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FOLCLORE REGIÃO NORTE

Roraima
Em termos de cultura folclórica Roraimense, não se pode fugir da análise dos elementos
formadores básicos: Indígena, luso e Nordestino, que deram estrutura aos mitos e lendas,
danças, folguedos, crenças, etc.

A influência indígena é muito forte no artesanato roraimense. Raízes, palhas, cipós, buritis e


cascas de árvores fazem parte da matéria-prima utilizada para a produção das peças. Índios e
artesão soltam a criatividade e confeccionam um artesanato original, que retrata as nuances da
cultura regional.

LENDAS
LENDA DA BOIÚNA
Conforme a lenda, Boiúna é uma cobra gigantesca que vive no fundo dos rios, lagos e igarapés.
Tem um corpo tão brilhante que é capaz de refletir o luar. Segundo o folclore, após ficar grávida
e esconder dos familiares, uma índia deu à luz uma menina, que foi jogada no rio. Assim a
menina transformou-se em uma grande cobra. Seus olhos irradiam uma luz poderosa que atrai
pescadores. A força da Boiúna é capaz de virar grandes embarcações.
LENDA DA MIMIRÃ

Em Roraima existe uma lenda urbana muito famosa. Dizem que uma criatura magra, branquela
e desengonçada aterroriza pessoas que trabalham em ambientes fechados. Seu nome, no dialeto
dos índios macuxi, é mimirã, que significa algo como "Louco babão".

A lenda macuxi diz que mimirã é um fantasma de um ancestral renegado pelo seu povo, que foi
expulso da sua comunidade depois de perturbar a todos com sua loucura. Dizem que aparece
em locais fechados pois foi criado confinado e isolado e acha que todo local fechado lhe
pertence.

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LENDA DE MACUNAÍMA
O Sol era apaixonado pela Lua, mas nunca se encontravam. Quando o Sol se punha, era hora da
Lua nascer... E assim viveram por milhões e milhões de anos... Uma enorme montanha, muito
alta, repousa no meio dos imensos campos de Roraima. Em cima, um vale de cristais e um lago
de águas cristalinas, os quais reservam para si os mistérios da natureza.

Um belo dia, o Sol atrasou-se um pouco (eclipse) e o tão ansiado encontro aconteceu. Seus
raios dourados refletiram, juntamente com os raios prateados da Lua, no lago misterioso...
Nesse encontro, Macunaíma foi concebido! Macunaíma esperto, cheio de magias, teve como
berço o Monte Roraima. Cresceu forte e tornou-se um índio guerreiro; os índios Macuxi o
proclamaram herói da sua tribo. “A bravura desse homem não se mede pelas armas que usou,
mede-se pelos feitos que o tempo projectou. Macunaíma era justiceiro. Havia, próximo à
montanha, uma árvore diferente, misteriosa. A Árvore de Todos os Frutos. Dela nasciam, a
banana, o abacaxi, enfim todas as frutas tropicais. Ninguém podia apanha-las! Somente
Macunaíma colhia os seus frutos dividia-os entre todos, igualmente. Mas a ambição tomava
conta da tribo. Assim, os índios desobedeceram, mexeram na árvore, arrancando-lhe todos os
frutos e quebrando-lhes os galhos, para plantarem, pois, queriam mais árvores desse mesmo
tipo. A Árvore Sagrada perdeu a sua magia e Macunaíma ficou furioso! Num gesto de justiça,
queimou toda a floresta, petrificou a árvore e, amaldiçoando todos, ordenou que se fossem
embora.

Da imensa floresta verde, restaram apenas cinza e carvão. E, até hoje, em frente ao Monte
Roraima, está a Árvore Sagrada, petrificada. Macunaíma, em espírito, repousa, tranquilo, no
Monte Roraima.

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LENDA DO AÇAÍ
Assim diz a “Lenda do Açaí”: num passado muito distante, vivia no coração da floresta uma
aldeia indígena muito numerosa. Naquela época ocorreu uma fase de grande escassez de
alimentos de modo que os índios sofreram muito. Por essa razão, o líder dos índios (conhecido
como cacique) teve que tomar uma decisão drástica. Ele decidiu fazer um controle populacional
com objetivo de diminuir a fome de seu povo. Ele pensava que com menos pessoas para
alimentar seria mais fácil enfrentar aquele período de penúria. Portanto, o cacique determinou
que todas as crianças que nascessem a partir daquela data seriam sacrificadas. Contudo, a filha
mais nova do cacique, a bela “Iaçá”, deu a luz a um gracioso menino que, infelizmente, teve o
mesmo destino cruel das outras crianças.

Por causa disso, a jovem índia chorava todas as noites com muitas saudades de seu filho, até
que numa noite de lua cheia, a índia ouviu o choro de uma criança que se parecia bastante com
o choro de seu filho. Ela se levantou rapidamente e saiu à procura do menino até que chegou
perto de uma belíssima palmeira.

Quando a índia chegou ao local, seu filho a esperava ao pé da palmeira, com um largo sorriso
no rosto e com braços abertos. Cheia de alegria, a índia “Iaçá” correu para abraçá-lo, mas
quando o fez, a criança desapareceu num piscar de olhos. No dia seguinte, a índia foi
encontrada morta, abraçada ao tronco da palmeira. Seu rosto trazia um suave sorriso de

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felicidade e seus olhos negros, ainda abertos, fitavam o alto da palmeira que estava carregada
de frutinhos escuros.

Comovido com tudo aquilo, o cacique ordenou que os indígenas apanhassem os frutinhos e
percebeu que deles poderia se extrair um suco quando amassados, que passou a ser a principal
fonte de alimento daquela aldeia. Este achado fez com que o cacique suspendesse os sacrifícios
e as crianças voltaram a nascer livremente, pois a alimentação já não era mais problema na
aldeia. Para agradecer aquela benção recebida e também para homenagear sua filha, o cacique
batizou com o nome de “Açaí” aos frutinhos encontrados na palmeira, que é justamente o nome
de “Iaçá” ao contrário.

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COMIDAS TÍPICAS

Pé de Moleque

Pirarucu Desfiado

Guisado de galinha caipira

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DANÇAS TÍPICAS
A dança em Roraima tem sua origem em grupos
folclóricos de boi-bumbá e cirandas. Entretanto, são
notáveis também grupos de dança clássica e moderna.

Boi Bumbá

Ciranda

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