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Equipe Rubens Mauricio, Rubens
Mauricio Corrêa
13 de Março de 2022
Legislação Previdenciária.
Conteúdo, fontes, autonomia.
Aplicação das normas previdenciárias.
Vigência, hierarquia, interpretação e integração.
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ANÁLISE ESTATÍSTICA
Inicialmente, convém destacar os percentuais de incidência de todos os assuntos previstos no nosso
curso, com base na banca Cespe/Cebraspe, em ordem decrescente – ou seja, quanto maior o
percentual de cobrança de um dado assunto, maior sua importância:
QUESTÕES
ASSUNTO CESPE %
ANALISADAS
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Os assuntos deste relatório possuem um grau de incidência de 1,85% nas questões colhidas. A
distribuição dentro de cada subtópico está demonstrada a seguir.
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Considerando os tópicos que compõem o nosso assunto deste relatório, possuímos a seguinte
distribuição percentual, em ordem decrescente de cobrança:
Tópico % de cobrança
Interpretação 30,77 %
Integração 7,69 %
TOTAL 100,00%
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CONTEÚDO
"Fonte do direito" é uma expressão utilizada no meio jurídico para se referir aos componentes
utilizados no processo de composição do direito, enquanto conjunto sistematizado de normas, com
um sentido e lógica próprios, disciplinador da realidade social de um Estado. Trata-se, portanto, da
matéria prima da qual nasce o direito.
A palavra fonte é empregada metaforicamente conforme observa o jurista suíço Claude Du Pasquier,
senão vejamos:
“remontar à fonte de um rio é buscar o lugar de onde as suas águas saem da terra; do
mesmo modo, inquirir sobre a fonte de uma regra jurídica é buscar o ponto pelo qual sai
das profundidades da vida social para aparecer na superfície do Direito.”
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Segundo o jurista e doutrinador Miguel Reale, “o termo fonte do direito deve indicar os processos
de produção da norma jurídica, vinculados a uma estrutura do poder, o qual, diante de fatos e
valores, opta por dada solução normativa e pela garantia do seu cumprimento”.
Ao utilizarmos a expressão “fontes do direito”, queremos designar o texto em que o Direito está
embasado ou todos os elementos que possam ajudar na sua aplicabilidade.
Ainda no dizer de Miguel Reale:
“Por fonte do direito designamos os processos ou meios em virtude dos quais as regras
jurídicas se positivam com legítima força obrigatória, isto é, com vigência e eficácia no
contexto de uma estrutura normativa”.
Fonte do Direito é, portanto, a origem do Direito, suas raízes históricas, de onde se cria (fonte
material) e como se aplica (fonte formal), ou seja, o processo de produção das normas.
São exemplos de fontes do direito: as leis, jurisprudência, doutrina, analogia, princípio geral do
direito, costumes e equidade.
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• Emendas constitucionais
• Leis complementares
• Leis ordinárias
• Leis delegadas
• Medidas provisórias
• Decreto legislativo
• Resolução do Senado
• Tratados internacionais
• Súmulas Vinculantes
O estudo das “fontes do direito” se inicia com a diferenciação entre direito enquanto forma, no caso
das fontes formais (norma jurídica positivada em leis, decretos, portarias, etc) e direito enquanto
matéria, no caso das fontes materiais (substância/valor/justiça).
Fonte Formal do Direito: é aquela pela qual o direito se manifesta. Dividem-se em fontes formais
imediatas e fontes formais mediatas, conforme definição abaixo:
• As fontes formais imediatas são aqueles fatos que, por si só, são fatos geradores do direito,
como por exemplo, as normas legais.
Para que um processo jurídico constitua fonte formal é necessário que tenha o poder de criar o
Direito. Este significa introduzir no ordenamento jurídico novas normas jurídicas.
No Brasil, temos algumas formas de expressão das fontes formais, sendo as leis a principal forma de
expressão; contando também com a jurisprudência (conjunto de entendimentos de determinado
tribunal) e a doutrina.
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Fonte Material do Direito: É o estudo filosófico ou sociológico dos motivos éticos ou dos fatos
econômicos que condicionam o aparecimento e as transformações das regras do direito. São
constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas que emergem na sociedade e que são
condicionados pela moral, economia, geografia.
As fontes materiais do direito previdenciário consistem, portanto, nos fatores que interferem na
produção de suas normas jurídicas, como, por exemplo, os fundamentos do surgimento dos
benefícios previdenciários e os costumes nas relações entre o INSS e o segurado.
São elementos que emergem da própria realidade social e dos valores que inspiram o
comportamento a ser tutelado e que levam ao vislumbre de um direito. A título exemplificativo, as
fontes materiais, dentre outras, podem ser:
- Fontes materiais históricas;
- Fontes materiais religiosas;
- Fontes materiais econômicas;
- Fontes materiais naturais;
- Fontes materiais políticas;
- Fontes materiais morais.
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No sentido material, portanto, pode-se afirmar que todo fato social é fonte do direito. Tudo o que
acontece de relevante pode dar ensejo à criação, alteração ou extinção de direitos.
No campo específico da Seguridade Social, o direito surge de variáveis sociais e econômicas como a
expectativa de vida da população, riqueza do país, Índices de desemprego, saúde dos trabalhadores,
número de acidentes do trabalho, etc.
Existem duas grandes teorias que versam sobre a autonomia do Direito Previdenciário, senão
vejamos:
• A teoria monista diz que o Direito previdenciário está inserido no Direito do Trabalho; e
• A teoria dualista, que dispõe haver plena autonomia do direito previdenciário sem qualquer
interferência do direito trabalhista.
Atualmente a grande maioria dos juristas defende e milita na teoria dualista, que prega a autonomia
entre direito do trabalho e direito previdenciário.
O Direito Previdenciário é definindo como um conjunto de regras que regem o seguro social, que
tem objetos, princípios e instituto próprios e normas específicas que tratam de Seguridade Social,
além de conter um grande repertório jurisprudencial e doutrinário distintos.
Se é verdade que em alguns casos, direito previdenciário e direito do trabalho se aproximam,
também é verdade que na maioria das ocorrências tal relacionamento não acontece, não sendo
correto dizer, atualmente, que o Direito Previdenciário seja um apêndice do Direito Laboral.
O Direito do Trabalho, por cuidar basicamente de relações dentre particulares (relação
empregatícia), situa-se no campo do Direito Privado; o Direito Previdenciário, no entanto, possui
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natureza jurídica de direito público, pois a relação entre as partes estabelece-se por força da lei e
não por suas vontades.
O Poder Constituinte de 1988 criou um capítulo próprio para a Seguridade Social no Capítulo II,
incluído no Título VIII (“Da Ordem Social”), no qual constam várias disposições sobre Seguridade
Social, abrangendo a Previdência Social, Assistência Social e Saúde, que vai do artigo 194 até o artigo
204, tornando este instituto de Direito Previdenciário totalmente desvinculado do Direito do
Trabalho, que teve suas prescrições incluídas no Capítulo II (“Dos Direitos Sociais”) do Título II (“Dos
Direitos e Garantias Fundamentais”) no artigo 7º.
O Direito Previdenciário adquiriu status de ramo autônomo do direito por possuir métodos próprios,
objeto próprio, princípios próprios, leis específicas e divisão interna, segundo critérios pacificamente
aceitos pela doutrina dominante.
O objeto do direito previdenciário é disciplinar a Previdência Social regrando a relação jurídica de
benefício e de custeio previdenciário, além de regrar a relação jurídica de previdência
complementar.
Porém, não se pode afirmar categoricamente que a autonomia ou distanciamento desses dois
importantes ramos do Direito implica em seu isolamento absoluto, haja vista que do ponto de vista
científico o Direito é uno e as ciências jurídicas do nosso ordenamento são um feixe de regras que
se relacionam e se interpenetram.
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VIGÊNCIA
A vigência é a propriedade das regras jurídicas que estão prontas para produzir seus efeitos. É uma
característica da norma que indica o lapso de tempo no qual a conduta por esta prescrita é exigível.
Em outras palavras, a vigência indica o período no qual as normas jurídicas têm efeito, bem como
diz respeito à sua existência jurídica em determinado momento.
Não devemos confundir vigência, validade e eficácia, pois possuem conceitos jurídicos distintos,
senão vejamos:
Validade: a validade de uma norma significa, apenas, que ela está integrada ao ordenamento
jurídico, ou seja, pertence ao conjunto das normas jurídicas.
Vigência: é a propriedade das regras jurídicas que estão prontas para produzir seus efeitos.
Eficácia: diz respeito à possibilidade concreta de produção de efeitos.
Obs.: A vigência é requisito necessário para a eficácia da lei, mas tais conceitos não podem
ser confundidos.
Para exemplificar, podemos citar uma lei publicada dia 15 de agosto de 2018, aumentando uma
contribuição previdenciária de 11% para 14%, cuja lei tenha fixado o início da sua vigência em 01 de
setembro de 2018. Assim sendo, no dia 15/08/2018 a lei já é válida, porém ainda não está vigente.
No dia 01 de setembro de 2018 a lei estará válida e vigente, porém ainda não estará eficaz, uma vez
que, para tornar-se eficaz e produzir seus efeitos, a lei que aumenta contribuição de Seguridade
Social deverá respeitar a anterioridade nonagesimal (conhecida também por anterioridade mitigada
ou noventena), somente podendo ser exigida após 90 dias contados da data da publicação da lei.
Após os 90 dias contados da publicação da lei, esta lei terá sua eficácia, além de válida (desde a
publicação em 15/08/2018) e vigente (desde 01/09/2018, conforme previsto na própria lei)
ATENÇÃO: Para esta lei ser eficaz, não são contados 90 dias da vigência, mas sim contados
da publicação da lei).
Geralmente, uma norma entra em vigor no momento de publicação do texto legal que a veicula. No
entanto, pode ser estabelecido no próprio texto legislativo que a norma só passará a viger após
certo período de tempo, contado a partir da sua publicação. Tal período é denominado “vacatio
legis”.
No exemplo acima, a “vacatio legis” é o período compreendido entre a publicação da lei, em
15/08/2018 e sua vigência, em 01/09/2018.
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Convém lembrar que a Lei de Introdução às Normas do Direito (LINDB), de 1942, estabelece, em seu
artigo 1º, que:
“Art. 1º. Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e
cinco dias depois de oficialmente publicada”.
Podemos concluir, portanto, que uma lei pode não especificar o seu período de vacância, que então
será de 45 dias após oficialmente publicada.
Em relação ao prazo de vigência temos, portanto, algumas situações possíveis abaixo
exemplificadas:
• Situação 1: “Esta lei entra em vigor na data de sua publicação”. Neste caso, a vigência é
imediata, na data da publicação ;
• Situação 2: “Esta lei entra em vigor no dia 25/09/2018” (data hipotética). Neste caso, a
própria lei determina quando será o início da vigência;
• Situação 3: “Esta lei entra em vigor no primeiro dia do segundo mês subsequente à sua
publicação”. Neste caso, a lei determina uma regra para a apuração da data de início da
vigência;
• Situação 4: A lei nada diz a respeito da vigência. Neste caso, devemos utilizar a regra de
vigência prevista no art. 1º da LINDB: “Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar
em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”
INTERPRETAÇÃO
Nesta técnica interpretativa busca-se o sentido da lei mediante a análise do significado das
palavras utilizadas pelo legislador, levando-se em conta exclusivamente o rigoroso significado
literal das palavras constantes do texto legal, sem considerar outros valores interpretativos.
Por tratar-se de um método muito restrito, não deve, salvo disposição em contrário, ser
utilizada isoladamente.
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Nesta técnica interpretativa busca-se o fim almejado pelo legislador, ou seja, o intérprete
busca o sentido da norma por meio do entendimento da finalidade de sua inserção no
ordenamento jurídico e por meio dos valores por ela tutelados.
• Interpretação sistemática
Nesta técnica interpretativa a norma é analisada como parte de um sistema jurídico na qual
está inserida, uma vez que a lei não existe isoladamente, devendo ser interpretada em
conjunto e de forma compatível com outros diplomas legais do ordenamento jurídico e com
os princípios de direito envolvidos.
Deve-se buscar harmonia e unicidade, característicos do ordenamento jurídico brasileiro,
evitando contradições.
• Interpretação histórica
• Interpretação lógica
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b) poderá ser elaborada nova lei para dirimir dúvidas sobre lei já existente.
• Interpretação judicial
• Interpretação administrativa
• Interpretação doutrinária
• Interpretação declaratória
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INTEGRAÇÃO
Como vimos, interpretar é buscar o conteúdo e o alcance de determinada norma jurídica. Ou seja,
quando utilizamos as técnicas de interpretação, estamos diante a norma jurídica existe, cabendo
apenas interpretá-la.
Entretanto, pode ocorrer de não existir no sistema jurídico uma norma para a situação que se
apresente para resolver. Neste caso, a interpretação torna-se prejudicada, pois não norma alguma
a se interpretar, uma vez que estamos diante de lacunas normativas, ou seja, situações não
disciplinadas por lei, mas que precisam de uma solução a ser dada pelo direito. Neste caso, o
aplicador da lei utiliza-se das técnicas de integração da legislação, para garantir a plenitude do
direito.
Em resumo, podemos distinguir a interpretação da integração conforme segue:
Pelo princípio da plenitude do direito, o juiz está proibido de deixar de decidir os litígios a ele
submetidos sob a alegação de que não existe lei disciplinando a matéria, pois, nestes casos, deverá
utilizar as técnicas de integração, conforme previsto em nosso ordenamento jurídico.
Integrar, portanto, significa preencher as lacunas da lei. Assim sendo, o intérprete fica autorizado a
suprir tais lacunas existentes na norma por meio da utilização de técnicas integrativas.
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A regra geral básica para solucionar o problema das lacunas no direito brasileiro está prevista no art.
4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB, conforme segue:
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais de direito.
(grifos nossos)
Segue abaixo relação com as técnicas de integração previstas na LINDB:
• Analogia;
• Costumes; e
• Princípios Gerais do Direito
• a analogia;
• os princípios gerais de direito tributário;
• os princípios gerais de direito público; e
• a equidade.
A doutrina previdenciária tem adotado, outrossim, técnicas de integração mais específicas para a
Seguridade Social, como segue:
• a analogia;
• os princípios gerais da Seguridade Social;
• os princípios gerais de direito; e
• a equidade.
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Analogia
Pela analogia, a lacuna deverá ser preenchida buscando-se solução para casos semelhantes no
ordenamento jurídico, para os quais exista norma jurídica. Pelo conceito de analogia, casos
parecidos devem ser julgados de maneira semelhante.
O uso da analogia, nos termos do § 1º do art. 108 do CTN, não poderá resultar na exigência de uma
contribuição previdenciária não previsto em lei.
A utilização da analogia tem por fundamento o princípio da isonomia, pois em casos semelhantes
devem-se aplicar soluções análogas.
Não preenchida a lacuna por meio da analogia, deve o responsável pela aplicação da legislação
previdenciária recorrer-se dos Princípios Gerais da Seguridade Social.
Tais princípios estão previstos na Constituição Federal, mais exatamente nos artigos 194 a 204.
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Equidade
Caso nenhuma das técnicas anteriores preencha a lacuna normativa, a autoridade responsável pela
aplicação da legislação previdenciária se utilizará da equidade, procurando dar a solução mais justa,
por meio da humanização da aplicação normativa.
Quando decide por equidade, o juiz aplicará a norma que estabeleceria se fosse o legislador, com o
mais amplo senso de justiça.
Neste caso, a decisão é carregada de um amplo grau de discricionariedade para preencher a lacuna,
adequando o ordenamento jurídico, na falta de norma específica, às especificidades apresentadas
no caso concreto, decidindo da forma que entenda ser a mais justa.
O uso da equidade, nos termos do § 2º do art. 108 do CTN, não poderá resultar na dispensa de
pagamento de uma contribuição previdenciária devida.
Costumes
Nos termos do art. 4º da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Considera-se costume a prática reiterada no tempo que se subtende obrigatória. A isso chamamos
juridicamente de costume, havendo a presença de dois elementos que o compõem:
Preenchidos esses dois requisitos (reiteração no tempo e obrigatoriedade social), podemos dizer,
então, que temos um costume dentro de uma sociedade politicamente organizada. Aliás, as
regulações jurídicas, no seu nascedouro, eram tipicamente consuetudinárias (baseadas nos
costumes). Com o passar dos tempos, a lei foi assumindo o papel de destaque e os costumes se
tornaram secundários nas resolução dos conflitos sociais.
No ordenamento jurídico brasileiro é vedada a revogação da lei pelos costumes, seja na hipótese de
provocar o seu desuso, seja no caso de ser contrário à lei.
HIERARQUIA
As normas que compõem o ordenamento jurídico brasileiro guardam hierarquia entre si, ou seja,
existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores.
Em se tratando de conflitos positivos (mais de uma norma sobre o assunto), temos as seguintes
regras básicas de solução de antinomias (contradição entre duas leis):
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Portanto, quanto da aplicação da lei, deve-se seguir uma hierarquia, ou seja, as leis de menor grau
devem obedecer às de maior grau.
• No topo da hierarquia temos as normas constitucionais originais ou reformadoras.
• Seguem-se as leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, as medidas provisórias e
os decretos legislativos que internalizam, no direito brasileiro, as convenções, tratados e
acordos internacionais firmados pelo Brasil.
1
• Logo abaixo estão, como norma infralegal, as normas regulamentares de âmbito
administrativo. Assim, os decretos expedidos pelo Presidente da República (art. 84, IV, da
CF/88), as resoluções, as portarias, as instruções normativas, as ordens de serviço e os
pareceres normativos são aceitos como fontes formais, na medida em que observem as
normas de hierarquia superior, uma vez que estes atos se destinam a trazer concretude para
a norma legal, orientando a forma de proceder da própria administração.
Como se constata, há uma evidente hierarquia entre as fontes. O ordenamento jurídico nacional
caracteriza as normas em categorias, quanto à hierarquia, da seguinte forma:
Normas Constitucionais:
• Constituição Federal;
• Emendas Constitucionais.
• Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros são equivalentes a emendas constitucionais, nos termos do § 3º do art. 5º da CF/88.
As normas constitucionais são as normas mais importantes do ordenamento jurídico nacional. Por
tal razão, um dos princípios pertinentes à Constituição Federal é o princípio da supremacia
Constitucional.
Normas Infraconstitucionais:
• Normas Supralegais;
• Normas Legais; e
• Normas Infralegais.
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Normas Legais:
• Leis Complementares;
• Leis Ordinárias;
• Leis Delegadas;
• Medidas Provisórias;
• Decretos Legislativos; c
• Resoluções da Câmara dos Deputados;
• Resoluções do Senado Federal; e
• Tratados internacionais que não versarem sobre direitos humanos serão
equivalentes às leis ordinárias (não podendo, portanto, disciplinar matéria
reservada a lei complementar).
Esses atos estão no patamar mais baixo da hierarquia normativa. Caso as normas
infralegais deixem de respeitar as Normas Constitucionais, as Normas Supralegais
ou as Normas Legais, deverão ser declaradas inconstitucionais ou ilegais.
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Ainda dentro da legislação previdenciária, vejamos o que está disposto no art. 85-A da lei 8.212/91:
Art. 85-A. Os tratados, convenções e outros acordos internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo
internacional e o Brasil sejam partes, e que versem sobre matéria previdenciária, serão interpretados como lei
especial.
Como podemos observar, os tratados, convenções e outros acordos internacionais que versem
sobre matéria previdenciária serão considerados como lei especial e não lei geral. Assim, pelo
critério da especialidade, havendo conflito entre lei interna e um tratado que trade de matéria
1 (tratado) sobre a norma geral (lei interna).
previdenciária, deverá prevalecer a norma especial
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...)
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
(...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos
Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para
atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrário.
f
APOSTA ESTRATÉGICA
A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais possuem chances de
serem cobrados em prova, considerando o histórico de questões da banca em provas de
nível semelhante à nossa, bem como as inovações no conteúdo, na legislação e nos
entendimentos doutrinários e jurisprudenciais.
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Interpretação:
GRAMATICAL / LITERAL
FINALÍSTICA / TELEOLÓGICA
QUANTO AO
SISTEMÁTICA
MEIO
HISTÓRICA
9
LÓGICA
LEGISLATIVA / AUTÊNTICA
JUDICIAL
QUANTO À
ORIGEM (FONTE)
ADMINISTRATIVA
DOUTRINÁRIA
QUANTO À DECLARATÓRIA
FINALIDADE
EXTENSIVA
(EFEITOS OU
RESULTADOS) RESTRITIVA
GRAMATICAL / LITERAL
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FINALÍSTICA OU TELEOLÓGICA
SISTEMÁTICA
5
INTERPRETAÇÃO EM CONJUNTO E COMPATÍVEL COM OUTROS
DIPLOMAS LEGAIS DO ORDENAMENTO JURÍDICO E COM
OS PRINCÍPIOS DE DIREITO ENVOLVIDOS.
HISTÓRICA
LÓGICA
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LEGISLATIVA OU AUTÊNTICA
JUDICIAL
ADMINISTRATIVA
DOUTRINÁRIA
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DECLARATÓRIA
EXTENSIVA (AMPLA)
==1c1f95==
RESTRITIVA (LIMITATIVA)
Competência Legislativa:
Conforme previsão constitucional, compete privativamente à União legislar sobre questões
relacionadas a seguridade social. Contudo, lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar
sobre questões específicas relacionadas à Seguridade Social.
Ademais, compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre
previdência social.
Nos casos de legislação concorrente entre União, Estados e Distrito Federal, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
Outrossim, a competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
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Caso inexista lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades. No entanto, a superveniência de lei federal sobre normas gerais
suspenderá a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL +
LEIS LEIS ATOS
(SENTIDO AMPLO) ADMINISTRATIVOS
COMPLEMENTARES EM GERAL
FONTE LEIS
FORMAL ORDINÁRIAS ATER-SE AO DISPOSTO EM
LEI, PERMITINDO SUA
JURISPRUDÊNCIA MEDIDA APLICAÇÃO AO CASO
CONCRETO.
PROVISÓRIA
LEI SEM TRAZER
INOVAÇÕES
DELEGADA
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
LEI Nº 8.742/93
(LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – LOAS)
DECRETO Nº 6.214/07
(REGULAMENTA O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA)
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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DECORRE DA EXISTÊNCIA DE
PRINCÍPIOS JURÍDICOS PRÓPRIOS
APLICAÇÃO DAS
NORMAS
PREVIDENCIÁRIAS
Vigência
VIGÊNCIA
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Integração
ANALOGIA
PRINCÍPIOS GERAIS DA
FERRAMENTAS SEGURIDADE SOCIAL
PARA A
INTEGRAÇÃO PRINCÍPIOS GERAIS
DO DIREITO
EQUIDADE
ANALOGIA
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EQUIDADE
COSTUMES
QUESTÕES ESTRATÉGICAS
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COMENTÁRIOS:
As fontes formais do direito são aquelas pela qual o direito se manifesta. Tais fontes podem ser
imediatas ou mediatas.
As fontes formais imediatas são aqueles fatos que, por si só, são fatos geradores do direito, como
por exemplo, as normas legais.
As fontes formais mediatas são os princípios gerais do direito, a jurisprudência e a doutrina. São os
meios de expressão do Direito, as formas pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, tornam-se
conhecidas.
As fontes do Direito Previdenciário também podem ser primárias ou secundárias.
Fontes Primárias (também denominadas fonte legal, direta ou imediata), corresponde às que têm
força suficiente para gerar a regra jurídica, podendo inovar no ordenamento jurídico.
Fontes Secundárias (também denominadas fontes infralegais ou mediatas), correspondem às que
não têm a força das primeiras, mas esclarecem os espíritos dos aplicadores da lei e servem de
precioso substrato para a compreensão e aplicação global do Direito, sem inovar.
No direito Previdenciário temos como principais fontes formais:
• Constituição Federal – fonte primária;
• Lei nº 8.212/91 (custeio) e Lei nº 8.213/91 (benefícios) – fonte primária;
• RPS, aprovado pelo decreto nº 3.048/99 (custeio e benefícios) – fonte secundária;
• Instrução normativa INSS/PRES nº 77/2015 (benefícios) – fonte secundária;
• Instrução normativa RFB nº 971/2009 (custeio) – fonte secundária;
• Lei nº 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS) – fonte primária;
• Decreto nº 6.214/07 (regulamenta o Benefício de Prestação Continuada) – fonte secundária.
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Assim sendo podemos perceber que dentre as fontes formais do direito previdenciário incluem-se a
CF e as Leis nº 8.212/1991 e nº 8.213/1991, como afirma o enunciado. Assertiva correta.
Gabarito: CERTO.
COMENTÁRIOS:
A assertiva está incorreta, pois o enquadramento do Direito Previdenciário, apesar de não ser
pacífico, tem sido classificado pelos doutrinadores mais atuais como ramo do direito social,
enquanto outros classificam como ramo do direito público (corrente tradicionalista), voltada para o
estudo e a regulamentação da Seguridade Social. Evidentemente, nunca será direito privado, já que,
na relação jurídico-securitária, há a participação do Estado, dotado de seu poder de império,
determinando a filiação compulsória ao sistema e exigindo o pagamento de contribuições.
Trata-se, outrossim, de um ramo autônomo do direito público, uma vez que possui métodos, objeto
e princípios jurídicos próprios, além de leis específicas e divisão interna.
Além disso, a própria CF/88 separou a Previdência Social do ramo do Direito do Trabalho, dando
àquela vida autônoma, não mais prevalecendo a antiga concepção de que a previdência pertencia,
em termos normativos, ao direito do trabalho.
No entanto, apesar de didaticamente autônimo, o direito previdenciário não é independente dos
demais ramos do direito, devendo suas normas e princípios respeitar e ser compatível com os demais
princípios e ramos do direito, uma vez que o direito é uno e indivisível. Mas, para efeito sistemático
e didático, o direito é dividido em ramos e o direito previdenciário pertence a um ramo
didaticamente autônomo.
Gabarito: ERRADO.
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COMENTÁRIOS:
A vigência é a propriedade das regras jurídicas que estão prontas para produzir seus efeitos. É uma
característica da norma que indica o lapso de tempo no qual a conduta por esta prescrita é exigível.
Em outras palavras, a vigência indica o período no qual as normas jurídicas têm efeito, bem como
diz respeito à sua existência jurídica em determinado momento.
Para responder essa questão vamos consultar o art. 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito
Brasileiro - LINDB:
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de
oficialmente publicada.
(Destaques Nossos).
Podemos concluir, portanto, que uma lei pode não especificar o seu período de vacância, que então
será de 45 dias após oficialmente publicada. Sendo assim podemos concluir que a assertiva está
correta.
Contudo nunca nos esqueçamos do “salvo disposição contrária”, evitando cairmos em pegadinhas.
Gabarito: CERTO.
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COMENTÁRIOS:
Interpretação é a parte da ciência jurídica que estuda os métodos e processos lógicos que objetivam
definir o conteúdo, sentido e o alcance das normas jurídicas.
Os métodos de interpretação utilizados são:
Interpretação quanto ao meio
• Interpretação gramatical ou literal (também conhecida como interpretação semântica,
textual ou verbal);
• Interpretação finalística ou teleológica;
• Interpretação sistemática;
• Interpretação histórica;
• Interpretação lógica.
Interpretação quanto à origem (quanto à fonte)
• Interpretação legislativa ou autêntica;
• Interpretação judicial;
• Interpretação administrativa;
• Interpretação doutrinária.
Interpretação quanto à finalidade (efeitos ou resultados)
• Interpretação declaratória
• Interpretação extensiva
• Interpretação restritiva
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A interpretação teleológica é uma técnica em que se busca o fim almejado pelo legislador, ou seja,
o intérprete busca o sentido da norma por meio do entendimento da finalidade de sua inserção no
ordenamento jurídico e por meio dos valores por ela tutelados.
Por outro lado, pela interpretação sistemática a norma é analisada como parte de um sistema
jurídico na qual está inserida, uma vez que a lei não existe isoladamente, devendo ser interpretada
em conjunto e de forma compatível com outros diplomas legais do ordenamento jurídico e com os
princípios de direito envolvidos, devendo-se buscar harmonia e unicidade, característicos do
ordenamento jurídico brasileiro, evitando contradições.
Desta forma, fica evidente que a assertiva trata da técnica de interpretação sistemática (e não de
interpretação teleológica).
Gabarito: ERRADO.
COMENTÁRIOS:
Por meio da interpretação sistemática, a norma é analisada como parte de um sistema jurídico na
qual está inserida, uma vez que a lei não existe isoladamente, devendo ser interpretada em conjunto
e de forma compatível com outros diplomas legais do ordenamento jurídico e com os princípios de
direito envolvidos, devendo-se buscar harmonia e unicidade, característicos do ordenamento
jurídico brasileiro, evitando contradições.
Assim sendo, correta está a presente assertiva ao afirmar que, no método de interpretação
sistemático, o intérprete busca compatibilizar o texto legal a ser interpretado com as demais normas
que compõem o ordenamento jurídico, visualizando a lei objeto de interpretação como parte de um
todo.
Gabarito: CERTO.
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COMENTÁRIOS:
Por meio da Interpretação gramatical ou literal, o intérprete busca o sentido e o alcance da lei
mediante a análise do significado das palavras utilizadas pelo legislador, levando-se em conta
exclusivamente o rigoroso significado literal das palavras constantes do texto legal, sem considerar
outros valores interpretativos. Por tratar-se de um método muito restrito, não deve, salvo disposição
em contrário, ser utilizada isoladamente.
Desta forma, podemos afirmar que a assertiva está correta, pois, de fato, ao se utilizar do método
de interpretação gramatical, o intérprete busca a literalidade do dispositivo legal.
Gabarito: CERTO.
COMENTÁRIOS:
Essa questão fala sobre competência legislativa. As regras sobre este assunto são encontradas na
Constituição Federal. Assim sendo, vamos consultar a CF/88 e conferir a resposta:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
(...)
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Apesar de não constar o Distrito Federal no texto da Constituição Federal, ainda assim a assertiva
está correta, pois o DF tem as mesmas competências legislativas dos Estados e Municípios. Como
podemos ver, a assertiva está correta.
Gabarito: CERTO.
COMENTÁRIOS:
Essa questão fala sobre competência legislativa. As regras sobre esse assunto são encontradas na
Constituição Federal. Vamos, então, consultá-la em seus artigos 22 e 24 abaixo:
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
(...)
XXIII - seguridade social;
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
(...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos
Estados.
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§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para
atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for
contrário.
Podemos concluir que a assertiva está errada ao afirmar que é vedado aos Estados e ao Distrito
Federal legislar sobre a previdência social, pois, de acordo com a CF/88, em regra, Estados e Distrito
Federal cuidam da suplementação da norma, tornando-as adequadas às necessidades especificas de
cada região, cabendo à União a tarefa de estabelecer as normas gerais.
Gabarito: ERRADO.
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PERGUNTAS
A lei em sentido amplo (lato senso) compreende todo o conjunto de normas referentes ao
funcionamento da Previdência Social, sejam normas legais (conhecidas como primárias, que
podem inovar), sejam normas infralegais (conhecidas como secundárias, que não podem
inovar).
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Fontes Materiais do Direito são os estudos filosófico ou sociológico dos motivos éticos ou
dos fatos econômicos que condicionam o aparecimento e as transformações das regras do
direito. São constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas que emergem na sociedade e
que são condicionados pela moral, economia, geografia. No sentido material, portanto,
pode-se afirmar que todo fato social é fonte do direito. Tudo o que acontece de relevante
pode dar ensejo à criação, alteração ou extinção de direitos.
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Segundo a doutrina previdenciária, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo
com:
• Analogia;
• Princípios gerais da Seguridade Social;
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Normas Constitucionais:
• Constituição Federal;
• Emendas Constitucionais.
• Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros (são equivalentes a emendas constitucionais, nos
termos do § 3º do art. 5º da CF/88.
Normas Infraconstitucionais:
• Normas Supralegais;
• Normas Legais; e
• Normas Infralegais.
• Normas Legais:
o Leis Complementares;
o Leis Ordinárias;
o Leis Delegadas;
o Medidas Provisórias;
o Decretos Legislativos;
o Resoluções da Câmara dos Deputados;
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• Normas Infralegais:
o Decretos;
o Portarias;
o Instruções Normativas;
o Ordens de Serviço;
o outros atos administrativos.
Muito bem, pessoal! Finalizamos mais uma aula do nosso Passo Estratégico de Direito
Previdenciário.
O assunto desse relatório é muito cobrado em provas de concursos e servirá, também, como uma
importante base conceitual para os capítulos seguintes.
Rubens Mauricio
@profrubensmauricio
/profrubensmauricio
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GABARITO
1. CERTO
2. ERRADO
3. CERTO
4. ERRADO
5. CERTO
6. CERTO
7. CERTO
8. ERRADO
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