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UNIVERSIDADE DE LISBOA

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

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Caracterização de Nanopartículas Magnéticas para Hipertermia
Magnética
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Ana Sofia Fernandes da Fonseca


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Mestrado Integrado em Engenharia Física

Dissertação orientada por:


Prof. Dra. Maria Margarida Cruz

2020
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Agradecimentos
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Professora Doutora Maria Margarida Cruz por
ter aceite ser minha orientadora, por toda a disponibilidade, paciência e por toda a ajuda, não
só no decorrer deste trabalho, mas também ao longo do curso.

Agradeço também à Professora Doutora Liliana Ferreira, pela cedência e ajuda na análise
dos espetros de Mössbauer e tudo o que o envolve.

À Doutora Tânia Ramos, o meu obrigada por me deixar acompanhá-la nas suas sínteses no
laboratório de química e toda a ajuda relacionada com as mesmas.

Ao Tiago Robalo, o meu sincero obrigada por ser um colega de laboratório que está sempre
disponível para ajudar, por observar e confirmar os meus passos para que não houvesse ”estragos”
no SQUID, pela ajuda no Mathematica, por ouvir todas as minhas dúvidas, pelo companheirismo
e por todos os quebra-cabeças que me foi trazendo.

Aos Primos, com quem dei os primeiros passos neste percurso, agradeço todo o apoio, ami-

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zade, sessões de estudo e de brincadeira.

Aos Luzithanos, por serem os colegas de mestrado que mais me motivaram, apoiaram e
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acompanharam em várias noites e madrugadas na faculdade. Estou grata por passar estes dois
anos na vossa companhia e pela amizade que tenho com cada um de vós.

À Beatriz e à Raquel, pela força que me deram e por estarem sempre presentes, especialmente
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nestes últimos dois anos.

Obrigada ao João Freitas, Daniel Neacsu e Manuel Xarepe pelas imensas explicações.
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O meu obrigada a todos os que me deram força e incentivaram e contribuíram de alguma


forma, no início ou no fim, para que este objetivo fosse alcançado.

Por último, o maior agradecimento para a minha família e, em especial, aos meus pais, a
quem dedico esta tese: à minha mãe pelo apoio incondicional e por me lembrar de sorrir pelo
caminho, e ao meu pai, por ter sido o primeiro a acreditar em mim.

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Resumo
A hipertermia magnética é uma terapia que pode ser aplicada para o tratamento de cancro,
recorrendo a nanopartículas magnéticas (NPs) que libertam energia sob a forma de calor por
indução magnética, promovendo o aumento da temperatura junto de tecidos cancerígenos. Para
que esta técnica possa ser utilizada a nível clínico como um tratamento eficaz, são necessárias
nanopartículas magnéticas que libertem a energia necessária e não sejam tóxicas para os pa-
cientes. As nanopartículas magnéticas consideradas mais biocompatíveis são as dos óxidos de
ferro (magnetite e maguemite), mas ainda não se conseguiram valores de eficiência térmica que
permitam à hipertermia magnética poder ser utilizada por si só como terapia alternativa à radio
e quimioterapia. Este trabalho pretende contribuir para a otimização de eficiência térmica das
nanopartículas, um problema que ainda está em aberto.
Neste trabalho são estudadas nanopartículas de magnetite. As nanopartículas foram produ-
zidas pelo método de co-precipitação, distinguindo-se dois grupos diferentes: o primeiro corres-
ponde a amostras sintetizadas em atmosfera inerte, com adição de um material gelificante (agar,
gelatina e pectina) como meio dispersivo para controlar o crescimento das NPs; o segundo grupo
corresponde a amostras sintetizadas com adição de chá verde que tem propriedades redutoras e

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evita a necessidade de uma atmosfera inerte durante o processo de co-precipitação. Para além
da função dispersante, os aditivos são elementos que se ligam às nanopartículas, dando origem
a diferentes revestimentos.
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Todas as amostras foram caracterizadas quanto à sua estrutura e morfologia, utilizando
técnicas de difração de raios-X de pós e microscopia eletrónica de transmissão. No que diz
respeito às suas propriedades magnéticas usaram-se medidas de magnetização e espetroscopia
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Mössbauer de 57 Fe.
Todas as amostras apresentam oxidação da magnetite (podendo ser descritas como Fe3−x O4 )
e todas têm um comportamento superparamagnético à temperatura ambiente, o que é funda-
mental para evitar a sua agregação dentro do corpo humano. Com estas NPs foram preparados
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ferrofluidos, suspendendo as NPs em água e, no caso das amostras do primeiro grupo, adicio-
nando ácido cítrico para estabilizar a suspensão. No segundo grupo, as suspensões produzidas
eram, inicialmente, estáveis. Os ferrofluidos foram caracterizados, tal como os pós originais,
e a concentração de ferro nos ferrofluidos foi determinada recorrendo à sua resposta magné-
tica. A concentração de magnetite/maguemite presente nos ferrofluidos em estudo foi também
calculada, sendo que o ferrofluido de NPs de magnetite preparadas com chá e sujeitas a um
tratamento hidrotermal teve a maior concentração de NPs magnéticas e o ferrofluido produzido
com gelatina teve a menor concentração de NPs magnéticas. Foram ainda realizadas medidas de
hipertermia magnética para obter o valor de potência específica dissipada (SLP). Este parâmetro
caracteriza a eficiência das NPs sujeitas a um campo magnético alterno, permitindo avaliar a
sua aplicabilidade para a hipertermia magnética.
Do ponto de vista da eficiência térmica, o ferrofluido produzido com NPs sintetizadas com
pectina é o melhor, com um SLP de 118 W/g, seguido do ferrofluido produzido com NPs produ-
zidas com agar (SLP = 81 W/g). Assim, a utilização destes aditivos pode melhorar a qualidade
das nanopartículas para hipertermia, permitindo diminuir as interações entre as partículas sem
degradar e, mesmo melhorando, a eficiência térmica.

Palavras-chave: Hipertermia magnética; nanopartículas Fe3−x O4 ; nanopartículas mag-


néticas; potência dissipada específica.

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Abstract
The magnetic hyperthermia is a therapy used for cancer treatment promoting the tempera-
ture rise near cancerigenous tissue by using magnetic nanoparticles (NPs) that release energy
under an alternate magnetic field. In order to optimize this technique for clinical use the nanopar-
ticles should release the necessary energy, while being non-toxic for the patients. The magnetic
nanoparticles considered the most biocompatibles are iron oxides (magnetite and maghemite).
However, they have yet to achieve values of thermal efficiency that will allow magnetic hy-
perthermia to be used by itself as a alternative therapy to radio- and chemotherapy. This work
aims to contribute to the optimization of the nanoparticles heating efficiency which is a field
still in progress.
In this work the properties of an array of magnetite nanoparticles are experimentally studied.
The nanoparticles were produced by the method of co-precipitation and can be seperated in two
different groups: the first one corresponds to samples synthesized in an inert atmosphere with
the addition of a gelling material (agar, gelatine and pectin) as a dispersive medium to control
the growth of NPs; the second one corresponds to samples synthesized with addition of green
tea, which has reducing properties and avoids the necessity of an inert atmosphere during the

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co-precipitation process. Besides the dispersive function, the additives are elements that bond
at the nanoparticles surface producing different coatings.
All samples were characterized by their structure and morphology, using X-ray diffraction
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techniques and transmission electron microscopy, and by their magnetic properties using mag-
netization measurements and 57 Fe Mössbauer spectrometry.
All samples can be better described as oxidized magnetite, Fe3−x O4 . They all have a super-
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paramagnetic behaviour at room temperature which is fundamental to avoid aggregation inside


the human body. The corresponding ferrofluids were prepared, by suspending the NPs in water.
In the case of the samples of the first group, citric acid was added to stabilize the suspension,
but for the second group, the initial produced suspensions were already stable and no citric acid
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was added.
The ferrofluids were characterized for their physical properties and the iron concentration
was determined by their magnetic response. The ferrofluid obtained with the magnetite NPs
produced with tea and subjected to a hydrothermal treatment presented the highest concentra-
tion of magnetic NPs, while the ferrofluid with the NPs produced with gelatin exhibit the lowest
concentration. Magnetic hyperthermia measurements allowed to obtain the value of specific loss
power (SLP). This parameter characterizes the efficiency of NPs subjected to an alternating
magnetic field therefore allowing us to evaluate their applicability for magnetic hyperthermia.
The ferrofluid with the NPs synthesized with pectin revealed the highest SLP value, around
118 W/g, followed by the ferrofluid with NPs produced with agar (SLP = 81 W/g). So the use
of these gelling agents is shown to improve the quality of the NPs for hyperthermia allowing to
reduce the interactions between the particles without degrading, even improving, the thermal
efficiency.

Keywords: Fe3−x O4 nanoparticles; Magnetic nanoparticles; magnetic hyperthermia;


specific loss power.

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Conteúdo

Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iii
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Abstract . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
Lista de Tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xi
Lista de Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xiii
Lista de Símbolos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xvii

1 Introdução 1

2 Nanopartículas Magnéticas

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2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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2.2 Alguns conceitos em magnetismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.3 Nanopartículas Superparamagnéticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3.1 Superparamagnetismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
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2.3.2 Relaxação Magnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6


2.3.3 Comportamento magnético típico de um sistema de nanopartículas mag-
néticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3.4 Nanopartículas em campo magnético alternado e hipertermia magnética . 10
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3 Técnicas experimentais 11
3.1 Técnicas de caracterização estrutural e morfológica . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.1 Difração de raios-X de pós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1.2 Microscopia Eletrónica de Transmissão (TEM) . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2 Técnicas de caracterização magnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.1 Magnetometria SQUID . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.2 Espetroscopia de Mössbauer de 57 Fe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2.3 Hipertermia magnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

4 Resultados experimentais e discussão 23


4.1 Amostras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.2 Nanopartículas sintetizadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.2.1 Caracterização estrutural e morfológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.2.2 Caracterização magnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.3 Ferrofluidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.3.1 Caracterização estrutural e morfológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.3.2 Caracterização magnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.3.3 Hipertermia Magnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

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5 Conclusões 46

Bibliografia 47

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Lista de Tabelas

4.1 Tabela resumo das NPs em estudo e detalhes sobre a sua síntese. . . . . . . . . . 24
4.2 Valores obtidos para o pârametro de rede e para o diâmetro das nanopartículas
através dos dois métodos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.3 Valores de magnetização de saturação (Msat ) e incerteza respetiva e temperatura
de bloqueio (TB ) definida como a temperatura a que ocorre o máximo da ZFC.
A incerteza para estes valores é em todos os casos 5 K. . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.4 Parâmetros hiperfinos ajustados aos espetros de Mössbauer das amostras referi-
das anteriormente. <Bhf >(σ): campo hiperfino e desvio padrão da distribuição

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de campos magnéticos hiperfinos; δ: desvio isomérico; ε: desvio quadrupolar
originado pela interação principal (a magnética); QS: desvio quadrupolar com
origem na interação elétrica; Γ: largura a meia altura da linha Mössbauer de
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cada subespetro da distribuição Gaussiana; I: área relativa do subespetro. . . . . 32
4.5 Diâmetros médios e respetivas incertezas para NPs nos ferrofluidos obtidos com
amostras MG, MGA, MGG e MGP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
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4.6 Valores de momento magnético de saturação (m) com a respetiva incerteza, a


magnetização de saturação (Msat ) e temperatura de bloqueio (TB ) com uma in-
certeza de ±5 K. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
4.7 Valores para a concentração de magnetite/maguemite e de ferro presente nas
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amostras dos ferrofluidos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39


4.8 Resultados obtidos durante os testes de hipertermia magnética: variação de tem-
peratura da amostra (em 300 s), potência dissipada pelas NPs e o valor de SLP
determinado (incerteza ±10%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

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Lista de Figuras

2.1 Representação esquemática de alguns comportamentos magnéticos (adaptado de


[7]). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 (a) material com vários domínios magnéticos (estrutura multidomínio) e (b) ma-
terial com um único domínio (estrutura monodomínio) - retirado de [7]. . . . . . 6
2.3 Representação da barreira de energia ∆ = Kα V que separa os dois mínimos de
energia para uma partícula monodomínio esférica com simetria uniaxial. O ângulo
θ é o ângulo que o momento magnético forma com o eixo de fácil magnetização. . 7

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2.4 Representação da orientação dos momentos magnéticos nos processos de relaxação
de Néel e de Brown - retirado de [9] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.5 Curvas ZFC (azul) e FC (vermelho) típicas para um sistema de nanopartículas
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com indicação da temperatura de bloqueio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.6 Curva de histerese para um sistema de partículas magnéticas no estado bloqueado
(a) e para o mesmo sistema no estado superparamagnético (b) a magnetização
remanescente (valor da magnetização a campo nulo) e o campo coercivo (campo
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quando a magnetização é nula) são nulos no estado superparamagnético - adap-


tado de [7] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3.1 Representação da lei de Bragg (adaptado de [12]). . . . . . . . . . . . . . . . . . 11


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3.2 Padrão de difracção para uma amostra de chumbo em pó - adaptado de [12]. É


possível observar que para certos ângulos surgem picos bem definidos que corres-
pondem a famílias de planos (hkl). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.3 (a) Representação da estrutura espinela inversa da magnetite e maguemite. (b)
Pormenor dos sítios tetraédricos e octaédricos ocupados pelo ferro. (c) Oxidação
da magnetite para maguemite que ocorre pela oxidação do ferro na superfície da
nanopartícula - adaptado de[14] e [16]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.4 Difratogramas de: (a) uma amostra de magnetite e (b) uma amostra de mague-
mite - adaptado de [17]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.5 Representação de dois supercondutores separados por regiões finas isolantes (bar-
ras brancas). Cada uma dessas regiões onde existe um acoplamento fraco (weak
link) entre os dois lados supercondutores designa-se junção de Josephson - retirado
de [20]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.6 (a) Representação de uma amostra no interior da bobine de deteção. (b) Dife-
rença de potêncial obtido no SQUID em função da posição da amostra, quando
a amostra se desloca ao longo das quatro espiras. A direção x está representada
a posição vertical da amostra. O eixo horizontal representa a posição da amostra
(x) e o eixo vertical representa a tensão medida (VSQU ID ) - retirado de [21]. . . . 15

xiii
3.7 Exemplo de curvas obtidas no magnetómetro SQUID para a magnetização em
função do campo aplicado (M(H)) no estado superparamanético e para a mang-
netização em função da temperatura (M(T)) para uma ferrite Co-Fe. . . . . . . . 16
3.8 Ressonância nuclear: emissão de energia γ por um núcleo no estado excitado,
seguido pela sua absorção por um outro núcleo no estado fundamental - retirado
de [24]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.9 Representação esquemática de um espetómetro de Mössbauer - adaptado de [25]. 18
3.10 Esquema do decaimento radioativo do 57 Co de onde se obtém o 57 Fe - adaptado
de [26]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.11 (a) A interação coulombiana entre a carga nuclear e os eletrões altera de forma
diferente a energia dos níveis nucleares na fonte e no absorvedor. (b) Espetro de
Mössbauer correspondente - adaptado de [23]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.12 Desdobramento quadrupolar dos estados envolvidos (1/2 e 3/2) uma transição
nuclear de 1/2 → 3/2. São possíveis duas transições com energia diferente do
estado fundamental para os dois subníveis(à esquerda). Observa-se o espectro de
Mössbauer (dobleto) dessas transições. A distância entre os picos corresponde a

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2εQ (à direita) - adaptado de [23]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.13 (a) O efeito de Zeeman nuclear, onde se observa o desdobramento dos níveis
nucleares fundamental e excitado. À direita, o sexteto correspondente no espetro
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de Mössbauer. (b) A representação das diferentes orientações que o núcleo pode
tomar em relação à direção de Bhf - retirado de [24] . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.14 Espectro de Mössbauer para magnetite e maguemite. . . . . . . . . . . . . . . . . 21
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3.15 (a) Sistema experimental utilizado nas medidas de hipertermia magnética. (b)
Pormenor da bobine de Helmoltz e de onde é colocada a amostra para medição. . 22

4.1 Difratogramas de raios-X das amostras MG (a), MGA (b), MGG (c), MGP (d),
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MGT2 (e), MGT6 (f) e MGT6H (g) com os respetivos picos associados. . . . . . 25
4.2 Em (a), o momento magnético da cápsula (vermelho) e o momento magnético da
cápsula com uma massa de papel conhecida (azul). (b) curva obtida subtraindo
o sinal da cápsula ao sinal da cápsula. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.3 Resultados experimentais para a curva M(H) a T=300 K (à esquerda) e para a
curva M(T) com µ0 H=2 mT para as amostras MGA (a), MGG (b) e MGP (c). . 29
4.4 Resultados experimentais para a curva M(H) a T=300 K (à esquerda) e para a
curva M(T) com µ0 H=2 mT para as amostras MGT2 (a), MGT6 (b) e MGT6H
(c). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.5 Espetros de Mossbauer para as amostras MG (a), MGA (b) e MGG (c) e os
respetivos gráficos de distribuição de probabilidade de Bhf , onde a curva azul
corresponde a uma componente associada a Fe3+ e a curva verde a uma compo-
nente associada a Fe2.5+ . A curva azul escura corresponde ao espetro resultante
das duas contribuições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.6 Espetro de Mössbauer da amostra MGP (a) e MGT6 (b) e os respetivos gráficos
de distribuição de probabilidade de Bhf , onde as curvas correspondem a uma
interação magnética (a azul) e uma interação elétrica (a verde) do Fe2.5+ . A
curva azul escura corresponde ao espetro resultante das duas contribuições. . . . 34

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