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REFLEXÕES QUANTO ÀS MOTIVAÇÕES DOS ALUNOS DA LICENCIATURA EM


FÍSICA DA UFAC PARA PARTICIPAR DOS PROGRAMAS: PIBID E RESIDÊNCIA
PEDAGÓGICA
Bianca Martins Santos1
Suziane Lima do Nascimento2
Eloi Benicio de Melo Junior3
Marcelo Castanheira da Silva4

Resumo
Esse trabalho tem como objetivo investigar as motivações que levaram os licenciandos em
Física a se inscreverem no PIBID e no Programa de Residência Pedagógica da Universidade
Federal do Acre (UFAC). Um questionário foi aplicado a 45 alunos do PIBID e a 14 alunos
da Residência. Os resultados obtidos mostraram que os principais motivos alegados por terem
feito a inscrição foram à oportunidade de poder experimentar a docência, de receberem uma
bolsa de estudos e de aperfeiçoarem os conhecimentos. Os licenciandos mencionaram a
importância de associar os fatos cotidianos, problemas ambientais e sociais, concepções do
universo e dar atenção aos estudantes das escolas com relação ao ensino de Física. As
conclusões revelaram que os referidos programas poderiam propiciar aos graduandos um
aperfeiçoamento na formação docente e no conhecimento da realidade do ambiente escolar.
Palavras-chave: PIBID. Residência Pedagógica. Formação de licenciandos em Física.

Introdução

A preocupação com a formação docente é um dos pilares para um correto


planejamento estratégico voltado à formação de futuros professores. Segundo Favero (2002) é

1
Pós-Doutora em Física Nuclear e Doutora em Física pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Mestre em
Engenharia Nuclear pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e Licenciada em Física pela Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Professora Adjunta na Universidade Federal do Acre (UFAC),
Campus Rio Branco. E-mail: bianca8ms@gmail.com
2
Licencianda em Física da Universidade Federal do Acre (UFAC). Bolsista do Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação à Docência (PIBID) da UFAC. E-mail: suzianelima05@gmail.com
3
Mestrando em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUCRJ), Licenciado em Física
pela Universidade Federal do Acre (UFAC). E-mail: eloi.junior.j@gmail.com
4
Doutor e Mestre em Física pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Especialização em Planejamento,
Implementação e Gestão da Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Licenciado em
Física pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professor Adjunto da Universidade Federal do Acre
(UFAC), Campus Rio Branco. E-mail: mar_castanheira@yahoo.com.br

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no processo de formação docente que novos conhecimentos são adquiridos dentro da


perspectiva de aperfeiçoá-los, os mesmos conhecimentos que serão utilizados na carreira
profissional. A formação da personalidade do futuro professor é modelada ao longo da
formação inicial, no curso de graduação em licenciatura. Ainda nesta perspectiva, destaca-se
que o formando professor aprenderá a ensinar, inspirar e preparar novas personalidades. E no
decurso de sua preparação são confrontadas as próprias ideias concebidas, antes da vida
acadêmica, com a diversidade de ideias propostas no ambiente acadêmico, bem como a
reflexão sobre os exemplos de metodologias, abordagens de conteúdos, entre outras
qualidades que envolvam a prática docente, dos seus respectivos formadores, apresentados de
maneira direta e indireta.

O formador de licenciandos deve saber que uma boa função inicial de professores vai
muito além de repassar o conteúdo, já que o preparo dos discentes é dirigido a um ambiente
distinto da universidade, com desafios diferentes e, na maioria dos casos, com outra
impressão da que tinha ao término do ensino médio. O choque proveniente do que é feito e do
que deve ser feito, especificamente quanto ao papel do professor no ensino médio, é
necessário na formação do docente, não podendo limitar essa responsabilidade apenas as
disciplinas pedagógicas. É reconhecível também que muitos formadores, especialmente no
caso dos cursos de Ciências da Natureza e Exatas, lecionam os conteúdos das ementas das
disciplinas de maneira tradicional, ocasionalmente de maneira adversa a proposta formativa
de um curso de licenciatura (NETO; SILVA, 2018; AREVALO; TERRAZZAN, 2013).

No contexto de formação inicial de professores de Física, Borges (2006) destaca que


se deve formar mais, porém deve-se priorizar a qualidade na formação. Além disso, é
conhecido o fato de que “uma formação inicial baseada na prática pluralista e em atividades
que envolvem a prática reflexiva, o lúdico e o uso de tecnologias pode contribuir para uma
melhor capacitação de professores de Física” (PEREIRA; FUSINATO; GIANOTTO, 2017).
Trata-se de ter um olhar mais delicado para os problemas reais enfrentados na educação
básica, trazer tais situações para o ambiente acadêmico dentro dos cursos de licenciatura e
abordá-los de forma completa. Provocar a aproximação entre escola e universidade, para que
o diplomado e apto a atuar como professor de alguma componente curricular na educação
básica tenha plenas condições de atuar como docente, sem grandes surpresas ou despreparo.

A interação entre teoria e prática foi defendida por Pimenta (2002), cujas
investigações foram feitas no campo da didática e prática de ensino. Fica claro que a prática
docente tem um relevante significado na formação dos futuros professores, porém deve estar

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alicerçada em conhecimentos pedagógicos e específicos. Tudo isso associado à percepção e


tato com a realidade escolar e social que o docente formado encontrará no mercado de
trabalho.

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) surgiu em 2007,


elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) com auxílio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES). Como disposto no sítio eletrônico
da CAPES (2018a), “o programa é uma ação que visa proporcionar aos discentes na primeira
metade do curso de licenciatura uma aproximação prática com o cotidiano das escolas
públicas de educação básica e com o contexto em que elas estão inseridas”. Entre os
objetivos, destacam-se o incentivo a formação de professores, a inserção dos licenciandos no
cotidiano escolar e a articulação entre teoria e prática. No contexto específico de formação
inicial de professores de Física, Garcia e Higa (2012, p. 178) apresentam reflexões de que o
PIBID sinaliza uma “valorização da formação, do trabalho e do desenvolvimento profissional
do docente”.

Em particular, na Universidade Federal do Acre (UFAC), o contexto estudado por este


trabalho, o PIBID teve a participação integral no programa com todas as licenciaturas do
Campus Sede (Rio Branco/AC) no ano de 2017. Como apresentado por Santos e coautores
(2018), por iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) em articulação com a
Reitoria da universidade foi possível contemplar o programa para todas as licenciaturas
existentes ampliando o programa com recursos da própria universidade para os cursos de
Física, Letras/Libras e Artes Cênicas, concedendo bolsas de quatrocentos reais apenas para
dez alunos em cada um desses cursos.

Sobre os resultados desta edição do programa, especificamente para o subprojeto de


Física, obtiveram-se bons resultados, como o ingresso de três egressos do programa na
formação continuada (mestrado acadêmico em Física ou profissional em ensino de Física);
bem como a afirmação sobre a escolha da carreira docente, pois quatro alunos recém
formados que participaram do PIBID já atuam como docentes. Além disso, o programa trouxe
muitas práticas didáticas, vivenciada pelos graduandos, que geraram alguns artigos científicos
(SANTOS; GOMES; SOUZA, 2018; AMORIM; et. al., 2018; GOMES; CARMO; SANTOS,
2018; REIS; et. al., 2018) e trabalhos publicados em anais de eventos (SANT´ANA; BRASIL;
SANTOS, 2018; ROSAS; SOUZA; SANTOS, 2018).

Motivado pela necessidade de aperfeiçoamento da formação de professores, o MEC


através da Política Nacional de Formação de Professores renovou o PIBID como programa de
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valorização do magistério e instituiu o Programa de Residência Pedagógica, ambas as ações


em 2018. Como consta no sítio eletrônico da CAPES (2018b), o programa de residência
pedagógica tem como objetivo inserir o licenciando na realidade escolar a partir da segunda
metade do curso, de modo que, esta ação pode auxiliar para uma melhor formação. Pelo fato
do programa ser para alunos que estão na segunda metade do curso, este se difere do PIBID,
que visa à imersão da realidade de discentes na metade inicial do curso.

A Residência Pedagógica tem um perfil similar às ementas das disciplinas de estágio


supervisionada, de tal maneira que os ingressantes nesse programa podem conciliar as duas
atividades. O programa tem como objetivos centrais: aperfeiçoar a formação dos discentes do
curso de licenciatura e o fortalecimento, ampliação e consolidação da relação entre a
Instituição de Ensino Superior e a escola pública.

O entendimento das contribuições da formação inicial dos professores para os


impasses enfrentados na inserção da ocupação profissional, de egressos do curso de
Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso - Campus Naviraí, foram investigados
por Ciríaco e Costa (2016). Eles concluíram que no começo de carreira predomina um clima
de insegurança e instabilidade derivado da falta de reconhecimento e apoio ao professor
novato. Na direção de incentivar a escolha profissional pela carreira do magistério, bem como
possibilitar uma melhor formação, o PIBID estaria a partir do ano de 2018 direcionado aos
períodos iniciais da licenciatura e em sequência, os graduandos vivenciariam a prática docente
de forma mais efetiva participando da Residência Pedagógica, nos semestres finais do curso.
Certamente, ambos os programas podem colaborar para minimizar esses sentimentos de
insegurança e instabilidade do docente recém formado e em início de carreira, dado que
representa uma oportunidade a mais, além do estágio supervisionado, ao pibidiano e ao
residente de estar participando das atividades escolares, lembrando que serão acompanhados
diretamente por um professor da própria escola, denominado preceptor para a Residência
Pedagógica e supervisor para o PIBID, assim como o acompanhamento de um professor
coordenador do projeto, docente da universidade (orientador ou coordenador do projeto,
respectivamente para a Residência e PIBID).

No Programa Residência Pedagógica da Universidade Federal do Acre (UFAC)


participam 264 bolsistas residentes, 42 voluntários residentes, 33 professores preceptores
(escolas parceiras) e 12 professores orientadores (UFAC), sendo que o investimento total,
gerido pela CAPES, é de aproximadamente R$ 2,2 milhões (UFAC, 2019). Os cursos de
licenciatura contemplados foram Artes Cênicas, Ciências Biológicas, Educação Física,

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História, Língua Inglesa, Matemática, Pedagogia, Física e Química. Cada área tinha que
selecionar três professores receptores de escolas públicas e 30 alunos residentes, onde 24
seriam bolsistas e os demais voluntários.

Os cursos de Química e Física da Residência Pedagógica da UFAC não conseguiram


selecionar o quantitativo mínimo de 24 alunos residentes, exigência da CAPES para terem
subprojetos independentes, portanto criaram um subprojeto multidisciplinar de Física e
Química, constituindo de oito alunos bolsistas, dois voluntários e um preceptor para a
Química e dezesseis bolsistas, quatro voluntários e dois preceptores para a Física. Esse
subprojeto visa aperfeiçoar a formação inicial dos licenciandos de Física e Química, através
da imersão na escola e realização de atividades que deem ênfase à prática docente, procurando
encontrar, junto com o docente da escola, soluções e alternativas para o ensino das referidas
disciplinas.

A reformulação do PIBID na UFAC em 2018, para atender os novos parâmetros da


Capes do vigente ano, trouxe o alcance de atender licenciaturas do Campus Floresta (Cruzeiro
do Sul) com os cursos de: Letras Espanhol, Letras Inglês, Pedagogia e Licenciatura
Intercultural Indígena; bem como no Campus Sede (Rio Branco) com os cursos de Biologia,
Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História (matutino), História (noturno), Letras
Inglês, Letras Português, Matemática, Matemática EAD, Pedagogia e Química. Cada núcleo
de subprojeto têm um coordenador de área, três professores supervisores e trinta acadêmicos
da primeira metade do respectivo curso, onde vinte e quatro são bolsistas remunerados e seis
são bolsistas voluntários, organização similar a da Residência Pedagógica.

Entende-se que o incentivo a formação de professores e a inclusão dos licenciandos no


cotidiano da escola é um grande desafio enfrentado pela sociedade, considerando que há
diversos fatores que podem influenciar, como as condições estruturais e administrativas das
instituições, baixos salários, segurança, entre outros. Entretanto, vale destacar a importância
dos programas citados que objetivam de forma resumida melhorar a formação inicial de
professores, valorizar o magistério e aproximar a universidade da escola de educação básica.

Neste contexto, a UFAC adotou como processo de seleção para alunos residentes e
pibidianos, bem como para professores preceptores e supervisores, a abertura de edital. E para
o encaminhamento das atividades iniciais dos alunos nos programas, analisou-se por meio de
questionário a motivação para a participação deles nos programas. Assim, o presente trabalho
tem por objetivo apresentar e trazer reflexões sobre as motivações dos estudantes da
licenciatura em se inserir nas atividades dos subprojetos da área de Física para o PIBID e
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Residência Pedagógica.

São apresentados a seguir resultados sobre o questionário aplicado aos 45 alunos que
se inscreveram para participar do PIBID. Vale ressaltar que o núcleo de física do PIBID
incluiu apenas 30 alunos conforme as orientações da Capes, entretanto 45 acadêmicos da
licenciatura que possuíam menos de 50% do curso concluído ou estavam entre o 1° ao 4°
período da graduação demonstraram interesse em participar do PIBID ao realizarem a
inscrição.

Além desses, são apresentados os resultados para o questionário aplicado a 14 alunos


que ingressaram no programa de Residência Pedagógica. No caso específico da Residência
pedagógica, a orientação da Capes para participação no programa era ter concluído de mais de
50% do curso ou estar entre o 5° ao 8° período da graduação, assim, o núcleo de física contou
com a participação de apenas 20 alunos. Destaca-se aqui um breve esclarecimento, embora o
núcleo da Residência Pedagógica tivesse 20 alunos, apenas 14 responderam o questionário,
pois seis estudantes faltaram no dia de sua aplicação.

Metodologia

O presente trabalho tem como principal objetivo analisar o questionário (Quadro 1)


aplicado aos alunos matriculados no curso de licenciatura em Física da UFAC, que se
inscreveram no edital para o processo seletivo de cadastro de reserva de bolsas de Iniciação à
Docência e no edital de seleção de discentes para o Programa Institucional de Residência
Pedagógica, no mês de junho de 2018. O público alvo eram os graduandos do 1º ao 4º
período, que se inscreveram para o PIBID, bem como os alunos do 5º período em diante, que
se inscreveram para a Residência Pedagógica.

O questionário, observado no Quadro 1, foi aplicada aos 45 alunos que se inscreveram


para o PIBID, onde no momento da inscrição os candidatos deveriam entregar este item
preenchido como parte dos documentos previstos para inscrição no Edital Prograd nº 27/2018
(UFAC, 2018a). O mesmo questionário também foi aplicado a 14 alunos do Programa
Residência Pedagógico selecionado pelo Edital nº 28/2018 (UFAC, 2018b), que
compareceram na reunião do grupo no dia 17 de setembro de 2018, dado que faltaram seis de
um total de vinte. Esse questionário buscava investigar as motivações individuais dos
estudantes para desejarem participar do programa; a razão da escolha pelo curso de
licenciatura em Física; identificar se havia interesse em atuar como bolsista e/ou voluntário

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nos programas; verificar se pretendiam atuar na docência depois da conclusão do curso; além
de avaliar se os graduandos teriam alguma ideia sobre as formas que um professor de Física
da educação básica poderia contribuir na formação de estudantes atuantes na sociedade em
que vive.

Quadro 1: Questionário aplicado aos acadêmicos, candidatos do PIBID e da Residência Pedagógica


1 - Escreva, em ordem de importância, as três principais motivações para participar do Programa.

1ª Motivação:
2ª Motivação:
3ª Motivação:
2 - O que o(a) motivou a escolher o curso de licenciatura em Física da UFAC?

3 - Tem interesse em atuar no Programa:


( ) Somente como bolsista. ( ) Como bolsista ou voluntário. ( ) Somente como voluntário.

4 - Pretende atuar como professor após a conclusão do curso?


( ) Magistério será minha primeira opção profissional.
( ) Magistério será minha opção profissional caso não tenha sucesso em outra escolha.
( ) Magistério será minha última opção profissional.
( ) Não pretendo atuar como docente.
( ) Atuar como docente para complementar minha atividade profissional.
5 - De que modo o professor de Física da educação básica pode contribuir para a formação de um
estudante atuante na sociedade em que vive?
Fonte: Elaborado pelos autores

O questionário continha cinco perguntas, dos quais duas eram de múltipla escolha e as
demais eram abertas. As perguntas abertas proporcionam aos participantes opinar sobre vários
pontos de interesse. A análise das respostas fornecidas nos questionários concentrava-se numa
abordagem de pesquisa qualitativa aplicada à educação (BOGDAN; BIKLEN, 1994). Todas
as respostas foram avaliadas, reunidas e apresentadas na seção seguinte.

Resultados e Discussões

Os resultados apresentados consistem na análise das respostas fornecidas pelos


estudantes da licenciatura em Física da UFAC ao ingressarem ou pleitearem o ingresso nos
programas PIBID e Residência Pedagógica. Na Figura 1 são apresentadas as motivações
apontadas pelos graduandos sem a distinção entre primeiro, segundo ou terceiro nível de
importância, como investigado no questionário (Quadro 1). Como os estudantes poderiam
citar mais de uma motivação, optou-se por apresentar os resultados percentuais, calculados
como a quantidade de indicação de certo item dividido pelo total de indicações de todos os
itens. Além disso, para análise desta pergunta aberta, elencaram-se eixos de respostas para

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melhor apresentação dos resultados, como: "Experimentar a docência"; "Remuneração da


bolsa"; "Aprimorar conhecimentos"; "Incentivo para estudar/aprender na prática"; "Docente
incentivou/Influência externa"; "Influência de parentes"; "Outros"; "Não respondeu".
Observou-se que os principais motivos indicados pelos participantes foram quanto ao fato de
poderem experimentar a docência, remuneração da bolsa e aprimorar os conhecimentos. Tais
resultados corroboram com os objetivos do programa de incentivar a docência, bem como o
de proporcionar a vivência em sala de aula ao professor durante a formação inicial.

Figura 1: Resultados sobre as motivações dos graduandos da licenciatura em Física de ingressarem nos
programas de PIBID e Residência Pedagógica

Fonte: dos autores

Este primeiro ponto de investigação propôs esclarecer as motivações para participação


nos programas. A título de exemplo, destacam-se a seguir as falas de dois alunos, que
remetem aos resultados apresentados, que o ensejo por experimentar a prática docente, a
remuneração da bolsa e aprimorar os conhecimentos são os principais motivos dos estudantes
a ingressarem no programa.

Aluno A (PIBID). 1ª Motivação: Para ter uma renda para ter um bom auxílio, para
continuar meus estudos na universidade. 2ª Motivação: Poder desenvolver meu
aprendizado, (...) poder ter mais coragem para poder desenvolver minha fala e o
medo de apresentação. 3ª Motivação: Tendo um conhecimento sobre um
conhecimento com todos os assuntos e os princípios sobre a física.
Aluno B (PIBID). 1ª Motivação: Por ser um excelente programa, o principal na
prática da docência, e que nos dá muitas oportunidades de aprendizado, mostra na
prática como ser um professor melhor. 2ª Motivação: Tive professores que fizeram
parte do programa, e que nos incentivaram muito, são ótimos profissionais, e que
nos mostravam o lado bom do professor. 3ª Motivação: A oportunidade de já fazer
parte da realidade de uma sala de aula, de conviver com meu futuro ambiente de
trabalho, para que eu possa me tornar um bom profissional.
Aluno C (Residência Pedagógica): 1ª Motivação: O fato de a residência pedagógica
nos preparar para a prática a docência. 2ª Motivação: O fato de poder contar como
horas de atividades acadêmicas curriculares. 3ª Motivação: Por ter uma bolsa.
Aluno D (Residência Pedagógica): 1ª Motivação: Ajudar no trabalho docente a ser

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realizado futuramente. 2ª Motivação: Reforçar o trabalho da disciplina na escola. 3ª


Motivação: Oportunidade de conhecer a realidade escolar na disciplina.

O desejo de ter um maior contato com a realidade escolar, a partir de outra


perspectiva, desta vez como docente em formação, salienta a necessidade que os discentes da
licenciatura têm em significar a importância de sua formação, através da atividade prática dos
conteúdos por eles estudados no decorrer do curso. Para os alunos na primeira metade do
curso, público alvo do programa de iniciação à docência, evidencia-se nas falas dos alunos um
desejo em realmente experienciar a docência, e ter de fato o contato com a realidade da
educação básica até mesmo para se descobrir na profissão escolhida. Este fato fica muito
evidente na fala do Aluno A (PIBID). Por outro lado, o desejo de experienciar a docência na
prática se verifica de modo muito mais intenso na Residência Pedagógica por atingirem
acadêmicos da segunda metade do curso e a eles serem oportunizados durante a formação, um
espaço para executarem a regência da turma. Em outras palavras, dado que presumivelmente
já estudaram os conteúdos básicos necessários para atender a demanda do currículo escolar do
ensino médio, aumenta-se a responsabilidade em desempenharem as práticas docentes dentro
do programa.

Quanto ao conteúdo é preciso, porém, ter um cuidado especial com esses alunos que
ingressaram nas escolas na esperança de se encontrar como docente e na expectativa de
propor alternativas de práticas educacionais aos alunos da rede estadual. A atenção devida
deve ser dada ao que alerta de Deimling e Reali (2018) que os alunos não devem desenvolver
atividades na escola sobre conteúdos que ainda não obtiveram contato na graduação. A
residência pedagógica, teoricamente, se mostra como uma opção para se evitar esse problema,
tendo em vista o que foi dito no último parágrafo.

Aprimorar os conhecimentos sobre a docência está ligado a experimentar a prática


docente, uma vez que ambos os desejos estão ligados à significação da profissão e
perspectivas de sua atuação na área do ensino. É importante destacar ainda, que essas
experiências podem motivar aos docentes em formação a adotar posturas diferentes das
encontradas ou vivenciadas anteriormente por ele. Tendo como pressuposto que cada
professor deixa uma impressão em seus alunos, e no caso em que tal estudante se torne um
futuro professor, trará consigo de bagagem as marcas deixadas por todos os docentes que já
teve, desde a educação básica, o nível médio ou ensino superior.

Outro ponto de investigação do questionário aplicado tratava-se de avaliar quais as


motivações que levaram os estudantes a escolherem o curso de licenciatura em Física. Na

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Figura 2 são apresentados tais resultados. As três escolhas pelo curso mais citadas, por alunos
de ambos os programas, foram à influência dos professores no ensino médio, o gosto pela
Física e por ser uma boa oportunidade profissional ou ter o desejo de ser docente.

Figura 2: Resultados sobre as motivações dos graduandos da licenciatura em Física para ingressarem no
curso.

Fonte: dos autores

Destacam-se a seguir algumas falas dos acadêmicos sobre a escolha do curso. Optou-
se por apresentar depoimentos de alunos recém chegados no curso, estudantes do 1° ou 3°
período da licenciatura, público alvo do PIBID.

Aluno 1: “Desde que conheci a física no ensino médio, tive bastante intimidade com
a disciplina, e então decidi querer aquilo para mim, recebi incentivo de meus
professores, tendo em vista que é uma área carente de profissionais, além de gostar
de repassar meus conhecimentos a outros.’’
Aluno 2: “Minha motivação se deve pela influência dos meus ex-professores de
física que fizeram-me, por sua vez apreciar essa disciplina.”
Aluno 3: “Escolheria qualquer licenciatura, mas meu colega sugeriu física e comecei
a cursar. Na licenciatura pretendo aprender a descrever meus conhecimentos e
repassar para outras pessoas, e também ver o resultado desse contato. ”
Aluno 4: “A possibilidade de poder dar aulas, orientar e desenvolver novos
conhecimentos foram os primeiros motivos a fazer-me escolher física.”
Aluno 5: “Por que acho o curso muito bom e tudo na vida do ser humano envolve a
física. E acho legal que a física busca compreender a natureza isso me atraiu para o
curso de física.”

Quanto ao interesse do graduando de participar só como bolsista ou só como


voluntário, ou em ambas as modalidades; verificou-se que um pouco mais da metade dos
pesquisados nos dois programas só participariam como bolsistas, conforme verificado na
Figura 3. A remuneração da bolsa como justificativa para ingressar no programa pode ser
vista como uma necessidade encontrada pelos discentes para a manutenção acadêmica e
permanência no curso. As dificuldades econômicas costumam atingir também diversos alunos

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de escolas públicas, sobretudo para os que possuem famílias em vulnerabilidade social,


podendo interferir negativamente no rendimento estudantil (JUNIOR; SILVA, 2017).

Figura 3: Resultados sobre a intenção dos acadêmicos de participarem do PIBID (esquerda) e


Residência Pedagógica (direita) só como bolsista, só como voluntário, ou em ambas modalidades.

Fonte: dos autores

Na questão sobre a perspectiva futura dos graduandos atuarem como professores, para
os alunos da Residência Pedagógica, dos 14 alunos, oito assinalaram que o magistério seria a
primeira opção profissional, o que endossa o supracitado desejo de adquirir experiência e
aprimorar os conhecimentos docentes. Outra opção que merece destaque, com três escolhas, é
a exercer a docência na complementação da atividade profissional, isso provavelmente indica
que alguns dos residentes já trabalham em outras ocupações ou que tem em mente trabalhar.
Um licenciando escolheu que o magistério seria a opção profissional caso não tivesse sucesso
em outra escolha e dois não responderam.

Para o grupo de alunos do PIBID, dos 45 que responderam o questionário para


cumprirem a exigência de se inscreverem no edital de seleção de iniciação à docência, 36
indicaram o magistério como primeira opção profissional; 6 afirmaram que o magistério será
a opção profissional caso não tenha sucesso em outra escolha; e 3 apontaram que pretendem
atuar como docente para complementar a atividade profissional. Destacam-se com este
resultado, a confirmação do interesse em exercer a profissão docente no futuro. Observa-se
que durante as atividades do programa, tem-se a oportunidade de amadurecer e aflorar ainda
mais o desejo de ser professor entre os estudantes.

Sobre o último ponto de interesse de investigação do questionário, mais


especificamente a pergunta “De que modo o professor de Física da educação básica pode
contribuir para a formação de um estudante atuante na sociedade em que vive?”. Entre o
grupo de 14 alunos da Residência Pedagógica, sete residentes mencionaram a importância de
relacionar a Física com acontecimentos do cotidiano, dos quais se destaca o relato:

Aluno X: “Quando ele instiga ou ensina os seus alunos a ver a Física não só como

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matéria, mas, como algo presente no nosso cotidiano, seja no ferver uma água ou na
queda de uma fruta da árvore, ou seja, a perceber que tudo na natureza faz parte do
ensino da física.”
Dois alunos ainda escreveram sobre a relevância da formação do caráter do estudante,
outros dois não entenderam a pergunta dando respostas sem sentido, enquanto um respondeu
de forma superficial, não respondendo efetivamente a questão. Quanto ao mesmo
questionamento, mas agora para o grupo do PIBID, destacam-se as falas:

ALUNO Y: “A Física é uma ferramenta essencial em sua forma de pensar e agir, ela
irá prepará-lo dentro de seus limites a formar um estudante capaz de lidar com crises
de energia, problemas ambientais, manuais de aparelhos, concepções de universo,
enfim decifrar símbolos, códigos, visando melhorar toda uma sociedade.”
ALUNO Z: “O professor pode mostrar que a Física é algo comum no cotidiano do
aluno, através de uma abordagem clara e exemplos concretos no seu dia a dia,
estimulando o conhecimento científico.”
ALUNO W: “Contribuir com o ensino que a Física proporciona. Mostrar que na
vida tudo que fazemos envolve a Física. Porque as pessoas não param para ver que
tudo que fazemos tem envolvido a Física. Sendo assim o professor poderia
compartilhar seus conhecimentos do curso com os alunos”.
“Como professor deve-se perceber que há uma orientação das relações entre o
estudante e a sociedade, sendo necessário não só ensinar o conteúdo da disciplina,
mas também como o estudante se depara com o mundo, moldando sua visão, ou
melhor, apresentando uma nova perspectiva ao estudante” (Aluno D).
“Acredito que os docentes precisam focar mais em cada aluno, em suas
dificuldades, seus complexos. Como a Física inclui muita matemática e as
disciplinas principais são de cálculo, as disciplinas pedagógicas são quase que
escassas e os alunos em sua maioria apresentam muitas dificuldades em sua escrita,
interpretação, fala formal e entre outras, isso sem mencionar as deficiências em
matemática básica. Acredito que uma melhor atenção nesse contexto de disciplinas
melhoraria o curso de Física e uma futura turma na educação básica” (Aluno E).

No cenário apresentado, é evidente que a contribuição do professor para um estudante


atuante na sociedade vai além de demonstrações experimentais e matemáticas da ciência. Do
ponto de vista curricular, o incentivo deve estar imerso, também, em conteúdos relacionados à
educação ambiental, uso e produção de energia, extração da matéria prima e exportação de
minerais. Os conteúdos trabalhados devem ir além de calcular a velocidade média de um
objeto em um movimento retilíneo. A Física tem importantes contribuições para o
desenvolvimento científico e tecnológico, restringir essas contribuições a cálculos de
resistividade elétrica e calor específico de um material, que em muitos casos é
contextualizado de maneira equivocada, é desperdiçar todo o potencial educacional, de
conscientização e de protagonismo que podem ter alunos da rede básica, no auge de sua
formação social e política.

A formação universitária deve estar solidificada no saber científico. No preparo dos


licenciandos é necessária também uma atenção para a formação social e política, tal fato foi

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de certa forma apontado por dois participantes da pesquisa, quando se referiram à formação
do caráter do estudante da educação básica.

Assim, os programas de PIBID e Residência Pedagógica visam à melhoria e o


aprofundamento da formação docente, inserindo o licenciando na rotina escolar para exercer
atividades colaborativas com o professor responsável (supervisor ou preceptor) na escola.

Considerações finais

A formação do futuro professor de Física se torna mais completa quando o licenciando


consegue pôr em prática os conhecimentos adquiridos da academia. Esse fato se concretiza
quando pode vivenciar as atividades quotidianas de um professor atuante em sala de aula,
assim como presenciar as rotinas aplicadas e desenvolvidas aos alunos de ensino médio. O
PIBID e a Residência Pedagógica representam essa oportunidade, evidenciada pelos relatos
dos licenciandos respondentes ao questionário.

Os discentes afirmaram que a escolha por fazer o curso de licenciatura em Física foi
influenciada pelos professores tidos no ensino médio, por gostar da disciplina, aparentar ser
uma boa oportunidade profissional ou pela vontade de se tornar um docente. Mais da metade
dos participantes disseram que tinham interesse em serem bolsistas, sinalizando a relevância
do pretexto financeiro. Os licenciandos apontaram os fatores que um professor de Física
poderia contribuir na formação estudantil da educação básica, dos quais se destacam a
associação da disciplina com fatos do dia a dia e uma devida atenção aos estudantes.

Os depoimentos dos licenciados foram bem fundamentos e refletem o desejo de ser


tornarem professores bem preparados para entrar no mercado de trabalho. O PIBID e a
Residência Pedagógica foram planejados com essa intenção, dado que esses programas
favorecem o contato direto dos discentes com os professores das escolas (supervisor ou
preceptor) que estão inseridos em sala de aula. O PIBID proporciona o primeiro contato do
discente no meio escolar e a Residência o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
curso, tendo um caráter mais próximo do estágio supervisionado.

Agradecimentos

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, pelo


fomento aos programas PIBID e Residência Pedagógica na UFAC.

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REFLECTIONS ON THE MOTIVATIONS OF GRADUATES IN PHYSICS OF UFAC TO


PARTICIPATE IN THE PROGRAMS: PIBID AND PEDAGOGICAL RESIDENCE
Abstract:
This work aims to investigate the motivations that led Physics students to enroll in the PIBID and the
Pedagogical Residence Program of the Federal University of Acre (UFAC) in Brazil. A questionnaire was
applied to 45 PIBID students and 14 Residence students. The results showed that the main reasons given for
enrolling were the opportunity to experience teaching, to receive a scholarship and to improve knowledge. The
Physics students mentioned the importance of associating the daily facts, environmental and social problems,
conceptions of the universe and give attention to the students of the schools with respect to the teaching of
Physics. The conclusions revealed that these programs could provide graduates with an improvement in teacher
education and knowledge of the reality of the school environment.
Keywords: PIBID. Pedagogical Residence. Training of graduates in Physics.

REFLEXIONES SOBRE LAS MOTIVACIONES DE LOS ESTUDIANTES DE FÍSICA DE LA UFAC


PARA PARTICIPAR EN LOS PROGRAMAS: PIBID Y RESIDENCIA PEDAGÓGICA
Resumen
Este trabajo tiene como objetivo investigar las motivaciones que llevaron a los estudiantes universitarios de
Física a inscribirse en PIBID y en el Programa de Residencia Pedagógica de la Universidad Federal de Acre
(UFAC). Se aplicó un cuestionario a 45 estudiantes de PIBID y 14 estudiantes de la residencia. Los resultados
obtenidos mostraron que las principales razones alegadas por haber realizado la inscripción fueron la
oportunidad de poder experimentar la enseñanza, recibir una beca y mejorar el conocimiento. Los estudiantes
universitarios mencionaron la importancia de asociar hechos cotidianos, problemas ambientales y sociales,
concepciones del universo y prestar atención a los estudiantes en las escuelas con respecto a la enseñanza de la
física. Las conclusiones revelaron que los programas antes mencionados podrían proporcionar a los estudiantes
graduados una mejora en la formación del profesorado y el conocimiento de la realidad del entorno escolar.
Palabras clave: PIBID. Residencia pedagógica. Graduación en Física.

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