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Não é possível estabelecer uma divisão rigorosa dos textos de Cecília, pois

muitas vezes a narrativa avança ou regride, mas tentando dar uma explicação , a
obra, dividida em cinco partes, possui 85 romances ou poemas de caráter
narrativo. Ela conta fatos relacionados à Inconfidência Mineira e também
anteriores a ela.
No primeiro cenário, na primeira parte do livro, o narrador introduz a história e
faz reflexões sentimentais acerca do tempo, com foco na Inconfidência Mineira.
Nela, retrata o desenrolar da febre do ouro, a crescente intervenção das
autoridades, lutas dos colonos contra o poder, e a presença ativa
dos escravos na mineração. Que é quando surge a lenda do Chico-Rei, lendário
negro que se enriqueceu e comprava a liberdade de outros e também
surge Chica da Silva, a sedutora namorada de um rico minerador. Essa parte
encerra no nascimento de Tiradentes.

Na segunda parte, ela se centra em Vila Rica, nos seus aspectos culturais, e na
Árcadia. Fala sobre a morte do príncipe D. José, logo após há o crescimento de
ideias liberais , onde surge Tiradentes de forma heroica e ao mesmo tempo,
acusado de traição. Também fala sobre o acusador, Joaquim Silvério, e são
contados fatos ocorridos em maio de 1789, como a perseguição a Tiradentes,
que estaria foragido, sua prisão e a de outros inconfidentes.
A obra fala dos muitos delatores, das testemunhas falsas e dá a entender que
Tiradentes foi usado como bode expiatório e também relata a situação de padre
Rolim, que foge e é perseguido por estar envolvido na conspiração.
Na terceira parte da obra, o narrador menciona o poeta, Cláudio Manuel da
Costa, com as circunstâncias misteriosas da sua morte, que, preso, morre
enforcado, supostamente em um suicídio.
E se encerra, com às sentenças dos inconfidentes acusados, com o trágico
momento em que Tiradentes dá seus passos de condenado rumando à forca. E
lá “vai o mártir andando” a caminho de seu enforcamento.
Já na quarta parte da obra, o narrador se centra na deportação de Tomás Antônio
Gonzaga para Moçambique, na África, onde se casa com Juliana de Mascarenhas
e também retrata o contexto em que Gonzaga viveu na solidão, seus poemas
escritos, as murmurações e desconfianças e perda de sua amada Marília.
Na quinta e última parte, com poemas dramáticos, refletindo de forma dolorosa
todo o conjunto da tragédia mineira. E "descreve Marília já envelhecida, além de
falar de Maria I, que é vista vinte anos depois, já no Brasil e sua famosa loucura
é retratada, sofrendo com o que ela mesma fez aos poetas e seus remorsos
levaram a morte. E a obra termina, enaltecendo o “imenso tempo”

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