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DISCIPLINA:

COMBATE E SV EM CAMPANHA I

UD: 17- Orientação em campanha


ASSUNTOS:
1. Orientação Expedita em Campanha
2. Bússola
Sumário
01 02
Introdução Orientação expedita

03 04
Bússola Conclusão
IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO EM COMBATE

Introdução
O soldado é, geralmente,
empregado em operações de
combate, desenvolvidas em regiões
que lhe são totalmente estranhas. Por
esse motivo, a habilidade para
orientar-se em áreas desconhecidas,
quaisquer que sejam suas
características e sob quaisquer
condições, é um atributo de grande
valor para o militar.
IMPORTÂNCIA DA ORIENTAÇÃO EM COMBATE

Introdução
Determinar e manter uma
direção durante os deslocamentos
torna-se sumamente importante em
combate, quando a direção correta
dos movimentos e dos fogos são
fatores preponderantes para o
cumprimento da missão.
02

Orientação expedita
Identificar os processos expeditos de orientação diurna.
(FACTUAL); e

Identificar os processos expeditos de orientação noturna.


(FACTUAL)
03

Bússola
Identificar as precauções no emprego da bússola. (FACTUAL).
Processos de Orientação
Vários são os processos de orientação utilizados
em campanha, dos quais os mais seguros e
práticos são: pela bússola, pelas cartas
topográficas, pelo sol e pelas estrelas. Podem, no
entanto, ser empregados outros processos
sumários, os quais, embora sujeitos a erros
grosseiros, vêm a ser em algumas ocasiões, a
última alternativa para a orientação do
combatente.
Equipe de Navegação
No deslocamento de um grupo de homens
deverá ser constituída uma equipe destinada a
preocupar-se exclusivamente com a
manutenção da direção correta. A constituição
da equipe de navegação variará conforme a
disponibilidade de homens, mas de uma forma
geral será organizada como: um homem-
bússola, dois homens-passo, um homem carta e
um homem-ponto.
Composição da Equipe
Homem-bússola Homem-passo Homem-carta Homem-Ponto

•É o responsável pela •responsável pela •É o responsável pela •Marcha à frente da


determinação e determinação das orientação baseada equipe e baliza a
manutenção dos distâncias já na comparação da direção dos
azimutes; percorridas, através carta com o terreno; sucessivos
da contagem do pode ser um dos azimutes,
passo duplo; devem homens-passo. determinados pelo
ser escalados dois Homem-bússola.
ou mais homens- Para maior precisão
passo para que, no trabalho pode
fazendo-se uma utilizar-se de uma
média das medidas, baliza que será
obtenha-se mais cravada sobre o solo
precisão. no local estabelecido
pelo homem-
bússola. A noite
deve valer-se de
meios que
assinalem sua
posição exata, tais
como, equipamentos
infra vermelhos,
lanternas veladas,
dispositivos
fosforescentes, etc
Homem - Bússola
É o responsável pela
determinação e
manutenção dos
azimutes.
Homem - Passo
Responsável pela determinação das
distâncias já percorridas, através da
contagem do passo duplo; devem ser
escalados dois ou mais homens-passo
para que, fazendo-se uma média das
medidas, obtenha-se mais precisão.
Homem - Carta
É o responsável pela
orientação baseada na
comparação da carta com o
terreno; pode ser um dos homens-
passo.
.

Homem - Ponto
Marcha à frente da equipe e baliza a direção dos
sucessivos azimutes, determinados pelo Homem-bússola. Para
maior precisão no trabalho pode utilizar-se de uma baliza que
será cravada sobre o solo no local estabelecido pelo homem-
bússola. A noite deve valer-se de meios que assinalem sua
posição exata, tais como, equipamentos infra vermelhos,
lanternas veladas, dispositivos fosforescentes, etc.
Equipe de Navegação
Orientação pela Bússola
A bússola é um instrumento Baseia-se na propriedade que
destinado à medida de ângulos possui uma agulha imantada,
horizontais a partir da direção do de ter uma de suas
norte magnético. extremidades apontando
sempre para aquela direção.

O Exército Brasileiro utiliza


basicamente dois tipos de
bússolas: as bússolas de limbo
fixo e as bússolas de limbo móvel.
BÚSSOLA DE LIMPO FIXO

PARTES DA BÚSSOLA (LIMBO FIXO)


BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
BÚSSOLA
BÚSSOLADE
DELIMBO
LIMBOMÓVEL
MÓVEL
PRECAUÇÕES PARA EMPREGO DA
BÚSSOLA
DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA

Canhão de Carro de
Linha de alta combate
campanha
tensão
60 metros 20 metros 20 metros
PRECAUÇÕES PARA EMPREGO DA
BÚSSOLA
DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA

Canhão de Capacete
Cerca de arame campanha
10 metros 3 metros 1 metros
PRECAUÇÕES PARA EMPREGO DA
BÚSSOLA
Não friccionar a Visar sempre pontos Executar uma visada
tampa de vidro da bem definidos e inversa;
bússola; notáveis no terreno;

Não conservar a Evitar que a bússola Limpar as vezes as


bússola em sofra choques partes externas da
ambiente úmido; violentos; bússola; e

Nunca desmontar o aparelho,


o que só pode ser feito por
pessoa especializada.
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
OBTENÇÃO DE AZIMUTES
DETERMINAÇÃO DO AZIMUTE ENTRE DOIS PONTOS
DA CARTA
Para a obtenção do azimute de um determinado ponto, a partir
de uma referência qualquer, procede-se da maneira que se
segue:

Traça-se uma reta unindo os dois pontos;

Orienta-se a carta pelo exame do terreno C (21-26)

Coloca-se a bússola aberta sobre a carta, de tal modo que o


retículo da tampa fique sobre a linha traçada na carta, com a
tampa voltada para o ponto do qual se quer o azimute;

a solução do problema será o azimute registrado na bússola.


DETERMINAÇÃO DO AZIMUTE ENTRE DOIS PONTOS
DA CARTA

Exemplo:

suponhamos que se deseja obter o azimute da extremidade sul


da cabeceira do aeroporto para a torre de rádio (Fig 3-8); a
solução gráfica encontra-se na figura 3-8, e o azimute é de 95º.
DETERMINAÇÃO DO AZIMUTE ENTRE DOIS PONTOS
DA CARTA
LOCALIZAÇÃO, NA CARTA, DE UM PONTO DE
AZIMUTE E DISTÂNCIA CONHECIDOS
O combatente deverá proceder da maneira que se segue:
Orientar a carta;
Assentar a bússola de modo que a ponta da tampa fique
diretamente sobre o ponto de referência;
Sem deslocar a ponta da tampa, girar a bússola até que a agulha
imantada marque o azimute desejado;
Marcar com um lápis as extremidades do retículo de visada na
carta;
Retirar a bússola e traçar a linha, marcando a distância conhecida,
quando então, obterá a solução do problema.
● Exemplo: Suponhamos que é preciso indicar na carta, que uma metralhadora está
localizada a 790m da igreja, existente na carta da figura 3-9, sob o azimute de 290º; a
solução gráfica encontra-se na figura 3-9.

NAVEGAÇÃO SEGUNDO UM DETERMINADO
AZIMUTE
a. Para “navegar” segundo um determinado azimute, procede-
se da maneira adiante enumerada.

(1) Localizar na carta o ponto de estação e o objetivo que se


pretende alcançar (C 21-26).

(2) Determinar o azimute do objetivo, conforme o parágrafo 3-10


do presente artigo.

(3) Para atingir o objetivo bastará marchar segundo o azimute


encontrado.
NAVEGAÇÃO SEGUNDO UM DETERMINADO
AZIMUTE
b. Nem sempre é possível marchar na direção pretendida. O
combatente, por vezes, necessita afastar-se da direção de
marcha para contornar um acidente. Para retornar a direção
inicial, deve proceder da maneira adiante enumerada.

(1) Marcar quatro ângulos retos em torno do obstáculo, utilizando


a bússola. (O ângulo reto corresponde a um quarto de volta do
limbo, Fig 3-10).

(2) Marchar contando o número de passos dados sobre cada


um dos lados A e B, de maneira a retornar à direção inicial.
Desbordamento
PROCESSOS EXPEDITOS DE ORIENTAÇÃO

ORIENTAÇÃO PELO SOL


a. O sol , ao nascer, define, aproximadamente, a direção leste e ao se
pôr, a direção oeste. Na realidade só nos dias 21 de março e 23 de setembro o
sol desponta, rigorosamente, na direção leste. Nos outros dias do ano desponta
ora afastando para o Norte (entre 21 de março e 23 de setembro), ora afastado
para o Sul (de 23 de setembro a 21 de março), seno o afastamento máximo de
23º30’ (declinação máxima do sol).

b. Conhecida umas dessas direções, o combatente deve dar sua direita


para o Leste (E) ou sua esquerda para o Oeste (W) e terá, em consequência, à
sua frente o Norte (N) e à sua retaguarda o Sul. (Fig 3-11).
PONTOS CARDEAIS
Graduação dos Pontos cardeais

Pontos Cardeais:
E: Este ou Leste = 90º
N: Norte = 0º
O: Oeste = 270º
S: Sul = 180º
Pontos Colaterais:
NE: Nordeste = 45º
NO: Noroeste = 315º
SE: Sudeste = 135º
SO: Sudoeste = 225º
Processos expeditos de Orientação

Determinação pelo Norte do relógio.

No Hemisfério Sul - usando um relógio que esteja marcando a


hora oficial da localidade, coloca-o com o mostrador para cima
e na horizontal, de modo que a linha 6-12 fique na direção do sol.
Para assegurar mais exatidão nessa operação, o combatente
deve segurar verticalmente um palito na borda do relógio junto
ao número 12, de modo que a sombra do palito cubra a linha 6-
12. A bissetriz do menor ângulo formado entre a direção do sol
(número 12 ) e o ponteiro das horas indicará a direção N. (Fig 3-
12).
Determinação pelo Norte do relógio.
ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS

Pelo Cruzeiro do Sul.

Ao sul do Equador pode-se empregar o Cruzeiro do Sul para a


orientação à noite. A direção do S é obtida prolongando-se de
quatro vezes e meia o braço maior da cruz, a partir do seu pé.
Baixando-se, do ponto imaginário encontrado, uma
perpendicular à linha do horizonte, Ter-se-á direção aproximada
do S. (Fig 3-14).
ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS
ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS

Pela Estrela Polar


Ao norte do Equador, o processo mais comumente usado é o da Estrela
Polar, que indica a direção do N verdadeiro. Para identificar a Estrela
Polar deve-se tomar como referência a constelação da Ursa Maior. Esta
constelação gira em torno da Estrela Polar e as duas estrelas terminais
do seu trapézio servem de ponteiros, indicando sempre a direção
daquela estrela. Assim, prolongando-se a linha dos ponteiros e
tomando-se, sobre ela, um comprimento igual a cinco vezes a distância
entre estas duas estrelas citadas, encontrar-se-á a Estrela Polar. Uma
outra constelação, a Cassiopéia, pode servir para auxiliar a localização
da Estrela Polar. Esta constelação fica do lado oposto à Ursa Maior em
relação à Estrela Polar e a uma distância aproximadamente igual. A linha
reta que une a estrela do vértice do primeiro V do W, à estrela do meio
da cauda da Ursa Maior passa pela Estrela Polar, que fica
aproximadamente à meia distância entre aqueles pontos extremos.
ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS
MEIOS AUXILIARES

Pela Lua
a. A lua nos seus movimentos aparente nos dá,
aproximadamente, as mesmas identificações que o sol,
principalmente na fase cheia, quando podemos observá-la na
sua plenitude.

b. Pelos Acidentes Geográficos- um monte afastado e que se


destaca na região, a orla de um bosque, a direção geral dos
cursos d’água e outros acidentes do terreno podem ser usados
para auxiliar na orientação.
MEIOS AUXILIARES

Pela Lua
c. Fogos de metralhadoras, morteiros e artilharia- caso se
conheça a situação geral, a direção dos fogos das
metralhadoras, morteiros e artilharia podem servir para auxiliar
na orientação.

(1) Durante o dia e mediante prévia combinação, podem ser


lançados projetis fumígenos para guiar uma tropa.
MEIOS AUXILIARES

(2) À noite podem ser preparados ou pedidos fogos iluminativos


para serem disparados sobre uma posição conhecida.
O combatente deverá orientar-se rapidamente, porque os
artifícios iluminativos são facilmente, levados pelo vento.
Também pode ser solicitado que sejam feitos disparos com
munição traçante, segundo um determinado azimute e numa
hora estipulada, para auxiliar a determinação da posição e da
direção.
c. Outros meios- as vias férreas, estradas de rodagem, redes
elétricas, a fumaça das chaminés, as torres e povoações são
outros tantos recursos indicados para determinarem uma
direção.
CONCLUSÃO

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