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Autor:
Anna Valéria Andrade, Nilza
Ciciliati
30 de Junho de 2022
Sumário
3.2.2 – Decisão.......................................................................................................................... 21
Questões Comentadas............................................................................................................. 46
Gabarito.................................................................................................................................... 83
1 - Considerações Iniciais
Olá queridos (as) concurseiros (as) de Serviço Social, tudo bem com vocês?
Na aula de hoje vamos estudar sobre três assuntos de extrema importância tanto para a nossa
atuação profissional quanto para a nossa preparação de concursos públicos.
Iremos aprofundar, de forma didática, para que você compreenda e acerte todas as questões de
provas, sempre enfatizando os tópicos de maior relevância e que caem, com mais frequência
nos concursos, para você se dar bem, independente do certame que for prestar!
Num segundo momento da nossa aula, iremos abordar a respeito do Planejamento Social, tema
bastante cobiçado pelas bancas examinadoras, dado o nível de detalhes que esse assunto
envolve.
E posteriormente, para fechar nosso conteúdo teórico da aula, iremos estudar sobre A
Dimensão investigativa do trabalho do Assistente Social.
Como é de praxe em todas as nossas aulas, ao final do conteúdo teórico desse e-book,
resolveremos e comentaremos uma bateria de questões de concursos anteriores na área de
Serviço Social, sempre focando nas questões de provas mais recentes e, ao longo da abordagem
teórica de cada subtópico, mostraremos como, de fato, o assunto é abordado nos concursos
públicos pelo Brasil. Em caso de dúvidas, estarei esperando você para resolvê-las em nosso
Fórum, ok?
Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes sociais:
https://www.instagram.com/annavaleriaandrade
Vou ser bem sincera com vocês, queridos (as) concurseiros (as), esse tema não despenca
em provas, não! Porém, quando cai, na maioria das vezes será o grande diferencial do (a)
candidato (a) bem preparado (a), pois a banca irá utilizar-se dos famosos "trocadilhos" acerca
de seus conceitos e, se o (a) candidato (a) não souber estabelecer essa diferença, irá ficar para
trás do (a) seu (sua) concorrente que sabe realizar essa diferenciação e dominar os demais
detalhes do assunto.
A bibliografia muito utilizada pela maioria das bancas examinadoras quando o assunto
é Assessoria e Consultoria é o livro: Assessoria e Consultoria em Serviço Social, livro
organizado por Maria Inês de Souza Bravo e Maurílio Castro de Matos, da Editora Cortez.
1
BRAVO, Maria Inês Souza e MATOS, Maurílio Castro. Assessoria, Consultoria e Serviço Social. Rio de Janeiro: 7 Letras;
FAPERJ, 2006.
4
Nos anos 80, esse tema é abordado em um artigo de autoria de Balbina Ottoni Vieira,
sob um viés do estrutural-funcionalismo e relatando acerca da importância da temática para
os Assistentes Sociais da época.
Os anos 90, o assunto ganha uma grande notoriedade, sendo considerado o grande
boom da temática assessoria na profissão, aliado ao desenvolvimento da reestruturação
produtiva e da reforma do aparelho do Estado, que "obrigava" as instituições da época a se
reorganizarem ao novo contexto que o Brasil vivenciava.
Para contextualizarmos o que o país vivia nessa época, de acordo com Bresser Pereira
(1998), uma condição necessária da reconstrução do Estado naquele momento era que ele
pudesse realizar não apenas suas tarefas clássicas de garantia da propriedade, mas também seu
papel de garantidor dos direitos sociais e de promotor da competitividade no país3.
Esse era o discurso empregado, porém, de acordo com Matos (2009), a reforma do
Estado e a reestruturação produtiva contribuíram para o aprofundamento da redução de
direitos, realidade que ia na contramão do que era defendido pelo Serviço Social, guiado pela
perspectiva intenção de ruptura, de forma majoritária no âmbito profissional.
2
MATOS, Maurílio Castro. Assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
3
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. A reforma do Estado dos anos 90: lógica e mecanismos de controle. Lua Nova: Revista de
cultura e política, n. 45, p. 49-95, 1998.
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Nos anos 2000, o tema Assessoria e Consultoria continuava presente nas iniciativas
profissionais dos Assistentes Sociais, porém com problematizações e relatos pontuais de
trabalhos, na maioria das vezes ligados a experiências com a Universidade.
Certamente, eu algum momento dos seus estudos você já deve ter se confundido com os
conceitos do que venha a ser Assessoria e Consultoria. São conceitos distintos, porém, muito
semelhantes.
"(...) aquela ação que é desenvolvida por um profissional com conhecimentos na área, que toma
a realidade como objeto de estudo e detém uma intenção de alteração da realidade. O assessor
não é aquele que intervém, deve sim, propor caminhos e estratégias ao profissional ou à
equipe que assessora e estes têm autonomia em acatar ou não suas proposições. Portanto, o
assessor deve ser alguém estudioso, permanentemente atualizado e com capacidade de
apresentar claramente as suas proposições". (GRIFOS NOSSOS).
A assessoria é a ação que objetiva ajudar, dar ideias, apontar caminhos e soluções
para o que está sendo planejado.
Consultoria vem da palavra consultar, pedir opinião sobre algo que seja do domínio
daquele profissional. Sendo mais pontual que a assessoria, remete a ideia de assistir alguém
sobre determinado assunto.
Vamos destacar essas diferenças através de um esqueminha, para que você não esqueça
nunca mais essa diferença.
Venham comigo! ;)
ASSESSORIA CONSULTORIA
Agora que você já sabe a diferença entre os dois conceitos, vamos elencar alguns pontos
que merecem atenção a respeito de ideias deturpadas do que venha a ser assessoria/consultoria.
4
VIEIRA, Balbina Ottoni. Modelo “assessoria” em Serviço Social. In: Modelos de Supervisão em Serviço Social. Rio de
Janeiro: Agir, 1981.
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Assessoria não é,
necessariamente, trabalho
precarizado e/ou temporário
• Devido ao status que a temática assessoria ganhou (e ainda ganha) ao longo do tempo,
muitos profissionais preferem realizar esse tipo de trabalho, deixando de lado o
atendimento à população que demanda seus serviços naquela Instituição que o Assistente
Social realiza a assessoria. A execução de uma atividade não substitui a outra e devemos
sim, desenvolver o trabalho juntos aos usuários que demandam nosso serviço, não
deixando-o em segundo plano.
Antes de tratarmos a respeito dessa temática, você lembra o que são Competências e
Atribuições Privativas do Assistente Social? Vimos isso em nossa aula sobre a Lei de
Regulamentação da Profissão (Lei n° 8.662/93).
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A afirmativa está errada, pois para realizar o trabalho de assessoria são necessários
conhecimentos específicos por parte do profissional que está exercendo essa atividade.
III. A assessoria é um serviço pontual, portanto, fere as atribuições privativas e
competências do Assistente Social brasileiro.
A afirmativa está errada, pois o exercício da assessoria é identificado como uma atribuição
privativa do Assistente Social e também como uma competência desse profissional.
IV. O assessor é um profissional que intervém junto à realidade analisada, indicando os
caminhos a serem seguidos por quem o contratou.
A afirmativa está errada, pois o assessor não intervém junto à realidade analisada, uma vez que
seu trabalho é auxiliar e apontar caminhos para quem o contratou realizar a intervenção nessa
realidade.
V. O assessor é tido como um assistente, adjunto, auxiliar ou ajudante que detém
conhecimentos que possam auxiliar a quem assessora.
De fato, a alternativa traz exatamente o conceito do que é assessor.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois apresenta as afirmativas I e V como
corretas.
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Vamos estudar agora um assunto que "chove de forma torrencial" em qualquer prova de
Serviço Social. Se eu tivesse que indicar um tema certo para cair em provas, com absoluta
certeza indicaria Planejamento Social. E digo mais... Indicaria o livro de autoria de Myrian
Veras Baptista intitulado Planejamento Social: intencionalidade e instrumentação.
LEITURA
OBRIGATÓRIA
Veras, 2019.
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"O planejamento é a ferramenta para pensar e agir dentro de uma sistemática analítica própria,
estudando as situações, prevendo seus limites e suas possibilidades, propondo-se objetivos,
definindo-se estratégias".
Os tomadores de decisão entenderam, com o passar do tempo, que para sanar problemas
e promover mudanças efetivas, deveria-se conhecer com profundidade a realidade e a
problemática para, a partir daí, agir sobre elas com intencionalidade e com objetivos claros e
definidos. Dessa forma, o planejamento começa a ser implementado como instrumento de
decisão.
Assim, o ato de planejar faz parte de um processo racional, organizado por operações
complexas e interligadas, as quais podemos citar:
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Planejamento
Retomada da
Reflexão Decisão Ação Reflexão
REFLEXÃO
DECISÃO
• Refere-se à escolha de alternativas, dos meios necessários para
implementar essas escolhas, definição de prazos, dentre outros.
AÇÃO
RETOMADA DA REFLEXÃO
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ELEMENTOS DO
PLANEJAMENTO ARDAR
É necessário também operá-lo com base numa perspectiva estratégica, que apreendam
as complexidades das relações, suas dificuldades, sempre dando ênfase aos ganhos obtidos
durante o processo.
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Competência Teórico-
Prática
PLANEJAMENTO
Competência Competência
Técnico-Operativa Ético-Política
3.2.1 – Equacionamento
Relaciona-se ao conjunto de informações que devem ser adotadas pelos centros decisões
para a tomada de decisões, aumentando, com isso, a capacidade e qualidade do processo
inerente ao planejamento.
O planejador fará suas escolhas devendo levar em consideração o contexto das relações
sociais, a partir de sua visão de mundo. Se a sua perspectiva de realidade se fizer a partir de um
cunho conservador, ele irá interpretar os fatos com base na imediaticidade que eles se revelam
no cotidiano.
" Se sua perspectiva de realidade se faz a partir de um ângulo conservador, o planejador vai
percebê-la enquanto fato socia objetivo, tomando o dado como o limite da reflexão. Essa
angulação concede autonomia ao fato social, aceitando, como elemento último do horizonte
analítico, a positividade da forma pela qual as relações sociais se põem; ou seja, aceitando o
real que se coloca imediatamente aos sentidos como dado de fato, não discutindo a realidade
posta por essa objetividade, fazendo com que a apreensão do real se resuma nas questões
colocadas no cotidiano, nas relações de consciência e de coerção cultural, não interessando o
processo que está em sua gênese".
3.2.2 – Decisão
3.2.3 – Operacionalização
Relaciona-se com o detalhamento das atividades que serão necessárias para que as
decisões tomadas sejam implementadas e efetivadas pelos centros decisórios. Nessa fase, o
técnico irá sistematizá-las em: planos, programas e projetos.
3.2.4 – Ação
Essa é a fase das providências que deverão ser tomadas para transformar em realidade
o que foi planejado, cabendo ao técnico acompanhar sua implantação, o controle e a avaliação
que irão, novamente, retroalimentar o ciclo do planejamento.
Vamos ver como esse assunto é abordado nas provas de concursos públicos pelo Brasil?
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O ser humano, por essência, é um ser planejador, pois vive cotidianamente formulando
e refletindo propostas e soluções para intervir em uma determinada situação. Esse processo é
feito é feito em meio a uma realidade que se modifica de forma constante.
Dessa forma, esse objeto vai sendo construído e reconstruído, de forma permanente, no
decorrer da ação planejada, sendo modificado e modificando o contexto que o produziu. Nesse
processo, o planejador vai perceber as diferentes formas e dimensões desse objeto, na intenção
de encontrar possíveis espaços que possa intervir e que o permitam promover uma ação mais
efetiva e eficaz sobre a problemática a ser trabalhada.
"A área de interesse (de demanda), suas determinações e a dinâmica de sua conjuntura; o âmbito
da reconstrução, seus limites e possibilidades; a visão de mundo e os estereótipos das pessoas
que ocupam posições no sistema das relações sociais ligados à área de interesse; e o
conhecimento acumulado e em processo sobre a questão".
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Demandas institucionais
Decisões profissionais
Aliado a isso, o profissional também estará com seu trabalho imerso a uma polaridade:
O EMPREGADOR que o contrata para intervir em uma determinada problemática, e as
PESSOAS, para as quais muitas vezes a intervenção está sendo feita para atender a uma
demanda que está vindo dessa população, mas não tem acesso aos recursos nem às decisões e
critérios de inclusão/exclusão para inserção naquele programa ou projeto, por exemplo.
Dessa forma, o planejador está colocado diante de um falso dilema: atender a demanda,
colocando-se do lado do empregador ou da população demandatária que demanda seus serviços,
ou seja, ao lado da população usuária.
"Se pretende elaborar essas demandas, reconstruindo o objeto de sua ação, precisa
compreendê-las, entendendo também as múltiplas formas como elas são percebidas e
vivenciadas (representações) pelos seus agentes, desmistificando as ideologias que lhe serviram
de gênese". (GRIFOS NOSSOS).
Tal processo de reconstrução do objeto deverá ser pautado sobre a percepção de que as
questões abordadas nesse processo se dão em diferentes níveis de apreensão e de intervenção
por parte do profissional.
Seu trabalho exige o conhecimento da visão de mundo e dos estereótipos das pessoas
que serão atingidas pelo planejamento e pela reconstrução do seu objeto. Assim, ao reelaborar
o objeto, o planejador irá efetuar um tríplice movimento:
De crítica;
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Para que exista uma ação que modifique com bons resultados uma situação, é necessário
conhecê-la em sua totalidade, a qual possui diferentes dimensões e se relaciona com contextos
e realidades maiores.
Além disso, deve-se haver uma abordagem transdisciplinar, que se caracterize por
diferentes tipos de conhecimentos, não se limitando somente a uma ação profissional específica.
Segundo Baptista (2002), mesmo que não esteja posta de forma explícita, há sempre
uma teoria orientando o recorte que o profissional faz da realidade e o modo como este
delineia sua ação, devendo essa teoria ser de cariz transformador, superando a parcialidade e
dando-lhe a dimensão de totalidade e de historicidade. Aliado a isso, é necessário também a
construção de um sistema de indicadores que permitirão a mensuração dos dados reais e
concretos.
Essa etapa consiste na análise exaustiva dos fatos pelo planejador, bem como na
organização, descrição, interpretação, visando sempre novas formas de aproximação com o
objeto do planejamento e buscando novas respostas a partir do real e das explicações dos dados
da realidade coletada.
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Baptista (2002) enfatiza que o objeto deverá ser escolhido levando em consideração a
importância da problemática no âmbito da responsabilidade da Instituição planejadora, bem
como dos interesses e necessidades do público alvo ou interesse da equipe responsável pelo
planejamento.
Vamos abrir um pequeno parêntese para explicar a você, querido (a) concurseiro (a)
qual a diferença desses termos.
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Agora que já sabemos a diferença entre objetivos e metas, podemos dizer que os
objetivos expressam a intencionalidade da ação a qual se planeja, no intuito de focá-la para
algo que ainda não foi alcançado, antecipando os resultados esperados e trabalhando a
possibilidade do alcance de uma realidade possível.
Outra colocação importante é que haja participação tanto dos responsáveis pela
execução quanto dos usuários na formulação das decisões e dos objetivos, pois quanto mais
aceitável for o objetivo e quanto mais a tomada de decisão envolver os atores do processo,
maior será a probabilidade de sucesso do planejamento.
Nesse contexto, caberá ao planejador analisar as propostas que serão postas, suas
vantagens e desvantagens, seus pontos positivos e negativos. Devem ser levados em
consideração também os recursos físicos, financeiros e humanos.
"Uma vez levantado um número razoável de alternativas, elas deverão ser classificadas e triadas
para, afinal, comporem um conjunto de propostas concretas, que deverão ser examinadas
profundamente para instrumentalizar a tomada de decisões quanto à escolha de alguns caminhos
em detrimento de outros".
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Queridos (as) concurseiros (as), vocês sabem qual a diferença entre planos, programas
e projetos?
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PLANOS
•Decisões de caráter mais geral, como por exemplo: linhas políticas, estratégias,
responsabilidades e diretrizes;
•Sistematização de objetivos e metas;
•Formulação de prioridades e viabilidades;
•Metas e resultados a serem atingidos;
•Responsabilidade de execução, controle e avaliação dos resultados.
PROGRAMAS
• Documentos que detalham, por SETOR, a política, diretrizes, metas, etc;
• Setorização do Plano;
• Objetivos setoriais do plano iráo constituir os objetivos gerais do Programa.
PROJETOS
•Documento que sistematiza e estabelece um maior nível de detalhamento das
ações, bem como a racionalização das decisões;
•Instrumental mais próximo da execução, que realiza o detalhamento das
atividades, estabelece prazos, recursos humanos,financeiros, receitas etc;
•O Projeto deverá ser simples e claro, preciso, objetivo, abrangente, dentre
outras características.
3.5 – Implementação
Nessa fase, o que foi planejado será transformado em AÇÃO. De acordo com Baptista,
(2002):
"A implantação é a operação, nos espaços e nos prazos determinados, das ações previstas no
planejamento. É a fase que se dá a instalação e o início de funcionamento do empreendimento".
(GRIFOS NOSSOS).
3.7 – Controle
✓ Relatórios;
✓ Boletins estatísticos.;
✓ Gráficos;
✓ Cronogramas;
✓ Orçamentos;
✓ Manuais;
✓ Dentre outros.
3.8 – Avaliação
Baptista (2002) ressalta que a avaliação pode ser o momento de maior conteúdo
dialético do planejamento e, para isso, é necessário:
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EFICIÊNCIA
EFICÁCIA
EFETIVIDADE
Em linhas gerais, podemos dizer que essa última etapa do planejamento consiste na
produção e desenvolvimento de estratégias de enfrentamento ao que não foi vantajoso na
execução da ação, traçando pontos fortes e fracos, a partir da revisão do processo como
dimensão do planejamento, desenvolvida de forma contínua e sistemática, para corrigir o
curso das ações e subsidiar novas tomadas de decisões.
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Outro artigo que trata essa temática com ampla propriedade e precisão é o artigo "A
atitude investigativa no trabalho do assistente social", da autora Cristina Kologeski Fraga,
publicado na revista "Serviço Social & Sociedade", edição n° 101, do ano de 2010.
Esse assunto está intimamente ligado a outro tema de extrema importância para a
profissão e que cai, com frequência, nas provas de concursos pelo Brasil: Pesquisa em Serviço
Social. Dada a sua relevância desse conteúdo, preferimos abordá-lo em aula específica desse
curso, fazendo o elo com a natureza investigativa do trabalho do Assistente Social.
Iremos iniciar esse assunto lembrando a você, querido (a) concurseiro (a), que o Serviço
Social possui, em sua essência, uma natureza interventiva na realidade social, tendo como
objeto ou matéria-prima de seu trabalho a Questão Social.
A partir da criação de seu projeto pedagógico, em meados da década de 90, que toma
como referência a Teoria Social Crítica, a partir da perspectiva Intenção de Ruptura, há a
formação de profissionais críticos desenvolvendo seu trabalho com base nessa dimensão
investigativa e interventiva como princípios fundamentais da formação e atuação profissional.
Assim, a atitude investigativa do Assistente Social irá evitar que isso aconteça e, por
isso, se faz necessário a formação de um profissional crítico, envolvido com a qualidade de sua
prática e com a pesquisa diária, a fim de instrumentalizar e qualificar sua ação profissional.
A pesquisa em Serviço Social vem expandindo-se nos últimos anos e dando um valioso
salto de qualidade, a partir do referencial teórico Marxista, dando à profissão um estatuto de
maioridade intelectual. (Cabe enfatizar aqui, queridos (as) concurseiros (as) que teremos em
nosso curso uma aula específica sobre o tema "Pesquisa em Serviço Social").
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Novamente, a fim de fazer você, querido (a) concurseiro (a), entender melhor como esse
assunto está imerso na Lei n° 8.662/93, traremos novamente os quadros que nos mostram o rol
de Competências e Atribuições Privativas e, em seguida, daremos mais detalhes acerca desse
conteúdo na dimensão investigativa e interventiva do Assistente Social.
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Iamamoto (2002) faz uma crítica acerca dos referidos artigos da Lei de
Regulamentação da profissão, os incisos II, III, VIII e XI, do Artigo 4 º, que
embora colocados como Competências, constituem-se, segundo a autora,
como Atribuições Privativas do Assistente Social, pois o que delimita o
caráter da atividade como de exclusividade do Assistente Social é a sua
qualificação enquanto MATÉRIA, ÁREA e UNIDADE DE SERVIÇO
SOCIAL.
O Artigo 5° da Lei n° 8.662/93 traz uma lista composta por 13 atribuições privativas
do Assistente Social, as quais podemos citar:
"Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:
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Vejam também, queridos (as) alunos (as) que grande parte das Competências e
Atribuições Privativas do Assistente Social estão imbricadas pela natureza investigativa da
profissão. Ousamos citar alguns exemplos, para que fique mais claro esse conteúdo para vocês!
Lembremos, queridos (as) concurseiros (as) que o Serviço Social é uma profissão
inscrita na divisão social e técnica do trabalho, que tem na Questão Social sua matéria-prima e
se funda na especialização desse trabalho, originando-se a partir da contradição existente do
modo de produção capitalista.
Com base nisso, a finalidade de sua ação profissional está intimamente ligada ao
enfrentamento das diferentes manifestações dessa Questão Social, objetivando a garantia
de direitos dos seus usuários.
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De acordo com Fraga (2010), podemos dizer que a atitude investigativa remete ao
profissional:
"(...) uma postura aberta do sujeito para investigar, a permanente curiosidade, expectativa para
aprender e entender o inesperado, o acaso, o que extrapola suas referências e o leva a ir além.
A atitude investigativa consiste numa postura inquieta e curiosa, por isso é fundamental na
bagagem cotidiana do profissional. A ausência dessa postura pode levar à cristalização das
informações, à estagnação do aprendizado profissional, o que, consequentemente,
comprometerá o compromisso do assistente social com a qualidade dos serviços prestados à
população usuária". (GRIFO NOSSO).
Battini (1994) acrescenta que essa postura investigativa constitui-se sempre na busca do
novo, a partir da reconstrução de categorias teórico-metodológicas que serão adquiridas dia
após dia através da leitura da realidade social e da intervenção profissional, superando a visão
pragmática, rotineira e a-histórica, baseada na imediaticidade que pode se apresentar na
profissão e em seu cotidiano de trabalho.
Dessa forma, o profissional não deve cair na rotinização de sua prática e deixar-se levar
por atividades repetitivas, burocráticas, rotineiras e esvaziadas de sentido e intencionalidade,
sendo desafiado a superar-se constantemente e resgatar a essência de seu trabalho. Suas ações
requerem uma postura investigativa permanente do real, com base em uma intervenção crítica,
propositiva e dinâmica, sem ser repetitiva.
Podemos concluir que a ação do Assistente Social deve ser norteada pelos seguintes
elementos:
Ação Profissional do
Assistente Social
Intervenção
Postura investigativa Interdisciplinaridade
Profissional
RESULTANDO
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A alternativa D está errada, pois a realização de entrevistas, estudo social, pareceres como
processo investigativo não devem ocorrer apenas em casos que apresentam alta vulnerabilidade
social. Devem ser realizados nos casos que o assistente social entenda a necessidade de sua
implementação, independente da existência de situações de alta vulnerabilidade social ou não.
A alternativa E está correta, pois de acordo com Guerra (2009):
"Daí que a postura investigativa do profissional se explicita na realização das suas competências
como um todo: nas fases de planejamento, implementação, avaliação e revisão crítica do
processo. A dimensão investigativa está intrinsecamente relacionada com a dimensão
interventiva, e a qualidade de uma implica a plena realização da outra".
(CESPE/TJRO- ANALISTA JUDICIÁRIO-ASSISTENTE SOCIAL)
A respeito da dimensão investigativa como suporte do exercício profissional, assinale a
opção correta:
a) Na atualidade do serviço social, assumir a investigação como suporte do exercício
profissional constitui risco para a sua prática, pois os assistentes sociais, ao assumirem a atitude
investigativo-científica em seu fazer cotidiano, prejudicam suas principais atribuições.
b) Há consenso de que a junção de métodos quantitativos e qualitativos não é recomendável,
por contribuir para a desarticulação das ações planejadas.
c) A ação investigativa permitirá maior conhecimento das relações familiares, possibilitando
aos profissionais a criação de novos padrões de controle sob o referido segmento populacional.
d) O assistente social que desenvolve ação investigativa na sua intervenção acentua a relação
sujeito de prática/objeto real, ainda que, entendendo que a investigação, como instrumento do
exercício profissional, supõe a necessária transformação do objeto real em objeto científico.
e) A pesquisa qualitativa por trabalhar com significados de vivências, por questão de sigilo não
deve ser devolvida aos sujeitos que dela participaram.
Comentários
A alternativa A está errada, pois ao assumir a postura investigativa em seu fazer cotidiano, o
assistente social irá desenvolvê-la a fim de dar suporte e qualificação a suas competências e/ou
atribuições privativas profissionais.
A alternativa B está errada, pois não é consenso de que a junção de métodos quantitativos e
qualitativos não é recomendável e eles não são responsáveis pela contribuição da desarticulação
das ações planejadas. Ao contrário do que afirma a alternativa, os métodos qualitativo e
quantitativo podem ser usados em conjunto, a fim de contribuir com o processo investigativo
que se deseja realizar.
A alternativa C está errada, pois as práticas de controle das famílias e populações faziam parte
de ações conservadoras desenvolvidas nos primórdios da profissão. Atualmente, o projeto ético-
político objetiva, dentre outros, pela garantia de direitos e liberdade dos usuários do Serviço
Social e não prima por esse tipo de prática.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Iamamoto (1998),
a articulação da profissão com a realidade é um grande desafio, pois o Serviço Social não atua
apenas sobre a realidade, mas na realidade. Dessa forma, a atitude investigativa supõe
ultrapassar os fenômenos como se apresentam no imediato das relações, primando pela busca
de sua essência, a fim de desvelar o objeto ou realidade social na qual atua.
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A alternativa E está errada, pois independente do método que for utilizado na pesquisa, seus
resultados devem ser socializados com os sujeitos que dela participaram.
4 – Considerações Finais
Um abraço caloroso!
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https://www.instagram.com/annavaleriaandrade
QUESTÕES COMENTADAS
1. (QUADRIX)/Pref. de Cristalina - GO/ASSISTENTE SOCIAL-2019)
c) Possui como uma de suas etapas a avaliação, que deve estar presente dialeticamente em todo
o seu processo.
Comentários
A alternativa B está errada, pois a realidade social não é algo totalmente definido e sofre
constantes mudanças, sendo uma realidade mutável.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2010):
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"A avaliação está presente dialeticamente em todo o processo do planejamento: quando se inicia
a ação planejada, inicia-se concomitantemente sua avaliação (...). Não é portanto o seu
momento final, mas aquele em que o processo ascende a outro patamar, reconstruindo
dinamicamente seu objeto, objetivos e procedimentos".
A alternativa D está errada, pois de acordo com Baptista (2002), a dimensão política do
planejamento decorre do fato de que ele é um processo contínuo de tomada de decisões, inscritas
nas relações de poder, fato que caracteriza uma função política.
A alternativa E está errada, pois o plano apresenta as decisões de caráter geral do processo e o
projeto é responsável pela apresentação do um maior nível de detalhamento. Perceba que a
alternativa inverteu as definições de plano e projeto.
2. (AOCP/FUNPAPA/ASSISTENTE SOCIAL-2018)
e) assessoria e consultoria.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2000):
3. (AOCP/FUNPAPA/ASSISTENTE SOCIAL-2018)
No âmbito do Serviço Social, como é denominada a ação realizada pelo assistente social que
busca propor caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe, e estes, por sua vez, têm
autonomia para acatar ou não as proposições?
a) Consultoria.
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b) Assessoria.
c) Monitoria.
d) Supervisão.
e) Auditoria.
Comentários
A questão trata do conceito de Assessoria, na intenção de confundir a cabeça do (a) candidato (a)
em relação à sutil diferença existente entre Assessoria e Consultoria. De acordo com Matos
(2009), a distinção entre assessoria e consultoria é mínima. Consultoria vem da palavra
consultar, que significa pedir opinião. Portanto, consultoria é mais pontual que assessoria que
remete a ideia de assistir. Sabendo disso, as bancas de concursos públicos adoram fazer
"pegadinhas" em suas questões.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Matos (2006):
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Os elementos estruturantes da ação profissional podem ser entendidos como aqueles que
dão sustentabilidade a toda e qualquer ação: o conhecimento / investigação, o planejamento
e a documentação do processo de trabalho; os objetivos, as formas de abordagens dos
sujeitos a quem se destina a ação; os instrumentos técnico-operativos e outros recursos
implicados na ação.
II. Deve-se partir das demandas postas pelos sujeitos, sejam elas de caráter coletivo ou
singular.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
Comentários
A pesquisa deve ser, de fato, algo inerente ao exercício profissional, pois irá possibilitar uma
maior qualidade e robustez ao trabalho do profissional.
II. Deve-se partir das demandas postas pelos sujeitos, sejam elas de caráter coletivo ou
singular.
A pesquisa deverá partir da demanda do público alvo, sujeitos que estão envolvidos no processo,
sendo ela uma demanda coletiva ou singular.
Não é possível o desenvolvimento de um trabalho consistente sem planejamento, uma vez que
ele é constituído de um processo racional e científico, que prima pela qualificação da ação
profissional. Sem um planejamento adequado, as ações tornam-se meramente ações pontuais,
destituídas de finalidade e intencionalidade.
a) planejamentos
b) assessorias
c) projetos
d) avaliações
e) administrações
Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois a Assessoria pode ser considerada
uma forma indireta de prestação de serviços do Assistente Social a órgãos governamentais, não
governamentais e empresas privadas, uma vez que Matos (2006) ressalta que o assessor é tido
como um assistente, auxiliar ou ajudante que auxilia a quem assessora, não sendo aquele que
intervém, mas aquele que propõe caminhos ao profissional ou equipe que presta assessoria. Dessa
forma, normalmente, não tem vínculo empregatício com que o contrata e atua na prestação de
serviços à organização ou profissional que necessita de seu trabalho.
Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois o planejamento estratégico irá guiar
o profissional em cada etapa da atividade a ser desenvolvida, minimizando os erros que poderão
50
surgir ao longo do processo. Esse tipo de planejamento visa o desenvolvimento de atividades que
tem por objetivo elaborar planos de curto, médio ou longo prazo, dependendo do objetivo do que
está sendo planejado.
a) ao estudo da situação.
b) à construção/reconstrução do objeto.
c) ao planejamento.
d) à retomada da reflexão.
e) à decisão.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002):
Comentários
51
A questão trata a respeito das operações complexas e interligadas que organizam e compõem o
processo de planejamento, abordadas por Myrian Veras Baptista, em seu livro: Planejamento
social: intencionalidade e instrumentação.
A alternativa A está incorreta, pois segundo Baptista (2002), a reflexão diz respeito ao
conhecimento de dados, à análise e estudo de alternativas, à superação e reconstrução de
conceitos e técnicas de diversas disciplinas relacionadas com a explicação e quantificação dos
fatos sociais, e outros.
A alternativa C está incorreta, pois decisão diz respeito às diferentes escolhas necessárias no
decorrer do processo de planejamento.
==db092==
A alternativa D está incorreta, pois a ação está relacionada à execução das decisões que foram
pensadas ao longo do processo, sendo o principal objetivo do planejamento.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002):
a) O programa define e delineia as ações de forma mais ampla, isto é, considera e propõe ações
relacionadas à estrutura organizacional como um todo, orientando os demais níveis de
detalhamento das ações.
e) O planejamento é uma ferramenta totalmente neutra uma vez que contribui para a
operacionalização das ações, dos serviços, dos programas e dos projetos sociais.
52
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois de acordo com Bernardes Pinto (1969) APUD Baptista
(2002), o programa 'é o documento que detalha, por setor, a política, diretrizes, metas e medidas
instrumentais. É a setorização do plano'. Sua principal característica é a setorização de uma área
ou região.
A alternativa B está incorreta, pois de acordo com Baptista (2002), o plano delineia as decisões
de caráter geral, bem como suas grandes linhas políticas, suas estratégias, suas diretrizes e
responsabilidades, tratando-se de um documento que se refere a propostas amplas relacionadas à
estrutura da organização como um todo.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002), o
planejamento é operacionalizado e materializado por meio de planos, programas e projetos
vinculados a uma ou mais áreas, setores ou políticas, o qual inicia a sistematização de atividades
e procedimentos indispensáveis para o alcance dos objetivos e resultados desejados.
53
Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002):
II. A dimensão política do planejamento perpassa pelo fato de que ele é um processo
contínuo de tomada de decisões, firmadas nas relações de poder.
III. A função política relaciona-se aos aspectos técnicos do projeto, visando dar soluções
científicas para os problemas de uma sociedade em constante mudança.
Assinale:
Comentários
A afirmativa está correta, pois de acordo com a autora, para o planejamento da ação faz-se
necessário que, além do conteúdo tradicional de leitura da realidade, seja realizada a apreensão
54
II. A dimensão política do planejamento perpassa pelo fato de que ele é um processo
contínuo de tomada de decisões, firmadas nas relações de poder.
A afirmativa está correta, pois a dimensão política do planejamento decorre do fato de que ele é
um processo contínuo de tomada de decisões, inscritas nas relações de poder.
III. A função política relaciona-se aos aspectos técnicos do projeto, visando dar soluções
científicas para os problemas de uma sociedade em constante mudança.
A afirmativa está errada, pois a função política do planejamento não visa dar soluções de cunho
científico para os problemas da sociedade, mas sim estabelecer decisões coerentes e dotadas de
intencionalidade para a resolução desses problemas.
b) poder em ação e resistência, já que planejar é tomar decisões e assumir suas consequências.
Portanto, planejar democraticamente é distribuir igualmente poder, é o povo decidindo por meio
da democracia representativa sobre a produção, a gestão, o usufruto dos bens produzidos em uma
sociedade historicamente determinada.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Barbosa (1990):
55
"O planejamento "está inserido na lógica do movimento, como um exercício de decisão, o que
pressupõe o poder em ação, já que planejar é tomar decisões, portanto, planejar
participativamente é socializar o poder, é o povo decidindo diretamente e/ou indiretamente na
produção, na gestão, no usufruto dos bens por uma sociedade historicamente determinada".
Entre as atividades cotidianas do/da assistente social está: o planejamento das ações; a
supervisão técnica de serviços; a assessoria e consultoria tanto para o setor público, quanto
para o setor privado. Por vezes, há confusão entre a contratação de assessoria e consultoria,
visto que a distinção entre ambas é pequena. Sendo assim, é considerada como assessoria
a:
Comentários
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Vasconcelos (1998):
"Os processos de assessoria são também solicitados tanto por uma equipe como por indicação
externa, mas neles nos deparamos com uma realidade diferente. As assessorias são solicitadas
ou indicadas, na maioria das vezes, com o objetivo de possibilitar a articulação e preparação de
uma equipe para a construção do seu projeto de prática por meio de um expert que venha assisti-
la teórica e tecnicamente."
A assessoria, como toda atividade no serviço social, é compreendida como uma ação de
sujeitos sociais inseridos nas relações sociais com as quais o assessor interage, numa relação
dialética com a realidade da qual faz parte. Tendo por base a perspectiva do projeto ético
político profissional, ao ser demandado a prestar uma atividade de assessoramento, o
assistente social deve tomar como referência a concepção de assessoria compreendida
como:
a) uma intervenção profissional com autonomia que requer o controle da população usuária,
visando adaptá-la à lógica institucional.
b) uma intervenção profissional neutra em relação aos interesses institucionais com vistas à
garantia dos direitos.
56
d) uma espécie de pacto institucional para solucionar conflitos com vistas à garantia da ordem da
instituição no atendimento aos usuários.
Comentários
A alternativa A está errada, pois essa afirmação vai de encontro ao que é preconizado pelo
projeto ético político profissional e pelo conceito do que venha a ser assessoria que é baseado na
perspectiva crítica e não na visão funcionalista de controle e adaptação da população usuária à
lógica institucional.
A alternativa B está errada, pois de acordo com Matos (2006), o trabalho de assessoria não passa
por uma neutralidade, uma vez que é constituído como um espaço de aperfeiçoamento do
trabalho, primando pela garantia de direitos. uma intervenção profissional neutra em relação aos
interesses institucionais com vistas à garantia dos direitos.
A alternativa C está correta, pois de acordo com Matos (2006), o trabalho de assessoria um
espaço de interlocução e qualificação do trabalho desenvolvido com vistas à garantia de direitos
e à efetivação do projeto de profissão.
A alternativa D está errada, pois a assessoria visa a garantia de direitos, conforme afirmamos na
alternativa anterior e não a garantia da ordem institucional.
a) Os anos de 1990 apresentam um boom da temática da assessoria, que está ligado a uma
conjuntura de reestruturação produtiva e à reforma do aparelho do Estado.
b) O exercício de assessoria está ligado ao status que essa função tem, que está ligado ao
reconhecimento intelectual que se dispensa ao assessor.
c) Se observarmos a origem da palavra, podemos entender que assessoria é aquela ação que visa
auxiliar, ajudar, apontar caminhos, não sendo o assessor um sujeito que opera a ação e sim o
propositor desta, junto a quem lhe demanda essa assessoria.
d) O/A profissional assessor/a é aquele/a que intervém e opera a ação, portanto deve ser alguém
estudioso, permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas
proposições.
e) Assessoria não é sinônimo de supervisão, pois o/a assessor/a tem uma autoridade de ideias e
de competência.
Comentários
57
A alternativa A está incorreta, pois de acordo com Matos (2009), os anos de 1990 apresentam
um boom da temática da assessoria, que está ligado a uma conjuntura de reestruturação produtiva
e à reforma do aparelho do Estado.
A alternativa B está incorreta, pois de acordo com o referido autor, o exercício de assessoria
está ligado ao status que essa função tem, que está ligado ao reconhecimento intelectual que se
dispensa ao assessor. Como queremos a alternativa incorreta, esse também não é o gabarito da
questão.
A alternativa C está incorreta, pois de acordo com o autor, assessoria é a ação que visa auxiliar,
ajudar, apontar caminhos, não sendo o assessor um sujeito que opera a ação e sim o seu
propositor, junto a quem lhe demanda essa assessoria.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Matos (2006) APUD
Matos (2009):
A alternativa E está incorreta, pois Vieira (1981) APUD Matos (2009) salienta que a distinção
entre assessoria e supervisão é a natureza temporária e eventual daquela e a ampla liberdade que
o assessorado tem em aceitar ou não as propostas do assessor, enfatizando também que mais do
que supervisor, assessor tem uma autoridade de ideias ou de competências e não de mando.
a) Essa é uma temática emergente no interior da profissão que não se liga à variável da
conjuntura, mas exclusivamente à capacidade de resposta dos/as profissionais que fazem a
emersão do conjunto de demandas que serão trabalhadas na assessoria, consultoria, auditoria e
supervisão.
58
c) Os que requisitam os/as profissionais de Serviço Social para assessoria/consultoria veem neste
sujeito uma capacidade de conhecimentos a serem disponibilizados, em geral sobre políticas
sociais e na área de mobilização social.
Comentários
"Tanto há demandas explícitas para esse trabalho para os(as) assistentes sociais; como também
os(as) assistentes sociais, notadamente os(as) envolvidos(as) na docência, vêm buscando
espaços de assessoria. Em ambos, o que está em cena é a capacidade intelectiva que os(as)
assistentes sociais vêm tendo. Os que requisitam os profissionais de Serviço Social para
assessoria/consultoria vêem neste sujeito uma capacidade de conhecimentos a serem
disponibilizados, em geral sobre políticas sociais e na área de mobilização social. E os
profissionais de Serviço Social que buscam a assessoria/consultoria, identificam esse espaço
como propício para a efetivação do atual projeto de formação profissional do assistente social
ou como uma alternativa de trabalho".
b) um processo pontual e assistemático na ação que pode ser identificado como sistematização
de dados que permite desenvolver determinado conhecimento empírico.
59
Comentários
A questão "copia e cola" exatamente o pensamento de Yolanda Guerra em seu artigo: a dimensão
investigativa no exercício profissional.
A alternativa A está errada, pois a dimensão investigativa não pode estar desvinculada do
conjunto da problemática social, conforme afirma a alternativa.
A alternativa B está errada, pois a dimensão investigativa não se trata de um processo pontual e
assistemático e deve estar baseado em um trabalho sistematizado do profissional, permitindo
desenvolver conhecimento baseado na pesquisa, com intencionalidade e clareza de finalidade.
A alternativa C está errada, pois a investigação deve fazer parte de todas as ações interventivas
do assistente social e não somente compor a fase de planejamento de suas ações.
A alternativa D está errada, pois a realização de entrevistas, estudo social, pareceres como
processo investigativo não devem ocorrer apenas em casos que apresentam alta vulnerabilidade
social. Devem ser realizados nos casos que o assistente social entenda a necessidade de sua
implementação, independente da existência de situações de alta vulnerabilidade social ou não.
"Daí que a postura investigativa do profissional se explicita na realização das suas competências
como um todo: nas fases de planejamento, implementação, avaliação e revisão crítica do
processo. A dimensão investigativa está intrinsecamente relacionada com a dimensão
interventiva, e a qualidade de uma implica a plena realização da outra".
c) A ação investigativa permitirá maior conhecimento das relações familiares, possibilitando aos
profissionais a criação de novos padrões de controle sob o referido segmento populacional.
d) O assistente social que desenvolve ação investigativa na sua intervenção acentua a relação
sujeito de prática/objeto real, ainda que, entendendo que a investigação, como instrumento do
exercício profissional, supõe a necessária transformação do objeto real em objeto científico.
60
e) A pesquisa qualitativa por trabalhar com significados de vivências, por questão de sigilo não
deve ser devolvida aos sujeitos que dela participaram.
Comentários
A alternativa A está errada, pois ao assumir a postura investigativa em seu fazer cotidiano, o
assistente social irá desenvolvê-la a fim de dar suporte e qualificação a suas competências e/ou
atribuições privativas profissionais.
A alternativa B está errada, pois não é consenso de que a junção de métodos quantitativos e
qualitativos não é recomendável e eles não são responsáveis pela contribuição da desarticulação
das ações planejadas. Ao contrário do que afirma a alternativa, os métodos qualitativo e
quantitativo podem ser usados em conjunto, a fim de contribuir com o processo investigativo que
se deseja realizar.
A alternativa C está errada, pois as práticas de controle das famílias e populações faziam parte
de ações conservadoras desenvolvidas nos primórdios da profissão. Atualmente, o projeto ético-
político objetiva, dentre outros, pela garantia de direitos e liberdade dos usuários do Serviço
Social e não prima por esse tipo de prática.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Iamamoto (1998), a
articulação da profissão com a realidade é um grande desafio, pois o Serviço Social não atua
apenas sobre a realidade, mas na realidade. Dessa forma, a atitude investigativa supõe ultrapassar
os fenômenos como se apresentam no imediato das relações, primando pela busca de sua
essência, a fim de desvelar o objeto ou realidade social na qual atua.
A alternativa E está errada, pois independente do método que for utilizado na pesquisa, seus
resultados devem ser socializados com os sujeitos que dela participaram.
b) o conhecimento real das demandas institucionais, dos usuários e dos profissionais a partir de
uma análise do papel que cada indivíduo possui na sociedade, para que desta forma, se contribua
para um movimento de transformação da realidade.
61
Comentários
O exercício profissional do assistente social requer uma atitude investigativa. Nessa linha,
sua atuação deve ser orientada para:
a) concretizar a atitude investigativa no momento em que se inicia uma nova ação, como forma
de conhecimento aprofundado da realidade para subsidiar a feitura do projeto, atitude essa que é
dispensável na etapa de execução.
c) privilegiar a imediaticidade com que os fenômenos aparecem, pois é na sua expressão empírica
que os elementos da realidade social já estão revelados para o desenvolvimento de uma
determinada ação.
e) adoção de uma atitude investigativa permanente com postura crítica, capaz de apreender as
contradições da realidade social, reconhecendo que os fenômenos necessitam ser desvelados
cotidianamente, buscando-se sua essência para que esta realidade possa ser transformada.
Comentários
A alternativa A está errada, pois concretizar a atitude investigativa no momento em que se inicia
uma nova ação, como forma de conhecimento aprofundado da realidade para subsidiar a feitura
do projeto, é uma atitude indispensável na etapa de execução das ações profissionais.
62
A alternativa B está errada, pois a atitude investigativa não terá que ser concentrada apenas nas
etapas inicial e de avaliação do trabalho, uma vez que deverá ser utilizada em todas as etapas do
trabalho profissional.
A alternativa C está errada, pois de acordo com Fraga (2010), a atitude investigativa torna
possível a superação da visão pragmática na ação profissional, centrada na imediaticidade dos
fatos e que privilegia sequências empíricas.
A alternativa D está errada, pois a perspectiva crítico-dialética visa captar a essência das
situações expostas e dos fatos, reconhecendo os acontecimentos nas suas complexidades.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Battini (1994):
Assinale a alternativa que cita, corretamente, o que pode ser compreendido como
consultoria, de acordo com o pensamento de Matos (2010) no texto: “Assessoria e
consultoria: reflexões para o Serviço Social":
e) Consultoria é uma ação na qual temos o consultor atuando como auxiliar ou ajudante
Comentários
"O ato de consultar é tido como a ação de pedir conselho, instruções, opinião ou parecer.
Significa também a ação de dar ou apresentar parecer sobre algum assunto, sendo entendido
como consultor aquele que desenvolve essas ações, ou seja, que dá parecer sobre assunto de sua
especialidade."
o pensamento do autor, analise as afirmativas abaixo e assinale aquelas que fazem uma
menção correta aos conceitos sobre assessoria difundidos pelo autor em pauta:
I. O ato de assessorar é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições,
graças a conhecimentos especializados em determinado assunto.
II. A assessoria é uma ação técnica, de assistência, e para a qual não são necessários
conhecimentos específicos por parte de quem o exerce.
Comentários
I. O ato de assessorar é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições,
graças a conhecimentos especializados em determinado assunto.
A afirmativa está correta pois o autor afirma em seu texto que assessorar é uma ação que irá
auxiliar, de forma técnica outros profissionais ou instituições, baseado em conhecimentos
especializados em determinado assunto.
II. A assessoria é uma ação técnica, de assistência, e para a qual não são necessários
conhecimentos específicos por parte de quem o exerce.
A afirmativa está errada, pois para realizar o trabalho de assessoria são necessários
conhecimentos específicos por parte do profissional que está exercendo essa atividade.
64
A afirmativa está errada, pois o exercício da assessoria é identificado como uma atribuição
privativa do Assistente Social e também como uma competência desse profissional.
A afirmativa está errada, pois o assessor não intervém junto à realidade analisada, uma vez que
seu trabalho é auxiliar e apontar caminhos para quem o contratou realizar a intervenção nessa
realidade.
Comentários
A questão quis fazer trocadilhos com a Lei de Regulamentação da Profissão e com o Código de
Ética, confundindo o (a) candidato (a) a respeito das competências e atribuições privativas do
Assistente Social. Fique atento (a) para não perder a questão!
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o inciso III do Artigo
5° da Lei de Regulamentação da Profissão (Lei n° 8.662/93), constituem atribuições privativas
do Assistente Social:
65
A alternativa D está errada, pois esse tipo de atividade constitui-se como uma atribuição
privativa do Assistente Social, prevista na Lei n°8.662/1993.
A alternativa E está errada, pois essa atividade constitui-se como uma atribuição privativa do
Assistente Social, prevista na Lei de Regulamentação da Profissão.
b) investigativa e interventiva.
c) mediata e empiricista.
d) formal-abstrata e investigativa.
e) interventiva e procedimental.
Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com GUERRA (2009):
66
Comentários
A alternativa A está errada, pois a pesquisa e a produção de conhecimento crítico não priorizam
técnicas de intervenção, uma vez que elas devem ser utilizadas de modo conjunto, levando em
consideração as dimensões técnicas, metodológicas e teóricas do exercício profissional do
Assistente Social.
A alternativa C está errada, pois as expressões da questão social são partes intrínsecas da
realidade social.
recursos utilizados, no tempo dispendido em cada fase, dos resultados alcançados. Nesse
acompanhamento, a ação programada é mensurada em termos de seu processo, de seus
meios e de seu produto" (Baptista, 2007).
a) Avaliação
b) Implementação
c) Planificação
d) Controle
e) Plano
Comentários
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002), o
planejamento é dotado de fases, sendo uma delas denominada de controle. Com base nisso, a
autora ressalta que:
Podemos acrescentar que o controle visa verificar se está havendo a correspondência e coerência
entre o que é planejado e o que é executado, identificar e corrigir erros e desvios ao longo do
processo da execução da ação e fornecer subsídios adequados para avaliar e revisar, de forma
coerente, a ação planejada e executada.
( ) Certo
( ) Errado
Comentários
68
tomada de decisões de forma antecipada. O erro da questão está em afirmar que a tomada de
decisões no planejamento é realizada de forma posterior.
O planejamento é uma ação processual que, a princípio, não tem objetivos claramente
delimitados.
( ) Certo
( ) Errado
Comentários
A questão está errada, pois o planejamento é um processo contínuo e dinâmico que possui
objetivos claramente delimitados.
69
LISTA DE QUESTÕES
1. 1. (QUADRIX)/Pref. de Cristalina - GO/ASSISTENTE SOCIAL-2019)
c) Possui como uma de suas etapas a avaliação, que deve estar presente dialeticamente em todo
o seu processo.
2. (AOCP/FUNPAPA/ASSISTENTE SOCIAL-2018)
e) assessoria e consultoria.
70
3. (AOCP/FUNPAPA/ASSISTENTE SOCIAL-2018)
No âmbito do Serviço Social, como é denominada a ação realizada pelo assistente social que
busca propor caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe, e estes, por sua vez, têm
autonomia para acatar ou não as proposições?
a) Consultoria.
b) Assessoria.
c) Monitoria.
d) Supervisão.
e) Auditoria.
Os elementos estruturantes da ação profissional podem ser entendidos como aqueles que
dão sustentabilidade a toda e qualquer ação: o conhecimento / investigação, o planejamento
e a documentação do processo de trabalho; os objetivos, as formas de abordagens dos
sujeitos a quem se destina a ação; os instrumentos técnico-operativos e outros recursos
implicados na ação.
71
II. Deve-se partir das demandas postas pelos sujeitos, sejam elas de caráter coletivo ou
singular.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
a) planejamentos
b) assessorias
c) projetos
d) avaliações
e) administrações
72
a) ao estudo da situação.
b) à construção/reconstrução do objeto.
c) ao planejamento.
d) à retomada da reflexão.
e) à decisão.
a) O programa define e delineia as ações de forma mais ampla, isto é, considera e propõe ações
relacionadas à estrutura organizacional como um todo, orientando os demais níveis de
detalhamento das ações.
73
e) O planejamento é uma ferramenta totalmente neutra uma vez que contribui para a
operacionalização das ações, dos serviços, dos programas e dos projetos sociais.
II. A dimensão política do planejamento perpassa pelo fato de que ele é um processo
contínuo de tomada de decisões, firmadas nas relações de poder.
74
III. A função política relaciona-se aos aspectos técnicos do projeto, visando dar soluções
científicas para os problemas de uma sociedade em constante mudança.
Assinale:
b) poder em ação e resistência, já que planejar é tomar decisões e assumir suas consequências.
Portanto, planejar democraticamente é distribuir igualmente poder, é o povo decidindo por meio
da democracia representativa sobre a produção, a gestão, o usufruto dos bens produzidos em uma
sociedade historicamente determinada.
Entre as atividades cotidianas do/da assistente social está: o planejamento das ações; a
supervisão técnica de serviços; a assessoria e consultoria tanto para o setor público, quanto
para o setor privado. Por vezes, há confusão entre a contratação de assessoria e consultoria,
75
visto que a distinção entre ambas é pequena. Sendo assim, é considerada como assessoria
a:
A assessoria, como toda atividade no serviço social, é compreendida como uma ação de
sujeitos sociais inseridos nas relações sociais com as quais o assessor interage, numa relação
dialética com a realidade da qual faz parte. Tendo por base a perspectiva do projeto ético
político profissional, ao ser demandado a prestar uma atividade de assessoramento, o
assistente social deve tomar como referência a concepção de assessoria compreendida
como:
a) uma intervenção profissional com autonomia que requer o controle da população usuária,
visando adaptá-la à lógica institucional.
b) uma intervenção profissional neutra em relação aos interesses institucionais com vistas à
garantia dos direitos.
d) uma espécie de pacto institucional para solucionar conflitos com vistas à garantia da ordem da
instituição no atendimento aos usuários.
a) Os anos de 1990 apresentam um boom da temática da assessoria, que está ligado a uma
conjuntura de reestruturação produtiva e à reforma do aparelho do Estado.
b) O exercício de assessoria está ligado ao status que essa função tem, que está ligado ao
reconhecimento intelectual que se dispensa ao assessor.
c) Se observarmos a origem da palavra, podemos entender que assessoria é aquela ação que visa
auxiliar, ajudar, apontar caminhos, não sendo o assessor um sujeito que opera a ação e sim o
propositor desta, junto a quem lhe demanda essa assessoria.
76
d) O/A profissional assessor/a é aquele/a que intervém e opera a ação, portanto deve ser alguém
estudioso, permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas
proposições.
e) Assessoria não é sinônimo de supervisão, pois o/a assessor/a tem uma autoridade de ideias e
de competência.
a) Essa é uma temática emergente no interior da profissão que não se liga à variável da
conjuntura, mas exclusivamente à capacidade de resposta dos/as profissionais que fazem a
emersão do conjunto de demandas que serão trabalhadas na assessoria, consultoria, auditoria e
supervisão.
c) Os que requisitam os/as profissionais de Serviço Social para assessoria/consultoria veem neste
sujeito uma capacidade de conhecimentos a serem disponibilizados, em geral sobre políticas
sociais e na área de mobilização social.
b) um processo pontual e assistemático na ação que pode ser identificado como sistematização
de dados que permite desenvolver determinado conhecimento empírico.
c) A ação investigativa permitirá maior conhecimento das relações familiares, possibilitando aos
profissionais a criação de novos padrões de controle sob o referido segmento populacional.
d) O assistente social que desenvolve ação investigativa na sua intervenção acentua a relação
sujeito de prática/objeto real, ainda que, entendendo que a investigação, como instrumento do
exercício profissional, supõe a necessária transformação do objeto real em objeto científico.
e) A pesquisa qualitativa por trabalhar com significados de vivências, por questão de sigilo não
deve ser devolvida aos sujeitos que dela participaram.
b) o conhecimento real das demandas institucionais, dos usuários e dos profissionais a partir de
uma análise do papel que cada indivíduo possui na sociedade, para que desta forma, se contribua
para um movimento de transformação da realidade.
O exercício profissional do assistente social requer uma atitude investigativa. Nessa linha,
sua atuação deve ser orientada para:
a) concretizar a atitude investigativa no momento em que se inicia uma nova ação, como forma
de conhecimento aprofundado da realidade para subsidiar a feitura do projeto, atitude essa que é
dispensável na etapa de execução.
c) privilegiar a imediaticidade com que os fenômenos aparecem, pois é na sua expressão empírica
que os elementos da realidade social já estão revelados para o desenvolvimento de uma
determinada ação.
e) adoção de uma atitude investigativa permanente com postura crítica, capaz de apreender as
contra- dições da realidade social, reconhecendo que os fenômenos necessitam ser desvelados
cotidianamente, buscando-se sua essência para que esta realidade possa ser transformada.
Assinale a alternativa que cita, corretamente, o que pode ser compreendido como
consultoria, de acordo com o pensamento de Matos (2010) no texto: “Assessoria e
consultoria: reflexões para o Serviço Social":
e) Consultoria é uma ação na qual temos o consultor atuando como auxiliar ou ajudante
o pensamento do autor, analise as afirmativas abaixo e assinale aquelas que fazem uma
menção correta aos conceitos sobre assessoria difundidos pelo autor em pauta:
I. O ato de assessorar é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições,
graças a conhecimentos especializados em determinado assunto.
II. A assessoria é uma ação técnica, de assistência, e para a qual não são necessários
conhecimentos específicos por parte de quem o exerce.
80
b) investigativa e interventiva.
c) mediata e empiricista.
d) formal-abstrata e investigativa.
e) interventiva e procedimental.
a) Avaliação
b) Implementação
c) Planificação
d) Controle
e) Plano
( ) Certo
( ) Errado
Com relação ao planejamento em serviço social, julgue o item que se segue. O planejamento
é uma ação processual que, a princípio, não tem objetivos claramente delimitados.
( ) Certo
( ) Errado
82
GABARITO
1. C 23. A
2. A 24. B
3. B 25. B
4. B 26. D
5. B 27. ERRADA
6. E 28. ERRADA
7. A
8. E
9. C
10. B
11. D
12. A
13. E
14. C
15. D
16. C
17. E
18. D
19. C
20. E
21. B
22. C
83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAPTISTA, Myrian Veras. Planejamento Social: intencionalidade e instrumentação. 2ª. ed. São
Paulo: Veras Editora; Lisboa: CPHTS, 2002.
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. A reforma do Estado dos anos 90: lógica e mecanismos de
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de uma interpretação histórico- metodológica. 2 ed. São Paulo: Cortez; [Lima, Peru]: Celats,
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MATOS, Maurílio Castro. Assessoria e Consultoria: reflexões para o Serviço Social. In:
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Serviço Social. Rio de Janeiro: Agir, 1981.
85