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By @kakashi_copiador

Aula 08
INSS (Técnico do Seguro Social) Passo
Estratégico de Direito Previdenciário -
2023 (Pré-Edital)

Autor:
Rubens Mauricio Corrêa

26 de Janeiro de 2023
Rubens Mauricio Corrêa
Aula 08

Índice
1) O que é mais cobrado no assunto - Salário de Benefício, RMI, DIB e DCB
..............................................................................................................................................................................................3

2) Roteiro de Revisão - Salário de Benefício, RMI, DIB e DCB


..............................................................................................................................................................................................6

3) Aposta Estratégica - Salário de Benefício, RMI, DIB e DCB


..............................................................................................................................................................................................
42

4) Questões Comentadas - Salário de Benefício, RMI, DIB e DCB


..............................................................................................................................................................................................
51

5) Questionário de Revisão - Salário de Benefício, RMI, DIB e DCB


..............................................................................................................................................................................................
69

6) Lista de Questões - Salário de Benefício, RMI, DIB e DCB


..............................................................................................................................................................................................
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ANÁLISE ESTATÍSTICA
Inicialmente, convém destacar os percentuais de incidência de todos os assuntos
previstos no nosso curso, com base na banca Cebraspe, em ordem decrescente –
ou seja, quanto maior o percentual de cobrança de um dado assunto, maior sua
importância:

QUESTÕES
ASSUNTO CESPE %
ANALISADAS

Lei 8.742/93 (LOAS) 81 11,93%


Princípios e objetivos da Seguridade Social 47 6,92%
Financiamento da Seguridade Social 35 5,15%
Saúde, assistência social e previdência social 32 4,71%
Origem e evolução legislativa da Seguridade Social 31 4,57%
Salário-de-contribuição 29 4,27%
Dependentes 26 3,83%
Empregado 26 3,83%
Arrecadação e recolhimento 25 3,68%
Pensão por morte 24 3,53%
Aposentadoria por incapacidade permanente 22 3,24%
Segurado facultativo 22 3,24%
Receitas das contribuições sociais 21 3,09%
Aposentadoria programada 21 3,09%
Carência 20 2,95%
Auxílio-acidente 20 2,95%
Auxílio por incapacidade temporária 19 2,80%
Manutenção e perda qualidade de segurado 18 2,65%
Segurado especial 18 2,65%
Cálculo do valor do benefício 16 2,36%
Aposentadoria por idade 16 2,36%
Contribuinte individual 15 2,21%
Conceito de Seguridade Social 14 2,06%

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Legislação previdenciária 13 1,91%


Reconhecimento da filiação 12 1,77%
Salário-maternidade 8 1,18%
Aposentadoria especial 8 1,18%
Salário-família 8 1,18%
Auxílio-reclusão 8 1,18%
Conceito de empresa e empregador domest. 7 1,03%
Inscrição 3 0,44%
Recursos das decisões administrativas 3 0,44%
Empregado doméstico ==5617c==

3 0,44%
Espécies de prestações 2 0,29%
Justificação administrativa 2 0,29%
Trabalhador avulso 2 0,29%
Habilitação e reabilitação profissional 1 0,15%
Receitas de outras fontes 1 0,15%

Total Geral 679 100,00%

Os assuntos deste relatório possuem um grau de incidência de 25,05% nas


questões colhidas, com destaque para pensão por morte e aposentadoria por
incapacidade permanente, totalizando 6,77% das questões analisadas, dentre os
assuntos previstos no último edital.

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O QUE É MAIS COBRADO DENTRO DO ASSUNTO?

Considerando os tópicos que compõem APENAS o nosso assunto deste relatório,


possuímos a seguinte distribuição percentual, em ordem decrescente de cobrança:

Tópico % de cobrança

Pensão por morte 14,11%

Aposentadoria por incapacidade permanente 12,95%

Aposentadoria por tempo de contribuição 12,36%

Auxílio-acidente 11,78%

Auxílio por incapacidade temporária 11,16%

Cálculo do Valor do Benefício 9,41%

Aposentadoria por idade 9,41%

Salário-maternidade 4,70%

Aposentadoria especial 4,70%

Salário-família 4,70%

Auxílio-reclusão 4,70%

TOTAL 100 %

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ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE


MERECEM DESTAQUE

Para revisar e ficar bem-preparado nos assuntos deste relatório, você precisa,
basicamente, seguir os passos a seguir:

SALÁRIO DE BENEFÍCIO

Salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos


benefícios de prestação continuada da Previdência Social (exceto o salário-família,
salário-maternidade, pensão por morte e auxílio reclusão).
Ou seja, o salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda
mensal dos seguintes benefícios:

• aposentadoria por incapacidade permanente;


• aposentadoria programada (por idade e tempo de contribuição);
• aposentadoria por idade do trabalhador rural;
• aposentadoria especial;
• auxílio por incapacidade temporária; e
• auxílio-acidente.

Não serão calculados com base no salário-de-benefício o valor dos seguintes


benefícios de prestação continuada da Previdência Social (porém utilizam
INDIRETAMENTE o salário-de-benefício no seu cálculo, como estudaremos
oportunamente):

• pensão por morte (cálculo indireto por meio do salário-de-benefício); e


• auxílio-reclusão (cálculo indireto por meio do salário-de-benefício).

Por outro lado, não serão calculados com base no salário-de-benefício o valor dos
seguintes benefícios de prestação continuada da Previdência Social:

• salário-família;

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• salário-maternidade; e
• os demais benefícios previstos em legislação especial.

Podemos afirmar, em síntese, que o salário-de-benefício será utilizado, em regra,


como valor base para o cálculo da renda mensal dos benefícios.
Como vimos, o salário-maternidade e o salário-família não são calculados com base
no salário-de benefício, conforme estudaremos adiante, ainda nessa aula.
Outrossim, a pensão por morte e o auxílio-reclusão, apesar da legislação
previdenciária não utilizar diretamente o salário-de-benefício como forma de
cálculo, serão calculados indiretamente por meio do salário-de-benefício, como
estudaremos também nessa aula.

Para os benefícios de aposentadoria programada (por idade e tempo de


contribuição), aposentadoria especial, aposentadoria por incapacidade
permanente, auxílio por incapacidade temporária e auxílio-acidente, o SALÁRIO-
DE-BENEFÍCIO será a média aritmética simples dos salários-de-contribuição,
considerados para a concessão do benefício atualizados monetariamente,
correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela
competência.
Como pudemos observar, o salário-de-benefício é calculado com base nos salários-
de-contribuição do segurado. Salário-de-contribuição é, em regra, a base de
cálculo da contribuição previdenciária dos segurados (exceto segurado especial),
sobre a qual se calculou e houve incidência de contribuição previdenciária.
Os salários-de-contribuição utilizados no cálculo do salário-de-benefício serão
reajustados de acordo com a variação integral do INPC (Índice Nacional de Preços
ao Consumidor), atualizando, desta forma, todos os salários-de-contribuição para
valor presente.

ATENÇÃO: O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um


salário-mínimo, nem superior ao do limite máximo do salário-de-
contribuição, na data de início do benefício.

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Assim, no momento do cálculo do salário-de-benefício, os seguintes passos serão


seguidos:
• serão levantados todos os salários-de-contribuição desde 07/1994, mês a
mês;
• todos esses salários serão multiplicados por um índice de correção, para
trazê-los para um valor presente. Por exemplo: um salário de R$100,00 em
1995, não vale o mesmo hoje. Somente saberemos o quanto vale hoje após
a aplicação do índice de atualização.
• É feita uma média aritmética simples de todos os salários-de-contribuição
corrigidos. Para se fazer essa média, soma-se o valor de todos os salários
corrigidos e divide-se pelo número de salários. Por exemplo, se um segurado
possui 240 salários-de-contribuição para serem analisados, soma-se o valor
atualizado desses 240 salários-de-contribuição e divide-se o resultado obtido
por 240.

ATENÇÃO: Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido


benefícios por incapacidade, sua duração será contada para cálculo do
salário-de-benefício. Neste período, considerar-se-á como salário-de-
contribuição o respectivo salário-de-benefício que serviu de base para o
cálculo da renda mensal do benefício por incapacidade, reajustado nas
mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser
inferior ao valor de 1 (um) salário-mínimo e nem superior ao limite máximo
do salário-de-contribuição.

O salário-de-benefício do segurado especial consiste, em regra, num valor


equivalente ao salário-mínimo. No entanto, quando o segurado especial contribui,
adicional e facultativamente, com 20% sobre o salário-de-contribuição, o salário-
de-benefício será calculado da mesma forma que o cálculo efetuado para os demais
segurados.

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CONSIDERA-SE PERÍODO CONTRIBUTIVO

- Para o empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso: o


conjunto de meses em que houve ou deveria ter havido contribuição em
razão do exercício de atividade remunerada sujeita a filiação obrigatória
ao RGPS.

- Para os demais segurados, inclusive o facultativo: o conjunto de meses


de efetiva contribuição ao RGPS.

Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que


tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas
não possam comprovar o valor de seus salários-de-contribuição no período básico
de cálculo, será considerado, para o cálculo do benefício referente ao período sem
comprovação do valor do salário de contribuição, o valor do salário-mínimo e essa
renda será recalculada quando da apresentação de prova dos salários de
contribuição.
Quando inexistirem salários de contribuição a partir de julho de 1994, as
aposentadorias terão o valor correspondente ao do salário-mínimo. Contudo, a
renda mensal inicial pro rata (proporcional) dos benefícios concedidos com base
em acordos internacionais, será proporcional ao tempo de contribuição para
previdência social brasileira e poderá ter valor inferior ao do salário-mínimo.
Para os segurados contribuinte individual e facultativo optantes pelo recolhimento
trimestral, que tenham solicitado qualquer benefício previdenciário, o salário-de-
benefício consistirá na média aritmética simples de todos os salários-de-
contribuição integrantes da contribuição trimestral, desde que efetivamente
recolhidos.
No cálculo do salário-de-benefício serão considerados os salário-de-contribuição
vertidos para regime próprio de previdência social de segurado oriundo desse
regime, após a sua filiação ao Regime Geral de Previdência Social.

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Para fins do cálculo das aposentadorias programadas (aposentadorias programada,


especial e por idade do trabalhador rural e as aposentadorias transitórias por idade
e por tempo de contribuição) para as quais seja exigido tempo mínimo de
contribuição, existe a possibilidade de se excluir da média para cálculo do salário-
de-benefício os salários-de-contribuição que estejam reduzindo o valor do
benefício, caso ele já tenha o tempo mínimo necessário para a concessão do
benefício pleiteado.
O salário-de-benefício do segurado que contribuir em razão de atividades
concomitantes será calculado com base na soma dos salários-de-contribuição das
atividades exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no período básico
de cálculo.
Um segurado que possui dois empregos não terá direito a duas aposentadorias, já
que a aposentadoria no RGPS é única. Entretanto, no momento do cálculo do seu
benefício, os salários dos dois empregos serão somados, até que a soma atinja o
limite máximo do salário-de-contribuição.
O salário de benefício do auxílio por incapacidade temporária será calculado com
base na soma dos salários de contribuição referentes às atividades para as quais o
segurado seja considerado incapacitado.

FATOR PREVIDENCIÁRIO

Com a publicação da Reforma da Previdência (EC 103/2019), o uso do fato


previdenciário tornou-se bastante restrito, sendo utilizado apenas em uma das
regras de transição, nos casos de direito adquirido e nas aposentadorias por idade
e tempo de contribuição da pessoa com deficiência (nestes últimos casos, desde
que seja mais vantajoso para o segurado). Trata-se o Fator Previdenciário de um
coeficiente calculado, caso a caso, para ajustar, quando for o caso, o valor do
salário-de-benefício da aposentadoria por tempo de contribuição e idade, aplicado
na regra de transição do pedágio de 50% (que analisaremos oportunamente),
objetivando inibir e desestimular aposentadorias precoces.

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RENDA MENSAL INICIAL (RMI)

Considera-se renda mensal inicial o valor do benefício que será efetivamente pago
ao beneficiário, logo após sua concessão, sem levar em conta os reajustes
posteriores a que estiver sujeito, para preservar o real valor do benefício.
Exceto o salário-família e o salário-maternidade (que não utilizam o salário-de-
benefício no cálculo de sua renda mensal inicial), bem como a pensão por morte e
auxílio reclusão (que são calculados utilizando o salário de benefício de forma
indireta), todos os demais benefícios previdenciários serão calculados por meio da
aplicação de um percentual previsto em lei sobre o respectivo salário-de-benefício.
==5617c==

A renda mensal inicial do benefício será calculada a partir da aplicação dos


percentuais definidos em lei, sobre o respectivo salário-de-benefício.

Em regra, a renda mensal de benefício de prestação continuada que substituir o


salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não poderá ser
inferior a um salário-mínimo mensal e nem superior ao limite máximo do salário-de-
contribuição. No entanto, existem algumas exceções que devem ser observadas:
• Aposentadoria por incapacidade permanente: caso o segurado necessite a
assistência permanente de outra pessoa, terá direito a um acréscimo de 25%
no valor de sua aposentadoria por incapacidade permanente. Neste caso,
com o acréscimo de 25% o valor da renda inicial do benefício superar o limite
máximo do salário-de-contribuição;
• Salário-maternidade: para a segurada empregada e trabalhadora avulsa, a
renda mensal inicial do salário-maternidade será igual à sua remuneração
integral, podendo, portanto, superar o limite máximo do salário-de-
contribuição;
• Auxílio-acidente e salário-família: poderão ter valores inferiores ao do salário-
mínimo mensal, pois não substituem a renda mensal do segurado (segurados
recebem tais valores em conjunto com a sua remuneração pelo trabalho);
• Auxílio por incapacidade temporária: O auxílio por incapacidade temporária
do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência
social será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício
de uma delas. Neste caso, o auxílio por incapacidade temporária será
concedido em relação apenas à atividade para a qual o segurado estiver
incapacitado, podendo seu valor, em tal circunstância, ser inferior ao salário-

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mínimo mensal (desde que somado às demais remunerações recebidas pelas


outras atividades para as quais não se incapacitou, resultar valor superior ao
salário-mínimo mensal).
O valor dos benefícios de pensão por morte e auxílio-reclusão (que são devidos
apenas aos dependentes, e não aos segurados), não poderão ter seu valor global
inferior ao salário-mínimo mensal. No entanto, a cota individual de cada
dependente poderá ser inferior ao salário-mínimo.

É devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdência Social que,


durante o ano, recebeu auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente ou
aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão. Trata-
se de pagamento equivalente ao 13º salário (gratificação natalina).

➢ Aposentadoria por Incapacidade permanente – Renda Mensal Inicial (RMI)

A renda mensal inicial da aposentadoria por incapacidade permanente será, em


regra:
• Se o benefício for decorrente de acidente de trabalho, doença profissional
ou doença do trabalho: 100% do salário-de-benefício;

• Nos demais casos:


o Homem: 60% do salário-de-benefício + 2% do salário-de-benefício
para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de
contribuição.

o Mulher: 60% do salário-de-benefício + 2% do salário-de-benefício para


cada ano de contribuição que exceder a 15 anos de contribuição.

Para o segurado especial que não contribui facultativamente com 20% sobre o
salário-de-contribuição, a renda mensal inicial da sua aposentadoria por idade será
um salário-mínimo.
Caso o segurado especial tenha optado por contribuir facultativamente com 20%
sobre o salário-de-contribuição, terá direito a uma renda mensal de benefício
calculada da mesma forma que os demais segurados.

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O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que


necessitar da assistência permanente de outra pessoa (observada a relação
constante do Anexo I do Regulamento da Previdência Social - RPS), será acrescido
de 25%, sendo devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo
legal, devendo ser recalculado quando o benefício que lhe deu origem for
reajustado.

➢ Aposentadoria Programada – Renda Mensal Inicial (RMI)

A reforma da previdência também trouxe uma alteração significativa no momento


do cálculo da Renda Mensal Inicial do benefício de aposentadoria programada.
Com as novas regras, se um segurado se aposentar com o tempo mínimo de
contribuição exigido para a aposentadoria, ou seja, 20 anos para os homens e 15
anos para mulheres e, o valor da renda mensal inicial será de 60% do salário-de-
benefício. Para cada ano de trabalho que o segurado tenha além desse mínimo
exigido, acrescenta-se mais 2%. Nesse cálculo, as mulheres conseguirão se
aposentar com 100% do salário-de-benefício aos 35 anos de contribuição e os
homens, aos 40 anos de contribuição.

Resumindo, a renda mensal inicial da aposentadoria programada será:


• 60% do salário-de-benefício caso tenha atingido o tempo mínimo de
contribuição (20 anos para os homens e 15 anos para mulheres ) e
+
• 2% do salário-de-benefício para cada ano de contribuição que exceder o
tempo de 20 anos de contribuição, para os homens, ou de 15 anos de
contribuição, para as mulheres.

Algumas observações:
• As novas regras permitem que um segurado receba mais de 100% do seu
salário-de-benefício, desde que o valor total da aposentadoria não exceda
ao teto previdenciário (limite máximo do salário-de-contribuição). Portanto,
se um homem tiver mais de 40 anos de contribuição e uma mulher tiver mais
de 35 anos de contribuição, a porcentagem poderá ser maior que 100%.

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• Caso no cálculo do valor da Renda Mensal Inicial da aposentadoria do


segurado se obtenha um valor inferior ao salário-mínimo, o benefício será no
valor do salário-mínimo. Não haverá aposentadoria em valor inferior ao
salário-mínimo.

• Na regra geral, não existe mais a aplicação do fator previdenciário para


aposentadoria programada.

• Em duas das regras de transição o cálculo será feito de forma diferente da


estudada nesse tópico.

Para o segurado especial que não contribui adicionalmente com 20% sobre o
salário-de-contribuição, a renda mensal inicial da sua aposentadoria será um salário-
mínimo. No entanto, quando a sua aposentadoria for precedida de auxílio-
acidente, deverá somar-se ao valor da aposentadoria a renda mensal do auxílio-
acidente vigente na data de início da referida aposentadoria.
Caso o segurado especial tenha optado por contribuir facultativamente com 20%
sobre o salário-de-contribuição, terá direito a uma renda mensal de benefício
calculada da mesma forma que os demais segurados (60% do salário-de-benefício
+ 2% do salário-de-benefício para cada ano que exceda ao tempo de contribuição
mínimo).

➢ Aposentadoria Especial – Renda Mensal Inicial (RMI)

Como já estudado, a aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência e idade


mínima exigidas, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e
contribuinte individual (no caso do contribuinte individual somente quando
cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção), que tenha trabalhado
durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições
especiais cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes.
A reforma da previdência trouxe uma alteração significativa no cálculo da Renda
Mensal Inicial da aposentadoria especial. Atualmente, a renda mensal inicial da
aposentadoria especial, será:

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➢ Para as aposentadorias que exijam tempo exposição de 20 ou 25 anos:

• 60% do salário-de-benefício;
+
• 2% do salário-de-benefício para cada ano de contribuição que exceder o
tempo de 20 anos de contribuição, para os homens, ou de 15 anos de
contribuição, para as mulheres.

➢ Para as aposentadorias que exijam tempo exposição de 15 anos:

• 60% do salário-de-benefício;
+
• 2% do salário-de-benefício para cada ano de contribuição que exceder o
tempo mínimo de 15 anos de contribuição, tanto para os homens quanto
para as mulheres.

Algumas observações:
• As novas regras permitem que um segurado receba uma aposentadoria
especial maior de 100% do seu salário-de-benefício, desde que o valor total
da aposentadoria não exceda ao teto previdenciário (limite máximo do
salário-de-contribuição).

• Caso no cálculo do valor da Renda Mensal Inicial da aposentadoria especial


do segurado se obtenha um valor inferior ao salário-mínimo, o benefício será
no valor do salário-mínimo. Não haverá aposentadoria em valor inferior ao
salário-mínimo.

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➢ Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural – Renda Mensal Inicial (RMI)

A aposentadoria por IDADE do trabalhador rural, uma vez cumprido o período de


carência exigido (180 contribuições), será devida quando completarem 55 anos de
idade (quando mulheres) e 60 anos de idade (quando homens) sem exigir tempo
mínimo de contribuição, aos segurados abaixo relacionados:

• segurado empregado rural;

• contribuinte individua que prestam serviços de natureza rural, em caráter eventual,


a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;

• trabalhador avulso rural;

• segurado especial (que contribua facultativamente); e

• garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar

Para os segurados especiais, não se exige que eles comprovem o pagamento da


contribuição previdenciária para que tenham direito ao benefício. Deverá ser
comprovado o efetivo exercício de atividade rural pelo número de meses iguais ao
da carência do benefício.
A renda mensal inicial da aposentadoria por idade dos trabalhadores rurais acima
mencionados e para os que exerçam suas atividades em regime de economia
familiar, (no caso do segurado especial, somente se contribuir facultativamente na
forma do art. 21 da Lei 8.212/91) incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o
pescador artesanal, será de:

• 70% do salário-de-benefício
+
• 1% do salário-de-benefício para cada ano de contribuição (desde o 1° ano)

Para o segurado especial que realize suas contribuições apenas sobre a receita
bruta da comercialização de sua produção rural, o valor da renda mensal inicial –
RMI da aposentadoria por idade do trabalhador rural será de um salário-mínimo
(nos termos do art. 39, §2º, I, do Decreto 3.048/99 c/c art. 56, §3º, do Decreto 3.048/99).

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➢ Aposentadorias da pessoa com deficiência

A renda mensal inicial da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com


deficiência será de:

• 100% do salário-de-benefício.

A renda mensal inicial da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência será
de:
• 70% do salário-de-benefício
+
• 1% do salário-de-benefício para cada grupo de 12 contribuições

➢ Auxílio por Incapacidade Temporária – Renda Mensal Inicial (RMI)

A renda mensal inicial do auxílio por incapacidade temporária será de:

• 91% do salário-de-benefício.

IMPORTANTE: O auxílio por incapacidade temporária não poderá


exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-
contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não
alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-
de-contribuição existentes.

Para o segurado especial que não contribui adicionalmente com 20% sobre o
salário-de-contribuição, a renda mensal inicial da sua aposentadoria por idade será
um salário-mínimo.
Caso o segurado especial tenha optado por contribuir facultativamente com 20%
sobre o salário-de-contribuição, terá direito a uma renda mensal de benefício
calculada da mesma forma que os demais segurados.

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➢ Auxílio-Acidente – Renda Mensal Inicial (RMI)

A renda mensal inicial do auxílio-acidente será de:

• 50% do salário-de-benefício que deu origem ao auxílio por incapacidade


temporária do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-
acidente e será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou
até a data do óbito do segurado.

O valor da renda mensal inicial do auxílio-acidente poderá ser inferior ao salário-


mínimo, pois tal benefício não substitui o rendimento do trabalho, podendo ser
acumulado com salário e outros benefícios (exceto aposentadoria), conforme será
estudado.
O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins de
cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, apesar de não integrar
o salário-de-contribuição para fins de cálculo de contribuição previdenciária.

➢ Salário-Maternidade – Renda Mensal Inicial (RMI)


A renda mensal inicial do salário-maternidade será calculada de acordo com as
regras abaixo:

• Segurado empregado e trabalhador avulso: remuneração Integral, limitado


ao subsídio mensal dos Ministros do STF;

• Empregado doméstico: valor correspondente a seu último salário de


contribuição;

• Segurado especial (que não contribua facultativamente): um salário-mínimo;

• Segurado contribuinte individual, facultativo ou desempregado que


mantenha a qualidade de segurado: 1/12 (um doze avos) da soma dos doze
últimos salários-de-contribuição, apurados em um período não superior a
quinze meses.

Caso o segurado especial tenha optado por contribuir facultativamente e


adicionalmente com 20% sobre o salário-de-contribuição, seu salário-maternidade
será calculado da mesma forma que se calcula o salário-maternidade do
contribuinte individual.

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Segundo o art. 7º, XVIII, da CF/88, a segurada em licença à gestante não pode
sofrer prejuízo do salário, nos termos abaixo:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social: (...)

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e
vinte dias; (...)

No entanto, nos termos do art. 248 da CF/88, combinado com o art. 37, XI da
CF/88, nenhum benefício previdenciário poderá exceder o valor do subsídio mensal
dos Ministros do STF.
Assim sendo, caso a remuneração integral mensal da segurada empregada ou
trabalhadora avulsa
A segurada que exerça atividades concomitantes fará jus ao salário-maternidade
relativo a cada atividade para a qual tenha cumprido os requisitos exigidos,
observadas as seguintes condições:

• na hipótese de uma ou mais atividades ter remuneração ou salário de


contribuição inferior ao salário-mínimo mensal, o benefício somente será
devido se o somatório dos valores auferidos em todas as atividades for igual
ou superior a um salário-mínimo mensal;

• o salário-maternidade relativo a uma ou mais atividades poderá ser inferior


ao salário-mínimo mensal; e

• o valor global do salário-maternidade, consideradas todas as atividades, não


poderá ser inferior ao salário-mínimo mensal.

Nos meses de início e término do salário-maternidade da segurada empregada,


inclusive da doméstica, o salário-maternidade será proporcional aos dias de
afastamento do trabalho.

➢ Salário-Família – Renda Mensal Inicial (RMI)


A renda mensal do salário-família corresponde a uma cota em relação a cada filho
ou equiparado (enteado e menor sob tutela), de até 14 anos de idade ou inválido
de qualquer idade.

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O valor da cota do salário-família por filho ou por equiparado, desde que


comprovada a dependência econômica do equiparado (enteado e do menor sob
tutela), até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade, para o ano de 2022, é
de:

• R$ 56,47 para segurado com remuneração mensal não superior a R$


1.655,98 (baixa renda).

O salário-família, como podemos perceber, poderá ter seu valor inferior a um


salário-mínimo, pois não é benefício que tenha a finalidade de substituir a
remuneração mensal do trabalhador.
O segurado de baixa renda receberá tantas cotas quantas sejam o número de filhos
ou equiparados de até 14 anos ou inválidos de qualquer idade.
Apenas os segurados de baixa renda terão direito ao recebimento do salário-
família, ou seja, apenas os que tenham remuneração mensal de até R$ 1.655,98.
(valor válido para o ano de 2022).
Para fins de pagamento do salário-família, considera-se remuneração mensal do
segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante
da soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas.

Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos de


baixa renda, ambos têm direito ao salário-família. No entanto, tendo havido
divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono
legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser
pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa,
se houver determinação judicial nesse sentido.

ATENÇÃO: A cota do salário-família não será incorporada, para qualquer


efeito, ao salário ou ao benefício.

➢ Pensão por Morte – Renda Mensal Inicial (RMI)


A pensão por morte será equivalente a uma cota familiar de 50% do valor da
aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de
10% por dependente, até o máximo de 100%. Se o número de dependentes for

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superior a 5, a pensão por morte se manterá em 100%. Em qualquer caso, o valor


global do benefício não será inferior ao salário-mínimo.
Dessa forma, se o segurado possuía 1 dependente, a pensão por morte será de
60% do valor do valor que o segurado recebia de aposentadoria ou receberia se
estivesse aposentado por invalidez na data do óbito. Se houver 2 dependentes, a
pensão será de 70% (50% + 10% a mais para cada dependente). Se o número de
dependentes for três, a pensão por morte será de 80%. Se o número de
dependentes for quatro, a pensão por morte será de 90%. Se o número de
dependentes for cinco ou mais, a pensão por morte será de 100%.

Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental


ou grave, o valor da pensão por morte será, independentemente do número de
dependentes, equivalente a 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo
segurado ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade
permanente na data do óbito, até o limite máximo de benefícios do Regime Geral
de Previdência Social.

Percentual da Pensão por


Número de Dependentes
Morte

1 60%

2 70%

3 80%

4 90%

5 ou mais 100%

Existindo dependente inválido ou


com deficiência intelectual,
100%
mental ou deficiência grave
(qualquer quantidade de
dependentes)

Importante destacar que o valor final obtido será divido igualmente por todos os
dependentes. Além disso, as cotas por dependente cessarão com a perda dessa
qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de

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100% (cem por cento) da pensão por morte quando o número de dependentes
remanescente for igual ou superior a 5 (cinco) ou enquanto existir dependente
inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave.
O fato de a cota de um dependente não ser reversível aos demais implica que o
valor global da pensão por morte diminuirá em 10% cada vez que um dependente
perde esta qualidade.
O valor total da pensão por morte não poderá ser inferior a um salário-mínimo. No
entanto, cada dependente que esteja dividindo a mesma pensão por morte poderá
receber uma cota no valor abaixo de um salário-mínimo. Mas, como já vimos, a
soma de todas as cotas não poderá ser inferior a um salário-mínimo.

É importante destacar que, se o segurado instituidor já era aposentado ou adquiriu


o direito à aposentadoria antes da entrada em vigor da EC 103/19 (mesmo que
ainda não tivesse requerido sua aposentadoria), o cálculo da pensão por morte
levará em consideração o valor dessa aposentadoria. Entretanto, caso o segurado
não fosse aposentado e não tivesse direito adquirido a aposentadoria na data do
óbito, a base de cálculo da pensão por morte será obtido por meio de uma
simulação do valor da aposentadoria a que ele teria direito se fosse aposentado
por incapacidade permanente na data do óbito, devendo ser calculado conforme
as novas regras abaixo:

Salário-de-benefício: média aritmética simples de todos os salários-de-


contribuição desde 07/1994, corrigidos monetariamente.

O valor da pensão por morte, no caso de morte de segurado recluso que tenha
contribuído para a previdência social durante o período de reclusão, será calculado
de modo a considerar o tempo de contribuição adicional e os correspondentes
salários de contribuição.

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➢ Auxílio-Reclusão – Renda Mensal Inicial (RMI)

Segundo a EC 103/2019 (Reforma da Previdência), até que lei discipline o valor do


auxílio-reclusão, de que trata o inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, seu
cálculo será realizado na forma daquele aplicável à pensão por morte, não podendo
exceder o valor de 1 (um) salário-mínimo.

Assim sendo, com as regras trazidas pela Reforma da Previdência, o valor global do
auxílio-reclusão não poderá exceder a 1 salário-mínimo.

Como não poderá ser inferior e nem superior a um salário-mínimo, então será, até
que lei discipline o seu valor, exatamente no valor de um salário-mínimo.

Lembre-se que o auxílio-reclusão, havendo mais de um dependente, será rateado


entre todos os dependentes beneficiários em parte iguais, bem como reverterá em
favor dos demais a parte daquele cujo direito ao auxílio-reclusão cessar.

Como vimos, o valor total do auxílio reclusão será exatamente um salário-mínimo.


No entanto, cada dependente que esteja dividindo o auxílio reclusão poderá
receber uma cota no valor abaixo de um salário-mínimo. Mas, como já vimos, a
soma de todas as cotas não poderá ser inferior a um salário-mínimo (nem superior).

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DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO (DIB)

Considera-se “Data de Início do Benefício – DIB” a data a partir da qual o benefício


é devido e deverá ser pago pelo INSS ao beneficiário.

➢ 6.2. Aposentadoria por Incapacidade Permanente – Data de Início do


Benefício (DIB)

A data de início da aposentadoria por incapacidade permanente deverá obedecer


às regras abaixo:

• Quando for precedida de auxílio por incapacidade temporária: dia


imediatamente após ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária.

• Quando não for precedida de auxílio por incapacidade temporária:


o Segurado empregado:
▪ a contar do 16º dia de afastamento da atividade; ou
▪ a partir da data de entrada do requerimento, se entre o
afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de
30 dias.

o Demais segurados:
▪ a contar da data do início da incapacidade; ou
▪ a partir da data de entrada do requerimento, se entre o
afastamento por incapacidade e a entrada do requerimento
decorrerem mais de 30 dias.

Durante os primeiros 15 dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez,


caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário.

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➢ 6.3. Aposentadoria Programada – Data de Início do Benefício (DIB)

A data de início da aposentadoria programada (por idade e tempo de contribuição)


deverá obedecer às regras abaixo:

• Segurado empregado e empregado doméstico:

o A partir da data do desligamento do emprego: quando requerida no


prazo de 90 dias contados da data do desligamento.

o A partir da data do requerimento: quando não houver desligamento


do emprego ou quando for requerida depois de 90 dias, contados da
data do desligamento.

• Demais segurados:

o A partir da data de entrada do requerimento.

Quando não houver prévio requerimento administrativo da aposentadoria


programada, ingressando-se diretamente com ação judicial, o termo inicial para a
implantação do benefício concedido judicialmente será a data da citação válida do
INSS.

➢ 6.4. Aposentadoria Especial – Data de Início do Benefício (DIB)

A data de início da aposentadoria especial deverá obedecer às regras abaixo:

• Segurado empregado:

o A partir da data do desligamento do emprego: quando requerida no


prazo de 90 dias contados da data do desligamento.

o A partir da data do requerimento: quando não houver desligamento


do emprego ou quando for requerida depois de 90 dias, contados da
data do desligamento.

• Trabalhador Avulso e Contribuinte Individual (o contribuinte individual


APENAS quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de
produção):

o A partir da data de entrada do requerimento.

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➢ 6.5. Auxílio por Incapacidade Temporária – Data de Início do Benefício


(DIB)

A data de início do auxílio por incapacidade temporária deverá obedecer às regras


abaixo:

o Segurado empregado:

▪ a contar do 16º dia de afastamento da atividade; ou

▪ a partir da data de entrada do requerimento, quando requerido


após o trigésimo dia do afastamento da atividade.

o Demais segurados:

▪ a contar da data do início da incapacidade (desde que o


afastamento seja superior a quinze dias); ou

▪ a partir da data de entrada do requerimento, quando requerido


após o trigésimo dia do afastamento da atividade.

Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento da atividade por


motivo de incapacidade temporárias para o trabalho, incumbirá à empresa pagar
ao segurado empregado o seu salário integral.

Quando o acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de


responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a partir
da data do afastamento.

Obs.: Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro


de 60 dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica
desobrigada do pagamento relativo aos quinze primeiros dias de
afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os
dias trabalhados, se for o caso.

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➢ 6.6. Auxílio-Acidente – Data de Início do Benefício (DIB)

O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio


por incapacidade temporária, independentemente de qualquer remuneração ou
rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer
aposentadoria.
O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem
sequelas definitivas que impliquem:

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;

• redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija


maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exercia à época
do acidente; ou

• impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do


acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de
reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS.

Enquanto as lesões não se consolidarem e o segurado estiver impossibilitado


temporariamente de voltar ao trabalho, receberá auxílio por incapacidade
temporária. Quando ocorrer a consolidação das lesões, restando sequelas
definitivas com redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia,
cessará o auxílio por incapacidade temporária e, no dia seguinte, terá início o
auxílio-acidente. Se a perícia constatar que a incapacidade é total e permanente,
será concedida a aposentadoria por incapacidade permanente.

Conforme entendimento do STF, quando não houver concessão de auxílio por


incapacidade temporária, nem tampouco prévio requerimento administrativo do
auxílio-acidente, ingressando-se diretamente com ação judicial, o termo inicial para
a implantação do benefício concedido judicialmente será a data da citação válida
do INSS.

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➢ 6.7. Salário-Maternidade – Data de Início do Benefício (DIB)

Salário-maternidade é um benefício previdenciário devido em função das seguintes


circunstâncias:

• Parto;
• Aborto não criminoso;
• Adoção; ou
• Guarda judicial para fins de adoção.

PARTO (data de início do benefício): Em caso de parto, o benefício de salário-


maternidade é devido à segurada da previdência social, durante 120 (cento e vinte)
dias, com início, em regra, 28 (vinte e oito) dias antes da data prevista para o parto
e término 91 (noventa e um) dias depois do parto.
Como é impossível prever, com exatidão, a data do parto, caso ocorra nascimento
antecipado, poderá ter início no intervalo de 28 dias antes do parto até a data do
parto, iniciando-se a contagem dos 120 dias de salário-maternidade. Nesse caso, a
data de início do benefício (DIB) será fixada conforme atestado médico original e
específico, apresentado pela segurada, ainda que o requerimento seja realizado
após o parto.
Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto
podem ser aumentados de mais 2 (duas) semanas, mediante atestado médico
específico submetido à avaliação medico-pericial.

ABORTO NÃO CRIMINOSO (data de início do benefício): Em caso de aborto não


criminoso, comprovado mediante atestado médico, a segurada terá direito ao
salário-maternidade correspondente a 2 (duas) semanas, iniciando o benefício do
salário-maternidade na data do fato gerador (no caso, considera-se fato gerador a
data do aborto não criminoso). No entanto, se o aborto for tipificado como crime,
a segurada não terá direito ao salário-maternidade.

ADOÇÃO e GUARDA JUDIAL PARA FINS DE ADOÇÃO (data de início do


benefício): Em acaso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, ao segurado
ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins
de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e
vinte) dias, contados da data do fato gerador (no caso, considera-se fato gerador a
data da adoção ou da guarda judicial para fins de adoção).

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➢ 6.8. Salário-Família – Data de Início do Benefício (DIB)

O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da


certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado
(enteado e menor sob tutela), estando condicionado à apresentação anual de
atestado de vacinação obrigatória, até 6 anos de idade, e de comprovação
semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir dos 4 anos de
idade.
Obs.: O enteado e o menor sob tutela deverão comprovar a dependência
econômica.
Se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a
comprovação de frequência escolar do filho ou equiparado, nas datas definidas
pelo INSS, o benefício do salário-família será suspenso, até que a documentação
seja apresentada.
Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada
pela falta de comprovação da frequência escolar e o seu reativamento, salvo se
provada a frequência escolar regular no período.
A comprovação semestral de frequência escolar será feita mediante apresentação
de documento emitido pela escola, na forma de legislação própria, em nome do
aluno, onde conste o registro de frequência regular ou de atestado do
estabelecimento de ensino, comprovando a regularidade da matrícula e frequência
escolar do aluno.

➢ 6.9. Pensão por Morte – Data de Início do Benefício (DIB)

A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer (qualquer tipo de segurado), aposentado ou não, a contar da data:
• do óbito, quando requerida em até 180 dias após o óbito, para os filhos
menores de 16 anos;
• do óbito, quando requerida em até 90 dias após o óbito, para os demais
dependentes;

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• do requerimento, quando requerido após 180 dias do óbito, para os filhos


menores de 16 anos;
• do requerimento, quando requerido após 90 dias do óbito, para os demais
dependentes;
• da decisão judicial, no caso de morte presumida.

A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida:

• mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade


judiciária, a contar da data de sua emissão; ou

• em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe,


acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil.

Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa


imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores
recebidos, salvo má-fé.

➢ 6.10. Auxílio-Reclusão – Data de Início do Benefício (DIB)

Considerando que, nos termos do art. 80 da lei 8.212/91, o auxílio-reclusão será


devido nas condições da pensão por morte, podemos afirmar que tal benefício será
devido:
• a contar da data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, quando
requerida em até 180 dias após a prisão, para os filhos menores de 16 anos;
• a contar da data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, quando
requerida em até 90 dias após a prisão, para os demais dependentes;
• do requerimento, quando requerido após 180 dias da prisão, para os filhos
menores de 16 anos;
• do requerimento, quando requerido após 90 dias da prisão, para os demais
dependentes.

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Os dependentes somente terão direito ao benefício de auxílio-reclusão se


presentes, cumulativamente, os requisitos abaixo:

• Cumprida a carência de 24 contribuições mensais;

• Segurado recolhido a prisão em regime fechado;

• Segurado não continue recebendo remuneração da empresa;

• Segurado não esteja em gozo de auxílio por incapacidade temporária,


pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de
permanência em serviço;

• Seja segurado de baixa renda, ou seja, que tenha salário-de-contribuição


igual ou inferior a R$ 1.655,98 (valor válido para 2022).

DATA DE CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO (DCB)

Considera-se “Data da Cessação do Benefício – DCB” a data a partir da qual o


benefício deixará de ser devido pela Previdência Social.

➢ Aposentadoria por Incapacidade Permanente – Data da Cessação do


Benefício (DCB)

A aposentadoria por incapacidade permanente cessará nos seguintes casos:


• Aposentado por incapacidade permanente que retornar voluntariamente à
atividade. Neste caso, a aposentadoria será automaticamente cancelada, a
partir da data do retorno;
• Recuperação da capacidade laborativa, verificada mediante avaliação médica
da perícia do INSS;
• Morte do segurado.
Verificada a recuperação da capacidade laborativa do aposentado por
incapacidade permanente, será observado o seguinte procedimento:

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• Quando a recuperação for total e ocorrer no prazo de 5 (cinco) anos,


contados da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente
ou do auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção,
o benefício cessará:
o de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar
à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na
forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim,
o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social; ou
o após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por
incapacidade temporária e da aposentadoria por incapacidade
permanente, para os demais segurados;

• Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após 5 (cinco) anos, contados


da data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do
auxílio por incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção, ou
ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho
diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem
prejuízo da volta à atividade:
o no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que
for verificada a recuperação da capacidade;
o com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6
(seis) meses;
o com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual
período de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Como vimos, há casos em que o segurado poderá voltar ao trabalho e, mesmo
assim, continuará recebendo, por algum tempo, a aposentadoria por incapacidade
permanente. Trata-se da conhecida mensalidade de recuperação.

➢ Aposentadoria Programada – Data da Cessação do Benefício (DCB)

A aposentadoria programada (por idade e por tempo de contribuição) cessará


apenas com a morte do segurado.

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Nos termos do Regulamento da Previdência Social, as aposentadorias programadas


concedidas pela previdência social são irreversíveis e irrenunciáveis.

Neste sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronunciou pela inviabilidade


da desaposentação e reaposentação dos segurados no RGPS.

➢ Aposentadoria Especial – Data da Cessação do Benefício (DCB)

A aposentadoria especial cessará nos seguintes casos:


• Com a morte do segurado;
• Caso o segurado que já receba aposentadoria especial retorne ao exercício
de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos
constantes do Anexo IV do Regulamento da Previdência Social - RPS, ou nele
permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de
prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente
notificado da cessação do pagamento de sua aposentadoria especial, no
prazo de 60 dias contado da data de emissão da notificação, salvo
comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação
foi encerrado.
Nos termos do Regulamento da Previdência Social, a aposentadoria programada
(por idade e tempo de contribuição), bem como a aposentadoria especial,
concedidas pela previdência social são irreversíveis e irrenunciáveis.

➢ Auxílio por Incapacidade Temporária – Data da Cessação do Benefício (DCB)

O auxílio por incapacidade temporária cessará nos seguintes casos:


• recuperação da capacidade para o trabalho;
• transformação em aposentadoria por incapacidade permanente;
• concessão do auxílio-acidente (na hipótese de o evento causador da redução
da capacidade laborativa ser o mesmo que gerou o auxílio por incapacidade
temporária);

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• reclusão em regime fechado por período superior a 60 dias.


• morte do segurado.

O segurado que durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária


vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o
benefício cancelado a partir do retorno à atividade. No entanto, caso o
segurado, durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária, venha
a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser
verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas.

O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária, insuscetível de


recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de
reabilitação profissional para o exercício de outra atividade.
O auxílio por incapacidade temporária será mantido até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a
subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por
incapacidade permanente.

Atenção: Não será devido auxílio por incapacidade temporária para o


segurado recluso em regime fechado. O segurado em gozo de auxílio por
incapacidade temporária na data de recolhimento à prisão terá seu
benefício suspenso por até 60 dias, contados da data de recolhimento à
prisão, cessado o benefício após o referido prazo. Na hipótese de o
segurado ser colocado em liberdade antes de 60 dias, o benefício será
restabelecido a partir da data de soltura.

Obs.: Em caso de prisão declarada ilegal, o segurado terá direito à


percepção do benefício por todo o período devido.

Obs.: O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto


ou semiaberto terá direito ao auxílio por incapacidade temporária.

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➢ Auxílio-Acidente – Data da Cessação do Benefício (DCB)

O auxílio-acidente cessará nos seguintes casos:

• Aposentadoria do segurado (qualquer aposentadoria);


• Morte do segurado;
• Data da emissão da Certidão de Tempo de Contribuição - CTC.

A Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) é expedida, mediante solicitação do


segurado, com a finalidade de transferir seu tempo de contribuição do RGPS para
o RPPS (ou vice-versa), dentro de um instituto chamado contagem recíproca de
tempo de contribuição, onde o segurado aproveita o seu tempo de contribuição
de um regime previdenciário para aposentar-se em outro regime previdenciário.
Outrossim, a doutrina discute a legalidade da cessação do auxílio-acidente com a
emissão da CTC, pois, apesar de constar no Regulamento da Previdência Social,
não encontra amparo em lei.

➢ Salário-Maternidade – Data da Cessação do Benefício (DCB)

O salário-maternidade cessará nos seguintes casos:


• Após o decurso do prazo legal;
• Pelo óbito do beneficiário (salvo quando o benefício for pago ao cônjuge ou
companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado);
• Pela dispensa sem justa causa da segurada empregada, durante o período
de estabilidade, pois, neste caso, a empresa indeniza a empregada (em
substituição ao pagamento do salário-maternidade).

O prazo legal de duração do salário-maternidade, como já estudado, será:


• PARTO: 120 dias (em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e
posterior ao parto podem ser aumentados em mais 2 semanas cada,
mediante atestado médico específico)
• ABORTO NÃO CRIMINOSO: 2 semanas;
• ADOÇÃO e GUARDA JUDIAL PARA FINS DE ADOÇÃO: 120 dias.

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Aula 08

Atenção: No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus


ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo
o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou
companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto
no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as
normas aplicáveis ao salário-maternidade.

➢ Salário-Família – Data da Cessação do Benefício (DCB)

O salário-família cessará automaticamente nos seguintes casos:


• por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;
• quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido,
a contar do mês seguinte ao da data do aniversário;
• pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do
mês seguinte ao da cessação da incapacidade;
• pelo desemprego do segurado, ainda que mantenha a qualidade de
segurado; ou
• pela morte do segurado.

➢ Pensão por Morte – Data da Cessação do Benefício (DCB)

Estudaremos dois grupos de situações que geram a cessação da pensão por morte:

• cessação da cota individual de cada pensionista; e


• cessação do benefício.

Cessação da Cota Individual da Pensão por Morte


O direito à percepção de cada cota individual da pensão por morte cessará:

• pela morte do pensionista;

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• para o filho, pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao


completar vinte e um anos de idade, salvo se o pensionista for inválido ou
tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

• para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão inválido, pela cessação da


invalidez;

• para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão que tenha deficiência intelectual
ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos
do regulamento;

• pela adoção, para o filho adotado que recebia pensão por morte dos pais
biológicos.

Cessação da cota individual da pensão por morte do cônjuge/companheiro(a):

• para CÔNJUGE ou COMPANHEIRO(A):

o se inválido ou com deficiência, cessa a cota individual da pensão por


morte somente pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da
deficiência, respeitados os períodos mínimos abaixo.

o em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer:

▪ sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições


mensais; ou

▪ se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em


menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado.

o transcorridos os períodos abaixo, estabelecidos de acordo com a idade


do cônjuge ou companheiro(a) na data de óbito do segurado, se o
óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e
pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união
estável (CONFORME PORTARIA ME Nº 424, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2020):

▪ 3 (três) anos, com menos de 22 (vinte e dois) anos de idade;

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Aula 08

▪ 6 (seis) anos, entre 22 (vinte e dois) e 27 (vinte e sete) anos de


idade;

▪ 10 (dez) anos, entre 28 (vinte e oito) e 30 (trinta) anos de idade;

▪ 15 (quinze) anos, entre 31 (trinta e um) e 41 (quarenta e um) anos


de idade;

▪ 20 (vinte) anos, entre 42 (quarenta e dois) e 44 (quarenta e


quatro) anos de idade;

▪ vitalícia, com 45 (quarenta e cinco) ou mais anos de idade.

ATENÇÃO: Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer


natureza ou de doença profissional ou do trabalho, mesmo que o
segurado não tenha vertido 18 contribuições mensais ou tenha menos de
2 anos de casamento ou da união estável, não se aplicará o prazo mínimo
de 4 meses. Dever-se-á, neste caso, aplicar a tabela de idades acima ou,
tratando-se de cônjuge ou companheiro(a) inválido ou com deficiência,
pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência,
respeitados os períodos mínimos da tabela de idades, conforme o caso.

Obs.: O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social


(RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições
mensais da regra acima estudada.

Obs.: Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente por


sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de
homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa
do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.

Obs.: Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a


companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no
casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim
exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo
judicial, assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

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Cessação do Benefício de Pensão por Morte


A pensão por morte cessará, por completo, nos seguintes casos:
• Com a extinção da parte do último pensionista;
• Verificado o reaparecimento do segurado, em caso de pensão provisória por
morte presumida, o pagamento da pensão cessará imediatamente,
desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos, salvo de
comprovada má-fé.

➢ 7.10. Auxílio-Reclusão – Data da Cessação do Benefício (DCB)

Estudaremos dois grupos de situações que geram a cessação do auxílio-reclusão:

• cessação da cota individual de cada dependente; e


• cessação do benefício.

O direito à percepção de cada cota individual do auxílio-reclusão cessará:


• pela morte do dependente;
• para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao
completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave;
• para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;
• para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento;
• pela adoção, para o filho adotado que recebia auxílio-reclusão dos pais
biológicos;
• para cônjuge ou companheiro, pelo decurso do prazo de recebimento, nas
mesmas condições apresentadas na pensão por morte, conforme segue:
o se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo
afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos abaixo;
o em 4 (quatro) meses, se a reclusão ocorrer:
▪ sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições
mensais; ou

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▪ se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em


menos de 2 (dois) anos antes da reclusão do segurado;

o transcorridos os períodos abaixo, estabelecidos de acordo com a idade


do cônjuge ou companheiro(a) na data da reclusão do segurado, se a
reclusão ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais
e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união
estável (CONFORME PORTARIA ME Nº 424, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2020):

▪ 3 (três) anos, com menos de 22 anos de idade;


▪ 6 (seis) anos, entre 22 e 27 anos de idade;
▪ 10 (dez) anos, entre 28 e 30 anos de idade;
▪ 15 (quinze) anos, entre 31 e 41 anos de idade;
▪ 20 (vinte) anos, entre 42 e 44 anos de idade;
▪ vitalícia, com 45 ou mais anos de idade.

Obs.: O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social


(RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições
mensais da regra acima estudada.

Obs.: Perde o direito ao auxílio reclusão o condenado criminalmente por


sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de
tentativa de homicídio doloso, cometido contra a pessoa do segurado,
ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis. (Se o
homicídio doloso for consumado, tal dependente perderá também o
direito à pensão por morte).

Obs.: Perde o direito ao auxílio reclusão o cônjuge, o companheiro ou a


companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no
casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim
exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo
judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla
defesa.

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Cessação do Benefício de Auxílio-Reclusão


O auxílio-reclusão cessará, por completo, nos seguintes casos:
• Com a extinção da última cota individual;
• Caso o segurado, ainda que recluso, passar a receber aposentadoria;
• Pelo óbito do segurado (neste caso o auxílio-reclusão será convertido em
pensão por morte);
• Na data do livramento; e
• Quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou progredir
para cumprimento de pena em regime semiaberto ou aberto.

Suspensão Temporária do Benefício de Auxílio-Reclusão


No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado,
será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda
mantida a qualidade de segurado.
Os pagamentos do auxílio-reclusão também serão suspensos se o dependente
deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela autoridade competente,
para prova de que o segurado permanece recolhido à prisão.

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APOSTA ESTRATÉGICA

A ideia desta seção é apresentar os pontos do conteúdo que mais


possuem chances de serem cobrados em prova, considerando o histórico
de questões da banca em provas de nível semelhante à nossa, bem como
as inovações no conteúdo, na legislação e nos entendimentos
doutrinários e jurisprudenciais.

Assim, a aposta estratégica é especialmente importante na sua reta final de


estudos.
Vale deixar claro que nem sempre será possível realizar uma aposta estratégica para
um determinado assunto, considerando que às vezes não é viável identificar os
pontos mais prováveis de serem cobrados a partir de critérios objetivos, ok?
Vamos ao conteúdo da nossa aposta?
Dentro dos assuntos desta aula, os assuntos “pensão por morte” e “aposentadoria
por incapacidade permanente” são o que acreditamos ser os que possuem mais
chances de ser cobrado em sua prova. Ademais, também apostamos nas novas
regras de aposentadoria e demais alterações trazidas pela EC 103/2019 (Reforma
da Previdência).

Pensão por Morte

Dentro desse tema, o ideal é memorizar as novas regras


sobre cálculo da Renda Mensal Inicial – RMI, bem como as
Datas de Início e Cessação do Benefício.

Dentre as novas regras aplicáveis à Pensão por Morte, destaco as regras a seguir:
A pensão por morte será equivalente a uma cota familiar de 50% do valor da
aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de
10% por dependente, até o máximo de 100%. Se o número de dependentes for
superior a 5, a pensão por morte se manterá em 100%. Em qualquer caso, o valor
global do benefício não será inferior ao salário mínimo.

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Dessa forma, se o segurado possuía 1 dependente, a pensão por morte será de


60% do valor do valor que o segurado recebia de aposentadoria ou receberia se
estivesse aposentado por invalidez na data do óbito. Se houver 2 dependentes, a
pensão será de 70 % (50% + 10% a mais para cada dependente). Se o número de
dependentes for três, a pensão por morte será de 80%.
Importante destacar que o valor final obtido será divido igualmente por todos os
dependentes. Além disso, as cotas por dependente cessarão com a perda dessa
qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de
100% (cem por cento) da pensão por morte quando o número de dependentes
remanescente for igual ou superior a 5 (cinco).
O fato de a cota de um dependente não ser reversível aos demais implica que o
valor global da pensão por morte diminuirá em 10% cada vez que um dependente
perde esta qualidade.
O valor total da pensão por morte não poderá ser inferior a um salário mínimo. No
entanto, cada dependente que esteja dividindo a mesma pensão por morte poderá
receber uma cota no valor abaixo de um salário mínimo. Mas, como já vimos, a
soma de todas as cotas não poderá ser inferior a um salário mínimo.

Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental


ou grave, o valor da pensão por morte será equivalente a 100% (cem por cento) da
aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito/reclusão, até o limite
máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência intelectual,


mental ou grave, o valor da pensão será recalculado, seguindo a regra geral: uma
cota familiar de 50% do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela
a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do
óbito/reclusão, acrescida de cotas de 10% por dependente, até o máximo de
100%.

A condição como dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou


grave, pode ser reconhecida previamente ao óbito do segurado, por meio de
avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar,
observada revisão periódica na forma da legislação.

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A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer (qualquer tipo de segurado), aposentado ou não, a contar da data:
• do óbito, quando requerida em até 180 dias após o óbito, para os filhos
menores de 16 anos;
• do óbito, quando requerida em até 90 dias após o óbito, para os demais
dependentes;
• do requerimento, quando requerido após 180 dias do óbito, para os filhos
menores de 16 anos;
• do requerimento, quando requerido após 90 dias do óbito, para os demais
dependentes;
• da emissão da sentença judicial declaratória de ausência, expedida por
autoridade judiciária, no caso de morte presumida por ausência (após 6
meses de ausência).
• Da data da ocorrência do desaparecimento do segurado, no caso de morte
presumida por desaparecimento, quando decorrer de catástrofe, acidente
ou desastre, mediante prova hábil (não precisa comprovar judicialmente e
nem esperar o decurso do prazo de 6 meses).

O direito à percepção de cada cota individual da pensão por morte cessará:

• pela morte do pensionista;

• para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela


emancipação ou ao completar vinte e um anos de idade, salvo se for inválido
ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

• para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;

• para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência


grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento;

• pela adoção, para o filho adotado que recebia pensão por morte dos pais
biológicos;

• para CÔNJUGE ou COMPANHEIRO:

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o se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo


afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos abaixo;

o em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer:

▪ sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições


mensais; ou

▪ se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em


menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado;

o transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a


idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer
depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos
2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:

▪ 3 (três) anos, com menos de 22 (vinte e dois) anos de idade;


▪ 6 (seis) anos, entre 22 (vinte e dois) e 27 (vinte e sete) anos de idade;
▪ 10 (dez) anos, entre 28 (vinte e oito) e 30 (trinta) anos de idade;
▪ 15 (quinze) anos, entre 31 (trinta e um) e 41 (quarenta e um) anos de
idade;
▪ 20 (vinte) anos, entre 42 (quarenta e dois) e 44 (quarenta e quatro)
anos de idade;
▪ vitalícia, com 45 (quarenta e cinco) ou mais anos de idade.

Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença


profissional ou do trabalho, mesmo que o segurado não tenha vertido 18 (dezoito)
contribuições mensais ou tenha menos de 2 (dois) anos de casamento ou da união
estável, não se aplicará o prazo mínimo de 4 meses. Dever-se-á, neste caso, aplicar
as regras normais estudadas, inclusive aplicando-se a tabela de idades acima.
O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será
considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais da regra acima
estudada.
O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte

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individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com


deficiência grave.
Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela
prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado.
Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira
se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união
estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício
previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao
contraditório e à ampla defesa.

Aposentadoria por Incapacidade Permanente

Dentro desse tema, o ideal é memorizar as novas regras


sobre cálculo da Renda Mensal Inicial – RMI, bem como as
Datas de Início e Cessação do Benefício.

Dentre as novas regras aplicáveis à Aposentadoria por Incapacidade Permanente,


destaco as regras a seguir:

A renda mensal inicial da aposentadoria por incapacidade permanente será, em regra:


• Se o benefício for decorrente de acidente de trabalho, doença profissional ou doença
do trabalho: 100% do salário-de-benefício;

• Nos demais casos:


o Homem: 60% do salário-de-benefício + 2% do salário-de-benefício para cada
ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição.

o Mulher: 60% do salário-de-benefício + 2% do salário-de-benefício para cada


ano de contribuição que exceder a 15 anos de contribuição.

O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar da


assistência permanente de outra pessoa (observada a relação constante do Anexo I do
Regulamento da Previdência Social - RPS), será acrescido de 25%, sendo devido ainda que

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o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal, devendo ser recalculado quando o
benefício que lhe deu origem for reajustado.

A data de início da aposentadoria por incapacidade permanente deverá obedecer às regras


abaixo:

• Quando for precedida de auxílio por incapacidade temporária: dia imediatamente


após ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária.

• Quando não for precedida de auxílio por incapacidade temporária:


o Segurado empregado:
▪ a contar do 16º dia de afastamento da atividade; ou
▪ a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e
a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias.
o Demais segurados:
▪ a contar da data do início da incapacidade; ou
▪ a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento
por incapacidade e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30
dias.

Durante os primeiros 15 dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá à


empresa pagar ao segurado empregado o salário.

A aposentadoria por incapacidade permanente cessará nos seguintes casos:


• Aposentado por incapacidade permanente que retornar voluntariamente à
atividade. Neste caso, a aposentadoria será automaticamente cancelada, a partir da
data do retorno;
• Recuperação da capacidade laborativa, verificada mediante avaliação médica da
perícia do INSS;
• Morte do segurado.
Verificada a recuperação da capacidade laborativa do aposentado por incapacidade
permanente, será observado o seguinte procedimento:

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• Quando a recuperação for total e ocorrer no prazo de 5 (cinco) anos, contados da


data do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por
incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:
o de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função
que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação
trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de
capacidade fornecido pela Previdência Social; ou
o após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio por
incapacidade temporária e da aposentadoria por incapacidade permanente,
para os demais segurados;

• Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após 5 (cinco) anos, contados da data
do início da aposentadoria por incapacidade permanente ou do auxílio por
incapacidade temporária que a antecedeu sem interrupção, ou ainda quando o
segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual
habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à
atividade:
o no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for
verificada a recuperação da capacidade;
o com redução de 50% (cinquenta por cento), no período seguinte de 6 (seis)
meses;
o com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período
de 6 (seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente.

Aposentadoria por Incapacidade Permanente

Retorno voluntário à atividade

Recuperação da capacidade laborativa


(Verificado pela perícia médica do INSS)

Morte do segurado

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Verificada a recuperação da capacidade laborativa

Recuperação Cessa de imediato, se tiver direito a


TOTAL e ocorre Empregado retornar à função que desempenhava
na empresa ao se aposentar
dentro de
5 anos Conforme certificado de capacidade
fornecido pela Prev. Social

Após tantos meses quantos forem


Do início da
aposentadoria ou
Demais os anos de duração do
auxílio por Segurados auxílio por incapacidade temporária e da
incapacidade aposentadoria por incapacidade permanente
temporária que a
antecedeu
==5617c==

Recuperação Ou
Recuperação Ou
Apto para
parcial após 5 anos trabalho diverso

Valor integral Durante 6 meses contados da recuperação

Redução de 50% No período seguinte de 6 meses

Redução de 75% No período seguinte de 6 meses

Aposentadoria Programada

Dentro desse tema, o ideal é memorizar as novas regras


sobre cálculo da Renda Mensal Inicial – RMI, bem como as
Datas de Início e Cessação do Benefício.

Dentre as novas regras aplicáveis à Aposentadoria Programada, destaco as regras


a seguir:

A renda mensal inicial da aposentadoria programada será:

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• 60% do salário-de-benefício caso tenha atingido o tempo mínimo de contribuição (20


anos para os homens e 15 anos para mulheres )
+
• 2% do salário-de-benefício para cada ano de contribuição que exceder o tempo de
20 anos de contribuição, para os homens, ou de 15 anos de contribuição, para as
mulheres.

Algumas observações:
• As novas regras permitem que um segurado receba mais de 100% do seu salário-de-
benefício, desde que o valor total da aposentadoria não exceda ao teto
previdenciário (limite máximo do salário-de-contribuição). Portanto, se um homem
tiver mais de 40 anos de contribuição e uma mulher tiver mais de 35 anos de
contribuição, a porcentagem poderá ser maior que 100%.

• Caso no cálculo do valor da Renda Mensal Inicial da aposentadoria do segurado se


obtenha um valor inferior ao salário-mínimo, o benefício será no valor do salário-
mínimo. Não haverá aposentadoria em valor inferior ao salário-mínimo.

• Na regra geral, não existe mais a aplicação do fator previdenciário para aposentadoria
programada.

• Em duas das regras de transição que veremos mais adiante, o cálculo será feito de
forma diferente da estudada nesse tópico.

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QUESTÕES ESTRATÉGICAS

Nesta seção, apresentamos e comentamos uma amostra de questões


objetivas selecionadas estrategicamente: são questões com nível de
dificuldade semelhante ao que você deve esperar para a sua prova e que,
em conjunto, abordam os principais pontos do assunto.
A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria
extensa de questões, mas que você faça uma boa revisão global do
assunto a partir de, relativamente, poucas questões.

Para os assuntos deste relatório, apresentamos as seguintes questões estratégicas:

Benefícios Previdenciários

1. (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE PB – 2018)


Um segurado, contribuinte do RGPS há dez anos, caso seja acometido por mal de
Parkinson, terá direito a receber do INSS o benefício de

a) auxílio-doença, desde que não seja a referida doença preexistente à data de


filiação ao RGPS.
b) aposentadoria por invalidez, bastando a ele para tal atender à carência
exigida em lei.
c) auxílio-doença, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade,
desde que comprovada a incapacidade multiprofissional total e permanente para
o trabalho.
d) aposentadoria por invalidez, cuja renda mensal corresponderá a 91% do
salário de benefício.
e) aposentadoria por invalidez, se for constatada a incapacidade total e
permanente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida
autarquia.

COMENTÁRIOS:

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A questão nos apresenta um caso concreto e devemos ir em busca da alternativa


correta.

a) auxílio-doença, desde que não seja a referida doença preexistente à data de


filiação ao RGPS.

Opa, pegadinha. Essa quase me pegou, vocês também? Regra geral, o auxílio-
doença não poderá ser concedido em caso de doença preexistente à data de
filiação ao RGPS, a não ser que haja progressão ou agravamento da lesão. Vejamos
o texto da Lei 8.213/91:
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for
o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho
ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime
Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa
para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou
agravamento dessa doença ou lesão.
(grifos nossos)

Alternativa ERRADA.

b) aposentadoria por invalidez, bastando a ele para tal atender à carência


exigida em lei.

Em regra, a carência exigida para a concessão de aposentadoria por invalidez e


auxílio-doença exigem um período de carência de 12 contribuições mensais.
Entretanto, para algumas doenças especificadas, haverá isenção de carência.

A própria Lei 8.213/91 já especifica algumas das doenças que isentam de carência,
e entre elas estão tuberculose ativa, hanseníase ou hepatopatia grave, confirmando
a correção da questão. Vejamos:

Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art. 26, independe
de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação
mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia
grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência

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imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada.
(grifos nossos)

Portanto, para a concessão de benefício decorrente de doença de Parkinson, não


será exigida carência.

Além disso, para a concessão de aposentadoria por invalidez, a incapacidade


decorrente da doença deverá ser total e permanente. Alternativa ERRADA.

c) auxílio-doença, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade,


desde que comprovada a incapacidade multiprofissional total e permanente para
o trabalho.
A incapacidade multiprofissional total e permanente é um dos requisitos para a
concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, e não auxílio-doença,
conforme podemos extrair do texto da Lei 8.213:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
(grifos nossos)
Aquele que é acometido por incapacidade multiprofissional (para todas as
profissões) e permanente é considerado insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Alternativa ERRADA.

d) aposentadoria por invalidez, cuja renda mensal corresponderá a 91% do


salário de benefício.
A renda mensal da aposentadoria por invalidez é de 100% do salário de benefício
do segurado. Alternativa ERRADA.

e) aposentadoria por invalidez, se for constatada a incapacidade total e


permanente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida
autarquia.

A alternativa está correta, conforme § 1º do art. 42 da Lei 8.213/91:


Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida
ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de

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reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto
permanecer nesta condição.

(...)

§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade


mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas,
fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

(grifos nossos)

Gabarito: E.

Benefícios Previdenciários

2. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2018)


No dia em que completou vinte e cinco anos e um mês de tempo de contribuição
ao RGPS na condição de segurada empregada, Maria sofreu acidente de trabalho,
o que a incapacitou permanentemente para o exercício de atividades laborais.
Nesses vinte e cinco anos e um mês, não houve interrupção no tempo contributivo.
Considerando essa situação hipotética e o entendimento dos tribunais superiores,
assinale a opção correta.
a) Maria terá direito à aposentadoria especial.
b) O benefício garantido a Maria pela legislação previdenciária nesse caso
independe de carência.
c) Pelo fato de a incapacidade ter sido provocada por acidente de trabalho,
será garantido a Maria o acréscimo de 25% do valor do benefício a ser recebido.
d) Maria terá o prazo decadencial de cinco anos para ajuizamento de ação
previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela
previdência social.
e) Caso recupere sua capacidade para o trabalho, Maria poderá retornar à ativa,
sem prejuízo de recebimento do benefício em gozo.

COMENTÁRIOS:

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A questão afirma que Maria sofreu um acidente de trabalho que a incapacitou


permanentemente para o exercício de suas atividades laborais. Para segurados
nessa condição, é garantido o direito ao benefício de aposentadoria por invalidez,
previsão da Lei 8.213/91:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

(grifos nossos)

Passemos às alternativas:

a) Maria terá direito à aposentadoria especial.

Vamos ver o que se trata da aposentadoria especial:


Lei 8.213/1991
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta
Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos,
conforme dispuser a lei.

Nada a ver com o caso de Maria, concordam? Alternativa ERRADA.

b) O benefício garantido a Maria pela legislação previdenciária nesse caso


independe de carência.

Em regra, a carência exigida para a concessão de aposentadoria por invalidez e


auxílio-doença exigem um período de carência de 12 contribuições mensais.
Entretanto, como no caso de Maria, quando o benefício é decorrente de acidente
de qualquer natureza, não se exige a carência.
Lei 8.213/91
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: (...)
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza
ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas
em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3

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(três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou


outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento
particularizado;
(grifos nossos)

Alternativa correta.

c) Pelo fato de a incapacidade ter sido provocada por acidente de trabalho,


será garantido a Maria o acréscimo de 25% do valor do benefício a ser recebido.
A previsão do adicional de 25% na aposentadoria por invalidez é para o segurado
que necessitar de assistência permanente de outra pessoa, e não é garantido por
si só para o segurado que sofreu acidente de trabalho.
Lei 8.213/91
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência
permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

Alternativa ERRADA.

d) Maria terá o prazo decadencial de cinco anos para ajuizamento de ação


previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela
previdência social.
A afirmativa não procede uma vez que o art. 103 da Lei 8.213/91 prevê que o prazo
será de dez e não cinco anos como afirmado.

Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do segurado ou beneficiário para a


revisão do ato de concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício e do
ato de deferimento, indeferimento ou não concessão de revisão de benefício é de 10 (dez)
anos (...)

Alternativa ERRADA.
e) Caso recupere sua capacidade para o trabalho, Maria poderá retornar à ativa,
sem prejuízo de recebimento do benefício em gozo.

A aposentadoria por invalidez será paga enquanto Maria permanecer incapacitada,


entretanto, se houver recuperação da capacidade para o trabalho, ela poderá

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retornar à ativa mas não continuará recebendo o benefício previdenciário em


questão. Alternativa ERRADA.

Gabarito: C.

Benefícios Previdenciários – Aposentadoria por idade e tempo de contribuição

3. (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE PB – 2018 - ADAPTADA)


Joaquim, que é filiado ao RGPS na condição de contribuinte individual, completará
sessenta e cinco anos de idade no dia 1.º/1/2020, data após a qual ele pretende
requerer aposentadoria por idade e tempo de contribuição em uma agência da
previdência social.
Nessa situação hipotética, Joaquim
a) terá o benefício calculado em 100% do salário de benefício,
independentemente do tempo de contribuição.
b) não poderá receber valor inferior a um salário mínimo e não fará jus a abono
anual.
c) somente terá direito ao benefício caso tenha, no mínimo, trinta e cinco anos
de tempo de contribuição.
d) terá direito ao benefício caso tenha feito, no mínimo, cento e oitenta
contribuições mensais ao RGPS.
e) não fará jus à aposentadoria caso seja beneficiário de pensão por morte.

COMENTÁRIOS:

a) terá o benefício calculado em 100% do salário de benefício,


independentemente do tempo de contribuição.

A renda mensal inicial da aposentadoria será:

• 60% do salário de benefício caso tenha atingido o tempo mínimo de


contribuição (15 anos para mulheres e 20 anos para os homens)
+
• 2% do salário de benefício para cada grupo de 12 contribuições que
excedam ao tempo mínimo.

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Alternativa Errada.

b) não poderá receber valor inferior a um salário mínimo e não fará jus a abono
anual.
A alternativa está errada uma vez que, apesar de realmente não poder receber um
valor inferior ao salário mínimo, o aposentado por idade fará jus ao abono anual.
Alternativa ERRADA.

c) somente terá direito ao benefício caso tenha, no mínimo, trinta e cinco anos
de tempo de contribuição.

De acordo com a regra geral, para uma mulher se aposentar pelo RGPS ela deverá
ter no mínimo 62 anos de idade e ter contribuído durante 15 anos para o RGPS. Já
no caso dos homens, eles deverão ter no mínimo 65 anos, além de 20 anos de
contribuição.
Essas regras são aplicáveis para quem se filiar ao RGPS após a entrada em vigor da
EC 103/19. Para os homens que já estavam filiados ao RGPS até 12/11/2019
(véspera da publicação da EC 103/2019), o tempo de contribuição exigido será de
15 anos.
Alternativa ERRADA.

d) terá direito ao benefício caso tenha feito, no mínimo, cento e oitenta


contribuições mensais ao RGPS.

Lei 8.213/91
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
(...)
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial:
180 contribuições mensais.

A assertiva está correta uma vez quem a carência exigida para a concessão de
aposentadoria por idade é 180 contribuições mensais. Alternativa CORRETA.

e) não fará jus à aposentadoria caso seja beneficiário de pensão por morte.

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Na legislação previdenciária, não há proibição de acumulação de aposentadoria


por idade com pensão por morte. Alternativa ERRADA.

Gabarito: D.

Benefícios Previdenciários – Renda Mensal Inicial do Auxílio Doença

4. (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018)


Maria, casada, sofreu acidente de trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada da
empresa em que trabalha por três meses, recebendo auxílio-doença até a data
imediatamente anterior ao seu retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do
acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, durante o afastamento por incapacidade temporária, a
renda mensal inicial do benefício previdenciário recebido por Maria deve ter
correspondido a 91% do salário-de-benefício.
Certo ( )

Errado ( )

COMENTÁRIOS:
A questão está correta, uma vez que a renda mensal inicial do auxílio-doença é de
91% do salário-de-benefício.

Lei 8.213/91
Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa
renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício,
observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei.
(grifos nossos)

Importante lembrar que o auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética


simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de
remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média
aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes.

Gabarito: CORRETA.

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Benefícios Previdenciários – Renda Mensal Inicial - salário Família

5. (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018)


Acerca dos benefícios da previdência social, julgue o item a seguir.
A cota do salário-família devida a empregado que possua filhos com idade
igual ou inferior a quinze anos será proporcional aos dias por ele trabalhados
nos meses de sua admissão e demissão.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive
o doméstico, e ao segurado trabalhador avulso, desde que sejam
considerados segurados de baixa renda, ou seja, que tenham salário-de-
contribuição inferior ou igual a R$ 1.364,43 (valor válido para 2019), na
proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, de qualquer
condição, até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.

Como a questão afirma que a idade dos filhos deve ser igual ou inferior a 15 anos
de idade, está errada, uma vez que a idade correta é 14 anos.

Gabarito: ERRADO.

Benefícios Previdenciários – Renda Mensal Inicial - salário materidade

6. (CESPE – Analista Judiciário – STJ – 2018)


A respeito do regime geral da previdência social e do custeio da seguridade
social, julgue o item que se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais
superiores.
A renda mensal inicial do salário-maternidade para a segurada empregada
corresponde à sua remuneração integral e será paga pela empresa, observada
a compensação com o INSS.
Certo ( )
Errado ( )

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COMENTÁRIOS:
A questão é aplicação simples e direta da Lei 8.213/91:
Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá
numa renda mensal igual a sua remuneração integral.

§ 1o Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante,


efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal,
quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.
(grifos nossos)

Ou seja, tanto a segurada empregada quanto a trabalhadora avulsa receberão um


valor de salário maternidade que corresponde à remuneração que elas recebem na
empresa, podendo o valor do benefício inclusive ser superior ao teto do RGPS.

Para as seguradas empregadas, cabe a empresa continuar pagando o salário


normal daquela funcionária e em momento posterior a empresa terá restituição
desses valores pela Receita Federal.

Para as demais seguradas, o salário maternidade consistirá:

• em um valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, para


a segurada empregada doméstica;
• em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual,
para a segurada especial;
• em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição,
apurados em um período não superior a quinze meses, para as demais
seguradas.

Gabarito: CERTO.

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Benefícios Previdenciários – salário maternidade

7. (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018)


Acerca dos benefícios da previdência social, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade deve ser requerido pela empregada gestante diretamente
ao Instituto Nacional do Seguro Social no prazo de vinte e oito dias antes da data
provável do parto.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:
A questão está equivocada ao afirmar que o salário-maternidade da empregada
gestante deve ser requerimento diretamente no INSS. A Lei 8.213/91 disciplina que
a empresa continuará pagando o salário normal daquela funcionária e em momento
posterior a empresa terá restituição desses valores pela Receita Federal. Portanto,
o salário maternidade não será requerido diretamente no INSS.
Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa consistirá
numa renda mensal igual a sua remuneração integral.
§ 1o Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante,
efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal,
quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais
rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.
(...)
§ 3o O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do
microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14
de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social.
(grifos nossos)

Gabarito: ERRADO.

Benefícios Previdenciários – Renda Mensal Inicial – auxílio-acidente

8. (CESPE – FUB – 2018)


Um trabalhador de uma indústria de produção de cristais apresentou crise aguda
de cólica abdominal difusa e de forte intensidade, associada a dor nos membros
inferiores e hipertensão arterial.

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Acerca dessa situação e de aspectos diversos a ela ligados, julgue o próximo item.
Se, após consolidado seu tratamento, o trabalhador em questão permanecer com
sequela que implique redução da capacidade para o trabalho que exercia, ele fará
jus a auxílio-acidente, correspondente a 70% de seu salário, devido a partir da data
do diagnóstico da sequela definitiva até a véspera de sua aposentadoria.

Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

Primeiramente, vamos nos lembrar do que é o benefício de auxílio-acidente, por


meio da leitura da Lei:
Lei 8.213/91
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas
que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
(grifos nossos)

Para a concessão do auxílio-acidente, deve ter ocorrido algum acidente. No caso


prático apresentado pela banca, apesar da consolidação das lesões, o trabalhador
não sofreu um acidente, portanto, não podemos falar que haverá direito a esse
benefício.

Além do erro já apontado, a banca apresenta erroneamente o valor da renda


mensal inicial do auxílio-acidente, que será de 50% do salário-de-benefício do
segurado e não de 70% do salário.

Gabarito: ERRADO.

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Benefícios Previdenciários – Pensão por Morte

9. (CESPE – Procurador Municipal – Prefeitura de Boa Vista – 2019)


João, casado com Ana desde 10/1/2018, é segurado do regime geral de
previdência social desde 1.º/7/1989, na qualidade de contribuinte individual. Ele
pretende solicitar ao INSS, em 1.º/7/2019, dia do seu aniversário de cinquenta anos,
sua aposentadoria por tempo de contribuição.
Considerando essa situação hipotética e as disposições legais vigentes acerca de
direito previdenciário, julgue o item que se segue.
Considerando-se o tempo de casados de João e Ana, caso ele venha a falecer por
qualquer motivo em junho de 2019, ela não terá direito à pensão por morte.
Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

A pensão por morte é um benefício devido ao conjunto de dependentes do


segurado, independente de carência, em caso de óbito deste. Portanto, como João
era segurado do RGPS e era casado com Ana, ela fará jus a pensão por morte e por
ser cônjuge, dependente de primeira classe, não há necessidade de comprovação
de dependência econômica.

Como a questão afirma que Ana não fará jus a pensão por morte, está incorreta. A
questão tenta nos confundir porque a pensão por morte cessará em 4 (quatro)
meses, se o óbito ocorrer:
▪ sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais; ou
▪ se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2
(dois) anos antes do óbito do segurado;
João já tinha vertido mais de 18 contribuições mensais para o RGPS, entretanto, o
casamento havia se iniciado em menos de 2 anos. Dessa forma, Ana receberá o
beneficio de pensão por morte, mas apenas por 4 meses.

Gabarito: ERRADO.

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Benefícios Previdenciários – Pensão por Morte

10. (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – ABIN – 2018)


Considerando o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue
o item que se segue, quanto ao regime geral de previdência social (RGPS). Ao
cônjuge supérstite de segurado falecido por causa não acidentária nem
decorrente do exercício da atividade será assegurado o direito à pensão por
morte, por apenas quatro meses, se transcorridos menos de dois anos entre a
data do casamento e do óbito.

Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

A afirmativa está perfeita. A pensão por morte é um benefício devido ao conjunto


de dependentes do segurado, independente de carência, em caso de óbito deste.
Para os cônjuges ou companheiros, cessará em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer:
▪ sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais; ou
▪ se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2
(dois) anos antes do óbito do segurado;
Se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável a pensão por
morte durará de acordo com a idade do cônjuge/companheiro:
▪ 3 (três) anos, com menos de 22 (vinte e dois) anos de idade;
▪ 6 (seis) anos, entre 22 (vinte e dois) e 27 (vinte e sete) anos de idade;
▪ 10 (dez) anos, entre 28 (vinte e oito) e 30 (trinta) anos de idade;
▪ 15 (quinze) anos, entre 31 (trinta e um) e 41 (quarenta e um) anos de idade;
▪ 20 (vinte) anos, entre 42 (quarenta e dois) e 44 (quarenta e quatro) anos de idade;
▪ vitalícia, com 45 (quarenta e cinco) ou mais anos de idade.
Esses prazos também serão aplicados, mesmo que o segurado ainda não tenha
vertidas 18 contribuições mensais ou que o casamento ou união estável tenha
menos de 2 anos se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza
ou de doença profissional ou do trabalho.

Gabarito: CERTO.

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Benefícios Previdenciários – Pensão por Morte

11. (CESPE – Analista Judiciário – STJ – 2018)


A respeito do regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item que se
segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
Situação hipotética: Lúcia, que por doze meses foi contribuinte da previdência
social e que era casada, há quatro anos, com Mário, de quarenta e cinco anos idade,
faleceu após complicações de saúde decorrentes de uma cirurgia
estética. Assertiva: Nessa situação, Mário terá direito ao benefício de pensão por
morte em caráter vitalício.
==5617c==

Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

A pensão por morte é um benefício devido ao conjunto de dependentes do


segurado, independente de carência, em caso de óbito deste. Para os cônjuges ou
companheiros, cessará em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer:
▪ sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais; ou
▪ se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2
(dois) anos antes do óbito do segurado;
Se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável a pensão por
morte durará de acordo com a idade do cônjuge/companheiro:
▪ 3 (três) anos, com menos de 22 (vinte e dois) anos de idade;
▪ 6 (seis) anos, entre 22 (vinte e dois) e 27 (vinte e sete) anos de idade;
▪ 10 (dez) anos, entre 28 (vinte e oito) e 30 (trinta) anos de idade;
▪ 15 (quinze) anos, entre 31 (trinta e um) e 41 (quarenta e um) anos de idade;
▪ 20 (vinte) anos, entre 42 (quarenta e dois) e 44 (quarenta e quatro) anos de idade;
▪ vitalícia, com 45 (quarenta e cinco) ou mais anos de idade.
Esses últimos prazos também serão aplicados, mesmo que o segurado ainda não
tenha vertidas 18 contribuições mensais ou que o casamento ou união estável tenha
menos de 2 anos se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza
ou de doença profissional ou do trabalho.

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No caso apresentado pela banca, o casamento de Mário e Lúcia havia ocorrido a


mais de 2 anos, mas Lúcia havia vertido menos de 18 contribuições mensais para o
RGPS (ela contribuiu por 12 meses). Nesse caso, a pensão por morte terá duração
de 4 meses, e não vitalícia, como afirma a questão.

Gabarito: ERRADO.

Benefícios Previdenciários – Pensão por Morte

12. (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018)


Maria, casada, sofreu acidente de trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada da
empresa em que trabalha por três meses, recebendo auxílio-doença até a data
imediatamente anterior ao seu retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do
acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e cinco anos de idade.
Nessa situação hipotética, se, ao invés de ter causado o afastamento de Maria, o
acidente de trabalho sofrido por ela houvesse ocasionado o seu óbito, seu cônjuge
teria direito a receber pensão vitalícia por morte da segurada, independentemente
do preenchimento dos demais requisitos.

Certo ( )
Errado ( )

COMENTÁRIOS:

A pensão por morte é um benefício devido ao conjunto de dependentes do


segurado, independente de carência, em caso de óbito deste. Para os cônjuges ou
companheiros, cessará em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer:
▪ sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais; ou
▪ se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2
(dois) anos antes do óbito do segurado;
Se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável a pensão por
morte durará de acordo com a idade do cônjuge/companheiro:

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▪ 3 (três) anos, com menos de 22 (vinte e dois) anos de idade;


▪ 6 (seis) anos, entre 22 (vinte e dois) e 27 (vinte e sete) anos de idade;
▪ 10 (dez) anos, entre 28 (vinte e oito) e 30 (trinta) anos de idade;
▪ 15 (quinze) anos, entre 31 (trinta e um) e 41 (quarenta e um) anos de idade;
▪ 20 (vinte) anos, entre 42 (quarenta e dois) e 44 (quarenta e quatro) anos de idade;
▪ vitalícia, com 45 (quarenta e cinco) ou mais anos de idade.

Esses últimos prazos também serão aplicados, mesmo que o segurado ainda não
tenha vertidas 18 contribuições mensais ou que o casamento ou união estável tenha
menos de 2 anos se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza
ou de doença profissional ou do trabalho.
No caso em tela, Maria sofreu acidente de trabalho, portanto, a data de cessação
da pensão de seu cônjuge será conforme a tabela de idade. O enunciado afirma
que o cônjuge possui 45 anos de idade, portanto sua pensão será vitalícia.

Gabarito: CERTO.

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QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO


A ideia do questionário é elevar o nível da sua compreensão no assunto e, ao
mesmo tempo, proporcionar uma outra forma de revisão de pontos importantes
do conteúdo, a partir de perguntas que exigem respostas subjetivas.
São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado
não ajuda na sua resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.
O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do
conteúdo, para consolidar melhor o que aprendeu ;)
Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado
assunto. Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba
memorizando pontos isolados do conteúdo, mas muitas vezes acaba não
entendendo como esses pontos se conectam.
Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a
conectar melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.
É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade
maior que o exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda
melhor o assunto de modo a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de
concursos, ok?
Nosso compromisso é proporcionar a você uma revisão de alto nível!
Vamos ao nosso questionário:

PERGUNTAS

1) O salário-de-benefício é utilizado para cálculo de quais benefícios


previdenciários?
2) Como se calcula o valor do salário-de-benefício?
3) Qual é o valor mínimo e máximo do salário-de-benefício?
4) O que é renda mensal inicial do benefício?
5) Como são calculados os valores da renda mensal inicial das aposentadorias do
RGPS?

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6) Como são calculados os valores da renda mensal inicial do auxílio por


incapacidade temporária e do auxílio-acidente?
7) Qual é o valor da renda mensal inicial do salário-maternidade?
8) Como são calculados os valores da renda mensal inicial da pensão por morte e
do auxílio-reclusão?
9) Qual é a data de início do benefício para a aposentadoria por incapacidade
permanente?
10) Qual é a data de início do benefício para as aposentadoria programada?
11) Qual é a data de início do benefício para o auxílio por incapacidade temporária
e auxílio-acidente?
12) Qual é a data de início do benefício para a pensão por morte e auxílio-reclusão?
13) Quando ocorre a cessação do benefício de pensão por morte?

PERGUNTAS COM RESPOSTAS

1. O salário-de-benefício é utilizado para cálculo de quais benefícios previdenciários?


O salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos
seguintes benefícios:

• aposentadoria por incapacidade permanente;


• aposentadoria programada (por idade e tempo de contribuição);
• aposentadoria por idade do trabalhador rural;
• aposentadoria especial;
• auxílio por incapacidade temporária; e
• auxílio-acidente.

Não serão calculados com base no salário-de-benefício o valor dos seguintes


benefícios de prestação continuada da Previdência Social (porém utilizam
INDIRETAMENTE o salário-de-benefício no seu cálculo, como estudaremos
oportunamente):

• pensão por morte (cálculo indireto por meio do salário-de-benefício); e


• auxílio-reclusão (cálculo indireto por meio do salário-de-benefício).

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Por outro lado, não serão calculados com base no salário-de-benefício o valor dos
seguintes benefícios de prestação continuada da Previdência Social:

• salário-família;
• salário-maternidade; e
• os demais benefícios previstos em legislação especial.

2. Como se calcula o valor do salário-de-benefício?

Para os benefícios de aposentadoria programada (por idade e tempo de contribuição),


aposentadoria especial, aposentadoria por incapacidade permanente, auxílio por
incapacidade temporária e auxílio-acidente, o SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO será a média
aritmética simples dos salários-de-contribuição, considerados para a concessão do
benefício atualizados monetariamente, correspondentes a 100% (cem por cento) do
período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde o início da
contribuição, se posterior àquela competência.
Para os benefícios de aposentadoria da pessoa com deficiência (seja por idade ou
tempo de contribuição), o salário-de-benefício consiste na média aritmética simples
dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a 80% cento de todo o período
contributivo (sem multiplicar pelo fator previdenciário).

3. Qual é o valor mínimo e máximo do salário-de-benefício?

O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário-mínimo, nem superior


ao do limite máximo do salário-de-contribuição, na data de início do benefício.

4. O que é renda mensal inicial do benefício?

Considera-se renda mensal inicial o valor do benefício que será efetivamente pago ao
beneficiário, logo após sua concessão, sem levar em conta os reajustes posteriores a
que estiver sujeito, para preservar o real valor do benefício.

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5. Como são calculados os valores da renda mensal inicial das aposentadorias do


RGPS?

A renda mensal inicial da aposentadoria por incapacidade permanente será, em regra:


• Se o benefício for decorrente de acidente de trabalho, doença profissional ou
doença do trabalho: 100% do salário-de-benefício;

• Nos demais casos: 60% do salário-de-benefício + 2% do salário-de-benefício


para cada grupo de 12 contribuições (ou a cada ano de contribuição) que
exceder ao tempo mínimo de contribuição (15 anos de contribuição para
mulheres e 20 anos de contribuição para os homens).
==5617c==

O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que necessitar


da assistência permanente de outra pessoa (observada a relação constante do Anexo
I do Regulamento da Previdência Social - RPS), será acrescido de 25%, sendo devido
ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal, devendo ser
recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado.

A renda mensal inicial da aposentadoria programada será:


• 60% do salário-de-benefício caso tenha atingido o tempo mínimo de
contribuição (20 anos para os homens e 15 anos para mulheres ) e
+
• 2% do salário-de-benefício para cada grupo de 12 contribuições (ou para cada
ano de contribuição) que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, para os
homens, ou de 15 anos de contribuição, para as mulheres.

A renda mensal inicial da aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com


deficiência será de:

• 100% do salário-de-benefício.

A renda mensal inicial da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência será de:
• 70% do salário-de-benefício
+
• 1% do salário-de-benefício para cada grupo de 12 contribuições

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6. Como são calculados os valores da renda mensal inicial do auxílio por


incapacidade temporária e do auxílio-acidente?

A renda mensal inicial do auxílio por incapacidade temporária será de:

• 91% do salário-de-benefício.

Obs.: O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a média aritmética
simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de
remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética
simples dos salários-de-contribuição existentes.

A renda mensal inicial do auxílio-acidente será de:

• 50% do salário-de-benefício que deu origem ao auxílio por incapacidade


temporária do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-
acidente e será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou até
a data do óbito do segurado.

7. Qual é o valor da renda mensal inicial do salário-maternidade?

A renda mensal inicial do salário-maternidade será calculada de acordo com as regras


abaixo:

• Segurado empregado e trabalhador avulso: remuneração Integral, limitado ao


subsídio mensal dos Ministros do STF;

• Empregado doméstico: valor correspondente a seu último salário de


contribuição;

• Segurado especial (que não contribua facultativamente): um salário-mínimo;

• Segurado contribuinte individual, facultativo ou desempregado que mantenha


a qualidade de segurado: um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-
contribuição, apurados em um período não superior a quinze meses.

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8. Como são calculados os valores da renda mensal inicial da pensão por morte e
do auxílio-reclusão?

A pensão por morte será equivalente a uma cota familiar de 50% do valor da
aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de
10% por dependente, até o máximo de 100%. Se o número de dependentes for
superior a 5, a pensão por morte se manterá em 100%. Em qualquer caso, o valor
global do benefício não será inferior ao salário-mínimo.
Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou
grave, o valor da pensão por morte será, independentemente do número de
dependentes, equivalente a 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo
segurado ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade
permanente na data do óbito, até o limite máximo de benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.

Em relação ao auxílio-reclusão, a renda mensal inicial corresponde a 1 (um) salário-


mínimo mensal.

9. Qual é a data de início do benefício para a aposentadoria por incapacidade


permanente?

A data de início da aposentadoria por incapacidade permanente deverá obedecer às


regras abaixo:

• Quando for precedida de auxílio por incapacidade temporária: dia


imediatamente após ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária.

• Quando não for precedida de auxílio por incapacidade temporária:

o Segurado empregado:

▪ a contar do 16º dia de afastamento da atividade; ou

▪ a partir da data de entrada do requerimento, se entre o


afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30
dias.

o Demais segurados:

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▪ a contar da data do início da incapacidade; ou

a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento por incapacidade


e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias.

10. Qual é a data de início do benefício para a aposentadoria programada?

A data de início da aposentadoria programada (por idade e tempo de contribuição)


deverá obedecer às regras abaixo:

• Segurado empregado e empregado doméstico:

o A partir da data do desligamento do emprego: quando requerida no


prazo de 90 dias contados da data do desligamento.

o A partir da data do requerimento: quando não houver desligamento do


emprego ou quando for requerida depois de 90 dias, contados da data
do desligamento.

• Demais segurados:

o A partir da data de entrada do requerimento.

o Quando não houver prévio requerimento administrativo da aposentadoria


programada, ingressando-se diretamente com ação judicial, o termo
inicial para a implantação do benefício concedido judicialmente será a
data da citação válida do INSS.

11. Qual é a data de início do benefício para o auxílio por incapacidade temporária
e auxílio-acidente?

A data de início do auxílio por incapacidade temporária deverá obedecer às regras


abaixo:

o Segurado empregado:

▪ a contar do 16º dia de afastamento da atividade; ou

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▪ a partir da data de entrada do requerimento, quando requerido


após o trigésimo dia do afastamento da atividade.

o Demais segurados:

▪ a contar da data do início da incapacidade (desde que o


afastamento seja superior a quinze dias); ou

▪ a partir da data de entrada do requerimento, quando requerido


após o trigésimo dia do afastamento da atividade.

O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio por


incapacidade temporária, independentemente de qualquer remuneração ou
rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer
aposentadoria.

12. Qual é a data de início do benefício para a pensão por morte e auxílio reclusão?

A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer (qualquer tipo de segurado), aposentado ou não, a contar da data:
• do óbito, quando requerida em até 180 dias após o óbito, para os filhos menores
de 16 anos;
• do óbito, quando requerida em até 90 dias após o óbito, para os demais
dependentes;
• do requerimento, quando requerido após 180 dias do óbito, para os filhos
menores de 16 anos;
• do requerimento, quando requerido após 90 dias do óbito, para os demais
dependentes;
• da decisão judicial, no caso de morte presumida.

A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida:

• mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária,


a contar da data de sua emissão; ou

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• em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente


ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil.

Considerando que, nos termos do art. 80 da lei 8.212/91, o auxílio-reclusão será devido
nas condições da pensão por morte, podemos afirmar que tal benefício será devido:
• a contar da data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, quando
requerida em até 180 dias após a prisão, para os filhos menores de 16 anos;
• a contar da data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, quando
requerida em até 90 dias após a prisão, para os demais dependentes;
• do requerimento, quando requerido após 180 dias da prisão, para os filhos
menores de 16 anos;
• do requerimento, quando requerido após 90 dias da prisão, para os demais
dependentes.

13. Quando ocorre a cessação do benefício de pensão por morte?

O direito à percepção de cada cota individual da pensão por morte cessará:

• pela morte do pensionista;

• para o filho, pessoa a ele equiparada (enteado e menor sob tutela) ou o irmão,
de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, salvo se o
pensionista for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência
grave;

• para filho, pessoa a ele equiparada (enteado e menor sob tutela) ou irmão
inválido, pela cessação da invalidez;

• para filho, pessoa a ele equiparada (enteado e menor sob tutela) ou irmão que
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento
da deficiência, nos termos do regulamento;

• pela adoção, para o filho adotado que recebia pensão por morte dos pais
biológicos;

• para CÔNJUGE ou COMPANHEIRO:

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o se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo


afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos abaixo;

o em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer:

▪ sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições


mensais; ou

▪ se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos


de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado;

o transcorridos os períodos abaixo, estabelecidos de acordo com a idade


do cônjuge ou companheiro(a) na data de óbito do segurado, se o óbito
ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável
(CONFORME PORTARIA ME Nº 424, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2020):

▪ 3 (três) anos, com menos de 22 (vinte e dois) anos de idade;

▪ 6 (seis) anos, entre 22 (vinte e dois) e 27 (vinte e sete) anos de idade;

▪ 10 (dez) anos, entre 28 (vinte e oito) e 30 (trinta) anos de idade;

▪ 15 (quinze) anos, entre 31 (trinta e um) e 41 (quarenta e um) anos


de idade;

▪ 20 (vinte) anos, entre 42 (quarenta e dois) e 44 (quarenta e quatro)


anos de idade;

▪ vitalícia, com 45 (quarenta e cinco) ou mais anos de idade.

Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença


profissional ou do trabalho, mesmo que o segurado não tenha vertido 18 (dezoito)
contribuições mensais ou tenha menos de 2 (dois) anos de casamento ou da união
estável, não se aplicará o prazo mínimo de 4 meses. Dever-se-á, neste caso, aplicar a
tabela de idades acima ou, tratando-se de cônjuge ou companheiro(a) inválido ou com
deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados
os períodos mínimos da tabela de idades, conforme o caso.

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A pensão por morte cessará, por completo, nos seguintes casos:


• Com a extinção da cota do último pensionista;
• Verificado o reaparecimento do segurado, em caso de pensão provisória por
morte presumida, pois, nesse caso, o pagamento da pensão cessará
imediatamente, desobrigados os dependentes da reposição dos valores
recebidos, salvo de comprovada má-fé.

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LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS


Benefícios Previdenciários

1. (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE PB – 2018)


Um segurado, contribuinte do RGPS há dez anos, caso seja acometido por mal de
Parkinson, terá direito a receber do INSS o benefício de

a) auxílio-doença, desde que não seja a referida doença preexistente à data de


filiação ao RGPS.
b) aposentadoria por invalidez, bastando a ele para tal atender à carência
exigida em lei.
c) auxílio-doença, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade,
desde que comprovada a incapacidade multiprofissional total e permanente para
o trabalho.
d) aposentadoria por invalidez, cuja renda mensal corresponderá a 91% do
salário de benefício.
e) aposentadoria por invalidez, se for constatada a incapacidade total e
permanente para o trabalho, certificada em perícia médica feita pela referida
autarquia.

Benefícios Previdenciários

2. (CESPE – Procurador do Estado de Pernambuco – 2018)


No dia em que completou vinte e cinco anos e um mês de tempo de contribuição
ao RGPS na condição de segurada empregada, Maria sofreu acidente de trabalho,
o que a incapacitou permanentemente para o exercício de atividades laborais.
Nesses vinte e cinco anos e um mês, não houve interrupção no tempo contributivo.
Considerando essa situação hipotética e o entendimento dos tribunais superiores,
assinale a opção correta.
a) Maria terá direito à aposentadoria especial.
b) O benefício garantido a Maria pela legislação previdenciária nesse caso
independe de carência.

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c) Pelo fato de a incapacidade ter sido provocada por acidente de trabalho,


será garantido a Maria o acréscimo de 25% do valor do benefício a ser recebido.
d) Maria terá o prazo decadencial de cinco anos para ajuizamento de ação
previdenciária em caso de indeferimento da concessão do benefício pela
previdência social.
e) Caso recupere sua capacidade para o trabalho, Maria poderá retornar à ativa,
sem prejuízo de recebimento do benefício em gozo.

Benefícios Previdenciários – Aposentadoria por idade e tempo de contribuição

3. (CESPE – Auditor de Contas Públicas – TCE PB – 2018 - ADAPTADA)


Joaquim, que é filiado ao RGPS na condição de contribuinte individual, completará
sessenta e cinco anos de idade no dia 1.º/1/2020, data após a qual ele pretende
requerer aposentadoria por idade e tempo de contribuição em uma agência da
previdência social.
Nessa situação hipotética, Joaquim
a) terá o benefício calculado em 100% do salário de benefício,
independentemente do tempo de contribuição.
b) não poderá receber valor inferior a um salário mínimo e não fará jus a abono
anual.
c) somente terá direito ao benefício caso tenha, no mínimo, trinta e cinco anos
de tempo de contribuição.
d) terá direito ao benefício caso tenha feito, no mínimo, cento e oitenta
contribuições mensais ao RGPS.
e) não fará jus à aposentadoria caso seja beneficiário de pensão por morte.

Benefícios Previdenciários – Renda Mensal Inicial do Auxílio Doença

4. (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018)


Maria, casada, sofreu acidente de trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada da
empresa em que trabalha por três meses, recebendo auxílio-doença até a data

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imediatamente anterior ao seu retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do


acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, durante o afastamento por incapacidade temporária, a
renda mensal inicial do benefício previdenciário recebido por Maria deve ter
correspondido a 91% do salário-de-benefício.
Certo ( )

Errado ( )

Benefícios Previdenciários – Renda Mensal Inicial - salário Família

5. (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018)


Acerca dos benefícios da previdência social, julgue o item a seguir.
A cota do salário-família devida a empregado que possua filhos com idade
igual ou inferior a quinze anos será proporcional aos dias por ele trabalhados
nos meses de sua admissão e demissão.
Certo ( )
Errado ( )

Benefícios Previdenciários – Renda Mensal Inicial - salário materidade

6. (CESPE – Analista Judiciário – STJ – 2018)


A respeito do regime geral da previdência social e do custeio da seguridade
social, julgue o item que se segue, considerando a jurisprudência dos tribunais
superiores.
A renda mensal inicial do salário-maternidade para a segurada empregada
corresponde à sua remuneração integral e será paga pela empresa, observada
a compensação com o INSS.
Certo ( )
Errado ( )

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Benefícios Previdenciários – salário maternidade

7. (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018)


Acerca dos benefícios da previdência social, julgue o item a seguir.
O salário-maternidade deve ser requerido pela empregada gestante diretamente
ao Instituto Nacional do Seguro Social no prazo de vinte e oito dias antes da data
provável do parto.
Certo ( )
Errado ( )

Benefícios Previdenciários – Renda Mensal Inicial – auxílio-acidente

8. (CESPE – FUB – 2018)


Um trabalhador de uma indústria de produção de cristais apresentou crise aguda
de cólica abdominal difusa e de forte intensidade, associada a dor nos membros
inferiores e hipertensão arterial.
Acerca dessa situação e de aspectos diversos a ela ligados, julgue o próximo item.
Se, após consolidado seu tratamento, o trabalhador em questão permanecer com
sequela que implique redução da capacidade para o trabalho que exercia, ele fará
jus a auxílio-acidente, correspondente a 70% de seu salário, devido a partir da data
do diagnóstico da sequela definitiva até a véspera de sua aposentadoria.
Certo ( )
Errado ( )

Benefícios Previdenciários – Pensão por Morte

9. (CESPE – Procurador Municipal – Prefeitura de Boa Vista – 2019)


João, casado com Ana desde 10/1/2018, é segurado do regime geral de
previdência social desde 1.º/7/1989, na qualidade de contribuinte individual. Ele
pretende solicitar ao INSS, em 1.º/7/2019, dia do seu aniversário de cinquenta anos,
sua aposentadoria por tempo de contribuição.
Considerando essa situação hipotética e as disposições legais vigentes acerca de
direito previdenciário, julgue o item que se segue.

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Considerando-se o tempo de casados de João e Ana, caso ele venha a falecer por
qualquer motivo em junho de 2019, ela não terá direito à pensão por morte.
Certo ( )
Errado ( )

Benefícios Previdenciários – Pensão por Morte

10. (CESPE – Oficial Técnico de Inteligência – ABIN – 2018)


Considerando o entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue
==5617c==

o item que se segue, quanto ao regime geral de previdência social (RGPS). Ao


cônjuge supérstite de segurado falecido por causa não acidentária nem
decorrente do exercício da atividade será assegurado o direito à pensão por
morte, por apenas quatro meses, se transcorridos menos de dois anos entre a
data do casamento e do óbito.

Certo ( )
Errado ( )

Benefícios Previdenciários – Pensão por Morte

11. (CESPE – Analista Judiciário – STJ – 2018)


A respeito do regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item que se
segue, considerando a jurisprudência dos tribunais superiores.
Situação hipotética: Lúcia, que por doze meses foi contribuinte da previdência
social e que era casada, há quatro anos, com Mário, de quarenta e cinco anos idade,
faleceu após complicações de saúde decorrentes de uma cirurgia
estética. Assertiva: Nessa situação, Mário terá direito ao benefício de pensão por
morte em caráter vitalício.
Certo ( )
Errado ( )

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Benefícios Previdenciários – Pensão por Morte

12. (CESPE – Analista Portuário – EMAP – 2018)


Maria, casada, sofreu acidente de trabalho em 1.º/2/2018 e ficou afastada da
empresa em que trabalha por três meses, recebendo auxílio-doença até a data
imediatamente anterior ao seu retorno, que ocorreu em 2/5/2018. Na data do
acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e cinco anos de idade.
Nessa situação hipotética, se, ao invés de ter causado o afastamento de Maria, o
acidente de trabalho sofrido por ela houvesse ocasionado o seu óbito, seu cônjuge
teria direito a receber pensão vitalícia por morte da segurada, independentemente
do preenchimento dos demais requisitos.
Certo ( )
Errado ( )

GABARITO

1. E
2. C
3. D
4. CERTO
5. ERRADO
6. CERTO
7. ERRADO
8. ERRADO
9. ERRADO
10. CERTO
11. ERRADO
12. CERTO

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