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Júlia Cassamo
Julieta Francisco
Julieta Manuel
Profissão de um Estudante
Curso de Licenciatura em Ensino de Filosofia com Habilitações em Ética
Universidade Rovuma
Montepuez
2023
Júlia Cassamo
Julieta Francisco
Julieta Manuel
Profissão de um Estudante
Universidade Rovuma
Montepuez
2023
Índice
Introdução...................................................................................................................................4
1. Profissão de um estudante...................................................................................................5
1.1. Como organizar o tempo..............................................................................................7
Conselhos práticos.............................................................................................................13
Conclusão..................................................................................................................................14
Referências bibliográficas.........................................................................................................15
Introdução
Quanto a metodologia usada para a elaboração do presente trabalho, foi a consulta das fichas
fornecidas pelo docente, conforme os autores apresentados nas referências bibliográficas, para
a recolha de informações de modo a melhorar o desenvolvimento do presente trabalho.
Objectivo geral
Objectivos específicos
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1. Profissão de um estudante
Costuma-se dizer que vamos a escola para aprender, mas para aprender o que? Algumas dirão
que o objectivo é aprender história, matemática e outras disciplinas. Outros responderam que
o importante é aprender um método de estudo que permita desenvolver a nossa capacidade de
aprendizagem, o que nos será útil também na vida profissional. De facto, tal como as coisas
estão actualmente organizadas, os estudantes aprendem sobretudo noções relativas as
diferentes matérias mais do que métodos gerais de estudo. (Serafim, p. 17).
"Cada estudante organiza o seu próprio trabalho e cria hábitos de estudo de autodidacta. Os
estudantes bem sucedidos não são necessariamente os mais inteligentes e trabalhadores, mas
sim os mais eficientes, porque souberam elaborar um bom método de estudo." Serafim (p.
17).
Segundo Serafim,
Os estudantes bem sucedidos são portanto, aqueles que tem uma noção clara do que devem
fazer, não perdem tempo, conseguem uma boa colaboração com os professores assim como
com uma boa compreensão daquilo que estes esperam deles, conseguindo ainda uma boa
exposição dos resultados do seu trabalho. Desenvolvem acima de tudo uma relação fácil com
estudo e vivem confortavelmente a sua vida de estudantes. […] (p.17).
Em contrapartida, outros há que trabalham muito e no entanto obtém resultados inferiores aos
seus esforços, pois embora tenham boas capacidades, trabalham de um método desordenado,
desperdiçando energias. Podemos considerar estes estudantes como verdadeiros diletantes em
método de trabalho. Vejamos quais são os seus problemas fundamentais. Serafim (p. 17).
Antes de mais, certos estudantes têm dificuldades em organizar as suas actividades diárias. Se
bem que passem horas diante de um livro, fazem-no de uma forma inconsequente, sem
aplicação. Não fazem planos para mais do que um dia e entram em dificuldades logo que tem
de enfrentar uma tarefa ou dever que exija mais tempo (diagnóstico: incapacidade de
planificar e organizar o tempo). Serafim (p. 17).
"Outros estudante lêem e relêem o mesmo paragrafo durante horas, procurando aprende-lo de
cor, sem, no entanto chegarem a aprender o seu significado (diagnóstico: falta de
concentração)." Serafim (p. 18).
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Ainda para Serafim,
Outros, ao prepararem uma chamada ou um exame fazem uma primeira leitura de todos os
textos que tem de preparar de empreitada, para depois passarem a uma segunda e a uma
terceira, sem nunca tirarem um apontamento nem fixarem ideias, debatendo-se ideias, com
enormes dificuldades de memorização, e sentem-se perdidos quando chega o momento de
fazerem um apanhado geral (diagnóstico: incapacidade de seleccionar e organizar as
informações). […] (p. 18).
Há também aqueles que vão diligentemente a todas as aulas e enchem cadernos com
apontamentos, mas nunca olham para eles até as vésperas dos exames, só então se dando
conta que os apontamentos, passado tanto tempo, se tornaram incompreensíveis, (diagnóstico:
incapacidade de utilizar os apontamentos pessoais).
Outros lêem e sublinham os livros até ao dia anterior a chamada ou exame, deixando apenas a
noite anterior a prova para fazer o apanhado geral do seu trabalho (diagnóstico: ignorância
dos tempos necessários para memoriar).
Certos estudam activamente e são capazes de repetir as lições em casa, na véspera, mais
depois, de antes do professor, dão pouco rendimento, não sabem exprimir-se bem e nem
responder objectivamente as perguntas que lhes são feitas (diagnóstico: falta controlo
emocional).
Alguns estudantes universitários apresentam-se vezes nos exames com a atitude de quem joga
aos dados, já que prepararam mal certos temas. Outros, pelo contrário, só vão a dois exames
por ano porque pretendem conhecer o programa até ao mais ínfimo pormenor e nunca se
sentem preparados. Há o casos-limite daqueles estudantes chegaram ao dia do exame e
desistem sistematicamente (diagnostico: estabilidade).
Ou ainda, estudantes veleidosos, que um dia dizem: «Hoje vou começar uma vida nova e
ponho-me a estudar seriamente.» Passam então 12 horas agarrados aos livros, deixando de ir
ter com os amigos, de ir ao cinema ou de praticarem desporto, para logo porem tudo de parte
e voltarem ao antigo sistema (diagnostico: falta de perseverança).
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1.1. Como organizar o tempo
Em contrapartida, parece que «perdemos tempo» quando, no fim do dia, verificamos que não
realizamos os nossos desígnios, mas nos enchemos de tédio, limitando-nos a contemplar as
actividades dos outros, ou então, que passamos de uma actividade a outra sem ter atingido
qualquer resultado tangível. As pessoas que conseguem fazer muitas coisas não são
necessariamente mais fortes e dotadas do que as outras, muitas vezes são, é mais eficientes,
conseguindo aproveitar melhor o tempo. Serafim (p. 20).
Segundo Serafim,
"Para podermos agir sobre a organização do nosso tempo é necessário, antes de mais,
analisarmos o problema, individuando as várias actividades que preenchem o dia-tipo da vida
de estudante. Uma vez classificados os objectivos, é possível organizar um calendário das
nossas actividades pessoais, que preveja tempo para o estudo, mais também tempo para o
desporto, os amigos e divertimentos." […] (p. 20).
O calendário será mais elaborado e preenchido para os estudantes universitários do que para
os estudantes das escolas secundárias, mas numa planificação das actividades pessoas pode
ser útil também para estes. Vejamos então os erros típicos de quem «perde tempo» e os
conselhos práticos para evitar estes erros.
Para organizarmos o nosso tempo, temos de partir de uma análise minuciosa das actividades
diárias. Convém tomar em consideração, pormenorizadamente, uma semana inteira. Depois
disto reconstruiremos então um dia-tipo, fazendo a média diária das várias actividades.
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que poder ser alterada conforme a idade e o grau de ocupações, acrescentando ou tirando
elementos. Por exemplo, quem estudar música fora da escola devera acrescentar este novo
tipo de actividade.
A análise de emprego do tempo pessoal é feita de modo sistemático, para toda uma semana
(que pode compreender apenas os dias úteis, ou também o fim de semana). Esta análise deve
referir-se a uma semana típica, sem acontecimentos extraordinários, além disso, não deve
influenciar o nosso comportamento (isso significa que, para o nosso esforço ser valido não
devemos alterar os nossos hábitos). Finalmente, a analise deve ser levada a acabo com grande
rigor – por exemplo, não se pode considerar como estudo uma hora passada a passar na
«morte da bezerra».
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1.3. Análise das ocupações semanais e elaboração de um dia-tipo
O fim-de-semana só deve ser tido em conta se estiver organizado como os outros dias. Para os
estudantes médios e liceais deve geralmente ser tido em conta o Sábado, dia de escola. O
Domingo será tido em conta se, durante a semana, se dedicam duas tardes inteiras a treinos
desportivos ou a actividades recreativas, deixando algum tempo para o estudo ao Domingo.
Em contrapartida, o Domingo pode ser excluído na semana-tipo quando de qualquer modo
este dia é inteiramente dedicado aos hobbies, a família, ao desporto e aos divertimentos.
Vejamos agora um dia-tipo para o estudante da escola inferior e da média superior, assim
como para um aluno da universidade.
Depois de ter recolhido os dados relativos a uma semana do estudante da escola média e de ter
elaborado o dia-tipo estamos preparados para reflectir sobre o emprego do tempo. Antes de
mais, podemos começar por agrupar as actividades similares (por exemplo, hobbies e
divertimentos ou então a higiene pessoal, vestir-se). A tabela a seguir mostra nove grupos
obtidos a partir dos treze tipos de actividades da tabela 1. A tabela mostra também um dia-tipo
do estudante da escola média.
Horas
I Grupo ES Escola 5
II Grupo EST Estudo 2
III Grupo SO Desportos e actividade ao ar livre 1
IV Grupo AM Amigos, namorado/a 1
V Grupo TR Transporte e deslocações 1
VI Grupo DI Divertimentos 1
VII Grupo LE + RX +AJ + TV Leitura, relaxamento, ajudas 2
domésticas e televisão
VIII Grupo TV + LV Comer, lavar e vestir 1
IX Grupo SO Sono 10
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Tabela2: Grupo de actividades diárias e sua duração para estudantes da escola média.
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Na escola média as aulas ocupam cerca de trinta horas por semana, isto significa uma média
diária de cinco horas. O sono ocupa uma media de dez horas por dia e, nestas idades, é uma
necessidade verdadeiramente sagrada. Para comer, lavar e vestir-se é reservada uma hora,
enquanto os transportes podem ocupar também uma hora. Estamos neste momento com um
total de dezassete horas ocupadas nas vinte e quatro do dia. Serafim (p. 24).
Também neste caso as actividades similares podem ser organizadas por grupo. Neste caso
começa pela analise daquelas horas que ao dependem de uma decisão pessoal: o sono ocupa
em média nove horas diárias. As actividades como comer, lavar-se e vestir-se foi dedicada
uma hora, enquanto as deslocações podem igualmente ocupar uma hora. As horas efectivas do
dia reduzem-se assim a treze. (Serafim, p. 25-26).
Com tudo isto ficam-nos quatro horas. São essas que é necessário «organizar bem». Uma hora
é consagrada as actividades domésticas de lazer (como televisão) ou obrigatórias (como ajuda
aos pais nos trabalhos domésticos), uma hora é dedicada ao desporto, uma aos amigos e uma
aos divertimentos.
Segundo Serafim,
Para fazer render o tempo é preciso aprender a programar as actividades pessoais. Desde a
elementar e a média que é importante aprender, com ajuda dos pais e dos professores, a
distribuir as tarefas ao longo de períodos de tempo. Em algumas escolas usam-se o caderno
diário desde os primeiros anos, como meio de familiarizarem os alunos com a programação
dos seus próprios prazos. […] (p. 27).
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Na escola elementar e média, a unidade de organização é a semana. O estudante até aos treze
ou catorze anos deve aprender a distribuir as suas tarefas raramente requerem tempos mais
longos. Por exemplo em muitas escolas médias pedem-se aos adolescentes que leiam um livro
por mês, elaborando fichas de leitura, ou mesmo recensões pessoais, num prazo de quatro
semanas. Neste caso é importante que o estudante aprenda a dosear a leitura ao longo de todo
o mês. Serafim (p. 27).
"Na escola superior a unidade de organização é quase sempre o mês: em muitas escolas há
avaliações de escritas e orais mensais (muitas vezes programadas), assim como trabalhos e
exposições que não requerem tempos mais longos." Serafim (p. 27).
Para Serafim (p. 27). O calendário estabelece, em primeiro lugar, um quadro da semana. A
manha é sempre dedicada a escola, mas a tarde e a noite são sempre reservadas para outros
tipos de ocupações, como ir ao cinema, ao futebol ou passar umas horas na biblioteca a fazer
investigação. No calendário evidenciam-se os compromissos relativos à esta semana:
questionamento de história, trabalho na aula de matemática.
No que diz respeito a semana seguinte, é dada a indicação «trabalho de geografia». Segundo
Serafim (p. 28). "Mesmo assim, estas tarefas voltam a figurar na lista de trabalhos. Podemos
agora distribuir as horas de estudo ao longo dos vários dias da semana, tomando também em
consideração as distracções (conto ir ao cinema e ao jogo de futebol)."
Por exemplo, dado que na terça-feira esta programada uma ida a um jogo de futebol a não
perder, o estudo para o questionário de história é antecipado para segunda-feira. Na quarta-
feira será no entanto necessário prever pelo menos uma hora para a revisão de história. Por
outro lado, dado que o trabalho na aula de matemática é bastante preocupante, convém não
marcar nada para a tarde de sexta, a fim de a dedicar a matemática. (Serafim, p. 28).
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Esta semana não é uma semana muito sobrecarregada, mas na semana seguinte deve ter-se em
conta o trabalho de geografia, para o qual será preciso ir umas duas vezes a biblioteca – por
isso, provem providenciar ainda uma tarde para consultas na biblioteca e uma hora de estudo
na sexta-feira, antes de partir para a montanha.
O trabalho deve ser feito de forma sistemática, por exemplo ao Domingo de manha,
requerendo um quarto de hora do nosso tempo. A planificação deve ser corrigida ou refeita no
decurso da semana, por exemplo, se surgirem factos imprevistos ou novos compromissos. Se
nos damos conta que a estimativa do tempo necessário para uma determinada tarefa é
insuficiente, temos de rever a nossa planificação e ter esse erro em conta futuramente.
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Ultrapassada a fase em que se aprende a seguir os programas estabelecidos, é conveniente não
reduzir planos demasiado pormenorizados para que não ficamos obcecados por eles e seus
prisioneiros. Um adulto programa a sua semana em linhas essências. Na tabela 4 pode-se ver
o esquema de uma semana de um professor universitário com uma vida cheia de
compromissos. Neste caso, o calendário não indicara ocupações semanais fixas. Outras
actividades, agrupadas em cinco categorias (escrever, telefonar, organizar, revisões,
trabalhos), são listadas de modo receber anotações a medida em que forem sendo realizadas.
ACTIVIDADES E COMPROMISSOS
Segunda Modena 11:00 aula SINF 14:00 Aula de GEO
Terça Milão 10:30 grupo LOGRES 15:30 CCL AER
Quarta Modena 11:00 aula SINF 14:00 Aula GEO
Quinta Milão 14:00 Aula ELINF
Sexta Mi/Mo 10:30 aula ELINF (comboio 13) 15:00 Faculdade
TELEFONAR A: Semith
Mónica
Jeffrey
ORGANIZAR Encontro Região ER
Distribuição para o congresso
Tecnitravel: bilhete FR
Conselhos práticos
"Perder tempo é um defeito generalizado. Nas páginas precedentes vimos que organização das
actividades ao longo do dia e sua planificação ajuda a evitar perdas de tempo." Serafim (p.
28).
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Conclusão
Concluiu-se ainda que, as pessoas que conseguem fazer muitas coisas não são
necessariamente mais fortes e dotadas do que as outras, muitas vezes são mais eficientes,
conseguindo aproveitar melhor o tempo. Para podermos agir sobre a organização do nosso
tempo é necessário, antes de mais, analisarmos o problema, individuando as várias actividades
que preenchem o dia-tipo da vida de estudante.
Contudo, o estudante vai a escola para aprende, a história, matemática e outras disciplinas, ou
até método de estudo que permita desenvolver a capacidade de aprendizagem, o que nos será
útil também na nossa vida profissional.
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Referências bibliográficas
SERAFIM, Maria Teresa. Saber estudar e aprender. Técnicas de estudo. Lisboa, (3ª ed.).
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