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2023

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO


1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópias dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1 tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2 fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada ao tema proposto.
4.4 apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.

TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I TEXTO II
Geralmente praticado por uma pessoa que assume poder
direta ou indiretamente sobre outra, o abuso sexual não
envolve necessariamente violência física, mas sim qualquer
forma de constrangimento sobre um indivíduo em situação de
inferioridade.
"O assédio sexual contra a mulher é um tipo de violência tão
banalizada que é possível citar vários casos durante um
único dia. Homens se sentem livres para nos ofender com
palavras sexualizadas de baixo calão na rua, manifestam
cenas em que seguram genitais e chegam até a tocar nossos
corpos sem consentimento em transporte público, na rua ou
no trabalho", explica Carol Lopes, militante do Coletivo de
Mulheres Ana Montenegro, movimento feminista que se
propõe a conscientizar mulheres sobre temas diversos.
"Vivemos em um desejo compulsivo pelo corpo da
mulher. Somos expostas como propriedade privada ou como
objeto de consumo descartável na mídia brasileira. As
relações amorosas são construídas com base no amor
romântico. Ou seja, a mulher é a presa e o homem o
predador. A mulher pura, delicada e frágil não pode
manifestar desejos sexuais, enquanto o homem tem o aval
para sequestrá-la e tomá-la a força", explica Lopes se
referindo à construção social em que uma mulher pode ser
vista como propriedade de um homem.

Disponível em: https://www.vix.com/pt/bdm/estilo/assedio-sexual-mulher-


culpa-nao-e-sua

TEXTO III

Violência sexual em casa


"E não se engane. Não são só os ‘outros’ que fazem isso, os
‘nossos’ também fazem. Violência sexual não só ocorre no
trem com desconhecidos, mas pode estar aqui do lado. ‘Ah,
mas o cara é amigo, apenas se excedeu.’ Não caia nessa.
Por você e pelas outras mulheres," alerta o jornalista
Leonardo Sakamoto, no texto "Qual a diferença entre ser
encoxada no trem e na balada?", publicado em coluna do
portal UOL, falando sobre casos em que a violência sexual
acontece dentro do circulo social da mulher.

Disponível em: https://www.vix.com

Fonte: Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Combate
à naturalização do assédio sexual contra a mulher no Brasil” apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.
REPERTÓRIOS

“É preciso discutir por que a mulher negra é a maior vítima de estupro no Brasil”
-Djamila Ribeiro
“A cultura do estupro ficou evidente porque houve um ato brutal no Rio. Mas ficou claro
como a maior parte da sociedade vê isso como um fenômeno, algo pontual. Essa discussão
feita pelo movimento feminista é importante para mostrar que isso faz sim parte de uma
cultura, um desdobramento do machismo. Na questão racial, a gente precisa discutir por
que as mulheres negras são as que mais sofrem esse tipo de violência. Não é um
fenômeno, faz parte de uma estrutura.”

- Djamila Taís Ribeiro dos Santos é uma filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica
brasileira.

BANALIDADE DO MAL
Hannah Arendt foi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais influentes
do século XX.

A banalidade do mal é, para a filósofa, a mediocridade do não pensar, e não exatamente


o desejo ou a premeditação do mal, personificado e alinhado ao sujeito demente ou
demoníaco. Como postura política e histórica, e não ontológica, a banalidade do mal se
instala por encontrar o espaço institucional, criado pelo não pensar. Em Eichmann (livro
sobre o julgamento de Adolf Eichmann, um dos principais organizadores do holocausto, condenado ao enforcamento),
Arendt via não alguém perverso ou doentio, sequer alguém antissemita ou raivoso, mas tão somente alguém que cumpre
ordens, incapaz de pensar no que realmente fazia, mantendo o foco somente no cumprimento de ordens. Arendt discutia a
perspectiva do mal provocado por ninguém, ou por pessoas destituídas da capacidade do pensar, visto que ela não atribuiu
o mal ao nazista julgado, mas via nele tão somente o burocrata zeloso, incapaz de pensar por si.
Disponível em: https://medialab.ufg.br/n/111072-a-banalidade-do-mal (Adaptado).

FILME “PRECIOSA” (PRECIOUS) 2009


Direção: Lee Daniels
Detalhes: concorreu a 6 prêmios Oscar
Baseado no livro

Filme norte-americano cujo enredo gira em torno de Preciosa, uma garota obesa que, além de
ser antissocial, sofre frequentemente abusos sexuais de seu pai, o que resultou em duas gravidezes,
e abusos físicos e mentais por parte da mãe. Preciosa, assim, sofre com as consequências do abuso, da
negligência parental, da apatia social, das doenças sexuais provenientes dos abusos não combatidos e
da “mordaça” que a impede de ter voz e de lutar contra essas adversidades.

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