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UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

ANDRESSA OLIVEIRA GUIMARAES


BEATRIZ QUATROQUI BARBOSA
BRENDA STÉFANE DO PRADO GONDIM
KAROLAYNE PEREIRA SILVA
LETICIA DE JESUS SILVA
NADIA GOMES DE MORAES CAMPOS
DAMASCENO

ANAMNESE, EXAME CLÍNICO E


EXAMES COMPLEMENTARES.

RIO VERDE-GO
2023

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ANDRESSA OLIVEIRA GUIMARAES
BEATRIZ QUATROQUI BARBOSA
BRENDA STÉFANE DO PRADO GONDIM
KAROLAYNE PEREIRA SILVA
LETICIA DE JESUS
NADIA GOMES DE MORAES CAMPOS
DAMASCENO

ANAMNESE,
EXAME CLINICO E
EXAMES COMPLEMENTARES

Atividade avaliativa apresentada no curso de


Odontologia, da Universidade de Rio Verde - GO
com a finalidade de obter nota parcial na disciplina
de protese fixa.
Professor: Me. Marcelo Pasini

RIO VERDE-GO
2023

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RESUMO
Para a realização de um atendimento adequado é necessário seguir um passo a passo
para obter todas as informações necessárias para a conclusão de um prognostico. O
exame clínico é o primeiro passo, nele realiza-se a anamnese que é o preenchimento
de uma ficha com todas as informações pessoais do paciente, como nome, idade,
sexo, cor, estado civil, profissão, endereço, suas queixas principais, seu histórico de
doença atual, histórico buco dental, histórico médico, seus antecedentes familiares e
os hábitos nocivos e higiênicos. Após a obtenção desses dados o cirurgião dentista
realizará o exame físico que é composto pelo exame extra oral e intraoral , no exame
extraoral serão analisados a inspeção, palpação, auscultação, percussão, olfação,
alteração na DV, suporte de lábio, linha do sorriso e hábitos parafuncionais .Já no
exame intraoral será avaliado os tecidos moles, dentes, estética, oclusão ,periodonto,
número e disposição dos dentes, inclinação, tamanho da coroa clinica, vitalidade
pulpar, mobilidade, distancia biológica e exame da área edêntula. Por fim, caso seja
necessário com base nas informações obtidas anteriormente será solicitado os
exames complementares que são constituídos por radiografias, montagem do modelo
de estudo no articulador, testes químicos, exames laboratoriais e biopsia

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Sumário
1-INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5
2-EXAME CLÍNICO .............................................................................................................................. 6
2.1-ANAMNESE: ................................................................................................................ 6
3-EXAME FÍSICO: ................................................................................................................................ 6
3.1- EXAME EXTRAORAL ................................................................................................. 6
3.1.1- Inspeção: ............................................................................................................................ 6
3.1.2- Palpação: ............................................................................................................................ 6
3.1.3- Auscultação:....................................................................................................................... 7
3.1.4- Percussão:.......................................................................................................................... 7
3.1.5- Olfação:............................................................................................................................... 7
3.1.6- Alteração na DV: ............................................................................................................... 7
3.1.7- Suporte de lábio: ............................................................................................................... 8
3.1.8- Linha do sorriso: ................................................................................................................ 8
3.1.9- Hábitos parafuncionais: .................................................................................................... 8
4- EXAME INTRAORAL: .................................................................................................... 8
4.1- Avaliação dos tecidos moles- sequência: ......................................................................... 8
4.2- Avaliação dos dentes: .......................................................................................................... 9
4.3- Estética: ................................................................................................................................. 9
4.4- Oclusão: ................................................................................................................................. 9
4.5- Periodonto: ............................................................................................................................ 9
4.6- Número e disposição dos dentes:...................................................................................... 9
4.7- Inclinação ............................................................................................................................. 10
4.8- Tamanho da coroa clínica: ................................................................................................ 10
4.9- Vitalidade pulpar: ................................................................................................................ 10
4.10- Mobilidade: ........................................................................................................................ 10
4.11- Distâncias biológicas: ...................................................................................................... 10
4.12- Exame da área edêntula: ................................................................................................ 10
5- EXAMES COMPLEMENTARES: ................................................................................................ 10
5.1- Radiografias: ............................................................................................................. 10
5.2- Montagem do modelo de estudo no articulador: ........................................................ 11
5.3- Testes químicos: ....................................................................................................... 11
5.4-Teste de vitalidade pulpar: ......................................................................................... 11
5.5- Biópsias: ................................................................................................................... 11
6- CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 12
7- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: .......................................................................................... 13
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1-INTRODUÇÃO
O trabalho é composto pela importância da realização da anamnese, exames clínicos
e exames complementares para obtenção de um diagnostico correto. Além disso, será
exposto as particularidades de cada etapa e como deverão ser realizadas.Com base
nessas informações obtidas por essa ordem de procedimentos o cirurgião dentista
conseguirá adquir as informações necessárias para a realização do seu trabalho com
maior exatidão.

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2-EXAME CLÍNICO
Conceito: trata-se da coleta de dados que constituirão a base para o diagnóstico e
divide-se em: Anamnese (exame subjetivo) e Exame físico (exame objetivo).

2.1-ANAMNESE:
Conceito: grego “anamnésis”, recordação, reminiscência, na qual o paciente relatará
sua percepção sobre os sinais e sintomas.
Finalidade: a obtenção de todas as informações, presentes e passadas, que possam
ser uteis na elaboração do diagnóstico, prognóstico, planejamento terapêutico e
proservação.
Ficha de anamnese deve incluir:

● Identificação do paciente (nome, idade, sexo, cor, estado civil, profissão, endereço)
● Queixa principal (relatada pelas palavras do paciente)
● História da doença atual – H.D.H. (histórico completo e detalhado da queixa do
paciente)
● História buco dental (antecedente estomatológico, histórico das ocorrências buco-
dentárias: visitas ao dentista, tratamentos realizados, hábitos e dores na região da
ATM).
● História Médica (informações detalhadas sobre as doenças de caráter sistêmico)
● Antecedentes Familiares (busca de eventual doença herdada ou com tendência
familiar).
● Hábitos nocivos e higiênicos (tabaco, alcoolismo)

3-EXAME FÍSICO:
Conceito: onde o profissional irá descrever detalhadamente os sinais e pesquisará os
sintomas relatados pelo paciente. O exame físico, por sua vez, divide-se em exame
extraoral e intraoral.

3.1- EXAME EXTRAORAL


Manobras semiotécnicas aplicada á protese fixa:

3.1.1- Inspeção:
Avaliação visual, descrição detalhada das características encontradas. Observa-
se aspectos faciais e alterações na fala, procurando verificar características, tais
como, alterações na DV, suporte de lábio, linha do sorriso e hábitos parafuncionais.

3.1.2- Palpação:
deve abranger estruturas extraorais (cadeias linfáticas) e intraorais (palpação dos
tecidos de suporte).
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3.1.3- Auscultação:
Verificar estalidos da ATM e aferir a pressão arterial.

3.1.4- Percussão:
Utiliza-se a percussão horizontal e vertical para avaliar a condição inflamatória da região
periapical (avalia a mobilidade e sensibilidade).

3.1.5- Olfação:
Utilizado para obter as alterações das halitoses, do uso de bebidas alcoólicas, o
odor cetônico dos diabéticos descompensados, o odor pútrido das necroses
teciduais, entre outros.

3.1.6- Alteração na DV:


A DV pode estar diminuída ou aumentada, quando ocorre a diminuição podemos
observar um aspecto fácil, como:

● Atrição acentuada ou perda de contenção posterior


● Redução do terço inferior da face
● Projeção do mento
● Intrusão dos lábios
● Aprofundamento dos sulcos nasogenianos.
● Acúmulo de saliva nas comissuras labiais e consequentemente queilite angular.
● Sintomatologia articular
● Sensibilidade dentária
● Dificuldade na fonética
● Vestibularização dos dentes
Nos casos em que há um aumento da DV, pode-se encontrar:

● Face demasiadamente alongada;


● Sintomatologia muscular decorrente de estiramento das fibras musculares e dos
ligamentos;
● Sensibilidade dentária decorrente de forças traumas.
● Dificuldade de deglutição e mastigação
● Alteração da fala

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3.1.7- Suporte de lábio:
Em casos em que há a grande perda de estrutura do rebordo alveolar na região
anterior a estética rosa pode ficar prejudicada, logo, é imprescindível alertar o paciente
sobre a necessidade de um aumento cirúrgico do rebordo por meio de enxerto ósseo
ou de tecido conjuntivo. Caso a cirurgia seja contraindicada ou o paciente não aceite
submeter‑se a ela, pode‑se usar uma gengiva artificial removível (feita de resina
acrílica em laboratório) ou fixa (feita de cerâmica na cor rosa).

3.1.8- Linha do sorriso:


A linha do sorriso trata-se da composição harmônica do lábio superior em relação aos
incisivos superiores durante um sorriso natural e completo, sendo classificada como
alta, média ou baixa. A linha alta ocorre quando o lábio adota uma posição mais
elevada, expondo uma grande faixa de gengiva, sendo considerado o sorriso
“gengival”. Já a linha média, ocorre quando há a exibição e todos os dentes superiores
anteriores e exposição somente da papila interdental. Por fim, a linha baixa ocorre
quando o lábio recobre completamente ou parte dos dentes superiores e pode dar
uma aparência de envelhecimento.

3.1.9- Hábitos parafuncionais:


É comum descobrir que o paciente apresenta algum tipo de hábito parafuncional,
como morder o lábio ou a bochecha ou fazer um movimento contínuo dos lábios para
umedecê-los, sem que tenha consciência disso.

4- EXAME INTRAORAL:
A queixa principal do paciente deve ser avaliada neste momento, embora um exame
sistemático de toda a cavidade bucal deva ser feito.

4.1- Avaliação dos tecidos moles- sequência:


I. Lábio inferior;
II. Lábio superior;
III. Mucosa do lábio inferior e sulco;
IV. Mucosa do lábio superior e sulco;
V. Comissuras, mucosa jugal e sulcos;
VI. Rebordo alveolar (bucal);
VII. Rebordo alveolar (lingual):
VIII. Rebordo alveolar frontal com a lingua em posição de repouso;
IX. Colocar a língua para fora da boca ( o examinador fica segurando);
X. Bordas da língua (segurada pelo examinador);
XI. Ventre da língua e assoalho da boca;
XII. Assoalho da boca (com a boca bem aberta);
XIII. Palato mole e duro (boca bem aberta, cabeça inclinada para trás)

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4.2- Avaliação dos dentes:
Presença de cárie e restaurações -principal causa de perda da PPF devido a
higienização e a má adaptação;
A linha de cimento- espessura ideal é de até 50 μm, mas clinicamente até 120 μm;
Perfil de emergência: forma/ angulação de como o dente sai da gengiva, ou seja, a
coroa deve emergir reta do sulco gengival sem causar pressão no epitélio sulcular
(sempre evitar o sobrecontorno, pois este devia o alimento da gengiva, mas acumula
resíduo);
Nível de preparo: o nível do termino do preparo dentro do sulco gengival é muito
importante, pois quanto mais intrasulcular o preparo no termino cervical, maior será a
probabilidade de ocorrem alterações devido ao desrespeito com relação as medidas
biológicas;
Ameias cervicais: devem proporcionar espaço para acomodar as papilas gengivais,
facilitando a higienização (1-1,5 mm de distância entre os términos cervicais de dentes
adjacentes).

4.3- Estética:
Fatores como cor, forma, tamanho, textura dos dentes, linha média, fundo escuro da
boca, corredor bucal, grau de abertura das ameias incisais, plano oclusal, qualidade
do tecido gengival e necessidade ou não de gengiva artificial devem ser considerados
em relação à estética durante o exame do paciente.

4.4- Oclusão:
O exame da oclusão deve ser complementado por meio da análise dos modelos de
estudo, montados em articulador semiajustável (ASA) em máxima intercuspidação
habitual (MIH) e em relação cêntrica (RC). É fundamental a identificação de sinais de
colapso da oclusão, como mobilidade, perda do suporte ósseo e contatos oclusais
exagerados.

4.5- Periodonto:
De forma geral, os pacientes que procuram tratamento podem ser divididos em dois
grupos: Pacientes que não pertencem ao grupo de risco à doença periodontal e
pacientes que pertencem ao grupo de risco à doença periodontal. Para uma boa
adaptação da prótese o periodonto precisa estar saudável com 1-2mm de espaço
biológico. Para isso, é preciso fazer o exame de profundidade de sondagem, índice
de sangramento e índice de placa.

4.6- Número e disposição dos dentes:


A disposição dos dentes remanescentes no arco é mais importante que sua
quantidade. Em próteses extensas e/ou em dentes pilares com perda do suporte
ósseo, o ideal é que no mínimo um dente de cada segmento do arco (incisivos,
caninos e dentes posteriores) participe da prótese. O polígono de Roy trata-se da
união dos planos nos quais estão os dentes pilares. A união de dois ou mais planos
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possibilitarão uma maior estabilidade da prótese. Esse polígno nada mais é do que
um polígono de sustentação/estabilização da prótese.

4.7- Inclinação
Uma situação clínica frequente é a inclinação dos dentes em decorrência de perdas
dentárias, que resulta em uma desarmonia na posição dos dentes remanescentes que
pode inviabilizar a via de inserção da prótese.

4.8- Tamanho da coroa clínica:


O tamanho da coroa clínica está intimamente relacionado com o grau de retenção e
estabilidade da restauração protética.

4.9- Vitalidade pulpar:


Dentes com tratamento endodôntico são enfraquecidos, portanto, não devem ser
utilizados como pilares.

4.10- Mobilidade:
O exame subjetivo da mobilidade é executado com o cabo do espelho bucal apoiado
em uma face e um dedo ou outro instrumento apoiado na face oposta.

4.11- Distâncias biológicas:


A presença de uma faixa adequada de mucosa ceratinizada é desejável, visto que
desempenha funções importantes para as outras estruturas. Ela é responsável pela
impermeabilização da área marginal gengival (por causa da ceratina), o que limita a
permeação de substâncias que potencialmente podem alterar o equilíbrio local

4.12- Exame da área edêntula:


Deve-se avaliar as características do rebordo e a possível necessidade de correção
cirúrgica com finalidade protética.

5- EXAMES COMPLEMENTARES:
Os exames complementares fornecem informações necessárias para a realização do
diagnóstico de uma determinada alteração ou doença. Vale ressaltar que a realização
ou solicitação de um exame complementar devem ser direcionar levando-se em
consideração os dados obtidos através da anamnese e exame físico, sabendo
exatamente o que pretendesse obter e conhecendo corretamente o valor e limitações
do exame solicitado.

5.1- Radiografias:
Usada para avaliar a presença de lesões ósseas, raízes residuais, anatomia radicular,
qualidade do tratamento endodôntico, reabsorções, trincas, espaçamento do
ligamento periodontal, lesão de cárie, entre outras
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5.2- Montagem do modelo de estudo no articulador:
Averiguar se tem extrusão, espaço suficiente, toque prematuro ou exagerado e
enceramento diagnóstico. A montagem do modelo no articular possibilita realizar um
planejamento e permite o cirurgião ilustre ao paciente as modificações que podem ser
realizadas nos dentes para melhor atender as expectativas do paciente e do operador.
Além disso, permite tirar dúvidas em relação ao espaço protético ou estético (se um
dente muito grande vai ficar esteticamente legal, antes de começar a fazer o
tratamento.

5.3- Testes químicos:


Para ver questão de salivação do paciente, avaliar propensão à cárie, a qualidade
tampão daquela saliva.

5.4-Teste de vitalidade pulpar:


É um procedimento que visa detectar se o órgão dentário do paciente precisa passar
por uma terapia pulpar ou não. O mais comum é o teste térmico que tem como objetivo
estimular o possível dente afetado com temperaturas quentes ou frias, enquanto o
dentista observa as reações do paciente

5.5- Biópsias:
Biópsia consiste na remoção de um fragmento de tecido de um paciente para
avaliação das alterações eventualmente presentes. Na maioria dos casos a biópsia é
solicitada para averiguar alterações suspeitas nas células

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6- CONCLUSÃO
Por meio desse trabalho foi exposto os procedimentos primordiais para o inicio de
um atendimento, em que servirão de base para elaboração do diagnóstico,
prognóstico, planejamento terapêutico e proservação.O detalhamento desses
passos demonstram qual importante é cada pergunta e ação do profissional para
conseguir fechar um diagnostico correto.

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7- REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

TOMMASI, Maria Helena M.; Diagnostico em Patologia Bucal, 4º ed. , 2014


PEGORARO LF et al. Prótese Fixa. Bases para o planejamento em Reabilitação Oral.
ROSENSTIEL, S.F., LAND, M.F; FUJIMOTO, J. Prótese Fixa Contemporânea. 3ª Ed.
São Paulo, Livraria Editora Santos, 2005

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