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CONSAGRAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO E COOPERAÇÃO

INTRODUÇÃO
Hoje vamos meditar sobre o capítulo doze da carta do apóstolo Paulo aos Romanos.
Esse capítulo é muito importante para nós, pois nos ensina como devemos viver como
cristãos em um mundo que não nos compreende nem nos aceita.
Paulo escreveu essa carta aos cristãos que viviam em Roma, a capital do Império
Romano, no século primeiro depois de Cristo. Esses cristãos enfrentavam muitas
dificuldades e perseguições por causa da sua fé. Eles eram minoria em uma sociedade pagã,
idólatra e corrupta. Eles sofriam discriminação, violência e até morte por não se
conformarem aos costumes e às leis do império.
Paulo sabia que esses cristãos precisavam de ânimo, de orientação e de exortação. Por
isso, ele escreveu essa carta para fortalecer a sua fé, para esclarecer as suas dúvidas e para
corrigir os seus erros. Ele queria que eles entendessem o plano de Deus para a salvação dos
judeus e dos gentios, a graça de Deus que os justificava pela fé em Cristo, e a vontade de
Deus que os santificava pelo Espírito Santo.
Nos primeiros onze capítulos da carta, Paulo expõe a doutrina da salvação pela graça
mediante a fé. Ele mostra que todos os homens são pecadores e merecem a condenação de
Deus; que Deus enviou o seu Filho Jesus Cristo para morrer na cruz pelos nossos pecados e
ressuscitar dentre os mortos para nos dar a vida eterna; que Deus nos aceita como seus
filhos pela fé em Cristo, sem as obras da lei; que Deus nos dá o seu Espírito Santo para nos
regenerar, nos selar e nos guiar; que Deus tem um propósito para Israel e para a igreja; e que
Deus é soberano sobre todas as coisas e faz todas as coisas cooperarem para o bem
daqueles que o amam.
Nos últimos cinco capítulos da carta, Paulo aplica a doutrina da salvação à prática da
vida cristã. Ele mostra como devemos viver em resposta à graça de Deus que nos salvou. Ele
nos ensina a oferecer os nossos corpos como sacrifício vivo a Deus; a renovar as nossas
mentes pela Palavra de Deus; a usar os nossos dons espirituais para servir uns aos outros; a
amar uns aos outros com sinceridade; a abençoar os nossos inimigos; a respeitar as
autoridades; a cumprir a lei do amor; a aceitar os fracos na fé; e a glorificar a Deus com os
nossos lábios e com as nossas vidas.
O capítulo doze é o primeiro dos capítulos práticos da carta. Ele é uma ponte entre a
doutrina e a vida. Ele é um chamado à consagração, à transformação e à cooperação. Ele é
um resumo dos deveres do cristão para com Deus.
Desenvolvimento
O tema do nosso sermão é: Consagração, transformação e cooperação. Essas são três
palavras que resumem o que Paulo nos ensina neste capítulo. Vamos ver cada uma delas.
CONSAGRAÇÃO

O que significa consagrar-se a Deus? Consagrar significa dedicar totalmente a Deus. Quando
uma pessoa se converte, consagra sua vida a Deus. Isso significa que agora vive para Deus,
não para o pecado. A Bíblia fala sobre vários tipos de consagração:
 Consagração para ministério: quando alguém se dedica ao trabalho da igreja.
 Consagração de objetos: quando algo é usado exclusivamente para o culto a Deus.
 Consagração de dias: quando um dia é reservado para adorar a Deus.
 Consagração de ofertas: quando se dá algo a Deus com generosidade e gratidão.
 Consagração de pessoas: quando alguém se entrega totalmente a Deus.

No versículo 1 deste capítulo, Paulo nos exorta a nos oferecermos em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus. Isso é consagração pessoal. Ele diz que esse é o nosso culto racional, ou
seja, o nosso ato de adoração lógico e coerente com o que Deus fez por nós.
Pense bem: Deus nos amou tanto que enviou seu Filho para morrer por nós na cruz. Ele nos
perdoou de todos os nossos pecados e nos deu a vida eterna. Ele nos adotou como seus
filhos e nos deu o seu Espírito Santo. Ele nos abençoa com toda sorte de bênçãos espirituais
em Cristo. Ele nos promete estar conosco todos os dias até o fim dos tempos.
Diante de tudo isso, qual é a nossa resposta? Qual é a nossa gratidão? Qual é a nossa
adoração? Será que podemos continuar vivendo como se nada tivesse acontecido? Será que
podemos continuar amando o mundo e as coisas do mundo? Será que podemos continuar
sendo egoístas, orgulhosos, invejosos, mentirosos, imorais, rebeldes?
Não, irmãos e irmãs! Isso não é digno do nosso Deus! Isso não é digno do nosso Salvador!
Isso não é digno do nosso Senhor! Nós devemos nos consagrar a Deus! Nós devemos nos
oferecer a Deus! Nós devemos nos entregar a Deus!
Consagrar-se a Deus significa reconhecer que tudo o que somos e temos pertence a Ele.
Significa colocar-se à disposição de Deus para fazer a sua vontade. Significa renunciar aos
nossos próprios interesses e buscar os interesses de Deus. Significa viver para a glória de
Deus e não para a nossa glória.
Consagrar-se a Deus é um ato de amor, de obediência e de fé. É um ato de amor porque
demonstra que amamos mais a Deus do que a nós mesmos. É um ato de obediência porque
demonstra que reconhecemos a autoridade de Deus sobre as nossas vidas. É um ato de fé
porque demonstra que confiamos na bondade e na sabedoria de Deus.
Consagrar-se a Deus é um ato voluntário, pessoal e contínuo. É um ato voluntário porque
ninguém pode nos obrigar a fazer isso. É uma decisão livre e consciente que tomamos
diante de Deus. É um ato pessoal porque ninguém pode fazer isso por nós. É uma escolha
individual e intransferível que fazemos diante de Deus. É um ato contínuo porque não basta
fazer isso uma vez só. É uma atitude diária e permanente que mantemos diante de Deus.
E você? Você já se consagrou a Deus? Você já se ofereceu em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus? Você já entregou tudo o que você é e tem nas mãos de Deus? Você já se
colocou à disposição de

Culto racional é uma expressão que Paulo usa em Romanos 12:1 para descrever a adoração
que devemos oferecer a Deus em resposta à sua graça que nos salvou. Culto racional
significa adoração consciente, com amor, mas também com entendimento. Não é uma
adoração baseada em rituais vazios ou em obrigações externas, mas em uma entrega
voluntária, pessoal e contínua de todo o nosso ser a Deus.
Culto racional é o oposto de culto irracional, que é aquele que não tem sentido nem valor
para Deus. É o culto que é oferecido por ignorância, por medo, por interesse ou por
hipocrisia. É o culto que não vem do coração, mas dos lábios. É o culto que não agrada a
Deus, mas o ofende.
Culto racional é o culto que agrada a Deus porque demonstra o nosso amor, a nossa
obediência e a nossa fé. É o culto que reconhece quem Deus é e o que Ele fez por nós. É o
culto que se expressa em todas as áreas da nossa vida, não apenas na igreja, mas no lar, no
trabalho, na escola, na sociedade. É o culto que glorifica a Deus com os nossos
pensamentos, palavras e ações.
Culto racional é o nosso dever e o nosso privilégio como cristãos. É o nosso ato de gratidão
e de louvor ao nosso Deus. É o nosso ato de submissão e de serviço ao nosso Senhor. É o
nosso ato de comunhão e de testemunho ao nosso Salvador.
Você tem oferecido culto racional a Deus? Você tem adorado a Deus com entendimento e
sinceridade? Você tem se consagrado a Deus com todo o seu ser?

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