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Aula 06

TJ-PI (Analista Judiciário - Assistente


Social) Conhecimentos Específicos -
2022 (Pós-Edital)

Autor:
Anna Valéria Andrade, Nilza
Ciciliati

20 de Junho de 2022

01770917381 - RITA DE CASSIA DOS SANTOS FERREIRA OLIVEIRA


Anna Valéria Andrade, Nilza Ciciliati
Aula 06

Sumário

1 - Considerações Iniciais ........................................................................................................... 2

2 - Lei Maria da Penha (Lei n°11.340/2006) ............................................................................... 3

2.1 – Considerações Gerais sobre a Lei Maria da Penha ........................................................... 3

2.2 – Disposições Preliminares da Lei Maria da Penha ............................................................. 5

2.3 – Da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher ......................................................... 6

2.4 – Da Assistência à Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar .................... 10

2.5 – Das Medidas Protetivas de Urgência .............................................................................. 14

2.6 – Disposições Finais............................................................................................................ 16

3 - Família e suas novas configurações na sociedade contemporânea ................................... 19

3.1 – Considerações acerca da temática "Família" .................................................................. 19

3.1 – Família e suas novas configurações no cenário atual ..................................................... 19

3.2 – Trabalho com Famílias e Serviço Social .......................................................................... 22

4 – Considerações Finais .......................................................................................................... 27

Questões Comentadas............................................................................................................. 28

Lista de Questões ..................................................................................................................... 55

Gabarito.................................................................................................................................... 68

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 69

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1 - Considerações Iniciais

Olá queridos (as) concurseiros (as) de Serviço Social, tudo bem com vocês?

Na aula de hoje vamos estudar a famosa Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006), uma das
legislações cobradas em provas de concursos públicos na área de Serviço Social.

Iremos detalhá-la, de forma didática, para que você compreenda e acerte todas as questões de
provas, sempre enfatizando os artigos de maior relevância e que caem, com maior frequência
nas provas, para você gabaritá-las e estudar sempre com foco e técnica!

Num segundo momento da nossa aula, iremos falar sobre o tema Família e suas novas
configurações no cenário atual, enfocando também o trabalho do Assistente Social com esse
público alvo, sob a perspectiva da Proteção Social e garantia de direitos.

Como é de praxe em todas as nossas aulas, ao final do conteúdo teórico desse e-book,
resolveremos e comentaremos uma bateria de questões de concursos anteriores, sempre focando
nas questões de provas mais recentes e, ao longo da abordagem teórica de cada subtópico,
mostraremos como, de fato, o assunto é abordado nos concursos públicos pelo Brasil.

Em caso de dúvidas, não hesitem em enviar perguntas ao nosso Fórum, ok?

Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes sociais:

Instagram - Profa. Anna Valéria Andrade.

https://www.instagram.com/annavaleriaandrade

Vamos iniciar nossa aula!

Bons estudos!!

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2 - LEI MARIA DA PENHA (LEI N°11.340/2006)


2.1 – Considerações Gerais sobre a Lei Maria da Penha

Na aula de hoje, vamos tratar da Lei Maria da Penha1 (Lei n° 11.340/2006). Essa
Legislação cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher,
nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados
de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o
Código Penal, a Lei de Execução Penal e dá outras providências.

Atualmente, a Lei Maria da Penha é composta por 07 Títulos, sendo alguns deles
subdivididos por Capítulos e estes por Seções. Ao todo, essa legislação possui 46 artigos.

Vamos esquematizar para você entender melhor a subdivisão que essa Legislação
recebe?

Subdivisão Geral da Lei Maria da Penha (Lei n°


11.340/06)

Poderão ser
subdivididos em
07 Títulos Capítulos e estes em 46 Artigos
Seções

Essa Lei já foi atualizada algumas vezes por Leis Complementares e Ordinárias, dentre
as quais podemos citar alguns exemplos: lei complementar n° 150, de 2015, lei n° 13.772 de
2018, lei n° 13.894 de 2019, dentre outras. Por isso, enfatizamos a necessidade de você estudá-
la pela Lei atualizada.

1
BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei n. 11.340/2006. Coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher. Presidência da
República, 2006.
3

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Você precisará também fazer a leitura da "Lei Seca" na íntegra (mais de uma leitura
ou quantas vezes você achar necessário), a fim de entender a lógica que abrange seus pontos
chaves.

Iremos abordar em nossa aula os seus principais pontos e o que é, de fato, mais cobrado
pelas provas de concursos públicos. Porém, isso não impede e nem será um motivo para você
deixar de fazer a leitura completa da Lei, combinado? :)

Com o passar do tempo, guiando-se pelas nossas aulas e resolvendo muitas questões de
provas de concursos anteriores, você perceberá que existem pontos-chaves das Legislações que
são abordados, com grande frequência, nas provas e será em cima desses “pontos” mais
cobrados que você, aluno (a) do Estratégia Concursos, irá se debruçar para alcançar, com êxito,
a aprovação no tão almejado concurso dos seus sonhos.

Estudar com técnica é muito importante, e nós iremos aprender juntos (as) a fazer isso,
de uma forma leve e até divertida! ☺

Mas, você sabe por que a Lei n° 11.340/2006 chama-se Lei Maria da Penha?

A Lei n° 11.340/2006 ficou conhecida como Lei Maria da Penha em


homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes que, em 29 de maio de 1983,
na cidade de Fortaleza - CE foi vítima de grave violência por parte de seu
marido, que tentou matá-la por duas vezes.

Na primeira tentativa de assassinato, ele atirou em suas costas, enquanto


ainda dormia, afirmando que ela tinha sido vítima de um assalto, o qual ele
simulou, utilizando-se de uma espingarda. Após o disparo, foi encontrado na
cozinha gritando por socorro, alegando que os ladrões haviam fugido pela
janela.

Maria da Penha foi hospitalizada durante quatro meses, ficando


paraplégica. Nessa mesma época ocorreu a segunda tentativa de homicídio,
quando o marido a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutá-la
embaixo do chuveiro.

As investigações ocorreram em junho de 1983, mas a denúncia só foi


oferecida em setembro de 1984. Em 1991, o Réu foi condenado pelo Tribunal
do Júri a 08 anos de prisão. Entretanto, teve o direito de recorrer em liberdade
e conseguiu a nulidade de seu julgamento. Em 1996, como consequência de
novo julgamento, teve a condenação de 10 anos e 06 meses. Novamente

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recorreu em liberdade e somente 19 anos e 06 meses após os fatos, em 2002,


ele foi preso, cumprindo apenas 02 anos de prisão2.

2.2 – Disposições Preliminares da Lei Maria da Penha

Começaremos abordando o Artigo 1° da Lei n° 11.340/2006 que trata dos principais


Objetivos da Lei Maria da Penha:

"Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados
internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de
assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar".

De acordo com o Artigo 1° dessa Legislação:

Lei Maria da Penha


(Lei n° 11.340/2006)

Estabelece medidas de
Cria mecanismos para coibir e
assistência e proteção às
prevenir a violência doméstica
mulheres em situação de
e familiar contra a mulher
violência doméstica e familiar

2
Fonte: JUS BRASIL. Disponível em: <https://rgm650.jusbrasil.com.br/artigos/356787626/lei-maria-da-penha-origem-e-
representacao>. Acesso em: 21 jan. 2020.

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Seu Artigo 2° estabelece que TODA MULHER, independentemente de classe, raça,


etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e
facilidades para:

Viver sem
Violência

Seu
aperfeiçoamento
moral, intelectual
e social
Preservar sua
saúde física e
mental

Perceba que este Artigo trata dos Direitos Fundamentais inerentes à pessoa humana,
deixando explícito que toda mulher terá assegurado oportunidades e facilidades para viver
sua vida sem violência, com sua saúde física e mental preservadas, bem como seu
aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

O Artigo 3° aborda que as mulheres terão asseguradas as condições para o exercício


efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à
moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à
dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Os Parágrafos deste Artigo salientam que o poder público é o agente que desenvolverá
políticas que visem garantir seus direitos humanos no âmbito das relações domésticas e
familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, cabendo também à família, à sociedade e ao
poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos desse público
alvo.

2.3 – Da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher

O Artigo 5° desta Lei é um dos mais cobrados nas provas de concursos públicos
quando se trata da Lei n° 11.340/2006.

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Vejamos na íntegra:

"Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de


pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade
expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com
a ofendida, independentemente de coabitação.

Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação


sexual".

O Artigo 5° conceitua o que é violência doméstica e familiar contra a mulher, bem como
os espaços em que ela é gerada.

As bancas examinadoras adoram colocar em suas provas que, para ser


considerado violência doméstica e familiar contra a mulher, em qualquer
relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com
a ofendida deverá existir a coabitação, ou seja, as duas pessoas deverão,
necessariamente, residir juntas.

Fique atento (a), querido (a) concurseiro (a), pois essa afirmação é FALSA,
pois segundo o inciso III do Artigo 5° diz justamente o contrário... Haverá a
violência doméstica e familiar contra a mulher em qualquer relação íntima de
afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,
independentemente de coabitação.

O Artigo 7° é o grande recordista nas provas de concursos, o Artigo mais cobrado


da Lei Maria da Penha e aborda as 05 formas de violência doméstica e familiar contra a
mulher:

"Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

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I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional
e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação;

III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,


subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer
suas necessidades;

V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria".

Vamos ver como esse assunto é cobrado nas provas de concursos públicos pelo Brasil?

(IF-PA/IF-PA -ASSISTENTE SOCIAL - 2019)


Segundo a Lei Maria da Penha, Lei Federal número 11.340 de 7 de agosto de 2006, são
formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
a) a violência física; a violência intelectual, a violência hormonal, a violência patrimonial; e a
violência motivacional.
b) a violência corporal; a violência subjetiva, a violência sexual, a violência econômica; e a
violência motivacional.
c) a violência física; a violência psicológica, a violência sexual, a violência patrimonial; e a
violência moral.

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d) a violência corporal; a violência psicológica, a violência sexual, a violência financeira; e a


violência religiosa.
e) a violência física; a violência subjetiva, a violência natural, a violência patrimonial; e a
violência moral.
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 7° da Lei
Maria da Penha:
"São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica
e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade,
que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez,
ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer
suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria".

Vamos continuar nossa aula?

Você sabia que a Lei Maria da Penha protege quem exerce o papel social de
mulher, seja biológica, transgênero, transexual ou homem homossexual?

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Isso mesmo, querido (a) aluno (a)!

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), fixou que as proteções da Lei


11.340/2006 resguardam quem exerce o papel social de mulher, seja
biológica, transgênero, transexual ou homem homossexual. E o sujeito
ativo da violência doméstica contra elas também poderá ser do sexo
feminino, desde que fique caracterizado o vínculo de relação doméstica,
familiar ou de afetividade3.

2.4 – Da Assistência à Mulher em Situação de Violência


Doméstica e Familiar

O Artigo 8° trata acerca das medidas integradas de prevenção que visam coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher, por meio de um conjunto articulado de ações
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais,
tendo por DIRETRIZES:

"I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria


Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e
habitação;

II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a


perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à
frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados,
a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas
adotadas;

III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da
família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência
doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art. 3º e
no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal ;

IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular


nas Delegacias de Atendimento à Mulher;

3
Fonte: CONSULTOR JURÍDICO. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-jun-10/lei-maria-penha-
protege-tambem-mulher-transgenero-homem-gay>. Acesso em: 21 jan. 2020.
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V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica


e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão
desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres;

VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de


promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-
governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da
violência doméstica e familiar contra a mulher;

VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo
de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I
quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;

VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito


respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia;

IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos


relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da
violência doméstica e familiar contra a mulher".

O Artigo 9° trata a respeito da assistência à mulher em situação de violência


doméstica e familiar, a qual será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as
diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no
Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e
emergencialmente quando for o caso.

O Artigo 9° traz alguns Parágrafos e incisos que costumam cair, com frequência, nas
provas.

Vejamos na íntegra:

"§ 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência
doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e
municipal.

§ 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar


sua integridade física e psicológica:

I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta


ou indireta;

II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho,


por até seis meses;

III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual
ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de
dissolução de união estável perante o juízo competente".

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A fim de confundir e levar o (a) candidato (a) ao erro, as bancas examinadoras costumam
afirmar em suas questões de provas o que é colocado pelo § 1º do Artigo 9°, afirmando que o
juiz determinará, por prazo indeterminado, a inclusão da mulher em situação de violência
doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e
municipal.

Perceba que, de acordo com o referido Parágrafo, o prazo estabelecido nesses casos,
pelo juiz, será por tempo determinado ou prazo certo, conforme afirma a Legislação. Muito
cuidado com esse detalhe para não perder a questão, queridos (as) concurseiros (as)! As bancas
são maliciosas e irão fazer de tudo para te conduzir ao erro!

O Artigo 10° - A, incluído na Lei Maria da Penha pela Lei n° 13.505/2017, afirma que
é direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e
pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo
feminino - previamente capacitados.

O Artigo 12° aborda a respeito dos procedimentos que a autoridade policial deverá
adotar, de imediato, em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
após realizado o registro da ocorrência:

"I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se


apresentada;

II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;

III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido
da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;

IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros


exames periciais necessários;

V - ouvir o agressor e as testemunhas;

VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências
policiais contra ele;

VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese
de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição
responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826,
de 22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento);

VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público".

Note que, de acordo com o inciso III do Artigo 12°, o prazo para a autoridade remeter
documentação ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de
urgência é de 48 horas. As provas adoram afirmar que esse prazo é de 24 horas ou 72 horas.
Não caia nessa "casca de banana"!
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O Art 12°- A trata a respeito da criação e priorização, no âmbito da Polícia Civil, de


Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMS), de Núcleos Investigativos
de Feminicídio e de equipes especializadas para o atendimento e a investigação das
violências graves contra a mulher pelos Estados e o Distrito Federal.

O Art 12° - C, incluído na Lei Maria da Penha pela Lei n° 13.827/2019, afirma que,
verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em
situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será
imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:

"I - pela autoridade judicial;

II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou

III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado
disponível no momento da denúncia.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo
máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a
revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público
concomitantemente.

§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva


de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso".

O Artigo 17° é outro Artigo da Lei n° 11.340/2006 recordista nas provas de concursos
públicos. Ele trata a respeito da vedação de penas de cesta básica ou outras de prestação
pecuniária ou pena substituta nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.

Vejamos na íntegra este Artigo:

"Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena
que implique o pagamento isolado de multa".

Vamos exercitar o que acabamos de aprender?

(FCC-TRT - 3° Região MG - ANALISTA JUDICIÁRIO/ASSISTENTE SOCIAL)


A Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, nos casos de violência doméstica e familiar
contra a mulher, proíbe a aplicação de pena (artigo 17) de:
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a) afastamento do lar, domicílio ou local de convivência.


b) prisão preventiva, decretada pelo juiz de ofício a requerimento do Ministério Público.
c) cesta básica e a substituição de pena que implique pagamento isolado de multa.
d) suspensão de porte de armas, com comunicação ao órgão competente.
e) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação.
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 17° da Lei
Maria da Penha:
" É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas
de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que
implique o pagamento isolado de multa".

2.5 – Das Medidas Protetivas de Urgência

Vamos abordar um dos pontos de grande importância na Lei Maria da Penha: as medidas
protetivas de urgência que deverão ser adotadas pelas autoridades em casos de violência
doméstica e familiar contra a mulher.

O Artigo 18° afirma que após recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá
ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas:

"I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;

II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for


o caso, inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação
de casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo competente;

III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.

IV - determinar a apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor".

O Artigo 19° afirma que as Medidas Protetivas de Urgência poderão ser concedidas:

Medidas Protetivas de Urgência

A requerimento do Ou a pedido da
Pelo Juiz
Ministério Público Ofendida

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O Artigo 22° afirma que constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as
seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

"I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão


competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de


distância entre estes e o agressor;
==db092==

b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;

c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica


da ofendida;

IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de


atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios".

O Artigo 23° aborda a respeito das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida que
poderão ser aplicadas pelo juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas.

São elas:

"I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção


ou de atendimento;

II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após


afastamento do agressor;

III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens,
guarda dos filhos e alimentos;

IV - determinar a separação de corpos.

V - determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de educação básica


mais próxima do seu domicílio, ou a transferência deles para essa instituição,
independentemente da existência de vaga".

O Artigo 24 - A, incluído na Lei Maria da Penha pela Lei n° 13.641/2018 trata do Crime
de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência, bem como de sua penalidade e de
outras medidas.
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Vejamos:

"Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas
nesta Lei:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.

§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu


as medidas.

2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.

§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis".

2.6 – Disposições Finais

O Artigo 35° trata a respeito da criação e promoção de Centros de atendimento integral e


multidisciplinar, Casas-abrigos, Delegacias, Núcleos de Defensoria Pública, Serviços de Saúde,
Centros de Perícia Médico-Legal para mulheres e dependentes em situação de violência
doméstica e familiar, bem como Programas, Campanhas de enfrentamento da violência
doméstica e familiar e Centros de Educação e de Reabilitação para agressores.

Vejamos:

"Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover,
no limite das respectivas competências:

I - centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes


em situação de violência doméstica e familiar;

II - casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência


doméstica e familiar;

III - delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-
legal especializados no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar;

IV - programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar;

V - centros de educação e de reabilitação para os agressores".

Note que a criação dos espaços necessários ao enfrentamento da violência doméstica e


familiar e da educação e de reabilitação dos agressores é de competência dos entes federativos
(União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios).

Estes entes também poderão estabelecer dotações orçamentárias específicas, em seus


exercícios financeiros, para a implementação das medidas estabelecidas na Lei Maria da Penha,
conforme afirma o Artigo 39° da referida Lei.
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"Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no limite de suas


competências e nos termos das respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão
estabelecer dotações orçamentárias específicas, em cada exercício financeiro, para a
implementação das medidas estabelecidas nesta Lei".

Vamos ver como esse assunto cai nas provas de concursos públicos?

(FEPESE/UFSC - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)


Sobre a Lei Maria da Penha (Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006), é correto afirmar
que:
a) Em 2018 foi incluído na Lei n°11.340/2006 o crime de descumprimento de medidas
protetivas de urgência (Lei n° 13.641/2018) que passa a prever pena de detenção, de 3 meses
a 2 anos.
b) Quando a complexidade do caso de violência contra a mulher exigir avaliação mais
aprofundada, o juiz não poderá determinar a manifestação de profissional especializado,
mediante a indicação da equipe de atendimento multidisciplinar
c) O poder executivo está dispensado de criar e promover delegacias, núcleos de defensoria
pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-legal especializados no atendimento à
mulher em situação de violência doméstica e familiar caso não possua orçamento suficiente
para tal.
d) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso
aos serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) desde que
comprovada a residência no território da unidade básica de saúde de sua referência.
e) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria, não constitui violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez que não envolve
agressões físicas.
Comentários
A questão trata do crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência, incluído na Lei
Maria da Penha pela Lei n° 13.641/2018.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 24 - A da
Lei Maria da Penha, descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei, gera pena de detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
A alternativa B está errada, pois de acordo com o Artigo 31 da Lei Maria da Penha, quando a
complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá determinar a

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manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe de atendimento


multidisciplinar.
A alternativa C está errada, pois de acordo com o inciso III do Artigo 35 da referida Lei, a
União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das
respectivas competências delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros
de perícia médico-legal especializados no atendimento à mulher em situação de violência
doméstica e familiar.
A alternativa D está errada, pois de acordo com o Parágrafo 3° do Artigo 9° da Lei da Maria
da Penha, a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá
o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os
serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos
necessários e cabíveis nos casos de violência sexual.
A alternativa E está errada, pois de acordo com o inciso V do Artigo 7° da referida Lei, são
formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: a violência moral,
entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Vamos agora para o segundo momento da nossa aula, o qual estudaremos a respeito da
Família e suas novas configurações na sociedade contemporânea.

Bons estudos!! :)

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3 - FAMÍLIA E SUAS NOVAS CONFIGURAÇÕES NA


SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

3.1 – Considerações acerca da temática "Família"

Vamos estudar agora um importante tema presente nas provas de Serviço Social,
especificamente em concursos de Tribunais e na área sócio-jurídica: Família e suas novas
configurações na sociedade contemporânea.

Uma autora muito utilizada no debate sobre esse tema é Regina Célia Tamaso Mioto,
a qual possui uma vasta bibliografia que aborda, com profundidade, a família na
contemporaneidade, envolvendo também a discussão de sua proteção social no cenário
contemporâneo.

Sabendo disso, incluímos essa temática no conteúdo programático do nosso Curso


Regular de Serviço Social, porque sabemos da importância que ela possui em sua preparação
para as provas, queridos (as) concurseiros (as)!

Queremos nesta aula, fugir um pouco do conceito de Família Tradicional, formada por
pai, mãe e filhos (as), para discutirmos os novos modelos desta importante instituição que vem
surgindo ao longo do tempo e na atualidade, uma vez que ela vem, passando por diversas
transformações, alterando o seu significado de acordo com o momento histórico em que se
encontra.

Vamos iniciar nossa aula?

3.1 – Família e suas novas configurações no cenário


atual

A concepção mais tradicional que se tem a respeito de família é que ela é o resultado do
casamento entre um homem e uma mulher, resultando, consequentemente, em filhos (as)
concebidos a partir desta união heteroafetiva.

Mas então, se você não for casado (a), não tem uma família? Se você for homem e casar-
se com alguém do mesmo sexo, vocês não constituem uma família? Se você foi criado (a)
somente pela sua mãe, ou pelo seu pai, madrasta ou padrasto, tio (a), avô (ó), vocês não são
considerados uma família? De acordo com o conceito tradicional de família, muito
provavelmente que não!

Porém, a boa notícia é que este conceito de família não é o único existente na sociedade
contemporânea. Aliás! Durante algum tempo ele não é único, pois o conceito de família vem
sendo recriado e assumindo novas roupagens.

Com o advento da Constituição Cidadã de 1988 no Brasil passaram a ser reconhecidas


outras formas de famílias, diferentes daquela vista por muitos como a forma “tradicional”. É
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claro que todas essas famílias já existiam antes e mereciam proteção. Porém, depois de 1988
elas passaram a ser juridicamente reconhecidas, tendo, portanto, seus direitos resguardados por
lei em nosso país. Podemos citar como um exemplo, os filhos tidos fora do casamento sendo
reconhecidos com os mesmos direitos dos filhos advindos dessa união.

A sociedade vem, a cada dia, adaptando-se às realidades vividas e, com isso, o conceito
de família passou a ser visto de maneira plural, assumindo diferentes modelos.

Podemos citar como exemplos de modelos de famílias presentes na sociedade


contemporânea:

Família Matrimonial: formada pelo casamento, tanto entre casais heterossexuais


quanto homoafetivos.

Família Informal: formada por uma união estável, tanto entre casais
heterossexuais quanto homoafetivos;

Família Monoparental: família formada por qualquer um dos pais e seus


descendentes. Ex.: uma mãe solteira e um filho (a);

Família Anaparental: Prefixo Ana = sem. Ou seja, família sem pais, formada
apenas por irmãos.

Família Unipessoal: Família de uma só pessoa. Podemos citar como exemplo


desse tipo de família, uma senhora viúva.

Família Mosaico ou reconstituída: pais que têm filhos e se separam, e


eventualmente começam a viver com outra pessoa que também tem filhos de outros
relacionamentos, por exemplo.

Família Simultânea/Paralela: casos em que existem duas relações ao mesmo


tempo. Podemos citar como exemplo quem é casado (a) e mantém uma outra união
estável, ou, mantém duas uniões estáveis ao mesmo tempo.

Família Eudemonista: família afetiva, formada por uma parentalidade


socioafetiva (sem vínculos biológicos).

Não temos a intenção de citar um rol exaustivo de inúmeros modelos de famílias,


diferentes do que conhecemos como família tradicional. Citamos apenas alguns exemplos,
existindo outros conceitos e variedades na sociedade atual.

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Complementando essa discussão sobre as variadas configurações de modelos de famílias


presente na sociedade, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)4, reconhece a
existência de 03 tipos de famílias:

Família
Natural

ECA

Família Família
Extensa Substituta

Família Natural: De acordo com o Artigo 25 do ECA, entende-se por família


natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes;

Família Extensa: Segundo o Parágrafo Único do Artigo 25 do ECA, família


extensa é aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade
do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade;

Família Substituta: De acordo com a referida Legislação, família substituta é a


modalidade de família para a qual o menor deve ser encaminhado, de maneira
excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que são: guarda,
tutela e adoção.

Iremos aprofundar os tipos de família, de acordo com o ECA, em aula específica deste
Curso Regular.

Vamos exercitar o que acabamos de aprender?

4
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados, Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. DOU de
16/07/1990 – ECA. Brasília, DF.
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(AOCP/SUSIPE -PA-ASSISTENTE SOCIAL 2018)


O que é família extensa?
a) Família extensa é aquela que se estende para além da unidade de pais e filhos ou da unidade
do casal, formada por parentes próximos.
b) São famílias que estenderam os laços familiares aos amigos, vizinhos e afilhados.
c) São famílias formadas após o processo de divórcio.
d) São famílias por pares do mesmo sexo e seus filhos, em que um adulto do casal assuma
orientação sexual diferente da heterossexual.
e) São famílias compostas por um homem, mulher e filhos coabitando o mesmo espaço.
Comentários
A questão recorre ao conceito de família extensa ou ampliada preconizado pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA).
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Parágrafo Único
do Artigo 25 do ECA, entende-se por família extensa ou ampliada:
"aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por
parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de
afinidade e afetividade."

3.2 – Trabalho com Famílias e Serviço Social

O trabalho com famílias no Serviço Social está ligado à Teoria Social Crítica, como
consequência do pós reconceituação na profissão. Entretanto, de acordo com Mioto5 APUD
Iamamoto (1983), a família é um sujeito privilegiado de intervenção do Assistente Social desde
o nascimento da nossa profissão.

"No Brasil, ele (o trabalho com famílias) nasce vinculado aos movimentos de ação social
numa proposta de dinamização da missão política de apostolado social junto as classes
subalternas, particularmente junto a família operária. Ou seja, o alvo predominante do exercício
profissional é o trabalhador e sua família, em todos os espaços ocupacionais" (GRIFOS
NOSSOS).

A partir de então, este trabalho teve um grande crescimento e qualificação técnica


através da influência do Serviço Social Norte-Americano, em especial pelo Serviço Social de

5
MIOTO, R. C. Família, trabalho com famílias e Serviço Social. Palestra proferida na Universidade Estadual de Londrina
(UEL). Londrina: Serviço Social em Revista, v. 12, nº 2, 2010.
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casos, no qual o profissional objetivava realizar o ajustamento do indivíduo ao meio ao qual ele
vivia, a fim de promover o seu enquadramento na sociedade.

Neste período, o trabalho com famílias desenvolvido pelo Serviço Social baseava-se na
teoria positivista e no funcionalismo, a fim de promover o controle do indivíduo em uma
dada realidade social.

Essa perspectiva foi hegemônica durante significativo espaço de tempo na profissão, até
que a Teoria Social de Marx teve inserção e ganhou espaço no Serviço Social, modificando
as necessidades trazidas pelos indivíduos, que começaram a ser vistas não mais como
problemas, mas como expressões de necessidades não satisfeitas, geradas como consequências
das desigualdades sociais do sistema capitalista, exigindo-se que a ação do Assistente Social
seja pensada na sua teleologia, ou seja, como uma ação que se projeta para além da eficiência
operativa e instrumental, baseando-se na transformação social e na perspectiva dos direitos.

Nos anos 2000, o tema família ganha uma significativa dimensão no campo do Serviço
Social, inserida no contexto da Reforma do Estado e da ideologia neoliberal vivida no Brasil e
no mundo.

Com base nisso, de acordo com Mioto, a família e suas mais variadas configurações
constitui-se como um espaço altamente complexo, sendo construída diariamente tendo por base
as negociações que estabelecem entre seus membros e demais esferas da sociedade.

Segundo a autora, a família:

"É construída e reconstruída histórica e cotidianamente, através das relações e negociações que
estabelece entre seus membros, entre seus membros e outras esferas da sociedade e entre ela e
outras esferas da sociedade, tais como Estado, trabalho e mercado. Reconhece-se também que
além de sua capacidade de produção de subjetividades, ela também é uma unidade de cuidado
e de redistribuição interna de recursos".

Pode-se salientar que a família é uma construção tanto privada quanto pública e
possui um importante papel na sociedade em relação aos aspectos sociais, políticos e
econômicos, cobrindo as insuficiências das políticas públicas e sendo influenciada pela Questão
Social.

Essa concepção de família vai de encontro aos conceitos e às concepções que:

✓ "Tratam a família a partir de uma determinada estrutura, tomada como ideal (casal com
seus filhos) e com papéis pré-definidos;
✓ Concebem a família apenas numa perspectiva relacional, ou seja, que as relações
familiares estão circunscritas apenas às relações estabelecidas na família, seja no âmbito
de seu domicílio, seja na sua rede social primária;
✓ Analisam a família somente a partir de sua estrutura relacional, não incorporando como
as relações estabelecidas com outras esferas da sociedade. Por exemplo, como a relação
com o Estado, através de sua legislação, de suas políticas econômicas e sociais, interfere

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na história das famílias, na construção dos processos familiares que são expressos
através das dinâmicas familiares".

Sabe-se que o objeto ou matéria-prima de trabalho do Serviço Social é a Questão


Social e suas mais variadas expressões na sociedade. Dessa forma, pode-se inferir que um dos
objetivos principais da profissão é o trabalho com foco prioritário na Família e em sua Proteção
Social.

Podemos acrescentar também que este é um dos objetivos das Legislações na área de
Assistência Social, como por exemplo: a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), a
Política Nacional de Assistência Social (PNAS), o Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), dentre outras leis.

A família é uma instituição que oferece Proteção Social aos seus membros e suas
demandas são expressões das necessidades próprias da vida em sociedade, as quais não devem
ser tomadas como "problemas de família", pois a responsabilidade da proteção de seus membros
não está restrita somente a ela, uma vez que a solução faz parte de um contexto mais amplo,
que extrapola as suas possibilidades de respostas. Alguns autores como Esping-Andersen e
Saraceno chamam esse fenômeno de Familismo6.

"O "familismo", na expressão empregada por vários autores (em especial Esping-Andersen,
1999, p. 45; Saraceno, 1994, p. 60-81), deve ser entendido como uma alternativa em que a
política pública considera - na verdade exige - que as unidades familiares assumam a
responsabilidade principal pelo bem-estar social. Justamente porque não provê suficiente
ajuda à família, um sistema com maior grau de "familismo" não deve ser confundido com
aquele que é pró-família". (GRIFOS NOSSOS).

É necessário também que sejam criados espaços de participação na sociedade que


englobe a participação da família enquanto sujeito de direitos, criando-se também metodologias
de trabalho que permitam desenvolver o exercício profissional dos Assistentes Sociais a partir
de uma lógica protetiva.

Vamos ver como esse assunto cai nas provas de concursos públicos?

6
CAMPOS, Marta Silva; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Política de assistência social e a posição da família na política social
brasileira. Ser Social, v. 12, p. 165-190, 2003.
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(EXATUS/Banpará/Assistente Social-2015)
A partir dos estudos de MIOTO (2010) a família deve ser compreendida como:

a) nas suas mais diversas configurações como um espaço altamente complexo e construída e
reconstruída histórica e cotidianamente, através das relações e negociações que estabelece entre
seus membros, pai, mãe e filhos (casal heterossexual).

b) a partir de uma perspectiva relacional. Ou seja, as relações familiares estão circunscritas


apenas às relações estabelecidas na família, seja no âmbito de seu domicílio, seja na sua rede
social primária.

c) não é apenas uma construção privada, mas também pública e tem um papel importante na
estruturação da sociedade em seus aspectos sociais, políticos e econômicos. E, nesse contexto,
pode-se dizer que é a família que cobre as insuficiências das políticas públicas, ou seja, longe
de ser um refúgio num mundo sem coração é atravessada pela questão social.

d) espaço privilegiado e insubstituível de proteção socialização primárias, provedora de


cuidados aos seus membros, que não necessita de proteção do Estado.

e) núcleo social que ao possuir diferentes tipos de organização familiar, se tornam famílias
desestruturadas e incapazes de aproveitar oportunidades que lhe são oferecidas pela sociedade
(e também pelo Estado) para resolverem seus problemas com seus próprios recursos, assim,
cabe ao Estado intervir junto a essas famílias.

Comentários
A questão trata da abordagem sobre o que Mioto (2010) em seu artigo "Família, trabalho com
famílias e Serviço Social" considera como família na sociedade contemporânea. A banca
examinadora "copia e cola" na alternativa correta o pensamento sobre família que a autora
considera em seu artigo.
A alternativa A está errada, pois segundo a autora, a família, nas suas mais diversas
configurações, constitui-se como um é o espaço altamente complexo e é construída e
reconstruída histórica e cotidianamente, através das relações e negociações que estabelece
entre seus membros e outras esferas da sociedade e entre ela e outras esferas da sociedade,
tais como Estado, trabalho e mercado, contrapondo-se às concepções que tratam a família a

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partir de uma determinada estrutura, tomada como ideal (casal com seus filhos) e com papéis
pré-definidos.
A alternativa B está errada, pois a autora discute conceitos e concepções que vão de encontro
ao conceito de família apenas numa perspectiva relacional, onde as relações familiares estão
circunscritas apenas às relações estabelecidas na família, seja no âmbito de seu domicílio, seja
na sua rede social primária.
A alternativa C está correta, pois segundo Mioto et al. (2004) Apud Mioto (2010) em seu
artigo "Família, trabalho com famílias e Serviço Social" considera como família não apenas
uma construção privada, mas também pública e tem um papel importante na estruturação da
sociedade em seus aspectos sociais, políticos e econômicos. E, nesse contexto, pode-se dizer
que é a família que "cobre as insuficiências das políticas públicas, ou seja, longe de ser um
"refúgio num mundo sem coração" é atravessada pela questão social".
A alternativa D está errada, pois a autora discute que a família é o espaço privilegiado e
insubstituível de proteção e socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros,
que necessita de proteção do Estado.
A alternativa E está errada, pois a família é o núcleo social que ao possuir diferentes tipos de
organização familiar, não se tornam famílias desestruturadas e não são incapazes de
aproveitar oportunidades que lhe são oferecidas pela sociedade (e também pelo Estado) para
resolverem seus problemas com seus próprios recursos.

Finalizamos aqui a discussão da aula 07.

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Aula 06

4 – Considerações Finais

Chegamos ao final da nossa aula 07!

Vimos o conteúdo que abrange a Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/2006), suas Disposições
Preliminares, Conceito de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a Assistência
à Mulher em Situação de Violência, as Medidas Protetivas de Urgências que devem ser
adotadas, dentre outros.

Vimos também as diferentes formas e configurações que a Família apresenta no cenário


contemporâneo e o trabalho do Assistente Social frente à garantia de Proteção Social para esse
público.

Objetivamos com essa aula aprofundar os principais pontos que envolvem os dois temas, pois
ambos são abordados, com frequência, em provas de concursos públicos na área de Serviço
Social.

Saliento novamente que a leitura, na íntegra, da Lei Maria da Penha é de extrema importância
para o (a) concurseiro (a), aliado à prática de muitos exercícios e aprofundamento de seus
principais tópicos.

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no


fórum no Curso, por e-mail e, inclusive, pelo Instagram. Aguardo vocês na nossa próxima aula.

Estudem e continuem persistindo no objetivo de vocês!!

Um grande abraço!

Profa. Anna Valéria Andrade.

Instagram - Profa. Anna Valéria Andrade.

https://www.instagram.com/annavaleriaandrade

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (EXATUS/Banpará/Assistente Social-2015)

A partir dos estudos de MIOTO (2010) a família deve ser compreendida como:

a) nas suas mais diversas configurações como um espaço altamente complexo e construída e
reconstruída histórica e cotidianamente, através das relações e negociações que estabelece entre
seus membros, pai, mãe e filhos (casal heterossexual).

b) a partir de uma perspectiva relacional. Ou seja, as relações familiares estão circunscritas


apenas às relações estabelecidas na família, seja no âmbito de seu domicílio, seja na sua rede
social primária.

c) não é apenas uma construção privada, mas também pública e tem um papel importante na
estruturação da sociedade em seus aspectos sociais, políticos e econômicos. E, nesse contexto,
pode-se dizer que é a família que cobre as insuficiências das políticas públicas, ou seja, longe de
ser um refúgio num mundo sem coração é atravessada pela questão social.

d) espaço privilegiado e insubstituível de proteção socialização primárias, provedora de cuidados


aos seus membros, que não necessita de proteção do Estado.

e) núcleo social que ao possuir diferentes tipos de organização familiar, se tornam famílias
desestruturadas e incapazes de aproveitar oportunidades que lhe são oferecidas pela sociedade (e
também pelo Estado) para resolverem seus problemas com seus próprios recursos, assim, cabe
ao Estado intervir junto a essas famílias.

Comentários

A questão trata da abordagem sobre o que Mioto (2010) em seu artigo "Família, trabalho com
famílias e Serviço Social" considera como família na sociedade contemporânea. A banca
examinadora "copia e cola" na alternativa correta o pensamento sobre família que a autora
considera em seu artigo.

A alternativa A está errada, pois segundo a autora, a família, nas suas mais diversas
configurações, constitui-se como um é o espaço altamente complexo e é construída e
reconstruída histórica e cotidianamente, através das relações e negociações que estabelece entre
seus membros e outras esferas da sociedade e entre ela e outras esferas da sociedade, tais
como Estado, trabalho e mercado, contrapondo-se às concepções que tratam a família a partir
de uma determinada estrutura, tomada como ideal (casal com seus filhos) e com papéis pré-
definidos.

A alternativa B está errada, pois a autora discute conceitos e concepções que vão de encontro
ao conceito de família apenas numa perspectiva relacional, onde as relações familiares estão
circunscritas apenas às relações estabelecidas na família, seja no âmbito de seu domicílio, seja
na sua rede social primária.
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A alternativa C está correta, pois segundo Mioto et al. (2004) Apud Mioto (2010) em seu artigo
"Família, trabalho com famílias e Serviço Social" considera como família não apenas uma
construção privada, mas também pública e tem um papel importante na estruturação da sociedade
em seus aspectos sociais, políticos e econômicos. E, nesse contexto, pode-se dizer que é a família
que "cobre as insuficiências das políticas públicas, ou seja, longe de ser um "refúgio num mundo
sem coração" é atravessada pela questão social".

A alternativa D está errada, pois a autora discute que a família é o espaço privilegiado e
insubstituível de proteção e socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros,
que necessita de proteção do Estado

A alternativa E está errada, pois a família é o núcleo social que ao possuir diferentes tipos de
organização familiar, não se tornam famílias desestruturadas e não são incapazes de
aproveitar oportunidades que lhe são oferecidas pela sociedade (e também pelo Estado) para
resolverem seus problemas com seus próprios recursos.

2. (FCM/IFRJ/ASSISTENTE SOCIAL- 2017)

Segundo Mioto (2010), quando os profissionais passaram a discutir a profissão do Serviço


Social dentro das bases da teoria social marxista, duas mudanças fundamentais foram
instituídas na forma de pensar e trabalhar a família. São elas:
a) A interpretação das demandas das famílias como questões de ordem moral e comportamental;
e o redimensionamento do alcance e da direcionalidade da ação profissional do assistente social
para a construção de um modelo ideal de família.
b) A interpretação das demandas das famílias como problemas individuais/familiares, ou seja,
como “casos de família” e o redimensionamento do alcance e da direcionalidade da ação
profissional do assistente social para sua eficiência operativa.
c) A interpretação das demandas das famílias como circunscritas ao campo da competência ou
incompetência de seus membros; e o redimensionamento do alcance e da direcionalidade da ação
profissional do assistente social para sua instrumentalidade.
d) A interpretação das demandas das famílias como expressões de necessidades humanas não
satisfeitas, decorrentes da desigualdade social; e o redimensionamento do alcance e da
direcionalidade da ação profissional do assistente social para a transformação social.
e) A interpretação das demandas das famílias sobre lógica do auxílio público provisório e o
redimensionamento do alcance e da direcionalidade da ação profissional do assistente social para
os procedimentos e a regulamentação do atendimento às famílias.
Comentários
A alternativa D está correta está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Mioto
(2010):
"tais demandas são interpretadas como expressões de necessidades humanas não
satisfeitas, decorrentes da desigualdade social própria da organização capitalista. Assim,
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torna-se possível desvincular-se da ideia que as necessidades expressas nas famílias e pelas
famílias são “casos de família” e, por conseguinte, as questões que afligem as famílias não se
circunscrevem no campo da competência ou incompetência desses sujeitos. A outra mudança
decorrente da nova perspectiva teórica refere-se ao redimensionamento exigido em relação a
ação profissional, tanto no que diz respeito ao seu alcance como a sua direcionalidade.
Com a possibilidade de postular que as soluções dos problemas expressos na família e pela
família, só se efetivam, de fato, com a transformação das bases de produção e reprodução das
relações sociais - superação do modo de produção capitalista - exige-se que a ação profissional
seja pensada na sua teleologia. Ou seja, como propõe Guerra (2000) uma ação profissional
que se projeta para além de sua eficiência operativa ou de sua instrumentalidade e seja
comprometida eticamente com a transformação social" (GRIFOS NOSSOS).

3. (VUNESP/Pauliprev - SP (Mun. de Paulínia/ASSISTENTE SOCIAL- 2018)

Embora haja consenso no Serviço Social de que a diversidade de arranjos familiares está
intrinsecamente condicionada às transformações societárias contemporâneas, o padrão de
funcionalidade esperado da família, por parcela de profissionais, continua calcado em
postulações culturais tradicionais referentes aos papéis paterno e, principalmente,
materno. Entrementes, há também concordância no Serviço Social de que a família não se
constitui apenas uma construção privada, mas também pública, na medida em que:

a) é atravessada pela questão social.


b) produz e reproduz subjetividades.
c) é plenamente aceita pela sociedade.
d) compõe os espaços alternativos.
e) promove a socialização de valores.
Comentários
A alternativa A está correta, pois segundo Mioto et al. (2004) Apud Mioto (2010), a família não
é apenas uma construção privada, mas também publica e tem um papel importante na
estruturação da sociedade em seus aspectos sociais, políticos e econômicos. E, nesse contexto,
pode-se dizer que é a família que “cobre as insuficiências das políticas públicas, ou seja, longe
de ser um “refúgio num mundo sem coração” é atravessada pela questão social.

4. (EXATUS/BANPARÁ/ASSISTENTE SOCIAL- 2015)

Ao longo da história, a relação estabelecida entre família e Estado foi marcada pela
ideologia de que as famílias devem ter a competência para proteger e cuidar de seus
membros. Essa crença pode ser considerada um dos pilares da construção dos processos de
assistência às famílias. Segundo Mioto (2004) para nortear esses processos, se estabelece
como reveladora dessa ideologia, a distinção básica entre famílias:
a) famílias capazes e famílias incapazes. Na categoria das capazes incluem-se aquelas que, via
mercado, trabalho e organização interna, conseguem desempenhar com êxito as funções que lhes
são atribuídas pela sociedade, enquanto que, nas incapazes estariam aquelas que não conseguindo
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desempenho das funções atribuídas, requerem a interferência externa, a princípio do Estado, para
a proteção dos seus membros.
b) famílias normais e famílias desestruturadas. Na categoria das famílias normais estão aquelas
compostas por pai, mãe e filhos concebidos biologicamente pela união do casamento, enquanto
que, na categoria de famílias desestruturadas estão aquelas que possuem diferentes configurações
familiares, contrariando o modelo de família ideal.
c) famílias pobres e famílias ricas. Na categoria das famílias pobres estão aquelas sem renda, que
dependem do Bolsa família, enquanto que, na categoria de famílias ricas incluem-se aquelas que,
via mercado, trabalho e organização interna, conseguem desempenhar com êxito as funções que
lhes são atribuídas pela sociedade.
d) famílias boas e famílias más. Na categoria das famílias boas incluem-se aquelas que têm como
figura central o patriarca, ou seja, o“pai" , que é simultaneamente chefe do clã (dos parentes
com laços de sangue) e administrador de toda a extensão econômica e de toda influência social
que a família exerce, enquanto que, nas famílias más, o chefe de família é a mulher
e) famílias nucleares e famílias ampliadas. Na categoria das famílias nucleares estão o grupo
familiar composto por um par de adultos que devido a relações sexuais ocorridas e correntes
entre o par que se uniu por relações, que permitiu o surgimento dos parentes de primeiro graus e
seus filhos, enquanto que, nas famílias ampliadas, estão aquelas que se estende para além da
unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a
criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
Comentários
A alternativa A está correta, pois trata exatamente do que é abordado por Mioto (2004) em seu
artigo com Marta Silva Campos intitulado: Política de Assistência Social e a posição da família
na política social brasileira. A concepção de que as famílias são responsáveis por proteger e
cuidar de seus membros está amplamente arraigada e difundida na sociedade, ocasionando
consequências e desdobramentos na operacionalização da Política de Assistência Social,
alimentando a distinção entre famílias capazes e incapazes. De acordo com Mioto (2004) APUD
Mioto (2000):

"Ela alimenta o estabelecimento de uma distinção básica entre famílias capazes e famílias
incapazes, mais capazes ou menos incapazes (Mioto, 2000). Como capazes são definidas
aquelas que, via mercado, trabalho e organização interna - as famosas "estratégias de
sobrevivência" - conseguem desempenhar com "êxito" as funções que lhes são atribuídas pela
sociedade. Como incapazes são consideradas aquelas que, não conseguindo atender às
expectativas sociais relacionadas ao desempenho das funções atribuídas, requerem a
interferência externa, em princípio do Estado, para a proteção de seus membros. Ou seja, são
merecedoras da ajuda pública as famílias que falharam na responsabilidade do cuidado e
proteção de seus membros. A categorização das famílias como capazes ou incapazes, sãs ou
doentes, normais ou anormais, se encontra fortemente arraigada no senso comum, assim
como frequenta as propostas dos políticos e dos técnicos. A execução terminal dessa política
pelos profissionais da área social, na maioria das vezes mergulhados nesta concepção
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tradicionalista, ou sem aportes teóricos para a discussão dos processos de inserção da família
no âmbito da política social, coloca em movimento ações que produzem resultados justamente
opostos, mesmo para aqueles potencialmente esperados na própria concepção dos programas
sociais" (GRIFOS NOSSOS).

5. (CESPE/Min. Público Estadual - CE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA- 2020)

Conforme a Lei Maria da Penha, caracteriza forma específica de violência doméstica e


familiar contra a mulher:
a) conduta que a impeça de usar método contraceptivo, o que constitui violência moral.
b) a destruição de seus objetos e instrumentos de trabalho, o que constitui violência física.
c) conduta que limite o exercício de seus direitos sexuais, o que constitui violência psicológica.
d) conduta que a faça participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação ou ameaça,
o que constitui violência moral.
e) a retenção de seus documentos pessoais, o que constitui violência patrimonial.
Comentários
A alternativa A está errada, pois de acordo com o inciso I do Artigo 7° da Lei Maria da Penha,
qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher é considerada violência
física.
A alternativa B está errada, pois de acordo com o inciso II do Artigo 7° da Lei Maria da
Penha, constitue-se como violência psicológica qualquer conduta que cause dano emocional e
diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à saúde psicológica e
à autodeterminação da mulher.
A alternativa C está errada, pois de acordo com o inciso III do Artigo 7° da Lei Maria da Penha,
constitue-se como violência sexual qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou
uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade,
que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez,
ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite
ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
A alternativa D está errada, pois novamente de acordo com o inciso III do Artigo 7° da Lei
Maria da Penha, tal conduta é tida como violência sexual.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o inciso IV do Artigo
7° da Lei Maria da Penha, a violência patrimonial é entendida como:

"qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades".
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6. (IBADE/IPM - JP/ASSISTENTE SOCIAL - 2018)


Contemporaneamente, coexistem diversas formas de entendimento acerca do tema família.
Para tratar do direito à convivência familiar e comunitária, o Estatuto da Criança e
Adolescente prevê que a família “que se estende para além da unidade pais e filhos ou da
unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade” (art. 25, §Único) é a família:
a) substituta
b) acolhedora
c) natural
d) ampliada
e) social
Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Parágrafo Único do
Artigo 25 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), inserido pela Lei n° 12.010/2009:

"Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais
e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade".

7. (FCC/Defensoria Pública - AM/ASSISTENTE SOCIAL - 2018 - ADAPTADA)


A década de 1960 foi um divisor de águas no modelo de família. Entre os elementos que
contribuíram para as mudanças no modelo de família está a possibilidade de uso dos
métodos contraceptivos, que causou a cisão entre sexualidade e reprodução. Além desse
desatrelamento, este método contraceptivo também colaborou para:
a) o aumento da natalidade.
b) maior inserção dos homens no mercado de trabalho.
c) a diminuição nos casos de separações legais.
d) maior inserção da mulher no mercado de trabalho.
Comentários

A alternativa A está errada, pois o uso da pílula anticoncepcional provocou um fenômeno


inverso: a diminuição da natalidade.

A alternativa B está errada, pois o que houve foi o aumento das mulheres no mercado de
trabalho, uma vez que se reduziu o número de nascimentos e as mulheres poderiam trabalhar
com maior facilidade.

A alternativa C está errada, pois com o uso de contraceptivos pelas mulheres, os homens
começaram a se preocupar com a fidelidade de esposas e namoradas, ocasionando um aumento
no número de separações legais.
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A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois em 1960 foi lançado o contraceptivo
nos Estados Unidos. A pílula significaria uma verdadeira revolução nos hábitos sexuais,
ocasionando uma verdadeira revolução sexual na época. Dessa forma, a pílula significou uma
reviravolta no conceito de sexualidade e sua demanda aumentou muito a partir de 1965 na
Alemanha7.
8. (IBFC/PM-MG/ASSISTENTE SOCIAL - 2015)
As afirmativas abaixo evocam a discussão acerca do conceito de Família e sua relação com
o Serviço Social. Analise-as tomando como referência a obra de Mioto (2010), no texto “
Família, trabalho com famílias e Serviço Social".
I. O trabalho com famílias esteve por um longo período relegado a um segundo plano pelo
Serviço Social brasileiro.
II. Atualmente, dado o amadurecimento teórico e metodológico do Serviço Social brasileiro
é impraticável a construção de um debate em torno do trabalho com famílias ancorado em
premissas teórico-metodológicas da teoria social crítica.
III. No período de 1970 à 2000 a família alcançou o estatuto de objeto de estudo privilegiado
no âmbito do Serviço Social brasileiro.
IV. Nos anos 1990 a questão da família vai ter grande visibilidade no Serviço Social
brasileiro isso considerando-se a produção teórica da profissão no período.
Podemos concluir que:
a) Estão corretas apenas as afirmativas II e IV.
b) Estão corretas apenas as afirmativas II e III.
c) Está correta apenas a afirmativa II.
d) Está correta apenas a afirmativa I.
Comentários
Vamos comentar cada item da questão:
I. O trabalho com famílias esteve por um longo período relegado a um segundo plano pelo
Serviço Social brasileiro.
O item I está correto, pois de acordo com Mioto (2010), a incorporação da família como
referência na política social brasileira reavivou o debate em torno do trabalho com famílias, que
por muito tempo ficou relegado a segundo plano no âmbito do Serviço Social brasileiro.
II. Atualmente, dado o amadurecimento teórico e metodológico do Serviço Social brasileiro é
impraticável a construção de um debate em torno do trabalho com famílias ancorado em
premissas teórico-metodológicas da teoria social crítica.

7
Fonte: Made for minds. Disponível em: < https://www.dw.com/pt-br/1960-primeira-p%C3%ADlula-anticoncepcional-
chega-ao-mercado/a-611248>. Acesso em 23 jan. 2020.
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O item II está errado, pois de acordo com Mioto (2010), impõe-se nesse momento o grande
desafio de demarcar tanto o foco de estudo sobre família que interessa ao campo do Serviço
Social - enquanto profissão e área de conhecimento –, como a construção do debate em torno do
trabalho com famílias ancorado nas premissas teórico-metodológicas da Teoria Social Crítica.
III. No período de 1970 à 2000 a família alcançou o estatuto de objeto de estudo privilegiado no
âmbito do Serviço Social brasileiro.
O item III está errado, pois de acordo com a referida autora, no percurso localizado entre os
anos de 1970 - 2000, a família não alcançou o estatuto de objeto de estudo privilegiado no âmbito
da profissão e isso trouxe consequências bastante indesejadas.
IV. Nos anos 1990 a questão da família vai ter grande visibilidade no Serviço Social brasileiro
isso considerando-se a produção teórica da profissão no período.
O item IV está errado, pois de acordo com Mioto, nos anos de 1990 a questão da família no
Serviço Social vai ter pouca visibilidade se comparada a produção sobre política social e direitos
sociais, mas vai sendo anunciada a sua pertinência.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois traz apenas o item I como correto,
estando os demais itens e alternativas errados.
9. (VUNESP/TJSP-ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - 2017)
A Lei n° 11.340/2006, conhecida como “Lei Maria da Penha”, tem como objetivo coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher e representa um grande avanço na proteção
às diferentes formas de violência presentes na vida da mulher brasileira. No atendimento à
mulher em situação de violência doméstica e familiar, conforme estabelece o artigo 11,
inciso V, a autoridade policial deverá, entre outras providências:
a) monitorar sua rotina diária como medida de segurança.
b) encaminhar a vítima à sua família de origem para garantia de sua proteção.
c) assegurar as condições para sua alimentação ainda que ela exerça atividade laboral.
d) retirar o agressor da moradia comum.
e) informar à ofendida os direitos a ela conferidos e os serviços disponíveis.
Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois o inciso V do Artigo 11° da Lei Maria
da Penha, a autoridade policial deverá, dentre outras providências:

"Informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive
os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação
de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união
estável".

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10. (FCC/Tribunal Regional do Trabalho da 2° Região/ASSISTENTE SOCIAL - 2018)


As diversas configurações familiares revelam a complexidade dessa instituição, pois a
mesma é construída e reconstruída nas relações entre seus membros, cotidianamente, e em
todas as esferas da sociedade. Sendo assim, é correto afirmar que a família contribui para
a:
a) estruturação da sociedade em seus aspectos econômicos.
b) formação de modelos visando ao desenvolvimento social.
c) incorporação de narrativas políticas e econômicas atemporal.
d) definição de estereótipos complexos e sociais.
e) implantação de ações sociais e políticas homogêneas.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Mioto (2010):

"A família, nas suas mais diversas configurações constitui-se como um espaço altamente
complexo. É construída e reconstruída histórica e cotidianamente, através das relações e
negociações que estabelece entre seus membros, entre seus membros e outras esferas da
sociedade e entre ela e outras esferas da sociedade (...). Portanto, ela não é apenas uma
construção privada, mas também pública e tem um papel importante na estruturação da
sociedade em seus aspectos sociais, políticos e econômicos."

11. (IBADE/ Pref. Ji-Paraná-RO/ASSISTENTE SOCIAL - 2018)


A consolidação da teoria marxista no meio profissional do Serviço Social modificou a visão
de família que predominou na profissão desde o seu inicio.Assim a família passou a ser
concebida:
a) como um ente vocacionado a desenvolver papéis de cuidado e de disciplinarização de seus
membros.
b) como uma estrutura que tem sua dinâmica marcada pelas contradições da sociedade em um
determinado momento histórico.
c) enquanto redes privilegiadas de solidariedade e sociabilidade engendradas pela convivência.
d) a partir de uma visão ampliada cujo ponto central é a sua função de socialização dos indivíduos
através das relações intergeracionais.
e) na sua condição de totalidade em que se faz necessária a mediação para o atendimento às
demandas de cada indivíduo membro da família. programa de transferência de renda.
Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Mioto (2010):

"Pensar a família no campo da proteção social implica reconhecer que a família na sua dimensão
simbólica, na sua multiplicidade, na sua organização é importante à medida que subsidia a
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compreensão sobre o lugar que lhe é atribuído na configuração da proteção social de uma
sociedade, em determinado momento histórico".

12. (FGV/Ministério Público Bahia- Assistente Social - 2017)

Uma das mudanças encontradas no contexto familiar atualmente diz respeito à pessoa de
referência na família, que hoje, majoritariamente:

a) é a rede socioassistencial

b) são os avós aposentados

c) é o homem

d) é a mulher

e) são as redes comunitárias

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com a PNAS (2004):

"A família brasileira vem passando por transformações ao longo do tempo. Uma delas refere-
se à pessoa de referência da família. Da década passada até 2002 houve um crescimento de 30%
da participação da mulher como pessoa de referência da família. Em 1992, elas eram referência
para aproximadamente 22% das famílias brasileiras, e em 2002, passaram a ser referência para
próximo de 29% das famílias. Esta tendência de crescimento ocorreu de forma diferente entre
as regiões do País e foi mais acentuada nas regiões metropolitanas. Em Salvador, 42,2% das
famílias tinham na mulher sua referência. Em Belém eram 39,8% e em Recife 37,1%. Entre as
grandes regiões, o Norte apresentava a maior proporção de famílias com este perfil, 33,4%, e o
Sul, a menor, 25,5%. Entre as Unidades Federadas, em um dos extremos estava o Amapá com
41,1% e, no outro, o Mato Grosso, com 21,9% das famílias cuja pessoa de referência é a
mulher".

13. (CESPE - TJPA /ASSISTENTE SOCIAL - 2020)

Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência,


a autoridade policial deverá, de imediato, adotar determinados procedimentos, entre eles:

a) ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais,
indicando a existência demandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra
ele.

b) fazer acareação entre vítima e agressor, no prazo de quarenta e oito horas, para a concessão de
medidas protetivas de urgência.

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c) remeter, no prazo de setenta e duas horas, expediente apartado ao juiz com pedido da ofendida
para a concessão de medidas protetivas de urgência.

d) expedir, no prazo de doze horas, alvará de soltura eletrônico em favor do agressor,


independentemente de haver medida protetiva deferida à vítima.

e) ouvir pelo menos uma testemunha, para validação do depoimento da suposta vítima, no prazo
de quarenta e oito horas, antes de ordenar a identificação do agressor e de fazer juntar aos autos
sua folha de antecedentes criminais.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o inciso VI do Artigo
12° da Lei Maria da Penha:

"Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro
da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos,
sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:

(...)

VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências
policiais contra ele".

14. (IESES/BAHIAGÁS- Assistente Social - 2016)

Com o advento da lei 11.340 de 07 de agosto de 2006, que trata da Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher, mais popularmente conhecida como Lei Maria da Penha,
objetivou-se uma maior seriedade na aplicação das penas e promover uma maior segurança
para a mulher. É considerada um avanço no que se refere à Política de Proteção à Mulher,
além de estabelecer no artigo 7º as formas de violência contra a mulher, quais sejam:

a) Agressão, coação, conduta ou ação de omissão, discriminação, constrangimento, abuso sexual,


isolamento, humilhação, exploração, chantagem, ameaça, insulto.

b) Violência doméstica, violência de gênero, violência familiar, violência física, violência


intrafamiliar, violência moral, violência patrimonial, violência psicológica, violência sexual.

c) Violência física, violência emocional, violência social, violência sexual, violência financeira,
perseguição, coação, diminuição da auto estima.

d) Violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial, violência


moral, entre outras.

e) Violência física, violência sexual, intimidação, injúria, calúnia, difamação, ridicularização,


perseguição, isolamento, vigilância constante, ameaça.

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Comentários

A alternativa D está correta, pois de acordo com o Artigo 7° da Lei Maria da Penha:

"São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação;

III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,


subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer
suas necessidades;

V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria".

As alternativas A, B, C e E trazem alguns tipos de violências que não são contempladas pela
Lei n° 11.340/2006 e, por esse motivo, encontram-se erradas.

15. (IBADE/IPM - JP-ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Em consonância com a tipificação da violência definida na Lei Maria da Penha, a


destruição de documentos pessoais da mulher caracteriza a violência:

a) sexual.

b) física.

c) moral.

d) psicológica.

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e) patrimonial.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o inciso IV do Artigo
7° da Lei Maria da Penha, a violência patrimonial pode ser entendida como:

"qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus
objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades".

16. (IBADE/IPM - JP-ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

A Lei Maria da Penha, Lei n° 11.340/2006, tipifica e define a violência doméstica e familiar
contra a mulher. Na legislação em tela a(s):

a) renúncia da denúncia pode ser feita pela vítima diretamente na delegacia.

b) relações pessoais na violência doméstica independem de orientação sexual.

c) violência doméstica pressupõe coabitação.

d) mulher deve entregara intimação ao agressor.

e) penas iniciais são pecuniárias.

Comentários

A alternativa A está errada, pois de acordo com o Artigo 16° da Lei Maria da Penha, nas ações
penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada
com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. A alternativa
encontra-se errada, pois afirma que a renúncia da denúncia pode ser feita pela vítima diretamente
na delegacia.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Parágrafo Único do
Artigo 5° da referida Lei:

"As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual".

A alternativa C está errada, pois de acordo com o inciso III do Artigo 5°, configura-se violência
doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, em qualquer
relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.

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A alternativa D está errada, pois de acordo com o Parágrafo Único do Artigo 21° da referida
Lei, a ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.

A alternativa E está errada, pois de acordo com o Artigo 17° da Lei Maria da Penha, é vedada a
aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica
ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento
isolado de multa.

17. (CESPE - TJPA/ASSISTENTE SOCIAL - 2020)

Mariana e Carlos, servidores públicos federais, tinham um relacionamento e moravam na


mesma residência, mas não eram casados civilmente. Recentemente, eles se separaram,
deixando de coabitar. Inconformado com a separação, Carlos passou a agredir Mariana
fisicamente.

Considerando essa situação hipotética e as disposições da Lei Maria da Penha, assinale a


opção correta:

a) A situação não se enquadra na condição de violência doméstica e familiar porque Mariana e


Carlos não mais coabitam.

b) A situação não se enquadra na condição de violência doméstica e familiar porque Mariana não
é casada civilmente com Carlos.

c) Se Carlos praticar violência sexual contra Mariana, ela não terá direito ao serviço de
contracepção de emergência, por este ser ilegal.

d) Caso o juiz decida aplicar medida protetiva em favor de Mariana, ela não poderá entregar a
intimação a Carlos.

e) Mariana não tem direito a remoção no seu trabalho como medida de proteção.

Comentários

A alternativa A está errada, pois de acordo com o inciso III do Artigo 5° da Lei Maria da Penha,
em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independente de coabitação.

A alternativa B está errada, pois a mulher não precisa, necessariamente, ser casada
civilmente. Uma união estável, por exemplo, poderá caracterizar a violência doméstica.
Conforme comentamos anteriormente, o próprio Artigo 5° da Lei Maria da Penha, afirma que a
violência doméstica poderá ser caracterizada em qualquer relação íntima de afeto, na qual o
agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independente de coabitação.

A alternativa C está errada, pois de acordo com o Parágrafo 3° do Artigo 9° da Lei Maria da
Penha, a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de
forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência
Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas
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e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso. Dessa forma, a


assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos
benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de
contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e
cabíveis nos casos de violência sexual.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 21° da Lei
11.340/2006:

"Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do
advogado constituído ou do defensor público".

A alternativa E está errada, pois de acordo com o inciso I do Parágrafo 2° do Artigo 9° da Lei
Maria da Penha, o juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para
preservar sua integridade física e psicológica o acesso prioritário à remoção quando servidora
pública, integrante da administração direta ou indireta.

18. (IDECAN-Pref. Leopoldina - MG/ASSISTENTE SOCIAL - 2016- ADAPTADA)

De acordo com a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, Título III“Da Assistência à


Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar”, capítulo I“Das Medidas
Integradas de Prevenção”no Art. 8º "a política pública que visa coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não governamentais,
tendo por diretrizes":

I. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério


Público e ao Poder Judiciário.

II. Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal.

III. Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida.

IV. Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do


local da ocorrência ou do domicílio familiar.

V. informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis,


inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo
competente da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de
dissolução de união estável.

Estão INCORRETAS as diretrizes:

a) I, IV e V, apenas.
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b) II, III e IV, apenas.

c) III, IV e V, apenas.

d) I, II, III, IV, e V.

Comentários

Perceba que a questão pede as alternativas INCORRETAS. Fique atento (a) a essa informação.

Vamos comentar cada item da questão.

I. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público


e ao Poder Judiciário.

O item I está errado, pois não se trata de uma das diretrizes da política pública que visa coibir
a violência doméstica e familiar contra a mulher. De acordo com o inciso I do Artigo 11° da Lei
Maria da Penha, "Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao
Ministério Público e ao Poder Judiciário" trata-se de uma das providências que a autoridade
policial deverá tomar no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar.

II. Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal.

Novamente, o item II está errado, pois não se trata de uma das diretrizes da política pública
que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. De acordo com o inciso II do
Artigo 11° da Lei Maria da Penha, "Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao
Instituto Médico Legal" também se trata de uma das providências que a autoridade policial
deverá tomar no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar.

III. Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando
houver risco de vida.

O item III está errado, pois não se trata de uma das diretrizes da política pública que visa
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. De acordo com o inciso III do Artigo 11°
da Lei Maria da Penha, "Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou
local seguro, quando houver risco de vida" trata-se de uma das providências que a autoridade
policial deverá tomar no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar.

IV. Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da
ocorrência ou do domicílio familiar.

O item IV está errado, pois não se trata de uma das diretrizes da política pública que visa
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. De acordo com o inciso IV do Artigo 11°
da Lei Maria da Penha, "Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus
pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar" trata-se novamente de uma das
providências que a autoridade policial deverá tomar no atendimento à mulher em situação de
violência doméstica e familiar.

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V. informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive
os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de
separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável.

O item V está errado, pois não se trata de uma das diretrizes da política pública que visa
coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. De acordo com o inciso V do Artigo 11°
da Lei Maria da Penha, por meio de redação dada pela Lei nº 13.894, de 2019 que altera a Lei
Maria da Penha, "Informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços
disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo
competente da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de
dissolução de união estável" trata-se de uma das providências que a autoridade policial deverá
tomar no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar.

A alternativa D está correta, pois os itens I, II, III, IV, e V não correspondem às diretrizes da
política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Como a questão
pede a alternativa incorreta, esse é o gabarito da questão.

19. (QUADRIX/Pref. Cristalina- GO-ASSISTENTE SOCIAL 2019)

A violência doméstica é uma realidade que se faz presente no cotidiano de várias mulheres.
Dentro desse cenário, a Lei n.º 11.340/2006, também denominada Lei Maria da Penha, é
um importante instrumento que apresenta mecanismos tanto de coibição da violência
quanto de proteção às mulheres. Quanto à Lei Maria da Penha, assinale a alternativa
correta:

a) A Lei Maria da Penha se aplica a todas as situações de violência contra a mulher, inclusive
naquelas que ocorrem no contexto da rua, em conflitos de trânsito, em que um desconhecido
profere uma palavra ofensiva a uma mulher.

b) Uma das medidas protetivas de urgência aplicadas pelo juiz ao agressor é a determinação da
prestação de alimentos provisórios à mulher vítima de violência doméstica.

c) Totalizam quatro os tipos de violência contra a mulher expressos e identificados na Lei Maria
da Penha. São elas as violências físicas, psicológicas, morais e sexuais.

d) Uma das penas aplicadas pelos juízes ao agressor é a prestação pecuniária ou a doação de
cestas básicas para instituições filantrópicas cadastradas no fórum.

e) Entre as medidas integradas de prevenção à violência doméstica contra a mulher, destaca‐se o


fornecimento de transporte, para a ofendida e seus dependentes, para abrigo ou local seguro, após
a ocorrência da violência e quando houver risco de morte.

Comentários

A alternativa A está errada, pois de acordo com o artigo, configura violência doméstica e
familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial que seja desenvolvida no
âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas,
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com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregada; no âmbito da família,


compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram
aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa e em qualquer
relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,
independentemente de coabitação.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o inciso V do artigo
22° da Lei Maria da Penha:

"Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as
seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

(...)

V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios".

A alternativa C está errada, pois de acordo com o Artigo 7° da Lei Maria da Penha, são formas
de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: a violência física, entendida
como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; a violência psicológica,
entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou
que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação,
manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; a violência
sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar
de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar
qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; a violência patrimonial, entendida como
qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos,
incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades e a violência moral, entendida como
qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

A alternativa D está errada, pois de acordo com o Artigo 17° da lei 11.340/2006, é vedada a
aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica
ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento
isolado de multa.

A alternativa E está errada, pois de acordo com o inciso III do Artigo 11° da referida Lei, no
atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá,
entre outras providências, fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou
local seguro, quando houver risco de vida, não se tratando de uma medida integrada de prevenção
à violência doméstica contra a mulher.

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20. (AOCP/SUSIPE -PA-ASSISTENTE SOCIAL 2018)

O que é família extensa?

a) Família extensa é aquela que se estende para além da unidade de pais e filhos ou da unidade
do casal, formada por parentes próximos.

b) São famílias que estenderam os laços familiares aos amigos, vizinhos e afilhados.

c) São famílias formadas após o processo de divórcio.

d) São famílias por pares do mesmo sexo e seus filhos, em que um adulto do casal assuma
orientação sexual diferente da heterossexual.

e) São famílias compostas por um homem, mulher e filhos coabitando o mesmo espaço.

Comentários

A questão recorre ao conceito de família extensa ou ampliada preconizado pelo Estatuto da


Criança e do Adolescente (ECA).

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Parágrafo Único do
Artigo 25 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), inserido pela Lei n° 12.010/2009:

"aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada
por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de
afinidade e afetividade."

21. (IF-PA/IF-PA -ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Segundo a Lei Maria da Penha, Lei Federal número 11.340 de 7 de agosto de 2006, são
formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

a) a violência física; a violência intelectual, a violência hormonal, a violência patrimonial; e a


violência motivacional.

b) a violência corporal; a violência subjetiva, a violência sexual, a violência econômica; e a


violência motivacional.

c) a violência física; a violência psicológica, a violência sexual, a violência patrimonial; e a


violência moral.

d) a violência corporal; a violência psicológica, a violência sexual, a violência financeira; e a


violência religiosa.

e) a violência física; a violência subjetiva, a violência natural, a violência patrimonial; e a


violência moral.

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Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 7°da Lei
Maria da Penha:

"São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação;

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sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou
manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,


subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer
suas necessidades;

V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria".

22. (UPENET/IAUPE /UPE -ASSISTENTE SOCIAL 2017)

Sobre a“Lei Maria da Penha", assinale a alternativa INCORRETA:

a) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma


articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência
Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas
e políticas públicas de proteção e emergencialmente quando for o caso.

b) O juiz determinará, por prazo indeterminado, a inclusão da mulher em situação de violência


doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e
municipal.

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c) O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua
integridade física e psicológica, a manutenção do vínculo trabalhista, e, quando necessário, o
afastamento do local de trabalho, por até 6 meses.

d) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso


aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de
contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e
cabíveis nos casos de violência sexual.

e) A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por
meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e de ações não governamentais, tendo por diretrizes, dentre outras, o respeito, nos
meios de comunicação social, aos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a
coibir os papéis estereotipados, que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar.

Comentários

Não esqueça, queridos (as) concurseiros (as), que a questão quer a alternativa ERRADA. Com
isso, destaque essa informação do seu enunciado, para não marcar uma das alternativas corretas
por engano.

A alternativa A está errada, pois de acordo com o Artigo 9° da Lei n° 11.340/2006, a assistência
à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema
Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas
de proteção e emergencialmente quando for o caso.

A alternativa B está correta, pois de acordo com o Parágrafo 1° do Artigo 9° da Lei Maria da
Penha:

"O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica
e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal".

Como a questão pede a alternativa errada e afirma que o juiz determinará, por prazo
indeterminado, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro
de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal, esse é o gabarito da questão.

A alternativa C está errada, pois de acordo com o inciso II, do Parágrafo 2° do Artigo 9° da
referida Lei, O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para
preservar sua integridade física e psicológica, a manutenção do vínculo trabalhista, e, quando
necessário, o afastamento do local de trabalho, por até 6 meses.

A alternativa D está errada, pois de acordo com o Parágrafo 3° do Artigo 9° da Lei Maria da
Penha, a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o
acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os
serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis

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(DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos


necessários e cabíveis nos casos de violência sexual.

A alternativa E está errada, pois de acordo com o Artigo 8° da Lei Maria da Penha, a política
pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um
conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de
ações não governamentais, tendo por diretrizes, dentre outras, o respeito, nos meios de
comunicação social, aos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os
papéis estereotipados, que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar.

23. (PUC - PR/TJ-MS - ASSISTENTE SOCIAL - 2017)

"A Lei Maria da Penha (Lei 11.340), sancionada no dia 7 de agosto de 2006, completa 11
anos de vigência em 2017. Ferramenta essencial para o enfrentamento da violência de
gênero, a norma tem sido aplicada de forma progressiva. Apesar de os índices de violência
ainda serem alarmantes, é possível perceber que as mulheres estão, cada dia mais, abrindo
a porta de suas casas para a entrada da Justiça.

De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),


divulgado em março de 2015, a Lei Maria da Penha fez diminuir em cerca de 10% a taxa
de homicídios contra as mulheres dentro das residências. A norma disciplinou diversas
questões, como medidas de prevenção, medidas protetivas de urgência, assistência
judiciária e até mesmo atendimento multidisciplinar". Texto adaptado (Fonte: STJ-
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/N
ot%C3%ADcias/Ajurisprud%C3%AAncia-do-STJ-nos-11-anos-da-Lei-Maria-da-
Penha).

Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA:

a) Para os efeitos dessa Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause lesão, sofrimento físico sexual ou psicológico
em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.

b) O alvo da Lei Maria da Penha se limita à violência praticada por maridos contra esposas ou
companheiros contra companheiras e as pessoas envolvidas têm de morar sob o mesmo teto. A
vítima, contudo, precisa, necessariamente, ser mulher.

c) De acordo com a Lei Maria da Penha, constatada a prática de violência doméstica e familiar
contra a mulher, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente,
medidas protetivas de urgência, como o afastamento do lar e a proibição de manter contato com
a vítima, não podendo determinar de imediato a prestação de alimentos provisórios.

d) As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser


substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos da vítima
forem ameaçados ou violados. Não poderá o juiz, a pedido da ofendida, conceder novas medidas
protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, sendo indispensável que o requerimento
seja feito pelo Ministério Público.
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e) Não poderá o juiz determinar o afastamento da ofendida do lar, a fim de assegurar direitos
relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos, cabendo ao agressor afastar-se do lar, domicílio
ou local de convivência com a ofendida.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 5° da Lei
Maria da Penha:

"Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou
psicológico e dano moral ou patrimonial:

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de


pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade
expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com
a ofendida, independentemente de coabitação".

A alternativa B está errada, pois a Lei Maria da Penha não se limita à violência praticada por
maridos contra mulheres ou companheiros contra companheiras, conforme afirma a
alternativa. Existem decisões do STJ já que equiparam a aplicação desta lei à mãe e filha,
padrasto e enteada, namorados, irmãos e casais homoafetivos femininos, onde as pessoas
envolvidas não precisam, necessariamente, residir sob o mesmo teto. Porém, a vítima, precisa ser
mulher8.

A alternativa C está errada, pois de acordo com o Artigo 22 da Lei Maria da Penha, constatada
a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao
agressor, em conjunto ou separadamente, medidas protetivas de urgência, como o afastamento
do lar e a proibição de manter contato com a vítima, podendo sim determinar de imediato a
prestação de alimentos provisórios.

A alternativa D está errada, pois de acordo com o Parágrafo 3° do Artigo 19 da referida Lei,
poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas
medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção
da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.

8
Fonte: CONSULTOR JURÍDICO. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-ago-07/veja-jurisprudencia-stj-11-anos-
lei-maria-penha>. Acesso em: 20 de jan de 2020.

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A alternativa E está errada, pois de acordo com o inciso III do Artigo 23 da Lei n° 11.340/2006,
poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas, determinar o afastamento da
ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos.

24. (FEPESE/UFSC - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Sobre a Lei Maria da Penha (Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006), é correto afirmar que:

a) Em 2018 foi incluído na Lei n°11.340/2006 o crime de descumprimento de medidas


protetivas de urgência (Lei n° 13.641/2018) que passa a prever pena de detenção, de 3 meses a
2 anos.

b) Quando a complexidade do caso de violência contra a mulher exigir avaliação mais


aprofundada, o juiz não poderá determinar a manifestação de profissional especializado,
mediante a indicação da equipe de atendimento multidisciplinar

c) O poder executivo está dispensado de criar e promover delegacias, núcleos de defensoria


pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-legal especializados no atendimento à
mulher em situação de violência doméstica e familiar caso não possua orçamento suficiente para
tal.

d) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso


aos serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) desde que
comprovada a residência no território da unidade básica de saúde de sua referência.

e) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria, não constitui violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez que não envolve
agressões físicas.

Comentários

A questão trata do crime de descumprimento de medidas protetivas de urgência, incluído na


Lei Maria da Penha pela Lei n° 13.641/2018.

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 24 - A da


Lei Maria da Penha, descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência
previstas nesta Lei, gera pena de detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.

A alternativa B está errada, pois de acordo com o Artigo 31 da Lei Maria da Penha, quando a
complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá determinar a
manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe de atendimento
multidisciplinar.

A alternativa C está errada, pois de acordo com o inciso III do Artigo 35 da referida Lei, a
União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das
respectivas competências delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros

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de perícia médico-legal especializados no atendimento à mulher em situação de violência


doméstica e familiar.

A alternativa D está errada, pois de acordo com o Parágrafo 3° do Artigo 9° da Lei da Maria da
Penha, a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o
acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os
serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos
necessários e cabíveis nos casos de violência sexual.

A alternativa E está errada, pois de acordo com o inciso V do Artigo 7° da referida Lei, são
formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: a violência moral,
entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

25. (FCC-TRT - 3° Região MG - ANALISTA JUDICIÁRIO/ASSISTENTE SOCIAL)

A Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, nos casos de violência doméstica e familiar contra
a mulher, proíbe a aplicação de pena (artigo 17) de:

a) afastamento do lar, domicílio ou local de convivência.

b) prisão preventiva, decretada pelo juiz de ofício a requerimento do Ministério Público.

c) cesta básica e a substituição de pena que implique pagamento isolado de multa.

d) suspensão de porte de armas, com comunicação ao órgão competente.

e) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 17° da Lei
Maria da Penha:

" É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas
de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que
implique o pagamento isolado de multa".

26. (CESPE/DPE - PE - DEFENSOR PÚBLICO - 2018)

Com relação aos instrumentos previstos na Lei Maria da Penha, assinale a opção correta:

a) A violência patrimonial contra a mulher se restringe à destruição total de seus documentos


pessoais e dos bens e recursos econômicos destinados a satisfazer as suas necessidades.

b) Alguém da convivência da mulher que lhe cause dano moral ou patrimonial não comete crime,
porque essas atitudes, à luz da lei, não são consideradas violência doméstica ou familiar.
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c) A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma forma de violação de direitos
humanos.

d) Para fins legais, a comprovação da relação íntima de afeto entre o agressor e a ofendida depende
de coabitação.

e) A legislação especial, ao se referir à violência moral, não inclui condutas que configurem a
calúnia, a difamação ou a injúria.

Comentários

A alternativa A está errada, pois de acordo com o inciso IV do Artigo 7° da Lei Maria da Penha,
a violência patrimonial é uma das formas de violência doméstica e familiar contra a mulher e
pode ser entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores
e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. A
alternativa encontra-se errada porque afirma que a violência patrimonial se restringe à destruição
total de seus documentos pessoais e dos bens e recursos econômicos destinados a satisfazer as suas
necessidades.

A alternativa B está errada, pois de acordo com os incisos IV e V do Artigo 7° da Lei Maria da
Penha, a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer
suas necessidades e a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure
calúnia, difamação ou injúria são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 6° da Lei
Maria da Penha:

"Art. 6° A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação
dos direitos humanos".

A alternativa D está errada, pois de acordo com o inciso III do Artigo 5° da referida Lei, em
qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

A alternativa E está errada, pois de acordo com o inciso V do Artigo 7° da Lei Maria da Penha,
a violência moral é uma das formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entendida
como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

27. (IDECAN/Pref. Natal - RN - ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006) estabelece a situação relativa
aos casos envolvendo a violência doméstica e familiar contra a mulher, em que caberá a
prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
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Público ou mediante representação da autoridade policial. Assinale a situação em que caberá


a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou mediante representação da autoridade policial, conforme legislação e contexto
anterior:

a) Somente em caso de flagrante delito.

b) Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal.

c) Somente na fase conclusiva do inquérito policial ou da instrução criminal.

d) Somente na fase preliminar do inquérito policial ou da instrução criminal.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o Artigo 20° da Lei
Maria da Penha:

" Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou
mediante representação da autoridade policial".

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LISTA DE QUESTÕES
1. (EXATUS/Banpará/Assistente Social-2015)

A partir dos estudos de MIOTO (2010) a família deve ser compreendida como:

a) nas suas mais diversas configurações como um espaço altamente complexo e construída e
reconstruída histórica e cotidianamente, através das relações e negociações que estabelece entre
seus membros, pai, mãe e filhos (casal heterossexual).

b) a partir de uma perspectiva relacional. Ou seja, as relações familiares estão circunscritas


apenas às relações estabelecidas na família, seja no âmbito de seu domicílio, seja na sua rede
social primária.

c) não é apenas uma construção privada, mas também pública e tem um papel importante na
estruturação da sociedade em seus aspectos sociais, políticos e econômicos. E, nesse contexto,
pode-se dizer que é a família que cobre as insuficiências das políticas públicas, ou seja, longe de
ser um refúgio num mundo sem coração é atravessada pela questão social.

d) espaço privilegiado e insubstituível de proteção socialização primárias, provedora de cuidados


aos seus membros, que não necessita de proteção do Estado.

e) núcleo social que ao possuir diferentes tipos de organização familiar, se tornam famílias
desestruturadas e incapazes de aproveitar oportunidades que lhe são oferecidas pela sociedade (e
também pelo Estado) para resolverem seus problemas com seus próprios recursos, assim, cabe
ao Estado intervir junto a essas famílias.

2. (FCM/IFRJ/ASSISTENTE SOCIAL- 2017)

Segundo Mioto (2010), quando os profissionais passaram a discutir a profissão do Serviço


Social dentro das bases da teoria social marxista, duas mudanças fundamentais foram
instituídas na forma de pensar e trabalhar a família. São elas:
a) A interpretação das demandas das famílias como questões de ordem moral e comportamental;
e o redimensionamento do alcance e da direcionalidade da ação profissional do assistente social
para a construção de um modelo ideal de família.
b) A interpretação das demandas das famílias como problemas individuais/familiares, ou seja,
como “casos de família” e o redimensionamento do alcance e da direcionalidade da ação
profissional do assistente social para sua eficiência operativa.
c) A interpretação das demandas das famílias como circunscritas ao campo da competência ou
incompetência de seus membros; e o redimensionamento do alcance e da direcionalidade da ação
profissional do assistente social para sua instrumentalidade.

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d) A interpretação das demandas das famílias como expressões de necessidades humanas não
satisfeitas, decorrentes da desigualdade social; e o redimensionamento do alcance e da
direcionalidade da ação profissional do assistente social para a transformação social.
e) A interpretação das demandas das famílias sobre lógica do auxílio público provisório e o
redimensionamento do alcance e da direcionalidade da ação profissional do assistente social para
os procedimentos e a regulamentação do atendimento às famílias.

3. (VUNESP/Pauliprev - SP (Mun. de Paulínia/ASSISTENTE SOCIAL- 2018)

Embora haja consenso no Serviço Social de que a diversidade de arranjos familiares está
intrinsecamente condicionada às transformações societárias contemporâneas, o padrão de
funcionalidade esperado da família, por parcela de profissionais, continua calcado em
postulações culturais tradicionais referentes aos papéis paterno e, principalmente,
materno. Entrementes, há também concordância no Serviço Social de que a família não se
constitui apenas uma construção privada, mas também pública, na medida em que:

a) é atravessada pela questão social.


b) produz e reproduz subjetividades.
c) é plenamente aceita pela sociedade.
d) compõe os espaços alternativos.
e) promove a socialização de valores.

4. (EXATUS/BANPARÁ/ASSISTENTE SOCIAL- 2015)

Ao longo da história, a relação estabelecida entre família e Estado foi marcada pela
ideologia de que as famílias devem ter a competência para proteger e cuidar de seus
membros. Essa crença pode ser considerada um dos pilares da construção dos processos de
assistência às famílias. Segundo Mioto (2004) para nortear esses processos, se estabelece
como reveladora dessa ideologia, a distinção básica entre famílias:
a) famílias capazes e famílias incapazes. Na categoria das capazes incluem-se aquelas que, via
mercado, trabalho e organização interna, conseguem desempenhar com êxito as funções que lhes
são atribuídas pela sociedade, enquanto que, nas incapazes estariam aquelas que não conseguindo
desempenho das funções atribuídas, requerem a interferência externa, a princípio do Estado, para
a proteção dos seus membros.
b) famílias normais e famílias desestruturadas. Na categoria das famílias normais estão aquelas
compostas por pai, mãe e filhos concebidos biologicamente pela união do casamento, enquanto
que, na categoria de famílias desestruturadas estão aquelas que possuem diferentes configurações
familiares, contrariando o modelo de família ideal.
c) famílias pobres e famílias ricas. Na categoria das famílias pobres estão aquelas sem renda, que
dependem do Bolsa família, enquanto que, na categoria de famílias ricas incluem-se aquelas que,

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via mercado, trabalho e organização interna, conseguem desempenhar com êxito as funções que
lhes são atribuídas pela sociedade.
d) famílias boas e famílias más. Na categoria das famílias boas incluem-se aquelas que têm como
figura central o patriarca, ou seja, o“pai" , que é simultaneamente chefe do clã (dos parentes
com laços de sangue) e administrador de toda a extensão econômica e de toda influência social
que a família exerce, enquanto que, nas famílias más, o chefe de família é a mulher
e) famílias nucleares e famílias ampliadas. Na categoria das famílias nucleares estão o grupo
familiar composto por um par de adultos que devido a relações sexuais ocorridas e correntes
entre o par que se uniu por relações, que permitiu o surgimento dos parentes de primeiro graus e
seus filhos, enquanto que, nas famílias ampliadas, estão aquelas que se estende para além da
unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a
criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

5. (CESPE/Min. Público Estadual - CE/ PROMOTOR DE JUSTIÇA- 2020)

Conforme a Lei Maria da Penha, caracteriza forma específica de violência doméstica e


familiar contra a mulher:
a) conduta que a impeça de usar método contraceptivo, o que constitui violência moral.
b) a destruição de seus objetos e instrumentos de trabalho, o que constitui violência física.
c) conduta que limite o exercício de seus direitos sexuais, o que constitui violência psicológica.
d) conduta que a faça participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação ou ameaça,
o que constitui violência moral.
e) a retenção de seus documentos pessoais, o que constitui violência patrimonial.
6. (IBADE/IPM - JP/ASSISTENTE SOCIAL - 2018)
Contemporaneamente, coexistem diversas formas de entendimento acerca do tema família.
Para tratar do direito à convivência familiar e comunitária, o Estatuto da Criança e
Adolescente prevê que a família “que se estende para além da unidade pais e filhos ou da
unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade” (art. 25, §Único) é a família:
a) substituta
b) acolhedora
c) natural
d) ampliada
e) social
7. (FCC/Defensoria Pública - AM/ASSISTENTE SOCIAL - 2018 - ADAPTADA)
A década de 1960 foi um divisor de águas no modelo de família. Entre os elementos que
contribuíram para as mudanças no modelo de família está a possibilidade de uso dos
métodos contraceptivos, que causou a cisão entre sexualidade e reprodução. Além desse
desatrelamento, este método contraceptivo também colaborou para:
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a) o aumento da natalidade.
b) maior inserção dos homens no mercado de trabalho.
c) a diminuição nos casos de separações legais.
d) maior inserção da mulher no mercado de trabalho.
8. (IBFC/PM-MG/ASSISTENTE SOCIAL - 2015)
As afirmativas abaixo evocam a discussão acerca do conceito de Família e sua relação com
o Serviço Social. Analise-as tomando como referência a obra de Mioto (2010), no texto “
Família, trabalho com famílias e Serviço Social".
I. O trabalho com famílias esteve por um longo período relegado a um segundo plano pelo
Serviço Social brasileiro.
II. Atualmente, dado o amadurecimento teórico e metodológico do Serviço Social brasileiro
é impraticável a construção de um debate em torno do trabalho com famílias ancorado em
premissas teórico-metodológicas da teoria social crítica.
III. No período de 1970 à 2000 a família alcançou o estatuto de objeto de estudo privilegiado
no âmbito do Serviço Social brasileiro.
IV. Nos anos 1990 a questão da família vai ter grande visibilidade no Serviço Social
brasileiro isso considerando-se a produção teórica da profissão no período.
Podemos concluir que:
a) Estão corretas apenas as afirmativas II e IV.
b) Estão corretas apenas as afirmativas II e III.
c) Está correta apenas a afirmativa II.
d) Está correta apenas a afirmativa I.
9. (VUNESP/TJSP-ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - 2017)
A Lei n° 11.340/2006, conhecida como “Lei Maria da Penha”, tem como objetivo coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher e representa um grande avanço na proteção
às diferentes formas de violência presentes na vida da mulher brasileira. No atendimento à
mulher em situação de violência doméstica e familiar, conforme estabelece o artigo 11,
inciso V, a autoridade policial deverá, entre outras providências:
a) monitorar sua rotina diária como medida de segurança.
b) encaminhar a vítima à sua família de origem para garantia de sua proteção.
c) assegurar as condições para sua alimentação ainda que ela exerça atividade laboral.
d) retirar o agressor da moradia comum.
e) informar à ofendida os direitos a ela conferidos e os serviços disponíveis.
10. (FCC/Tribunal Regional do Trabalho da 2° Região/ASSISTENTE SOCIAL - 2018)
As diversas configurações familiares revelam a complexidade dessa instituição, pois a
mesma é construída e reconstruída nas relações entre seus membros, cotidianamente, e em
todas as esferas da sociedade. Sendo assim, é correto afirmar que a família contribui para
a:
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a) estruturação da sociedade em seus aspectos econômicos.


b) formação de modelos visando ao desenvolvimento social.
c) incorporação de narrativas políticas e econômicas atemporal.
d) definição de estereótipos complexos e sociais.
e) implantação de ações sociais e políticas homogêneas.
11. (IBADE/ Pref. Ji-Paraná-RO/ASSISTENTE SOCIAL - 2018)
A consolidação da teoria marxista no meio profissional do Serviço Social modificou a visão
de família que predominou na profissão desde o seu inicio.Assim a família passou a ser
concebida:
a) como um ente vocacionado a desenvolver papéis de cuidado e de disciplinarização de seus
membros.
b) como uma estrutura que tem sua dinâmica marcada pelas contradições da sociedade em um
determinado momento histórico.
c) enquanto redes privilegiadas de solidariedade e sociabilidade engendradas pela convivência.
d) a partir de uma visão ampliada cujo ponto central é a sua função de socialização dos indivíduos
através das relações intergeracionais.
e) na sua condição de totalidade em que se faz necessária a mediação para o atendimento às
demandas de cada indivíduo membro da família. programa de transferência de renda.

12. (FGV/Ministério Público Bahia- Assistente Social - 2017)

Uma das mudanças encontradas no contexto familiar atualmente diz respeito à pessoa de
referência na família, que hoje, majoritariamente:

a) é a rede socioassistencial

b) são os avós aposentados

c) é o homem

d) é a mulher

e) são as redes comunitárias

13. (CESPE - TJPA /ASSISTENTE SOCIAL - 2020)

Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência,


a autoridade policial deverá, de imediato, adotar determinados procedimentos, entre eles:

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a) ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais,
indicando a existência demandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra
ele.

b) fazer acareação entre vítima e agressor, no prazo de quarenta e oito horas, para a concessão de
medidas protetivas de urgência.

c) remeter, no prazo de setenta e duas horas, expediente apartado ao juiz com pedido da ofendida
para a concessão de medidas protetivas de urgência.

d) expedir, no prazo de doze horas, alvará de soltura eletrônico em favor do agressor,


independentemente de haver medida protetiva deferida à vítima.

e) ouvir pelo menos uma testemunha, para validação do depoimento da suposta vítima, no prazo
de quarenta e oito horas, antes de ordenar a identificação do agressor e de fazer juntar aos autos
sua folha de antecedentes criminais.

14. (IESES/BAHIAGÁS- Assistente Social - 2016)

Com o advento da lei 11.340 de 07 de agosto de 2006, que trata da Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher, mais popularmente conhecida como Lei Maria da Penha,
objetivou-se uma maior seriedade na aplicação das penas e promover uma maior segurança
para a mulher. É considerada um avanço no que se refere à Política de Proteção à Mulher,
além de estabelecer no artigo 7º as formas de violência contra a mulher, quais sejam:

a) Agressão, coação, conduta ou ação de omissão, discriminação, constrangimento, abuso sexual,


isolamento, humilhação, exploração, chantagem, ameaça, insulto.

b) Violência doméstica, violência de gênero, violência familiar, violência física, violência


intrafamiliar, violência moral, violência patrimonial, violência psicológica, violência sexual.

c) Violência física, violência emocional, violência social, violência sexual, violência financeira,
perseguição, coação, diminuição da auto estima.

d) Violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial, violência


moral, entre outras.

e) Violência física, violência sexual, intimidação, injúria, calúnia, difamação, ridicularização,


perseguição, isolamento, vigilância constante, ameaça.

15. (IBADE/IPM - JP-ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Em consonância com a tipificação da violência definida na Lei Maria da Penha, a


destruição de documentos pessoais da mulher caracteriza a violência:

a) sexual.

b) física.
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c) moral.

d) psicológica.

e) patrimonial.

16. (IBADE/IPM - JP-ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

A Lei Maria da Penha, Lei n° 11.340/2006, tipifica e define a violência doméstica e familiar
contra a mulher. Na legislação em tela a(s):

a) renúncia da denúncia pode ser feita pela vítima diretamente na delegacia.

b) relações pessoais na violência doméstica independem de orientação sexual.

c) violência doméstica pressupõe coabitação.

d) mulher deve entregara intimação ao agressor.

e) penas iniciais são pecuniárias.

17. (CESPE - TJPA/ASSISTENTE SOCIAL - 2020)

Mariana e Carlos, servidores públicos federais, tinham um relacionamento e moravam na


mesma residência, mas não eram casados civilmente. Recentemente, eles se separaram,
deixando de coabitar. Inconformado com a separação, Carlos passou a agredir Mariana
fisicamente.

Considerando essa situação hipotética e as disposições da Lei Maria da Penha, assinale a


opção correta:

a) A situação não se enquadra na condição de violência doméstica e familiar porque Mariana e


Carlos não mais coabitam.

b) A situação não se enquadra na condição de violência doméstica e familiar porque Mariana não
é casada civilmente com Carlos.

c) Se Carlos praticar violência sexual contra Mariana, ela não terá direito ao serviço de
contracepção de emergência, por este ser ilegal.

d) Caso o juiz decida aplicar medida protetiva em favor de Mariana, ela não poderá entregar a
intimação a Carlos.

e) Mariana não tem direito a remoção no seu trabalho como medida de proteção.

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18. (IDECAN-Pref. Leopoldina - MG/ASSISTENTE SOCIAL - 2016- ADAPTADA)

De acordo com a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, Título III“Da Assistência à


Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar”, capítulo I“Das Medidas
Integradas de Prevenção”no Art. 8º "a política pública que visa coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não governamentais,
tendo por diretrizes":

I. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério


Público e ao Poder Judiciário.

II. Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal.

III. Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida.

IV. Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do


local da ocorrência ou do domicílio familiar.

V. informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis,


inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo
competente da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de
dissolução de união estável.

Estão INCORRETAS as diretrizes:

a) I, IV e V, apenas.

b) II, III e IV, apenas.

c) III, IV e V, apenas.

d) I, II, III, IV, e V.

19. (QUADRIX/Pref. Cristalina- GO-ASSISTENTE SOCIAL 2019)

A violência doméstica é uma realidade que se faz presente no cotidiano de várias mulheres.
Dentro desse cenário, a Lei n.º 11.340/2006, também denominada Lei Maria da Penha, é
um importante instrumento que apresenta mecanismos tanto de coibição da violência
quanto de proteção às mulheres. Quanto à Lei Maria da Penha, assinale a alternativa
correta:

a) A Lei Maria da Penha se aplica a todas as situações de violência contra a mulher, inclusive
naquelas que ocorrem no contexto da rua, em conflitos de trânsito, em que um desconhecido
profere uma palavra ofensiva a uma mulher.

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b) Uma das medidas protetivas de urgência aplicadas pelo juiz ao agressor é a determinação da
prestação de alimentos provisórios à mulher vítima de violência doméstica.

c) Totalizam quatro os tipos de violência contra a mulher expressos e identificados na Lei Maria
da Penha. São elas as violências físicas, psicológicas, morais e sexuais.

d) Uma das penas aplicadas pelos juízes ao agressor é a prestação pecuniária ou a doação de
cestas básicas para instituições filantrópicas cadastradas no fórum.

e) Entre as medidas integradas de prevenção à violência doméstica contra a mulher, destaca‐se o


fornecimento de transporte, para a ofendida e seus dependentes, para abrigo ou local seguro, após
a ocorrência da violência e quando houver risco de morte.

20. (AOCP/SUSIPE -PA-ASSISTENTE SOCIAL 2018)

O que é família extensa?

a) Família extensa é aquela que se estende para além da unidade de pais e filhos ou da unidade
do casal, formada por parentes próximos.

b) São famílias que estenderam os laços familiares aos amigos, vizinhos e afilhados.

c) São famílias formadas após o processo de divórcio.

d) São famílias por pares do mesmo sexo e seus filhos, em que um adulto do casal assuma
orientação sexual diferente da heterossexual.

e) São famílias compostas por um homem, mulher e filhos coabitando o mesmo espaço.

21. (IF-PA/IF-PA -ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Segundo a Lei Maria da Penha, Lei Federal número 11.340 de 7 de agosto de 2006, são
formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

a) a violência física; a violência intelectual, a violência hormonal, a violência patrimonial; e a


violência motivacional.

b) a violência corporal; a violência subjetiva, a violência sexual, a violência econômica; e a


violência motivacional.

c) a violência física; a violência psicológica, a violência sexual, a violência patrimonial; e a


violência moral.

d) a violência corporal; a violência psicológica, a violência sexual, a violência financeira; e a


violência religiosa.

e) a violência física; a violência subjetiva, a violência natural, a violência patrimonial; e a


violência moral.
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22. (UPENET/IAUPE /UPE -ASSISTENTE SOCIAL 2017)

Sobre a“Lei Maria da Penha", assinale a alternativa INCORRETA:

a) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma


articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência
Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas
e políticas públicas de proteção e emergencialmente quando for o caso.

b) O juiz determinará, por prazo indeterminado, a inclusão da mulher em situação de violência


doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e
municipal.

c) O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua
integridade física e psicológica, a manutenção do vínculo trabalhista, e, quando necessário, o
afastamento do local de trabalho, por até 6 meses.

d) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso


aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de
contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e
cabíveis nos casos de violência sexual.

e) A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por
meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios e de ações não governamentais, tendo por diretrizes, dentre outras, o respeito, nos
meios de comunicação social, aos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a
coibir os papéis estereotipados, que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar.

23. (PUC - PR/TJ-MS - ASSISTENTE SOCIAL - 2017)

"A Lei Maria da Penha (Lei 11.340), sancionada no dia 7 de agosto de 2006, completa 11
anos de vigência em 2017. Ferramenta essencial para o enfrentamento da violência de
gênero, a norma tem sido aplicada de forma progressiva. Apesar de os índices de violência
ainda serem alarmantes, é possível perceber que as mulheres estão, cada dia mais, abrindo
a porta de suas casas para a entrada da Justiça.

De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),


divulgado em março de 2015, a Lei Maria da Penha fez diminuir em cerca de 10% a taxa
de homicídios contra as mulheres dentro das residências. A norma disciplinou diversas
questões, como medidas de prevenção, medidas protetivas de urgência, assistência
judiciária e até mesmo atendimento multidisciplinar". Texto adaptado (Fonte: STJ-
http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/N
ot%C3%ADcias/Ajurisprud%C3%AAncia-do-STJ-nos-11-anos-da-Lei-Maria-da-
Penha).

Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA:

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a) Para os efeitos dessa Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause lesão, sofrimento físico sexual ou psicológico
em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.

b) O alvo da Lei Maria da Penha se limita à violência praticada por maridos contra esposas ou
companheiros contra companheiras e as pessoas envolvidas têm de morar sob o mesmo teto. A
vítima, contudo, precisa, necessariamente, ser mulher.

c) De acordo com a Lei Maria da Penha, constatada a prática de violência doméstica e familiar
contra a mulher, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente,
medidas protetivas de urgência, como o afastamento do lar e a proibição de manter contato com
a vítima, não podendo determinar de imediato a prestação de alimentos provisórios.

d) As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser


substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos da vítima
forem ameaçados ou violados. Não poderá o juiz, a pedido da ofendida, conceder novas medidas
protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, sendo indispensável que o requerimento
seja feito pelo Ministério Público.

e) Não poderá o juiz determinar o afastamento da ofendida do lar, a fim de assegurar direitos
relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos, cabendo ao agressor afastar-se do lar, domicílio
ou local de convivência com a ofendida.

24. (FEPESE/UFSC - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Sobre a Lei Maria da Penha (Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006), é correto afirmar que:

a) Em 2018 foi incluído na Lei n°11.340/2006 o crime de descumprimento de medidas


protetivas de urgência (Lei n° 13.641/2018) que passa a prever pena de detenção, de 3 meses a
2 anos.

b) Quando a complexidade do caso de violência contra a mulher exigir avaliação mais


aprofundada, o juiz não poderá determinar a manifestação de profissional especializado,
mediante a indicação da equipe de atendimento multidisciplinar

c) O poder executivo está dispensado de criar e promover delegacias, núcleos de defensoria


pública, serviços de saúde e centros de perícia médico-legal especializados no atendimento à
mulher em situação de violência doméstica e familiar caso não possua orçamento suficiente para
tal.

d) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso


aos serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) desde que
comprovada a residência no território da unidade básica de saúde de sua referência.

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e) A violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria, não constitui violência doméstica e familiar contra a mulher, uma vez que não envolve
agressões físicas.

25. (FCC-TRT - 3° Região MG - ANALISTA JUDICIÁRIO/ASSISTENTE SOCIAL)

A Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006, nos casos de violência doméstica e familiar contra
a mulher, proíbe a aplicação de pena (artigo 17) de:

a) afastamento do lar, domicílio ou local de convivência.

b) prisão preventiva, decretada pelo juiz de ofício a requerimento do Ministério Público.

c) cesta básica e a substituição de pena que implique pagamento isolado de multa.

d) suspensão de porte de armas, com comunicação ao órgão competente.

e) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação.

26. (CESPE/DPE - PE - DEFENSOR PÚBLICO - 2018)

Com relação aos instrumentos previstos na Lei Maria da Penha, assinale a opção correta:

a) A violência patrimonial contra a mulher se restringe à destruição total de seus documentos


pessoais e dos bens e recursos econômicos destinados a satisfazer as suas necessidades.

b) Alguém da convivência da mulher que lhe cause dano moral ou patrimonial não comete crime,
porque essas atitudes, à luz da lei, não são consideradas violência doméstica ou familiar.

c) A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma forma de violação de direitos
humanos.

d) Para fins legais, a comprovação da relação íntima de afeto entre o agressor e a ofendida depende
de coabitação.

e) A legislação especial, ao se referir à violência moral, não inclui condutas que configurem a
calúnia, a difamação ou a injúria.

27. (IDECAN/Pref. Natal - RN - ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006) estabelece a situação relativa
aos casos envolvendo a violência doméstica e familiar contra a mulher, em que caberá a
prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou mediante representação da autoridade policial. Assinale a situação em que caberá
a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério
Público ou mediante representação da autoridade policial, conforme legislação e contexto
anterior:

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a) Somente em caso de flagrante delito.

b) Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal.

c) Somente na fase conclusiva do inquérito policial ou da instrução criminal.

d) Somente na fase preliminar do inquérito policial ou da instrução criminal.

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GABARITO
1. C 23. A

2. D 24. A

3. A 25. C

4. A 26. C

5. E 27. B

6. D

7. D

8. D

9. E

10. A

11. B

12. D

13. A

14. D

15. E

16. B

17. D

18. D

19. B

20. A

21. C

22. B

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei n. 11.340/2006. Coíbe a violência doméstica e familiar contra
a mulher. Presidência da República, 2006.

_______. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmera dos Deputados, Lei no 8.069, de 13 de


julho de 1990. DOU de 16/07/1990 – ECA. Brasília, DF.

CAMPOS, Marta Silva; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Política de assistência social e a posição
da família na política social brasileira. Ser Social, v. 12, p. 165-190, 2003.

CONSULTOR JURÍDICO. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-ago-07/veja-


jurisprudencia-stj-11-anos-lei-maria-penha>. Acesso em: 20 de jan de 2020.

______________________. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-jun-10/lei-


maria-penha-protege-tambem-mulher-transgenero-homem-gay>. Acesso em: 21 jan. 2020.

JUS BRASIL. Disponível em: <https://rgm650.jusbrasil.com.br/artigos/356787626/lei-maria-


da-penha-origem-e-representacao>. Acesso em: 21 jan. 2020.

MADE FOR MINDS. Disponível em: < https://www.dw.com/pt-br/1960-primeira-


p%C3%ADlula-anticoncepcional-chega-ao-mercado/a-611248>. Acesso em 23 jan. 2020.

MIOTO, R. C. Família, trabalho com famílias e Serviço Social. Palestra proferida na


Universidade Estadual de Londrina (UEL). Londrina: Serviço Social em Revista, v. 12, nº 2,
2010.

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