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Mito originário da região de Picos. Trata-se de uma porca Um tatu cantador, que
horrivelmente assustadora, que aparecia cantando aos que andava em pé sob as duas
transitavam pelos morros daquela região. Além de cantar, a patas traseiras. Aparecia
porca fazia acenos com as mãos, como se mandasse beijos para nos municípios do
a pessoa. Na década de 30, uma famosa marchinha semiárido piauiense,
carnavalesca chamada “Jaú” se popularizou pelo Brasil. No especialmente em Picos,
interior do Piauí, a letra da marchinha começou a ser Jaicós, Fronteiras, Pio IX,
deturpada com palavras obscenas e muitos acreditavam que a Paulistana, Simplício
palavra Jaú significava “demônio”. Muitas beatas diziam que Mendes e outros. Sempre
não se devia cantar aquela marchinha, pois era um chamamento surgia dançando e cantando
do demônio. Daí, diziam que quem cantasse iria ver a porca Jaú, o verso:
mais cedo ou mais tarde, cantarolando e assombrando: “Cadê o peba, João? Tá no buraco. Tá no de cima, tá no de
“Mamãe, que é de Jaú? Jaú foi passear. Os passeios de Jaú baixo. Cadê o peba, João? Tá no buraco, gente. Tá no de trás,
vão fazer mamãe chorar...” tá no da frente. Compadre Peba, por ser muito dançador,
Entrou na sala de dança, pisou na rola quebrou.”
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Também chamada de Miota. É
Aparece aos viajantes uma assombração que aparece
noturnos, sempre com vagando durante a noite, pelas
um jumento ou com ruas de Teresina. Possui
uma carroça parada olheiras profundas e seu longo
no meio da estrada. vestido arrasta no chão.
Semelhante a um Quando via um homem, logo
camponês, de pé pedia um cigarro e, quando o
rachado e chapéu de desavisado entregava, ela se
palha, ele pede ajuda esticava e crescia até a altura
para colocar suas do poste, quando então acendia
malas na carroça. seu cigarro. Quando alguém
Aí a pessoa curiosa com o enorme peso das bagagens, perguntava: “O que é isso?
pergunta o que tem na mala. O camponês responde: “- Numa Quem é você?”, ela respondia
mala tem pé de anjo, na outra tem o puro suco de uva roxa”. lentamente, desaparecendo aos
Depois de responder, desaparecia com carroça e tudo mais. poucos: “Não-se-pode, não-se-
pode, não-se-pode!”.