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ESACT /IPB Solicitadoria 2021/2022

DIREITO FISCAL II
Professora Dra. Nina Aguiar

naguiar@ipb.pt

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NOTA SOBRE A FUNÇÃO DESTES DIAPOSITIVOS

• Nestes diapositivos contêm-se apenas tópicos sobre a matéria de


Direito Fiscal 2.
• Não há desenvolvimento de matérias teóricas porque a matéria não é
adequada a desenvolvimento teórico no curso de solicitadoria.
• O que é importante é a confrontação das disposições legais com casos
práticos, que ajudam a interpretar as normas e a perceber o seu
alcance.
• Portanto, estes tópicos são complementares dos casos práticos, que
serão fornecidos, alguns por escrito, outros oralmente.
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O sistema fiscal português

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Noções preliminares

Impostos sobre o
rendimento

Tipos de
impostos Impostos sobre o
segundo a Património
base

Impostos sobre a
despesa

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Noções preliminares - Base dos impostos

Rendimento IRS
IRC

IMI
Património IUC
IMT
IS

IVA,, IEC, ISV, IS


Despesa

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O sistema fiscal português ©

NOTA:
No diapositivo anterior, o Imposto do Selo está a
vermelho porque este é um imposto difícil de enquadrar
na classificação.
Tem uma grande lista de factos tributários muito
diversos, e quanto a alguns deles é mais um imposto
sobre a despesa, quanto a outros é mais um imposto
sobre o património e quanto a outros até poderia
considerer-se um imposto sobre o rendimento.
O IMT é normalmente considerado um imposto sobre o
património, mas a sua inclusão nessa categoria também
é duvidosa

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Estrutura típica de uma lei de imposto

O ESQUEMA TÍPICO DE UMA LEI DE IMPOSTO

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Estrutura típica de uma lei de imposto

• Incidência subjetiva
• Isenções subjetivas

• Incidência objetiva
• Isenções objetivas

• Definição do facto tributário – quantificação da base tributável


• Momento da verificação do facto tributário
• Taxas do imposto
• Deduções à Coleta
• Liquidação
• Pagamento
• Obrigações declarativas e outras obrigações acessórias

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Estrutura típica de uma lei de imposto

• Incidência subjetiva : é a definição das pessoas que ficam sujeitas


ao imposto
• Também se pode utilizar o termo “incidência pessoal”
• Normalmente, após definir a incidência subjetiva, a lei de imposto
define as isenções subjetivas
• A isenção subjetiva não é uma “não sujeição”
• Pelo contrário: é por determinadas pessoas estarem sujeitas ao
imposto que se torna necessário isentá-la
EXEMPLO:
A S. C da Misericórdia de Valpaços é sujeito passivo de IRC?
A S. C da Misericórdia de Valpaços paga IRC?

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IMI

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IMI - Incidência

O que são prédios?

(Artigo 2º/1, primeira parte)

Prédio é toda a fração de território, abrangendo as águas,


plantações, edifícios e construções de qualquer natureza,
nela incorporados ou assentes, com carácter de
permanência….e que, em condições normais, tenha valor
económico….

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IMI - Incidência

O que são prédios?

(Artigo 2º/1, 2ª parte)

…..bem como as águas, plantações, edifícios ou construções,


nas circunstâncias anteriores, dotados de autonomia
económica em relação ao terreno onde se encontrem
implantados, embora situados numa fração de território
que constitua parte integrante de um património diverso
ou não tenha natureza patrimonial.

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IMI - Incidência

O que são prédios?

(Artigo 2º/2)

Os edifícios ou construções, ainda que móveis por natureza,


são havidos como tendo carácter de permanência quando
afetos a fins não transitórios.

(Artigo 2º/3)

Presume-se o carácter de permanência quando os edifícios


ou construções estiverem assentes no mesmo local por um
período superior a um ano.
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IMI - Incidência

O que são prédios?

(Artigo 2º/4)

As frações são consideradas prédios.

Isto é, não são prédios de acordo com a definição do art. 2º,


nº 1, mas são tratadas pela lei como se fossem prédios

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IMI - Incidência

Prédios rústicos (Artigo 3º/1)

Terrenos situados fora de um aglomerado urbano que


não sejam de classificar como terrenos para
construção e que:

a) Estejam afetos ou tenham como destino normal uma


utilização geradora de rendimentos agrícolas (CIRS).

b) Não tendo a afetação indicada na alínea anterior, não se


encontrem construídos ou disponham apenas de
edifícios ou construções de carácter acessório, sem
autonomia económica e de reduzido valor.
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IMI - Incidência

Prédios rústicos (Artigo 3º/2)

Os terrenos situados dentro de um aglomerado urbano


desde que por força de disposição legal não possam ter
qualquer afetação económica ou só possam ter
utilização geradora de rendimentos agrícolas

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IMI - Incidência

Prédios rústicos (Artigo 3º/3)

• Os edifícios e as construções diretamente afetados à


produção de rendimentos agrícolas, quando situados
nos terrenos referidos nos números anteriores

• As águas e plantações nas situações a que se refere o


nº 1 do art. 2º

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IMI - Incidência

Aglomerados urbanos (Artigo 3º/4)

Núcleos com um mínimo de 10 fogos

Um “fogo”, em terminologia urbanística, é uma parte ou a


totalidade de um edifício, dotada de acesso independente,
constituída por um ou mais compartimentos destinados à
habitação e por espaços privativos complementares.

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Aglomerado urbano (art. 3º/4) Armazém do
LIDL

20 m

eixo

Perímetro
50 m

Perímetro
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IMI - Incidência

Prédios urbanos (Artigo 4º)

Os que não devam ser considerados rústicos

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IMI - Incidência

Prédios mistos (Artigo 5º)

• Os prédios compostos de parte urbana e parte rústica


devem ser classificados de acordo com a parte
principal

• Se não houver parte principal, são mistos

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IMI - Incidência

Prédios urbanos – tipos (art. 6º)

- Habitacionais
- Comerciais, industriais ou para serviços
- Terrenos para construção
- Outros

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IMI - Incidência

Terrenos de construção (art. 6º/3)

Os terrenos situados dentro ou fora de um aglomerado urbano, para os


quais tenha sido concedida licença ou autorização, admitida comunicação
prévia ou emitida informação prévia favorável de operação de loteamento
ou de construção, e ainda aqueles que assim tenham sido declarados no
título aquisitivo

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Outros
4 - Enquadram-se na previsão da alínea d) do n.º 1 os
terrenos situados dentro de um aglomerado urbano
que não sejam terrenos para construção nem se
encontrem abrangidos pelo disposto no n.º 2 do
artigo 3.º e ainda os edifícios e construções
licenciados ou, na falta de licença, que tenham como
destino normal outros fins que não os referidos no
n.º 2 e ainda os da excepção do n.º 3
Outros
1. Um terreno dentro de um aglomerado urbano
1. Não seja terreno para construção (temos que excluir)
2. Não se encontrem abrangidos pelo art. 3º, 2

2. Edifícios e construções cujo destino normal não seja


nenhum dos referidos no nº2
3. Os terrenos em que as entidades competentes
vedem qualquer daquelas operações,
designadamente os localizados em zonas verdes,
áreas protegidas ou que, de acordo com os planos
municipais de ordenamento do território, estejam
afectos a espaços, infra-estruturas ou equipamentos
públicos.
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IMI - Incidência

Sujeitos passivos (art. 8º)

- Proprietários
- Usufrutuários
- Superficiários

Nº 4: A inscrição na matriz predial gera uma presunção de titularidade dos


direitos
Esta presunção de titularidade vale apenas para efeitos fiscais, nunca para
efeitos civis ou mesmo para outros fins de direito administrativo que não
tributários.

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IMI - Incidência

Início da tributação

• O artigo 9º diz-nos quando se inicia a tributação em


IMI
• O preceito tem várias regras, para situações
diferentes

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IMI - Incidência

Prédios novos

• A primeira regra é a que se aplica a prédios novos, ie


prédios que não existiam antes, e passaram a existir
• Quando é que isto acontece?
• No caso de terrenos, quando são destacados ou
desanexados de outros prédios
• No caso de plantações ou águas, quando as plantações são
instaladas ou as “águas” são criadas, por exemplo um lago
ou lagoa
• No caso de prédios urbanos construídos, obviamente, a
partir do momento em que o prédio fica construído
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IMI - Incidência

Prédios novos
• Para os prédios urbanos, é importante ter em conta o art.
10º, relativo à conclusão da construção
• Quando é que um prédio urbano novo se considera
concluído?
• Hoje, todos os prédios urbanos precisam, para a sua existência
legal, de uma licença camarária de utilização
• E essa licença camarária só pode ser pedida após a conclusão
sendo que, normalmente, o proprietário apressa-se a pedir a
licença para poder dar ao prédio o seu destino económico
• Portanto, é lógico que a regra geral seja a de que o prédio se
considera concluído na data em que a licença de utilização é
concedida
• Esta é a regra geral, que se encontra na al. a) do nº 1 do art. 10º
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IMI - Incidência

• Mas se só existisse esta regra, o que aconteceria?


• Aconteceria que as pessoas não pediriam ou adiariam
a licença de utilização para não pagarem o IMI....
• Então a norma vai prever uma série de situações em
que não foi pedida ou concedida a licença e vai definir
o momento em que, apesar disso, o prédio se
considera concluído

Caso:
http://www.dgsi.pt/jtcn.nsf/-/1F6A80138AD08D47802582870052D63F

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IMI - Incidência

• Que situações são essas?


• O
1 prédio não tem licença de utilização mas foi inscrito na matriz
• A data de conclusão do prédio é a que consta na matriz como
sendo a data de conclusão

1 Nota:já sabemos que “matriz” é o nome que se dá ao registo predial


próprio da administração tributária

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IMI - Incidência

• Que situações são essas?

• O prédio não tem licença de utilização e também não foi


inscrito na matriz
• Mas o prédio começa a ser utilizado. Por exemplo, começa
a ser habitado, a pesar de não ter licença
• O prédio considera-se concluído a partir da data em que se
inicia a sua utilização
• Trata-se de uma hipótese rara?

Mas pode acontecer. E a lei tributária tem de prever


todas as hipóteses, mesmo raras, porque se o não fizer,
será a essas hipóteses raras que as pessoas recorrerão
para fugirem aos impostos.
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IMI - Incidência

• Que situações são essas?


E agora a última hipótese mas até mais habitual que a anterior
O prédio não tem licença de utilização e também não foi inscrito
E também não se iniciou qualquer utilização.

Isto faz algum sentido?


Sim
Pensem, por exemplo, numa pessoa que construiu uma casa e emigrou,
deixou o país, e deixou a casa fechada

• Esse prédio estará sujeito a IMI?

Sim. A tributação terá início no momento em que o prédio esteja


pronto a ser utilizado
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IMI - Incidência

al. c) Do ano, inclusive, da conclusão das obras de


edificação, de melhoramento ou de outras alterações
que hajam determinado a variação do valor patrimonial
tributário de um prédio

Caso
Um prédio composto por um edifício de habitação,
concluído em 1960.
Este edifício encontra-se devidamente inscrito na
matriz e esta está atualizada
São efetuadas obras de melhoramento do prédio
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IMI - Incidência

Início da tributação

Depois temos, nas alíneas d) e e) , dois casos de diferimento


do início da tributação.
Não é uma isenção, não tem essa qualificação legal.
São esses dois casos:
• O de um terreno de construção adquirido por uma
entidade que tem por objeto a construção de edifícios
para venda e adquiriu o terreno para construir um prédio
para ser vendido;
• O de um prédio adquirido por uma entidade que tem por
objeto a compra de imóveis para revenda e adquiriu o
prédio para revenda.
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IMI - Incidência

d) Do 4.º ano seguinte, inclusive, àquele em que um terreno para construção tenha
passado a figurar no inventário de uma empresa que tenha por objecto a
construção de edifícios para venda;

Para uma sociedade poder beneficiar desta norma, el tem de ter, no seu objeto, a
construção de edifícios para venda

A questão: se a sociedade não tiver essa atividade no seu objeto, mesmo assim pode
fazer?
Esta questão é uma questão substantiva que pertence ao direito das sociedades

A questão: se as sociedade não tiver esse objeto, pode beneficiar da al. ) d)


Esta já é uma questão estritamente de direito fiscal

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IMI - Incidência

Caso

A sociedade Coelho Costruções Lda. – que tem no seu objeto a construção de edifícios
para venda, comprou, no dia 20 de junho de 2016, um terreno para construção em
Mirandela
A sociedade inscreveu o terreno no seu inventário no momento da aquisição

Por dificuldades financeiras, a sociedade apenas começou a construir o edifício em


dezembro de 2018.

A partir de que ano a sociedade fica obrigada a pagar IMI sobre o terreno?

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IMI - Incidência

e) Do 3.º ano seguinte, inclusive, àquele em que um prédio tenha passado a


figurar no inventário de uma empresa que tenha por objecto a sua venda

Objeto da empresa: compra de prédios para revenda


Operação: compra de um prédio
Condição: inscrição desse prédio no inventário

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IMI - Incidência

Caso: a empresa comprou um prédio X para revenda,


no dia 15 de novembro de 2019. Inscreveu-o no
inventário.
A partir de que ano passa a estar obrigada a pagar
imposto sobre esse prédio?
Se a empresa for proprietária do prédio no dia
31/12/22, ela irá pagar imposto a partir desse ano
inclusive

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IMI - Incidência

Um caso real (al e do art. 9º)


Uma empresa do ramo imobiliário pertencente a um grupo
industrial,
Uma fábrica desse grupo foi desmantelada
O terreno foi transferido, a título de entrada de capital, para
a empresa do ramo imobiliário
O terreno foi inicialmente inscrito em inventário
A empresa construiu vários prédios e constitui propriedade
horizontal
A empresa não conseguiu vender todas as frações
E quando viu que não conseguiu vender, decidiu arrendá-las
O contabilista, então, passou essas frações para imobilizado
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IMI - Incidência

Quer num caso, quer noutro, a empresa não tem de vender


os prédios nos períodos estabelecidos nas als. d) e e)
Até porque se vender dentro desses períodos, logicamente,
já não se inicia a tributação
Se não vender os prédios dentro desses períodos, a única
coisa que acontece é iniciar-se a tributação

O que a empresa não pode fazer é mudar a afetação (ver


nº 2), ou seja “dar uma diferente utilização”
A questão que se coloca é o que é “uma diferente
utilização”
Uma diferente utilização é, por exemplo, arrendar em vez
de vender
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IMI - Incidência

Nº 4, art. 9: - Para efeitos do disposto nas alíneas d) e e) do n.º 1, devem os


sujeitos passivos comunicar ao serviço de finanças da área da situação dos
prédios, no prazo de 60 dias contados da verificação do facto determinante
da sua aplicação, a afectação dos prédios àqueles fins.

Interpretação (Ac. TCA-S de 25-02-2021, p 1447/10. 0BELRS)


• A comunicação prevista neste preceito tem como finalidade permitir à AT o
controlo das condições para a suspensão da tributação
• O prazo de 60 dias aí previsto conta-se sempre a partir da inscrição dos
prédios no inventário
• Pois essa inscrição é o que prova a intenção do empresário de vir a afetar o
prédio a um dos fins previstos nas alíneas d) e e)

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A questão do Abílio
No caso do ac. TCA-S de 25-02-21

Temos um compra de um terreno, em que a intenção é a de


construir um edifício, no terreno, para posterior venda do edifício
Isto entra sem dúvida na al d) do art. 9º/1
Logo, a empresa podia inscrever o próprio terreno no inventário,
beneficiando de suspensão do IMI a partir dessa data
No caso, a empresa não fez isso
A empresa optou por:
1. Não beneficiar da suspensão de IMI sobre os terrenos
2. Comunicar apenas, nos termos do nº 4, a inscrição dos prédios
já construídos
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IMI - Incidência

Isenções subjetivas (art. 11º)

Uma isenção subjetiva é uma isenção que é estabelecida com base na


qualidade do sujeito passivo

São pessoas isentas de IMI:


• Estado e seus organismos
• Regiões autónomas e seus organismos
• Institutos públicos “sem carácter empresarial”
• Autarquias locais, associações e federações de municípios

Uma perguntinha “tricky”, que apelaria a conhecimentos de outras unidades


curriculares poderia ser:
“Um edifício pertencente à Caixa Geral de Depósitos, S.A. está isento de
IMI”?
Não, porque a CGD, S.A. não é um instituto público, embora pertença ao
Estado em 100%. Mas isto são conhecimentos de D. Administrativo e D.
Societário.
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IMI - Incidência

A isenção do art. 11.º-A

• Anteriormente vimos existir um princípio


constitucional de que a tributação do património
deve visar a diminuição da desigualdade social.
• A isenção do art. 11º-A realiza esse princípio

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IMI - Incidência

Vejamos as condições para a sua aplicação:

• A isenção aplica-se a certos imóveis de um dado sujeito passivo


• É preciso que o rendimento do agregado familiar no ano anterior não tenha excedido o montante de 2,3 vezes o
valor anual do IAS
• Agregado familiar é formado pelos cônjuges ou unidos de factos e seus descendentes e menores sob tutela que
com eles habitem
• O IAS é o Indexante de Apoio Social
• O seu valor:
• 2020: 438,81 €
• 2019: 435,76 €
• Há uma norma transitória prevista no n.º 1 do artigo 220.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro: que diz: "1 - Até
que o valor do indexante de apoios sociais (IAS) atinja o valor da retribuição mínima mensal garantida em vigor em
2010, mantém-se aplicável este último valor para efeito da indexação prevista no artigo 11.º-A do Código do Imposto
Municipal sobre Imóveis."
• O SM 2010 é de 475, 00€
• O limite calcula-se da seguinte forma:
475,00 x 14 x 2,3 = 15.295,00
• É ainda necessário que o valor patrimonial tributário global da totalidade dos prédios rústicos e urbanos
pertencentes ao agregado familiar não exceda 10 vezes o valor anual do IAS:

475,00 x 14 x 10 = 66.500,00

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IMI - Incidência

Verificadas todas estas condições, ficam isentos:


• Os prédios rústicos pertencentes a qualquer dos
membros do agregado familiar
• Os prédios ou partes de prédio afetos a habitação
permanente do agregado familiar
• Não ficam isentos quaisquer outros prédios urbanos

Esta matéria foi objeto de casos práticos que ajudaram


a interpretar as normas em causa.
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IMI - Incidência
EXERCÍCIO

Agregado familiar:
Mário: 800€/m até setembro inclusive

Maria: 750€/m

Duarte: s/ rendimentos

Rendimento bruto

Mário: (9 * 800) + (9/12*800*2) = 8400

Maria : 14* 750€ = 10500

8400 + 10 500 = 18 900

Este agregado familiar não poderá beneficiar da isenção do art. 11-a cimi

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IMI - Incidência

Outras isenções

• Há uma lista extensa de isenções de IMI nos artigos 44º a 50º


do Estatuto dos Benefícios Fiscais que não iremos reproduzir.

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IMI - Matriciamento

Matriz predial (art. 12º)

• A art. 12º fala das matrizes prediais


• “Matrizes prediais” é o nome que se dá ao registo
predial próprio da administração tributária
• A Administração predial mantém um registo paralelo
ao registo predial civil
• Existem duas “matrizes prediais”, a rústica e a urbana
• Das matrizes constam, designadamente, a
caracterização dos prédios, a localização, o valor
patrimonial, a identidade dos titulares dos direitos
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IMI - Matriciamento

• No IMI vale o princípio da declaração, o qual é um princípio geral do direito


tributário procedimental português
• Este princípio encontra-se plasmado no nº 1 do art. 13º:

A inscrição de prédios na matriz e a actualização desta são efectuadas com base em


declaração apresentada pelo sujeito passivo, no prazo de 60 dias contados a partir da
ocorrência de qualquer dos seguintes factos

• Assim, quer a primeira inscrição de um prédio quer a atualização respetiva


são, normalmente, efetuadas mediante declaração do sujeito passivo.
• O sujeito passivo é responsável pelo que declara e presume-se que é
verdadeiro o conteúdo das suas declarações
• Existe obrigação de declarar:
• O nascimento de um prédio novo
• A modificação de um prédio que importe alteração da sua classificação
• A modificação de um prédio que importe alteração do seu VPT
• Para cumprir a obrigação de declaração o prazo geral é de 60 dias
• Existe um prazo especial de 30 dias previsto no nº 5 do art. 13º
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IMI

DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLETÁVEL

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IMI – Determinação da matéria coletável

Conceito de matéria coletável – revisão


• Já se sabe que o imposto é uma obrigação de pagar uma quantia monetária
• A quantia a pagar tem que ser calculada
• Normalmente – e é assim no IMI – acha-se por aplicação de uma taxa percentual a um montante
que traduz a riqueza que se pretende tributar
• Esse montante ao qual se aplica a taxa percentual é a matéria coletável
• A matéria coletável no IMI é o valor patrimonial tributário dos prédios
• Grosseiramente, o valor patrimonial tributário dos prédios corresponde ao seu valor de
mercado, ie ao seu valor de venda
• Mas como não é praticável avaliar o verdadeiro valor de mercado de cada prédio todos os anos,
a lei estabelece um conjunto de regras para determinar o valor patrimonial tributário, que
corresponde a um valor aproximado do valor de mercado
• O valor patrimonial determina-se por avaliação
• Uma vez avaliado um prédio para efeitos de IMI, o seu valor patrimonial tributário só sofre
alteração em situações muito limitadas e expressamente previstas na lei

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IMI – Determinação da matéria coletável

O regime da avaliação dos prédios para efeitos de IMI é


diferente para os prédios rústicos e para os prédios
urbanos

• Prédios rústicos - Artigos 17º - 36º

• Prédios urbanos – Artigos 37º - 46º

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IMI – Determinação da matéria coletável

Avaliação de prédios rústicos

Artigo 15º/1

• De base cadastral

• Não cadastral

• Direta

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IMI – Determinação da matéria coletável

Valor patrimonial dos prédios rústicos (art. 17º)

= Rendimento fundiário * 20

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IMI – Determinação da matéria coletável

Rendimento fundiário (Art. 18º)

= Rendimento bruto – Encargos de exploração

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IMI – Determinação da matéria coletável

Os regimes de avaliação:

• De base cadastral
• Não cadastral
• Direta

São relativos ao modo como é determinado o


rendimento fundiário

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IMI – Determinação da matéria coletável

• “De base cadastral” significa que a avaliação é efetuada com base num
cadastro
• A palavra “cadastro”, genericamente, significa “registo”
• O cadastro predial existente neste momento em Portugal é designado
“CADASTRO GEOMÉTRICO DA PROPRIEDADE RÚSTICA”.
• O CGPR contém o registo dos prédios rústicos, com localização, área,
demarcação e culturas, e titularidade, atualizável por coordenação com o
registo predial
• Diz com efeito o art. 3º do Decreto-Lei 31:975, de 20/04/1942
“As matrizes cadastrais serão organizadas nas secções de finanças, segundo o modêlo
junto, com as indicações seguintes:
a) Designação cadastral do prédio;
b) Nome e domicílio do proprietário e, bem assim, do enfiteuta, censuário, fiduciário,
pensionista, usufrutuário e rendeiro a longo prazo, quando existam;
c) Ónus e encargos permanentes que incidam sobre o prédio;
d) Número de ordem das parcelas, seu destino ou cultura, qualidade e classe, e
superfície expressa na unidade hectare;
e) Rendimento em dinheiro resultante da aplicação dos preços médios ou tarifas às
áreas das parcelas”

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Uma imagem de parte do modelo
a que se refere o art.º 3º
©
IMI – Determinação da matéria coletável

• O CGPR foi criado em 1926, pelo decreto lei nº 11:859, de 7 de julho de


1926
• O Decreto-Lei 31:975 anteriormente citado não o criou, antes remeteu
para ele, para efeitos fiscais.
• Contudo, uma grande parte do território português ainda não está
cadastrada, como podem ver aqui:
http://www.dgterritorio.gov.pt/static/repository/2015-05/2015-05-
26115428_b511271f-54fe-4d21-9657-24580e9b7023$$69BD5E0B-472B-
47C8-A64C-0D135C095571$$7ECE7E84-11AC-40FB-80FF-
3FB0AB25C37C$$file$$pt$$1.pdf

• A razão desta impossibilidade prática de efetuar o cadastro da propriedade


rústica está nas dificuldades de prova da área e titularidade dos prédios
rústicos.
• Estas dificuldades na definição da titularidade e área dos prédios reflete-se
na legislação fiscal, nomeadamente no CIMI
• Neste momento está em curso a elaboração de um novo Cadastro Predial,
baseado numa metodologia diferente, mas está longe de estar concluído

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IMI – Determinação da matéria coletável

• É por isso que em alguns casos a avaliação não pode ser


cadastral
• Nesse caso a avaliação é ou “não cadastral” ou “direta”
• “De base não cadastral” significa que a avaliação é
efetuada com base em dados de que a administração
tributária dispõe sobre a área em que o prédio se insere
• Direta significa que é efetuada através de uma observação
individualizada do prédio a fim de determinar o seu valor

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IMI – Determinação da matéria coletável

Avaliação de base cadastral

3 etapas

1. Elaboração de quadros de qualificação e classificação

2. Elaboração dos quadros de tarifas

3. Distribuição parcelar

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IMI – Determinação da matéria coletável

Avaliação de base não cadastral (art. 31º)

Nos municípios onde não existe cadastro predial

3 etapas

1. Elaboração de quadros de qualificação e classificação

2. Elaboração dos quadros de tarifas

3. Distribuição parcelar

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IMI – Determinação da matéria coletável

Avaliação direta (art. 34º/1)

• Prédios omissos na matriz predial (cadastro predial fiscal)

• Modificações de culturas

• Erro de área

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IMI – Determinação da matéria coletável

Avaliação de prédios urbanos (art. 37º/1)

• Fatores (artigo 38º)

Vc = valor base dos prédios edificados;


A = área bruta de construção mais a área excedente à área de
implantação;
Ca = coeficiente de afectação;
Cl = coeficiente de localização
Cq = coeficiente de qualidade e conforto;
Cv = coeficiente de vetustez.

68
NOTA:

A matéria dos diapositivos 54 a 68, relativa ao


conteúdo da avaliação dos prédios, ou seja sobre como
se avaliam os prédios, é importante para os alunos,
mais tarde, entenderem os conceitos e as normas,
nomeadamente quando tiverem que lidar com
negócios jurídicos sobre prédios.
Mas não é relevante em termos de avaliação escolar
nesta unidade curricular.
O que é mais importante é o PROCEDIMENTO DE
AVALIAÇÃO DOS PRÉDIOS, que se vai estudar a seguir
69
©
Procedimento de avaliação

Quando se avalia um prédio?

ØPara os prédios rústicos o art. 33º diz:

Artigo 33º
1 - A iniciativa da primeira avaliação de um prédio rústico pertence ao
chefe de finanças, com base nas declarações apresentadas pelos sujeitos
passivos ou em quaisquer elementos de que disponha.

ØPara os prédios urbanos, o art. 37º diz:

Artigo 37º
1 - A iniciativa da primeira avaliação de um prédio urbano cabe ao chefe
de finanças, com base na declaração apresentada pelos sujeitos passivos
ou em quaisquer elementos de que disponha.

70
©
Procedimento de avaliação

Pode-se generalizar dizendo:

1. Normalmente, a avaliação segue-se a uma


declaração do sujeito passivo
2. Na falta de uma declaração devida, a AT pode
proceder oficiosamente ao registo do facto e à
avaliação
3. Excecionalmente, a avaliação pode ter lugar em
casos em que não é devida declaração

71
©
Procedimento de avaliação

1. Normalmente, a avaliação segue-se a uma


declaração do sujeito passivo

ØQue declaração é essa, à qual se segue um procedimento


de avaliação?

Há que conjugar esta disposição com o artigo 13º, que diz quais os
casos em que o sujeito passivo tem obrigação de entregar declaração

Nem todos os casos de declaração obrigatória previstos no art. 13º


dão lugar a uma avaliação

72
©
Procedimento de avaliação

Os casos de declaração obrigatória previstos no art. 13º que dão lugar


a uma avaliação são:

• Uma dada realidade física passar a ser considerada como prédio;


• Verificar-se um evento suscetível de determinar uma alteração da
classificação de um prédio;
• Modificarem-se os limites de um prédio;
(Conjugar com o DL n.º 116/2008, de 04 de Julho)
• Concluírem-se obras de edificação, de melhoramento ou outras
alterações que possam determinar variação do valor patrimonial
tributário do prédio;
Por exemplo uma reabilitação de um prédio urbano antigo
• Verificarem-se alterações nas culturas praticadas num prédio rústico;
• Ter-se conhecimento da não inscrição de um prédio na matriz;
• Concluir-se uma plantação, no caso de direito de superfície.

73
©
Procedimento de avaliação

Falta de declaração

Em todos estes casos, se o sujeito passivo não entregar


a declaração devida no prazo devido, a administração
tributária pode proceder oficiosamente à inscrição do
prédio ou à atualização respetiva na matriz.
É o que diz o nº 3 do art. 13º:

O chefe de finanças competente procede, oficiosamente:


a) À inscrição de um prédio na matriz, bem como às
necessárias atualizações, quando não se mostre cumprido o
disposto no n.º 1;

74
©
Procedimento de avaliação

Falta de declaração

Nos casos de falta da declaração que era devida, então, o


procedimento, de acordo com o que se depreende da lei,
consistiria no seguinte :
1. O chefe de finanças territorialmente competente faz as
devidas alterações na matriz
2. E em seguida o mesmo órgão promove o procedimento
de avaliação

Na prática, a administração fiscal desencadeia primeiro a


avaliação e só depois procede à atualização da matriz, o
que aliás é lógico.

75
©
Procedimento de avaliação

Casos de avaliação independente de declaração

Além destes casos em que a avaliação é consequente ou deve


proceder da declaração do sujeito passivo, há ainda casos em
que a avaliação é independente de declaração.
São eles:

• A determinação legal de uma reavaliação geral (em 2003 foi


determinada uma avaliação geral dos prédios urbanos)
• A eliminação na matriz dos prédios demolidos, a qual é
comunicada pelos serviços municipais

Isto está também no art.º 13º, nº 3

76
©
Procedimento de avaliação

VIDEO 3

A PARTICIPAÇÃO DOS SUJEITOS PASSIVOS NO


PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO

77
AVISO LEGAL SOBRE DIREITOS DE
AUTOR
Esta apresentação de Powerpoint, sendo uma criação intelectual da sua Autora,
está protegida por Direitos de Autor.
Por isso, nos termos da lei portuguesa que protege os direitos de autor, qualquer
reprodução ou transmissão, por qualquer meio, do conteúdo destes diapositivos é
proibida.
A violação desse direito constitui o transgressor em responsabilidade civil e pode
originar responsabilidade criminal.
As transmissões são rastreáveis pelo Ministério Público a pedido do lesado.
©
Procedimento de avaliação

Participação do sujeito passivo no procedimento de


avaliação

• Como regra, os sujeitos passivos não são chamados para


participar no procedimento de avaliação
• Também não são notificados de que um procedimento de
avaliação irá ter lugar
• São, sim, “informados” do resultado de uma avaliação.
• Dizemos “informados” porque nem sempre a
comunicação do resultado da avaliação será efetuada
através de notificação.

79
©
Procedimento de avaliação

Comunicação do resultado da avaliação

No caso de uma avaliação de prédio rústico, dispõe o art.


71º CIMI:
1 - Concluída a avaliação cadastral ou não cadastral dos prédios
rústicos da área de um serviço de finanças, o seu resultado é posto
à reclamação por um período de 30 dias, que pode ser prorrogado,
até ao máximo de 60 dias, pelo director de finanças, quando as
circunstâncias o justifiquem.

2 - O local e o período durante o qual o resultado da distribuição


está patente aos interessados são publicitados, com a
antecedência mínima de 10 dias, através de editais e de outros
meios adequados, nomeadamente a imprensa local.

80
©
Procedimento de avaliação

Comunicação do resultado da avaliação

Já o art.º 75º, nº1 diz:

1 - Quando o sujeito passivo ou o chefe de finanças não


concordarem com o resultado da avaliação direta de prédios
rústicos podem, respetivamente, requerer ou promover uma
segunda avaliação, no prazo de 30 dias contados da data em
que o primeiro tenha sido notificado.

81
©
Procedimento de avaliação

Quanto à avaliação de prédios urbanos, o art. 76º/1


diz:

Quando o sujeito passivo, a câmara municipal ou o chefe de


finanças não concordarem com o resultado da avaliação
directa de prédios urbanos, podem, respectivamente,
requerer ou promover uma segunda avaliação, no prazo de
30 dias contados da data em que o primeiro tenha sido
notificado.

82
©
Procedimento de avaliação

Resumindo

• No caso de avaliação de prédio rústico, dos tipos


“cadastral” e “não cadastral”, é efetuada, através de
edital, uma comunicação de que a avaliação está
concluída. A informação do resultado concreto é
obtida por consulta do sujeito passivo à matriz.
• Já nos casos de avaliação direta de prédio rústico,
(art. 75º nº 1) e de avaliação de prédio urbano a
comunicação é efetuada por notificação.
• A notificação deverá ser efetuada nos termos do art.
38º, nº 1, 38º, nº 9, ou 38º-A do CPPT.

83
©
Procedimento de avaliação

Meios de reação ao resultado da avaliação

Não concordando com o resultado da avaliação, o


sujeito passivo pode reagir contra ele.
E é nessa altura que o sujeito passivo poderá intervir no
procedimento de avaliação.
Vejamos em primeiro lugar, nos diapositivos seguintes,
como se reage contra o resultado da avaliação.

84
©
Procedimento de avaliação

• A forma de reagir contra o resultado da avaliação é a


reclamação ou o requerimento de nova avaliação
• No caso de avaliação cadastral ou não cadastral de
prédios rústicos, em que a comunicação é
previamente efetuada por edital, diz o art. 71º/1 que
o seu resultado é posto à reclamação por um período
de 30 dias.
• Portanto, a forma de reagir neste caso é a
reclamação, a qual é apresentada no prazo de 30 dias
a partir do momento em que o resultado da avaliação
pode ser consultado.
• O prazo pode ser prorrogado até 60 dias pelo diretor
de finanças (art. 71º, nº 1).
85
©
Procedimento de avaliação

• No caso de avaliação direta de prédios rústicos, já


vimos que o art. 75º, nº 1 prevê um “requerimento
de segunda avaliação”.
• É portanto o requerimento de nova avaliação o meio
de impugnação disponível
• Esse requerimento é apresentado no prazo de 30 dias
a contar de notificação (art. 75º, nº 1).

86
©
Procedimento de avaliação

• No caso de avaliação de prédios urbanos, já vimos


que o art. 76º, nº 1 diz também que o meio de reação
é o requerimento de nova avaliação
• Este requerimento é apresentado no prazo de 30 dias
a contar da notificação (art. 76º, nº 1).

87
©
Procedimento de avaliação

O que acontece a seguir à reclamação ou


requerimento?

O procedimento seguinte à reclamação ou


requerimento de segunda avaliação depende quer do
tipo de prédio, quer do tipo de avaliação, quer dos
fundamentos da reclamação.

88
©
Procedimento de avaliação

Avaliação cadastral e não cadastral de prédios rústicos:

• No caso de reclamações que tenham por fundamento erro na


designação das pessoas, moradas e descrição dos prédios, ou seja
erros que são comprováveis por documentos, a reclamação é
decidida pelo chefe de finanças.
• No caso de reclamação que tenha por fundamento a área, a
qualidade e classe das parcelas ou os elementos em que se baseou a
avaliação dos prédios, ou seja fundamentos que envolvem um juízo
mais técnico e discricionário, o que se faz é um requerimento para
segunda avaliação
• Este requerimento dá lugar a uma segunda avaliação.
• A segunda avaliação é efetuada por uma comissão
• A comissão é composta por dois peritos regionais designados pelo
diretor de finanças, um dos quais preside, e pelo sujeito passivo ou
seu representante

89
©
Procedimento de avaliação

Avaliação direta de prédios rústicos:

• No caso de avaliação direta de prédio rústico, o


sujeito passivo pode requerer uma segunda
avaliação.
• A segunda avaliação é realizada por uma comissão
formada nos mesmos termos da segunda avaliação
cadastral ou não cadastral.

90
©
Procedimento de avaliação

Avaliação de prédios urbanos:

• No caso de avaliação de prédio urbano, é requerida


segunda avaliação, que é efetuada por uma comissão
composta por um perito regional designado pelo
director de finanças, um vogal nomeado pela
respectiva câmara municipal e o sujeito passivo ou
seu representante.

91
©
Procedimento de avaliação

Impugnação do resultado da segunda avaliação

• No caso de reclamação de avaliação de prédio rústico que


tenha por fundamento erro na designação das pessoas,
moradas e descrição dos prédios, ou seja erros que são
comprováveis por documentos, em que a reclamação é
decidida pelo chefe de finanças, o sujeito passivo ainda
pode interpor recurso hierárquico da decisão deste órgão
• Nos restantes casos, o requerimento de segunda avaliação
esgota os meios graciosos de reação direta contra o ato
de fixação do valor patrimonial tributário.
• Do resultado da segunda avaliação só cabe impugnação
judicial (art. 77º, nº 1).

92
VIDEO 4
LIQUIDAÇÃO
AVISO LEGAL SOBRE DIREITOS DE
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©
Liquidação

• Apurado o valor patrimonial tributário do imóvel, o


passo seguinte é a quantificação do imposto.
• Procedimento que, como sabemos, se designa como
“liquidação”.
• A liquidação consiste em aplicar as taxas percentuais
do imposto ao valor patrimonial tributário.

Vejamos então as taxas do IMI

95
©
IMI - Taxas

As taxas do IMI estão previstas nos arts. 112º a 112-Bº

As taxas principais são

• Prédios rústicos: 0,8%

• Prédios urbanos: 0,3% a 0,45%

No caso dos prédios urbanos, são as assembleias


municipais que fixam a taxa, dentro do intervalo de 0,3%
0,45%.
Dentro de cada município, as taxas podem ser estabelecidas
por freguesia.

96
©
IMI - Taxas

Prédios devolutos

• No caso de prédios urbanos devolutos, a taxa é


aumentada para o triplo.
• Assim, se em Mirandela, no ano 2020, a taxa de IMI
for de 0,3%, sobre um prédio devoluto incidirá uma
taxa de 0,9%.
• São considerados devolutos os prédios que, durante
um ano se encontrem desocupados.

97
©
IMI - Taxas

Prédios devolutos

• O tratamento de um prédio como devoluto não é automático.


• Porque se trata de uma situação de penalização para o sujeito passivo, tem
que haver um procedimento para declara um prédio como devoluto
• A identificação dos prédios urbanos ou frações autónomas que se
encontrem devolutos compete aos municípios,
• É o município quem notifica o sujeito passivo do IMI, para o domicílio fiscal,
do projeto de declaração de prédio devoluto, para este exercer o direito de
audição prévia, e da decisão, nos termos e prazos previstos no Código do
Procedimento Administrativo.
• Finda a audição prévia e havendo declaração de prédio devoluto, esta é
comunicada à Autoridade Tributária
• A decisão de declaração de prédio ou fração autónoma devoluta é
suscetível de impugnação judicial, nos termos gerais previstos no Código de
Processo nos Tribunais Administrativos.

98
©
IMI - Taxas

Artigo 112º-B – agravamento da penalização para prédios devolutos

• Já em 2019, houve um agravamento da penalização dos prédios


devolutos, que está no art. 112º-B
• Este agravamento assenta no conceito ou na categoria de “zona de
grande pressão urbanística”
• Zona de grande pressão urbanística é aquela em que se verifique
dificuldade significativa de acesso à habitação, por haver escassez ou
desadequação da oferta habitacional face às necessidades existentes
ou por essa oferta ser a valores superiores aos suportáveis pela
generalidade dos agregados familiares sem que estes entrem em
sobrecarga de gastos habitacionais face aos seus rendimentos.
• Quem define uma zona de grande pressão urbanística é a
assembleia municipal do município em causa
• Sobre um prédio declarado devoluto numa zona de grande pressão
urbanística a taxa de IMI é elevada para o sêxtuplo

99
©
IMI - Taxas

Prédios florestais ao abandono

Art. 112º, nº 9 e 10
• Uma norma parecida com a dos prédios urbanos devolutos
aplica-se aos prédios rústicos florestais ao abandono
• Os municípios, mediante deliberação da assembleia municipal,
podem majorar até ao dobro a taxa aplicável aos prédios
rústicos com áreas florestais que se encontrem em situação de
abandono

Estas normas não têm sido aplicadas

100
©
IMI - Taxas

Redução da taxa em função do número de dependentes

• De acordo com o art. 112º-A, os municípios podem, mediante deliberação da


assembleia municipal, fixar uma redução da taxa do imposto municipal sobre
imóveis que vigorar no ano a que respeita o imposto, a aplicar ao prédio ou parte
de prédio urbano destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou
do seu agregado familiar, e que seja efetivamente afeto a tal fim, atendendo ao
número de dependentes do agregado familiar.
• A redução da taxa está estabelecida em valores monetários fixos, de acordo com a
seguinte tabela

Número de dependentes a cargo Dedução


fixa em €
1............................................................... 20
2. ............................................................. 40
3 ou mais ................................................. 70

101
©
IMI - Liquidação

Como é efetuada

• A liquidação é efetuada oficiosamente pela


administração tributária
Ou seja:
• Não é necessária a entrega de qualquer declaração
por parte do contribuinte, ao contrário do que
acontece com outros impostos, como o IRS, o IVA, o
IMT, o IS.
• E também não é necessária a liquidação por parte do
contribuinte, como no caso do IUC
102
©
IMI - Liquidação

Quando é efetuada

• Diz a lei que, ordinariamente, a liquidação é efetuada


anualmente, nos meses de fevereiro a abril
• E não faz sentido que a AT não possa efetuar
liquidações no mês de janeiro

103
©
IMI - Liquidação

Inicialmente, a disposição dizia:


1 - O imposto é liquidado anualmente, em relação a cada município,
pelos serviços centrais da Direcção-Geral dos Impostos, com base
nos valores patrimoniais tributários dos prédios e em relação aos
sujeitos passivos que constem das matrizes em 31 de Dezembro do
ano a que o mesmo respeita.
2 - A liquidação referida no número anterior é efectuada nos meses
de Fevereiro e Março do ano seguinte.
Já aqui não se compreendia por que razão a liquidação
não podia ser efetuada no mês de janeiro.
Mas, excetuando, o mês de janeiro, a liquidação,
logicamente tinha que ser feita nos meses de fevereiro
e março, porque o imposto tinha que ser pago em abril

104
©
IMI - Liquidação

Com efeito, o art. 120º dizia:

1 - O imposto deve ser pago em duas prestações, nos meses de Abril


e Setembro, desde que o seu montante seja superior a (euro) 250,
devendo o pagamento, no caso de esse montante ser igual ou
inferior àquele limite, ser efectuado de uma só vez, durante o mês
de Abril.

Portanto, havia sempre um pagamento em abril, fosse da


totalidade do imposto fosse da primeira prestação, o que
justificava que a liquidação tivesse que ser efetuada, o mais
tardar, até março.

105
©
IMI - Liquidação

Liquidação – Notificação
A matéria da notificação da liquidação está tratada, de forma
imprópria, no artigo 119º, sob a epígrafe “documento de
cobrança”, onde se diz:
1 - Os serviços da Direcção-Geral dos Impostos enviam a cada sujeito
passivo, até ao fim do mês anterior ao do pagamento, o competente
documento de cobrança, com discriminação dos prédios, suas partes
susceptíveis de utilização independente, respectivo valor patrimonial
tributário e da colecta imputada a cada município da localização dos
prédios.

Independentemente da designação “documento de cobrança”, a


verdade é que esta é a forma pela qual se comunica a liquidação
ao sujeito passivo, e portanto é esta a notificação da liquidação.

106
©
IMI - Liquidação

Liquidação – Notificação
Sendo assim, importa ver as regras destas notificação:
• A notificação é enviada até ao fim do mês anterior ao do pagamento
• Uma vez que o pagamento pode ser efetuado numa, em duas ou em três
vezes, o sujeito passivo pode receber um, dois ou três documentos de
cobrança
• Verdadeiramente, liquidação propriamente dita só há uma, que dá origem
a todos os documentos de cobrança
• O sujeito passivo é notificado dessa liquidação tantas vezes quantos os
documentos de cobrança

107
©
IMI - Liquidação

Liquidação – Notificação
• Assim, o sujeito passivo será notificado, da mesma liquidação:
• Uma única vez em abril; ou
• Uma vez em abril e outra em julho; ou
• Uma vez em abril, uma segunda vez em julho e a terceira em outubro
• Contudo, para efeitos de reclamação e impugnação, é a última notificação
que conta para a contagem do prazo, nos termos do art. 129º, nº 2.

108
©
IMI - Liquidação

Liquidação – Notificação
• Essa notificação é efetuada por correio simples, nos termos do art. 38º, nº
4, quando não deva ser por via eletrónica, nos termos do art. 38º,nº 9 ou
38º-A

109
VIDEO 5
LIQUIDAÇÃO
Meios de reação contra a liquidação
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©
IMI - Liquidação

Meios de defesa contra a liquidação

Art. 129º:
1 - Os sujeitos passivos do imposto, para além do disposto no tocante às
avaliações, podem socorrer-se dos meios de garantia previstos na Lei Geral
Tributária e no Código de Procedimento e de Processo Tributário.

Estamos agora a falar de meios de defesa apenas contra a liquidação


Em termos de impugnação administrativa podem ser usados todos os
meios previstos na lei:
• Reclamação graciosa
• Recurso hierárquico
• Pedido de revisão do ato tributário
• Pedido de revisão oficiosa do ato tributário

112
©
IMI - Liquidação

Contudo: a ocorrência de fundamentos de reclamação é


limitada, porque o elemento principal que determina o
montante do imposto é o valor patrimonial tributário

O valor patrimonial tributário, sendo determinado pela avaliação,


é objeto de impugnação autónoma, como vimos

A liquidação ainda pode ser impugnada com com base em


vícios da avaliação, mas terão que ser vícios que não
tenham permitido a impugnação desta em tempo devido

É o que acontece no caso:


http://www.gde.mj.pt/jtcn.nsf/89d1c0288c2dd49c802575c8003279c7/ac2f3098d912513f80258593003
40724?OpenDocument

113
©
IMI - Liquidação

Exemplo
Alberto recebeu uma notificação sobre o resultado de avaliação
do seu prédio urbano X, no dia 15 de novembro de 2019.
Não concordando com o resultado da avaliação, Alberto
requereu nova avaliação, a qual teve lugar.
Mas a segunda avaliação confirmou o resultado da primeira,
sendo notificada em 15 de janeiro de 2020.
Alberto impugnou em via judicial, no dia 1 de fevereiro de 2020.
Entretanto, em 1 de abril de 2020, Alberto recebe notificação
com a liquidação do imposto referente a 2019, já calculado sobre
o VPT resultante da avaliação.
Pode Alberto reclamar da liquidação, por não concordar com o VPT?
Não, porque, como vimos, tinha o ónus de impugnar a avaliação
autonomamente e teve efetivamente possibilidade de o fazer e fê-lo.

114
©
IMI - Liquidação

Sendo assim
• A situação mais comum de impugnação da liquidação
é a de liquidação em consequência de caducidade de
isenções ou “cancelamento” de isenções

Exemplo: Alguém que pediu isenção de IMI e, ou não


obteve, e então vai reclamar da liquidação dizendo que
tinha direito à isenção
Ou pediu isenção de IMI, obteve, mas a AT retira essa
isenção por considerar que deixaram de se verificar os
pressupostos, e envia a liquidação
115
©
IMI - Liquidação

• O prazo de reclamação da liquidação é o fixado no art.


70º do CPPT e conta-se a partir do termo do prazo
para pagamento voluntário da última ou da única
prestação do imposto (houve aqui uma alteração
recente)
(art. 129º/2)

116
©
IMI - Liquidação

Meios de defesa – Revisão oficiosa

• A revisão oficiosa é um ato praticado pela Administração Tributária, através


do qual esta revê , isto é modifica um ato tributário anterior, que pode ser
uma liquidação ou qualquer outro.
• A revisão oficiosa está prevista no art. 78º da LGT e aplica-se a qualquer ato
tributário
• Na revisão oficiosa da liquidação, a AT vai alterar o valor de uma liquidação
já notificada ao sujeito passivo

117
©
IMI - Liquidação

Meios de defesa – Revisão oficiosa

No caso do IMI, a revisão oficiosa da liquidação está prevista no art.


115º, que diz

1 - Sem prejuízo do disposto no artigo 78.º da Lei Geral Tributária, as


liquidações são oficiosamente revistas:
a) Quando, por atraso na actualização das matrizes, o imposto tenha sido
liquidado por valor diverso do legalmente devido ou em nome de outrem
que não o sujeito passivo, desde que, neste último caso, não tenha ainda sido
pago;
b) Em resultado de nova avaliação;
c) Quando tenha havido erro de que tenha resultado colecta de montante
diferente do legalmente devido;
d) Quando, havendo lugar, não tenha sido considerada, concedida ou
reconhecida isenção.

118
©
IMI - Liquidação

Meios de defesa – Revisão oficiosa

A, proprietário de uma moradia, construiu uma piscina no


logradouro da sua moradia no ano de 2018. O facto determina
aumento do VPT e, consequentemente, deverá dar lugar a uma
reavaliação. A estava obrigado a declarar essa alteração à AT. Não o
fez.
A AT detetou a falta de declaração quando já havia sido emitida a
liquidação para o ano de 2018, antes da avaliação. Procedeu à
avaliação e atualizou o VPT.
A AT Pode rever (revisão oficiosa) a liquidação e exigir a diferença
de imposto.

• Qual é o prazo para o fazer?


• Conjugar o artigo 113º/4 com o art. 116º

119
©
IMI - Liquidação

Meios de defesa – Revisão oficiosa

• A liquidação pode/deve ser revista pela Administração


tributária :

• c) Quando tenha havido erro de que tenha resultado


colecta de montante diferente do legalmente devido;

• Vamos lá imaginar uma situação possível?

120
©
IMI - Liquidação

Meios de defesa – Revisão oficiosa

• A liquidação pode ser revista pela Administração


tributária :
d) Quando, havendo lugar, não tenha sido considerada,
concedida ou reconhecida isenção.

Exemplo
O SP tem um imóvel que considera estar isento por ser
património classificado (art. 44º, 1 n) do EBF), pede a
isenção.
Enquanto está pendente o pedido de isenção, a AT emite e
notifica a liquidação.
Mais tarde, a AT vem a dar razão ao SP e concede a isenção

121
©
IMI - Liquidação

Exemplo

O SP é uma sociedade que tem como objeto, entre outros, a compra de imóveis para
revenda.
Em 1 de março de 2018, a sociedade adquire um imóvel para revenda e inscreve-o no
seu inventário, efetuando também a comunicação prevista no art. 9º, nº 4 dentro do
prazo.
A AT, contudo, não aceita a suspensão da tributação ao abrigo do art. 9º , nº 1 - al. e).
Em consequência, liquida imposto relativamente ao ano 2018, que notifica ao SP no
dia 1-4-2019.
O SP, entretanto, reclama da decisão de não suspensão no dia 1 de julho de 2018 .
Esta reclamação vem a ser decidida a favor do SP em 1 de junho de 2019.

• Nota: o SP não tem que reclamar da decisão de não suspensão, e até não deve fazê-
lo, mas na prática acontece com frequência. O que o SP deve fazer é reclamar da
liquidação.
Embora não se trate de uma isenção, a AT deve rever a liquidação, ao abrigo do art.
115º, 1 d), por não caber em mais nenhuma norma, por extensão.

122
©
IMI - Liquidação

Meios de defesa – Revisão oficiosa

• Em termos de meios de reação contra a liquidação, o


mais importante é saber se o sujeito passivo pode
pedir a revisão oficiosa ao abrigo do art. 115º.
• A resposta é no sentido afirmativo, e resulta de
doutrina jurisprudencial
• O prazo para o fazer é o mesmo prazo em que a
própria AT pode tomar a iniciativa, prazo esse que é,
em princípio, o da RG, mas os tribunais aceitam,
através de uma construção algo complexa, que o faça
nos quatro anos a partir da liquidação a rever (com
base no art. 78º/7 LGT).
123
©
IMI - Liquidação

Para compreender esta questão é preciso compreender


a diferença entre:
• “Pedido de revisão por iniciativa do sujeito passivo”
• Está previsto no art. 78º LGT/1 – primeira parte
• O prazo é o da “reclamação administrativa”, ou seja da
reclamação graciosa

• Pedido de revisão oficiosa


• Não está expressamente previsto
• É um pedido não previsto que o SP faz para que a AT faça o
que está previsto no art. 78º LGT/1 – segunda parte
• O prazo é de quatro anos
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IMI - Liquidação

Prazo de caducidade do direito à liquidação)

• O prazo geral é de 4 anos (art. 116º/1)


• Prazo especial para as situações do art. 113º/5

Suponhamos que A teve isenção ao abrigo do art. 11ºA a partir do ano


2018. Entretanto, em 2019, deixaram de se verificar os pressupostos
(p.ex porque A recebeu doação de um imóvel e com isso aumentou o
valor do seu património imobiliário). A estava obrigado a declarar que
aconteceu um facto que o impede de continuar a gozar de isenção.
Mas não o fez. A AT só deteta a alteração em 2022.
A AT pode fazer alguma coisa para corrigir? Liquidação nos termos do
art. 113º/5. Não precisa de recorrer a uma revisão oficiosa

Em que prazo? Art. 116º/1

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IMI - Liquidação

Liquidação
Suspensão da liquidação

• O art. 118º prevê casos de suspensão da liquidação


• Trata-se de suspensão do procedimento
• A liquidação não pode ser emitida.

Ver caso
http://www.dgsi.pt/jtca.nsf/-/FEB42DE3F299640E802581CA00376394

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Meios de defesa – Revisão oficiosa

B é proprietário de um prédio urbano X, o qual é avaliado no ano de 2018,


determinando um valor patrimonial tributário de 100 000 euros.
O resultado da avaliação é notificado ao SP no dia 10-12-2018.
B, não concordando com o resultado da avaliação, requer segunda avaliação.
O resultado da segunda avaliação é notificado no dia 1 de junho de 2019 e
determina uma redução do VPT de 100 000 euros para 95 000 euros.
Entretanto, a Autoridade tributária liquidou IMI para o ano de 2018, sobre o
valor de 100 000 euros, notificando o SP para pagar no dia 1 de abril de 2019.

• A AT não pode liquidar o imposto enquanto não se tornar definitivo o


resultado da segunda avaliação – art. 118º
• O SP deve reclamar dessa liquidação com base em ilegalidade do
procedimento

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IMI - Liquidação

Pagamento
O IMI é pago:

a) Em uma prestação, no mês de maio, quando o seu montante seja igual ou


inferior a (euro) 100;
b) Em duas prestações, nos meses de maio e novembro, quando o seu
montante seja superior a (euro) 100 e igual ou inferior a (euro) 500;
c) Em três prestações, nos meses de maio, agosto e novembro, quando o seu
montante seja superior a (euro) 500.

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