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Revisão Conceitos Eletrotecnia e Eletrónica

Leis Básicas para Circuitos Eléctricos

• Lei de Ohm
– Relação entre tensão elétrica e intensidade: V = RI

• Lei de Joule
– Energia dissipada numa resistência: P = RI2
– Derivada da lei base
• P=W/Dt=W/DQ * DQ/Dt
• P=VI=(RI)I=RI2

• Leis de Kirchhoff
– Lei das malhas: ΣVi=0
– Lei dos nodos: ΣIi=0 ou ΣIentrada =ΣIsaída
– Seus significados/interpretações respectivas
• Conservação da energia
• Conservação da carga elétrica
Leis Complementares para Circuitos Eléctricos
• Teorema de Thévenin
– Um circuito pode ser transformado num equivalente com uma fonte de
tensão em série com uma resistência.
• Teorema de Norton
– Um circuito pode ser transformado num equivalente com uma fonte de
corrente em paralelo com uma resistência.
• Princípio da sobreposição
– Se um circuito linear tiver N fontes ideais, qualquer tensão nos
componentes do circuito é composta pela soma das N contribuições de
cada uma das fontes actuando individualmente enquanto as restantes
são consideradas ausentes (contribuição zero).
Exercício
Seja o circuito seguinte com uma fonte de tensão e uma fonte de corrente.
a) Equação das malhas e equações dos nós (determinar a diferença de tensão
entre Ae B
b) Determinar o respetivo equivalente de Thévenin e de Norton visto dos
pontos AB quando V1=30 V, R1=20 Ω, R2=14 Ω, e R4=10Ω e I1= 4
mA.
Transformadores
• Dispositivos eléctricos que permitem aumentar ou
diminuir a tensão num circuito elétrico de corrente
alternada, mantendo a potência
Transformador
O transformador é composto por duas bobinas de material condutor, enroladas
em um núcleo fechado de material ferromagnético.

#" "" !! ""


= =
#! "! !" "!

Num transformador ideal monofásico:


Rectificação de onda completa
• Ponte rectificadora com 4 díodos

D1 D2

D4 D3 VR(t) t

• Circuitos equivalentes nas duas alternâncias

D2
D1

D4 VR(t)
D3 VR(t)
Fontes de alimentação DC
Fonte de alimentação

Regulador
O transístor bipolar
• Também designado transístor bipolar de junção (BJT)
p n p
• Dupla junção de semicondutor
– PNP ou NPN
E
• 3 terminais
– Base (central) , Coletor e emissor
• Injeção de corrente na base B
– Estabelece condução de corrente entre colector e emissor – ou seja,
o controlo do funcionamento é feito pela corrente de base
• O ganho em corrente contínua C
– Relação entre corrente de base e corrente de coletor: Ic=βIB (β =
hFE ) n p n

– Para isso, a junção base-emissor deve estar polarizada diretamente


• Diferenças NPN e PNP, como ligar...? C
– NPN: a base a uma tensão mais elevada que o emissor
– PNP: a base a uma tensão mais baixa do que o emissor
B

E
Operação básica do transístor
• As três zonas de funcionamento
– Zone de Corte – Junta base-emissor não conduz (não há corrente de
base). (IC=IE=0)
– Zona Activa – gama linear com proporcionalidade entre corrente de base
e de coletor. (Ic=βIB )
– Zona de Saturação – A corrente de coletor já atingiu o seu limite.
(IC=IE=max)

IC
C
IC
IB

IB
IE Zona de Zona Zona de
corte Activa Saturação
E
Amplificador operacional ideal
• Impedância de entrada infinita
– não “consome” corrente!
• Impedância de saída zero
– Mantém o valor de tensão da saída para “qualquer carga”, ou seja,
“independentemente” da corrente que tenha de fornecer.
• Ganho Av infinito
– Porquê...? (Resposta mais adiante...)
• (Bandwidth) Grande largura de banda
• Tensão de saída é zero quando Vi=0

+ kvi
+
vi Ri = ¥ - Ro= 0

- vo
Ligar um OpAmp na prática
• Caso do µA741 ou do TL081 (similar)
• Alimentações pinos 7 e 4
– de +/- 5 a +/-18 V +VCC
Saída
– Pressupõem-se simétricas
– O seu ponto médio é a referência (massa)
• Entradas
– Inversora – pino 2
– Não inversora – pino 3
• Saída - pino 6
• Outros pinos
– Pino 1 e 5
• Ajuste de offset Entrada
inversora -VCC
• Em alguns OpAmps apenas
Entrada não inversora
– Pino 8 (N/C)
Massa
Comparador Resumo Seguidor
vo vi + vo
vi +
AV
- - v0 = vi
VA

Montagem Inversora Amplificador Diferencial


R2 R2

vi R1
R
R1
v0 R2 R2'
- vo
v0 = - 2 vi
v2 – vo AV = = =
R1 v1 + v1 - v 2 R1 R1'
+ R'1

R'2

Montagem Não-Inversora Montagem Diferencial


vi vo R
+ R + R2
v0 = 1 vi
- R2 vi C dv i (t )
- vo v 0 (t ) = - RC
R1 dt
R2 +

Somador Montagem Integradora


RC C

1 t
v1 R1
vi
R
- vo v 0 (t ) = - v i (t )dt
ò
- vo æR R R ö RC 0
v2 R2 v 0 = - çç C v1 + C v 2 + C v 3 ÷÷
+ è R1 R2 R3 ø +
v3 R3
• Determinar v1 e v2

• Sugestão. Identificar os tipos de montagens em cada um dos


andares
Circuitos com OpAmps – V
• Amplificador de instrumentação
– Circuito de amplificação diferencial com alta impedância de entrada e que
permite o ajuste fácil do ganho mediante a variação de uma única
resistência.

v0 2R
AV = = 1+
v1 − v2 Rg

+
R

v2 R
R –
Rg +
vo
R R
v1 R

+
Um amplificador de instrumentação real
• Um sistema integrado – o INA114

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Circuitos com OpAmps – VII
• Conversor de tensão para corrente
• Na indústria tem sido muito comum a comunicação de sinais feita
em intensidade de corrente (0..20mA ou 4..20mA) em vez de
tensão.
• Tem a vantagem de o sinal de corrente não é afectado por
alterações de tensão ao longo da linha e interferências
electromagnéticas.
• Sinais que variam entre 4 mA e 20 mA (convenção)
• Uso de uma resistência de precisão de 250 W para tensão entre 1
e 5 Volt.
v(t) + i(t)
de 1 a 5 Volt
Ponto com a tensão -

Rcarga
virtualmente igual a v(t).
Se v(t) = 1 V então:
i(t) = 4 mA.
250 Ohm

Se v(t)=5 V então: i(t)


i(t) = 5/250=0.02 = 20mA i(t) de 4 a 20 mA
Interfaces: Condicionamento elétrico

– Mudanças do nível do sinal – Supressão de Zero


• Amplificação • Reajuste do ponto zero para
• Atenuação maximizar gama dinâmica
– Filtragem – Influência da “carga” de um
– Linearização circuito
– Conversões – Proteção de entradas e saídas
• Corrente/tensão e vice-versa • Tensões excessivas nas
• Analógico/digital e entradas
digital/analógico • Curto-circuitos na saídas
– Ajuste de impedância – Isolamento
– Rejeição de modo comum • Uso de transformadores
• Acoplamentos ópticos
Atenuadores ...
• Circuitos básicos de entrada
– Atenuador resistivo R1
• Resistência em série diminui a corrente no circuito
quando o sinal vem de uma fonte de tensão V

§ Divisor de tensão

R1
V
§ V2=V*R2/(R1+R2)

R2
q Alteração da “carga” do circuito de medição
§ Risco do processo de medição afetar o sinal original se acontecer
que Rm // R2 < R2 (5% pode ser relevante!)

R1
V

Rm
R2
Interfaces: Condicionamento elétrico

Filtragem de sinais
Série de Fourier de uma função periódica
• Se f(t) for uma função periódica de período T e:
– tiver um número finito de máximos e mínimos no
período T
– tiver um número finito de descontinuidades em T e
T
– Se tiver energia finita: ò0 f ( t ) dt < ¥
a0 ¥
f ( t ) = + å éë an cos ( nw 0 t ) + bn sin ( nw 0 t ) ùû
2 n =1
2p a0 1 t0 + T
w 0 = 2p f 0 = = ò f ( t ) dt
T 2 T t0

2 t0 + T 2 t0 + T
an = ò f ( t ) cos ( nw 0 t ) dt bn = ò f ( t ) sin ( nw 0 t ) dt
T 0
t T 0
t
As componentes espetrais de um sinal
• A Teoria de Fourier:
– Em determinadas condições, um sinal periódico é dado pela...
– ...sobreposição de um número de infinito de sinusóides ...
– ...com frequências múltiplas da frequência base do sinal.
– Esta representação é uma série de Fourier.
• As harmónicas (componentes espetrais) da série têm:
– Amplitude variável com a ordem da harmónica
– Fase variável com a ordem da harmónica
• Ou seja, se x(t) for um sinal de frequência ω0=2πf0:
– x(t) = a0 + a1 cos (wot + q1) + a2 cos (2wot + q2) + ... + aN cos (Nwot + qN)+ ...

Amplitudes
Fases
Frequências
Truncar uma Série de Fourier
• Um sinal pode ser representado apenas por parte
das suas componentes de Fourier.
• Consequência:
– Aproximação mais ou menos exata do sinal original.
• Exemplo: sinal de pulso retangular
– Frequência fundamental, 5 , 10 e 50 frequências
Filtros - Generalidades
• A filtragem é um processo que permite eliminar
determinadas componentes espetrais de um sinal
– A(s) frequência(s) de corte são a sua característica
principal
q Passa baixo q Passa alto q Passa banda

ganho ganho ganho

fC frequência fC frequência f1 f2 frequência

q Um filtro muito usado é o de frequência de corte de 50/60 Hz


para eliminar a influência da rede de alimentação
Filtros passivos: RC – passa baixo
• RC como passa-baixo para sinal de uma dada frequência:
vR

j (w t + j )
V0 e
R C
vC v!C =
v
w 2 R 2C 2 + 1

q Representação gráfica da resposta da amplitude com a frequência:


q Ganho como relação entre a saída e
a entrada do sistema (filtro)
0
q Mede-se em deciBel (dB).
-6 q Ganho=10 vezes o logaritmo da
razão entre potências;
-12
q Ganho=20 vezes o logaritmo da
-18 razão entre amplitudes; Porquê?
-24 æ 1 ö
Ganho (w ) = 20 log çç ÷÷
è w R C +1 ø
-30 2 2 2
1 10 100 1000 10000 100000
Filtros ativos
• Dispositivos que consistem no uso da realimentação. Usam OpAmps,
resistências e condensadores.
• Vantagens: baixo custo, fácil ajuste do ganho (permitem ganhos > 1),
isolamento, insensibilidade a campos externos, pequenas dimensões e de
concepção simples. Elevados factores de qualidade – Q.
• Um passa-baixo ativo de 1ª ordem:

vi vo
=-
R2 1 vo R1 1
R1 // =
jw C vi R2 1 + w 2 R12C 2

q Um passa-alto ativo de 1ª ordem:

vi vo R1 w CR1
=- Av (w ) = =
1 R1 1 1 + w 2 C 2 R22
R2 + R2 +
jw C jw C
Exercício – RC passa alto ativo
• Dimensionar um filtro passa-alto ativo com ganho em amplitude
de 10 para sinais de muito altas frequências (fà∞), mas que a
100 Hz a potência esteja ainda reduzida –40 dB em relação a um
ganho unitário.
– Sabe-se desde já que se deve verificar |R1/R2| = 10

æ w CR1 ö
Gamplitude (w ) = 20 log ç ÷
ç 1 + w 2C 2 R 2 ÷
è 2 ø

10 -4 10 -4 10 -4 -6 1
=w C
2 2
C= » » 1.59 ´ 10
(R1
2 -4
- 10 R 2
2 ) (100 R22 - 10-4 R22 ) 4p 2104 20p R2 R2

Se R1=10k, então R2=1k, C = 1.59 nF


Implementação de filtros em software
Implementação de filtros em software

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