Você está na página 1de 3

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

BÁRBARA GABRIELA DA SILVA MORAES BELARMINO


THIAGO HENRIQUE COSTA DE MELO
DEBORAH ROUSE DOS SANTOS DE OLIVEIRA

RESENHA CRÍTICA
Documentário: A morte inventada
Maceió-AL
2023

O documentário brasileiro “a morte inventada”, dirigido por Alan Minas, trata


sobre o tema da alienação parental, incluindo um tema polêmico que é a Síndrome
de Morte Súbita Infantil (SMSI) onde boa parte dessas mortes, acabam por serem
derivadas da alienação e de pais, no documentário, em específico as mães, que
sofrem com transtornos psicológicos.

O nome escolhido já retrata o sentimento sofrido pelos filhos em uma cena


de alienação parental pós separação, onde após o divórcio, aquele que possui a
guarda, acaba por influenciar o menor a cortar os laços com o outro genitor,
equivalente a “uma morte em vida” visto que o menor e o outro genitor param de
compartilhar tempo e experiências juntos, assim como se o mesmo estivesse morto.

Durante o documentário somos apresentados a sete casos onde pais e filhos


retratam terem sofrido com essa síndrome, onde foi utilizado de falsas acusações,
manipulações emocionais e difamações para afastar o filho do outro genitor,
chegando a envolver até mesmo falsas denúncias de abuso sexual, sendo uma das
formas mais graves de alienação. Todos os casos foram detalhados por
especialistas, médicos, psicólogos, explorando a teoria de que algumas mães
possam ser responsáveis pela morte de seus filhos, retratando a realidade de muitas
famílias brasileiras.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em


média 80% dos filhos de pais separados, já alegaram terem sofrido ou sofrerem com
alguma chantagem emocional por parte de seus genitores. As chances desses filhos
desenvolverem doenças e transtornos psicológicos derivados dessas experiências é
bem amplo, como por exemplo, ansiedade, depressão crônica, sentimento de
desvalia, transtornos de identidade, sentimento de incapacidade, dificuldade de se
adaptar a novos ambientes, podendo carregar esse sentimento de culpa para o resto
da vida.
Esse documentário traz importantes reflexões para o direito, principalmente
no que se refere à investigação de mortes suspeitas e à responsabilização de mães
que possam ter causado a morte de seus filhos. Onde explica a necessidade de se
existir uma abordagem cuidadosa e rigorosa para garantir a justiça e proteger os
direitos das pessoas envolvidas.
Ao abordar esse tema, o diretor buscou conscientizar a sociedade sobre a
importância da proteção dos direitos das crianças e da preservação das relações
familiares saudáveis. Além disso, também propõe ações para combater a alienação
parental, como por exemplo, a criação de uma lei específica para tratar sobre o
tema, o incentivo à mediação familiar e a conscientização sobre os impactos dessa
prática na vida das crianças e adolescentes.

Podemos entrar no assunto sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente


(ECA), no que se refere à proteção integral da criança e do direito à vida. O ECA
estabelece que a proteção integral da criança deve ser uma responsabilidade
compartilhada entre a família, a sociedade e o Estado, e que a violação dos direitos
da criança deve ser punida pela lei.

Mas para que se tenha uma sentença e diagnostico devido, existe a


necessidade da capacitação e treinamento de profissionais que lidam com crianças,
assim como a criação de políticas públicas voltadas para a proteção integral da
criança. Assim como mostra o documentário, transmitindo a importância de se
aprofundar nas investigações das causas de morte de bebês, crianças e
adolescentes, para que diminuam o nível de condenações injustas e equivocadas.

Para finalizar, fecho o trabalho com a mesma observação final do


documentário, o afeto é importante para o desenvolvimento da criança, e vivenciá-lo
é uma forma de mostrar o quanto ele pode ser afetuoso com os demais, devendo ter
práticas positivas para o bem, preservando esse ser objeto do afeto, sendo a família
a base fundamental para o desenvolvimento da personalidade, mesmo com a
separação conjugal, a criança tem o direito de ser preservada na convivência entre
os dois.

Você também pode gostar