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AGÊNCIA DE GESTÃO E

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

N°02

CARTILHA DE GESTÃO DA
INOVAÇÃO DA AGITEC

MODELOS E SISTEMAS DE INOVAÇÃO

2021
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Índice
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Definições e Conceitos 3
O modelo da Tríplice Hélice e seu impacto
4
para a Inovação

Os Sistemas de Inovação 7

Conhecendo os Clusters de Inovação 9


O que são as Áreas de Inovação? 11
O que são os Distritos de Inovação? 12
O que são Parques Científicos? 12

Inovação Fechada e Aberta 13


Inovação Fechada 13
Inovação Aberta 15
Comparação 20
Referências bibliográficas 21
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 3
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Definições e Conceitos
Nesta cartilha serão apresentados os principais modelos e Sistemas de
Inovação desde conceitos como Tríplice Hélice de Inovação passando por
Clusters, Áreas de Inovação, Inovação Fechada e Aberta. A fim de equalizar
os conhecimentos, apresentamos nesta introdução algumas das definições
presentes no Art 2º da Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 [1].

IV - inovação: introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente


produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou
que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a
produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e
em efetivo ganho de qualidade ou desempenho;

V - Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT): órgão ou


entidade da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de
direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis
brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional
ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de
caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos,
serviços ou processos;

X - parque tecnológico: complexo planejado de desenvolvimento empresarial


e tecnológico, promotor da cultura de inovação, da competitividade
industrial, da capacitação empresarial e da promoção de sinergias em
atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de
inovação, entre empresas e uma ou mais ICTs, com ou sem
vínculo entre si;

XI - polo tecnológico: ambiente industrial e tecnológico caracterizado pela


presença dominante de micro, pequenas e médias empresas com áreas
correlatas de atuação em determinado espaço geográfico, com vínculos
operacionais com ICT, recursos humanos, laboratórios e equipamentos
organizados e com predisposição ao intercâmbio entre os entes envolvidos
para consolidação, marketing e comercialização de novas tecnologias;

[1] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13243.htm#art2
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 4
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O modelo da Tríplice Hélice e seu impacto para
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a Inovação
O termo Tríplice Hélice foi cunhado no início na década de 1990 por Henry
Etzkowitz e Loet Leydesdorff (1995) com intuito de apresentar o modelo de
inovação baseado nas relações institucionais entre Governo-Universidade-
Empresa. Por meio da interação desses três atores seria possível
desenvolver um sistema de inovação capaz de atuar na era da economia do
conhecimento. Esse modelo se propõe a fomentar o empreendedorismo e a
inovação de forma harmônica e sinérgica entre esses três atores.
Cada Hélice é uma esfera institucional
Loet Leydesdorff
independente, mas trabalha em
Leydesdorff está no conselho
cooperação e interdependência com editorial de vários periódicos
desde 1987. Ele trabalhou
as demais esferas, através de fluxos para o jornal Enterprise and
Innovation Management
de conhecimento. Essa ampliação dos Studies de 1999-2001, para
processos de cooperação e Science, Technology and
Society em 2001-02 e para o
interdependência estaria denotando Journal of the International
Society for Scientometrics e
uma maior eficiência da relação Informetrics de 1995 a 1998.
(2)
Governo-Universidade-Empresa, fruto
Atuou como editor colaborador para Science,
do estabelecimento daquele novo Technology & Human Values 1988-1990 e para
Science & Technology Studies 1987-1988.
contrato social entre a universidade e Professor emeritus, Amsterdam School of
Communication Research (ASCoR), University of
seu entorno que estaria levando a
Amsterdam Presidente honorário da Triple Helix
universidade a incorporar as funções Association.
Referência: https://uva.academia.edu/LoetLeydesdorff

de desenvolvimento econômico as suas já clássicas atividades de ensino e


pesquisa consequentemente redefinindo suas estruturas e funções (Gomes,
Coelho & Gonçalo, 2014). Ao longo do tempo a interação entre a
Universidade-Empresa-Governo passou por evoluções devido as diferentes
intensidades de relacionamento entre seus atores. A Tríplice Hélice pode se
configurar de três maneiras (ver Figura1): modelo estático, modelo laissez-
faire (livre mercado) e modelo tríplice hélice (Gomes, Coelho & Gonçalo,
2014).
[2] Imagem Loet Leydesdorff: Por Leydesdorff, Public domain, via Wikimedia Commons
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 5

Modelo
Modelo estático Modelo laissez-faire
tríplice hélice
Figura 1 - Evolução do relacionamento entre atores da tríplice hélice
Adaptado de Gomes, Coelho & Gonçalo (2014)

Segundo Prestes et al (2017, p. 3 e 4),


no modelo estático o estado se Henry Etzkowitz
sobrepõe à indústria e universidade, Graduado em História
pela Universidade de
coordenando as atividades entre esses Chicago em 1962 e Ph.D.
dois atores. Essa relação de em Sociologia pela New
School for Social
subordinação ao Estado inibia a Research. Atua como
professor da Business
iniciativa das outras partes, dificultando School da Universidade
de Newcastle e como
a promoção da cultura da inovação. Na (3) professor visitante do
Tríplice Hélice II os atores estão Departamento de Tecnologia e Sociedade da School
of Engineering and Applied Sciences. Publicou vários
separados e se relacionam de forma livros tais como Triple helix: a new model of
Innovation e MIT and the rise of entrepreneurial
bilateral, ou seja, reduzindo a influência Science. Presidente da Triple Helix Association
governamental ao passo que
Referência: https://www.triplehelixassociation.org/members-gallery-2?mm=60#minfo
proporcionam maior liberdade para que
as universidades e empresas atuem no mercado. A última evolução apresenta
interseção na atuação dos três atores, permitindo a ação de uma instituição
dentro da outra o que permite a operação harmônica e sinérgica de todas as
partes.

[3] Imagem Henry Etzkowitz: Por Андрей Ильин, CC0, através da wiki Wikimedia Commons
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 6

As políticas públicas inspiram-se em modelos de Tríplice Hélice e


ambicionam induzir a participação ativa de universidades junto ao governo
e a iniciativa privada. A termo, essa orquestração de entidades objetiva
promover o maior desenvolvimento econômico para a sociedade. Nessa
senda, no Brasil a Lei de Inovação (Lei nº 10.973/2004) criou condições
para a realização de alianças estratégicas entre empresas, universidades e
instituições científicas, no entanto este diploma não promoveu todos os
benefícios e articulações desejadas pelo legislador, visto sua dependência
de normas administrativas que a viabilizem integralmente. Dessa forma,
com intuito de reduzir obstáculos legais e burocráticos desse processo, o
Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) nº 13.243/2016
alterou a Lei de Inovação e outras leis relacionadas ao tema, como, por
exemplo, a Lei de Licitações (Rauen, 2016), permitindo uma maior fluidez
ao administrador público, colaborando para arranjos de Tríplice Hélice.

No Exército Brasileiro, a Tríplice Hélice foi concebida para ser disseminada


para todo o EB, cabendo ao Sistema Defesa, Indústria e Academia de
Inovação - SisDIA a liderança de iniciativas e ações estratégicas. O objetivo
desse Sistema é potencializar os esforços das áreas governamental,
produtiva e acadêmica com vistas a, por meio da inovação tecnológica,
contribuir com o desenvolvimento nacional, visando à busca das
capacitações produtivas brasileiras de Produtos e de Sistemas de Defesa e
duais (Da Silva, 2017). Além disso, compete ao Departamento de Ciência e
Tecnologia (DCT) o planejamento, a organização, a direção e o controle, em
nível setorial, das atividades científicas, tecnológicas e de inovação no
Exército, bem como promover o fomento à indústria nacional, visando ao
desenvolvimento e à produção de sistemas, produtos, tecnologias e
serviços de defesa.
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 7

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Os Sistemas de Inovação

De acordo com Niosi (2010), a inovação não ocorre isoladamente, mas é


o resultado da interação e aprendizado sistemáticos entre instituições e
organizações capazes de promovê-la, além de ser extremamente
influenciada pelos formuladores de políticas. Tais elementos formam
sistemas que são essenciais para o desenvolvimento e crescimento
econômico. Assim, “sistemas de inovação são sistemas sociais que
surgem das longas e complexas interações entre agentes – individuais ou
organizacionais – dentro de um ambiente institucional. Não há um
controlador ou uma agência de planejamento capaz de construir tal
sistema intricado” (Niosi, 2010, p. 34).

Ainda, para Lundvall (2009) os sistemas de inovação são “uma


ferramenta que permite focalizar a análise e o entendimento dos
processos de inovação (ao invés de alocar recursos), no qual agentes
interagem e aprendem (ao invés de se envolverem em escolhas
racionais). O objetivo de utilizar essa ferramenta é esclarecer qual
conjunto de instituições melhor suporta um desempenho forte e dinâmico
de uma economia ou setor” (Lundvall, 2009, p. 06).

Os Sistemas de Inovação possuem duas abordagens principais:

1) sistemas que partem de um setor específico ou tecnologia; e

2) sistemas construídos sobre algum tipo de proximidade geográfica, seja


local, regional, nacional, continental, ou, até mesmo, sistemas globais de
inovação.
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 8

Assim, encontram-se definidas na literatura as abordagens de Sistemas


Nacionais de inovação (SNI), Sistemas Regionais de Inovação (SRI),
Sistemas Tecnológicos de Inovação (STI) e Sistemas Setoriais de
Inovação (SSI).

SNI – “São todos os fatores econômicos, sociais, políticos,


organizacionais, institucionais que possam influenciar nos processos
de desenvolvimento, de difusão e dos processos usuais da inovação.”
(Edquist, 2005, p. 182).

SRI – Constituem uma interação entre sistemas com aglomeração


deindústria numa área geográfica específica (OCDE, 2005).

STI – Conjunto de redes de atores e instituições que interagem em um


campo tecnológico específico e contribuem para a geração, difusão e
utilização da variação de novas tecnologias e/ou novos produtos
(Edquist, 2005).

SSI – “Conjunto de produtos e conjunto de agentes realizando


interações de mercado e não-mercado para criação, produção e
venda destes produtos.” (Malerba, 2002, p.247).

Independente do delineamento ou abrangência


adotada, o que define a existência de um sistema de
inovação é a ocorrência de interações diversas entre
suas instituições e organizações, além da frequência e o
nível dessas interações. (Lima, 2019).
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 9

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Conhecendo os Clusters de Inovação
De acordo com Porter (1999, p.211), cluster é “um agrupamento
geograficamente concentrado de empresas inter-relacionadas e
instituições correlatas numa determinada área vinculação por elementos
comuns e complementares.” Seu principal objetivo é o ganho de
eficiência coletiva, estabelecendo vantagem competitiva baseada na ação
conjunta e em economias externas locais.

Para Roelandt & Hertog (1999), o conceito de cluster pode ser


interpretado como um sistema de inovação numa escala reduzida, onde
as dinâmicas, características e interdependências são similares às de um
sistema nacional de inovação, sendo que as empresas inseridas num
cluster constituirão, assim, apenas um conjunto limitado do total de
atores de um sistema de inovação (Simmie, 2004).

Para Porter (1989), o cluster é uma derivação do modelo diamante, cujos


componentes são:

Figura 2 - Modelo diamante de Porter - Adaptado de Porter (1989, p.88)


Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 10

1) Estratégia, estrutura e competitividade da empresa: diz respeito às


condições que predominam no país, determinando a constituição,
organização e gerência das empresas, assim como a rivalidade no
mercado interno.

2) Condições dos fatores: diz respeito à posição do país quanto aos


fatores de produção, como mão-de-obra qualificada e infraestrutura
necessários para competir num determinado setor.

3) Condições da demanda: diz respeito à natureza da demanda no mercado


interno para os produtos ou serviços do setor.

4) Indústrias correlatas e de apoio: diz respeito à presença ou a ausência,


no país, de setores fornecedores e outros correlatos, que sejam
internacionalmente competitivos.

Foguel & Normanha Filho (2007) afirmam ainda que o modelo diamante
afeta a competição de três maneiras:

pelo aumento da produtividade das empresas ou indústrias


constituintes;

pela ampliação da capacidade de inovação; e

pelo estímulo a novos negócios que sustentam a inovação e expandem


o cluster.
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 11

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O que são as Áreas de Inovação?

Segundo a Associação Internacional de Parques Científicos e Áreas de


Inovação (International Association of Science Parks and Areas of
Innovation) – IASP, áreas de inovação são locais concebidos para atrair
pessoas qualificadas, empresas e investimentos que priorizem o
conhecimento. Isso se dá pelo forte apelo ao desenvolvimento e
combinação de recursos de infraestrutura, institucionais, científicos,
tecnológicos, educacionais e sociais, buscando também aumentar o
desenvolvimento econômico sustentável e a prosperidade com e para a
comunidade. Ainda, segundo Audy & Piqué (2016), as áreas de inovação
envolvem criatividade, pessoal qualificado e talentoso, empreendedorismo,
novas tecnologias e inovação, gerando impacto sobre o desenvolvimento
econômico e social bem como melhoria da qualidade de vida ao revitalizar
áreas degradadas e/ou utilizar, de maneira planejada, áreas ainda não
ocupadas.

No Brasil, as áreas de inovação também são conhecidas como


ecossistemas de inovação. De acordo com o Decreto nº 9.283, de 7 de
fevereiro de 2018, os ecossistemas de inovação são “espaços que
agregam infraestrutura e arranjos institucionais e culturais, que atraem
empreendedores e recursos financeiros, constituem lugares que
potencializam o desenvolvimento da sociedade do conhecimento e
compreendem, entre outros, parques científicos e tecnológicos, cidades
inteligentes, distritos de inovação e polos tecnológicos”
(Brasil, 2018).
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 12

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O que são os Distritos de Inovação?
Audy & Piqué (2016) definem que os distritos de inovação como sendo
“áreas geográficas, dentro das cidades, onde instituições-âncora
(empresas líderes) e clusters de empresas tecnológicas conectam-se com
startups, incubadoras e aceleradoras”. Para os autores, tais áreas devem
ser fisicamente compactas e de fácil acessibilidade e a disponibilidade
tecnológica e de áreas residenciais e comerciais é de fundamental
importância. A concepção do distrito de inovação traz consigo o conceito
de Tripla Hélice, onde governo, iniciativa privada e universidades
interagem para promover um sistema de inovação (Harger, More & Saito,
2013). Assim, de modo geral, destaca-se o papel da universidade na
criação e difusão de novos conhecimentos e tecnologias, o papel da
indústria em produzir e disponibilizar ao mercado e o governo com a
função de garantir a estabilidade das interações por meio de políticas
governamentais.
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O que são Parques Científicos?
A IASP define parque científico como “uma organização gerenciada por
profissionais especializados, cujo objetivo é aumentar a riqueza e o bem-
estar da sua comunidade por meio da promoção da cultura da inovação e
da competitividade dos empreendimentos e das instituições técnicas
científicas que lhes são associados. Para viabilizar o conseguimento
desses objetivos, o parque gerencia e estimula o fluxo de conhecimento e
de tecnologia entre universidades, instituições de P&D, empresas e
mercados; facilita a criação e o crescimento de empresas de base
tecnológica por meio da incubação e de spin-offs; e fornece outros
serviços de alto valor agregado aliados a um espaço físico e serviços de
apoio de alta qualidade.” (IASP, 2020) [4]
[4] https://www.iasp.ws/our-industry/definitions
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 13
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Inovação Fechada

Figura 3 - Funil de inovação fechada


Adaptado de http://bock-pm.com/service/open-innovation/

A Inovação Fechada é um método de gerenciar as atividades de inovação


buscando o controle de todos os processos de desenvolvimento como a
geração de ideias, desenvolvimento, protótipo, testes, avaliação e outros,
com atuação individual e dentro da organização, e não permitindo o
ingresso de competidores (Chesbrough, 2003c).

Nestes casos, a área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) busca soluções


mediante o empenho de seus integrantes (Figura 3). Eventualmente, pode-
se buscar algum conhecimento específico em uma universidade ou instituto
de pesquisa, mas esta cooperação é pontual e requer cuidados no tocante
ao sigilo das informações. A propriedade dos resultados e o seu controle
fazem parte da estratégia das empresas de buscar proteção em relação à
concorrência (Chesbrough, 2003c).
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 14

Dessa forma, as instituições conservam seus próprios ambientes de pesquisa


e conduzem suas atividades de forma isolada com o maior sigilo possível,
uma vez que as práticas em P&D eram consideradas um ativo estratégico
essencial para a organização. O conhecimento era gerado na própria
empresa e seus recursos internos (Chesbrough, 2003c).

Até o início e metade do século XX, o padrão de inovação fechada estava em


todos os setores da indústria, expondo alguns problemas e desafios
relacionados ao encurtamento dos ciclos de vida das tecnologias utilizadas
nos novos produtos; elevação da qualificação dos profissionais; mobilidade
do conhecimento; incremento do capital de risco; e outras razões que
causariam impacto na lucratividade do negócio.

Ciclos de aprimoramento mais reduzidos, investigação industrial, elevação


nos custos de desenvolvimento e falta de recursos são os motivos pelas
quais as organizações estão buscando novas estratégias de inovação
(Gassmann e Enkel, 2004). Neste sentido, aflora o modelo de inovação
aberta, que usualmente vai de encontro ao padrão tradicional de inovação
fechada, concentrado na integração vertical, em que as práticas de pesquisa
e desenvolvimento são desenvolvidas e disseminadas pelas empresas sem a
colaboração de terceiros (West e Gallagher, 2006).
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 15

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Inovação Aberta

Figura 4- Funil de inovação aberta


Adaptado de http://bock-pm.com/service/open-innovation/

Em 2003, Henry Chesbrough


criou o termo Open Innovation ao Henry Chesbrough
lançar o livro Open Innovation –
É o criador do termo Open
The New Imperative for Creating Innovation proposto
no livro Open Innovation:
and Profiting from Technology (no The New Imperative for
Creating and Profiting from
Brasil, Inovação Aberta – Como Technology (HBS Press,
2003). Ph.D. em
criar e lucrar com a tecnologia). administração de empresas
pela Universidade da
Chesbrough abordou a abertura California em Berkeley,
(5)
das fronteiras das instituições, no cursou MBA na Universidade Stanford e graduou-se na
Universidade Yale.
contexto de autorizar a utilização Foi professor de Harvard e atualmente leciona na Haas
School of Business da Universidade da Califórnia –
de ideias de dentro e de fora da Berkeley, onde é diretor-fundador executivo do Center
for Open Innovation. Além disso, ele é chairman do
organização nos processos de Centro de Open Innovation no Brasil

inovação delas (Chesbrough,


Referência: https://haas.berkeley.edu/faculty/chesbrough-henry/

2003b).

[5] Imagem Henry Chesbrough: Por Sebastiaan ter Burg - https://www.flickr.com/photos/ter-


burg/27160669116/,CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=49403595
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 16

O uso da inovação aberta com a finalidade de criar ideias inovadoras


estabelece a tempestade colaborativa de ideias (em inglês:
crowdstorming), que possibilita a relação entre um considerável número de
participantes para diferenciar e analisar soluções (Abrahamson, Ryder e
Unterberg, 2013).

Segundo Chesbrough (2003b), o conceito de abertura se baseia na ideia de


que uma instituição não pode inovar isoladamente, uma vez que ela é
dependente de vários parceiros para conseguir recursos e ideias. Também
declarou que a inovação aberta pode ser considerada uma nova abordagem
de aprimoramento, em que se caracteriza pela abertura das fronteiras das
empresas, promovendo a formação de cooperações e o compartilhamento
de conhecimento e tecnologia com universidades, instituições de pesquisa,
e parceiros.

A inovação aberta considera o conhecimento e as tecnologias externas à


organização como partes do processo de inovação (Figura 4), isto é, as
fronteiras do conhecimento entre instituições e o ambiente do exterior
tornam-se permeáveis (Ghisetti, Marzucchi e Montresor, 2015). Para tanto,
a abertura se define, em parte, pela variedade de relacionamentos com
atores externos e seu acoplamento na organização (Dahlander e Gann,
2010).

Na inovação aberta, existe uma interação sistemática com atores externos -


institutos de pesquisa, universidades, colaboradores individuais, redes de
inovação e outras instituições. Aqui, buscam-se resultados no ambiente
externo, que outras organizações estejam com disposição de negociar – o
tradicional licenciamento de tecnologia – ou conhecimentos que possam
colaborar para a criação de inovações na empresa. É possível vincular
esforços e competências para a geração de inovações que não poderiam
ser criadas, unicamente, no interior da organização.
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 17

A inovação aberta é a utilização de fluxos intencionais de conhecimento


para o interior e exterior da organização com o objetivo de acelerar a
inovação interna e expandir os mercados para o uso externo da inovação.
Inovação aberta é um modelo que afirma que empresas podem e devem
aproveitar ideias externas tanto quanto internas, e caminhos internos e
externos ao mercado, quando elas procuram avançar suas tecnologias
(Chesbrough, 2006, p.1).

Chesbrough (2003b) denominou de inovação aberta (open innovation) a


ação conjunta de várias fontes no processo de inovação, que usa ao
mesmo tempo as competências existentes dentro da empresa, não
somente para fazer P&D, como para buscar, selecionar e acessar
oportunidades e ativos externos à organização. Este padrão enxerga a
inovação como o resultado da formação e atuação de redes de
colaboração sistemáticas – não apenas pontuais – que proporcionam
conhecimento, ideias e patentes para a criação de novos produtos e
processos.

Entre seus vários significados, inovação aberta também pode ser


compreendida como um processo em que ocorrem fluxos de conhecimento
por meio das fronteiras organizacionais (West et al., 2014), que aceleram o
aperfeiçoamento interno e ampliam os mercados para uso externo. Estes
fluxos, de entrada e saída de conhecimento, são, respectivamente, o fluxo
inbound – de fora para dentro da empresa, que agiliza o desenvolvimento
interno baseado nas fontes de conhecimento adquiridas externamente – e
o fluxo outbound – de dentro para fora da empresa, que oferece as ideias e
tecnologias como propriedade intelectual, patentes e licenças,
desenvolvidas internamente para atores externos (Chesbrough e Crowther,
2006).
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 18

Por operar em todas as fases da cadeia de valor, a inovação aberta


pressupõe um padrão de gestão mais complexo se comparado à fechada.
Existe uma maior exigência de confiança e compromisso entre os
parceiros (Ketchen et al., 2007), na qual a profundidade e abrangência de
interações são em maior quantidade comparando com uma parceria
pontual (Stal et al., 2014).

Contudo, conforme Chesbrough (2012), gerenciar a inovação em


mercados intermediários de ideias precisa do desenvolvimento e apoio de
uma rede interna responsável por conectar a organização com uma rede
externa grande e variada. Com isso, tanto o modelo de negócio quanto a
estrutura de gestão necessitarão construir uma visão de modelos de
negócios abertos. Isto é essencial por conta de os ciclos de vida dos
produtos estarem mais curtos e cada vez mais atualizados.

O mercado impõe que as organizações mudem o modelo fechado de


gestão da inovação baseado na autossuficiência e reconhecendo somente
o ambiente interno como fonte de produtividade; pelo modelo aberto, cuja
lógica está baseada num cenário de conhecimento em grande quantidade,
onde a organização se coloca com celeridade para os elementos que criam
valor aos seus produtos. Com isso, os conhecimentos que as pesquisas e o
desenvolvimento possibilitam não devem ficar restritos ao seu ambiente
interno, como acontece na Inovação Fechada.
Cartilha da Gestão da Inovação - N° 02 19

A colaboração é fundamental para a inovação aberta (Challener, 2012),


pois segundo Vanhaverbeke (2008) esta é, por definição, uma rede de
organizações. Nesse sentido, o relacionamento deve gerar laços
interorganizacionais duradouros entre os diversos stakeholders para
incentivar acordos de criação e comercialização de novos produtos,
serviços e mercados (Ades et al., 2013; Faccin & Brand, 2015).

Levando em consideração que os stakeholders têm interesses individuais e


coletivos, a inovação aberta retrata um caminho de mão dupla e que
circulam ideias, conhecimento, oportunidades, capacidades e recursos,
suprem-se déficits e compensam competências das organizações
parceiras (Ketchen, Ireland, & Snow, 2007; Chen, 2014).

Nesse cenário, Chesbrough (2007) e Manceau et al. (2012) mencionam


como benefícios desse tipo de inovação:

(i) alavancagem de P&D desenvolvido com investimentos de terceiros;


(ii) ampliação da capacidade de gerar novas ideias e tecnologias;
(iii) redirecionamento de recursos internos;
(iv) maior senso de urgência no tratamento das tecnologias e ideias;
(v) chance de expansão e/ou diversificação do negócio;
(vi) diminuição dos riscos da inovação;
(vii) incremento na proteção da propriedade intelectual; e,
(viii) ascensão de uma agenda de sustentabilidade por meio de ações e
projetos cooperados.

Atualmente existem diversos exemplos de ações que adotam a premissa


da inovação aberta. Os projetos de software de fonte aberta (open
source), como o GNU, por exemplo, são importantes ferramentas que
levam ao desenvolvimento tecnológico.
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 20

INOVAÇÃO FECHADA INOVAÇÃO ABERTA

P&D externo pode criar valor


Para lucrar com o P&D a
significativo. P&D interno é
organização deve pesquisar, e
necessário para garantir uma porção
desenvolver o que pesquisa.
desse valor

Nem todas as pessoas talentosas do


As pessoas talentosas do setor
setor trabalham para a nossa
trabalham na organização.
organização. A organização necessita
trabalhar com pessoas talentosas
dentro e fora da organização.

Se a organização realizar suas A organização não tem que


pesquisas, conseguirá chegar necessariamente originar a pesquisa
primeiro ao mercado. para obter lucro com ela.

A empresa que levar primeiro a Construir um melhor modelo de


inovação para o mercado, será a negócio é melhor que levar primeiro
vencedora. para o mercado.

Se a organização criar as maiores e Se a organização fizer o melhor uso


melhores ideias no seu setor, será de ideias internas e externas, será
vencedora. vencedora.

A organização deve beneficiar-se de


A organização deve proteger a
outros usos de sua Propriedade
propriedade intelectual (PI) de maneira
Intelectual (PI) e deve adquirir PI
que seus competidores não se
sempre que for vantajoso para seu
beneficiem com as ideias produzidas.
modelo de negócio.
Cartilha de Gestão da Inovação - N° 02 21
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Referências bibliográficas
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Esta cartilha é uma publicação da Agência de Gestão e Inovação Tecnológica,
produzida pela Seção de Gestão do Conhecimento Científico-Tecnológico.

Chefe da Agência de Gestão e Inovação Tecnológica


Ten Cel Aldélio Bueno Caldeira

Chefe da Seção de Gestão do Conhecimento Científico-Tecnológico


Ten Cel Eduardo de Almeida Cadorin

Equipe
Maj Tito Freitas Silva
Cap Leandro Marino Zumpichiatti
Cap Natália Curado Carneiro

SGCCT
(21)2410 -6413
gcct@agitec.eb.mil.br
MISSÃO
Realizar a Gestão da Inovação Tecnológica, com a criação de um
ambiente favorável ao desenvolvimento de novos sistemas de defesa, para
o aumento das capacidades científico-tecnológicas da Força Terrestre.

PRODUTOS
- Mapa de Tecnologias,
- Sumário de Informações Doutrinárias de Ciência e Tecnologia,
- Sumário de Informações e Previsões Tecnológicas,
- Relatório de Informações Tecnológicas,
- Relatório de Prospecção Tecnológica,
- Diagnóstico de maturidade em Gestão do Conhecimento Científico-Tecnológico,
- Mapeamento de Conhecimentos Científicos-Tecnológicos,
- Assessoramento em Gestão do Conhecimento Científico-Tecnológico,
- Gestão de processos de proteção de Propriedade Intelectual (PI) junto ao INPI,
- Valoração tecnológica de PI,
- Assessoramento em PI,
- Curso Executivo em Gestão da Inovação (IME/AGITEC),
- Prêmio de Inovação (PremIA).

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