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A radioatividade natural refere-se à emissão espontânea de radiação por certos

materiais presentes na natureza. Essa radiação pode ser de origem alfa, beta ou gama e
é produzida pela desintegração radioativa de átomos instáveis.

Existem alguns elementos químicos encontrados naturalmente na Terra que são


radioativos, como o urânio, o tório, o potássio-40 e o carbono-14. Esses elementos têm
isótopos instáveis que se transformam em outros elementos mais estáveis através de
processos de decaimento radioativo.

Foi Rutherford e o seu colaborador Soddy que verificaram que, quando um nuclídeo primário,
por exemplo, um núcleo de uranio, emite uma partícula alfa, transforma-se num novo núcleo,
com características radioativas diferentes. Este segundo núcleo, se não for estável, decompõe-
se, por sua vez, originando um terceiro tipo de núcleo e assim sucessivamente.

Contudo, os núcleos radioativos que assim se formam são nuclídeos secundários, pois formam-
se por desintegração de nuclídeos radioativos primários e, portanto, têm um tempo de médio
de vida mais curto que os nuclídeos primários.

Por último, os nuclídeos induzidos são os que se formam continuamente na natureza por efeito
de radiação cósmica sobre os elementos químicos que formam a terra, especialmente a
atmosfera, como é o caso do carbono-14.
A radioatividade natural tem várias aplicações em diversos campos. Aqui estão
algumas das principais aplicações da radioatividade natural:

Datação arqueológica e geológica: Isótopos radioativos, como o


carbono-14 e o potássio-40, são utilizados para determinar a idade de
materiais antigos, como fósseis, artefactos arqueológicos e rochas. Essa
técnica de datação radiométrica é fundamental para entender a história
da Terra e dos seres vivos que a habitaram.

Fontes de energia: A radioatividade natural é a base para a energia


nuclear. O urânio e o tório, elementos radioativos encontrados na
natureza, são utilizados como combustível em usinas nucleares para a
produção de eletricidade. A energia nuclear é uma fonte de energia de
baixa emissão de carbono e desempenha um papel importante na
geração de energia em muitos países.

Medicina nuclear: A radioatividade natural é amplamente utilizada na


medicina para diagnóstico e tratamento de doenças. Isótopos
radioativos são usados em técnicas de imagem, como a tomografia por
emissão de positrões (PET) e a cintilografia, para visualizar órgãos
internos, detetar tumores e avaliar o funcionamento de sistemas
biológicos específicos.

O Grande Colisor de Hadrões (LHC, na sigla em inglês) é o maior e mais poderoso acelerador de
partículas do mundo, localizado no CERN, em Genebra, na Suíça. Embora o LHC não esteja
diretamente relacionado ao estudo da radioatividade natural, ele desempenha um papel
importante na compreensão da estrutura nuclear e de partículas, que está relacionada à
radioatividade.

O LHC acelera feixes de protões ou iões a altas velocidades e os colide em energias


extremamente altas. Essas colisões permitem que os cientistas estudem as partículas
subatômicas resultantes e as interações entre elas. Embora a radioatividade natural seja uma
propriedade de elementos radioativos instáveis, os estudos realizados no LHC contribuem para
o entendimento mais amplo da física nuclear e de partículas, que está diretamente relacionada
ao fenômeno da radioatividade.

O LHC permite investigar a estrutura interna dos núcleos atômicos, o comportamento das
partículas subatômicas e a interação fundamental entre elas. Esses estudos são essenciais para
o avanço do conhecimento em áreas como a física de partículas, a cosmologia, a compreensão
dos fundamentos da matéria e das forças que governam o universo.

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