de trabalho, os trabalhadores podem estar expostos a agentes físicos,
químicos e biológicos que causam riscos à saúde. A equipe de segurança do trabalho
é responsável por analisar e eliminar esses riscos no ambiente, proporcionando
um ambiente salubre. Para isso, são utilizados equipamentos de proteção indivi-
dual (usados por cada colaborador, garantindo sua saúde e segurança) e coletiva
(implantados em determinados locais, protegendo um grupo de trabalhadores).
As normas regulamentadoras disponibilizam orientações para a área de se-
gurança do trabalho com o intuito de preservar e promover a integridade física
dos trabalhadores e evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. São
de observância obrigatória por todas as organizações e servem como referência
para o desenvolvimento das atividades laborais com segurança.
2 Equipamento de proteção individual e coletiva

Neste capítulo, você vai estudar os equipamentos de proteção individual e


coletiva, como utilizar esses equipamentos no ambiente de trabalho para garantir
a salubridade do ambiente e proporcionar segurança aos trabalhadores, além de
conferir o papel das normas regulamentadoras vigentes que orientam a área de
segurança do trabalho.

Medidas de proteção
As medidas de proteção podem ser administrativas, coletivas e individuais. As
de proteção administrativa são as primeiras medidas a serem implementadas
pelos profissionais de saúde e segurança do trabalho para eliminar os riscos
no ambiente e assegurar a integridade física e psíquica dos trabalhadores
(BARSANO; BARBOSA, 2018). Contemplam todos os trabalhadores e buscam a
eliminação do risco. São exemplos de medidas de proteção coletiva:

„ ordens de serviços, pareceres e instruções técnicas implantadas pelo


Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho (SESMT);
„ restrições a determinados locais de trabalho;
„ orientações sobre o uso de equipamentos e máquinas;
„ padronização e comunicação de procedimentos de trabalho;
„ proibição de entrada em espaços confinados;
„ prescrições de Segurança e Saúde no Trabalho (SST).

As Figuras 1 e 2 apresentam exemplos de medidas administrativas.

Figura 1. Sinalização em espaços confinados.


Fonte: Alves (c2021, documento on-line).
Equipamento de proteção individual e coletiva 3

Figura 2. Medida de proteção administrativa: orientações.


Fonte: Tosmann (2020, documento on-line).

Já as medidas de proteção coletiva, comumente chamadas de equipa-


mentos de proteção coletiva (EPC), são procedimentos ou equipamentos
projetados e utilizados para proteção de um determinado grupo de pessoas.
Servem para mitigar ou eliminar os riscos de determinado local, protegendo
um grupo de diversos trabalhadores envolvidos numa mesma atividade. São
exemplos de EPCs (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016):

„ exaustores;
„ redes e grades de proteção (Figura 3);
„ revestimentos acústicos;
„ sensores que protegem máquinas e equipamentos.

Figura 3. Redes de proteção.


Fonte: Tegape (2019, documento on-line).
4 Equipamento de proteção individual e coletiva

O projeto e implantação de medida de proteção coletiva deve obedecer


à seguinte hierarquia:

„ medidas que eliminam ou reduzem agentes prejudiciais à saúde;


„ medidas que diminuem a liberação ou disseminação desses agentes
no ambiente de trabalho;
„ medidas que reduzem o nível ou a concentração desses agentes no
ambiente de trabalho.

Quando não há viabilidade técnica para adoção de medidas de controle de


proteção coletiva, enquanto estiverem em desenvolvimento e implementação
ou de forma complementar ou emergencial, serão adotadas outras medidas,
os equipamentos de proteção individual (EPI).
As medidas de proteção individual, ou equipamentos de proteção indivi-
dual (EPI), são dispositivos que cada trabalhador usa individualmente para
proteção de riscos que ameaçam a sua saúde e segurança. Os EPIs devem ser
utilizados em emergências e por períodos curtos, como uma opção quando
não é possível instalar uma medida de proteção coletiva ou em situações
em que, mesmo com as outras medidas implantadas, os riscos permanecem
acima dos limites toleráveis (MATTOS; MÁSCULO, 2019). São exemplos de EPIs:
luvas, botas, capacete, protetores auriculares, óculos, máscaras (Figura 4) e
uniformes especiais.

Figura 4. EPI.
Fonte: Freepik.com.
Equipamento de proteção individual e coletiva 5

A empresa deve distribuir gratuitamente o EPI correto para os trabalha-


dores em perfeito estado de conservação e funcionamento e com certificado
de aprovação (CA). Além disso, a empresa deve instruir o trabalhador como
utilizar o EPI, fiscalizar e garantir a utilização correta e substituir o EPI quando
necessário. Os funcionários, por sua vez, devem se responsabilizar pela guarda
e conservação do EPI, utilizar de forma correta o equipamento e comunicar a
empresa sobre qualquer irregularidade (BARSANO; BARBOSA, 2018).

A área de segurança do trabalho deve, na medida do possível, buscar


a implantação primeiramente de medidas de proteção administrativa,
com o intuito de eliminar os riscos do ambiente de trabalho. Se essa opção não
for possível ou se essas medidas forem insuficientes em virtude das carac-
terísticas da atividade que é executada, a segunda opção a ser analisada é a
implantação das medidas de proteção coletiva, para proteger o maior número
possível de colaboradores. Caso o risco ainda não tenha sido eliminado com
essas duas medidas, a última alternativa é a implantação das medidas de
proteção individual. A ordem de implantação das medidas de proteção deve
sempre priorizar medidas administrativas, posteriormente medidas coletivas
e em última instância medidas individuais.

Seleção dos equipamentos de proteção


individual e coletiva
A área de segurança do trabalho é responsável por analisar o ambiente de
trabalho e identificar os riscos. É de responsabilidade dessa área medir os
níveis de concentração de agentes causadores de risco no ambiente e iden-
tificar se estão de acordo com os limites de tolerância estabelecidos pelas
normas regulamentadoras (AYRES; CORRÊA, 2017). Os riscos ambientais são
classificados em cinco grupos, como mostra o Quadro 1.
6 Equipamento de proteção individual e coletiva

Quadro 1. Riscos ambientais

Grupo I - Grupo II - Grupo III - Grupo IV - Grupo V -


Riscos Riscos Riscos Riscos Ergo- Riscos de
Físicos Químicos Biológicos nômicos Acidente

Ruídos Poeira Vírus Esforço físico Probabilidade de


intenso explosões

Vibrações Fumos Bactérias Excesso de Máquinas e


metálicos carga equipamentos
sem proteção

Radiações Névoas Protozoários Postura Ferramentas


ionizantes inadequada inadequadas ou
defeituosas

Radiações Gases Parasitas Trabalhos em Probabilidade de


não turnos incêndios
ionizantes

Frio Vapores Fungos Jornada de Armazenamento


trabalho inadequado
prolongada

Calor Substân- Bacilos Monotonia e Iluminação


cias ou repetibilidade inadequada
compostos
químicos
de modo
geral

Pressões   Animais Controle Outras situações


anormais peçonhentos rígido de que causem ris-
produtividade cos de acidentes

Umidade     Outras situa-  


ções causado-
ras de estresse

Temperatura        
extrema

A NR-15, Atividades e operações insalubres, estabelece os limites de to-


lerância dos agentes físicos, químicos e biológicos. A área de segurança do
trabalho da empresa é responsável pela medição e pelo controle dos agentes
no ambiente e trabalho. Caso se identifique que algum agente esteja acima
dos limites de tolerância, a empresa deve implantar medidas de controle
desses agentes.
Equipamento de proteção individual e coletiva 7

Ruídos
Sempre que as avaliações realizadas pela área de segurança do trabalho
indicarem que os níveis de pressão sonora estão acima da tolerância, devem
ser aplicadas medidas de controle a fim de eliminar ou minimizar o risco
associado (AYRES; CORRÊA, 2017). Essas medidas podem ser as seguintes.

„„ Medidas de proteção coletiva:


■■ eliminação ou atenuação do ruído na fonte (troca ou manutenção);
■■ isolamento do local (segregação ou enclausuramento);
■■ absorção do som (barreiras, tratamento acústico, etc.).
„„ Medidas de proteção individual:
■■ exame otológico admissional;
■■ exame audiométrico periódico;
■■ rotatividade na função;
■■ EPI.

O EPI utilizado para minimizar o índice de ruído são os protetores auricu-


lares, e os mais comuns são os tipos concha e plug. O protetor tipo concha é
feito de material plástico com bordas almofadadas, e o protetor plug pode
ser de silicone ou espuma moldável.

Calor, frio e umidade


No caso de calor, frio ou umidade excessivos, devem ser adotadas medidas
para eliminar ou minimizar a exposição do trabalhador, como em frigoríficos
ou fundições/siderurgias. Nesse caso, são sugeridas as medidas a seguir.

„„ Medidas de proteção coletiva: alteração no processo de trabalho,


redução no tempo de exposição ao risco, implantação de barreiras de
contenção, implantação de sistemas de ventilação e exaustão.
„„ Medidas de proteção individual: adoção de equipamentos de proteção
individual como luvas, botas, aventais etc.

A Figura 5 mostra os EPIs utilizados em ambientes de frio e calor extremo,


como
8 Equipamento de proteção individual e coletiva

Agentes químicos e biológicos


Nessas categorias se enquadram os vírus, bactérias, parasitas, poeiras,
névoas, gases, vapores e muitos outros agentes. São sugeridas as seguintes
medidas de controle.

„„ Construção de barreiras de confinamento para evitar contato com o


agente.
„„ Ventilação constante do ambiente.
„„ Desinfecção e esterilização do local com esterilizantes e desinfetantes
químicos adequados.
„„ Organização e higiene rigorosa nos locais de trabalho.
„„ Uso de EPI adequado à atividade, como óculos, máscaras faciais, luvas,
botas, toucas, etc.

Outros EPIs
O Anexo I da NR-6 classifica os EPIs de acordo com as partes do corpo que
serão protegidas pelo equipamento. Os EPIs a seguir são sugeridos pela norma
de acordo com a proteção (BRASIL, 2021).

„„ Cabeça: capacete e capuz.


„„ Olhos e face: óculos, protetor facial e máscara de solda.
„„ Auditiva: protetor auditivo.
„„ Respiratória: respirador purificador de ar não motorizado, respirador
purificador de ar motorizado, respirador de adução de ar tipo linha de
ar comprimido, respirador de adução de ar tipo máscara autônoma.
„„ Tronco: vestimentas, colete à prova de balas de uso permitido para
vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do
tronco contra riscos de origem mecânica.
„„ Membros superiores: luvas, mangas, creme protetor, braçadeira, dedeira.
„„ Membros inferiores: calçados, meias, perneira, calça.
„„ Corpo inteiro: macacão, vestimenta de corpo inteiro.
„„ Quedas com diferença de nível: cinturão de segurança com dispositivo
trava-queda, cinturão de segurança com talabarte.
Equipamento de proteção individual e coletiva 9

A NR-6 trata especificamente dos EPI. A norma apresenta todas as


informações em relação a esse assunto e estabelece quais os EPIs
indicados para proteção dos trabalhadores.

Normas regulamentadoras
A segurança do trabalho é regulamentada por normas que buscam garantir
um ambiente de trabalho seguro e salubre. As principais leis que regem a
área de segurança do trabalho no Brasil são as que seguem.

„„ Constituição Federal de 1988, Capítulo II, art. 7º, incisos XXII, XXIII,
XXVIII e XXXIII.
„„ Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
„„ Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, Planos de Benefícios da Previdência
Social, que regulamenta o Acidente do Trabalho.
„„ Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1997, que altera o Capítulo V, do
Título II da CLT no que tange à segurança e à medicina do trabalho.
„„ Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, que aprova as Normas Regu-
lamentadoras do Capítulo V, Título II, da CLT relativas à segurança e à
medicina do trabalho.

As NRs foram criadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, para


complementar o capítulo V da CLT referente à segurança e à medicina do
trabalho. Consistem em obrigações, direitos e deveres que devem ser cum-
pridos pelos trabalhadores e as empresas para garantir um ambiente de
trabalho seguro e saudável, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes
ocupacionais (BARSANO; BARBOSA, 2018).
Atualmente, a elaboração e a revisão das NRs são realizadas pela Secre-
taria Especial de Previdência e Trabalho, com base no que é definido pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essas alterações são conduzidas
por uma comissão tripartite composta por representantes do governo, em-
pregadores e empregados (BRASIL, 2021). Foram expedidas 37 NRs; 35 delas
estão em vigor, e duas foram revogadas, conforme o Quadro 2.
10 Equipamento de proteção individual e coletiva

Quadro 2. Normas regulamentadoras da segurança no trabalho

NR Título

1 Disposições Gerais

2 Inspeção Prévia (Revogada)

3 Embargo ou Interdição

4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

6 Equipamento de Proteção Individual (EPI)

7 Programa De Controle Médico de Saúde Ocupacional

8 Edificações

9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

13 Caldeiras, Vasos De Pressão e Tubulações e Tanques Metálicos de Armazenamento

14 Fornos

15 Atividades e Operações Insalubres

16 Atividades e Operações Perigosas

17 Ergonomia

18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

19 Explosivos

20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis

21 Trabalhos a Céu Aberto

22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

23 Proteção Contra Incêndios

24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

25 Resíduos Industriais
(Continua)
Equipamento de proteção individual e coletiva 11

(Continuação)

NR Título

26 Sinalização de Segurança

27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (Revogada)

28 Fiscalização E Penalidades

29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração


Florestal e Aquicultura

32 Segurança E Saúde no Trabalho em Serviços De Saúde

33 Segurança E Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados

34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação


e Desmonte Naval

35 Trabalho em Altura

36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de


Carnes e Derivados

37 Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo.

Confira um estudo de caso sobre os “Limites de exposição ocupacio-


nal das normativas brasileiras de saúde e segurança em trabalhos
com baixas temperaturas”, de Takeda e Moro, de 2017. Você pode buscar o
trabalho pelo título em seu navegador.

Referências
ALVES, G. V. Espaço confinado: o que é preciso saber para se proteger de acidentes?
Belo Horizonte: Segurança do Trabalho na Net, c2021. Disponível em: https://seguran-
cadotrabalhonet.com.br/espaco-confinado-o-que-e-preciso-saber-para-se-proteger-
-de-acidentes/. Acesso em: 7 jul. 2021.
AYRES, D. O.; CORRÊA, J. A. P. Manual de prevenção de acidentes do trabalho. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2017.
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Segurança do trabalho: guia prático e didático. 2. ed.
São Paulo: Érica, 2018.
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BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria de Trabalho. Normas regulamentadoras – NR.


Brasília, DF: Ministério da Economia, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho/
pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/normas-regulamentadoras-
-nrs. Acesso em: 23 jun. 2021.
CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. Introdução à segurança e saúde no trabalho. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
MATTOS, U.; MÁSCULO, F. S. (org.). Higiene e segurança do trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2019.
TEGAPE. Quais telas são regulamentadas pela NR-18 e como devem ser aplicadas.
Curitiba: Tegape Telas, 2019. Disponível em: https://www.tegape.com.br/quais-telas-
-sao-regulamentadas-pela-nr-18-e-como-devem-ser-aplicadas/. Acesso em: 7 jul. 2021.
TOSMANN, J. Retorno ao trabalho: utilize placas de sinalização como prevenção da
COVID-19. Revista Manutenção, 29 set. 2020. Disponível em: https://www.revistamanu-
tencao.com.br/literatura/tecnica/seguranca-do-trabalho/retorno-ao-trabalho-utilize-
-placas-de-sinalizacao-como-prevencao-da-covid-19.html. Acesso em: 28 jun. 2021.

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