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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG


Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 . Alfenas/MG . CEP 37130-000
Fone: (35) 3706-9000 . Fax: (35) 3299-1063

Curso: Matemática-Licenciatura
Disciplina: Seminários de Matemática ou Educação Matemática
Docentes: Prof. Dr. Guilherme Henrique Gomes da Silva e
Prof. Dr. Anderson José de Oliveira

Discente: Guilherme Bicelli Bombessi Matrícula: 2021.1.10.004

Resenha “História de investigações matemáticas”


No livro o leitor é introduzido a um experimento documentado pelos autores
João Pedro da Ponte, licenciado em matemática pela faculdade de ciências da
universidade de Lisboa e doutor em educação matemática pela universidade; Georgia,
Hélia Margarida Oliveira, licenciada em matemática pela faculdade de ciências da
universidade de Lisboa e mestre em educação pela faculdade de ciências da
universidade de Lisboa; Maria Helena Cunha, licenciada em ensino na variante de
matemática e ciências e mestre em educação pela faculdade de ciências da
universidade de Lisboa; e Maria Irene Segurado, licenciado em economia pelo
instituto superior de economia de Lisboa e mestre em educação pela faculdade de
ciências da universidade de Lisboa.
O cerne do experimento é de apresentar uma atividade em uma sala de aula
para que desempenho dos alunos seja analisado, para concluir se o exercício auxilia
ou não no aprendizado da matemática. O experimento realizado na sala da professora
Maria com alunos do quinto ano era um pouco mais complicado do que os alunos
estavam habituados, uma vez que o exercício foi pensado originalmente para alunos
mais velhos, mas a sala no quinto ano foi escolhida por possuir alunos “interessados e
trabalhadores” como dito no texto, além de que o exercício recebeu uma adaptação
para ser feito por eles.
O exercício tratava de números quadrados e números triangulares, a ideia de
número quadrado e triangular era de que um número é quadrado quando podemos
formar um quadrado com uma certa quantidade de “bolinhas” que seria determinada
pelo próprio número, enquanto um número seria triangular se pudéssemos formar um
triângulo como o número de “bolinhas” desse mesmo número, então 3 questões
deveriam ser respondidas baseadas nesse conceito. É dito que a tarefa é diferente do
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habitual já te envolvia muitos conceitos diferentes, e como consequência muitas


questões foram geradas inicialmente.
Mesmo com várias dúvidas os alunos insistiram e após perceberem um certo
padrão inicialmente nos números quadrados as soluções começaram a aparecer,
mesmo que os alunos não necessariamente pensassem da mesma forma, mas mesmo
com pensamentos diferentes os alunos chegavam na mesma conclusão. As soluções
encontradas pelos alunos não possuíam métodos formais da matemática, os alunos
optavam por simplicidade já que os conceitos formais ainda não havia sido absorvido
por eles, mesmo que de certa forma há soluções encontradas tivessem como base
esses mesmos conceitos formais.
Já no caso dos números triangulares a chave para a solução foi a insistência,
que após certo tempo gerou resultados, que conseguiram até mesmo surpreender a
professora Maria, já que mesmo com representa ações de certa forma “semelhantes”
os números triangulares e os números quadrados não possuía um padrão esses
parecidos, já que os números quadrados eram apenas o produto de dois números
iguais, enquanto os números triangulares que inicialmente pareciam não ter padrão,
são encontrados pela soma dos números de 1 até um certo número n. Mesmo com
conceitos diferentes os alunos conseguiram sim encontrar respostas referentes aos
números triangulares.
Os resultados do exercício surpreenderam a professora, pois mesmo sendo um
exercício diferente do habitual e teoricamente feito para alunos “mais experientes”, os
alunos conseguiram chegar em respostas corretas, onde estão anteriormente
professora se sentiu surpresa, já os alunos orgulhosos, e com razão pois conseguiram
resolver os exercícios. A professora disse que gostaria de realizar experimentos
semelhantes novamente, pois aula foi diferente e gerou bons resultados, isso se deve
tanto pela atuação dos alunos quanto da professora, já que os alunos cumpriram o seu
dever ao investigarem e insistirem até achar as soluções, enquanto a professora usar
acompanhava e não dava resposta mas os direcionava ao caminho correto.
Os resultados desse experimento são incríveis por mostrarem que um método
bem diferente e que inicialmente pode parecer “loucura” teve êxito quase que total, já
que os alunos saíram dá aula como um novo conhecimento e a professora descobriu
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uma nova forma de gerar interesse ensinar os alunos, fazendo desse experimento uma
grande vitória na área do ensino, quem sabe não só de matemática, mas também de
todas as áreas.

PONTE, J. P. et. al (1998). Histórias de Investigações Matemáticas. Lisboa: Editora


da Universidade de Lisboa, 1998.

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