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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E DANÇA.

CURSO DE FISIOTERAPIA – BACHARELADO

VALIDAÇÃO DO SMARTPHONE ASSOCIADO A UM DISPOSITIVO EXTERNO


PARA MEDIÇÃO DO ÂNGULO DE ROTAÇÃO DO TRONCO (ART) E DA RIGIDEZ
DA CURVA

CAMILA SILVA BRAGA

Porto Alegre

2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E DANÇA.


CURSO DE FISIOTERAPIA – BACHARELADO

VALIDAÇÃO DO SMARTPHONE ASSOCIADO A UM DISPOSITIVO EXTERNO


PARA MEDIÇÃO DO ÂNGULO DE ROTAÇÃO DO TRONCO (ART) E DA RIGIDEZ
DA CURVA

Projeto de Trabalho de Conclusão do


Curso Bacharelado em Fisioteapia da
Escola de Educação Física, Fisioterapia e
Dança da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.

Acadêmica: Camila Silva Braga


Orientadora: Prof. Dr. Cláudia Tarragô Candotti
Co-orientadora: Isis Juliene Rodrigues Leite Navarro

Porto Alegre
2020
RESUMO
Introdução: A escoliose idiopática é caracterizada como uma deformidade rotacional da
coluna vertebral e do tronco que ocorre nos planos frontal, sagital e transversal. Um dos
instrumentos de avaliação do ângulo de rotação do tronco (ART) e da rigidez da curvatura
escoliotica é o escoliômetro, considerado exame de referência na prática clínica. No entanto,
este instrumento ainda é de difícil acesso no Brasil, visto que não há fabricação nacional.
Como alternativa para mensurar o ART e a rigidez da curvatura escoliotica, os profissionais
de saúde vêm utilizando aplicativos nos aparelhos smartphones, mesmo esses ainda
carecendo de validação. Objetivo: Avaliar a validade das medidas do ART e da rigidez da
curvatura escoliotica fornecidas pelo smartphone, empregado com o auxílio de um
dispositivo externo, em comparação ao escoliômetro, bem como a reprodutibilidade dessas
medidas. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo de validação e acurácia diagnóstica.
Para determinar o tamanho da amostra foi realizado o cálculo amostral no software G*Power
3.1.9.4 resultando numa amostra mínima de n=43 sujeitos, prevendo-se perdas
acrescentou-se 15%, totalizado um tamanho amostral de 50 participantes. Além da análise
estatística descritiva, com medidas de tendência central e dispersão, serão realizadas as
seguintes análises: Correlação Produto-Momento de Pearson, Análise gráfica de Bland-
Altman, Erro RMS, Curva ROC (Receiver Operating Characteristics), Especificidade,
Sensibilidade, ICC (Coeficiente de Correlação Intra Classe), SEM e MDC. O trabalho deverá
ser previamente aprovado pelo CEP e os participantes deverão assinar o termo de
assentimento e os responsáveis o termo de consentimento. Critérios de inclusão: ambos os
sexos, idade entre 10 e 17 anos, com suspeita ou diagnóstico de escoliose idiopática e
conseguir compreender e realizar o teste de Adams e o Stiffness Scoliosis Test (SST) ou
teste de rigidez da escoliose. Critérios de exclusão: tratamento cirúrgico prévio da coluna
vertebral, qualquer causa diagnosticável de escoliose e amputação de membros inferiores
ou superiores. A coleta será realizada no Laboratório de Pesquisa do Exercício (LAPEX) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde as avaliações com o
escoliômetro e o smartphone serão realizadas em dois dias por dois avaliadores
independentes e previamente treinados. Resultados esperados: Espera-se que os
resultados desse estudo possam contribuir no processo de avaliação e rastreamento de
pacientes com escoliose, de modo a viabilizar um instrumento acessível, confiável e barato.

Palavras chaves: Escoliose, rigidez, escoliômetro, estudo de validação.


SUMÁRIO

1. Introdução .......................................................................................................... 5
2. Objetivos............................................................................................................. 6
2.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 6
2.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 6
3. Revisão da literatura .......................................................................................... 6
3.1 Escoliose ............................................................................................................ 7
3.2 Escoliômetro ...................................................................................................... 9
3.3 Smartphone como instrumento de avaliação do ART ...................................... 10
4. Problema de pesquisa ..................................................................................... 11
4.1 Hipótese ........................................................................................................... 11
4.2 Definição operacional das variáveis ................................................................. 11
5. Metodologia ...................................................................................................... 12
5.1 Tipo de estudo ................................................................................................. 12
5.2 População e amostra ....................................................................................... 12
5.3 Cálculo amostral .............................................................................................. 12
5.4 Critérios de inclusão......................................................................................... 13
5.5 Critérios de exclusão ........................................................................................ 13
5.6 Local de realização da pesquisa ...................................................................... 13
5.7 Instrumentos .................................................................................................... 13
5.8 Procedimentos de coleta .................................................................................. 14
5.9 Tratamento Estatístico ..................................................................................... 17
6. Orçamento ........................................................................................................ 18
7. Cronograma ...................................................................................................... 20
8. Aspectos éticos................................................................................................ 21
9. Resultados esperados e divulgação .............................................................. 21
Referências Bibliográficas .................................................................................. 22
APÊNDICE A ......................................................................................................... 24
APÊNDICE B ......................................................................................................... 25
APÊNDICE C ......................................................................................................... 26
APÊNDICE D ......................................................................................................... 27
APÊNDICE E ......................................................................................................... 28
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1. Introdução

A escoliose idiopática é caracterizada como uma deformidade tridimensional


da coluna vertebral, onde no plano transversal observamos a rotação das vertebras
e do tronco. A manifestação clínica deste processo é acompanhada pela
deformidade das costelas na região torácica e denominada gibosidade.
A avaliação da rotação do tronco e da rigidez da curva pode ser feita pelo
escoliômetro, considerado um instrumento não invasivo e de referência na prática
clínica. Sua confiabilidade já foi testada, atingindo valores de muito bons a
excelentes (BONAGAMBA; COELHO; OLIVEIRA, 2010). No entanto essa
ferramenta de medição ainda é de difícil acesso no Brasil, visto que não há
fabricação nacional deste instrumento.
A alternativa que vem sendo adotada pelos profissionais da saúde para fins
de medição do ART são os aplicativos nos smartphones. Atualmente, já existem
estudos sobre essa temática, como o de IZATT (2012) e (DRISCOLL et al., 2014)
que realizaram a avaliação do Iphone e de smartphones com uma base de acrílico
em relação ao escoliômetro, porém a própria base é de difícil acesso, visto que tem
uma fabricação artesanal, com custo mais elevado sendo, portanto, de difícil
aquisição.
Tendo em vista a dificuldade de acesso a essa base de acrílico e a falta de
estudos sobre a utilização de outros dispositivos externos para medição do ART, o
presente estudo tem como objetivo verificar a validade e acurácia das medidas do
ART e da rigidez da curvatura escoliotica fornecidas pelo smartphone, empregado
com o auxílio de um dispositivo externo (clipes), em comparação ao escoliômetro,
bem como a reprodutibilidade intra e inter avaliador dessas medidas. A verificação
da validação e confiabilidade desse instrumento poderão coloborar para o
diagnóstico precoce da escoliose por meio de um instrumento de avaliação mais
acessível, confiavel e de baixo custo.
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2. Objetivos
2.1 Objetivo geral

● Avaliar a validade e acurácia das medidas do ART e da rigidez


da curva escoliótica fornecidas pelo smartphone, empregado com o auxílio de
um dispositivo externo, em comparação ao escoliômetro, bem como a
reprodutibilidade dessas medidas.

2.2 Objetivos específicos

● Determinar a validade das medidas do ART fornecidas pelo


smartphone empregado com o auxílio de um dispositivo externo (clipes).

● Determinar a acurácia das medidas do ART fornecidas pelo


smartphone empregado com o auxílio de um dispositivo externo (clipes).
● Determinar o nível de concordância entre o escoliômetro e o
smartphone, a partir da diferença média do ART medido pelos dois
instrumentos.
● Determinar a repetibilidade e a reprodutibilidade intra e
interavaliador a partir do uso do smartphone na mensuração do ART.
● Determinar se o smartphone é capaz de mensurar a flexibilidade
da curva escoliótica como o escoliômetro, a partir do Stiffness Scoliosis Test
(SST) ou teste de rigidez da escoliose.

3. Revisão da literatura

Neste tópico serão abordados os principais pontos deste estudo com


base na literatura atual.
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3.1 Escoliose

As diretrizes da Sociedade Científica Internacional sobre Tratamento


Ortopédico e Reabilitação de Escoliose (NEGRINI et al., 2018) definem a escoliose
como sendo um termo geral que abrange um grupo heterogêneo de condições e
resulta em alterações na forma e posição da coluna, tórax e tronco. Essas alterações
ocorrem de forma tridimensional por acometer os planos frontal, sagital e transversal.
Segundo essas diretrizes, a escoliose pode ser classificada por meio de
parâmetros cronológicos, angulares e topográficos. O cronológico se refere à idade
em que o paciente foi diagnosticado, sendo classificado como infantil de 0 a 2 anos;
juvenil de 3 a 9 anos; adolescente de 10 a 17 anos; e adulto com mais de 18 anos.
Os valores angulares classificam a gravidade da(s) curva(s), por meio da medição do
ângulo Cobb na radiografia, classificando as curvas em leve com valores angulares
de até 20, moderada de 21° a 35°, moderada a severa de 36° a 40°, severa de 41° a
50°, severa a muito severo de 51° a 55° e os valores acima de 56° são considerados
como muito severos. Por fim, a classificação topográfica refere-se a região
anatômica da coluna acometida, considerando como referência sempre o ápice da
curvatura, classificando em curvas cervicais com o ápice de C6 a C7, cervico-
torácicas com ápice de C7 a T1, torácica com ápice de T1 a T12, toracolombar com
ápice de T12 à L1 e lombar a partir de L1 e L2.
Atualmente não se tem um consenso sobre a etiologia da escoliose
idiopática, sabe-se que é uma doença progressiva e acredita-se que o seu
surgimento é influenciado por aspectos multifatoriais (CURTO et al., 2010). Tem sido
destacada dezesseis teorias de causas para o desenvolvimento da escoliose
idiopática, dentre elas estão etiologias relacionadas a questões genéticas,
hormonais, disfunções neuromusculares, entre outras (BURWELL et al., 2016).
A Scoliosis Research Society (2019) relata que cerca de 80 a 85% dos
casos de escolioses são classificadas cronologicamente como sendo do
adolescente, e de prevalência majoritária em jovens do sexo feminino. Acredita-se
que esse alto índice esteja associado à fase puberal, onde os efeitos hormonais
aumentam os fatores de crescimento que mudam a curvatura da coluna vertebral
mais rapidamente e podem levar a maiores riscos de assimetrias vertebrais
(BURWELL et al., 2016). Esse alto estímulo de crescimento pode resultar no
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desenvolvimento assimétrico entre os elementos do corpo vertebral anterior e


posterior, juntamente com a diminuição do crescimento dorsal, resultando em uma
força de torção do corpo vertebral que culmina em uma lordose rotacional (HEFTI,
2013). A avaliação das alterações estruturais causadas pela escoliose pode ser feita
por imagem radiográfica ântero-posterior e lateral da coluna vertebral
(BONAGAMBA; COELHO; OLIVEIRA, 2010) ou utilizando outros métodos de
avaliação como a fotogametria (NAVARRO et al., 2020); (FURLANETTO et al.,
2012), topografia de superfície (GOLDBERG et al., 2001) e o escoliômetro (AMENDT
et al., 1990; COELHO; BONAGAMBA; OLIVEIRA, 2013).
Dentre os métodos citados o radiológico é considerado padrão de
referência para diagnóstico da escoliose (CURTO et al., 2010; NEGRINI et al., 2018).
Nessa abordagem as imagens radiográficas da vista frontal (de frente ou de costas)
possibilitam a medição dos graus de inclinação das vertebras, pela utilização do
método de Cobb que é feito por meio de linhas paralelas a região do platô superior e
inferior da vértebra com maior inclinação superior e inferiomente, onde a intersecção
dessas linhas forma o ângulo Cobb (MOLINA; DE CAMARGO, 2019). Sobretudo,
para obter essas imagens e possibilitar as medições angulares é necessário que o
paciente seja exposto a radiação ionizante.
A avaliação de superfície é uma forma de medida que verifica mudanças
externas, por meio de avaliação da estética corporal e a própria superfície
topográfica, para mensurar a evolução da escoliose. Os métodos de avaliação da
estética corporal avaliam a assimetria do tronco utilizando fotografia ou três escalas
de assimetria do tronco: avaliação clínica e estética do tronco (TRACE), índice de
simetria posterior do tronco (POTSI) e índice de simetria anterior do tronco (ATSI). A
topografia de superfície pode ser feita de forma estática e dinâmica, e requer os
equipamentos apropriados (NEGRINI et al., 2018).
O escoliômetro é um modo de avaliação, que por meio do teste de Adams
e do Stiffness Scoliosis Test (SST) ou rigidez da curva, mede em graus o ângulo de
rotação do tronco e de flexibilidade da curva. Essa ferramenta é utilizada como
exame clínico para rastreamento e acompanhamento da evolução da escoliose. Sua
utilização demonstrada na literatura tem apontado para uma abordagem adequada,
visto que é um instrumento de fácil manuseio e fornece resultados imediatos
(SEDREZ; CANDOTTI, 2013).
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3.2 Escoliômetro

O escoliômetro é um equipamento de medição angular utilizado para


avaliar o ângulo de rotação do tronco. Seu mecanismo de medição se assemelha ao
do inclinômetro, no qual um reservatório de água no centro do instrumento possui
uma esfera de metal que se desloca de 0° a 30° para ambos os lados, tendo o 0°
como referência no centro do instrumento (BONAGAMBA; COELHO; OLIVEIRA,
2010).
No estudo de COELHO (2013) o escoliômetro obteve valores de muito
bons a excelentes na avaliação da reprodutibilidade intra e interavaliador, além da
correlação com as análises radiológicas ter sido considerada boa (r = 0,7, p <0,05)
demonstrando que as medidas do escoliômetro apresentaram uma boa correlação
com as medidas radiograficas. Esse instrumento também apresentou os seguintes
valores de sensibilidade e especificidade respectivamente para os pontos de corte
do ART de 100% e 47% para o ponto de corte de 5°; 83% e 86% para 7°; 87% e
34% para 15°; 62% e 75% para 17°, 100%,35% para 25° e 66% e 66% para 27°.
A técnica de avaliação por meio do escoliômetro, juntamente com o teste
de Adams é citada como exame clínico de avaliação pelas diretrizes da SOSORT de
2018. Entre as técnicas disponíveis, a medida do ART com escoliêmtro apresenta
padronização quanto a sua utilização e seu valor de medida. KOTWICKI (2008), em
seu estudo que apresentava técnicas de avaliação de pacientes com escoliose,
conclui que a utilização do método de avaliação da escoliose com o escoliômetro
tornou-se sistemática na avaliação clínica, e que, apesar da topografia de superfície
ser considerada uma boa técnica é necessário que haja padronizações.
Apesar de o escoliômetro apresentar resultados positivos quanto à
acurácia de suas medidas e ser considerado um instrumento confiável e prático para
mensuração do ART, seu valor para compra ainda é alto por não ser fabricado no
Brasil, o valor do instrumento é computado em dólar ou euro, sendo elevado para a
realidade da maioria dos profissionais brasileiros, o que dificulta sua aquisição e
consequentemente sua utilização. Visando essa problemática, os aplicativos de
smartphones surgem como uma alternativa onde, cada vez mais, clínicos e
pesquisadores têm optado por utiliza-los como meios de medição mais acessíveis e
baratos.
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3.3 Smartphone como instrumento de avaliação do ART

A revolução tecnológica tem trazido inúmeras ferramentas de aplicação


para o cotidiano, dentre elas estão os smartphones, considerados uma das
tecnologias de maior consumo da população mundial, devido a sua grande
aplicabilidade.
Na revisão integrativa da literatura de SOUZA (2010), os autores
mostraram o crescente número de publicações de estudos relacionados à tecnologia
móvel aplicada à saúde. Isso se deve a facilidade e a agilidade que esse
equipamento pode proporcionar na avaliação dos pacientes. Esses aparelhos são
compostos por dispositivos MEMS (Micro-Electro-Mechanical Systems) como o
acelerômetro e giroscópios, considerados sensores inerciais capazes de captarem
medidas de variação da aceleração linear e velocidade angular, muito utilizado para
estudos do movimento corporal (FELIPE; CALDAS; RATIVA, 2016).
Tendo em vista essas propriedades, muitos profissionais da saúde têm
utilizado os smartphones para avaliação do ângulo de rotação do tronco em
pacientes diagnosticados ou sob investigação de escoliose. Estudos que avaliaram a
medição feita com smartphone, utilizando uma base acrílica, obtiveram resultados
positivos quanto a confiabilidade inter e intraobservador na medida do ART
(DRISCOLL et al., 2014; IZATT; BATEMAN; ADAM, 2012).
Apesar de existirem estudos que validem a utilização dos smartphones
para a mensuração do ART (BALG et al., 2014; FRANKO; BRAY; NEWTON, 2012;
IZATT; BATEMAN; ADAM, 2012; QIAO et al., 2014), existem alguns fatores que
ainda dificultam sua utilização, como as adaptações externas necessárias, como a
base de apoio acrílica, já utilizada em estudos anteriores. Essas adaptações são
fundamentais para garantir uma boa fixação do aparelho ao dorso do sujeito
avaliado, garantindo maior praticidade e confiabilidade da metodologia proposta.
Não foi encontrado nenhum estudo que ofereça alternativas de fixação, além da
base acrílica já citada.
Tendo em vista essa demanda, o presente estudo utilizará os clipes de
papel como auxílio externo ao invés da base acrílica, com o intuito de ser uma forma
mais prática, acessível e barata.
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4. Problema de pesquisa

Existe validade e acurácia dos valores do ART mensurados pelo


smartphone empregado com o auxílio de um dispositivo externo (clipes), quando o
escoliômetro é a medida de referência? As medições do ART com o smartphone
associado ao uso dos clipes (dispositivo externo) são reprodutíveis? O smartphone é
capaz de mensurar a flexibilidade da curva escoliótica como o escoliômetro?

4.1 Hipótese

Acredita-se que a validade e acurácia do uso do smartphone para


mensurar a o ART será confirmada, pois haverá exatidão e concordância entre as
medidas obtidas pelo smartphone e escoliômetro. Acredita-se também que haverá
precisão entre as medidas do ART obtidas com smartphone por um mesmo
avaliador e avaliadores diferentes, garantindo sua repetibilidade e reprodutibilidade
intra e interavaliador. Ainda, o smartphone será capaz de mensurar a flexibilidade da
curva escoliótica como o escoliômetro, a parti do Stiffness Scoliosis Test (SST) ou
teste de rigidez da escoliose.

4.2 Definição operacional das variáveis

• Variável dependente: Ângulo de rotação do tronco (ART) medido pelo


escoliômetro.
• Variável independente: Ângulo de rotação do tronco (ART) medido pelo
smartphone.
• Variáveis intervenientes: Experiência do avaliador com a palpação e
encurtamento de isquiotibiais que impeçam a flexão do tronco no teste de Adams.
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5. Metodologia
5.1 Tipo de estudo

Trata-se de um estudo prospectivo de validação, acurácia diagnóstica e


reprodutibilidade, que segue o cheklist STARD (http://www.equator-
network.org/reporting-guidelines/).

5.2 População e amostra

A população do presente estudo será composta por indivíduos de ambos os


sexos, com faixa etária entre 10 e 17 anos e suspeita ou diagnóstico de escoliose
idiopática.
A amostra será do tipo não probabilística consecutiva seguindo os critérios de
inclusão e exclusão. A captação dos indivíduos ocorrerá através das redes sociais,
por meio de folder informativo (APÊNDICE A) e pela metodologia de captação
amostral por bola de neve.

5.3 Cálculo amostral

Para fase de reprodutibilidade o tamanho amostral foi determinado de acordo


com (WALTER; ELIASZIW; DONNER, 1998). Adotando como hipótese nula valores
abaixo de 0.5 e hipótese alternativa valores ≥0.8, com α=0.05 e β=0.20, resultando
numa amostra mínima de 22 sujeitos. Para a fase de validação, o tamanho da
amostra foi realizado o cálculo amostral no software G*Power 3.1.9.4. Baseando-se
na família de testes exatos, assumindo um teste bicaudal com H0= 0.4 e uma H1 =
0.7, com um poder de 80% e uma α=0.05 encontrou-se um tamanho amostral
mínimo de 43 sujeitos. Prevendo-se perdas acrescentou-se 15% a mais de
indivíduos totalizando um tamanho amostral de 50 participantes.
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5.4 Critérios de inclusão

Estarão incluídos nessa pesquisa indivíduos de ambos os sexos, idade


entre 10 e 17 anos, com suspeita ou diagnóstico de escoliose idiopática e que
consigam compreender e realizar o teste de Adams e o Stiffness Scoliosis Test
(SST) ou teste de rigidez da escoliose.

5.5 Critérios de exclusão

Serão excluídos da pesquisa indivíduos que tenham realizado tratamento


cirúrgico prévio na coluna vertebral, possuírem qualquer causa diagnosticável de
escoliose e que tenham sofrido amputação de membros inferiores ou superiores.

5.6 Local de realização da pesquisa

A coleta será realizada no Laboratório de Pesquisa do Exercício (LAPEX)


da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no setor de Avaliação
Postural (APÊNDICE B).

5.7 Instrumentos

Para a realização da coleta será utilizados o escoliometro (BASELINE®)


de 100 gramas e 17 cm de comprimento (Figura 1A), smartphone (SAMSUNG®,
galaxy J5 prime 14x7cm) (Figura 1B), o dispositivo externo de 42 mm de
comprimento (Figura 2 A) e o Smartphone associado ao dispositivo (Figura 2 B). O
aplicativo utilizado será o Angle pro free disponível gratuitamente no serviço de
distribuição digital de aplicativos Google Play e Apple Store.
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A B

Figura1 – Instrumentos para coleta de dados: A) Escoliometro e B) Smartphone

A B

Figura 2: A) Dispositivo externo B) Smartphone associado ao dispositivo externo

5.8 Procedimentos de coleta

A avaliação será realizada por dois avaliadores (A1 e A2) independentes


e cegados entre si, sendo um deles uma acadêmica do curso de Fisioterapia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concluinte do oitavo semestre, já
familiarizada com o teste de Adams. O segundo avaliador, será uma fisioterapeuta
graduada e com experiência clínica de 10 anos no tratamento conservador de
escoliose idiopática. Os dois avaliadores farão um treinamento para os
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procedimentos dos testes antes do início das coletas, garantindo maior


verossemelhança das formas de medições entre eles.
O ambiente de coleta dispõe de ar condicionado para garantir que a
temperatura durante o procedimento não seja uma variável interveniente.
A avaliação de cada participante será realizada em dois dias. As etapas
da avaliação do Dia 1 serão constituídas de: (1) anamnese (APÊNDICE C); (2)
marcação dos processos espinhosos da coluna vertebral; (3) realização de sorteio
para definir qual mensuração será feita primeiro, se com escoliometro ou com
smartphone; bem como, a ordem dos avaliadores para cada mesuração sorteada (4)
teste de Adams para medição do ART pelo escoliometro; e (5) teste de Adams para
medição do ART pelo smartphone, por meio do aplicativo Angle pro free. A ordem
das etapas 4 e 5 serão definidas conforme sorteio previamente realizado na etapa 3.
A etapas 1 e 2 serão realizadas apenas pelo avaliador A1 as demais etapas serão
realiazadas pelos dois avaliadores (A1, A2), sendo que a etapa 5 será repetida três
vezes sucessivas pelo avaliador A1. O tempo de intervalo entre os dois avaliadores
será de 5 minutos para que o participante possa sentar e descansar. A ordem dos
avaliadores e utilização do instrumento para mensuração (escoliômetro ou
smartphone) será definida por sorteio a cada participante, para evitar o vies de
avaliação e de mensuração. No Dia 2, que será de 2 a 10 dias após a primeira
avaliação, somente o avaliador A1 realizará as etapas 2, 3, 4 e 5 da avaliação.
No Dia 1, o participante, sempre acompanhado por seu responsável legal,
será conduzido até a sala de avaliação pelo avaliador A1, onde será realizada uma
anamnese para coleta de dados cadastrais e confirmação a respeito dos critérios de
inclusão e exclusão do estudo. Nessa etapa, inicialmente, serão fornecidos os
termos de Consentimento Livre e Esclarecido (APENDICE D) e de Assentimento
(APENDICE E), para leitura e assinatura pelos responsaveis e pelos participantes,
respectivamente.
Após a obtenção do consentimento e assentimento, o avaliador A1
realizará o processo de palpação e marcação dos processos espinhosos da coluna
vertebral. Para esse procedimento de medição os participantes devem estar
descalços, sendo que as meninas devem usar vestimentas na região do tronco que
deixem o dorso livre e os meninos devem estar com o dorso despido. Na sequência,
o A1 conduzirá a realização do teste de Adams.
Para o teste de Adams (Figura 3), o participante deve estar em posição
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ortostática, com os pés afastados de acordo com o alinhamento do quadril. Com as


mãos unidas e cotovelos estendidos, o participante deve realizar o movimento lento,
de flexão anterior do tronco iniciando pela coluna cervical, em seguida pela torácica
e finalizando pela lombar, após irá retornar lentamente para a posição ortostática.

Figura 3: - Procedimento de coleta: Teste de Adams


Fonte:(SANTOS, 2001) pg 16.

Durante o teste de Adams, o avaliador deve posicionar o escoliômetro ou


smartphone, sendo a ordem estabelecida conforme sorteio prévio,
perpendicularmente ao tronco, de modo que o centro de cada equipamento fique
sobre a marcação dos processos espinhosos das vértebras. Quando se tratar do
escoliometro, o valor do ART é obtido por meio da esfera de metal localizada na
região central do equipamento que se desloca de acordo com o grau de rotação do
tronco.
Quando se tratar do smartphone, o valor do ART é obtido pela numeração
fornecida pelo aplicativo, sendo que deve ser utilizado como referencial de centro do
aparelho o semicírculo localizado na região inferior do display do aplicativo Angle pro
free. Em ambos os equipamentos, a sensibilidade é de 1 grau, ou seja o valor do
ART fornecido é de 1 em 1 grau.
Será realizado ainda o Stiffness Scoliosis Test ou teste de rigidez da
escoliose, com ambos os instrumentos (escoliômetro ou smartphone) a fim de
verificar se o smartphone é capaz de mensurar a flexibilidade da curva escoliótica
como o escoliômetro. O SST será realizado pelo avaliador 1 (A1) nos dois dias de
avaliação e pelo avaliador 2 (A2) somente no primeiro dia. No SST o participante
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fará uma inclinação lateral para o lado da convexidade da curva escoliótica após a
flexão anteiror do tronco realizada no teste de Adams. A curva será considerada
flexível se houver uma redução ≥50% do valor inicial mensurado pelo teste de
Adams, quando a redução for inferior a 50% do valor inicial a curva será considerada
rígida.
Após essa avaliação, o participante poderá descansar por 5 minutos,
antes do segundo avaliador (A2) repetir todo o processo.
Passado um intervalo de 2 a 10 dias, o participante deverá retornar ao
local para realizar novamente todo o processo de avaliação. Nesse Dia 2 de
avaliação, somente o avaliador A1 fará a avaliação do participante, utilizando apenas
o smartphone.
A repetibilidade obtida pelo smartphone será dada pela concordância das
medidas obtidas no mesmo dia pelo mesmo avaliador. A reprodutibilidade intra-
avaliador obtida com smartphone será dada pela concordancia das medidas do A1
obtidas nos dois dias de avaliação, com intervalo de 2 a 10 dias. A reprodutibilidade
interavaliador do ART e da rigidez de curva escoliotica, obtido com smartphone, será
dada pela concordancia das medidas dos dois avaliadores (A1 e A2) obtidas no
mesmo dia.

5.9 Tratamento Estatístico

A análise estatística será realizada no software SPSS® 20.0. Serão


realizadas estatísticas descritivas e inferenciais. A priori, será verificada a
normalidade dos dados por meio do Teste de Shapiro-Wilk. Posteriormente, serão
realizados os seguintes testes: (1) Teste de Correlação Produto Momento de
Pearson ou Correlação de Spearman para verificar a correlação dos os valores do
ART e da rigidez da curva entre o escoliometro e o smartphone; (2) representação
gráfica de Bland e Altman para verificar a concordância dos valores do ART e da
rigidez da curva fornecidos pelo escoliometro e pelo smartphone; (3) Erro RMS (Root
Mean Square Error) para determinar a acurácia do smartphone na mensuração do
ART e da rigidez da curva; (4) Análise da curva ROC, para verificar a acurácia e os
valores de ponto de corte do ART para o smartphone, com sua determinada
sensibilidade e especificidade.
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Os valores de correlação serão classificados em: “inexistente/pequena”


(<0,25); “pobre” (0,25 – 0,5); “moderada” (0,5 – 0,75) e “boa/excelente” (>0,75)
(KNAK et al., 2018). A área sob a curva ROC será classificada como nenhuma ou
baixa capacidade discriminatória (0,5 a 0,7), moderada capacidade discriminatória
(0,7 a 0,9) e alta capacidade discriminatória (≥ 0,9) (CORIC et al., 2017), sendo que
uma área ≥ 0,75 indica uma capacidade discriminatória adequada (MARKS et al.,
2014).
Ainda, a fim de verificar a repetibilidade e as reprodutibilidades intra e
interavaliador das medidas do ART e da rigidez da curva com o smartphone, será
verificado o Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), os quais serão classificados
em: “fracos” (ICC<0,4), “moderados” (0,4≤ICC<0,75) e “excelentes” (ICC≥0,75)
(FLEISS; LEVIN; PAIK, 2013). Também serão calculados o erro padrão de medida
(standard error of measurement – SEM) e a mínima mudança detectável (minimal
detectable change – MDC), todos expressos pela unidade de medida testada. O
SEM é a medida da reprodutibilidade absoluta, e expressa a variabilidade ao redor
da medida inerente ao erro, calculada pela fórmula 𝑆𝐸𝑀 = 𝑑𝑝 √1 − 𝐼𝐶𝐶, onde dp é o
desvio padrão do conjunto de resultados observados (BRUTON; CONWAY;
HOLGATE, 2000). A MDC é considerada a mudança mínima que não se deve à
chance de variação da medida, calculada pela fórmula 𝑀𝐷𝐶 = 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑟𝑒 − 𝑧 × 𝑑𝑝 ×
√2(1 − 𝐼𝐶𝐶) (HALEY; FRAGALA-PINKHAM, 2006). O nível de significância adotado
para todas as análises será de 0,05.

6. Orçamento

Todos os custos da pesquisa serão financiados pela pesquisadora, conforme


Tabela 1.

Materiais Unidades Preço Valor total (R$)


unitário
Escoliômetro 1 200,00 200,00
Smartphone 1 800,00 800,00
Notebook 1 2000,00 2000,00
Impressora 1 300,00 300,00
19

Clipes 2 6,75 13,50


Lápis de olho 1 10,86 10,86
Passagem de 100 4,70 470,00
Onibus
Total - - 3.794,36
Tabela 1 - Orçamento
20

7. Cronograma

As atividades terão duração de um ano e dez meses, tendo início apos a aprovação do projeto no CEP-UFRGS (Tabela 2).

2020 2021
Etapas do
projeto Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Recrutamento dos participantes x x x
Coleta de
dados x x x x
Análise dos
dados x x x x x x
Discussão dos resultados x x x x
Versão final da pesquisa x
Submissão de
artigo x

Tabela 2 - Cronograma de atividades


21

8. Aspectos éticos

O presente estudo tem o compromisso de manter a confidencialidade dos


dados coletados, de modo a proteger a imagem dos participantes, como citado nos
documentos institucionais e seguindo as disposições da resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde, a qual incorpora sob a ótica do indivíduo e suas
coletividades, os quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não
maleficência, beneficência e justiça, bem como visa assegurar os direitos e
deveres que dizem respeito à comunidade científica, aos participantes da pesquisa e
ao Estado.

O projeto será encaminhado para avaliação do Comitê de Ética em


Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e terá início somente após
sua aprovação.

Os participantes serão informados dos riscos, ou seja, de que estarão


sujeitos a sentir algum desconforto muscular devido aos movimentos de flexão da
coluna. Como forma de minimizar esses riscos, manteremos o tempo de cinco
minutos para descanço entre os testes. Os participantes também serão informados
dos benefícios em participar do estudo, sendo eles diretos, ao receberem um laudo
com o resultado da sua avaliação, baseado tanto no escoliometro quanto no
smartphone, e indiretos, aos estarem contribuindo com um estudo que visa colaborar
com a área da avaliação postural para pacientes com escoliose.

Os indivíduos terão total autonomia para desistir da participação a


qualquer momento. A identidade dos participantes não estará disponível, sendo os
participantes identificados por código alfa-numérico. Todos os participantes estarão
cientes que seus dados serão utilizados somente em caráter de pesquisa

9. Resultados esperados e divulgação

Espera-se que os resultados desse estudo possam contribuir no processo


de avaliação e de rastreamento de pacientes com escoliose, viabilizando aos
profissionais um instrumento acessível, prático, de baixo custo e confiável para uso.
A divulgação desse estudo será feita por meio de publicação de artigo em jornais
científicos da área e apresentações em eventos científicos.
22

Referências Bibliográficas

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23

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como fazer. Einstein (São Paulo), v. 8, n. 1, p. 102–106, 2010.

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24

APÊNDICE A

Folder informativo
25

APÊNDICE B

Carta de anuencia
26

APÊNDICE C

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Anamnese

Nome:______________________________________________________________
Data:_____________ Hora:_____________ Dia: 1( ) 2 ( )
Data de nascimento: ______________ Sexo: ____ Ocupação:_________________
Escolaridade:_____________________________ Cidade:_____________________
Telefone:_________________________________
E-mail:______________________________________________________________

-Possui algum histórico de tratamento cirúrgico na coluna?

( ) Sim
( ) Não

-Possui alguma causa diagnosticável de escoliose?

( ) Sim
( ) Não

-Possui algum tipo de amputação nos membros inferiores ou superiores?

( ) Sim
( ) Não
27

APÊNDICE D
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para os
responsáveis legais dos participantes
Seu filho está sendo convidado (a) a participar da pesquisa: “Validação do smartphone
associado a um dispositivo externo para medição do ângulo de rotação do tronco (ART) e da
rigidez da curva”. O pesquisador responsável é a Profa. Dra. Cláudia Tarragô Candotti.
A pesquisa tem como objetivo verificar a validade das medidas do ART fornecidas pelo
smartphone, empregado com o auxílio de um dispositivo externo, em comparação
ao escoliômetro, bem como a reprodutibilidade dessas medidas.
As fases da pesquisa são:
1) Palpação e marcação dos processos espinhosos da coluna lombar e torácica do
seu filho(a) usando um lápis de olho.
2) Será realizado com seu filho(a) o teste de Adams e o Stiffness Scoliosis Test (SST).
No primeiro ele(a) ficará em pé, de costas para o avaliador e com as mãos unidas, realizará
o movimento de flexão da coluna (dobrar o tronco para frente) até máximo que conseguir
sem dobrar os joelhos, e depois deve retornar à posição inicial. No segundo ele realizará o
movimento de inclinação lateral após fazer o movimento de flexão da coluna solicitado no
teste de Adams Durante a execução, o avaliador poderá pedir para que ele pare de executar
o movimento, a fim de realizar a medição da rotação do tronco e da rigidez da curva com
o escoliômetro e com o smartphone.
3) Após a avaliação serão retiradas as marcações feitas na pele com um lenço
umedecido e a avaliação será repetida por outro avaliador. Todos esses procedimentos da
pesquisa serão repetidos em um intervalo de 2 a 10 dias, a combinar com você.
Como riscos, ressalta-se que o processo de palpação pode vir a gerar algum
desconforto nas costas e que o teste de dobrar a coluna para a frente pode cansar seu
filho(a). Para minimizar esses riscos, seu filho(a) poderá descansar a qualquer momento
durante o teste. Como benefício, seu filho(a) receberá um laudo com o resultado da sua
avaliação. Ainda, a participação de seu filho(a) nesse estudo poderá contribuir com o
desenvolvimento de um novo método científico que visa facilitar a avaliação da escoliose.
É importante ressaltar que está assegurado o sigilo das informações, bem como sua
autonomia em retirar a qualquer momento o consentimento de participação do seu filho(a),
sem prejuízo de qualquer natureza. Todas as despesas necessárias para a realização dessa
pesquisa são de responsabilidade da pesquisadora responsável. Ressarcimentos com as
despesas referentes ao deslocamento para a pesquisa (passagens de ônibus) poderão
ocorrer mediante combinação previa com a pesquisadora.
Qualquer dúvida que você tiver, você pode falar com a Profa. Dra. Cláudia Tarragô
Candotti pelo telefone (51) 3308-5861 ou diretamente com a fisioterapeuta Isis Navarro e a
estudante Camila Braga, que estarão presentes na sua avaliação. Possíveis dúvidas quanto
aos aspectos éticos da pesquisa, podem ser esclarecidas diretamente no Comitê de Ética e
Pesquisa da UFRGS, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h pelo telefone
(51) 3308.3738 ou no endereço Av. Paulo Gama, 110, Sala 311, Prédio Anexo I da Reitoria -
Campus Centro, Porto Alegre/RS.
Este documento será impresso e assinado em duas vias, sendo que uma delas será
entregue a você e a outra será arquivada pelo pesquisador responsável.
Desde já agradecemos a sua participação e colocamo-nos à disposição para maiores
informações. Se você concordar que seu filho(a) participe, assine abaixo:
Nome do Participante _____________________
Nome do responsável: _________________________Assinatura _____________________
Pesquisador responsável: Cláudia Tarragô Candotti Assinatura ____________________

Porto Alegre, ____/____/____


28

APÊNDICE E
Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE)

Você está sendo convidado a participar da pesquisa “Validação do smartphone


associado a um dispositivo externo para medição do ângulo de rotação do tronco (ART) e da
rigidez da curva”. O pesquisador responsável é a Profa. Dra. Cláudia Tarragô Candotti. Nós
já explicamos tudo para os seus pais ou responsáveis sobre o que vamos fazer nessa
pesquisa e eles permitiram que você participasse. Mas mesmo que eles tenham autorizado
você só irá participar ser você quiser.
Nós estamos fazendo um estudo para ver se o celular consegue medir bem a
curva da sua coluna e conferir se essa medida é igual à que é feita por outro equipamento,
chamando escoliômetro. Nessa pesquisa só terão pessoas com idades de 10 a 17 anos e
ninguém vai saber que você está participando dela.
Primeiro nós vamos riscar a sua coluna com um lápis de olho, depois vamos
fazer dois testes, chamados de Teste de Adams e Stiffness Scoliosis Test (SST). No
primeiro teste você vai ficar em pé de costas para a pessoa que vai te avaliar e fazer o
movimento de dobrar toda a coluna para frente, já no segundo teste você fará uma
inclinação para o lado após realizar o mesmo movimento do teste anterior. Em alguns
momentos pode ser pedido que você pare de fazer o movimento para poder medir a sua
coluna com o celular e com o equipamento escoliômetro. Depois disso, o teste será repetido
por outro avaliador e você pode ir para casa. Todos esses procedimentos da pesquisa serão
repetidos em um intervalo de 2 a 10 dias, a combinar com você e seus responsáveis.
Pode ser que você sinta algum desconforto por causa do movimento de dobrar a
coluna para a frente ou pela marcação da sua coluna com o lápis. Você poderá avisar e o
teste será interrompido para você descansar. Você receberá um laudo com o resultado da
sua avaliação.
Qualquer dúvida que tiver você pode falar com a Profa. Dra.
Cláudia Tarragô Candotti pelo telefone (51) 3308-5861 ou diretamente com a fisioterapeuta
Isis Navarro e a estudante Camila Braga, que estarão presentes na sua avaliação. Possíveis
dúvidas quanto aos aspectos éticos da pesquisa, podem ser esclarecidas diretamente no
Comitê de Ética e Pesquisa da UFRGS, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às
17h pelo telefone (51) 3308.3738 ou no endereço Av. Paulo Gama, 110, Sala 311, Prédio
Anexo I da Reitoria - Campus Centro, Porto Alegre/RS.

( ) ACEITO PARTICIPAR DA PESQUISA


( ) NÃO ACEITO PARTICIPAR DA PESQUISA

Nome do Participante________________________
Assinatura ________________________________
Pesquisador responsável: Cláudia Tarragô Candotti
Assinatura _____________________

Porto Alegre, ____/____/____

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