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Resumo: do caso Césio 137

BRILHO DA MORTE

Em 13 de setembro 1987. Na capital goiana deu início ao maior acidente


radioativo em área urbana.
Dois jovens motivados pela necessidade de ganhar dinheiro, entraram no antigo
instituto Goiano de Radioterapia (IGR), no Setor Central de Goiânia. Na localidade
encontraram um antigo aparelho de raio x abandonado, os catadores de sucata
Wagner Pereir com 19 anos, e Roberto Alves de 22 anos, deixaram o prédio
carregando os 122kg do equipamento com o objetivo de vender o metal do
equipamento para um ferro-velho.
O dono do ferro velho o senhor Devair Alves Ferreira. naquele mesmo dia ele
comprou parte da máquina sem sequer saber que continha 19,26 gramas de césio
137. Ao cair da noite ele percebe um brilho estranho emitido pela cápsula um brilho
azulado, como descrito por ele como o “brilho da morte”.
E encantado pela aquela luz, ele decide lavar o objeto para casa. E ao chega
Devair começa a mostrar aquele pó misterioso para seus vizinhos e aos seus
familiares, as pessoas que entravam em contato com aquela luz começaram a
apresentar sintomas de tontura, náuseas e diarreia.
No dia 19, seu irmão Ivo leva a substância para casa e logo ela se transforma
em um brinquedo nas mãos de sua filha de 6 anos, Leide das Neves.
Outro Irmão de Devair que era motorista de ônibus e que teve contato com a
substância começa a contaminar os seus passageiros por ter um alto nível de radiação
no corpo nesse período tempo os hospitais começaram a entrar em alerta por causa
do grande número de pacientes com os mesmos sintomas.
Em 29 de setembro, a esposa de devair, Maria Gabriela começa suspeitar que
aqueles sintomas que seus vizinhos estavam sentindo seria devido ao misterioso pó
branco e sua luz. Então ela junto com seu esposo decide levar aquela cápsula para a
Vigilância Sanitária sem saber que contia material radioativo. O físico Walter Mendes
é chamado e descobre tratar-se de uma substância radioativa. Ele chega a tempo de
impedir que os bombeiros joguem a cápsula dentro do Rio Meio Ponte, principal fonte
de abastecimento da cidade.
Ao descobrir do que se tratava aquela substância os técnicos de energia nuclear
junto com a polícia militar traçaram um plano de descontaminação para centenas de
pessoas que havia sido contaminada por Césio 137. As pessoas contaminadas eram
levadas para quarentena em um estádio de futebol onde era divididas pelo grau de
contaminação, em um processo de triagem.
Devido o contato com a radiação muitas pessoas morreram e foram enterradas
em covas especiais de concreto reforçado e em caixões de chumbo inclusive a
pequena Leide das Neves, a tia, Maria Gabriela, e os dois funcionários do ferro-velho,
Israel e Admilson, que são considerados as quatro vítimas diretas do acidente.
A população goiana demonstrava medo da contaminação e era tomada pela
onda de desinformação. Os sepultamentos foram marcados por protestos, revolta e
troca de agressões entre policiais e manifestantes que não queriam que as vítimas
fossem enterradas na cidade. E todos os utensílios com roupa, carros, dinheiro,
brinquedos e outros objetos que receberam algum tipo de radiação pelo contato foram
catalogadas levada a um aterro. E são declarados oficialmente como lixo radioativos
incluindo a cápsula contém o césio 137.

Erick johnney

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