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segunda-feira, 26 de junho de 2023 Diário Oficial Caderno Executivo - Seção I São Paulo, 133 (19) – 25

DIRETORIA DE ENSINO - REGIÃO DE SUMARÉ 3.4.3. Reclassificação de Área de Transmissão doença. Pode ou não apresentar sintomas clínicos da doença, Rickettsia GFM: são espécies de bactérias intracelulares
3.4.4. Reclassificação de Área de Risco mas com resposta imunológica detectável por meio de exames obrigatórias, assemelhadas pela composição de proteínas de
DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO DE SUMARÉ 3.4.5. Reclassificação de Área de Alerta laboratoriais. membrana típicas, que podem ser carregadas como
Portaria nº 88, de 23 de junho de 2023. 4. Ensaio de soroprevalência Vetor: é o organismo invertebrado capaz de transmitir o bioagentes por diversos tipos de vetores, como carrapatos,
A Dirigente Regional de Ensino no uso de suas competên- 4.1. Avaliação dos resultados ácaros e pulgas e podem causar doenças em seres humanos, tais
agente causador da doença.
cias declara, nos termos da Deliberação CEE nº 21/2001 e Indica- 4.2. Ensaio de soroprevalência para reclassificação de áreas como a febre maculosa.
Animal sororreagente: é aquele em que foram detectados
ção CEE nº 15/2001, da Lei Federal nº 9.394/1996, especialmente 5. Medidas preconizadas para manejo de capivaras 3. Critérios de classificação de áreas quanto ao risco de
no § 1º do Artigo 23 e alíneas "b" e "c" do Inciso II do Artigo anticorpos para um agente específico em um ensaio de soropre-
5.1. Manejo de capivaras em Área Infestada ocorrência da Febre Maculosa Brasileira no Estado de São Paulo.
24 e nos termos do inciso XXIII do Artigo 2º da Lei Estadual nº 5.2. Manejo de capivaras em Área de Transmissão valência, a partir de um determinado título de referência. A classificação de áreas visa estabelecer o risco de ocor-
10.403 de 6-7-1971 e à vista da documentação apresentada, 5.3. Manejo de capivaras em Área de Risco Ensaio de soroprevalência: Inquérito transversal que utiliza rência de Febre Maculosa Brasileira em seres humanos em uma
que os estudos realizados por Isadora Cortez Kanazawa, 5.4. Manejo de capivaras em Área de Alerta marcadores sorológicos, sendo particularmente úteis para infec- determinada área, considerando os seguintes critérios:
RG:53.012.112-8, Natural da cidade de Campinas, Estado 5.5. Fluxo para recomendação do manejo de capivaras ções virais e bacterianas que induzem à formação de anticorpos 1. Presença de carrapatos vetores do gênero Amblyomma.
de São Paulo. País Brasil, nascida em 03/03/2005, mediante 5.6. Monitoramento das áreas submetidas a ações de ou outros marcadores biológicos específicos. A prevalência é 2. Ocorrência de casos humanos confirmados de Febre
estudos realizados em "PIERCE County High School”, na cidade manejo de capivaras geralmente estimada por estratos de idade e sexo, possibilitando Maculosa Brasileira.
Atlanta, Estado da Geórgia, País Estados Unidos da América, nos 6. Medidas de manejo ambiental o entendimento da dinâmica de transmissão da infecção na 3. Presença de animais vertebrados que sejam hospedeiros
anos de 2022 e 2023, são equivalentes aos do Sistema Brasileiro 7. Plano de Ações Educomunicativas comunidade. Desta forma, avalia-se a ocorrência de um agente amplificadores para
de Ensino, em nível de conclusão do Ensino Médio. 7.1 Modelo de Plano de Ação Educomunicativo Rickettsia do GFM, como a capivara.
causador da doença, em uma determinada área, no presente e
Sumaré, 23 de junho de 2023. 8. Laudo de Avaliação de Vulnerabilidade para licenciamen- 4. Presença de animais vertebrados sentinelas sororreagen-
passado, possibilitando predizer o futuro risco de infecção em
to de empreendimentos tes para Rickettsia do GFM, como cães e cavalos.
DIRETORIA DE ENSINO - REGIÃO DE 8.1. Avaliação de vulnerabilidade determinada população.
A classificação deverá ser iniciada com a atividade de
Agente etiológico: é um agente causador de uma doença.
TAQUARITINGA 8.2 Recomendações para empreendimentos em Áreas investigação de foco de carrapatos, motivada pelas seguintes
Vulneráveis Local Provável de Infecção (LPI): Local que reúne caracterís- situações:
DIRETORIA DE ENSINO - REGIÃO DE TAQUARITINGA 9. Detalhamento das ações necessárias para implementa- ticas ambientais compatíveis com a circulação de Rickettsia do - Notificação de caso humano confirmado de FMB em áreas
Portaria da Dirigente Regional de Ensino 389, de 23-6-2023 ção das Diretrizes Técnicas grupo da febre maculosa (GFM). O local deve ter sido visitado investigadas/identificadas como Local Provável de Infecção - LPI
Declarando, nos termos da Deliberação CEE 21/2001 e 9.1. Competências da área técnica da SES pelo paciente humano confirmado nos últimos 15 dias que que apresentem frequência de população humana.
Indicação CEE 15/2001, da Lei Federal nº 9.394/1996, especial- 9.2. Competências da SEMIL precederam o início dos sintomas. - Avaliação de risco de parasitismo humano por carrapatos.
mente no § 1º do Artigo 23 e alíneas b e c do Inciso II do Artigo 9.3. Recomendações aos Municípios e demais interessados
24 e nos termos do inciso XXIII do Artigo 2º da Lei estadual nº 10. Fluxo de informações aos interessados no manejo de
10.403 de 6.7.1971, e à vista da documentação apresentada, capivaras Tabela 1. Síntese das etapas para classificação de áreas quanto ao risco de Febre Maculosa Brasileira:
que os estudos realizados por Mário William Vieira Octávio, 11. Disposições finais
RNM F631911-X, nascido em 12/02/2002, em Amadora, Portu- 1. Introdução Motivação para classificação Critérios analisados Classificações
gal, mediante estudos realizados no Complexo Escolar Privado possíveis
Em algumas áreas do Estado de São Paulo a ocorrência
Etapa Avaliação de risco de parasitismo humano por Presença de carrapatos do Área silenciosa
Júlio Verne, República da Angola, no período de 2017 a 2019, de casos de Febre Maculosa Brasileira (FMB) está fortemente 1 carrapatos. gênero Amblyomma Área Não
são equivalentes aos do Sistema Brasileiro de Ensino, em nível associada à presença de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), Notificação de caso humano confirmado de associada à presença de Infestada
de conclusão do Ensino Médio. (Exp. 015.00086360/2023-17). por serem consideradas hospedeiros amplificadores da bactéria FMB. hospedeiro primário, conforme Área Infestada
Rickettsia rickettsii, agente etiológico da doença, na natureza, tabela 2
DIRETORIA DE ENSINO - REGIÃO DE TAUBATÉ com base nas seguintes características: a) são hospedeiros Frequência humana na área
primários de carrapatos das espécies Amblyomma sculptum1 Etapa Área classificada como Área Infestada por Presença de animai vertebrados Área de
DIRETORIA DE ENSINO-REGIÃO D ETAUBATÉ (complexo Amblyomma cajennense), vetor da R. rickettsii; b) são 2 carrapatos do gênero Amblyomma. sentinelas sororreagentes para Transmissão
Portaria do Dirigente Regional de Ensino de 23-6-2023 abundantes nas áreas endêmicas de FMB; e c) são suscetíveis ao Área Infestada identificada como Local Rickettsia do GFM, por meio de Área de Risco
Homologando Provável de Infecção - LPI para FMB ensaio de soroprevalência8. Área de Alerta
agente etiológico, sendo, portanto, fonte de infecção do mesmo. Ocorrência de casos humanos
À vista do Parecer do Supervisor de Ensino, o anexo ao Após serem picadas pela primeira vez por carrapatos confirmados de Febre Maculosa
Plano de Gestão da Unidade Escolar jurisdicionada nesta Dire- infectados, as capivaras amplificam as riquétsias por um perí- Brasileira.
toria de Ensino. odo máximo de até 15 dias, podendo assim infectar outros
Caçapava - EMEF Dr. Raif Mafuz/2022. carrapatos. Após esse período, os animais desenvolvem uma
resposta imune humoral à bactéria que, como demonstrado
DIRETORIA DE ENSINO - REGIÃO DE em outras espécies, confere proteção contra um novo desafio
VOTUPORANGA pela mesma espécie de bactéria. No entanto, novas capivaras
nascidas em um grupo são suscetíveis à bactéria, assim como
capivaras adultas introduzidas no ambiente podem também ser
ESCOLAS ESTADUAIS DE ENSINO
suscetíveis, perpetuando o ciclo da doença (Souza et al, 20092;
FUNDAMENTAL E MÉDIO Ramírez-Hernández et al., 20203).
Diretoria de Ensino – Região de Votuporanga 1.1. Contexto Histórico
Portaria do Dirigente Regional de Ensino de A FMB tornou-se uma doença reemergente, um relevante
23/06/2023 problema de saúde pública no Brasil a partir da década de
CONVOCANDO para trabalhos administrativos nesta Direto- 1980. Desde então, observou-se aumento no número de casos
ria de Ensino, os servidores abaixo relacionados: e expansão das áreas de transmissão com elevadas taxas de
Público-alvo: Sidnei Cecília Ricci Brianti - RG 9.731.184 letalidade. Em São Paulo, as primeiras descrições da FMB reme-
Dias: 26/06/2023 e 27/06/2023 tem ao ano de 1929, quando ainda era denominada “typho
Horário: das 8h às 17h exanthematico de São Paulo”, a partir da ocorrência de casos
Público-alvo: Mayara Nicolau Ferreira - RG: 45.745.505-6 na capital paulista.
Dias: 29/06/2023 e 30/06/2023 Em 1985, a FMB passou a ocorrer de maneira endêmica,
Horário: das 8h às 17h sobretudo nos municípios localizados nas bacias hidrográficas
Público-alvo: Débora da Costa Santos - RG: 27.675.028-7 dos rios Atibaia, Jaguari e Camanducaia com concentração de
Dias: 28/06/2023 e 30/06/2023 casos em Pedreira e Jaguariúna, ambos municípios da região
Horário: das 8h às 17h de Campinas no Estado de São Paulo. A aparente reemergência
Local: Sala 08 – Diretoria de Ensino – Região de Votuporan- da doença também foi observada em Minas Gerais, e se deu à Figura 1. Fluxo com etapas para classificação de áreas quanto à ocorrência de FMB.
ga, rua Brasília, nº 3430, Vale do Sol, Votuporanga SP. mesma época em que a FMB voltou a ser descrita no interior do
Estado de São Paulo. No período de 1995 houve um aumento do A partir do fluxo acima (Figura 1), caberá à equipe técnica 3.2.1. Área de Transmissão
número de casos observado em território paulista decorrente da competente da SES emitir Laudo de Classificação da Área Será considerada Área de Transmissão aquela onde
adoção de medidas de vigilância específica para a doença, quan- quanto ao risco de ocorrência da Febre Maculosa Brasileira e foi identificado um Local Provável de Infecção - LPI pela
Saúde do houve a incorporação da notificação compulsória nas regiões
de Campinas e São João da Boa Vista. Em 2001 a FMB passou
estabelecer as respectivas recomendações, considerando o nível
de segurança à saúde pública, a pesquisa acarológica e ensaio
autoridade local de saúde quando há caso humano de FMB
confirmado.
a ser considerada doença de notificação compulsória em todo o de soroprevalência realizados na área. Para fins de classificação de área com objetivo de estabe-
GABINETE DO SECRETÁRIO país, enquanto que São Paulo e Minas Gerais eram os estados 3.1. Primeira Etapa de Classificação de Áreas lecimento de medidas preventivas e educativas, não será neces-
que mantinham um programa ativo de vigilância epidemiológica As áreas receberão uma classificação inicial quanto à sária a realização de ensaio de soroprevalência em hospedeiros
RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMIL/SES nº 01/2023 (Bepa, 20114). Com o avanço do número de notificações da presença de carrapatos do gênero Amblyomma associada à sentinelas, tendo em vista a circulação do agente etiológico na
Dispõe sobre a atualização do Anexo Único da Resolução doença para novas áreas do Estado de São Paulo, técnicos e presença de seres humanos, com risco de parasitismo. Nesta população humana.
Conjunta SMA/SES n° 01/2016, que aprova as “Diretrizes técni- pesquisadores da Superintendência de Controle de Endemias etapa, as áreas serão classificadas em: Área Silenciosa, Área Não No entanto, para fins de manejo de população de hospe-
cas para a vigilância e controle da Febre Maculosa Brasileira no (SUCEN) e da Universidade de São Paulo (USP) elaboraram Infestada ou Área Infestada. deiros vertebrados, é necessária a confirmação da circulação
Estado de São Paulo - classificação de áreas e medidas preconi- o Manual de Vigilância Acarológica, no ano de 2004, o qual 3.1.1. Área Silenciosa de Rickettsia do GFM em animais no local, por meio de ensaio
zadas”, e dá outras providências. incorporou a vigilância de carrapatos de importância médica no Será considerada Área Silenciosa aquela para a qual não de soroprevalência. Desta forma, a recomendação do manejo
A SECRETÁRIA DE MEIO AMBIENTE, INFRAESTRUTURA E conjunto de responsabilidades da área de vigilância e controle existam informações sobre a ocorrência do vetor. Nestas áreas, populacional de capivaras deverá ser precedida pela avaliação
LOGÍSTICA e o SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, de vetores na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. a avaliação de risco de parasitismo humano por carrapatos deve da circulação de Rickettsia do GFM nesta população animal,
Considerando que o estabelecimento de diretrizes voltadas Em decorrência do Acordo de Cooperação Técnica nº ser estimulada. por se tratar de hospedeiro amplificador, conforme resultado do
ao manejo populacional da espécie Hydrochoerus hydrochaeris 10/20085, assinado entre o Instituto Brasileiro de Meio Ambien- 3.1.2. Área Não Infestada por carrapatos do gênero ensaio de soroprevalência (detalhado no item 4).
(capivara) constitui medida estratégica para prevenção e contro- te e Recursos Naturais - IBAMA e a Secretaria de Estado do Amblyomma 3.2.2. Área de Risco
le da Febre Maculosa Brasileira no Estado de São Paulo, Meio Ambiente de São Paulo - SMA, a partir de julho de 2011, Será considerada Área Não Infestada aquela onde, após Será considerada Área de Risco aquela com frequência
Considerando a necessidade de revisão periódica das as autorizações para o manejo de fauna silvestre em vida livre realização de pesquisa acarológica, não tenham sido encontra- de população humana, pesquisa acarológica positiva para
diretrizes frente aos novos conhecimentos adquiridos sobre a passaram a ser de competência da SEMIL. dos carrapatos do gênero Amblyomma. carrapatos do gênero Amblyomma e presença significativa
epidemiologia da doença, Devido à necessidade de definir ações voltadas ao manejo Para tanto, duas pesquisas acarológicas devem ter resultado de animais sentinela sororreagentes para Rickettsia do GFM,
Considerando o conhecimento técnico adquirido no manejo populacional de capivaras como uma das ferramentas para negativo, em um intervalo mínimo de três e no máximo de seis conforme evidenciado em ensaio de soroprevalência (deta-
populacional de capivaras visando a prevenção de novos casos o controle da doença, em novembro de 2012 foi assinado o meses. lhado no item 4).
humanos da doença, Convênio SMA/CBRN/DeFau nº 04/20126, entre SMA, por meio 3.1.3. Área Infestada por carrapatos do gênero Amblyomma Adicionalmente, serão consideradas Áreas de Risco:
Resolvem: da Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN/ Será considerada Área Infestada aquela que apresenta - Aquelas áreas anteriormente classificadas como Área de
Artigo 1º - Aprovar a atualização do documento “Diretrizes SMA), e SUCEN, de modo a concretizar a união de esforços para frequência de população humana, pesquisa acarológica positiva Alerta em que não houve atualização do ensaio de soropreva-
técnicas para a vigilância e controle da Febre Maculosa Brasi- o estabelecimento de diretrizes voltadas ao manejo popula- para carrapatos do gênero Amblyomma e presença de animais lência após 3 anos; e
leira no Estado de São Paulo - classificação de áreas e medidas cional de capivaras, por meio do intercâmbio de informações que sejam hospedeiros primários. - Aquelas áreas anteriormente classificadas como Área de
preconizadas”, constante do Anexo Único da Resolução Conjun- entre os órgãos envolvidos, com o objetivo de controlar a Febre Uma vez que uma área receba a classificação de Área Infes- Transmissão em que não houve a identificação de novos casos
ta SMA/SES n° 01/2016, de forma a institucionalizar diretrizes Maculosa Brasileira - FMB. tada, uma segunda classificação deve ser atribuída. Consideran- humanos no local após 10 anos.
técnicas atualizadas para a classificação de áreas quanto ao Como resultado deste convênio, foram estabelecidas as do a importância do estabelecimento de medidas preventivas 3.2.3. Área de Alerta
risco de ocorrência de Febre Maculosa Brasileira - FMB, para diretrizes técnicas visando a classificação das áreas quanto ao e educativas, antes mesmo da segunda etapa de classificação Será considerada Área de Alerta aquela com frequência
as medidas preconizadas de manejo e para a divulgação de risco de Febre Maculosa Brasileira – FMB e definição de medidas deverão ser indicadas recomendações visando a prevenção de de população humana, pesquisa acarológica positiva para
informações aos Municípios e demais interessados. preconizadas relacionadas ao manejo de capivaras, tornando-se transmissão de Febre Maculosa Brasileira. carrapatos do gênero Amblyomma e ausência significativa
Parágrafo único - O documento de que trata este artigo será uma ferramenta de divulgação de informações aos municípios e 3.2. Segunda Etapa de Classificação de Áreas de animais sororreagentes para Rickettsia do GFM, conforme
disponibilizado nos sítios eletrônicos da Secretaria de Estado de demais interessados. As Áreas Infestadas por carrapatos do gênero Amblyomma evidenciado em ensaio de soroprevalência (detalhado no
Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (https://semil.sp.gov. Em 2016, tais diretrizes técnicas foram institucionalizadas passarão por uma segunda etapa de classificação quanto à: item 4).
br) e da Secretaria de Estado da Saúde (www.saude.sp.gov.br). por meio da publicação da Resolução Conjunta SMA/SES n° presença de animais vertebrados sentinelas sororreagentes para 3.3. Validade de classificação de áreas
Artigo 2º - No âmbito de suas atribuições, os órgãos inte- 01/20167, de modo a padronizar os procedimentos de classifi- Rickettsia do GFM, por meio de ensaio de soroprevalência, e A classificação de cada uma das áreas possui um período
grantes e as entidades vinculadas às respectivas Secretarias cação de áreas e de autorização para manejo populacional de ocorrência de casos humanos confirmados de Febre Maculosa de validade, uma vez que o ciclo da FMB é dinâmico. De
poderão estabelecer parcerias e apoiar a realização de pesquisas capivaras para todo o estado de São Paulo. Diante dos novos Brasileira. modo geral, o período de validade deve ser o mesmo para os
técnico-científicas destinadas ao aprimoramento das diretrizes conhecimentos adquiridos e da experiência acumulada desde Nesta etapa, as Áreas Infestadas serão classificadas em: diferentes tipos de empreendimentos ou de uso e ocupação
voltadas ao manejo populacional da espécie Hydrochoerus então, a atualização e complementação das diretrizes técnicas Transmissão, de Risco ou de Alerta. do solo.
hydrochaeris (capivara). mostrou- se necessária.
Artigo 3º - Esta Resolução Conjunta entra em vigor na data 2. Definições
de sua publicação. Para aplicação deste documento, considera-se as seguintes Tabela 2. Período de validade da classificação de áreas.
ANEXO ÚNICO definições: Classificação Período de validade
DIRETRIZES TÉCNICAS PARA A VIGILÂNCIA E CONTROLE Hospedeiro primário: é aquele hospedeiro no qual o car- Área Silenciosa Tempo indeterminado
DA FEBRE MACULOSA BRASILEIRA NO ESTADO DE SÃO PAULO rapato alcança o máximo de eficiência durante o processo de Área Não Infestada 3 anos
- CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS E MEDIDAS alimentação, o que reflete em alta eficiência no processo de Área Infestada Tempo indeterminado, até que seja realizada a segunda etapa de classificação com ensaio de soroprevalência ou identificação como LPI
PRECONIZADAS - Versão atualizada em 2021 ecdise ou no processo de oviposição. A presença de hospedeiros Área de Transmissão 10 anos a contar da data de confirmação do último caso humano de FMB
1. Introdução primários, em uma área, é imperativa para que uma população Área de Risco Tempo indeterminado, até que seja realizada nova pesquisa acarológica ou novo ensaio de soroprevalência ou que a área seja identificada como LPI
1.1. Contexto Histórico de carrapatos, de uma determinada espécie, mantenha-se por Área de Alerta 3 anos
2. Definições várias gerações.
3. Critérios de classificação de áreas quanto ao risco de Hospedeiro secundário: é aquele hospedeiro no qual o
ocorrência da Febre Maculosa Brasileira no Estado de São Paulo carrapato é capaz de completar o processo de alimentação, no Deve-se observar que a adoção de medidas de manejo de 3.4.1. Reclassificação de Área Não Infestada
3.1. Primeira etapa de classificação de áreas entanto, com baixa eficiência, o que confere posterior baixa capivaras ou de controle de carrapatos na área poderá ocasionar Após um período de três anos sem a realização de nova pes-
3.1.1. Área Silenciosa eficiência no processo de ecdise e na conversão do sangue inge- diminuição no período de validade da classificação, motivando quisa acarológica, a Área Não Infestada será automaticamente
3.1.2. Área Não Infestada por carrapatos do gênero rido em ovos pelas fêmeas de carrapatos, produzindo posturas uma possível reclassificação da área conforme detalhamento reclassificada para Área Silenciosa até que seja submetida a
Amblyomma com poucos ovos. Em geral, a presença exclusiva de hospedeiros no item 3.4. uma nova avaliação.
3.1.3. Área Infestada por carrapatos do gênero Amblyomma secundários não permite que uma população de carrapatos, 3.4. Reclassificação de áreas 3.4.2. Reclassificação de Área Infestada
3.2. Segunda etapa de classificação de áreas de uma determinada espécie, mantenha-se por mais do que A reclassificação de cada uma das áreas poderá ser A confirmação de um caso humano com LPI determinado
3.2.1. Área de Transmissão poucas gerações. motivada tanto pelo término do prazo de validade estipulado em Área Infestada, que não tenha sido submetida à segunda
3.2.2. Área de Risco Hospedeiro amplificador: é aquele que possibilita a mul- quanto pela realização de manejo ambiental para controle de etapa de classificação, modifica prontamente a classificação
3.2.3. Área de Alerta tiplicação exponencial de um agente causador da doença, de carrapatos, da população de hospedeiros primários ou ocorrên- para uma Área de Transmissão.
3.3. Validade de classificação de áreas forma aguda. Após o período de amplificação, o animal elimina cia de caso humano confirmado de FMB na área. Outros fatores Na ausência de caso humano de FMB na Área Infestada,
3.4. Reclassificação de áreas o agente, não atuando como reservatório da doença. também poderão ser considerados como motivadores para a será mantida a classificação até que seja realizado um ensaio
3.4.1. Reclassificação de Área Não Infestada Hospedeiro sentinela: é aquele que pode ser utilizado como reclassificação da área, a critério dos órgãos de saúde responsá- de soroprevalência visando avaliar a circulação de Rickettsia
3.4.2. Reclassificação de Área Infestada indicador significativo da ocorrência de um agente causador da veis pela área avaliada. do GFM no local.

A Companhia de Processamento de Dados do Estado de Sao Paulo - Prodesp


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