Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
O PRP é uma técnica inovadora técnica que vem progredindo no campo da saúde e vem ganhando
visibilidade no campo da estética, apresentando resultados expressivos e promissores. É um
hemoderivado autólogo, que contém alta concentração de plaquetas em determinado volume de plasma
extraído do paciente, que fornece fatores de crescimento e garante a regeneração tecidual, bem como
sua indicação para rejuvenescimento. O objetivo deste trabalho é investigar, por meio de
levantamentos bibliográficos, os benefícios da aplicação do plasma rico em plaquetas (PRP) no uso
terapêutico para a regeneração de tecidos no processo de cicatrização e sua utilização e relevância no
rejuvenescimento e redução do envelhecimento. processo, utilizado no campo da estética. Foi realizada
revisão de literatura com base de dados da Scielo, Lilacs, BVS(Biblioteca Virtual de Saúde) analisando
trabalhos acadêmicos, artigos científicos e artigos descritivos que sugerissem técnicos para obtenção
do material de pesquisa relacionado ao tema alvo. Os estudos realizados mostram-se promissores no
âmbito terapêutico e estético, desde a regeneração tecidual no processo de cicatrização até o
preenchimento corporal e rejuvenescimento da pele que fornecem diversas técnicas para a sua
realização, mas com resultados significantes e diferentes.
PALAVRAS CHAVE: Plasma Rico em Plaquetas; Estética; Métodos não invasivos; Método de
obtenção.
1 INTRODUÇÃO
2
A sociedade contemporânea assiste maravilhada a ideia do "corpo perfeito" que gradualmente invade
os espaços da vida moderna e traz consigo as expectativas do corpo em relação a esses padrões de
beleza, que podem ser uma interligação cada vez mais comuns, como a maior incidência de bulimia e
anorexia, as malhações e os procedimentos estéticos (POLI NETO; CAPONI, 2007).
As pessoas, muitas vezes, associam a questão de bem-estar e autoestima a uma questão estética, a qual
pode ser comprada, adquirida, sentida e vivenciada por meio de procedimentos estéticos e cirúrgicos.
(BORDA et al., 2016).
O plasma rico em plaquetas (PRP) é um produto sanguíneo autólogo, preparado com o próprio sangue
do paciente, é um produto orgânico, não tóxico e não imunorreativo que vem sendo utilizado em
diversos campos da medicina bem como na biomedicina estética. O plasma rico em plaquetas (PRP) é
utilizado como terapia desde a década de 1950. É um biomaterial utilizado em diferentes áreas da
medicina desde ortopedia, odontologia, medicina esportiva, medicina plástica, medicina regenerativa,
dermatologia, entre outras (SHAHID e KUNDRA, 2017).
Assim, o objetivo deste estudo foi identificar os benefícios da terapia com plasma rico em plaquetas
(PRP) no rejuvenescimento da pele facial, analisando seus efeitos e resultados. Para isso, foi realizada
uma busca bibliográfica em bases de dados.
2 REFERENCIAL TEORICO
Inicialmente, o PRP foi desenvolvido com o objetivo de reduzir o sangramento durante procedimentos
cirúrgicos (FILHO et al., 2007), porém, seu uso começou a se popularizar na odontologia humana,
mais especificamente em cirurgia bucomaxilofacial, a partir de 1998 com a publicação de artigos
relatando que a associação do PRP com enxertos ósseos autógenos potencializou o processo de reparo
ósseo (ALBUQUERQUE et al., 2008). Desde então, o produto tem sido utilizado com sucesso em
cirurgias ortopédicas, cardíacas, plásticas (WHITLOW et al., 2008), gerais, vasculares, neurológicas,
obstétricas, ginecológicas e oftálmicas (FLORYAN e BERGHOFF, 2004). Posteriormente, o uso do
PRP foi estendido a outras áreas, em grande parte devido ao seu potencial na medicina regenerativa
(PIERCE et al., 1991).
O sangue total é considerado um tecido vivo que é responsável por transportar oxigênio e nutrientes
por todo o corpo e pode ser dividido em partes líquidas e sólidas. A parte sólida representa 45 % do
volume total e contém: eritrócitos, que transportam oxigénio em sua molécula para os leucócitos,
responsáveis pelas defesas do organismo e plaquetas, responsáveis pela coagulação do sangue. Os
outros 55 % do volume total de sangue é a porção líquida do sangue plasma ou soro (SANTOS, 2007).
O PRP é um produto biológico autólogo derivado do sangue do paciente, do qual, após centrifugação,
é obtida uma fração plasmática com concentração de plaquetas maior que a do sangue circulante
(ALCÁNTARA et. al., 2018).
Hoje, o PRP é considerado um produto de fácil obtenção e de baixo custo, mas nos estágios iniciais de
produção era muito complexo e caro (MAIA E SOUZA, 2009). Nas primeiras tentativas, utilizava se
de grandes equipamentos de autotransfusão, que foram usados para separar o plasma das hemácias,
mas foram necessárias grandes amostras de sangue (aproximadamente 450 ml) além da presença de
um profissional experiente para realizar esse procedimento e manusear a máquina (VENDRAMIN et
al., 2006).
A separação do PRP ocorre devido a diferenças na densidade e tamanho das células que compõem o
sangue. A centrifugação depende do método utilizado. Atualmente, existem diversos protocolos para
obtenção e preparo do PRP, todos envolvendo as etapas básicas de preparo, começamos pela punção
venosa e coleta do sangue, centrifugação, aspiração do plasma, segunda centrifugação em maior
gravidade, retirada do sobrenadante para separação dos pellets de plaquetas ressuspensão em volume
plasmático, seguido de ativação e posterior aplicação. Existem vários fatores que afetam o produto
final do PRP, como temperatura, força e tempo de centrifugação, ordem e número de centrifugações,
uso de anticoagulante e mecanismo de ativação. (ARAKI, et al.)
5
Fonte: Rbac.org.br
Unica centrifugação, a fração do tubo inferior e centrifugue uma vez por 6 minutos a 5600 rpm
(rotações por minuto).
Duas centrifugações - primeira centrifugação a 1400 rpm, por vinte minutos, o plasma sobrenadante é
separado, combinado com seis mililitros da fração vermelha e centrifugado novamente a 3500 rpm,
por mais quinze minutos. Ao final desse processo, duas frações se formarão no tubo a superior
(amarelada) é descartada e inferior é reservada para uso (GENTRY 2006).
Fonte: Revistaface.com
6
No protocolo de dupla centrifugação, após o descarte das hemácias o plasma retorna à centrífuga,
sedimentando as plaquetas e um pequeno número de hemácias (que podem estar presentes) no fundo
do duto, serão levados. Em seguida, 80 % da parte superior do plasma, que corresponde ao plasma
pobre em plaquetas (PPP), é descartado e o botão plaquetário localizado na parte inferior do frasco é
ressuspenso no restante do plasma, gerando PRP (Barroso et at, 2007).
O procedimento de centrifugação deve ser realizado com muita exatidão para separar as plaquetas das
células vermelhas e obter plasma com alta concentrações de plaquetas integras, pois, sua fragmentação
e liberação precoce de FC na solução reduz a função e a eficiência das plaquetas do PRP. (ADLER E
KENT, 2002). Se a coleta de sangue ocorrer sem problemas e o método utilizado for apropriado, as
plaquetas intactas e viáveis estarão prontas para liberar FC após a ativação (JAMESON, 2007).
Em geral, duas técnicos de preparo podem ser distinguidos: técnica aberta e técnica fechada. Na técnica
aberta, o produto é exposto ao ambiente da área de trabalho e entra em contato com os diversos
materiais aplicados em sua fabricação. Com este tipo de processamento é necessário garantir que o
produto não seja contaminado durante o manuseio.
O uso de outras substâncias como a batroxobina (produto isolado do veneno de cobra) já foi citado. A
partir daí, o produto adquire consistência gelatinosa e pode ser facilmente aplicado onde for necessário
e desejado (VENDRAMIN et al., 2006).
7
Fonte: facemagazine.com.br
O PRP pode estar na forma líquida ou sólida, cada um com propriedades diferentes. A principal
diferença é o método de aplicação no local da lesão. As injeções de PRP líquido podem ser
recomendadas por ultrassom ou por referência topográfica (método de palpação). No entanto, o sólido
foi aplicado sob visualização direta da lesão por meio de incisão cirúrgica. O PRP sólido parece uma
malha de fibrina estruturada. que foi criado usando centrifugação dupla.
O congelamento tem a vantagem de poder dar mais aos pacientes que precisam usar múltiplas injeções.
No entanto, a maioria dos estudos usa o novo PRP, pois parece ser mais eficaz (BENNELL, et al.,
2017).
A terapia com plasma rico em plaquetas (PRP) tem sido praticada desde meados da década de 1950 e
abrange ampla gama de campos, com exemplos que vão da ortopedia à dermatologia e à odontologia
(MEIRA et al., 2019).
O PRP também é usado em cirurgias de osteoartrite, como reparo de tendões. Osteoartrite e fraturas. .
Além da densidade mineral óssea trabecular aumentou em 15-30 % (Marx et al., 1998).
8
Também tem sido utilizado no tratamento de lesões ligamentares e ligamentares em cavalos com
resultados positivos. Utilizaram este produto para tratar defeitos mandibulares em cães submetidos a
enxertos ósseos alógeno.
A perda de sustentação profunda causada pela flacidez da pele, inibição muscular, perda de gordura e
remodelação óssea, é um processo, conhecido popularmente como “quadralização” da face isso pode
ser visto de forma mais clara na ilustração 1.
Fonte:institutovitorerlacher.com.br
9
Destaca se que as práticas feitas para auxiliar e favorecer o rejuvenescimento, seja corporal ou facial,
são realmente vistos de forma positiva por grandes segmentos da sociedade. No entanto, as práticas
não invasivas já ocupam uma posição de preferência muito superior, sendo sempre priorizadas, se
possível. Desta forma torna-se cada vez mais perceptível o quanto as pessoas modificaram, sempre
que lhes convém, a mesa de operação, por métodos menos invasivos e dolorosos (TEIXEIRA et al.,
2007).
Os procedimentos invasivos já atingem um alto índice de rejeição por quem opta por métodos estéticos
de rejuvenescimento, não só por ser um processo mais dolorido, mas também pelo maior custo e
também pelos riscos que pode conter. Nos métodos não invasivos há a vantagem de ser um processo
mais veloz, na maioria das vezes indolor, muito eficaz e com excelentes resultados, com o fator
positivo de pouquíssimos ou nenhum efeito colateral (TEIXEIRA et al., 2007).
O PRP é uma técnica terapêutica inovadora, onde as proteínas de crescimento celular do próprio
paciente são aplicadas nas mais variadas áreas do corpo a fim de promover o rejuvenescimento a
modelação etc. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA, 2017).
O uso do PRP na estética é algo importante e promissor, pois seu uso contribui para a homeostase
plaquetária, liberando assim fatores de crescimento que auxiliam no processo de reparo da lesão
tecidual e vascular. Dessa forma, obtém-se uma pele jovem e é possível senti-la novamente mais
hidratada, com mais tonicidade e viscosidade, trazendo assim os resultados desejados pelo paciente
(SEFERIAN 2017).
Fonte:incorporeestetica.com.br
Fonte:escola.ciaestetica.com
11
Fonte:drmarcuspaixao.com.br
Por se tratar de um tratamento biológico, no qual uma substância natural é aplicada ao organismo
estudos mostram que seu uso apresenta poucos inconvenientes para o paciente. A preparação é de fácil
obtenção e o paciente é seu próprio doador, o que reduz o risco de doenças ou reações imunológicas.
Com equipamento adequado O custo não é alto (EVERTS et al., 2006).
Se uma das vantagens do uso do PRP é que ele acelera a regeneração óssea pelo aumento da quantidade
de fatores de crescimento, então a desvantagem é a curta vida útil das plaquetas, uma vez que a de
granulação plaquetária inicia em três a cinco dias e os fatores de crescimento desaparecem após sete a
dez dias (MARX, 1999).
12
Existem vários métodos que suportam a estimulação mais longa do fator de crescimento. Uma delas é
o uso de trombina bovina, mas estudos mostram que seu uso pode levar a complicações como a
formação de anticorpos contra trombina bovina e consequentemente podendo levar a coagulopatia
imunomediada (FOSTER, 2009).
Alguns estudos sobre as desvantagens do uso desse concentrado de plaquetas baseiam-se na técnica
de preparo onde a centrifugação não é suficiente para gerar um concentrado tão rico em plaquetas,
capaz de atuar com competência nos processos de cicatrização tecidual (MANDELLI, 2010).
É um estudo académico de caráter bibliográfico com base de dados da Scielo, Lilacs, BVS(Biblioteca
Virtual de Saúde) analisando trabalhos acadêmicos, artigos científicos e artigos descritivos que
sugerissem técnicos para obtenção do material de pesquisa relacionado ao tema alvo, foi elaborado a
partir de uma pesquisa bibliográfica com abordagem exploratória, a partir de trabalhos de autores
especializados no assunto em questão e em sites que tratam do tema apresentado, privilegiando a
promoção de debates e controvérsias coerentes sobre os efeitos e reais vantagens da aplicação do PRP.
Esta pesquisa sugere a dispensa do consentimento informado por se tratar de uma busca baseada em
evidências de artigos científicos, retrospectiva, impossibilitando a comunicação com pacientes ou
clientes do referido procedimento, devido aos potenciais desfechos clínicos, bem como pelo fato de
pacientes ou clientes em diferentes localidades do estado, o que não permitir contato presencial com
eles.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 CONCLUSÃO
Com base no estudo, baseado na literatura discutida, o PRP pode ser considerado um produto que
possui diversos efeitos benéficos indicados pelos autores sendo eles: cicatrizante, auxílio em
intervenções cirúrgicas (ritidinoplastia), preenchimento de contornos faciais e corporais, aumento da
camada superficial da pele derme.
O PRP tem suas vantagens por ser um produto autólogo, de fácil aquisição, baixa incidência de
rejeição, baixo custo econômico para sua realização. As informações fornecidas são importantes para
validar a relevância do PRP em procedimentos cosméticos para rejuvenescimento facial e corporal.
Concluímos que o PRP produz resultados positivos e satisfatórios em um curto período de tempo. Em
comparação com tratamentos convencionais conhecidos.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, M.C. et al. Aplicação do PRF em Medicina Dentária. Relatório de Atividade Clínica.
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, 2014. Disponível em:
https://silo.tips/download/maria-cristina-martins-pinheiro-sant-ana-de-azevedo. Acesso em: 22 de
Abril 2023.
COSTA, P. A.; SANTOS, P. Plasma rico em plaquetas: uma revisão sobre seu uso terapêutico.
Revista Brasileira de Análises Clínicas. Rio de Janeiro, v. 48, n. 4, p. 311-319, 2016. Disponível em:
14
https://www.rbac.org.br/artigos/plasma-rico-em-plaquetas-uma-revisao-sobre-seu-uso-terapeutico/.
Acesso em: 20 de Março 2023.
DOLDER J. V. et al., Jansen JA. Platelet rich plasma: Quantification of Growth factor levels and
the effect on growth and differentiation of rat bone marrow cells. Tissue Eng. 2006. Disponível
em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17518622/. Acesso em: 15 de Setembro 2022.
FOSTER, T.E., et al. Platelet-Rich Plasma: From Basic Science to Clinical Applications. AM J
Sports Med, v. 37, p. 2099-2101. 2009, Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19875361/.
Acesso em: 15 de Setembro de 2022.
GARCIA, R.P. A Fibrina Rica em Plaquetas em Foco. Implante news. Fevereiro, 2014. Disponível
em: http://www.inpn.com.br/ImplantNews/Materia/Index/1231. Acesso em:18 de Outubro de 2022.
MESSORA, M.E. et al. Análise de um protocolo de única centrifugação para o preparo do plasma
rico em plaquetas (PRP) - estudo em coelhos. Revista Sul-Brasileira de Odontologia, v.6, n.2, p. 135-
141, 2009. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1530/153013734004.pdf. Acesso em: 18 de
Outubro 2022.
NAYLOR, E.C.; WATSON, R.E.B.; SHERRATT, M. J. Molecular aspects of skin ageing. Maturitas.
2011; 69:249-56. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21612880/. Acesso em: 18 de
Outubro 2022.
RODRIGUES, P.L.N.; FERREIRA, L.A.; SANTOS, W.P.; DINIZ, F.L. O uso do plasma rico em
plaquetas no rejuvenescimento facial: uma revisão integrativa. Revista Multidisciplinar e de
Psicologia. v. 13, n. 47, p. 563 – 575, out. 2019. Disponível em:
https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2035. Acesso em: 10 de Maio de 2023.
SANTOS, B. A. et al. Plasma Rico em Plaquetas: Verdades e Controvérsias. 2009. p 58. Programa
de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 2009. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-
95DNHA/1/monografia_bruno_revis_o_02.pdf. Acesso em: 29 de Março de 2023.
SHAID, M.; KUNDRA, R. Platelet Rich Plasma (PRP) for Knee Disorders. Efort Open Reviews.
2017: p. 29-33. Disponíl em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5444079/. Acesso em
22 de Abril de 2023.
UEBEL, C. O. Ação do plasma rico em plaquetas e seus fatores de crescimento na cirurgia dos
Micro-implantes capilares. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 88
p., 2006. Disponível em: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1667. Acesso em: 19 de Março 2023.