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19 de Abril

Dia dos Povos Indígenas


19 de Abril
Dia dos Povos Indígenas
Série lendas brasileiras – volume 11
Zé Lacerda
Não quero fazer história Deixo o jovem bem guardado o menino indiferente
mas simplesmente narrar em plena felicidade em uma árvore subiu
as lendas do meu país para falar sobre um ser uma cascavel gigante
em poesia popular Jurupari, na verdade, diabo naquele instante surgiu
contadas em verso e prosa para os nativos Do jovem se aproximando
com repentista, na glosa, que infernizava os vivos na árvore se enroscando
e em cordel vou registrar. com espírito da maldade. Sua calda sacudiu.
[...]
À lenda do Guaraná [...]
meu cordel é referente Cheio de insatisfação O curumim desceu dali
[...] Dizia: - Um dia dou um jeito apressado
eram felizes até de destruir o menino. mas quando no chão pisou
sentirem a necessidade [...] viu a serpente, porém
de um jovem filho varão Depois do seu plano feito simplesmente ignorou
para dar continuidade o grande Espírito do Mal Jurupari, traiçoeiro foi
ao fruto daquela gente passa a seguir o menino chegando sorrateiro
disseminando a semente qual persistente rival Deu o bote e lhe picou.
naquela comunidade. Espreitando para enfim
[...] Nos passos do curumim O curumim se assustou
ao grande deus, na verdade armar-lhe um laço fatal Rumo a aldeia correu
rogam pelo dom divino [...] Sentindo arder o veneno
Tupã responde aos apelos O curumim certo dia [...] Percorrendo o corpo seu
com um saudável menino pensou consigo mesmo: E ali mesmo na selva
[...] “Vou ver coisa diferente” Deitou-se em meio à relva
com a chegada do menino E saiu às escondidas Perdeu as forças, morreu.
prestara-se a tribo aos seus na floresta proibida [...]
pés foi brincar muito contente. Numa grande claridade
Tupã falou num trovão [...] Ouviram Tupã falar:
aos caciques e pajés: Jurupari ia seguindo “Os olhos do curumim
- guardem com muito cuidado agiu repentinamente Arranquem para plantar
que o curumim é sagrado se materializando Escolham um fértil canto
para todos os Maués. transformou-se em serpente A terra devem regar.”
[...] com seu espírito mal [...]
toda aldeia procura para dar um bote fatal Assim eles explicavam
trazê-lo sempre guardado no curumim inocente. Como o guaraná nasceu
para passear na floresta E de aldeia em aldeia
só saía acompanhado A lenda prevaleceu
por segura companhia Na selva e outros abrolhos,
em todo lugar que ia O fruto que lembra os olhos
era muito vigiado. Do menino que morreu.
OS ÍNDIOS

OS ÍNDIOS FORAM OS PRIMEIROS HABITANTES DO


BRASIL. ELES VIVEM EM GRUPOS CHAMADOS TRIBOS.
(PATAXÓS, YANOMAMI, GUARANI, TUBINAMBÁS,
GUAJAJARAS...)
OS ÍNDIOS TÊM VÁRIOS COSTUMES DIFERENTES DOS
NOSSOS. ALGUNS MORAM EM CABANAS CHAMADAS
OCAS. VÁRIAS OCAS FORMAM UMA ALDEIA CHAMADA
TABA.
OS ÍNDIOS ALIMENTAM-SE DE PRODUTOS QUE
CULTIVAM, DE FRUTOS COLHIDOS NA MATA E DE
ANIMAIS QUE CAÇAM E PESCAM. PARA CAÇAR E
PESCAR, USAM ARCOS, FLECHAS E LANÇAS, FEITOS
POR ELES MESMOS.
OS ÍNDIOS PINTAM O CORPO E SE ENFEITAM COM
COLARES E PENAS COLORIDAS. AS MULHERES DA
TRIBO PRODUZEM MUITOS ARTESANATOS PARA USO
PRÓRPIO E PARA VENDER, COMO COLARES, CESTOS E
CERÂMICAS. SUAS FESTAS SÃO ALEGRES, COM MUITA
MÚSICA E DANÇA.
HOJE EXISTEM POUCAS TRIBOS INDÍGENAS NO
BRASIL.
A FUNAI É UM ÓRGÃO CRIADO PELO GOVENO PARA
PROTEGER E VALORIZAR O ÍNDIO.
FUNAI SIGNIFICA: FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍDIO.

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