Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PODER E IMPOTÊNCIA
Heleieth Saffioti
• Professora, socióloga e feminista brasileira;
• Ciências Sociais: faculdade de filosofia, ciências e letras
de São Paulo (USP) – 1960;
• Professora de Sociologia, aposentada, da UNESP, e do
Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais
da PUC-SP;
• Pioneiras nos estudos e análises sobre as desigualdades
entre mulheres e homens, as diversas formas de opressão
e exploração no trabalho, a violência de gênero e análise
sobre as políticas públicas em seu meio;
• Obras: A mulher na sociedade de classes (1976); Mulher
brasileira: opressão e exploração (1984); Poder do macho
Fonte: https://www.geledes.org.br/heleieth- (1987); Violência de gênero: poder e impotência (1995)
saffioti-categoria-genero/
etc.
Autora Obra
Fonte: https://www.cut.org.br
O GÊNERO E A VIOLÊNCIA COMO CONSTRUÇÃO SOCIAL
• O plano molar (macropoderes - Homens) e
molecular (micropoderes - Mulheres) segundo
Félix Guattari (1981);
• O contexto familiar.
Fonte:
https://comunidadeemmovimento
bh
/Violenciacontraamulher
CONCEITOS IMPORTANTES
VITIMAÇÃO VITIMIZAÇÃO
CONSENTIMENTO CESSÃO
A DIVISÃO IMPOSTA DE GÊNERO
• A normatização da conduta
feminina e masculina;
• Monopólio Simbólico.
Fonte:
https://www.rizzobaloes.com.br
/charevelação
A DIVISÃO IMPOSTA DE GÊNERO
• A violência Simbólica;
• Banalização da violência;
Fonte: https://medium.com/qg-feminista/as-mulheres
• Interseccionalidade.
A CAPTURA DA HISTÓRIA
• Culpabilização da mulher;
• Violência linguística.
Fonte:
https://comunidadeemmovimentobh.com.br/violen
cia-contra-mulheres-no-contexto-da-pandemia
HISTÓRIA E MEMÓRIA
• Apagamento histórico;
Fonte:
https://www.genera.com.br/blog/o-apagamento-da-histo
ria-da-populacao-negra-brasileira
“O registro dos seus depoimentos representa momento
único de tirar do anonimato a memória de pessoas
exploradas dominadas ao longo de sua trajetória, e
portanto, historicamente silenciadas [...]” (P. 66).
SUBMISSÃO E REBELDIA: OS AMORES DE LUÍSA
• “Ele aprendera com seu pai a ser violento [...] em surrar sua esposa, que
considerava normal apanhar do marido. Assim, já era habitual Alceu
surrar Rosa” (p. 113);
• Sua sogra havia cumprido seu destino de gênero, sem se rebelar. Sua
paciência a transformara, pelo menos em seu imaginário, em uma
vitoriosa, pois deixara de ser espancada (p.117).
A VIOLÊNCIA APRENDIDA: A GRANDE PAIXÃO DE ROSA
“Eu não aguentava mais. Eu achava que a gente ia para uma delegacia e
que ia ficar resguardada, porque ali era um lugar onde a gente pedia
proteção e ficava protegida. Justamente o contrário! Não era nada
daquilo, principalmente em delegacias onde só tem homens. Você chega
lá e a primeira coisas que eles falam: 'Minha filha, você apanhou? Você
gosta de apanhar, ne? Esta foi a primeira vez que você apanhou? (p. 119).
A DETERMINAÇÃO PERSONIFICADA:
A HISTÓRIA DE TÂNIA
• "Antes de tacar fogo, fiquei com pena. Pensei 'será que foi ele mesmo?' Mas todo
mundo estava dizendo que foi. Então eu achei mesmo que ele tinha que morrer.
(…) Eu coloquei lenha na fogueira, abanei o fogo, joguei pedra nele, cuspi,
xinguei. Ele gritava pra mim 'Ai loura, socorro!' Eu dizia: 'que socorro que nada
vai morrer é agora safado!' (…) Primeiro deram umas pauladas nele, depois
botaram fogo nos seus documentos. Então ele rolou no chão para apagar o fogo,
mas aí vieram os galões de gasolina."
• "A polícia chegou quando ele ainda não estava todo queimado. Mas eles não
deixaram ninguém socorrer, teve um tenente que disse: 'deixe morrer esse
desgraçado'. Botaram mais fogo nele na frente dos policiais.
• "Me senti bem, me senti legal porque conseguimos pegá-lo. Senti que fiz
justiça" (Isto É, 26/09 a 02/10/93, pp. 16 e 17)
CULTURA DA VIOLÊNCIA
• "Eu dei uns tapas nela e ela tentou me agredir com um pedaço de pau;
inclusive me agrediu por duas vezes. O mesmo pedaço de pau que
ela me agrediu, tomei e agredir ela também" (p. 161)
• "No dia seguinte me senti até realizado porque eu já vinha sofrendo
muitas agressões à minha moral há bastante tempo, dela me xingar.
Mas depois comecei a pensar que foi um ato que eu não deveria ter
cometido" (p. 161)
Desigualdade social
CARACTERÍSTICAS
QUE PERMEIAM A Masculinidade
VIOLÊNCIA ameaçada
CONTRA A
MULHER Dependência emocional
• O estado e o macropoder;