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Medieval, visto que a crença de seus seguidores sob seu simbolismo de fé e liderança
estabeleceu ao mesmo funções de controle, ditando as regras para todos os aspectos da
vida dos muçulmanos, bem como, o cargo de guia-los no caminho da expansão
territorial em nome da religião. Entretanto, conflitos envolvendo fiéis e pessoas que se
demonstravam contra a existência de um único Deus, além de comerciantes e
autoridades de Meca, se faziam presente, visto que tais grupos temiam que a fé
monoteísta viesse a acarretar problemas na estrutura comercial da região, sendo estes,
credores de diversos deuses.
Ademais, após a morte de Maomé (ano 632), a disputa pela sucessão se iniciou, onde
Bu Bakr e dois califas, Umar e Uthman, foram escolhidos através do conselho de
anciãos para atuar na liderança da comunidade Islâmica, como também, enquanto
intermediários entre Deus e a terra, aspecto esse discordado pelos povos Sunitas, que
acreditavam que o sucessor do profeta sucedia apenas na função de liderança, e não
conjunta como o aspecto religioso tido por Maomé. Visto isso, os povos Xiitas
acreditavam que a sucessão só poderia ser feita por descendentes de Maomé, afim de
lutar pela preservação da linhagem do profeta no comando dos fiéis, sob a doutrina xiita
do martírio, enquanto prova de fé.
A autora aborda primeiramente os Duodécimos que são a maioria dos xiitas e defendem
uma linhagem de Imã que durou de 656 d.C. até 874. Sendo o último, Muhammad Al-
Mahdi, um líder desaparecido considerado Messias. Já os Zayditas, uma minoria Xiita,
se destacou do grupo por não conseguir que Zayd ibn-Ali, seu representante se tornasse
o Imã. O outro grupo destacado é o dos Ismaelitas, descendentes de Fátima, filha de
Maomé, que também foram impulsionados a se separar pela disputa do Imanato. Vale
ressaltar que foi possível identificar no cristianismo aspectos semelhantes às
divergências que ocorreram no Islã.