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2015

Versão 1.15
15-12-2015

PERGUNTAS E
RESPOSTAS
Registro Profissional
Orientações gerais quanto à análise de solicitações de registro profissional

Ministério do Trabalho e Previdência Social

Secretaria de Políticas Públicas de Emprego

Coordenação de Identificação e Registro Profissional


SUMÁRIO

1 ORIENTAÇÕES QUANTO AO SIRPWEB .............................................................. 6


1.1 Por que não há mais acesso à versão antiga do Sirpweb? ............................................ 6
1.2 Por que algumas categorias e funções foram retiradas do atual sistema? .................. 6
1.3 Como devo proceder nos casos em que um registro não foi localizado na base de
dados do Sirpweb? .................................................................................................................... 6
1.4 Como devo proceder para incluir no Sirpweb um registro antigo lavrado em livro e
que não constam no sistema? .................................................................................................. 7
1.5 É possível extrair relatórios da nova versão do Sirpweb?............................................. 7
1.6 Após ter solicitado acesso para um usuário ao sistema, recebi informação da CIRP de
que o pedido foi atendido. No entanto, o usuário continua não aparecendo na lista de
assinantes. Como proceder nesses casos?................................................................................ 8
1.7 Como proceder nos casos em que o interessado estava com o CPF irregular na
Receita Federal, porém, mesmo tendo realizado a regularização, o Sirpweb continua
identificando pendência? .......................................................................................................... 8
1.8 Como proceder quando o profissional entra em contato, pois o Sirpweb está
apresentando a mensagem “O CPF informado não corresponde ao nome do profissional,
data de nascimento e/ou nome da mãe. Dirija-se à Superintendência Regional do Trabalho e
Emprego para obter mais informações”? ................................................................................. 9
1.9 É possível alterar um cadastro no sistema? ................................................................ 10
1.10 Como devo proceder nos casos em que realizei a alteração dos dados do interessado,
no entanto, os documentos do sistema continuam sendo gerados com as informações
anteriores? .............................................................................................................................. 12
1.11 Quais são os perfis de acesso ao Sirpweb e quem são as pessoas que poderão ser
vinculadas a cada um deles? ................................................................................................... 12

2 ORIENTAÇÕES QUANTO ÀS NORMAS DE EDUCAÇÃO .................................. 15


2.1 O que é o GDAE? ......................................................................................................... 15
2.2 É possível conceder registro provisório para todas as categorias e funções para quem
ainda não tem GDAE? ............................................................................................................. 15
2.3 Como deve ser feita a análise de um diploma de curso superior? ............................. 16
2.4 Quais informações devo saber sobre os cursos técnicos de nível médio? ................. 18
2.5 Como analisar um diploma de curso técnico de nível médio? ................................... 23
2.6 Quais procedimentos deverão ser seguidos para realizar consulta a outros órgãos,
como por exemplo, as Secretarias Estaduais de Educação ou os Conselhos Estaduais de
Educação? ............................................................................................................................... 24
2.7 Com referência aos documentos dos cursos técnicos de nível médio, qual a diferença
entre um diploma, um certificado de conclusão de módulo ou um certificado de conclusão
de curso? ................................................................................................................................. 25
2.8 É possível aceitar diplomas ou certificados de conclusão de cursos realizados à
distância? ................................................................................................................................ 25
2.9 É possível aceitar diplomas ou certificados de cursos realizados no exterior? .......... 26

3 PROCEDIMENTOS GERAIS PARA CONCESSÃO DE REGISTRO


PROFISSIONAL .......................................................................................................... 28
3.1 Um profissional que resida em um determinado Estado da Federação poderá solicitar
registro profissional em localidade diferente de sua residência? .......................................... 28
3.2 Para evitar possíveis fraudes de assinaturas em documentos, é possível exigir o
reconhecimento de firma? ...................................................................................................... 28
3.3 É possível que um requerente dê entrada em um pedido de registro profissional em
uma localidade da Federação e receba a anotação na CTPS em outra localidade, diferente da
que deu entrada? .................................................................................................................... 29
3.4 Como proceder nos casos em que o interessado perde a CTPS e precisa anotar o
registro profissional que já possuía na nova CTPS? ................................................................ 29
3.5 Quais procedimentos deverão ser adotados quando o interessado ingressar com
recurso contra a decisão da unidade? .................................................................................... 29
3.6 Como devem ser contados os prazos nos processos de solicitação de registro
profissional? ............................................................................................................................ 30
3.7 Existe prazo de validade dos certificados ou atestados de aptidão profissional
emitidos pelos sindicatos? ...................................................................................................... 31
3.8 É possível conceder registro profissional para uma categoria ou função que não está
disponível no Sirpweb? ........................................................................................................... 31
3.9 É possível que uma pessoa represente outra em processo de solicitação de registro
profissional? ............................................................................................................................ 31

4 SECRETÁRIOS EXECUTIVOS E TÉCNICOS EM SECRETARIADO .................. 32


4.1 É possível conceder registro profissional para Secretários-Executivos e Técnicos em
Secretariado sem comprovação de nível superior ou de ensino médio? ............................... 32
4.2 É preciso comprovar formação em cursos superiores ou de ensino médio nos casos
de solicitação de registro profissional para Secretários-Executivos e Técnicos em
Secretariado que comprovem ter tempo de experiência profissional nos termos da Lei nº.
7.377/1985? ............................................................................................................................ 32
4.3 Nos casos de solicitação de registro profissional de Secretários-Executivos e de
Técnicos em Secretariado, com base em exercício profissional antes da vigência da lei, o que
poderá ser aceito para comprovar o exercício das atividades? .............................................. 33

5 GUARDADORES E LAVADORES DE VEÍCULOS .............................................. 33


5.1 Quais certidões deverão ser exigidas do Guardador e Lavador de Veículos? ............ 33
6 JORNALISTAS ..................................................................................................... 34
6.1 Sobre a profissão de jornalista, o registro concedido por meio da decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) abrange todas as funções? .................................................. 34
6.2 Caso o requerente tenha recebido registro como jornalista por meio da decisão do
STF, é possível alterar as informações no sistema, caso seja apresentado posteriormente o
Diploma? ................................................................................................................................. 34
6.3 Como devo proceder diante de pedidos de conversão de registro de jornalista
precário? ................................................................................................................................. 34
6.4 O que devo observar ao analisar solicitação de registro profissional de Diretor de
empresa jornalística e de Diretor de empresa não jornalística? ............................................ 34
6.5 Quais são os critérios que devo observar para a emissão de registro profissional de
Jornalista nas funções de Ilustrador, Repórter Fotográfico, Repórter Cinematográfico e
Diagramador? .......................................................................................................................... 35
6.6 É possível emitir registro profissional nas funções de Diagramador, Ilustrador,
Repórter fotográfico ou de Repórter cinematográfico para profissionais que já receberam
registro profissional de Jornalista, na função Jornalista? ....................................................... 36
6.7 Quais critérios deverão ser observados para a emissão de registros profissionais para
jornalistas provisionados?....................................................................................................... 39
6.8 Posso emitir um registro profissional de jornalista de acordo com uma determinada
função? .................................................................................................................................... 40

7 RADIALISTAS ...................................................................................................... 42
7.1 Considerando que o sistema não dispõe mais da função “Radialista Profissional”,
como deverá ser feita a inserção no sistema dos interessados que receberam esses
registros? ................................................................................................................................. 44

8 ARTISTAS E TÉCNICOS EM ESPETÁCULOS DE DIVERSÕES ........................ 44


8.1 Considerando que o sistema não dispõe mais da função “Artista Profissional”, como
deverá ser feita a inserção no sistema dos interessados que receberam esses registros? .... 44
8.2 Recebi atestado de capacitação de um sindicato dos artistas com validade de um
ano. É possível emitir registro provisório por meio desse atestado? ..................................... 45

9 ARQUIVISTAS E TÉCNICOS EM ARQUIVO ....................................................... 46


9.1 Quais documentos podem ser aceitos para concessão de registro profissional de
Técnico de Arquivo? ................................................................................................................ 46
9.2 É possível a concessão de registro provisório de Técnicos de arquivo com validade de
5 anos? .................................................................................................................................... 47

10 PUBLICITÁRIOS .................................................................................................. 48
10.1 O que é preciso observar para a emissão de registros profissionais de publicitários?
48

11 TÉCNICOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................... 50


11.1 Como é feita a emissão do registro profissional de Técnico em Segurança do
Trabalho? ................................................................................................................................ 50
11.2 É possível emitir registro profissional de Técnico em Segurança do Trabalho
mediante apresentação de diploma de conclusão de curso superior de Tecnologia (ou seja,
curso tecnólogo) em Segurança do Trabalho? ........................................................................ 50
11.3 É possível conceder registro profissional de Técnico em Segurança do Trabalho com
base no documento Carteira de Supervisor de Segurança do Trabalho? ............................... 51
11.4 Como é feita a emissão da segunda via de registro profissional de Técnico em
Segurança do Trabalho? .......................................................................................................... 51
11.5 Como são analisados os recursos interpostos pelos interessados no registro
profissional de Técnico em Segurança do Trabalho? .............................................................. 51

12 REGISTROS DE CONTRATANTES .................................................................... 52


12.1 Como é feita a emissão de registro de contratante? .................................................. 52
1 ORIENTAÇÕES QUANTO AO SIRPWEB
1.1 Por que não há mais acesso à versão antiga do Sirpweb?
A versão anterior do Sistema Informatizado de Registro Profissional (Sirpweb) foi desenvolvida
no início dos anos 2000 e com o passar dos anos a ferramenta tornou-se incompatível com as
novas tecnologias, razão pela qual, passou a apresentar problemas técnicos que
comprometiam tanto o desempenho do sistema, como a segurança das informações
disponíveis no banco de dados.

Assim, surgiu a necessidade de desenvolver nova versão que atendesse aos novos parâmetros
tecnológicos, resultando na atual versão do Sirpweb.

1.2 Por que algumas categorias e funções foram retiradas do atual sistema?
Durante o desenvolvimento da atual versão do Sirpweb, foram identificadas algumas funções
das categorias dos Artistas e dos Radialistas, existentes na versão anterior, que não estavam
descritas na legislação regulamentadora das profissões. Dessa forma, essas funções foram
removidas com o intuito de atender à determinação legal.

É importante frisar que não houve remoção de categorias, mas apenas das funções que se
encontravam na situação acima mencionada.

No entanto, foram realizados ajustes no agrupamento das categorias para atender aos
dispositivos legais. Sendo assim, algumas categorias que antes eram qualificadas como função
de outra, como por exemplo, o Agenciador de Propagandas que antes era uma função dos
Publicitários, foram desmembradas, deixando a condição de função, e transformaram-se em
uma nova categoria.

1.3 Como devo proceder nos casos em que um registro não foi localizado na
base de dados do Sirpweb?
Nesses casos, independente do motivo da ausência do cadastro no sistema, o usuário deverá
proceder com a inclusão por meio do recurso “Gerenciar registros sem CPF”, disponível no
menu “Registro”.

Conforme informado acima, esse procedimento deverá ser seguido para a inclusão de
qualquer registro não localizado na base de dados, ou seja, mesmo que o cadastro não conste
na base em razão de erro de migração, porque a própria unidade não o incluiu na época da
concessão ou mesmo quando o registro foi concedido por meio de livro.

Destaca-se a importância de se avaliar a validade do registro, consultando os documentos


possíveis, tais como, processos de concessão, bases de dados de sistemas locais, livros de
registro, dentre outros meios.

Não havendo condições de localizar quais documentos na unidade que possa comprovar a
validade do registro, é recomendável solicitar que o interessado apresente outros documentos
que possam garantir a validade do registro.
OBSERVAÇÃO: Caso o Sirpweb informe que o número do registro profissional que se está
tentando inserir já foi atribuído a outro profissional deverá ser emitido novo número de
registro procedendo-se à análise comum de novos pedidos de registro profissional.

1.4 Como devo proceder para incluir no Sirpweb um registro antigo lavrado
em livro e que não constam no sistema?
Os registros profissionais concedidos em livro que não constam no sistema, poderão ser
incluídos no sistema, por meio do recurso “Gerenciar registros sem CPF”.

A inclusão dependerá de dois fatores:

a) Por solicitação do interessado: quando a unidade regional receber pedido do interessado de


inclusão do registro no sistema, a unidade deverá proceder com a inclusão, mediante a
confirmação da validade do registro profissional informado.

b) Iniciativa da unidade regional em inserir no sistema: as unidades regionais que tiverem


disponibilidade de tempo e de pessoal para inserir os cadastros no sistema, poderão realizar a
inserção, por meio do recurso “Gerenciar registros sem CPF”. No entanto, ressalta-se que a
inserção completa somente ocorrerá quando preenchidos todos os campos disponíveis no
sistema. Caso contrário, será possível inserir alguns dados, que serão mantidos na base dos
registros profissionais incompletos, ou seja, a consulta desse cadastro será possível apenas por
meio do recurso “Gerenciar registros sem CPF”.

1.5 É possível extrair relatórios da nova versão do Sirpweb?


Sim. A nova versão do Sirpweb conta com uma funcionalidade que permite extrair relatórios
simples.

Os relatórios poderão ser extraídos por meio da funcionalidade “Consultas”.

Destaca-se que na tela das consultas existem dois recursos que foram criados para facilitar a
extração de dados: o link “Informações de retorno”, disponível no canto superior esquerdo da
tela e o botão “Gerar Excel”, que aparece logo após ter sido realizada a primeira consulta, e
fica disponível na parte inferior da tela, logo abaixo do(s) resultado(s) da pesquisa.

O link “Informações de retorno” permite que o usuário possa incluir outros parâmetros na
pesquisa, além dos parâmetros comuns. Dessa forma, se o usuário necessitar incluir no
relatório informações sobre o endereço dos pesquisados, por exemplo, poderá solicitar a
inclusão da informação por meio link “Informações de retorno” que, após ter sido clicado,
apresentará tela contendo, além dos parâmetros comuns, outros que foram acrescentados.

O botão “Gerar Excel” permite ao usuário gerar um documento editável que poderá ser aberto
no programa Excel ou outro software equivalente. Esse documento conterá os parâmetros
comuns da pesquisa e aqueles que eventualmente possam ter sido acrescidos por meio do link
“Informações de retorno”. Conforme mencionado o documento gerado pelo sistema é editável
e, portanto, o usuário poderá alterar sua configuração, bem como o layout e a disposição as
informações.
É importante ressaltar que, por razões técnicas, o sistema não gera relatórios estatísticos,
como por exemplo, obter percentual de profissionais registrados em determinadas categorias.
No entanto, por meio do documento gerado em Excel, é possível produzir a informação
necessária.

1.6 Após ter solicitado acesso para um usuário ao sistema, recebi


informação da CIRP de que o pedido foi atendido. No entanto, o usuário
continua não aparecendo na lista de assinantes. Como proceder nesses casos?
Inicialmente, é importante entender a diferença entre permissão de acesso e permissão para
assinar documentos.

A permissão de acesso ao sistema é feita exclusivamente pela CIRP e compreende as


atividades de incluir o usuário no Sistema de Auditoria e Segurança (SAS), o qual é responsável
por habilitar os usuários a acessar qualquer sistema do MTPS; e de vincular o usuário, no
Sirpweb, à sua respectiva unidade de lotação, concluindo-se, assim, a participação da CIRP no
procedimento.

A permissão para assinar documentos, contempla a atividade de informar ao sistema quais dos
usuários lotados na unidade poderão assinar os documentos gerados pelo Sirpweb. Esse
procedimento deverá ser adotado após o solicitante do acesso receber uma mensagem da
CIRP informando-o sobre o atendimento da demanda. Assim, a própria unidade, na pessoa do
usuário vinculado ao perfil de Gerente (normalmente, esse perfil é concedido ao chefe do
setor ou correlato) deverá providenciar o gerenciamento da assinatura do usuário inserido.

O gerenciamento é feito por meio do recurso “Gerenciar assinaturas”, que está disponível no
menu “Gerencial”, onde deverá ser selecionado o usuário recém inserido e, posteriormente,
informado qual o cargo ocupado por ela e se ela poderá assinar documentos, clicando-se na
caixa de seleção “Sim”.

Somente após ter sido realizado o gerenciamento de assinatura é que o usuário recém inserido
no sistema passará a estar disponível na relação de assinantes que aparece sempre que o
sistema gera um documento.

1.7 Como proceder nos casos em que o interessado estava com o CPF
irregular na Receita Federal, porém, mesmo tendo realizado a regularização, o
Sirpweb continua identificando pendência?
Nesses casos, o interessado deverá aguardar 3 (três dias) úteis, contados a partir da data em
que houve a regularização do CPF na Receita Federal, para ingressar com a solicitação de
registro profissional.

Esse prazo é necessário, pois, as alterações na base de dados da Receita Federal são
repassadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social - MTPS dentro de 3 dias úteis.

Caso transcorrido esse prazo e o Sirpweb ainda não tenha identificado a correção, deverá ser
aberto chamado junto à CGI, seguindo os procedimentos apontados no Comunicado nº
1/2015, disponível em http://intranetmte/2011/sppe/comunicados.htm.
1.8 Como proceder quando o profissional entra em contato, pois o Sirpweb
está apresentando a mensagem “O CPF informado não corresponde ao nome
do profissional, data de nascimento e/ou nome da mãe. Dirija-se à
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego para obter mais
informações”?
Nesses casos, o Sirpweb apresenta a mensagem, pois os dados inseridos pelo interessado não
estão em conformidade com as bases de dados da Receita Federal ou do Ministério do
Trabalho e Previdência Social - MTPS.

Inicialmente, é preciso entender como funciona a checagem das bases de dados feita pelo
sistema.

Dessa forma, quando o interessado insere os dados na primeira tela de solicitação de registro
profissional, o sistema realiza os seguintes procedimentos:

a) Inicialmente, o sistema verifica se o interessado possui cadastro junto ao MTPS. Quando o


cadastro existe na base de dados, o sistema verifica se as informações inseridas pelo
interessado estão em conformidade com os dados disponíveis na base de dados.

b) Nos casos em que o sistema identifica que o interessado não possui cadastro na base de
dados do MTPS, o sistema passa a consultar a base de dados da Receita Federal, verificando se
os dados inseridos estão em conformidade com os dados disponíveis na Receita Federal.

Assim, quando os dados informados não conferem com nenhuma das bases de dados
consultadas, o sistema apresenta a mensagem “O CPF informado não corresponde ao nome do
profissional, data de nascimento e/ou nome da mãe. Dirija-se à Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego para obter mais informações”.

Dessa forma, sempre que a mensagem for apresentada o usuário que estiver atendendo o
interessado deverá observar os seguintes procedimentos:

1º Realizar consulta na interface da Intranet no Sirpweb, por meio do recurso de consulta da


solicitação, disponível no menu “Consulta”, para verificar se o interessado possui cadastro no
MTPS. Caso conste o cadastro, o usuário deverá identificar qual dos dados inseridos pelo
interessado não está em conformidade com o cadastro na base de dados do sistema e orientá-
lo a inserir os dados em acordo com o cadastro.

2º Realizada a consulta no Sirpweb e identificada a inexistência do cadastro do interessado na


base de dados, o usuário deverá orientar o interessado a inserir os dados em conformidade
com as informações disponíveis na base de dados da Receita Federal.

Deve-se atentar para as possíveis mudanças dos nomes tanto do interessado, como da mãe
dele, pois em alguns casos, observa-se que, apesar da mudança, as informações não são
atualizadas pelo interessado ou pela própria mãe do interessado nas bases de dados da
Receita Federal ou do MTPS. Assim, exemplificando, caso o interessado esteja inserindo no
sistema o nome de casada da mãe dele e, no entanto, as informações constantes nas bases de
dados checadas pelo sistema estejam contando com o nome de solteira da mãe, o sistema
apresentará a mensagem que aponta a divergência entre os dados.

1.9 É possível alterar um cadastro no sistema?


Sim. A nova versão do Sirpweb permite que seja feita a alteração de dados dos interessados
desde que haja no mínimo uma solicitação ou registro profissional na base de dados do
sistema.

Existem duas formas de alteração das informações dos interessados: “Alterar dados da
solicitação”, disponível no menu “Solicitação”; e “Alterar dados do profissional”, disponível no
menu “Registro”. Há ainda a possibilidade de alterar os dados de um contratante por meio do
recurso “Alterar dados do contratante”, também disponível no menu “Registro”, que deverá
seguir os mesmos procedimentos da alteração dos dados do profissional.

Alterando cadastros por meio do recurso “Alterar dados da solicitação”

O recurso “Alterar dados da solicitação”, visa atender às necessidades de correções das


informações dos interessados que deverão ser apresentadas nos documentos gerados pelo
sistema, tais como os despachos, termos de ciências, atestados de capacitação e etiquetas.

O sistema permitirá alterações por meio desse recurso, desde que o usuário ainda não tenha
clicado no botão “Gerar despachos”, ou seja, é possível modificar as informações de um
interessado mesmo quando a análise da solicitação tenha sido iniciada, porém, ainda não
tenham sido gerados documentos. Observe que a utilização desse recurso precede à emissão
do registro profissional.

É possível se utilizar desse recurso para corrigir o documento de capacitação selecionado


incorretamente pelo interessado ou alterar o seu nome por razões de mudança decorrente de
casamento, por exemplo. Assim, o usuário poderá realizar as devidas modificações que serão
reconhecidas pelo sistema em todos os documentos, sejam os despachos, os termos de
ciência, atestados de capacitação ou etiquetas.

A alteração da solicitação permite modificar os seguintes dados:

- Nome do próprio interessado;

- Nomes da mãe ou do pai do interessado;

- Sexo;

- Data de nascimento;

- Nacionalidade;

- Documento de identificação, o respectivo número, órgão expedidor e data de expedição;

- Cor/Raça;

- PIS;
- Número da CTPS, série e UF da emissão da CTPS;

- Todos os dados relativos à localização do interessado, tais como endereço, CEP e telefone; e

- Documento de capacitação selecionado.

Alterando cadastros por meio dos recursos “Alterar dados do profissional” e “Alterar dados do
contratante

Os recursos “Alterar dados do profissional” e o “Alterar dados do contratante”, visam atender


às necessidades de correções das informações dos cadastros, antigos ou novos, que tenham
recebido no mínimo um número de registro profissional.

Dessa forma, o usuário poderá se utilizar desses recursos para corrigir, por exemplo, nomes
cadastrados incorretamente na versão anterior do sistema; nomes que estejam desatualizados
ou cadastrados incorretamente na base da Receita Federal; atualizar o endereço do
interessado, bem como outras informações.

Ressalta-se que as modificações não serão alteradas nos documentos gerados anteriormente,
mantendo-se as informações disponíveis na época em que o registro foi emitido. Assim, esses
recursos não deverão ser utilizados quando a correção tiver que ser apresentada nos
despachos, termos de ciências ou atestados de capacitação.

Ressalva se faz à geração de etiquetas. Apesar de ser um documento gerado em tempo


passado, a cada nova emissão de etiquetas, o sistema reconhecerá qualquer alteração feita no
cadastro do interessado, apresentando as informações de acordo com a última atualização
realizada.

A alteração dos dados dos interessados permite modificar as seguintes informações:

- Nome do próprio interessado;

- Nomes da mãe ou do pai do interessado;

- Sexo;

- Data de nascimento;

- Nacionalidade;

- Documento de identificação, o respectivo número, órgão expedidor e data de expedição;

- Cor/Raça;

- PIS;

- Número da CTPS, série e UF da emissão da CTPS;

- Todos os dados relativos à localização do interessado, tais como endereço, CEP e telefone;

- Alteração do documento de capacitação;


- Número do processo; e

- Inserção de observações ou alterações das observações já cadastradas.

1.10 Como devo proceder nos casos em que realizei a alteração dos dados do
interessado, no entanto, os documentos do sistema continuam sendo gerados
com as informações anteriores?
Para que as correções nos dados dos interessados apareçam nos documentos gerados pelo
Sirpweb é preciso fazê-las antes de iniciar a análise da solicitação.

Caso a correção seja feita após a análise ter sido iniciada, o sistema reconhecerá a alteração
apenas nas etiquetas, permanecendo os dados anteriores nos demais documentos.

Observe que o sistema dispõe de duas formas de correção dos dados dos interessados:
“Alterar dados da solicitação” (disponível no menu Solicitação) e “Alterar dados do
profissional”/“Alterar dados do contratante” (disponível no menu Registro).

Assim, o recurso “Alterar dados da solicitação” deverá ser utilizado para realizar as alterações
dos dados que deverão ser apresentados nos documentos que serão gerados pelo sistema, tais
como os despachos e os termos. Utilizando esse recurso antes de iniciar a análise da
solicitação, será possível fazer com que os dados corrigidos sejam reconhecidos pelo sistema
tanto nas etiquetas, como nos demais documentos, a exemplo dos referidos despachos e
termos.

Os recursos “Alterar dados do profissional” ou o “Alterar dados do contratante” devem ser


utilizados quando não houver a necessidade de que a correção conste nos documentos que
venham a ser gerados pelo sistema. Esses recursos deverão ser utilizados, por exemplo, nos
casos em que o solicitante contata a unidade solicitando a atualização dos seus dados, sem
necessariamente solicitar um registro profissional. Dessa forma, as alterações geradas por
meio deste recurso serão reconhecidas pelo sistema a partir das próximas solicitações que o
interessado possa vir a requerer no MTPS, exceto nas impressões de etiquetas que são
documentos que precisam ser gerados com as informações corrigidas, para que estas constem
na CTPS do interessado.

Dessa forma, ressalta-se que não será possível corrigir informações dos interessados que
constem em despachos e termos gerados em tempo passado pelo sistema, pois estes devem
manter as informações disponíveis à época em que foram gerados, para que seja possível
preservar o histórico do cadastro dos interessados, atendendo assim, aos preceitos que
permeiam a segurança da informação.

1.11 Quais são os perfis de acesso ao Sirpweb e quem são as pessoas que
poderão ser vinculadas a cada um deles?
A nova versão do Sirpweb dispõe de quatro perfis de acesso: Gestor, Gerente, Analista e
Operador. As permissões concedidas a cada um dos perfis visam permitir que os usuários
associados a eles pudessem desempenhar suas atividades respeitando-se os limites de acesso
que são inerentes às competências atribuídas aos cargos ou condições que ocupam.
Dessa forma, é possível conceder acesso ao sistema tanto aos servidores ocupantes de cargos
do quadro de pessoal do MTPS, como às pessoas externas ao quadro ou prestadoras de
serviço, como por exemplo, estagiários e terceirizados, mantendo-se os limites de acesso às
informações e ações que cada um desses profissionais poderão realizar.

A tabela abaixo dispõe as funcionalidades do Sirpweb relacionadas aos perfis:

Menus e Funções do Sirpweb Gestor Gerente Analista Operador

Menu Solicitação

Protocolar Solicitação

Analisar Solicitação

Apresentar Diploma

Apresentar Publicação

Enviar Processo de Solicitação

Confirmar Recebimento Processo

Recuperar Solicitação Expirada

Alterar Dados da Solicitação

Menu Gerencial

Gerenciar Unidades

Cadastrar Usuários

Gerenciar Assinaturas

Configurar Prazos

Menu Registro

Alterar Análise de Solicitação

Imprimir Etiqueta

Imprimir Cartão
Alterar Dados do Contratante

Alterar Dados do Profissional

Gerenciar Registros sem CPF

Cancelar Registro

Menu Consultas

Solicitação

Registro

Contratos

Menu Recurso

Enviar Recurso para a CIRP

Confirmar Recebimento do Recurso

Devolver Recurso

Registrar Resultado do Recurso

O perfil Gestor, que possui acesso a todas as funcionalidades do sistema, foi desenvolvido para
os servidores que desempenham as atividades de registro profissional na Coordenação de
Identificação e Registro Profissional (CIRP).

Os demais perfis foram desenvolvidos para os servidores e colaboradores lotados nas unidades
regionais do MTPS, que desempenham as atividades de registro profissional.

Dessa forma, o perfil Gerente foi desenvolvido para ser vinculado aos superintendentes e às
chefias dos setores, que receberam legalmente mais responsabilidades que os demais
servidores. Por essa razão, observa-se que esses servidores possuem apenas quatro
atribuições a menos que os servidores lotados na CIRP (o Gerenciar Unidades, o Cadastrar
Usuários, o Confirmar Recebimento do Recurso e o Devolver Recurso). Da mesma forma, foi
concedido acesso a quantidade maior de funcionalidades que as disponíveis aos servidores
vinculados ao perfil Analista. No entanto, ressalta-se que as permissões concedidas a mais em
relação aos servidores vinculados ao perfil Analista são de uso esporádico, pois servem para
solucionar situações eventuais, tais como o cancelamento de um registro, que deve ser
adotado como medida excepcional.
O perfil Analista dispõe das funcionalidades necessárias para o desempenho rotineiro da
atividade de registro profissional. Devem ser vinculados a esse perfil os servidores lotados nos
setores de registro profissional que são responsáveis por realizar as análises das solicitações
feitas pelos interessados.

Por fim, o perfil Operador é destinado tanto aos servidores do quadro de pessoal do MTPS
(como por exemplo, os servidores lotados nas Agências de Atendimento que não receberam a
atribuição de análise das solicitações, porém, auxiliam as SRTE ou GRTE, recebendo as
solicitações e encaminhando-as para que possam ser analisadas), como aos colaboradores que
por ventura possam estar auxiliando nas atividades (como por exemplo, os estagiários ou
terceirizados lotados em qualquer unidade administrativa do MTPS).

2 ORIENTAÇÕES QUANTO ÀS NORMAS DE EDUCAÇÃO


2.1 O que é o GDAE?
O portal Gestão Dinâmica de Administração Escolar (GDAE), é uma ferramenta desenvolvida
pelo Governo do Estado de São Paulo, que visa à integração das informações das unidades
escolares de ensino fundamental, de nível médio regular e de nível médio técnico com órgãos
regionais e centrais da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.

De acordo com a Resolução nº. 107, de 25 de junho de 2002, que institui no âmbito da
Secretaria de Estado da Educação de São Paulo os sistemas de Gestão Dinâmica de
Administração Escolar e Sistema de Informações da Educação, o GDAE é estruturado em
módulos que possibilitam obter as seguintes informações:

II – Sobre as escolas: fornece informações sobre a identificação, localização, os atos legais de


criação e a autorização da escola e dos cursos; e

III – Sobre a vida acadêmica dos estudantes: fornece informações sobre a matrícula, avaliação
e frequência, bem como publicação dos nomes dos alunos concluintes na Internet.

2.2 É possível conceder registro provisório para todas as categorias e


funções para quem ainda não tem GDAE?
Sim. O registro provisório é destinado aos concluintes de cursos que, por razões
administrativas, ainda não receberam da instituição de ensino o diploma. Sendo assim,
mediante a apresentação de certificado de conclusão de cursos, o Ministério do Trabalho e
Previdência Social - MTPS concede ao concluinte um registro profissional com validade de um
ano, período suficiente para que o profissional receba o diploma e o apresente ao MTPS.

No entanto, não há previsão legal ou normativa que determine o cadastro desses certificados
de conclusão de cursos no GDAE e, portanto, eles não estarão disponíveis para consulta.

A análise de pedidos de registro profissional embasados em certificados de conclusão de


cursos requer atenção, pois atualmente, o sistema de educação brasileiro admite dois tipos de
certificados: o certificado de conclusão de curso que antecede a emissão de diploma e os
certificados de conclusão de cursos que sejam estruturados e organizados em etapas com
terminalidade. Este último não será precedido por diploma, pois a própria Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (Lei nº. 9.394/1996), prevê no Parágrafo único, do Art. 36 que os
concluintes dos cursos constituídos no formato acima descrito, receberão ao final de cada
etapa um certificado ao invés de um diploma.

Sendo assim, apesar de haver nos normativos administrativos que constituíram o GDAE a
previsão de o cadastro de certificados de conclusão de cursos, essa previsão está relacionada
aos cursos previstos na LDB, ou seja, aqueles estruturados e organizados em etapas com
terminalidade.

As dúvidas relativas à constituição dos cursos deverão ser sanadas pela respectiva Secretaria
de Educação Estadual. Sendo assim, sempre que houver dúvidas quanto a aceitação de
determinado documento, é recomendável que a unidade regional contate o referido órgão de
educação formalmente, ou seja, por meio de ofício.

2.3 Como deve ser feita a análise de um diploma de curso superior?


A análise dos diplomas de cursos superiores apresentados pelos interessados deverá observar
as informações abaixo disponíveis.

Para melhor compreensão do assunto, apresentam-se abaixo as informações sobre os atos


autorizativos expedidos pelo Ministério da Educação (MEC).

As instituições de ensino superior devem ser credenciadas ou recredenciadas no MEC e seus


cursos precisam ser autorizados, reconhecidos ou ter a renovação do reconhecimento.

Credenciamento: ato expedido em favor da instituição de ensino superior que pretenda iniciar
suas atividades. De acordo com sua organização acadêmica podem ser credenciadas como
faculdades, centros universitários ou universidades. As faculdades e centros universitários são
credenciados por até 3 anos. Passado esse prazo, deverão solicitar o recredenciamento ao final
de cada ciclo avaliativo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). As
universidades recebem o credenciamento por até 5 anos, quando deverão solicitar o
recredenciamento ao final de cada ciclo avaliativo do Sinaes. O ciclo avaliativo do Sinaes é
estabelecido pelo MEC e não é preciso ser observado durante a análise da solicitação do
registro profissional, cabendo apenas observar se a instituição de ensino superior obteve o
devido credenciamento.

Recredenciamento: ato expedido em favor da instituição de ensino superior que tenha sido
devidamente credenciada. O recredenciamento deverá ser solicitado pela instituição de ensino
superior ao final de cada ciclo avaliativo do Sistema Nacional de Avaliação de Educação
Superior (Sinaes). O ciclo avaliativo do Sinaes é estabelecido pelo MEC e não é preciso ser
observado durante a análise da solicitação do registro profissional, cabendo apenas observar
se a instituição de ensino superior obteve o devido recredenciamento.

Autorização: ato expedido em favor do curso superior e não da instituição de ensino superior.
Para iniciar a oferta de um curso de graduação (cursos de bacharelado, licenciatura ou
tecnólogo), a instituição de ensino superior depende de autorização do MEC, com exceção dos
centros universitários e das universidades que, por terem autonomia, independem de
autorização para funcionamento de curso superior, no entanto, estão obrigadas a informar à
secretaria competente, os cursos abertos para fins de supervisão, avaliação e posterior
reconhecimento. Para fins de análise de pedidos de registro profissional, cabe ao analista
observar apenas se, nos casos de diplomas expedidos por uma faculdade, o curso recebeu a
devida autorização. Quando o diploma tiver sido expedido por um centro universitário ou
universidade, não será preciso observar se os cursos foram autorizados, tendo em vista que o
MEC dispensa esses cursos do cumprimento dessa exigência.

Reconhecimento: ato expedido em favor do curso superior que foi criado recentemente. Deve
ser solicitado ao MEC quando o curso tiver atingido 50% da sua carga horária. Ressalta-se que
o reconhecimento é condição necessária para a validade nacional dos respectivos diplomas.
Para fins de análise de pedidos de registro profissional, deverá ser observado apenas se o
curso obteve o devido reconhecimento do MEC.

Renovação de reconhecimento: ato expedido em favor do curso superior que já está em


funcionamento. Deve ser solicitado pela instituição de ensino superior ao final de cada ciclo
avaliativo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O ciclo avaliativo
do Sinaes é estabelecido pelo MEC e não deverá ser observado durante a análise da solicitação
do registro profissional, cabendo apenas verificar se o curso obteve a devida renovação do
reconhecimento.

Diante do exposto, ressalta-se que, resumidamente, para análise dos pedidos de registro
profissional, deverão ser observados os seguintes atos autorizativos:

a) Faculdades: as instituições de ensino deverão ser credenciadas por três anos e após esse
período poderão ser recredenciadas. Os seus cursos superiores deverão ser autorizados,
reconhecidos e posteriormente ter as devidas renovações de reconhecimento. Ou seja, um
curso superior de uma faculdade apresentará no mínimo dois atos autorizativos: a autorização
e o reconhecimento. Para verificação dos atos autorizativos ora mencionados, os analistas dos
pedidos de registro profissional deverão observar as informações constantes nos diplomas, em
que as instituições de ensino informam quais atos foram emitidos em favor dela e do curso.
Para facilitar a análise dessas informações, o MEC disponibiliza uma página virtual para
consulta tanto da situação da instituição de ensino superior, como dos cursos que estão em
pleno funcionamento no País. Sendo assim, recomendamos acessar a página e-MEC, clicando
aqui, para realizar as devidas consultas.

b) Centros universitários e universidades: as instituições de ensino superior deverão ser


credenciadas por três anos, no caso dos centros universitários, e por cinco anos, no caso das
universidades, e após esse período poderão ser recredenciadas. Os seus cursos superiores
deverão ser reconhecidos e posteriormente ter as devidas renovações de reconhecimento. Ou
seja, um curso superior de um centro universitário ou de uma universidade apresentará no
mínimo um ato autorizativo: o reconhecimento. Para verificação dos atos autorizativos ora
mencionados, os analistas dos pedidos de registro profissional deverão observar as
informações constantes nos diplomas, em que as instituições de ensino informam quais atos
foram emitidos em favor dela e do curso. Para facilitar a análise dessas informações, o MEC
disponibiliza uma página virtual para consulta tanto da situação da instituição de ensino
superior, como dos cursos que estão em pleno funcionamento no País. Sendo assim,
recomendamos acessar a página e-MEC, clicando aqui, para realizar as devidas consultas.
Por fim, ressalta-se que os cursos superiores de tecnologia (conhecidos como cursos
tecnológicos e os formandos recebem a formação como tecnológos) além de cumprirem com
o disposto acima, também deverão estar em conformidade com o disposto no Catálogo
Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia.

De acordo como o sítio eletrônico do MEC, o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de
Tecnologia, lançado em 2006, é um guia de informações sobre o perfil de competências do
tecnólogo. Ele apresenta a carga horária mínima e a infraestrutura recomendada para cada
curso.

Assim, a aceitação de um diploma ou certificado de curso tecnólogo dependerá das seguintes


condições:

a) A instituição de ensino deverá ter sido no mínimo credenciada ou recredenciada;

b) O curso deverá ter sido autorizado, reconhecido ou ter recebido a renovação do


reconhecimento, conforme o caso, (exceto os cursos tecnólogos dos centros universitários e
das universidades que precisam apenas ser reconhecidos ou ter a renoção do reconhecimento,
sem necessidade de ser autorizados); e

c) o curso deverá constar no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, com a


mesma nomenclatura e carga horária mínima estabelecida pelo catálogo.

A listagem de cursos constante do catálogo, contudo, não esgota todas as possibilidades de


oferta destas graduações tecnológicas no país, admitindo-se, conforme estabelece o Decreto
nº 5.773/06, em seu art. 44, cursos experimentais em oferta legal e regular, porém com outras
denominações, as quais poderão futuramente – com base em análises contextuais – passar a
integrar o catálogo.

Assim, somente poderão ser aceitos diplomas ou certificados de cursos tecnólogos quando
houver a comprovação de que o curso é experimental. Essa comprovação poderá ser feita por
meio de documentos apresentados tanto pelo interessado, como pela instituição de ensino.
Para obter os documentos, a unidade regional deverá oficiar o interessado ou a instituição de
ensino para que comprovem a condição do curso como experimental.

Para consultar um curso no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, clique aqui.

2.4 Quais informações devo saber sobre os cursos técnicos de nível médio?
Para melhor compreensão do assunto, apresentam-se as informações abaixo que tratam sobre
os cursos técnicos de nível médio e que foram retiradas da página do Ministério da Educação
(MEC) e complementadas com informações importantes para a análise dos pedidos de registro
profissional.

O QUE É UM CURSO TÉCNICO?

É um curso de nível médio que objetiva capacitar o aluno com conhecimentos teóricos e
práticos nas diversas atividades do setor produtivo. Acesso imediato ao mercado de trabalho é
um dos propósitos dos que buscam este curso, além da perspectiva de requalificação ou
mesmo reinserção no setor produtivo. Este curso é aberto a candidatos que tenham concluído
o ensino fundamental.

COMO SE DÁ A ARTICULAÇÃO DE CURSOS TÉCNICOS COM O ENSINO MÉDIO?

De três formas: integrada, concomitante ou subsequente. Na forma integrada, o aluno, com


uma única matrícula, frequenta curso cujo currículo foi planejado reunindo os conhecimentos
do ensino médio às competências da educação profissional. Na forma concomitante, ocorre
uma complementaridade entre o curso técnico e o ensino médio. Nesta modalidade o aluno
tem duas matrículas. Na forma subsequente, o aluno, ao se matricular no curso técnico, já
concluiu o ensino médio.

QUAL A CARGA HORÁRIA MÍNIMA DE UM CURSO TÉCNICO?

Em termos gerais, a carga horária mínima de um curso técnico de nível médio é de 800 horas,
sem contar a carga horária prevista para o estágio profissional supervisionado.

No entanto, durante a análise dos pedidos de registro profissional, o analista deverá observar
o disposto no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, que estabelece a carga horária mínima
para cada área de formação. Assim, um curso técnico de nível médio deverá ter no mínimo
800 horas, porém, o Catálogo poderá estabelecer carga horária mínima maior, a depender da
área de formação do aluno. Exemplificando, apesar da carga horária mínima de um curso
técnico ser de 800 horas, o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos estabelece que os cursos de
Técnicos de Segurança do Trabalho deverão dispor de no mínimo 1.200 horas.

Para acessar o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, clique aqui, e consulte a carga horária
mínima dos cursos técnicos, bem como outras informações, selecionando o eixo tecnológico
ao qual corresponde o curso.

EXISTE ESPECIALIZAÇÃO PARA TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO?

Sim. São ofertas especializadas em alguma subárea da formação do curso técnico. São
exemplos: especialização pós-técnica em Enfermagem Gerontológica ou em Enfermagem do
Trabalho, ambas as especializações do Técnico em Enfermagem.

Assim, os diplomas dessas especializações, deverão ser aceitos para fins de concessão de
registro profissional, uma vez que têm como propósito oferecer formação específica na área,
qualificando o profissional ao exercício da atividade.

No entanto, deverá ser observado se a especialização guarda relação com a atividade da


categoria ou função solicitada.

ANTES DA CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO, É POSSÍVEL OBTER CERTIFICADOS?

Sim. São possíveis saídas intermediárias que correspondem à conclusão de módulos, etapas de
cursos técnicos, no entanto a existência de saídas intermediárias com certificação é uma
prerrogativa da escola ao definir o currículo do curso. Por exemplo, no curso técnico em Redes
de Computadores, usualmente encontramos a saída intermediária de Cabeamento de Redes.
Esses certificados correspondem no Sirpweb aos certificados de conclusão de cursos de
segundo grau e habilitam o profissional a obtenção de um registro profissional, principalmente
para as categorias dos Artistas e Radialistas que são subdivididas em funções.

No entanto, ressalta-se que esses certificados não devem ser confundidos com os certificados
de conclusão de cursos que precedem o diploma, habilitando o profissional à obtenção do
registro profissional provisório, com prazo de um ano para apresentação do diploma.
Diferentemente desses certificados que precedem o diploma, os certificados de conclusão de
curso habilitam o profissional à obtenção do registro profissional definitivo, uma vez que a
formação em uma saída intermediária poderá capacitar o profissional para o exercício de uma
função específica.

Porém, deve-se ter cautela na análise de pedidos com base nesses documentos, pois o
exercício da atividade de algumas categorias necessita da formação completa no curso, a
exemplo dos técnicos de segurança do trabalho.

COMO É O PROCESSO AUTORIZATIVO DOS CURSOS TÉCNICOS?

Diferentemente do que ocorre com os cursos superiores, que são administrados pelo
Ministério da Educação, os cursos técnicos oferecidos pelas redes estaduais e privadas de
ensino são autorizados e credenciados pelos Órgãos Estaduais de Educação, por meio de seus
Conselhos Estaduais de Educação. Cada Órgão possui calendário e procedimentos próprios
para conceder a autorização para abertura de cursos.

No entanto, as instituições integrantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica


possuem autonomia para abertura de cursos e não precisam que estes sejam autorizados,
devendo a instituição ser apenas credenciada no respectivo Conselho Estadual de Educação.
Para verificar se uma escola integra a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica,
recomendamos consultar a instituição de ensino, clicando aqui.

A regularidade de uma escola ou de cursos poderá ser verificada por meio de consulta ao
Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (Sistec) que
disponibiliza informações sobre a situação das instituições de ensino, dos cursos e dos
formandos. Para acesso ao sistema, clique aqui.

O QUE É A REDE FEDERAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA?

A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica atinge todos os estados brasileiros,


oferecendo cursos técnicos, superiores de tecnologia (conhecidos como cursos tecnólogos),
licenciaturas, mestrados e doutorados.

As escolas que compõem a rede federal precisam ser credenciadas junto aos respectivos
Órgãos de Educação (ou seja, os cursos superiores devem ser registrados no Ministério da
Educação, e os cursos técnicos de nível médio nos Conselhos Estaduais de Educação), no
entanto, os cursos ministrados por essas escolas estão dispensados da autorização imposta
aos demais cursos ministrados por instituições de ensino não integrantes da rede federal.
O Ministério da Educação disponibiliza portal para consulta às instituições de ensino que
integram a rede federal. Assim, ao analisar um pedido de registro profissional, o analista
deverá realizar consulta ao portal, clicando aqui.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO E OS CURSOS LIVRES?

Conforme mencionado anteriormente, os cursos técnicos de nível médio devem ter no mínimo
800 horas, as escolas devem ser credenciadas no Conselho Estadual de Educação e os cursos,
quando ministrados por escolas que não integram a Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica, devem ser autorizados pelos respectivos Conselhos.

Os cursos livres contam com maior liberdade e não estão sujeitos às condições impostas aos
cursos técnicos de nível médio. Sendo assim, as instituições de ensino não precisam ser
credenciadas e nem ter seus cursos autorizados pelos MEC ou pelos Órgãos Estaduais de
Educação. Além disso, não há previsão legal que estabeleça a quantidade de carga horária
mínima, podendo ser ofertados com menos de 800 horas.

Dessa forma, sempre que a legislação que regulamenta uma profissão prever a necessidade de
curso técnico de nível médio para fins de emissão de registro profissional, os diplomas ou
certificados de cursos livres não poderão ser aceitos, uma vez que esses cursos não podem ser
entendidos como cursos técnicos de nível médio, pois não oferecem a formação necessária
para o exercício da profissão.

O QUE É O CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS TÉCNICOS?

É um instrumento cuja proposta é disciplinar a oferta de cursos técnicos, no tocante às


denominações por eles empregadas. O Catálogo confere também grande visibilidade a esses
cursos, bem como auxilia na escolha vocacional por parte dos alunos e pode ainda inspirar
escolas em novas ofertas educativas.

O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos pode ser acessado, clicando aqui.

QUAIS INFORMAÇÕES ESTÃO DISPONÍVEIS NO CATÁLOGO?

Para cada curso técnico constante do Catálogo foram destacadas importantes informações,
tais como: atividades principais desempenhadas por esse profissional, destaques em sua
formação técnica, possibilidades de locais de atuação, infraestrutura recomendada e carga
horária mínima.

Essas informações poderão ser utilizadas para se verificar a qualificação de um profissional à


obtenção de registro profissional. Assim, exemplificando, o Catálogo Nacional de Cursos
Técnicos poderá ser utilizado para avaliar se um curso de Técnico em Artes Circenses habilita o
profissional ao exercício das atividades da função de animador, da categoria dos artistas.
Nesse caso, as informações do curso disponíveis no Catálogo deverão ser comparadas com a
descrição da função constante no quadro anexo ao decreto que regulamenta a profissão, com
a finalidade de se formar o convencimento quanto a qualificação do profissional.

O NOME DE UM CURSO NÃO ESTÁ NO CATÁLOGO, ENTRETANTO O CURRÍCULO É MUITO


PRÓXIMO DE UM DOS DESCRITIVOS NO CATÁLOGO. O QUE FAZER?
Neste caso, a escola deverá proceder com a adequação da denominação do curso para a
denominação adotada no Catálogo. A instituição de ensino deve providenciar a adequação da
nomenclatura e comunicar aos órgãos competentes do sistema de ensino para vigência para as
novas turmas. Ressalte-se que é possível, também, a adoção da nova nomenclatura para as
turmas em andamento após consulta documentada à respectiva comunidade escolar.

Dessa forma, é possível aceitar, para fins de emissão de registro profissional, os documentos
de um curso que não tenha sido encontrado no Catálogo, no entanto, a instituição de ensino
emissora dos documentos (diploma ou certificado) deverá comprovar que se encontra na
condição ora apresentada.

Assim, sempre que se observar que um curso não foi localizado no Catálogo a instituição de
ensino deverá ser oficiada para que esclareça as razões da nomenclatura do curso ofertado
por ela não estar constando no Catálogo.

COMO SERÁ A ATUALIZAÇÃO DO CATÁLOGO?

Anualmente, nos meses de agosto e setembro, o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos


receberá sugestões de inclusão, exclusão e alteração.

As escolas deverão cadastrar as solicitações de alteração do Catálogo no período de 1º de


agosto a 30 de setembro de cada ano, quando o Ministério da Educação disponibiliza em sua
página na Internet uma consulta pública.

O QUE É TABELA DE CONVERGÊNCIA?

É uma lista que consta do anexo do Catálogo com a relação entre as denominações de cursos
técnicos atualmente em uso e aquelas constantes do Catálogo.

A DENOMINAÇÃO DE UM CURSO NÃO ESTÁ NO CATÁLOGO E NÃO EXISTE CORRESPONDÊNCIA


ENTRE ELE E OS DESCRITIVOS PRESENTES NELE. O QUE FAZER?

A normativa legal que ampara o Catálogo recomenda a adoção das nomenclaturas nacionais
nele presentes. No entanto, é possível que um curso não atenda às nomenclaturas propostas
uma vez que foi aceito pelos Órgãos de Educação como curso experimental, podendo ser
ministrado por até três anos sem que esteja incluído no Catálogo e com nomenclatura
diferente. Após esse prazo, os Órgãos de Educação avaliarão a inclusão do curso na relação do
Catálogo, quando deixará a condição de curso experimental passando a compor o Catálogo.
Caso a denominação do curso não tenha sido incluída no Catálogo, a oferta dele deverá ser
suspensa.

Diante do exposto, observa-se que, em regra, os cursos estão vinculados à nomenclatura


adotada pelo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Assim, para fins de registro profissional,
não poderão ser aceitos os diplomas ou certificados de cursos com nomenclatura divergente
da adotada no Catálogo, com exceção dos cursos experimentais.

A condição de um curso como experimental deverá ser comprovada documentalmente. Assim,


a unidade regional poderá oficiar: o interessado no registro profissional ou a própria
instituição de ensino, para que apresentem documentos que possam comprovar a situação do
curso como experimental; ou o respectivo Conselho Estadual de Educação para que informe a
situação em que se encontra o curso.

Ressalta-se, por fim, que o analista deverá ter atenção na análise e observar se a nomenclatura
se refere ao curso ou a especialização do curso, pois, conforme informado, um curso técnico
de segundo grau poderá ter especialização. Nesses casos, o analista deverá observar se o
diploma ou certificado dispõe de informação sobre o curso técnico ao qual a especialização faz
referência. Caso a informação não esteja disponível no diploma, será preciso oficiar a escola
para que informe se o curso condiz com especialização de outro curso técnico.

2.5 Como analisar um diploma de curso técnico de nível médio?


A análise dos diplomas de cursos técnicos de nível médio deve observar certos critérios que
visam verificar se a escola e o curso atendem as determinações legais que regem o tema.

Sendo assim, os analistas dos pedidos de registro profissional deverão observar os seguintes
procedimentos:

1º) Verificar se o documento se trata de diploma, de certificado de conclusão de módulo de


um curso técnico ou de um certificado de conclusão de curso que precede à emissão do
diploma com a finalidade de observar se o documento condiz com o selecionado no Sirpweb.

2º) Verificar se o curso guarda relação com a categoria ou função solicitada.

Observação A: a título de exemplo, um diploma de curso técnico de técnico de segurança do


trabalho não poderá habilitar um profissional à obtenção de registro profissional de radialista.
No entanto, é possível que um diploma de curso de técnico em arte circense habilite um
profissional à obtenção do registro de artista ou de técnico em espetáculos de diversão, na
função de acrobata.

Observação B: essa análise deverá ser feita pela própria unidade regional que tiver recebido o
pedido de registro profissional, e a CIRP não poderá interferir ou opinar, senão quando em
situação de recurso administrativo.

3º) Observar se a instituição de ensino está credenciada no respectivo Conselho Estadual de


Educação e se o curso foi devidamente autorizado. A verificação poderá ser feita por meio do
acesso ao Sistec, clicando aqui.

Observação A: caso o Sistec não reporte resultados, havendo dúvidas sobre a regularidade da
instituição de ensino, a informação poderá ser solicitada ao respectivo Conselho Estadual de
Educação, por meio do envio de ofício, que informa como serão realizados os procedimentos
de consulta a outros órgãos.

Observação B: As instituições de ensino integrantes da Rede Federal de Educação Profissional


e Tecnológica têm autonomia para criação de cursos e, portanto, não constará ato de
autorização dos cursos ministrados por essas escolas. Para verificar se uma instituição de
ensino integra a referida rede, clique aqui.

Observação C: os cursos deverão estar em conformidade com o Catálogo Nacional de Cursos


Técnicos, exceto quando estiverem na condição de cursos experimentais. A condição como
cursos experimentais poderá se comprovada via Sistec. No entanto, caso as informações não
estejam disponíveis, a unidade regional deverá oficiar o interessado, a instituição de ensino ou
o respectivo Conselho Estadual de Educação, para que apresentem documentos que possam
comprovar a condição do curso como experimental. Para consulta aos cursos no catálogo,
clique aqui.

Observação D: os cursos técnicos de nível médio podem ter especializações que habilitam os
interessados à obtenção do registro profissional, na condição definitiva.

2.6 Quais procedimentos deverão ser seguidos para realizar consulta a


outros órgãos, como por exemplo, as Secretarias Estaduais de Educação ou os
Conselhos Estaduais de Educação?
Durante o procedimento de análise dos pedidos de registro profissional é possível que haja
necessidade de consultar outros órgãos, internos ou externos ao MTPS, visando obter
informações que possam subsidiar a decisão, como por exemplo, consultar as Secretarias
Estaduais de Educação ou os Conselhos Estaduais de Educação para obter informações sobre a
regularidade de escolas ou de cursos.

Considerando que a resposta de outros órgãos poderá demorar, o que tornaria o processo
moroso, a consulta é recomendada apenas quando não for possível obter os elementos
desejados por outros meios. Assim, as consultas aos Órgãos de Educação, somente poderão
ser feitas após pesquisa no Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e
Tecnológica (Sistec) ou análise dos atos autorizativos que normalmente estão informados nos
diplomas ou certificados.

No entanto, havendo real necessidade de se proceder com a consulta, a análise do pedido de


registro profissional somente poderá ser concluída após o recebimento da resposta do órgão
consultado. Nesses casos, os prazos de análise passam a ser contados de forma diferente, não
se aplicando mais o prazo de trinta dias para a conclusão da análise.

Dessa forma, aplicando-se as regras da Lei nº. 9.784, de 1999, a atividade de registro
profissional, quando a consulta a outros órgãos se fizer obrigatória, ou seja, quando a
informação sobre a regularidade da escola ou do curso não puder se obtida por meio da
análise dos atos autorizativos disponíveis no diploma ou certificado ou por meio da consulta ao
Sistec, a unidade regional deverá expedir ofício ao respectivo Conselho Estadual de Educação
no prazo máximo de quinze dias contados da data em que o processo de pedido de registro
profissional tiver chegado ao setor de registro profissional, podendo esse período ser
estendido quando houver comprovada necessidade de maior prazo.

No ofício, a unidade regional deverá estabelecer o prazo necessário para que o Conselho se
manifeste. O prazo será de livre escolha da unidade, que deverá escolher o tempo que
entender ser suficiente para resposta, observando sempre o princípio da razoabilidade.

Não havendo manifestação do Conselho Estadual de Educação no prazo fixado pela unidade
regional, na impossibilidade de obtenção das informações por outros meios, o parecer dos
Órgãos de Educação se torna vinculante e, portanto, o processo não poderá ter continuidade
até que se receba a resposta. Nesse caso, não há prazo para se finalizar a análise, deixando-se
de aplicar os 30 dias previstos para conclusão.

Ressalta-se, por fim, que o procedimento ora apresentado não deverá ser confundido com os
casos em que há indícios claros de irregularidade da escola ou dos cursos, devendo a unidade
regional proceder com o indeferimento sem que haja necessidade de consulta a outros órgãos.

2.7 Com referência aos documentos dos cursos técnicos de nível médio,
qual a diferença entre um diploma, um certificado de conclusão de módulo ou
um certificado de conclusão de curso?
Os cursos técnicos de nível médio podem ser atestados por meio de três documentos:
diploma, certificado de conclusão de módulo ou certificado de conclusão de curso.

Assim, esses documentos têm as seguintes características:

a) Diploma: documento expedido ao formando que cursou um curso técnico de nível médio
completo. Esses documentos habilitam os interessados à obtenção de registros definitivos.

b) Certificado de conclusão de módulo: documento expedido ao interessado que tenha


cursado módulos de um curso técnico de nível médio, sem que tenha a necessidade de cursa-
lo por completo. As instituições de ensino emissoras desses documentos devem ter
estruturado o currículo do curso por módulos para que possa emiti-los. Esses certificados têm
valor de diploma e os interessados receberão registros definitivos. A identificação desses
documentos, em regra, é simples, pois as escolas costumam informar o módulo cursado no
documento. Quando houver dúvidas quanto ao documento apresentado pelo interessado a
unidade regional poderá oficiar o interessado ou a escola para que apresentem os
esclarecimentos necessários.

c) Certificados de conclusão de curso: documento expedido ao formando ao final da conclusão


de um curso técnico de nível médio, com a finalidade de antecipar o ingresso dele ao mercado
de trabalho. Esse documento precede a emissão do diploma e habilita o interessado à
obtenção de registro provisório, com validade de um ano, período em que deverá retornar à
unidade regional para apresentar o diploma.

2.8 É possível aceitar diplomas ou certificados de conclusão de cursos


realizados à distância?
Sim. Os cursos realizados à distância têm fundamento no Art. 80, da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases), que assim estabelece: “O Poder Público
incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os
níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.”

Conforme o Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o Art. 80, a


educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais:

a) Educação básica;
b) Educação de jovens e adultos;
c) Educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes;
d) Educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas:
- Técnicos, de nível médio; e

- Tecnológicos, de nível superior;

e) Educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas:


- Sequenciais;

- De graduação;

- De especialização;

- De mestrado; e

- De doutorado.

Observa-se que a educação à distância é oferecida em todas as modalidades de ensino, no


entanto, a instituição de ensino deverá obter a devida qualificação dos órgãos de educação
competentes.

2.9 É possível aceitar diplomas ou certificados de cursos realizados no


exterior?
Sim, é possível aceitar os diplomas e certificados de cursos de ensino fundamental, médio
regular, superior, de pós-graduação, mestrado ou doutorado, desde que tenham sido
revalidados pelos órgãos de educação.

Ressalva se faz apenas aos diplomas e certificados dos cursos técnicos de nível médio
ministrados no exterior, uma vez que não há previsão legal que permita a revalidação dos
documentos no País. Por essa razão, os documentos não poderão ser aceitos para fins de
emissão de registro profissional.

Para fins de orientação aos profissionais, esclarece-se abaixo como é feita a revalidação dos
cursos. No entanto, registra-se que os diplomas e certificados somente poderão ser aceitos
para fins de emissão dos registros profissionais após o profissional ter realizado todos os
procedimentos junto aos órgãos de educação competentes, recebendo assim, a devida
revalidação do documento.

CURSOS FUNDAMENTAIS OU MÉDIOS REALIZADOS NO EXTERIOR:

1º) O estudante deverá providenciar a tradução do histórico escolar e do diploma ou


certificado. A tradução deverá ser feita de preferência por um tradutor público
juramentado ou escola de idiomas idônea, sendo que o tradutor deve possuir curso de
letras com diploma registrado no Ministério da Educação. Em caso dos documentos
estarem em língua espanhola, o interessado deve procurar a Secretaria de Educação do
Estado, para verificar a necessidade da tradução. Se o interessado tiver algum estudo
realizado no Brasil, ele deve apresentar os documentos comprobatórios, como histórico
escolar e diploma;
2º) Após ter realizado a tradução o estudante deverá reunir o histórico escolar e o diploma
ou certificado e dirigir-se à Secretaria de Educação do Estado em que fixará residência e
solicitar a equivalência. A equivalência é o documento que valerá como comprovante de
conclusão do ensino no Brasil.

Observação: em alguns casos a Secretaria de Educação poderá pedir que o interessado faça
estudos complementares, pois em alguns países a grade curricular é bem diferente das
adotadas no Brasil.

CURSOS DE GRADUAÇÃO

Para os que concluíram o Ensino Superior em outro país deve-se procurar uma instituição
pública de ensino superior que ofereça o curso igual ou semelhante ao cursado no exterior e
entrar com um requerimento de revalidação. Será necessário apresentar as cópias dos
seguintes documentos:

- Diploma expedido; e

- Documento oficial do estabelecimento de ensino estrangeiro contendo carga horária, grade


curricular, o conteúdo programático, bibliografia e histórico escolar.

O aluno ainda terá que pagar um taxa de custo, o valor não é fixo e depende da instituição
escolhida.

Após análise por especialistas da área, a decisão é adotada. Existe a possibilidade do


interessado ter que fazer estudos complementares. Na conclusão desse processo, a
universidade faz o registro do diploma. Se houver necessidade a comissão poderá exigir a
realização de exames e provas ou ainda estudos complementares. A Universidade tem até 6
meses para se manifestar sobre o requerimento de revalidação.

CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO, MESTRADO E DOUTORADO PRESENCIAIS

No caso de cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado o procedimento é o mesmo


adotado para os cursos de graduação. O estudante deve procurar uma Instituição de Ensino
Superior Pública que ministre o curso e tenha obtido nota 4 ou 5 na última avaliação da
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES).

CURSOS DE MESTRADO E DOUTORADO À DISTÂNCIA OU SEMIPRESENCIAIS

Segundo o artigo 1º da Resolução nº 1 de 26 de fevereiro de 1997, do Conselho Nacional de


Educação (CNE), os diplomas dos cursos de pós-graduação em níveis de mestrado e doutorado
realizados nas modalidades semipresencial ou à distância, ministrados no Brasil, diretamente
ou mediante qualquer forma de associação com instituições brasileiras, porém, ofertados por
instituições estrangeiras, serão revalidados somente nos casos em que houver a devida
autorização do Poder Público. Assim, o estudante deverá buscar a informação sobre a validade
na própria instituição onde é ministrado o curso.
No entanto, os cursos de pós-graduação lato sensu ministrados por instituições estrangeiras
nas modalidades semipresenciais ou à distância poderão ser revalidados, independente de
autorização do Poder Público.

3 PROCEDIMENTOS GERAIS PARA CONCESSÃO DE REGISTRO


PROFISSIONAL
3.1 Um profissional que resida em um determinado Estado da Federação
poderá solicitar registro profissional em localidade diferente de sua
residência?
Sim. O procedimento de registro profissional foi pensado para que o profissional possa solicitar
seu registro em qualquer localidade do país, independente de onde resida.

Esse posicionamento decorre do Parecer/CONJUR/MTE/nº. 177/2009, que trata dos limites


territoriais a serem respeitados nas análises de solicitações de registro profissional, emitido
pela Consultoria Jurídica deste Ministério.

No entanto, deverá ser respeitado o limite territorial dos Sindicatos e entidades de classe,
sempre que o pedido de registro profissional depender de certidões a serem emitidas por
esses. Assim, caso um certificado seja emitido por um Sindicato do Estado de São Paulo, o
pedido somente poderá ser analisado pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego
de São Paulo.

3.2 Para evitar possíveis fraudes de assinaturas em documentos, é possível


exigir o reconhecimento de firma?
Sim. O §2º, do Art. 22, da Lei nº. 9.784/1999, prevê o seguinte:

“Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma


determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

(...)

§ 2o Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será


exigido quando houver dúvida de autenticidade.

(...)”.

Sendo assim, aplicando o preceito legal supracitado à prática da atividade de registro


profissional, em regra, os documentos que compõem os processos administrativos de pedidos
de registro profissional dispensam o reconhecimento de firma, pois nenhuma das legislações
regulamentadoras das profissionais registradas no MTPS impõe como condição o
reconhecimento.

Porém, o reconhecimento é cabível sempre que houver dúvida sobre a autenticidade.


3.3 É possível que um requerente dê entrada em um pedido de registro
profissional em uma localidade da Federação e receba a anotação na CTPS em
outra localidade, diferente da que deu entrada?
Sim. O atual processo de emissão de registros profissionais foi desenvolvido para que haja
integração das informações.

Sendo assim, é possível que um interessado ingresse com pedido em uma unidade regional e
consiga proceder com a anotação do registro profissional em outra localidade, diferente de
onde ingressou com o pedido original.

Nesses casos, a anotação do registro profissional na Carteira de Trabalho e Previdência Social


(CTPS) não transfere à unidade a responsabilidade pela análise realizada por outra unidade
regional.

3.4 Como proceder nos casos em que o interessado perde a CTPS e precisa
anotar o registro profissional que já possuía na nova CTPS?
Nesses casos, o usuário deverá observar os seguintes procedimentos:

a) Se o registro profissional constar no Sirpweb: proceder com a anotação na nova CTPS,


normalmente.

b) Se o registro profissional não constar no Sirpweb: com base nas informações apresentadas
pelo interessado, identificar a localidade da Federação onde o registro foi concedido e adotar
um dos seguintes procedimentos:

- Se o registro tiver sido emitido pela própria unidade regional: havendo certeza sobre a
veracidade dos dados informados, proceder com a inclusão do cadastro do interessado no
Sirpweb, por meio do recurso “Gerenciar registros sem CPF”, disponível no menu “Registro” e,
posteriormente, realizar a anotação na CTPS.

- Se o registro tiver sido emitido por outra unidade regional: contatar a unidade que emitiu o
registro profissional para se certificar sobre a veracidade das informações fornecidas pelo
interessado. Havendo certeza das informações, a unidade regional que recebeu o pedido de
anotação deverá proceder com a inclusão do cadastro no Sirpweb e realizar a anotação na
CTPS.

3.5 Quais procedimentos deverão ser adotados quando o interessado


ingressar com recurso contra a decisão da unidade?
Os procedimentos relativos à interposição de recursos administrativos e à revisão de decisões
sobre solicitações de registro profissional estão regulados pela Lei nº. 9.784, de 29 de janeiro
de 1999, por meio do Capítulo XV.

Assim, a referida Lei estabelece que das decisões administrativas cabe recurso, em face de
razões de legalidade e de mérito.

O interessado terá 10 (dez) dias para interpor recurso, que serão contados a partir da data da
ciência ou da divulgação oficial da decisão recorrida.
O recurso administrativo deverá ser interposto por meio de requerimento e dirigido à
autoridade que proferiu a decisão (ou seja, à SRTE ou à GRTE), no qual o recorrente deverá
expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar
convenientes.

São legitimadas para interpor recurso administrativo, as seguintes pessoas: os titulares de


direitos e interesses que forem parte no processo; aqueles cujos direitos ou interesses forem
indiretamente afetados pela decisão recorrida; as organizações e associações representativas,
no tocante a direitos e interesses coletivos; os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou
interesses difusos.

Diante de um pedido de recurso administrativo, a autoridade que proferiu a decisão (ou seja, à
SRTE ou à GRTE), poderá reconsiderá-la no prazo de 5 (cinco) dias. Caso não a reconsidere,
deverá encaminhar o recurso administrativo à Coordenação de Identificação e Registro
Profissional (CIRP) por meio do Sirpweb.

A partir da data do recebimento do recurso administrativo, a CIRP terá 30 (trinta dias) para
decidir, podendo ser prorrogado por igual período, mediante justificativa explícita. Ressalta-se
que, a partir da implantação da nova versão do Sirpweb, o recebimento pela CIRP será feito
exclusivamente pelo sistema informatizado e não serão reconhecidos os recursos
administrativos encaminhados diretamente.

É importante ressaltar que, salvo disposição legal em contrário, o recurso não terá efeito
suspensivo. No entanto, havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação
decorrente da execução, a autoridade recorrida (ou seja, a SRTE ou GRTE) ou a imediatamente
superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

Observa-se que o recurso não deverá ser conhecido quando interposto: fora do prazo; perante
órgão incompetente (nesse caso, o interessado deverá ser informado em qual localidade
deverá ingressar com o recurso, sendo-lhe devolvido o prazo de dez dias); por quem não seja
legitimado; e após exaurida a esfera administrativa (no caso da atividade de registro
profissional, existem apenas duas instâncias administrativas: a própria unidade recorrida (SRTE
ou GRTE) e a CIRP).

Por fim, destaca-se que caso o recurso não seja reconhecido, por qualquer das razões acima
descritas, a Administração ainda poderá rever de ofício os atos ilegais, desde que não tenha
ocorrido a preclusão administrativa.

3.6 Como devem ser contados os prazos nos processos de solicitação de


registro profissional?
A contagem dos prazos relativos aos processos administrativos de solicitação de registro
profissional é definida pela Lei nº. 9.784, de 29 de janeiro de 1999, por meio do Capítulo XVI.

Assim, a referida Lei estabelece que, os prazos começam a correr a partir da data da
cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento.
O prazo deverá ser prorrogado quando o vencimento cair em dia em que não houver
expediente ou este for encerrado antes da hora normal, sendo transferido para o primeiro dia
útil seguinte.

Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.

Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não
houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.

Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se


suspendem.

3.7 Existe prazo de validade dos certificados ou atestados de aptidão


profissional emitidos pelos sindicatos?
Não. Os certificados ou atestados de aptidão profissional emitidos pelos sindicatos devem ser
aceitos independente da data de emissão.

3.8 É possível conceder registro profissional para uma categoria ou função


que não está disponível no Sirpweb?
Não. A atual versão do Sirpweb dispõe apenas das categorias e suas respectivas funções que
estão previstas nas legislações e normativos que regulamentam as profissões e imputam ao
MTPS a responsabilidade de emitir registro profissional.

Assim, as categorias e funções que estão no Sirpweb são entendidas como de livre exercício,
em razão do preceito constitucional, inscrito no inciso XIII, do art. 5º, da Constituição Federal
de 1988, que assim estabelece “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.

Esse posicionamento se aplica inclusive ao caso dos Jornalistas, dos Radialistas e dos Artistas,
que contemplam uma diversidade de funções previstas legalmente e normativamente.

Dessa forma, mesmo que, em razão da evolução das atividades da categoria, tenham surgido
outras funções além das descritas nas legislações e normativos, o MTPS não poderá emitir
registro para as novas funções, em respeito ao princípio da legalidade.

3.9 É possível que uma pessoa represente outra em processo de solicitação


de registro profissional?
Sim. Conforme previsto na Lei nº. 9.784/1999 são legitimados como interessados nos
processos administrativos, aqueles que estiverem no exercício do direito de representação
(inciso I, artigo 9º).

Tendo em vista não haver legislação ou normativo que impeça a representação dos
interessados nos processos de solicitação de registro profissional, os representantes dos
interessados poderão ingressar com o pedido de registro profissional, acompanhar o processo
e receber a devida anotação na CTPS do interessado, bem como executar outras atribuições
que possam estar inscritas na procuração.
Ressalta-se que a representação deverá ser comprovada exclusivamente por apresentação de
documento de procuração registrada em cartório.

4 SECRETÁRIOS EXECUTIVOS E TÉCNICOS EM SECRETARIADO


4.1 É possível conceder registro profissional para Secretários-Executivos e
Técnicos em Secretariado sem comprovação de nível superior ou de ensino
médio?
Sim. Conforme prevê o Art. 3º, da Lei nº. 7.377/1985, o exercício da profissão será assegurado
àqueles que, embora não tenham curso superior ou curso técnico na área, contém pelo menos
5 (cinco) anos ininterruptos ou 10 (dez) intercalados de exercício de atividades próprias de
secretaria, na data de vigência da Lei.

É importante ressaltar que a alteração proposta pela Lei nº. 9.261/1996, que repetiu o texto
do Art. 3º, da Lei publicada em 1985, não teve a pretensão de estender o prazo do exercício
profissional para 1996 mantendo-se o período inicial.

Assim, terão direito a obter o registro profissional, por meio da comprovação de exercício da
atividade, somente aqueles que comprovarem tempo de serviço anterior a 1985.

4.2 É preciso comprovar formação em cursos superiores ou de ensino


médio nos casos de solicitação de registro profissional para Secretários-
Executivos e Técnicos em Secretariado que comprovem ter tempo de
experiência profissional nos termos da Lei nº. 7.377/1985?
Não. Conforme previsto no artigo 3º, da Lei nº. 7.377/1985, aqueles profissionais que, não
habilitados nos termos do artigo 2º. (que exige a comprovação de formação em cursos
superiores ou de nível médio) tenham exercido a profissão por no mínimo 5 anos ininterruptos
ou por 10 anos intercalados poderão receber o registro profissional e continuar exercendo a
profissão, desde que comprovem que as atividades eram próprias de secretaria e que o
exercício ocorreu até a data da vigência da lei, ou seja, até 1º de outubro de 1985, quando foi
publicada.

Dessa forma, não poderá ser requerida do interessado que seja enquadrado no artigo 3º,
comprovação de formação em cursos superiores ou de ensino médio, cabendo apenas a
comprovação das atividades por meio das anotações na CTPS juntamente com a apresentação
da (s) declaração (ões) da (s) empresa (s) na (s) qual (is) o interessado tenha desenvolvido suas
atividades, que discrimine as atribuições que deverão ser confrontadas com as atribuições
especificadas nos artigos 4º (que trata das atribuições do Secretário-Executivo) e 5º (que trata
das atribuições do Técnico em secretariado) da referida lei.
4.3 Nos casos de solicitação de registro profissional de Secretários-
Executivos e de Técnicos em Secretariado, com base em exercício profissional
antes da vigência da lei, o que poderá ser aceito para comprovar o exercício
das atividades?
Nos casos em que o interessado solicitar registro profissional de Secretário-Executivo e Técnico
em secretariado com base no artigo 3º, da Lei nº. 7.377/1985, conforme previsto no Parágrafo
único, do artigo 6º, da mesma lei, os documentos que poderão ser apresentados para
comprovar o exercício profissional em atividades de secretaria, são:

a) Anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); e

b) Declarações das empresas nas quais os profissionais tenham desenvolvido suas respectivas
atividades, discriminando as atribuições a serem confrontadas com os elencos especificados
nos artigos 4º e 5º.

Assim, o interessado precisa comprovar o exercício da atividade por meio da apresentação


conjunta das anotações na CTPS e das declarações das empresas nas quais tenha exercido a
atividade, ou seja, o exercício profissional somente poderá ser comprovado mediante a
apresentação dos dois documentos elencados, não podendo ser aceito apenas um ou outro.

Ressalta-se que, por meio desse mesmo artigo, poderão ser expedidos registros profissionais
tanto para o Secretário-Executivo como para o Técnico em secretariado. Para tanto, basta que
sejam observados os seguintes critérios:

a) Verificar se houve a apresentação, além dos documentos comuns, da (s) anotação (ões) na
CTPS, juntamente com a (s) declaração (ões) da (s) empresa (s);

b) Avaliar se a (s) declaração (ões) discrimina (m) as atividades desempenhadas à época;

c) Confrontar as atividades informadas na (s) declaração (ões) com as atribuições previstas no


artigo 4º, no caso de pedido de registro profissional de Secretário-Executivo, ou no artigo 5º,
no caso de pedido de registro profissional de Técnico em secretariado.

5 GUARDADORES E LAVADORES DE VEÍCULOS


5.1 Quais certidões deverão ser exigidas do Guardador e Lavador de
Veículos?
De acordo com a Lei nº. 6.242/1975, regulamentada pelo Decreto nº. 79.797/1977, que
regulam o exercício da profissão de guardador e lavador de veículos automotores, o registro
profissional será emitido mediante a apresentação das seguintes declarações:

 Atestado de bons antecedentes, fornecido pela autoridade competente: esse


documento é gerado automaticamente pelo sistema, ao término do cadastro da solicitação.
No sistema, o documento recebeu a nomenclatura “Declaração negativa de ilícito penal”. A
partir da publicação da Lei nº. 6.868/1980, o MTPS não pode mais exigir a declaração de bons
antecedentes, emitida por autoridades competentes, bastando apenas uma declaração escrita
do interessado.
 Certidão negativa dos cartórios criminais de seu domicílio: nesse caso, deverão ser
exigidas certidões emitidas pelos cartórios do domicílio do interessado.

6 JORNALISTAS
6.1 Sobre a profissão de jornalista, o registro concedido por meio da
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) abrange todas as funções?
Sim. O registro profissional emitido com base na decisão do STF tem as mesmas prerrogativas
do registro profissional emitido por meio de diploma de conclusão de curso, ou seja, permite
que o profissional possa exercer todas as funções descritas na respectiva legislação.

6.2 Caso o requerente tenha recebido registro como jornalista por meio da
decisão do STF, é possível alterar as informações no sistema, caso seja
apresentado posteriormente o Diploma?
Não. O registro de jornalista expedido mediante a decisão do STF tem as mesmas prerrogativas
do registro expedido mediante a apresentação do diploma.

Sendo assim, a alteração não poderá ser realizada, pois mudará os fatos que geraram o direito
adquirido.

6.3 Como devo proceder diante de pedidos de conversão de registro de


jornalista precário?
Nesses casos, o usuário deverá proceder com o cancelamento do registro de jornalista
precário no sistema e, posteriormente, incluí-lo novamente, por meio do recurso “Gerenciar
registros sem CPF”, presente no menu “Registro”, mantendo-se a mesma numeração.

Observa-se que deverá ser registrado no campo “Documento de capacitação” a “Decisão STF –
RE 511.961”.

Referente à anotação na CTPS, será preciso informar o cancelamento e proceder com a nova
anotação por meio da fixação da etiqueta a ser gerada pelo Sirpweb.

6.4 O que devo observar ao analisar solicitação de registro profissional de


Diretor de empresa jornalística e de Diretor de empresa não jornalística?
Para a emissão do registro de Diretor de empresa jornalística, o usuário deverá observar os
seguintes critérios:

a) Consultar o art. 9°, do Decreto n° 83.284, de 1979, que trata sobre a profissão de jornalista,
visando observar as condições estabelecidas para a emissão do referido registro profissional.

b) Sobre prova de registro civil ou comercial da empresa jornalística, previsto no inciso III, do
art. 9º, do Decreto, esta se dá por meio da apresentação do inteiro teor do documento que
comprova a constituição da empresa, registrado na Junta Comercial. Ressalta-se que a cópia
do requerimento de registro na Junta Comercial não é suficiente.
c) Quanto à prova de registro do título da publicação ou da agência de notícias, prevista no
inciso IV, do art. 9º, do Decreto, esta se dá por meio de documento emitido pelo Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (INPI), responsável pelo registro de marcas e títulos.

d) Nos casos de empresas novas, conforme disposto nos §§ 1° e 2°, do art. 9°, do Decreto, é
possível a emissão de um registro provisório, com validade de 2 anos, sem possibilidade de
renovação, dispensadas a apresentação dos 30 exemplares de jornal; ou dos 12 exemplares de
revista ou dos 30 recortes ou cópias de noticiário. Dentro do prazo de validado do registro,
deverão ser apresentados os documentos exigidos pelo Decreto, sob pena de cancelamento
do registro profissional. A apresentação dos referidos documentos deverá ser feita mediante
solicitação do interessado no Sirpweb e caso seja deferida, o registro deixará a condição de
provisório, tornando-se definitivo.

Para a emissão do registro de Diretor de empresa não jornalística, o usuário deverá observar
os seguintes requisitos:

a) Consultar o art. 10, do Decreto n° 83.284, de 1979, que trata sobre a profissão de jornalista,
visando observar as condições estabelecidas para a emissão do referido registro profissional.

b) Quanto à prova de registro do título da publicação, prevista no inciso III, do art. 10, do
Decreto, esta se dá por meio de documento emitido pelo Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI), responsável pelo registro de marcas e títulos.

Ressalta-se que no caso do Diretor de empresa não jornalística, diferente do que ocorre com o
Diretor de empresa jornalística, não haverá concessão de registro provisório, concedendo-se
apenas o registro definitivo.

6.5 Quais são os critérios que devo observar para a emissão de registro
profissional de Jornalista nas funções de Ilustrador, Repórter Fotográfico,
Repórter Cinematográfico e Diagramador?
De acordo com o Decreto-Lei nº. 972/1969 e o Decreto nº. 83.284/1979, a concessão de
registro profissional para Jornalista, nas funções de Ilustrador, Repórter Fotográfico, Repórter
Cinematográfico e de Diagramador não exige apresentação de qualquer documento que tenha
por finalidade comprovar o grau de escolaridade do interessado ou o exercício profissional.

Sendo assim, não havendo previsão legal, o MTPS ficou impossibilitado de estabelecer
exigências documentais para a concessão do registro profissional para as referidas funções.

Anteriormente, o Ministério do Trabalho e Previdência Social - MTPS recomendava que fossem


apresentados trabalhos realizados na área, no entanto, em razão da decisão do STF, verificou-
se que não há mais condições para que esses documentos sejam requeridos, uma vez que a
Suprema Corte estabelece que não deverão ser criados embaraços para o exercício da
atividade de Jornalista, por ser esta profissão, intimamente vinculada com os direitos da
liberdade de expressão, comunicação e informações, previstos na Constituição.

Sendo assim, é obrigatória a apresentação dos seguintes documentos:

a) Carteira de Trabalho e Previdência Social, cópia do número, série e qualificação civil;


b) Documento de Identificação;

c) Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);

d) Comprovante de Residência;

e) Declaração negativa de ilícito penal.

E é recomendável a apresentação dos seguintes documentos:

a) Certidão de Casamento, quando for o caso de alteração de nome. Não sendo casado o
interessado ou não havendo alteração do nome, o documento não deverá ser exigido.

Por fim, é importante lembrar ainda, sobre a necessidade de cumprimento do disposto no


Memorando-circular nº. 10, da CIRP, que estabelece ainda a necessidade de se consulta às
entidades regionais representativas da categoria quanto ao exato enquadramento do
interessado nas funções requeridas.

6.6 É possível emitir registro profissional nas funções de Diagramador,


Ilustrador, Repórter fotográfico ou de Repórter cinematográfico para
profissionais que já receberam registro profissional de Jornalista, na função
Jornalista?
Não. Os registros profissionais de Jornalista na função Jornalista habilitam os profissionais ao
exercício de todas as funções descritas no artigo 11 do Decreto nº. 83.284, de 13 de março de
1979, que regulamenta o Decreto-Lei nº. 907, de 17 de outubro de 1969, independentemente
da forma em que o registro foi emitido (se por meio da apresentação do diploma, certificado
de conclusão de curso em jornalismo ou pela decisão do STF), incluindo-se as funções
Ilustrador, Repórter fotográfico, Repórter cinematográfico e Diagramador.

Portanto, considerando que esses profissionais receberam as habilitações suficientes para o


exercício de todas as funções, não será possível a emissão de outro registro profissional para
as demais funções, pois tal ação implicaria em duplicidade de registros.

De outra forma, ressalta-se que os profissionais registrados exclusivamente nas funções de


Diagramador, Ilustrador, Repórter Fotográfico ou Repórter Cinematográfico, não poderão
exercer outras funções do jornalismo senão aquela em que tiver sido registrado. Caso o
profissional queira exercer outras funções do jornalismo deverá solicitar novo registro
profissional para a função que pretende atuar.

Ressalta-se ainda que se aplica aos registros especiais de Colaboradores, Funcionários Públicos
e Provisionados, previstos no artigo 5º, do Decreto regulamentador, a regra estabelecida para
aqueles registrados na função Jornalista, ou seja, os profissionais registrados com essas
designações terão as mesmas prerrogativas dos Jornalistas registrados na função Jornalista,
podendo atuar em todas as funções do jornalismo, inclusive nas funções de Ilustrador,
Repórter fotográfico, Repórter cinematográfico e Diagramador.

No entanto, caso esses profissionais percam a condição que os qualificou a obtenção do


registro especial, eles poderão, ainda, requer o registro profissional na função Jornalista.
Destaca-se que não será possível solicitar registro profissional para as funções Ilustrador,
Repórter fotográfico, Repórter cinematográfico e Diagramador, pois, de uma forma ou de
outra, esses profissionais já receberam as permissões suficientes para o exercício dessas
funções, seja durante a vigência do registro especial (Colaborador, Funcionário Público ou
Provisionado), ou por meio do registro de Jornalista na função Jornalista, a ser solicitado nos
casos em que o registro especial estiver perdido sua eficácia.

Para melhor compreensão, foi elaborada a tabela abaixo:

Funções que o Funções que o


Função concedida Funções queo profissional
profissional NÃO profissional poderá
ao profissional PODERÁ exercer
poderá exercer requerer

TODAS:

Redator, Noticiarista,
Repórter, Repórter de Setor Nenhuma. Esse profissional não
Rádio Repórter, Arquivista- poderá solicitar outras
Jornalista Esse profissional
Pesquisador, Revisor, funções da categoria
poderá exercer todas
Ilustrador, Repórter Jornalista
as funções
Fotográfico, Repórter
Cinematográfico e
Diagramador

TODAS:

Redator, Noticiarista,
Repórter, Repórter de Setor Nenhuma.
Rádio Repórter, Arquivista-
Colaborador Esse profissional Jornalista
Pesquisador, Revisor,
poderá exercer todas
Ilustrador, Repórter
as funções
Fotográfico, Repórter
Cinematográfico e
Diagramador

TODAS:

Redator, Noticiarista,
Repórter, Repórter de Setor Nenhuma.
Funcionário Rádio Repórter, Arquivista-
Esse profissional Jornalista
Público Pesquisador, Revisor,
poderá exercer todas
Ilustrador, Repórter
as funções
Fotográfico, Repórter
Cinematográfico e
Diagramador
TODAS:

Redator, Noticiarista, Nenhuma.


Repórter, Repórter de Setor
Esse profissional
Rádio Repórter, Arquivista-
Provisionado poderá exercer todas Jornalista
Pesquisador, Revisor,
as funções durante o
Ilustrador, Repórter
prazo de validade do
Fotográfico, Repórter
registro profissional
Cinematográfico e
Diagramador

Redator, Noticiarista,
Repórter, Repórter de
Setor Rádio Repórter, Jornalista, Repórter
Arquivista-Pesquisador, Fotográfico, Repórter
Ilustrador Ilustrador
Revisor, Repórter Cinematográfico e
Fotográfico, Repórter Diagramador
Cinematográfico e
Diagramador

Redator, Noticiarista,
Repórter, Repórter de
Setor Rádio Repórter, Jornalista, Ilustrador,
Repórter Arquivista-Pesquisador, Repórter
Repórter Fotográfico
Fotográfico Revisor, Ilustrador, Cinematográfico e
Repórter Diagramador
Cinematográfico e
Diagramador

Redator, Noticiarista,
Repórter, Repórter de
Setor Rádio Repórter, Jornalista, Ilustrador,
Repórter
Repórter Cinematográfico Arquivista-Pesquisador, Repórter Fotográfico e
Cinematográfico
Revisor, Ilustrador, Diagramador
Repórter Fotográfico e
Diagramador

Redator, Noticiarista,
Repórter, Repórter de
Setor Rádio Repórter, Jornalista, Ilustrador,
Arquivista-Pesquisador, Repórter Fotográfico e
Diagramador Diagramador
Revisor, Ilustrador, Repórter
Repórter Fotográfico e Cinematográfico
Repórter
Cinematográfico
6.7 Quais critérios deverão ser observados para a emissão de registros
profissionais para jornalistas provisionados?
O registro de provisionado é um registro especial de jornalista com validade de três anos,
podendo ser renovado por igual período. Deve ser expedido apenas para aqueles profissionais
que pretendam exercer suas atividades nas localidades onde não há jornalistas disponíveis
para contratação e que não tenham registro profissional de jornalista em qualquer das funções
previstas na legislação, exceto nas funções de Ilustrador, Repórter fotográfico, Repórter
cinematográfico ou Diagramador, quando o interessado poderá solicitar o registro de
provisionado, caso esteja em vias de ser contratado para exercer função diferente dessas.

A inexistência de jornalistas disponíveis para contratação na localidade deverá ser atestada


pelo sindicato representativo da categoria com base territorial na região onde o profissional
pretenda exercer a atividade. Exemplificando, caso um profissional solicite registro de
provisionado para atuar no município de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, será preciso
apresentar declaração do sindicato representativo da categoria cuja base territorial abranja o
município de Angra dos Reis.

A base territorial dos sindicatos poderá ser verificada no sítio eletrônico do Ministério do
Trabalho e Previdência Social - MTPS, no seguinte endereço:
http://www3.mte.gov.br/cnes/ConsultaProcesso.asp .

Ressalta-se que as localidades que não tenham sido abrangidas por qualquer sindicato
representativo da categoria a emissão do registro de provisionado ficará prejudicada, devendo
o interessado ser orientado a ingressar com o pedido de jornalista com base na decisão do
Supremo Tribunal Federal.

Destaca-se ainda que a declaração poderá ser expedida apenas por sindicatos representativos
da categoria, não podendo ser aceitas as declarações expedidas por confederações,
federações, associações ou sindicatos patronais.

Além da declaração do sindicato, cabe tecer comentários sobre a declaração que deverá ser
expedida pela empresa jornalística, ou que a ela seja equiparada, que pretenda contratar o
profissional. Essa declaração deverá ser apresentada pelo interessado no momento da
solicitação do registro profissional e deverá conter as informações da função que ele exercerá
e o valor do salário que será pago.

Assim, o registro especial de provisionado poderá ser expedido mediante a apresentação dos
seguintes documentos:

a) Prova de nacionalidade brasileira: poderá ser comprovada a nacionalidade por meio de


qualquer documento oficial que conste a nacionalidade do interessado, tais como identidade,
Carteira de Trabalho e Previdência Social, Passaporte, dentre outros;

b) Prova de que não está denunciado ou condenado pela prática de ilícito penal: a prova será
feita mediante assinatura do interessado na Declaração negativa de ilícito penal, que é gerada
automaticamente pelo sistema no momento em que o interessado conclui a inserção do
pedido de registro profissional;
c) Declaração, fornecida pela empresa jornalística ou que a ela seja equiparada, da qual conste
a função a ser exercida e o salário correspondente;

d) Diploma de curso de nível superior ou certificado de ensino de 2º grau fornecido por


estabelecimento de ensino reconhecido na forma da lei;

e) Declaração, fornecida pela entidade sindical representativa da categoria profissional, com


base territorial abrangendo o município no qual o provisionado irá desempenhar suas funções,
de que não há jornalista associado do Sindicato, domiciliado naquele município, disponível
para contratação; e

f) Demais documentos previstos no requerimento.

Observa-se que deverão ser apresentados todos os documentos acima relacionados e que
estejam listados no requerimento gerado pelo sistema, para que seja possível a emissão do
registro.

Uma vez emitido o registro profissional de provisionado, o interessado poderá atuar na


profissão de jornalista contando com todas as prerrogativas atribuídas aos jornalistas que
obtiveram o registro por outros meios, ou seja, podendo atuar em todas as funções do
jornalismo, inclusive as de Ilustrador, Repórter fotográfico, Repórter cinematográfico e
Diagramador, por no máximo três anos. Faltando seis meses para finalizar esse prazo, o
interessado poderá solicitar a renovação do registro, por igual período, desde que apresente
todos os documentos acima listados, novamente.

Por fim, há ainda a possibilidade de se converter o registro de provisionado em registro de


jornalista. Para tanto, é preciso que sejam observadas as seguintes situações para proceder
com os ajustes necessários:

1º) Verificar a validade do registro profissional.

2º) Caso ainda esteja vigente, proceder com o cancelamento do registro, por meio do recurso
“Cancelar registro”, disponível no menu “Registro” do sistema, parte Intranet. Ressalta-se que
esse recurso está disponível apenas para aqueles servidores vinculados ao perfil de “Gerente”,
ou seja, possivelmente, apenas aos chefes e superintendentes. Após o cancelamento, orientar
o interessado a proceder com o 3º passo, abaixo descrito.

3º) Caso o registro não esteja mais vigente, orientar o interessado a ingressar com pedido de
jornalista, com base na decisão do Supremo Tribunal Federal ou com base na apresentação de
um dos demais documentos que habilitam o profissional a obtenção do registro.

Feita a conversão do registro de provisionado para jornalista, o interessado contará com todas
as prerrogativas dos demais jornalistas, não cabendo mais renovação do registro.

6.8 Posso emitir um registro profissional de jornalista de acordo com uma


determinada função?
Conforme disposto no art. 6º, do Decreto nº 972, de 17 de outubro de 1969, que dispõe sobre
a profissão de Jornalista, a atividade é estruturada nas seguintes funções: Redator,
Noticiarista, Repórter, Repórter de Setor, Rádio-Repórter, Arquivista-Pesquisador, Revisor,
Ilustrador, Repórter-Fotográfico, Repórter-Cinematográfico e Diagramador.

No entanto, a emissão do registro profissional somente poderá ser feita por funções no caso
dos Ilustradores, Repórteres-Fotográficos, Repórteres-Cinematográficos e Diagramadores,
devendo as demais funções receber apenas o registro profissional de Jornalista, na função
Jornalista.

Abaixo, apresentam-se algumas observações quanto aos casos.

FUNÇÕES REDATOR, NOTICIARISTA, REPÓRTER, REPÓRTER DE SETOR, RÁDIO-REPÓRTER,


ARQUIVISTA-PESQUISADOR E REVISOR

Deverá ser emitido o registro profissional de Jornalista, na função Jornalista. Dessa forma,
exemplificando, um profissional que pretenda exercer a atividade de Revisor deverá receber o
registro profissional de Jornalista, na função Jornalista.

Registra-se que não é possível emitir um registro profissional para cada uma dessas funções,
uma vez que o registro profissional de Jornalista, na função Jornalista, habilita o profissional a
exercer qualquer das funções ora descritas.

FUNÇÕES ILUSTRADOR, REPÓRTER-FOTOGRÁFICO, REPÓRTER-CINEMATOGRÁFICO E


DIAGRAMADOR

Deverá ser emitido um registro profissional para cada uma das funções. Exemplificando, um
profissional que pretenda exercer a atividade de Ilustrador, deverá receber um registro
profissional de Jornalista, na função Ilustrador. Caso pretenda, posteriormente, exercer a
atividade de Diagramador, deverá ser concedido novo registro profissional de Jornalista, na
função Diagramador.

Essa situação ocorre em decorrência da distinção de qualificação exigida pelos Decretos que
regulamentam a profissão dos Jornalistas, que isentou os Ilustradores, os Repórteres-
fotográficos, os Repórteres-Cinematográficos e os Diagramadores de comprovar qualificação
para o exercício profissional, fazendo-se necessário, portanto, que a emissão de registros para
essas funções fosse diferenciada das demais.

Nos casos em que o servidor receber pedido de inclusão de registro profissional antigo no
Sirpweb, em que conste a emissão de registro para apenas uma das seguintes funções:
Redator; Noticiarista; Repórter; Repórter de Setor; Rádio-Repórter; Arquivista-Pesquisador; ou
Revisor, o registro deverá ser corrigido, fazendo-se a inserção na categoria Jornalista, função
Jornalista, por meio do recurso “Gerenciar registros sem CPF.
7 RADIALISTAS
7.1 Quais critérios deverão ser observados para a emissão de registros
profissionais para radialistas?
Os registros profissionais de radialistas foram normatizados pela Lei nº 6.615, de 16 de
dezembro de 1978, que trata sobre a regulamentação da profissão de radialistas, e pelo
Decreto nº 84.134, de 30 de outubro de 1979, que regulamenta a Lei.

Segundo os referidos normativos, o registro profissional poderá ser emitido por meio da
apresentação dos seguintes documentos:

a) Diploma de curso superior;

b) Diploma ou certificado de curso técnico de nível médio que forneça qualificação para as
funções descritas no quadro anexo do Decreto;

c) Atestado de capacitação profissional.

O recebimento dos documentos acima especificados, deverá observar os seguintes critérios:

DIPLOMA DE CURSO SUPERIOR

Os diplomas de cursos superiores poderão ser aceitos mediante a comprovação de que a


instituição de ensino expedidora do documento encontra-se regular com as normas de
educação. Para verificar a regularidade do curso junto ao MEC, recomenda-se a leitura do item
2.3 deste documento.

O curso deverá oferecer qualificação na área de radialismo, especificamente para a função à


qual o profissional pretende exercer.

Considerando que os cursos da área de comunicação social, a qual o radialismo pertence


(assim como, o jornalismo, a publicidade e propaganda, o marketing, as relações públicas,
dentre outras áreas) em muitos casos são multidisciplinares, ou seja, oferecem formação além
da habilitação pretendida, registra-se que a análise do pedido não deverá se limitar à
nomenclatura do curso. Assim, nos casos de dúvidas, é recomendável que seja solicitado ao
interessado o histórico escolar, visando obter informações sobre a grade curricular do curso e,
assim, verificar se o profissional recebeu a qualificação para a função a qual pretende obter o
registro.

São aceitos como diplomas de cursos superiores, os documentos dos seguintes cursos:

- Bacharelado;

- Licenciatura;

- Tecnólogo;

- Pós-graduação lato sensu, ou seja, as pós graduações e MBA;

- Pós-graduação stritu sensu, ou seja, os mestrados e doutorados.


Também poderão ser aceitos os cursos ofertados por instituições de ensino estrangeiras,
desde que os documentos tenham sido revalidados no Brasil. Para saber mais sobre a
revalidação, recomenda-se a leitura do item 2.9, deste documento.

DIPLOMA OU CERTIFICADO DE CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO

Assim, como ocorre com o diploma de curso superior, os diplomas ou certificados de cursos
técnicos de nível médio deverão ter recebido dos órgãos de educação a devida qualificação.
Para verificar a regularidade do curso junto aos órgãos de educação, recomenda-se a leitura
dos itens 2.4 e 2.5, deste documento.

A qualificação ofertada pelo curso deve ser direcionada para a função que o profissional
pretende obter o registro profissional.

Observe que os cursos técnicos de nível médio possuem critérios diferentes dos cursos
superiores e, portanto, deve-se observar os regramentos para a aceitação desses documentos.
Para isso, os itens 2.4 e 2.5 poderão oferecer as informações necessárias para aceitação desses
documentos.

ATESTADO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

Os atestados de capacitação profissional são expedidos pelos órgãos regionais do MTPS. Sua
emissão foi regulamentada pelo Decreto e deve atender aos seguintes critérios:

1º) Mediante apresentação de certificado de conclusão de curso para a função constante no


anexo do Decreto: o curso deve ter sido ministrado por instituição de ensino integrante da
Administração pública direta ou indireta. Para essa finalidade, poderão ser aceitos os cursos
ofertados pelas entidades integrantes do Sistema S (Senac, Senai, Sesc, Sesi, dentre outras)
desde que estejam em conformidade com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego – Pronatec. As regras do Pronatec poderão ser consultadas por meio do seguinte
endereço: http://pronatec.mec.gov.br/. Nesse endereço é possível consultar os cursos
ofertados e a forma como deverão ser ministrados, em especial, a carga horária mínima que os
cursos deverão atender.

2º) Nos casos em que não há oferta de curso no município ao qual o profissional reside ou a
oferta é comprovadamente insuficiente para atender a demanda local, poderão ser aceitos os
certificados de aptidão profissional expedidos pelo sindicato representativo da categoria
profissional. Na ausência dessa entidade na região, o sindicato representativo de empresas de
radiodifusão poderão emitir o certificado. Havendo ausência das duas entidades, o documento
poderá ser emitido pela empresa que pretende contratar o profissional. Para isso, é necessário
que essa empresa realize o treinamento do profissional, durante o período de seis meses.
Transcorrido esse período, a empresa poderá encaminhar o profissional à unidade regional do
MTPS competente, acompanhado do certificado de aptidão que deverá informar o período de
treinamento, a função na qual o profissional recebeu a qualificação e a confirmação de que o
treinamento foi realizado com êxito.

Observe que a emissão do atestado de capacitação deve observar certos regramentos, não
podendo sua emissão ser feita em desconformidade com o disposto na legislação. Ou seja,
deve-se observar as preferências de emissão dos certificados, não podendo, assim, um
atestado ser emitido mediante a apresentação de certificado de aptidão profissional do
sindicato representativo da categoria, quando houver

7.2 Considerando que o sistema não dispõe mais da função “Radialista


Profissional”, como deverá ser feita a inserção no sistema dos interessados
que receberam esses registros?
Tendo em vista que as funções dos Artistas e dos Radialistas contemplam atividades com
níveis de conhecimento diferentes umas das outras, diferentemente do que acontece com as
demais categorias, não é possível conceder de uma só vez todas as funções para um mesmo
profissional.

No entanto, nos casos em que o interessado obteve o registro anteriormente, esse direito
deverá ser mantido.

Assim, caso não conste no sistema o cadastro do interessado, a inserção deverá ser feita
manualmente, por meio do recurso “Gerenciar registros sem CPF”.

Para que não haja a necessidade de inserção de todas as funções de uma só vez, é possível
consultar o interessado sobre quais funções estão sendo desempenhadas, inserindo-se, dessa
forma, apenas as funções informadas.

Ressalta-se que o interessado não perderá o direito de requerer a inserção das demais funções
ou, mesmo, de solicitar a inserção de todas elas.

8 ARTISTAS E TÉCNICOS EM ESPETÁCULOS DE DIVERSÕES


8.1 Considerando que o sistema não dispõe mais da função “Artista
Profissional”, como deverá ser feita a inserção no sistema dos interessados
que receberam esses registros?
Tendo em vista que as funções dos Artistas e dos Radialistas contemplam atividades com
níveis de conhecimento diferentes umas das outras, diferentemente do que acontece com as
demais categorias, não é possível conceder de uma só vez todas as funções para um mesmo
profissional.

No entanto, nos casos em que o interessado obteve o registro anteriormente, esse direito
deverá ser mantido.

Assim, caso não conste no sistema o cadastro do interessado, a inserção deverá ser feita
manualmente, por meio do recurso “Gerenciar registros sem CPF”.

Para que não haja a necessidade de inserção de todas as funções de uma só vez, é possível
consultar o interessado sobre quais funções estão sendo desempenhadas, inserindo-se, dessa
forma, apenas as funções informadas.
Ressalta-se que o interessado não perderá o direito de requerer a inserção das demais funções
ou, mesmo, de solicitar a inserção de todas elas.

8.2 Recebi atestado de capacitação de um sindicato dos artistas com


validade de um ano. É possível emitir registro provisório por meio desse
atestado?
Não. A emissão dos registros provisórios para os artistas deverá atender ao disposto no artigo
8º, da Lei nº. 6.533/1978, que assim estabelece:

“Art 7º - Para registro do Artista ou do Técnico em Espetáculos de


Diversões, é necessário a apresentação de:

I - diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coreógrafo,


Professor de Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes,
reconhecidos na forma da Lei; ou

II - diploma ou certificado correspondentes às habilitações


profissionais de 2º Grau de Ator, Contra-regra, Cenotécnico,
Sonoplasta, ou outras semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou

III - atestado de capacitação profissional fornecido pelo Sindicato


representativo das categorias profissionais e, subsidiariamente, pela
Federação respectiva.

§ 1º - A entidade sindical deverá conceder ou negar o atestado


mencionado no item III, no prazo de 3 (três) dias úteis, podendo ser
concedido o registro, ainda que provisório, se faltar manifestação da
entidade sindical, nesse prazo.

§ 2º - Da decisão da entidade sindical que negar a concessão do


atestado mencionado no item III deste artigo, caberá recurso para o
Ministério do Trabalho, até 30 (trinta) dias, a contar da ciência.

Art . 8º - O registro de que trata o artigo anterior poderá ser


concedido a título provisório, pelo prazo máximo de 1 (um) ano,
com dispensa do atestado a que se refere o item III do mesmo
artigo, mediante indicação conjunta dos Sindicatos de
empregadores e de empregados.”

Acrescenta-se ainda que deverá ser observado o disposto no artigo 17, do Decreto nº
82.385/1978, cujo texto apresentamos abaixo:

“Art. 17. O Ministério do Trabalho efetuará registro provisório de


Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões, com prazo de
validade de 1 (um) ano, sem direito a renovação, com dispensa do
atestado de que trata o item III do artigo 8º, mediante indicação
conjunta dos sindicatos de empregados e empregadores.”
Observa-se que ambos os dispositivos prevê que haverá a possibilidade de emissão de registro
provisório desde que haja a indicação conjunta dos sindicatos da categoria e dos
empregadores, sem que haja possibilidade de renovação.

Sendo assim, não é possível emitir registro provisório para um interessado que apresente
como documento de capacitação a indicação de apenas um dos sindicatos.

Em algumas localidades não há a presença do sindicato patronal. Assim, nesses casos não
haverá possibilidade de emissão do registro provisório, devendo o interessado ingressar com o
pedido de registro definitivo, com apresentação ou dos diplomas dos cursos ou do atestado do
sindicato da categoria.

Por fim, cabe ressaltar que o registro provisório mencionado nesse item é restrito à categoria
dos artistas e não deve ser confundido com o registro provisório emitido por meio de
certificado de conclusão de curso, quando há a necessidade de apresentação posterior de
diploma e que se aplica a todas as categorias.

9 ARQUIVISTAS E TÉCNICOS EM ARQUIVO


9.1 Quais documentos podem ser aceitos para concessão de registro
profissional de Técnico de Arquivo?
De acordo com o inciso II, do artigo 5º, do Decreto nº. 82.590/1978, que regulamenta a Lei nº.
6.546/1978, que trata da regulamentação das profissões de Arquivista e de Técnico de
Arquivo, poderão ser aceitos os seguintes documentos:

a) Certificado de conclusão de ensino médio; ou

b) Certificado de conclusão de curso de ensino médio com treinamento específico em técnicas


de arquivo em curso ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho Federal de Mão-de-
Obra, do Ministério do Trabalho, com carga horária mínima de 1.110 horas nas disciplinas
específicas; ou

c) Documentos comprobatórios do exercício das atividades em conformidade com o descrito


no artigo 3º, do Decreto, durante 5 anos ininterruptos, até 5 de julho de 1978.

Dessa forma, cabem alguns comentários a respeito dos documentos a serem aceitos para fins
de concessão de registro profissional de Técnico de Arquivo.

Sobre o item a, observa-se que se exige do Técnico em Arquivo apenas a formação no ensino
médio regular, ou seja, não deverão ser exigidos do interessado documentos que comprovem
formação em curso técnico de ensino médio, devendo ser aceito apenas o certificado de
conclusão de curso de ensino médio regular. No Sirpweb, o interessado deverá selecionar a
opção “Diploma de conclusão de ensino médio”.

A respeito do item b, ressalta-se que, atualmente, as entidades não são mais credenciadas
pelo Conselho Federal de Mão-de-Obra, tendo em vista sua extinção. No entanto, os cursos de
ensino médio com treinamento específico em técnicas de arquivo continuam sendo
ministrados e são equivalentes aos cursos técnicos de ensino médio. Sendo assim, a emissão
de registro profissional de Técnico de Arquivo será feita mediante a apresentação tanto de
documentos de cursos de ensino médio regular, conforme especificados no item a, como por
meio de documentos de formação em cursos técnicos de ensino médio com carga horária
mínima de 1.110 horas. No Sirpweb, os interessados deverão selecionar uma das seguintes
opções, de acordo com o caso, “Diploma de conclusão de curso técnico” ou “Certificado de
conclusão de curso técnico”, o qual concederá registro provisório com prazo de 1 ano para
apresentação do diploma.

Quanto ao item c, o § 2º, do inciso II, do artigo 5º, do Decreto, estabelece que a comprovação
das atividades profissionais será feita mediante juntada de documentos que demonstrem,
irrefutavelmente, o exercício. Observa-se que, tendo em vista que não houve a delimitação de
quais documentos poderão ser aceitos, o interessado poderá apresentar quaisquer
documentos para comprovar o exercício profissional dentro do período especificado pelo
Decreto, e caberá ao servidor que estiver analisando o pedido, decidir se os documentos
apresentados comprovam o exercício da atividade.

Resumidamente, serão aceitos qualquer um dos 3 tipos de documentos para emissão do


registro profissional de Técnicos de Arquivo, mencionados acima: diploma de curso de ensino
médio regular; diploma ou certificado de curso técnico de ensino médio; ou comprovação do
exercício profissional por 5 anos ininterruptos, até 5 de julho de 1978.

9.2 É possível a concessão de registro provisório de Técnicos de arquivo


com validade de 5 anos?
Sim. Conforme previsto no artigo 6º, do Decreto nº 82.590/1978, desde que comprovada a
inexistência de cursos de nível médio na cidade ou região, os interessados que não possuam
diplomas ou certificados de conclusão em cursos de nível médio, poderão receber registro
provisório com validade de 5 anos, prorrogáveis por igual período, mediante a apresentação
de declaração do empregador ou da empresa que pretenda contratá-lo, informando que ele se
encontra desempenhando ou em condições de desempenhar as atribuições previstas no artigo
3º, que delimita as atividades dos Técnicos em Arquivo.

Observa-se inicialmente, que o registro provisório anunciado no artigo 6º, do Decreto nº


82.590/1978, não deve ser confundido com o registro provisório emitido com prazo de 1 ano
para apresentação do diploma. Ressalta-se que a finalidade dos registros provisórios aqui
tratados, é diferente.

O primeiro, previsto no artigo 6º, do Decreto, e com validade de 5 anos, aplica-se


exclusivamente aos Técnicos de arquivo, não podendo ser concedido para outras categorias,
inclusive aos Arquivistas, e nem solicitado posteriormente a apresentação de diploma; e tem
por objetivo permitir o exercício da profissão de Técnico de Arquivo aos profissionais que não
consigam realizar curso de nível médio, em razão de não haver curso na cidade ou região.

O segundo é emitido para qualquer uma das categorias que necessitam registrar-se nesse
MTPS e tem por finalidade atender aos profissionais que, apesar de haver concluída a
formação exigida legalmente, ainda não receberam das instituições de ensino o diploma.
Assim, os interessados que se encontram nessa condição, poderão apresentar o certificado de
conclusão de curso e receberão um registro provisório com validade de um ano, prazo em que
deverá apresentar o diploma, sob pena ter seu registro cancelado.

Assim, a emissão do registro provisório de Técnico de Arquivo, atenderá aos seguintes


critérios:

a) Comprovado a inexistência de formação do interessado em curso de nível médio, o usuário


que estiver analisando a solicitação de registro deverá solicitar ao órgão local de educação (ou
seja, a Secretaria Estadual de Educação ou órgão equivalente) informações sobre a existência
de cursos de nível médio na cidade ou região;

b) Comprovada a inexistência de curso de nível médio na cidade ou região, atestada pelo


órgão local de educação, verificar se houve a apresentação, pelo interessado, da declaração do
empregador ou da empresa que pretenda contratá-lo informando que o interessado encontra-
se desempenhando ou em condições de desempenhar as atribuições previstas no artigo 3º,
que discrimina as atividades do Técnico de arquivo.

10 PUBLICITÁRIOS
10.1 O que é preciso observar para a emissão de registros profissionais de
publicitários?
Conforme estabelecido no artigo 8º, da Lei nº. 4.680/1965, o registro profissional de
publicitário será emitido mediante a apresentação dos seguintes documentos, sem prejuízo
dos demais documentos relacionados no requerimento de solicitação de registro:

a) Diploma de escola ou curso de propagada; OU

b) Atestado de frequência, na qualidade de estudante; OU

c) Atestado do empregador.

Juntamente com os documentos acima relacionados, deverá ser exigido do interessado a


prova de pagamento do imposto sindical, quando comprovado que o profissional encontra-se
no exercício da profissão no momento do pedido do registro profissional.

Sendo assim, compete realizar algumas observações a respeito dos documentos de


capacitação, para melhor compreensão do disposto na referida Lei.

a) Diploma de escola ou curso de propaganda

Observa-se que a Lei não restringiu o exercício da atividade de publicitário aqueles


profissionais graduados em cursos superiores de publicidade e propaganda, permitindo que
outros profissionais, formados em cursos técnicos ou em cursos livres, também pudessem
exercer a profissão.
Dessa forma, poderão ser aceitos como documentos de capacitação os diplomas ou
certificados de cursos de formação superior (abrangendo os cursos de bacharelado,
licenciatura, tecnólogos, pós-graduação lato sensu – especializações ou MBA –, pós-graduação
stricto sensu - mestrados e doutorados), de cursos de nível médio técnico ou de cursos livres.

b) Atestado de frequência na qualidade de estudante

A Lei permite que a profissão de publicitário possa ser exercida por profissionais que ainda
estejam cursando um curso de propaganda, bastando que ele apresente o atestado de
frequência no curso para que possa obter o registro profissional.

Ressalta-se que nesse caso, aplicam-se as mesmas observações do documento Diploma de


escola ou curso de propaganda, podendo ser aceitos como documentos de capacitação os
atestados de frequências em cursos superiores (abrangendo os cursos de bacharelado,
licenciatura, tecnólogos, pós-graduação lato sensu – especializações ou MBA –, pós-graduação
stricto sensu - mestrados e doutorados), em cursos de nível médio técnico ou de cursos livres.

c) Atestado do empregador

A Lei possibilitou que os profissionais que exercem a atividade de publicitário, ou que a


tenham exercido em tempo passado, possam obter o registro profissional mediante a
apresentação de atestado do empregador.

A Lei não estabelece forma certa para o atestado emitido pelo empregador, cabendo a este
adotar o modelo que preferir. No entanto, sempre que houver dúvidas sobre o documento
apresentado é recomendável consultar formalmente o empregador, para verificar a validade
ou o enquadramento do profissional na atividade de publicitário.

Comprovação do pagamento do imposto sindical

A comprovação do pagamento do imposto sindical deverá ser apresentada pelo interessado


sempre que estiver no exercício da atividade de publicitário no momento em que ingressar
com a solicitação de registro profissional.

Dessa forma, quando constar no processo a comprovação do exercício da atividade, esse


documento deverá ser apresentado em conjunto com um dos documentos relacionados nos
itens de a até c. Por outro lado, caso não conste a comprovação do exercício da atividade no
pedido, esse documento deverá ser dispensado.

Nesse caso, no momento da análise, deverá ser registrada a pendência do documento e no


campo “Observações”, inserida a informação de que não foi comprovado que o profissional
encontrava-se no exercício da profissão no momento da análise.

Ressalta-se que não caberá aos setores responsáveis pela análise de solicitações de registro
profissional, iniciar investigação para verificar se o profissional se encontra exercendo a
atividade, bastando a declaração verbal do interessado.

Por fim, é importante ressaltar que não compete ao Ministério do Trabalho e Previdência
Social - MTPS estabelecer para qual sindicato deverá ser paga a contribuição, sob pena de
incorrer na prática de enquadramento sindical que é terminantemente vedada pela
Constituição Federal de 1988, por tratar-se de interferência do Estado na organização sindical
(verificar artigo 8º, inciso I).

11 TÉCNICOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO


11.1 Como é feita a emissão do registro profissional de Técnico em
Segurança do Trabalho?
Conforme a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, e o Decreto 92.530, de 9 de abril de
1986, que dispõem sobre a profissão de Técnico em Segurança do Trabalho dentre outras
profissões, o registro profissional do Técnico em Segurança do Trabalho poderá ser emitido
aos seguintes profissionais:

a) aqueles que comprovarem ter formação em curso técnico de segundo grau em Segurança
do Trabalho, ministrado no País. Registra-se que não será permitida a emissão de registro
profissional para aqueles formados em cursos superiores de tecnologia em segurança do
trabalho (ou seja, os cursos tecnólogos); em cursos de pós-graduação lato sensu ou stricto
sensu, mesmo que a área esteja relacionada à segurança e saúde do trabalho; ou em cursos
ministrados fora do País.

b) aqueles que possuem registro de Supervisor de Segurança do Trabalho, expedido pelo


MTPS, que nesses casos, é comprovado por meio da apresentação da Carteira de Supervisor
do Trabalho.

Registra-se que não será possível emitir registro profissional com base na apresentação de
certificado de conclusão de curso de Supervisor de Segurança do Trabalho para aqueles que
não comprovarem ter obtido o registro profissional de Supervisor de Segurança do Trabalho
em razão do disposto no Decreto nº 92.530, de 1986.

11.2 É possível emitir registro profissional de Técnico em Segurança do


Trabalho mediante apresentação de diploma de conclusão de curso superior
de Tecnologia (ou seja, curso tecnólogo) em Segurança do Trabalho?
Não. Conforme estabelecido no inciso I, da Lei nº. 7.410, de 27 de novembro de 1985, que
trata sobre os requisitos para o desempenho da profissão de Técnico em Segurança do
Trabalho, dentre outras profissões, o exercício é exclusivo ao concluinte de curso de Técnico
em Segurança do Trabalho, ministrado no País em estabelecimentos de ensino de 2º grau.

Assim, observa-se que a legislação restringiu o exercício da atividade aos profissionais


formados em cursos técnicos de 2º grau, excluindo-se, consequentemente, os formados em
cursos superiores de qualquer modalidade (bacharéis, licenciados, tecnólogos ou pós-
graduados).
11.3 É possível conceder registro profissional de Técnico em Segurança do
Trabalho com base no documento Carteira de Supervisor de Segurança do
Trabalho?
Sim. Conforme a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, que dispõe sobre a profissão de
Técnico em Segurança do Trabalho, é preservada a validade dos registros profissionais de
Supervisores de Segurança do Trabalho, cuja comprovação é feita mediante a apresentação da
Carteira de Supervisor do Trabalho.

A verificação da validade desse documento deverá ser feita com base na manifestação dos
Setores ou Núcleos de Segurança e Saúde do Trabalhador das SRTEs. Nos casos de dúvida
quanto à validade, o processo deverá ser encaminhado ao Departamento de Saúde e
Segurança do Trabalhador – DSST, órgão da Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT, na sede
do MTPS, em Brasília, para verificação.

O encaminhamento ao DSST poderá ser feito diretamente pelo Setor ou Núcleo de


Identificação e Registro Profissional, quando o Setor ou Núcleo de Segurança e Saúde do
Trabalhador não puder certificar a validade do documento.

Ressalta-se que o certificado de conclusão em curso de Supervisor de Segurança do Trabalho,


sem que haja a apresentação da Carteira de Supervisor do Trabalho, não poderá ser aceito.

11.4 Como é feita a emissão da segunda via de registro profissional de


Técnico em Segurança do Trabalho?
Conforme orientação do Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador - DSST, órgão da
Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, que até o ano 2000 era responsável pela emissão dos
registros profissionais de Técnicos em Segurança do Trabalho, a emissão da segunda via dos
registros profissionais da referida profissão deverão atender aos seguintes requisitos:

a) Registros emitidos até o ano de 1999: nesses casos, deverá ser emitido novo registro
profissional, em razão da impossibilidade de obtenção de informações sobre esses registros
na base de dados do DSST. O interessado deverá apresentar os documentos de capacitação
que embasaram a emissão do registro emitido anteriormente.
b) Registros emitidos após o ano de 1999: deverá ser realizada consulta ao Sirpweb, pois
alguns desses registros foram migrados da base de dados do DSST para a base de dados da
nova versão do Sirpweb. Caso o sistema não localize informações sobre o registro, deverá
ser emitido novo registro, seguindo-se o procedimento do item anterior.
Quando houver dúvida quanto à validade dos documentos apresentados pelos interessados,
deverão ser consultados os Setores ou Núcleos de Segurança e Saúde do Trabalhador da
própria SRTE que estiver analisando o pedido. Caso o órgão consultado não puder certificar a
validade do documento emitido, o processo deverá ser encaminhado ao DSST, na sede do
MTPS.

11.5 Como são analisados os recursos interpostos pelos interessados no


registro profissional de Técnico em Segurança do Trabalho?
Inicialmente, compete esclarecer que até o ano 2000 o registro profissional de Técnico de
Segurança do Trabalho era emitido pelo Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador
– DSST, da Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT. Com o advento da Portaria nº 262, de 29
de maio de 2000, do Gabinete do Ministro, a competência para análise e concessão desses
registros foi transferida aos Setores e Núcleos de Identificação e Registro Profissional das
Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego.

No entanto, apesar da competência para análise ter sido transferida aos Setores e Núcleos de
Identificação e Registro Profissional das unidades descentralizadas, a análise dos recursos
administrativos interpostos contra a decisão das SRTEs continuou sendo do DSST, conforme
disposto no artigo 4º da referida Portaria.

Dessa forma, os recursos administrativos deverão ser encaminhados diretamente ao DSST, na


sede do MTPS, em Brasília.

12 REGISTROS DE CONTRATANTES
12.1 Como é feita a emissão de registro de contratante?
As pessoas físicas ou jurídicas que tiverem a seu serviço Artistas ou Técnicos em Espetáculos
de Diversões prestando serviços de realização de espetáculos, programas, produções ou
mensagens publicitárias deverão se registrar no Ministério do Trabalho e Previdência Social –
MTPS, conforme disposto na Lei nº 6.533, de 1978 e o Decreto 82.385, de 1978, que dispõem
sobre a profissão de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões.

A Portaria n° 3.346, de 1986, deste MTPS, que trata sobre a fiscalização do trabalho de
Artistas, Técnicos em Espetáculos de Diversões e dos Músicos, ratifica a necessidade de
registro no MTPS daqueles que pretendam contratar Artistas e Técnicos em Espetáculos de
Diversões e inclui a necessidade de registro aos contratantes de Músicos, embora os Músicos
não tenham que se registrar no MTPS.

Conforme, dispostos nos normativos acima mencionados, e considerando os novos


regramentos da Receita Federal e do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, os
documentos necessários para registrar os contratantes de Artistas, Técnicos em Espetáculos
de Diversões e Músicos são:

PESSOA FÍSICA

a) Comprovante de Cadastro Específico do INSS – CEI: sobre este documento, registra-se


que as condições para realizar a matrícula CEI estão dispostas neste endereço
http://www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/defaultcei.htm. Assim, os interessados
em obter o registro de contratante deverão ser orientados a realizar a matrícula CEI no
sítio eletrônico da Receita Federal.
b) Comprovante do recolhimento da contribuição sindical: A contribuição deverá ser paga
à entidade representativa da categoria a qual pertence o profissional que se pretende
contratar (Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões ou Músicos). Conforme
orientações anteriores, o MTPS não poderá indicar a entidade representativa para a
qual devem ser paga a contribuição, sob pena estar praticando enquadramento
sindical. Assim, é recomendável que, quando questionado, o servidor direcione o
interessado ao Setor de Relações do Trabalho – Seret da sua unidade, onde será
fornecida uma relação de entidades para que o contratante possa escolher para qual
delas realizará o pagamento.
c) Documento de identificação do requerente ou de seu representante: o interessado
poderá se fazer representar, ou seja, não é necessário que o próprio interessado se
dirija ao órgão para requerer o registro profissional, bastando, que nomeie um
representante que ficará responsável por realizar todos os procedimentos relativos ao
pedido do registro.
d) Cópia do CPF do requerente ou de seu representante.
e) Cópia do comprovante de endereço do requerente.

PESSOA JURÍDICA

a) Comprovante do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ): em determinados casos,


a empresa poderá apresentar CEI. No entanto, pede-se que sejam observadas as
condições dispostas no seguinte endereço eletrônico
http://www.receita.fazenda.gov.br/previdencia/defaultcei.htm.
b) Comprovante do recolhimento da contribuição sindical: A contribuição deverá ser paga
à entidade representativa da categoria a qual pertence o profissional que se pretende
contratar (Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões ou Músicos). Conforme
orientações anteriores, o MTPS não poderá indicar a entidade representativa para a
qual devem ser paga a contribuição, sob pena estar praticando enquadramento
sindical. Assim, é recomendável que, quando questionado, o servidor direcione o
interessado ao Setor de Relações do Trabalho – Seret da sua unidade, onde será
fornecida uma relação de entidades para que o contratante possa escolher para qual
delas realizará o pagamento.
c) Documento de constituição de firma: serão aceitos os documentos de constituição de
firma registrados na Junta Comercial da localidade onde a empresa tenha sede ou
extensão.
f) Documento de identificação do requerente ou de seu representante: o interessado
poderá se fazer representar, ou seja, não é necessário que o próprio interessado se
dirija ao órgão para requerer o registro profissional, bastando, que nomeie um
representante que ficará responsável por realizar todos os procedimentos relativos ao
pedido do registro.
g) CPF do representante da empresa.
d) Comprovante de endereço da empresa.

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