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Newton C. Braga
Instituto NCB
www.newtoncbraga.com.br
leitor@newtoncbraga.com.br
© Newton c. Braga
Apoio
APRESENTAÇÃO
Mais um livro que levamos gratuitamente aos nossos leitores sob
o patrocínio da MOUSER ELECTRONICS. Trata-se de um livro
publicado em 1988, mas que aborda um assunto que ainda é atual
para o caso do funcionamento de circuitos eletrônicos em geral,
componentes e montagens. Mesmo havendo tecnologias mais
modernas para a montagem de projetos com a mesma finalidade os
projetos apresentados são importantes pela sua finalidade didática.
Fizemos algumas melhorias, alterações e atualizações ao republicar
esse trabalho, esperando que seja do agrado de nossos leitores. A
maioria dos conceitos apresentados em muitos dos projetos ainda é
ainda atual e eles encontram aplicações práticas. Tudo depende dos
recursos, necessidade e imaginação de cada um. A maioria dos
componentes citados pode ser adquirida na Mouser Electronics
(www.mouser.com). Enfim, mais um presente que damos aos
nossos leitores que desejam enriquecer sua biblioteca técnica e
aprender muito, e sem gastos.
Newton C. Braga
Introdução
Este livro originalmente foi publicado em 1983. Na época Newton C.
Braga, seu autor, utilizou um pseudônimo, pois o livro saiu por editora
diferente daquela em que trabalhava. Uma exigência de contrato.
Newton C. Braga
Alarme de Chuva
O alto-falante emitirá um som forte quando começar a chover. As
gotas de água que caem disparam este aparelho transistorizado
avisando que as roupas que estão secando devem ser recolhidas.
Como Funciona
O oscilador de áudio leva dois transistores complementares, ou
seja, um do tipo PNP e outro NPN, acoplados de modo direto,
formando um pequeno amplificador.
Quando o sinal de saída do segundo transistor é levado de volta à
entrada do amplificador, temos uma realimentação que o faz oscilar.
Nesta oscilação são produzidos sons no alto-falante cuja frequência
justamente depende das condições em que a realimentação é feita.
No caso deste circuito, mostrado na figura 1, a frequência do som
depende tanto do valor do resistor R como do valor do capacitor C.
O capacitor é fixo, e R pode ser alterado dentro de certos limites.
Fora destes limites o transistor de entrada (NPN) não é polarizado e
o oscilador não funciona, ou seja, fica em silêncio, além do que. O
circuito tem a sua corrente muito reduzida.
O sensor fica justamente em lugar deste resistor, de modo que.
quando seco ele apresenta uma resistência muito alta, muito além da
faixa em que o oscilador funciona. Neste caso, ele permanece em
silêncio e o consumo de energia das pilhas é mínimo.
No momento em que as primeiras gotas de chuva caem no sensor,
sua resistência diminui acentuadamente, entrando para a faixa em
que o oscilador entra em ação.
É neste momento que o oscilador se põe em funcionamento,
avisando que a chuva começou.
O sensor é mostrado na figura 2. Trata-se de um conjunto ou
sanduiche de duas telas de arame fino.(feitas com fio descascado,
se o leitor preferir) tendo entre elas um pedaço de tecido poroso ou
mesmo um guardanapo de papel.
No pedaço de tecido ou papel é salpicado um pouco de sal
comum,. Seco o tecido com sal não conduz de modo algum a
eletricidade, apresentando, portanto, uma resistência muito alta.
Quando umedecido, entretanto, a sua resistência cai
acentuadamente, caso em que a corrente elétrica pode passar,
fazendo o oscilador funcionar.
tipo de som que o leitor deseja pode ser alterado com a. troca do
capacitor C1. Seu valor pode ficar entre 33 nF (som mais agudo) até
100 nF (som mais grave).
Montagem
O circuito completo do alarme de chuva,é mostrado na figura 3.
Os montadores devem consultar a lista no final do livro que trata
da equivalência dos componentes usados, principalmente os
transistores, se tiver dificuldades com sua obtenção.
A placa usada é a universal dada como brinde, ou então, se o leitor
já a usou, feita em seu laboratório de circuitos impressos.
O desenho dos componentes sobre a placa com as ligações que
devem ser feitas é mostrado na figura 4.
O leitor deve prestar atenção. nos seguintes pontos ao realizar a
montagem dos componentes na placa:
a) coloque os transistores nas posições certas, olhando bem para
que lado fica a sua parte achatada.
b) confira bem os valores dos resistores, olhando a lista de
material e confrontando as cores dos anéis em seu invólucro.
c) Na soldagem do capacitor seja rápido, pois este componente é
sensível ao calor.
d) A ligação do sensor pode ser feita com um pedaço de fio
paralelo de até 5 metros. Demos como sugestão um pedaço de meio
metro, para facilitar a montagem e prova.
e) Na ligação dos fios do suporte de pilhas é preciso obedecer a
polaridade. O fio do polo positivo vai ao transistor T2, e o negativo a
T1. Não será preciso usar interruptor, pois estando em espera o
consumo de energia é muito baixo. Para desligar é só tirar as pilhas
do suporte.
f) A ligação do alto-falante será feita com dois pedaços pequenos
de fio. Não há polaridade a ser seguida.
O aparelho montado é mostrado na figura 5.
Possíveis falhas
Na falta de oscilação do aparelho quando o sensor está molhado
verifique:
a) o estado das pilhas e sua polaridade
b) a continuidade da bobina do alto-falante
c) se os transistores não estão trocados ou invertidos
d) se os resistores estão certos
e) se todas as soldas estão firmes.
Material
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
Caixa de montagem
Solda
Pouco de sal
Sirene
Um som diferente, variável como das sirenes de policia será
conseguido com este oscilador transistorizado.. São três transistores
e uma alimentação de 6 V para fornecer um bom som num alto
falante comum.
Como Funciona
A base da sirene é um oscilador de áudio do tipo multivibrador com
dois transistores. Esta configuração será encontrada em outras
montagens deste livro.
Os dois transistores conduzem alternadamente a corrente de modo
que, quando um está ligado o outro não está. A troca de estado
continuamente dos dois transistores é conseguida graças ao
interacoplamento com dois transistores, conforme mostra a figura 1.
São estes capacitores C1 e C2 que, juntamente com R2. e R3
determinam a frequência ou velocidade da troca dos sons e,
portanto, o tipo de som que será produzido.
Se R2 ou R3 foram alterados, teremos também uma alteração do
som produzido pelo multivibrador.
O som de sirene é variável, de modo que temos um circuito
adicional justamente controlando R2 ou R3 para modificar a
frequência. Trata-se de um resistor adicional e um capacitor ligado
ao circuito por um interruptor de pressão. (figura 2)
Quando pressionamos o interruptor o capacitor carrega-se
lentamente pelo resistor de 22 k de modo que a tensão sobe ao
resistor do multivibrador tendo por efeito uma subida da frequência
do som produzido. E como se a sirene “acelerasse” se fizermos uma
comparação com os tipos que usam motor.
Ao soltar o interruptor de pressão ocorre a descarga do capacitor
e, portanto, o efeito é contrário. Temos a diminuição da “velocidade”
da sirene.
Na subida de velocidade temos o som tendendo para o agudo e na
descida o som tendendo para o grave.
A amplificação do som é feita pelo terceiro transistor que tem em
seu emissor o alto-falante.
O leitor pode modificar o comportamento de sua sirene pela troca
de alguns componentes no circuito final.
Assim, C1 controla o tempo de subida e descida podendo ser
trocado por valores entre 47 uF para uma subida e descida mais
rápida, até 220 uF para uma subida e descida mais lenta.
Já, C2 e C3 podem ser trocados por valores como 27 nF ou 33 nF
se o leitor desejar um som mais agudo para sua sirene, ou 100 nF se
o leitor desejar um som mais grave.
Montagem
O circuito completo da sirene é dado na figura 3.
Os montadores devem consultar as possíveis equivalências no
final do livro, principalmente se tiverem dificuldades com sua
obtenção.
A placa usada é a universal dada como brinde nesta edição.
Evidentemente, se o leitor já a usou para outra montagem deve tirar
uma cópia a partir do padrão fornecido.
A disposição dos componentes sobre a placa com as ligações que
devem ser feitas é mostrada na figura 4.
Testes
Coloque quatro pilhas no suporte e ligue S1. Depois aperte S. O
som imediatamente deve começar grave e ir aumentando para o
agudo. Soltando o interruptor S o som deve voltar até o grave e
depois parar.
Importante para se obter boa qualidade de som é o alto-falante. Os
alto-falantes que melhores resultados dão são os de 10 cm, em que
a qualidade de som e o volume são satisfatórios.
A montagem numa caixa de material acusticamente favorável
permite aumentar a intensidade do som.
Uso
Para usar não há segredo: é só apertar S. A fixação numa bicicleta
ou outro brinquedo pode ser feita de diversos modos.
Possíveis falhas
Se a sirene não funcionar, os pontos que devem ser verificados
são:
a) a polaridade do suporte de pilhas e o estado das pilhas
b) a ligação e o estado dos transistores
c) a ligação dos capacitores
d) os contactos entre os diversos fios e componentes
e) o estado das soldas que podem estar frias ou espalhadas
Material
S1 - Interruptor simples
B1 – 6 V - 4 pilhas pequenas
1 metro de fio
Solda
Teste de Nervos
Você é calmo? Se você acha que não tem como provar, porque
não um teste eletrônico? Muito mais que um teste, este interessante
brinquedo eletrônico lhe divertirá e também os seus amigos na
verificação de quem tem nervos de aço.
Como funciona
A base do brinquedo é um transistor que funciona como
amplificador de corrente contínua acionando uma lâmpada.(figura 2)
Quando o arame tortuoso e a argola encostam um no outro o
capacitor C se carrega com a tensão da bateria, que é de 6 V.
Em seguida, este capacitor se descarrega pelo transistor fazendo-
o conduzir a corrente e acendendo a lâmpada indicadora.
O uso do capacitor é importante, pois mesmo que o toque do
arame e da argola não dure mais do que uma fração de segundo o
capacitor se carrega totalmente e depois solta lentamente a carga
mantendo a lâmpada acesa por tempo maior, suficiente para que a
falta seja percebida.
Com isso eliminam-se os toque imperceptíveis que poderiam
enganar os assistentes.
A lâmpada usada é um tipo miniatura de 6 V que consome apenas
50 mA de corrente. Lâmpadas maiores não devem ser usadas, pois
além do consumo excessivo de corrente das pilhas o transistor não
aguenta podendo queimar-se.
Montagem
O circuito completo do teste de nervos é mostrado na figura 3.
Sugerimos aos leitores que tiverem dificuldades com a obtenção
do material, principalmente da lâmpada, que consulte as
equivalências no final desta edição.
A placa usada é a de circuito impresso universal que damos como
brinde nesta edição. Se o leitor já a usou em outra montagem deve
providenciar uma cópia o que não será difícil se dispuser dos
recursos necessários.
A montagem dos componentes na placa de circuito impresso é
mostrada na figura 4.
Ao fazer a montagem alguns pontos importantes devem ser
observados para o manuseio e soldagem dos componentes. Estes
pontos são abordados a seguir:
a) Veja bem a posição do transistor antes de soldá-lo pois se
houver inversão o aparelho não funcionará.
b) Ao soldar o capacitor eletrolítico veja bem a sua polaridade,
tomando cuidado para não invertê-lo.
c) O resistor R1 tem seu valor dado pelas faixas coloridas. Confira
com a lista de material.
d) A ligação da lâmpada pode ser feita soldando diretamente os
fios no seu soquete, caso em que será preciso dar uma ligeira limada
ou lixada no local para que a solda “pegue", ou então com ajuda de
soquete. Um pedaço de fio flexível duplo fará a ligação da lâmpada à
placa.
e) A ligação do suporte das pilhas deve ser feita observando-se a
polaridade. Não será preciso usar interruptor geral pois praticamente
não há consumo de energia quando a argola se encontra separada
do arame tortuoso.
f) O arame tortuoso e argola é feito com pedaços de fio grosso
rígido 14 ou 16 conforme mostra a figura 5, e ligados ao resto do
aparelho com pedaços de fio comum.
g) Complete a montagem verificando as soldas e colocando todo o
conjunto na caixa.
Teste
Para testar o seu teste de nervos basta colocar as pilhas no
suporte tomando cuidado com a sua polaridade.
Em seguida, toque momentaneamente o arame tortuoso na argola
e separe-os. A lâmpada deve acender e assim permanecer por
alguns segundo. Se achar que o tempo de acendimento foi muito
curto, pode aumentar o valor de C1 para 470 uF ou mesmo 100 uf.
Se quiser tempo mais curto diminua para 100 uF.
Uso
Para usar é muito simples. Aposte com seus amigos que eles não
são capazes de fazer a argola passar pelo arame tortuoso sem
encostar um no outro, o que será acusado pelo acendimento da
lâmpada. A cada toque e acendimento da lâmpada será um ponto
perdido e com três o competidor será desclassificado. A multa pelo
perdedor será combinada com antecedência.
Possíveis falhas
Se seu teste de nervos não funcionar você deve verificar:
a) a posição do transistor se está soldado corretamente
b) a ligação da lâmpada, se não existe mal contacto
c) a polaridade das pilhas
d) o contacto dos fios do arame e da argola e se estes fios estão
limpos (será conveniente de tempos em tempos passar uma lixa no
arame e na argola para facilitar o contacto)
Material
Caixa de montagem
Solda
Provador Ohmímetro
Este Instrumento mede resistências e verifica a continuidade de
componentes com grande eficiência. Um pequeno auxiliar do
montador que tem dúvidas em relação aos seus circuitos e
componentes.
Como Funciona
O princípio de funcionamento deste instrumento é muito simples.
Um transistor PNP é usado como amplificador de corrente continua,
tendo em seu coletor um instrumento medidor de corrente. (figura 2)
O sinal que faz o transistor conduzir a corrente vem de sua base,
sendo, portanto, amplificado. Isso quer dizer que as pontas de prova
ligadas na base do transistor trabalham com correntes muito baixas
não havendo qualquer perigo de dano para os componentes ou
circuitos que estão sendo testados.
Montagem
O circuito completo do provador ohmímetro é dado na figura 3.
Teste
Coloque as pilhas no suporte e encoste uma ponta de prova na
outra. A agulha do instrumento deve mover-se para a direita. Se a
agulha mover-se para a esquerda é porque você inverteu as ligações
de M1. Refaça esta ligação.
Ajuste o potenciômetro P1 com as pontas de prova unidas para
que a agulha do instrumento vá até o final da escala. (figura 5)
Uso
Para testar qualquer componente basta encostar as pontas de
prova nos seus terminais, sempre com o cuidado de antes unir as
pontas de prova e ajustar o ponteiro do instrumento para o final da
escala.
Uma deflexão de meia escala indica uma resistência da ordem de
47 k.
Possíveis falhas
Se nada acontecer com o seu instrumento ao unir as pontas de
prova, o leitor deve verificar:
a) a posição do transistor
b) a polaridade e o estado das pilhas
c) a continuidade do instrumento
d) os valores dos resistores
e) o estado de PI.
Material
M1 - VU meter de 200 uA
P1 – 10 k - potenciômetro comum
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
PP - pontas de prova
1 metro de fio
Solda
Repelente Eletrônico
O que o leitor pode repelir com este aparelho? É uma boa
pergunta! Insetos, pessoas “chatas”, etc. é a resposta que podemos
dar. Evidentemente, a ideia de que aparelhos eletrônicos possam
realmente repelir determinados tipos de insetos precisa ser melhor
pesquisada e o leitor pode perfeitamente lazer isso.
A ideia de que ruídos de certas frequências possam repelir
determinados tipos de insetos como, por exemplo, os mosquitos,
muriçocas, pernilongos e outros não é nova. Na verdade, algumas
empresas já até tem lançado no mercado repelentes eletrônicos, que
nada mais são do que circuitos osciladores que produzem um “apito"
que segundo se afirma teria a propriedade de afugentar os insetos.
A comprovação da eficiência de tais repelentes ainda não existe,
daí existir muitas controvérsias a respeito de sua venda ao público,
inclusive com reclamações de muitos que ao comprá-lo verificaram
que o seu funcionamento não era o esperado.
Não pretendemos afirmar que este aparelho repele realmente
insetos, isso fica por conta do montador, mas podemos garantir uma
coisa: ele apita e isso poderá ser verificado.
É claro que este apito constante e irritante tem realmente algumas
propriedades repelentes que o leitor não pode negar. Deixe-o ligado
durante horas ao seu lado e veja se você consegue ficar perto dele...
Deixe-o junto a um amigo “chato" que você verá que facilmente o
ruído o perturbará a ponto dele se afastar dali...
A montagem do repelente (seja lá do que for...) é muito simples.
Como Funciona
Se apitos contínuos repelem não sabemos, o que sabemos é como
produzir apitos contínuos e é isso que explicaremos ao leitor.
Para produzir um som contínuo num pequeno cristal o que
precisamos é de um oscilador, conforme mostra a figura 1.
Este oscilador leva um transistor NPN que é seu elemento ativo, e
mais alguns componentes que determinam as suas condições de
funcionamento.
Assim, o transformador Tx determina juntamente com C2 a
frequência do som que deve ser produzido.
Esta frequência pode também ser ajustada no trimpot P1 cuja
finalidade é obter um som agudo que seja irritante à quem se deseja
repelir.
O som sai num cristal de microfone que pode ser comprado com
facilidade nas casas especializadas. O uso deste cristal é explicado
pelo tipo de som que se deseja. O cristal é mais apropriado a
produzir um som agudo, e também tem menores dimensões que um
alto-falante comum.
Importante é observar que este cristal apresenta certa
sensibilidade ao calor e umidade devendo ser protegido contra isso.
O aparelho é alimentado com 2 pilhas pequenas e não precisa de
interruptor geral. Basta tirar as pilhas do suporte quando fora de uso.
Montagem
O circuito completo do repelente é mostrado na figura 2.
Para os que têm dificuldades em obter todos os componentes
desta montagem sugerimos que a parte final desta edição seja
consultada, pois lá existem informações úteis.
A placa usada é a universal dada como brinde nesta edição. Os
leitores que já a usou em outra aplicação deve retirar uma cópia a
partir do desenho fornecido.
Na figura 3 temos a disposição dos componentes na placa de
circuito impresso.
O sucesso da montagem depende de alguns cuidados que devem
ser levados em conta pelo leitor. Estes cuidados são:
a) Veja bem a posição dos terminais do transistor na sua
colocação. Observe de que lado fica a sua parte achatada. Não o
inverta.
b) O único resistor tem os anéis marrom, preto e laranja, nesta
ordem, sendo o quarto anel, se existir desprezado pois refere-se
apenas a tolerância.
c) Ao soldar os capacitores tenha cuidado para que o calor do ferro
não os afete. Veja bem seus valores.
d) O transformador é soldado na placa pelos seus terminais.
Cuidado com este componente que é delicado. Veja que dois dos
terminais deste componente permanecem livres.
e) O trimpot de ajuste é soldado na própria placa. Os furos para
sua colocação devem ser alargados. Existe a possibilidade do
montador usar um potenciômetro comum neste caso.
f) O cristal (cápsula de cristal de microfone ou fone) é ligado ao
circuito por dois pedaços de fio comum. Os fios devem ter uns 10 ou
15 cm já que o transdutor XTAL deverá ser fixado na caixa.
g) Na ligação do suporte de pilhas o montador deverá prestar
atenção para não trocar sua polaridade.
Complete a montagem com os retoques das soldas e a colocação
do conjunto na caixa.
Esta caixa para uso portátil é sugerida na figura 4.
Importante é proteger o cristal contra o sol e a umidade pois ele
poderá ser afetado por estas condições.
Teste
Para testar o repelente basta colocar as pilhas no suporte
prestando atenção a sua posição.
Ajustando o trimpot P1 deve-se obter um apito contínuo no cristal.
A tonalidade deste som poderá ser modificada pela troca de C1 ou
de C2.
Para desligar o aparelho basta retirar as pilhas do suporte.
Uso
Para usar o aparelho, basta deixa-lo ligado. O som contínuo do
apito deve espantar o que ou quem estiver nas proximidades.
Escolher o som próprio para cada tipo de “praga" é uma tarefa que
cabe ao montador pesquisar.
Possíveis falhas
Se seu repelente não apitar as possíveis causas podem ser:
a) transistor ligado errado
b) inversão das pilhas ou seu mau estado
c) problemas com o cristal
d) falta de continuidade do transformador
Material
B1 - 3V - 2 pilhas pequenas
Caixa de montagem
1 metro de fio
Solda
Este sinalizador portátil serve para muitas coisas. Você pode usá-
lo como brinquedo combinando com os colegas que o deixará aceso
em sua janela se estiver em casa ou para avisá-los de alguma coisa
combinada.
Poderá dar para as crianças para decorar uma bicicleta como luz
de alerta e em muitos outros casos.
Seu circuito é muito simples usando apenas dois transistores. As
lâmpadas na verdade não são lâmpadas, mas sim dispositivos
luminescentes de estado sólido, ou seja, LEDs que têm duração
praticamente ilimitada e são muito mais robustos que as lâmpadas
comuns.
A montagem de mais este brinquedo não oferecerá problemas aos
leitores.
Como Funciona
O que temos neste circuito é um multivibrador astável com dois
transistores PNP, conforme mostra a figura 1.
Neste circuito os dois transistores ligam a desligam
alternadamente numa velocidade que depende tanto dos capacitores
C1 e C2 como dos resistores R1 e R2.
No nosso caso, estes resistores são calculados para que as
piscadas sejam da ordem de 1 a cada um ou dois segundos ou
pouco mais.
Montagem
Na figura 2 damos o circuito do pisca-pisca sinalizador.
Dificuldades com a obtenção dos componentes podem ser
facilmente resolvidas após a consulta à seção de equivalências no
final desta edição.
A placa de circuito impresso usada é a universal dada como brinde
nesta edição. Se já foi usada em outra aplicação o leitor deve
preparar outra usando para isso seu laboratório de circuitos
impressos.
Na figura 3 mostramos a colocação dos componentes nesta placa
assim como os componentes externos.
Os principais cuidados que o montador deve tomar durante a
montagem para que seu aparelho funcione satisfatoriamente são:
a) Veja bem a posição dos dois transistores. Cuidado para não
invertê-los, pois isso afetará o funcionamento do pisca-pisca.
b) Os valores dos resistores são dados pelas cores das faixas que
devem ser confrontadas com a lista de materiais.
e) Os capacitores eletrolíticos têm polaridade que deve ser seguida
na sua colocação na placa. Cuidado para não invertê-los.
d) Os LEDs (diodos emissores de luz) também têm polaridade que
é dada pelo pequeno achatamento em sua parte plástica. Veja bem a
posição em que ficam na montagem.
e) Ao ligar o suporte das pilhas observe bem sua polaridade. Se
houver inversão o aparelho não funciona.
Complete a montagem com a verificação das soldas e a instalação
do aparelho na caixa. (figura 4)
Teste
Para testar o aparelho é só colocar as pilhas no suporte seguindo
sua posição e verificar se os LEDs piscam alternadamente. Se isso
acontecer é porque tudo está em ordem.
Uso
Não há o que dizer em relação ao uso. Como sinalizador basta
deixar os LEDs piscando onde possam ser bem vistos.
Uma sugestão é como lembrete. Deixe-o piscando junto ao bloco
de recados e ninguém deixará de vê-lo.
Possíveis falhas
Se os LEDs não piscarem como o esperado você deve verificar:
a) as posições dos transistores se não estão invertidos.
b) as posições dos LEDs. Cuidado, não teste os LEDs em pilhas,
pois ligados diretamente eles queimam. Para testar os LEDs,
interligue os terminais do coletor e de emissor de cada transistor. O
LED correspondente deve acender.
c) a polaridade das pilhas e seu contacto no suporte.
d) as soldagens de todos os componentes.
Material
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
1 metro de fio
Solda
Alarme
Se alguém tocar no fio sensor Interrompendo a circulação da
corrente uma campainha tocará com torça avisando-o do ocorrido.
Um aparelho experimental mas também útil pois serve para proteger
objetos, sua casa e veículos.
Este alarme funciona com pilhas e praticamente não consome
energia na condição de armado o que significa que um conjunto
dessas pilhas pode durar muito mesmo ficando noites inteiras ligado.
O princípio de funcionamento deste alarme está num arame ou
conjunto de arames finos que fecham um circuito. Se este circuito for
aberto, mesmo que por uma fração de segundo o alarme dispara e
assim permanece até que alguém venha rearmá-lo.
O tipo de barulho produzido pelo alarme depende da vontade do
leitor podendo ser usada uma campainha caseira para a rede de 110
V ou então uma sirene eletrônica alimentada por pilhas.
Poucos componentes são usados nesta montagem que pode
proteger janelas ou portas como mostra a figura 1.
Como Funciona
O disparo de um relê neste alarme e feito por um componente de
estado sólido denominado SCR ou diodo controlado de silício é uma
chave eletrônica que liga ao menor impulso elétrico, mas não pode
ser desligada depois a não ser pela interrupção da corrente que nela
circula. (figura 2)
Mesmo que um impulso de "contradisparo” seja aplicado o SCR
não desliga e isso é importante no caso de um alarme. Isso significa
que uma vez disparado o alarme, não existe jeito de desarmá-lo pela
reativação do sensor.
O SCR não controla diretamente a sirene ou outro sistema de
aviso, mas sim um relê. Isso significa um isolamento do circuito de
disparo do circuito controlado muito importante para se evitar
choques.
O circuito de disparo consiste num fio de arame fino que é ligado à
comporta do SCR, que é o seu elemento de disparo, evitando que a
corrente circule por ela.
Se este fio de arame for retirado, a corrente pode chegar ao SCR
provocando o disparo.
Este fio de arame fino consiste num excelente sensor, pois ao
mínimo descuido ele poderá ser interrompido.
Na figura 3 damos o modo de se ligar este sensor em janelas ou
portas. A abertura destas faz com que o arame seja interrompido
disparando o alarme.
A corrente de disparo que é curtocircuitada pelo arame fica
permanentemente circulando, mas o gasto de energia é muito
pequeno, pois sua intensidade é muito baixa.
Montagem
O circuito completo do alarme é mostrado na figura 4.
Observem os leitores o símbolo do SCR usado, e também o relê.
Para os que tiverem dúvidas quanto aos componentes usados ou
enfrentarem dificuldades na sua obtenção sugerimos a consulta à
parte final desta edição em que tratamos das equivalências.
A placa de circuito impresso, como sempre, é a universal, dada
como brinde na capa desta edição. Se o leitor já a usou, paciência
Deve providenciar outra a partir do desenho padrão.
A colocação dos poucos componentes usados neste circuito na
placa é mostrada na figura 5.
Muito cuidado na soldagem e colocação de todos componentes é
importante para o sucesso da montagem. Siga as seguintes
recomendações:
a) veja com cuidado a posição do SCR. A parte metálica do
dissipador, que não é preciso usar no nosso caso, fica de acordo
com o desenho na placa.
Inversão deste componente prejudica o funcionamento do
aparelho.
b) O diodo D1 também tem polaridade certa para colocação. Esta
polaridade é dada pela faixa em seu invólucro.
c) Os resistores têm seus valores dados pelas faixas coloridas.
Confronte-as com a lista de material para não haver perigo de troca.
d) A ligação do relê é importante. Veja que temos dois para a placa
de circuito impresso e mais dois que vão ao cabo de alimentação e
campainha no caso deste elemento ser usado. A ligação dos
contactos certos é importante para garantir o funcionamento do
alarme.
e) A polaridade da bateria Bl é outro ponto importante da
montagem. Se houver inversão seu alarme não funcionará.
f) A ligação do sensor pode ser facilitada pela utilização de um par
de terminais. Este sensor consiste em um pedaço de fio fino que
pode ser conectado ao alarme por meio de dois fios comuns, se ele
precisar ficar longe.
Complete a montagem com os retoques nos pontos de solta,
verificação geral e instalação do conjunto em uma caixa apropriada.
Teste
Ligue o sensor nos terminais próprios. Este sensor pode ser um fio
esmaltado fino com as pontas bem raspadas para fazer bom
contacto ou então um arame fino de zinco mesmo.
Coloque as pilhas no suporte atendendo para sua polaridade.
Ligue o cabo de alimentação na tomada.
Inicialmente a campainha deve ficar desativada. Se a campainha
tocar e você usou o SCR TIC106 será preciso ligar um resistor de 1 k
entre a comporta (G) e o catodo (K) conforme mostra a figura 6.
Se a campainha não tocar, corte ou arrebente o sensor. O relê
deve dar um pequeno estalido indicando o fechamento dos contactos
e a campainha deve tocar.
USO
Para usar o alarme não há segredo. Sua instalação pode ser feita
em qualquer parte de sua casa. Pare rearmar o alarme é só tirar
momentaneamente as pilhas do suporte e depois recolocá-las.
Possíveis falhas
Se seu alarme não disparar ou tocar direto verifique:
a) a posição do SCR
b) a ligação dos contactos do relé e a continuidade de sua bobina
e) a posição do diodo D1
d) o estado do SCR
e) o contacto do sensor
Material
SCR - MCR106, IR106 ou TIC106 - diodo controlado de silício
K1 - Relê de 6 V
B1 – 6 V - 4 pilhas médias
Solda
Prova Tudo
Um simples aparelho que prova componentes e circuitos
fornecendo um sinal audível num alto-falante. Pelo “apito” do alto-
falante podemos saber se os componentes estão bons ou não.
Como Funciona
O prova tudo nada mais é do que um oscilador Hartley em que a
realimentação que mantém a oscilação é retirada da derivação do
transformador. (figura 1)
Neste oscilador a frequência básica é determinada pela indutância
do enrolamento primário do transformador e pelo capacitor C1.
Podemos, entretanto, controlar a frequência numa certa faixa pela
modificação do valor de P1, ou seja, por um potenciômetro.
Este potenciômetro está no circuito de realimentação que também
tem as pontas de prova. Somente se houver percurso para a
corrente pelas pontas de prova e componente em prova é que o
oscilador funcionará.
Em funcionamento a corrente de baixa frequência vai ao alto-
falante obtendo-se com isso som.
O potenciômetro será ajustado para o ponto ideal de
funcionamento que é na mínima resistência em que há oscilação.
Isso significa que, aumentos de resistência dos componentes tendem
a deixar o som mais grave.
Podemos interpretar o som do oscilador do Seguinte modo: quanto
mais agudo ele for, menor será a resistência apresentada pelo
circuito provado.
O limite de funcionamento do oscilador está em torno de 100 k o
que quer dizer que resistências de 0 à 100 k podem ser testadas
com este provador.
O transformador é um componente crítico e importante nesta
montagem. E um transformador de saída miniatura com enrolamento
primário de aproximadamente 1 k e secundário de acordo com o alto-
falante.
Montagem
Na figura 2 temos o circuito completo do prova-tudo.
Uso
Para usar o prova tudo é só encostar as pontas de prova nos
terminais dos componentes que devem ser testados.
Os resultados dependem do som, segundo a tabela,:
a) O componente está bom quando o oscilador “apita." nos
seguintes casos:
fusíveis
lâmpadas comuns
bobinas
transformadores
alto-falantes
resistências até 1 k
potenciômetro até 1 k
Possíveis falhas
Se seu oscilador não apitar quando as pontas de prova são
encostadas uma na outra, você deve verificar:
a) A posição do transistor
b) A polaridade da bateria (suporte das pilhas) e o seu contacto
c) a ligação do transformador
d) a continuidade do alto-falante
e) a ligação das pontas de prova e do potenciômetro
f) as ligações em geral
Material
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
Caixa de montagem
1 metro de fio
Solda
Lâmpada Mágica
Imagine acender uma lâmpada elétrica comum com um fósforo ou
com um Isqueiro. Se você acha Impossível é porque não conhece
esta lâmpada mágica. Divirta-se com seus amigos fazendo apostas e
ganhando, evidentemente.
Montagem
O circuito completo da lâmpada mágica é mostrado na figura 4.
Se o leitor tiver dificuldades com a obtenção de algum dos
componentes usados nesta montagem deve consultar a seção de
equivalências no final desta edição.
A placa de circuito impresso usada é a universal dada como brinde
nesta edição. Se o leitor já a utilizou em montagem deve providenciar
uma cópia a partir dos desenhos disponíveis.
A colocação dos componentes nesta placa assim como as ligações
dos componentes externos é mostrada na figura 5.
Cuidados comuns, porém nem sempre seguidos podem
compreender a montagem. Sugerimos que o leitor os observe:
a) A posição do transistor na placa é importante. Veja de que modo
ele é colocado tendo em vista sua parte achatada.
b) O diodo D1 é um componente polarizado, o que quer dizer que
a posição de sua faixa deve estar de acordo com o desenho.
c) O resistor R1 tem seu valor dado pelas faixas. Confira as cores
pela lista de material.
d) O potenciômetro P1 é montado fora da placa sendo ligado por
um fio de uns 10 a 15 cm. Este potenciômetro de ajuste ficara
acessível em qualquer face da caixa.
e) O LDR é ligado ao circuito por dois pedaços de fio de uns 10
em, de acordo com sua posição na caixa.
f) A ligação do relé e da lâmpada é importante. Veja bem quais são
os terminais do relé que são usados. A lâmpada que pode ficar sobre
um tubo fino por onde passam os fios terá os mesmos soldados aos
seus terminais. Passe uma lixa no local a soldagem dos fios na
lâmpada para que a solda possa aderir facilmente.
g) Complete a montagem com a ligação do suporte das pilhas.
Veja que sua polaridade deve ser observada pois se houver inversão
o aparelho não funcionará.
Depois é só instalar o aparelho em sua caixa.
Teste
Cubra o LDR com um objeto (pedaço de papelão ou tecido) e
coloque as pilhas no suporte.
Se a lâmpada acender, vá girando P1 até que ela apague. Não
avance o potenciômetro muito além do ponto em que ela apaga.
Se ela já estiver apagada, volte o potenciômetro até obter a
posição de acendimento e depois coloque-os no ponto em que ela se
mantém apagada, mas bem próximo do limiar do acendimento.
Descubra o LDR. A luz ambiente deve acionar o circuito fazendo a
lâmpada acender.
Cobrindo novamente o LDR a lâmpada deve apagar.
Uso
Para usar o aparelho é preciso antes procurar uma posição
favorável.
Esta posição é a seguinte: não deixe que a luz ambiente incida
diretamente no LDR. Esta luz ambiente deve ser a mais fraca
possível para não inferir no funcionamento do aparelho. As
demonstrações devem ser feitas dentro de casa.
Depois ajuste o potenciômetro com o LDR descobre até o ponto
em que a lâmpada acenda. Volte um pouco, cobrindo o LDR para
que ela apague. A lâmpada deve permanecer apagada.
A próxima operação consiste em acender um fósforo nas
proximidades do LDR. A lâmpada deve acender. Verifique se
afastando o fósforo a lâmpada se mantém acesa.
Se isso não acontecer a montagem da lâmpada deve ser mais
próxima do LDR.
Cobrindo o LDR ou fazendo sombra sobre ele a lâmpada deve
apagar.
Retire as pilhas do suporte quando o aparelho estiver fora de uso.
Os ajustes deverão ser feitos antes de cada demonstração em
função da iluminação ambiente.
Possíveis falhas
Se sua lâmpada não funcionar como o indicado você devem
verificar:
a) a posição do transistor
b) a ligação das pilhas
c) se a lâmpada usada não é fraca demais ou está queimada
d) se o relé está bom e ligado corretamente
e) se o diodo não está invertido
f) se o potenciômetro e o LDR estão ligados e posicionados
corretamente
Material
P1 – 47 k - potenciômetro comum
K1 - Relê de 6 V sensível
1 metro de fio
Solda
Detector de Mentiras
Você pode fazer algumas brincadeiras interessantes com este
aparelho que acusa pequenas variações da resistência da pele, as
quais acontecem quando a pessoa mente e, portanto, fica nervosa.
O mesmo princípio usado nos detectores de verdade.
Como Funciona
Conforme falamos na introdução, quando uma pessoa mente e se
vê diante da tensão de um interrogatório, pequenas variações da
resistência de sua pele podem ocorrer. Estas pequenas variações é
que são acusadas pelo instrumento que descrevemos neste artigo.
Temos então dois transistores que amplificam as pequenas
variações de corrente devidas à variação da resistência da pele, ob
tendo-se então uma corrente muito mais intensa que pode acionar o
instrumento. (figura 1)
Os eletrodos que podem ser duas pontas de prova ou duas
chapinhas de metal em que a pessoa apoia as mãos são ligados à
base do primeiro transistor. O emissor deste primeiro transistor é
ligado à base do segundo obtendo-se uma etapa. Darlington de
grande amplificação.
No coletor do segundo transistor será ligado o instrumento que
acusam as variações da resistência. Este instrumento é um VU
comum de baixo custo já que o que interessa no nosso caso não é a
escala mas sim o movimento da agulha.
Para encontrar o ponto de funcionamento ideal do aparelho,
conforme a resistência normal da pele de cada um existe um ajuste.
Este ajuste e um potenciômetro comum P1 que equilibra a posição
da agulha do instrumento.
A alimentação do circuito vem de duas pilhas comuns e seu
consumo de energia é bastante baixo, daí a eliminação do interruptor
geral.
Na figura 2 damos uma sugestão de eletrodo que pode ser feito
com uma placa de circuito impresso. Esta placa será cortada em dois
e fixada cada parte em uma base de madeira na qual o interrogado
apoiará as mão.
Montagem
O circuito completo do simples detector de mentiras é dado na
figura 3.
Para os leitores com problemas de obtenção de material
sugerimos uma consulta à seção no final desta edição em que
tratamos de equivalências.
A placa de circuito impresso usada é a universal dada como brinde
nesta edição. Se o leitor já a usou em outra aplicação deve
providenciar uma cópia, tomando por base os desenhos dados.
Na figura 4 temos a disposição dos componentes nesta placa.
Alguns cuidados devem ser tomados com a colocação e manuseio
dos componentes para que o aparelho funcione. Estes cuidados são:
a) Observe com atenção as posições dos transistores na placa
tomando por referência a parte achatada de seu invólucro. Cuidado
para não invertê-lo.
b) Os resistores têm valores que são dados pelas faixas coloridas.
Confira com cuidado estas faixas confrontando com a lista de
material.
c) O potenciômetro P1 que fica no painel da caixa é ligada à placa
por meio de 3 pedaços de fios de 10 à 15 cm de comprimento.
d) Para ligação dos eletrodos ou pontas de prova use dois pedaços
de fios de 30 cm de comprimento.
e) O instrumento M1 será fixado no painel da caixa. Ligue-o ao
circuito com dois pedaços de fio de uns 10 ou 15 cm. Nesta
montagem não será preciso observar sua polaridade.
f) A ligação do suporte de pilhas deve ser feita com atenção.
Cuidado para não inverter sua polaridade.
Terminada a montagem, confira tudo e depois instale o aparelho
definitivamente em uma caixa.
A próxima etapa da montagem consiste em se fazer o teste de
funcionamento.
Teste
Coloque as pilhas no suporte atentando para sua posição. As
pilhas devem ser novas.
Em seguida, apoie as mãos nos eletrodos ou sempre as pontas de
prova conforme mostra a figura 5.
Ajuste o potenciômetro P1 para que a agulha fique
aproximadamente no meio da escala do instrumento.
Uso
Para usar o detector basta fazer o interrogado segurar os eletrodos
ou apoiar suas mãos neles e depois ajustar o ponteiro para uma
posição central na escala.
O interrogado deve ficar firme para que a agulha não mexa. Você
deve fazer com que ele se esforce em manter a agulha no meio da
escala.
Depois é só fazer as perguntas e observar qualquer movimento
anormal da agulha do instrumento.
Possíveis falhas
Se algo de anormal acontecer com seu detector você deve
verificar:
a) as posições dos transistores e suas ligações
b) a ligação do suporte de pilhas e os contactos do suporte
e) a conexão dos eletrodos
d) a ligação de P1
e) a ligação dos demais componentes.
Material
M1 - VU meter de 200 uA
B1 – 3 V - 2 pilhas pequenas
Solda
Órgão de 7 Notas
Um Instrumento musical de brinquedo era o que faltava na nossa
seleção de montagens. Os 5 leitores que gostam desta tipo de
montagem não precisam mais preocupar-se aqui vai um interessante
e simples brinquedo musical eletrônico para você tirar músicas
simples.
Como Funciona
A nota de um órgão eletrônico depende da sua frequência, ou seja,
do número de vibrações em cada segundo.
Para produzir eletronicamente estas notas temos de gerar sinais
elétricos cujas frequências correspondam. Isso é conseguidos
através de um circuito denominado oscilador de áudio.
O nosso oscilador leva apenas dois transistores complementares
numa configuração já usada em outras montagens. (figura 2)
Os dois transistores são acoplados diretamente de modo a formar
um pequeno amplificador em que a entrada é na base do primeiro
transistor e a saída no coletor do segundo.
Entre estes dois pontos existe um circuito de realimentação cujo
componente principal é o capacitor C1.
Este capacitor juntamente com o resistor R1 determina a
frequência do oscilador e, portanto, a nota que ele produz.
Para termos todas as notas da escala, ou pelo menos de uma
oitava que são 7, o que fazemos é manter C1 a fixo e trocar R1.
Para isso fazemos um teclado com 7 chaves cada uma podendo
colocar num instante um R1 diferente.
Este R1 de cada chave na verdade são trimpots, ou seja,
resistores que podem ter seus valores alterados. Com isso, mexendo
em cada trimpot podemos ajustar a resistência para nota. Este é o
processo de afinação.
Veja o leitor que, como temos apenas um oscilador, trocando
apenas o resistor em cada tecla, não podemos apertar duas teclas
ao mesmo tempo. Se isso for feito não teremos duas notas mas uma
só que não corresponde a nem uma e nem outra.
Este órgão de brinquedo não serve para dar acordes, portanto.
A alimentação do circuito é feita com duas pilhas e o som sai
bastante alto num alto-falante.
Na figura 3 temos o diagrama completo do órgão.
Teste
Para testar o órgão de brinquedo de 7 notas basta colocar as
pilhas no suporte.
Depois aperte uma das teclas e ajuste o trimpot correspondente
até ter som contínuo no alto-falante.
Veja se apertando todas as teclas e mexendo nos trimpots
correspondentes ha a emissão de som.
Uso
Antes de usar seu órgão de brinquedo de 7 notas você deve afina-
lo. Para isso ajuste cada nota apertando o interruptor e mexendo no
trimpot. Será conveniente que alguém que toque algum instrumento
faça isso.
Depois é só tocar. A habilidade de cada um na execução de
músicas dependerá de muitos fatores como, por exemplo, o
treinamento, a facilidade em tocar outros instrumentos, etc.
Possíveis falhas
Se nenhum som for obtido de seu órgão de 7 notas verifique:
a) a posição dos transistores e se não houve sua troca
b) a polaridade e o estado das pilhas
c) As ligações do teclado se não estão erradas ou soltas
d) a continuidade do alto-falante
e) as ligações de todos os componentes.
Material
1 metro de fio
Solda
Colocando em funcionamento
Terminando de montar seu rádio, o leitor deve conferir todas as
ligações, e depois, ligar uma antena e terra para a prova.
Se na sua localidade houver estação forte, como antena basta
usar um pedaço de fio de 2 a 3 metros. a Ligação à terra é muito
importante, podendo ser feita num objeto grande de metal qualquer,
numa torneira ou cano de água de metal, ou ainda no polo neutro da
tomada de força.
Ligue o rádio e veja se o som sai claro, sintonizando alguma
estação em Cv.
Se o som for fraco aumente a antena e verifique a ligação à terra.
Se apenas ouvir ronco no alto-falante, verifique as ligações da
bobina que podem estar mal feitas. Raspe novamente os fios.
Se houver distorção no som do rádio, verifique se os diodos D2 e
D3 estão ligados certos e também altere o valor de R1 que pode ser
reduzido para 1M5.
Outro componente que altera o rendimento do rádio melhorando a
qualidade de som em caso de problemas de ganho dos transistores
de saída e de Q2 é o resistor R3. Este resistor pode ser aumentado
experimentalmente para até 470 k ou diminuído para até 120 k.
Depois de comprovar o funcionamento é só fazer a instalação
definitiva, com ou sem antena externa, conforme o seu caso.
Material
R1 - 2M2 - resistor
R2 – 1 k - resistor
R3 – 220 k - resistor
R4 – 1 k - resistor
Equivalências e Substituições
Os componentes usados nas montagens deste livro são comuns
no nosso mercado, ou seja, nas lojas das grandes cidades.
Entretanto, em alguns casos os leitores de localidades mais
afastadas podem ter dificuldades na obtenção de algumas das peças
recomendadas.
Para estes casos existem duas alternativas:
a) aproveitar a peça de aparelhos já montados, fora de uso,
retirando-se e usando-as nas montagens descritas.
b) comprar componentes equivalentes, que tenham especificações
semelhantes a dos tipos pedidos.
Nos dois casos, em se tratando de componentes de indicações
diferentes das originais é muito importante que o leitor saiba se eles
podem ou não ser usados com os mesmos resultados finais.
Nesta seção damos então algumas especificações dos
componentes usados e também os equivalentes mais comuns que
podem ser usados.
Transistores
Nas nossas montagens usamos basicamente dois tipos de
transistores. Os NPN de silício de uso geral e os PNP de silício de
uso geral. Na maioria das aplicações qualquer transistor das
mesmas características funcionará, mas alguns são preferidos.
Assim, em lugar do NPN de silício BC237 que é o básico, o leitor
pode usar os seguintes que têm a mesma disposição dos terminais:
BC238, BC239, BC547, BCS48, BC549, BC337 e BC338. Estes
últimos dois com maior potência.
Em lugar dos PNP de uso geral com tipo básico o BC557 temos os
BC558, BC307 , BC308, BC327 e BC328 estes últimos dois com
maior potência.
Equivalentes de terminais diferentes também existem mas neste
caso o montador deve proceder a sua identificação.
Em lugar do BC237 temos o BC107, BC108, BC109 e em lugar do
BC557 temos o BC177 e BC178.
SCRs
Para os SCRs sempre podemos usar um equivalente de maior
tensão que o original o que o MCR106 de 100 V substitui o de 50 V.
Como todas as montagens são de baixa tensão o leitor pode usar
qualquer um. Os tipos básicos de SCRs que existem na praça e que
podem ser usados nas nossas montagens são os MCR106, IR106
C106 e TIC106.
Diodos
Os diodos não são componentes críticos. Nas montagens em que
recomendamos o 1N34 ou qualquer outro de germânio, realmente
qualquer diodo de germânio pode ser usado como o 1N60, AA199,
OA9O e OA95.
No caso do diodo de silício com tipo básico no 1N4148 temos
como equivalentes os 1N914, BA317, BA318 e BA319.
LDRs
Os LDRs redondos são os mais comuns. Estes podem ser de
qualquer tipo e inclusive aproveitados de velhos televisores. Alguns
aparelhos no painel têm um LDR que é usado como controle
automático de luminosidade. Este LDR pode ser aproveitado pelo
leitor.
LEDs
Os LEDs vermelhos de qualquer tipo podem ser usados em
nossas montagens. O formato, e o custo variam bastante devendo é
claro o leitor fazer uma escolha cuidadosa se houver possibilidade.
Já os LEDs de outras cores também podem ser usados se bem que
se custo mais elevados.
Resistores
Os resistores pedidos em todas as montagens são de ¼ W mas
resistores do mesmo valor da lista com potências de 1/8 ou ½ W
também funcionarão já que não temos aplicações de correntes
elevadas.
Até mesmo os valores admitem uma certa flexibilidade. Na falta do
valor original, valores imediatamente inferiores. ou imediatamente
superiores podem ser usados. Por exemplo, na falta de um resistor
de 1k2 na sua localidade o leitor pode perfeitamente usar um de 1K
ou mesmo 1k5.
Capacitores eletrolíticos
Todas as montagens são alimentadas por pilhas, com tensão que
são superam os 6 V. Esta deve, portanto, ser a tensão mínima de
trabalho dos capacitores que recomendamos e que aparece na lista
de material de cada montagem. Entretanto, na falta de um capacitor
com esta tensão de trabalho pode usar um com tensão maior, isso
até SSV aproximadamente. Veja que, o capacitor de tensão maior
funciona do mesmo modo com a única diferença que custa um pouco
mais caro e também é um pouco maior.
Capacitores cerâmicos e de
poliéster
Para os capacitores cerâmicos ou de poliéster interessa apenas o
valor e mesmo este pode admitir variações pequenas. Do mesmo
modo que no caso dos resistores, os capacitores não têm valores
críticos. Na falta de um determinado valor pedido na lista de material
pode ser experimentados sem problemas, o imediatamente superior
ou inferior disponível na loja de Sua localidade.
No caso dos capacitores é importante atentar para o tipo de
marcação encontrada.
Assim temos os seguintes casos:
a) um número somente: ex: 47, 100, 470. Neste caso, o valor é em
picofarads, ou pF.
b) código de cores: Neste caso o valor é dado de modo
semelhante aos resistores. Por exemplo, um capacitor com as cores
amarelo, violeta, laranja a partir da cabeça tem o valor 47000 pF que
é o mesmo que 47 nF.
c) Valor decimal: Neste caso de capacitores cerâmicos, temos o
valor em microfarads ou uF. Por exemplo 0,005 uF.
d) capacitor cerâmico com último dígito multiplicador: Neste caso
temos, o valor em uF em que o último digito indica quantos zeros
devem ser acrescentados ao valor lido. 104 significa 10 X 4 zeros ou
100 000 pF que é 100 nF ou 0,1 uf.
Para os valores comuns de nossa lista temos as seguintes
especificações equivalentes:
100 nF =0,1uF = 104
47 nF = 0,047 uF= 473
Trimpots
Na falta do trimpot do valor pedido no projeto pode-se sempre usar
um de valor próximo desde que maior. Por exemplo, podemos usar
um de 100 k na falta de um de 47k.
Podemos usar um de 220 k na falta de um de 100k.
Do mesmo modo, um potenciômetro substitui um trimpot de
mesmo valor.
Potenciômetros
Valem as mesmas recomendações feitas no caso dos trimpots.
Alto-falantes
Em todas as montagens recomendamos o uso de alto-falantes de
8 ohms de 5 ou 10 cm de diâmetro. Em algumas montagens os alto-
falantes de 4 ohms também funcionarão mas com menor rendimento.
O leitor deve fazer experiência.
A prova de um alto-falante é feita com o medidor de continuidade
ou prova tudo.
Relés
Importante nos relés é a sensibilidade. Reles para 6 V com
sensibilidade que permite seu acionamento com correntes de no
mínimo 50 mA são os recomendados. O leitor pode fazer
experiências com diversos tipos de relés existentes no mercado.
Pilhas
Todos os aparelhos usam pilhas pequenas ou médias em número
que varia entre 2 e 4 conforme a tensão seja de 3 ou 6 V. O uso de
pilhas grandes também é possível caso em que se obtém maior
durabilidade. Ou mesmo eliminadores de pilhas que tenham
regulagem de tensão por diodo zener e boa filtragem podem ser
usados em todos os casos. O uso de pilhas alcalinas também é
recomendado já que estas tem durabilidade muito maior que as
pilhas comuns.
Transformadores
Dois tipos de transformadores são usados nas nossas montagens.
primeiro é o de saída para transistores. O leitor pode aproveitar este
componente de velhos rádios portáteis.
Ele deve ter uma impedância de primário entre 400 e 2000 ohms e
um secundário de 8 ohms. Os tamanhos variam entre 1 ou 2 em até
no máximo 5 cm.
O outro tipo de transformador é o de força com 6 V de secundário
e primário de 110 V ou 220 V. Este transformador pode ter correntes
entre 100 e 250 mA para as nossas montagens.
Variável
Os (capacitores) variáveis miniatura são encontrados em diversos
tamanhos com 3 ou 6 terminais. O leitor pode experimentar qualquer
tipo no rádio, fazendo as ligações nos terminais combinados até
encontrar o par que permite variar a frequência na faixa desejada.
Até mesmo variáveis grandes de velhos rádios podem ser usados,
verificando-se antes se suas placas não estão em curto.
Bobinas
As bobinas usadas em nossas montagens podem ser enroladas
pelo montador mas nada impede que bobinas feitas sejam
experimentadas.