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Aula 13

TJ-PI (Analista Judiciário - Assistente


Social) Conhecimentos Específicos -
2022 (Pós-Edital)

Autor:
Anna Valéria Andrade, Nilza
Ciciliati

30 de Junho de 2022

01770917381 - RITA DE CASSIA DOS SANTOS FERREIRA OLIVEIRA


Anna Valéria Andrade, Nilza Ciciliati
Aula 13

Sumário

2 - A Assessoria e a Consultoria em Serviço Social ................................................................... 3

1 - Considerações Iniciais ........................................................................................................... 3

2 - Assessoria e Consultoria na profissão de Serviço Social ...................................................... 4

2.1 – Considerações Gerais sobre o tema .................................................................................. 4

2.2 – Assessoria/Consultoria: conceitos iguais ou distintos? .................................................... 7

2.3 – Assessoria e Consultoria como Competências ou Atribuições Privativas dos Assistentes


Sociais? ....................................................................................................................................... 9

3.Administração e Planejamento Social .................................................................................. 16

3.1 - Planejamento Social ......................................................................................................... 16

3.1 – Considerações gerais sobre do tema............................................................................... 16

3.2 – O planejamento como processo político ........................................................................ 19

3.2.1 – Equacionamento ........................................................................................................... 20

3.2.2 – Decisão.......................................................................................................................... 21

3.2.3 – Operacionalização ........................................................................................................ 21

3.2.4 – Ação .............................................................................................................................. 21

3.3 – Planejamento como processo técnico-político ............................................................... 22

3.3.1 – Construção/reconstrução do objeto ............................................................................. 23

3.3.2 – Estudo de Situação ....................................................................................................... 25

3.4 – Montagem de planos, programas e/ou projetos (Planificação) ..................................... 30

3.5 – Implementação ................................................................................................................ 31

3.6 – Implantação e execução .................................................................................................. 31

3.7 – Controle ............................................................................................................................ 32

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3.8 – Avaliação .......................................................................................................................... 32

3.9 – Retomada do Processo .................................................................................................... 34

4 - A Dimensão investigativa do Serviço Social ...................................................................... 36

4.1 – A natureza investigativa e interventiva do trabalho do Assistente Social ..................... 36

4.2 – Considerações gerais acerca da natureza investigativa do Serviço Social .................... 36

4.2 – A investigação e a intervenção como Competências e Atribuições Privativas do


Assistente Social ...................................................................................................................... 37

4 – Considerações Finais .......................................................................................................... 45

Questões Comentadas............................................................................................................. 46

Lista de Questões ..................................................................................................................... 70

Gabarito.................................................................................................................................... 83

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 84

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2 - A ASSESSORIA E A CONSULTORIA EM SERVIÇO


SOCIAL

1 - Considerações Iniciais

Olá queridos (as) concurseiros (as) de Serviço Social, tudo bem com vocês?

Na aula de hoje vamos estudar sobre três assuntos de extrema importância tanto para a nossa
atuação profissional quanto para a nossa preparação de concursos públicos.

Iremos estudar sobre Assessoria e Consultoria em Serviço Social, fazendo a diferenciação


do que venha a ser esses conceitos e realizando reflexões sobre eles em nossa profissão.

Iremos aprofundar, de forma didática, para que você compreenda e acerte todas as questões de
provas, sempre enfatizando os tópicos de maior relevância e que caem, com mais frequência
nos concursos, para você se dar bem, independente do certame que for prestar!

Num segundo momento da nossa aula, iremos abordar a respeito do Planejamento Social, tema
bastante cobiçado pelas bancas examinadoras, dado o nível de detalhes que esse assunto
envolve.

E posteriormente, para fechar nosso conteúdo teórico da aula, iremos estudar sobre A
Dimensão investigativa do trabalho do Assistente Social.

Como é de praxe em todas as nossas aulas, ao final do conteúdo teórico desse e-book,
resolveremos e comentaremos uma bateria de questões de concursos anteriores na área de
Serviço Social, sempre focando nas questões de provas mais recentes e, ao longo da abordagem
teórica de cada subtópico, mostraremos como, de fato, o assunto é abordado nos concursos
públicos pelo Brasil. Em caso de dúvidas, estarei esperando você para resolvê-las em nosso
Fórum, ok?

Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, acesse nossas redes sociais:

Instagram - Profa. Anna Valéria Andrade.

https://www.instagram.com/annavaleriaandrade

Vamos iniciar nossa aula!

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2 - Assessoria e Consultoria na profissão de Serviço


Social

2.1 – Considerações Gerais sobre o tema

Na aula de hoje, vamos tratar do tema Assessoria e Consultoria em Serviço Social.

Vou ser bem sincera com vocês, queridos (as) concurseiros (as), esse tema não despenca
em provas, não! Porém, quando cai, na maioria das vezes será o grande diferencial do (a)
candidato (a) bem preparado (a), pois a banca irá utilizar-se dos famosos "trocadilhos" acerca
de seus conceitos e, se o (a) candidato (a) não souber estabelecer essa diferença, irá ficar para
trás do (a) seu (sua) concorrente que sabe realizar essa diferenciação e dominar os demais
detalhes do assunto.

A bibliografia muito utilizada pela maioria das bancas examinadoras quando o assunto
é Assessoria e Consultoria é o livro: Assessoria e Consultoria em Serviço Social, livro
organizado por Maria Inês de Souza Bravo e Maurílio Castro de Matos, da Editora Cortez.

Fonte: Editora Cortez, (2019)1.

Outra bibliografia de referência nesse assunto é o artigo intitulado: Assessoria,


consultoria, auditoria e supervisão técnica, do autor Maurílio Castro de Matos. Esse artigo
faz parte da coletânea: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais, organizada
pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e pela Associação Brasileira de Ensino e
Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) no ano de 2009.

1
BRAVO, Maria Inês Souza e MATOS, Maurílio Castro. Assessoria, Consultoria e Serviço Social. Rio de Janeiro: 7 Letras;
FAPERJ, 2006.
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Fonte: CRESS-MA, (2011)2.

O assunto Assessoria e Consultoria é um tema que possui pouca bibliografia quando


se fala em sua discussão dentro do Serviço Social. Porém, seu surgimento na profissão não é
tão recente, pois em meados da década de 70 já começa a aparecer os primeiros escritos sobre
a temática em nossa profissão, ligado à busca de uma nova possibilidade de atuação
profissional. Nesse contexto, a assessoria é apresentada como uma estratégia de superação da
tríade famosa do Serviço Social: caso, grupo e comunidade.

Nos anos 80, esse tema é abordado em um artigo de autoria de Balbina Ottoni Vieira,
sob um viés do estrutural-funcionalismo e relatando acerca da importância da temática para
os Assistentes Sociais da época.

Os anos 90, o assunto ganha uma grande notoriedade, sendo considerado o grande
boom da temática assessoria na profissão, aliado ao desenvolvimento da reestruturação
produtiva e da reforma do aparelho do Estado, que "obrigava" as instituições da época a se
reorganizarem ao novo contexto que o Brasil vivenciava.

Para contextualizarmos o que o país vivia nessa época, de acordo com Bresser Pereira
(1998), uma condição necessária da reconstrução do Estado naquele momento era que ele
pudesse realizar não apenas suas tarefas clássicas de garantia da propriedade, mas também seu
papel de garantidor dos direitos sociais e de promotor da competitividade no país3.

Esse era o discurso empregado, porém, de acordo com Matos (2009), a reforma do
Estado e a reestruturação produtiva contribuíram para o aprofundamento da redução de
direitos, realidade que ia na contramão do que era defendido pelo Serviço Social, guiado pela
perspectiva intenção de ruptura, de forma majoritária no âmbito profissional.

2
MATOS, Maurílio Castro. Assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica. Serviço Social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.

3
BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. A reforma do Estado dos anos 90: lógica e mecanismos de controle. Lua Nova: Revista de
cultura e política, n. 45, p. 49-95, 1998.
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Nos anos 2000, o tema Assessoria e Consultoria continuava presente nas iniciativas
profissionais dos Assistentes Sociais, porém com problematizações e relatos pontuais de
trabalhos, na maioria das vezes ligados a experiências com a Universidade.

Vamos resumir, de forma didática, o que acabamos de aprender?

Retrospectiva da temática Assessoria e Consultoria no Serviço Social brasileiro

Meados da Primeiros escritos sobre o tema na profissão, ligado à


década de 70 tríade: caso, grupo e comunidade.

Abordado sob o viés conservador do estrutural-


Anos 80
funcionalismo.

Grande boom da temática na profissão, aliado ao


Anos 90 desenvolvimento da reestruturação produtiva e da
reforma do aparelho do Estado.

O tema continuava presente nas iniciativas profissionais,


Anos 2000 porém com relatos pontuais de trabalhos, ligados a
experiências com a Universidade.

Podemos inferir que Assessoria/Consultoria é um processo dialético ao longo da


profissão, que de acordo com Matos (2006) é constituído por rupturas e continuidades com a
trajetória do Serviço Social e que atualmente possui como grande foco o fortalecimento do
projeto ético-político hegemônico profissional.

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2.2 – Assessoria/Consultoria: conceitos iguais ou distintos?

Certamente, eu algum momento dos seus estudos você já deve ter se confundido com os
conceitos do que venha a ser Assessoria e Consultoria. São conceitos distintos, porém, muito
semelhantes.

De acordo com Matos (2006), podemos definir Assessoria/Consultoria como sendo:

"(...) aquela ação que é desenvolvida por um profissional com conhecimentos na área, que toma
a realidade como objeto de estudo e detém uma intenção de alteração da realidade. O assessor
não é aquele que intervém, deve sim, propor caminhos e estratégias ao profissional ou à
equipe que assessora e estes têm autonomia em acatar ou não suas proposições. Portanto, o
assessor deve ser alguém estudioso, permanentemente atualizado e com capacidade de
apresentar claramente as suas proposições". (GRIFOS NOSSOS).

Como já dissemos anteriormente, a distinção entre Assessoria e Consultoria é


MÍNIMA.

A assessoria é a ação que objetiva ajudar, dar ideias, apontar caminhos e soluções
para o que está sendo planejado.

O Assessor não é o sujeito que executa a


ação. É quem a propõe e quem
demanda o seu trabalho.

Consultoria vem da palavra consultar, pedir opinião sobre algo que seja do domínio
daquele profissional. Sendo mais pontual que a assessoria, remete a ideia de assistir alguém
sobre determinado assunto.

Você conseguiu entender a sutil diferença entre os termos Assessoria e Consultoria?

Vamos destacar essas diferenças através de um esqueminha, para que você não esqueça
nunca mais essa diferença.

Venham comigo! ;)

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ASSESSORIA CONSULTORIA

Auxiliar, ajudar Consultar

Apontar caminhos Pedir opinião, assistir

O assessor não executa a ação e sim a


Mais pontual que a assessoria
propõe

Agora que você já sabe a diferença entre os dois conceitos, vamos elencar alguns pontos
que merecem atenção a respeito de ideias deturpadas do que venha a ser assessoria/consultoria.

Assessoria não é sinônimo de


supervisão

• A diferença entre a assessoria e supervisão é que aquela é realizada de modo eventual e


temporário. De acordo com Vieira (1981)4, o assessor possui as ideias, mas não manda,
não executa. A pessoa a quem o assessor presta serviço possui autonomia para seguir suas
ideias ou não.
Assessoria não é sinônimo de
toda e qualquer ação
extensionista

• É na Universidade que a assessoria um espaço para se constituir e expandir-se, em meio ao


conhecimento crescente que esse espaço oferece, aliado ao contato com as demandas da
sociedade.

4
VIEIRA, Balbina Ottoni. Modelo “assessoria” em Serviço Social. In: Modelos de Supervisão em Serviço Social. Rio de
Janeiro: Agir, 1981.
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Assessoria não é,
necessariamente, trabalho
precarizado e/ou temporário

• As pessoas confundem bastante a atividade de assessoria como trabalho precarizado,


porque muitas Instituições contratam pessoas para realizar trabalhos de natureza
temporária, sem carteira assinada e sem o pagamento dos direitos trabalhistas, alegando
que esses profissionais prestam trabalhos de assessoria, quando na verdade, isso não tem
nada a ver com o trabalho que o assessor desempenha de fato, constituindo-se somente
numa estratégia de precarização das relações de trabalho e de não garantir os direitos
daqueles profissionais.

A Assessoria no Serviço Social


não é abandono do trabalho
assistencial

• Devido ao status que a temática assessoria ganhou (e ainda ganha) ao longo do tempo,
muitos profissionais preferem realizar esse tipo de trabalho, deixando de lado o
atendimento à população que demanda seus serviços naquela Instituição que o Assistente
Social realiza a assessoria. A execução de uma atividade não substitui a outra e devemos
sim, desenvolver o trabalho juntos aos usuários que demandam nosso serviço, não
deixando-o em segundo plano.

Assessoria não é mera


militância política

• Não podemos "misturar" o desempenho do trabalho de assessoria com militância


política, uma vez que apesar de se relacionarem, possuem objetivos diferentes.

2.3 – Assessoria e Consultoria como Competências ou


Atribuições Privativas dos Assistentes Sociais?

Antes de tratarmos a respeito dessa temática, você lembra o que são Competências e
Atribuições Privativas do Assistente Social? Vimos isso em nossa aula sobre a Lei de
Regulamentação da Profissão (Lei n° 8.662/93).

Vamos relembrar, queridos (as) concurseiros (as)?

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• COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS: São atividades que o Assistente Social ou outro


profissional de nível superior poderá desenvolver, ou seja, não são atividades específicas do
Assistente Social.

• ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS: São atividades que somente o Assistente Social poderá


desempenhar, ou seja, são atribuições específicas e/ou privativas do profissional de Serviço
Social, não podendo ser realizadas por outros profissionais.

O Artigo 4° da Lei n° 8.662/93 traz um rol de Competências do Assistente Social, as


quais podemos citar:
"Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração


pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito
de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;
IV - (Vetado);
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar
recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para análise da realidade
social e para subsidiar ações profissionais;
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta,
empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II
deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas
sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;
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X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço


Social;
XI - realizar estudos sócioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços
sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras
entidades."
Além das competências profissionais, a Lei n° 8.662/93 em seu Artigo 5° trata das
atribuições privativas do Assistente Social.
O Artigo 5° da Lei n° 8.662/93 traz uma lista composta por 13 atribuições privativas
do Assistente Social, as quais podemos citar:
"Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas


e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta,
empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social;
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação,
disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação
regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e
pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço
Social;
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos
ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos
conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de
Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e
entidades representativas da categoria profissional".
Agora que já relembramos, perceba que Assessoria e Consultoria enquadram-se tanto
como Competências quanto como Atribuições Privativas do Assistente Social.

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Atribuições Privativas (Art. 5° Lei n°


Competências (Art. 4° Lei n° 8.662/93)
8.662/93)
VIII - prestar assessoria e consultoria a III - assessoria e consultoria e órgãos da
órgãos da administração pública direta e Administração Pública direta e indireta,
indireta, empresas privadas e outras empresas privadas e outras entidades, em
entidades, com relação às matérias matéria de Serviço Social.
relacionadas no inciso II
deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos
movimentos sociais em matéria
relacionada às políticas sociais, no --
exercício e na defesa dos direitos civis,
políticos e sociais da coletividade.

Vamos citar alguns exemplos, a fim de facilitar o seu entendimento.

Em relação à Competência profissional, podemos citar como trabalho de Assessoria


do Assistente Social a gestão/formulação de políticas sociais, seja no âmbito público quanto no
privado. São ações que podem ser desempenhadas por alguns profissionais, dentre eles o
Assistente Social, não sendo uma prerrogativa de exclusividade da profissão.

Quando se trata de Atribuições Privativas, o profissional desenvolverá seu trabalho de


Assessoria em matéria de Serviço Social, constituindo-se como uma atividade que somente
poderá ser desenvolvida por esse profissional.

Praticar o que estudamos é de suma importância para a fixação e aprendizado do


conteúdo. Vamos exercitar, queridos (as) concurseiros (as)? :)

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(FUNDATEC/Pref. Santa Rosa - RS- ASSISTENTE SOCIAL - 2019)


Em relação à assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica no Serviço Social,
assinale a alternativa INCORRETA:
a) Os anos de 1990 apresentam um boom da temática da assessoria, que está ligado a uma
conjuntura de reestruturação produtiva e à reforma do aparelho do Estado.
b) O exercício de assessoria está ligado ao status que essa função tem, que está ligado ao
reconhecimento intelectual que se dispensa ao assessor.
c) Se observarmos a origem da palavra, podemos entender que assessoria é aquela ação que
visa auxiliar, ajudar, apontar caminhos, não sendo o assessor um sujeito que opera a ação e sim
o propositor desta, junto a quem lhe demanda essa assessoria.
d) O/A profissional assessor/a é aquele/a que intervém e opera a ação, portanto deve ser alguém
estudioso, permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas
proposições.
e) Assessoria não é sinônimo de supervisão, pois o/a assessor/a tem uma autoridade de ideias e
de competência.
Comentários
Lembrem-se, queridos (as) concurseiros (as), que queremos a alternativa INCORRETA.
A questão baseia-se no artigo: assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica no Serviço
Social, do autor Maurílio Castro de Matos e suas alternativas trazem o pensamento exato do
autor a respeito da Assessoria.
A alternativa A está incorreta, pois de acordo com Matos (2009), os anos de 1990 apresentam
um boom da temática da assessoria, que está ligado a uma conjuntura de reestruturação
produtiva e à reforma do aparelho do Estado.
A alternativa B está incorreta, pois de acordo com o referido autor, o exercício de assessoria
está ligado ao status que essa função tem, que está ligado ao reconhecimento intelectual que se
dispensa ao assessor. Como queremos a alternativa incorreta, esse também não é o gabarito da
questão.
A alternativa C está incorreta, pois de acordo com o autor, assessoria é a ação que visa auxiliar,
ajudar, apontar caminhos, não sendo o assessor um sujeito que opera a ação e sim o seu
propositor, junto a quem lhe demanda essa assessoria.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Matos (2006) APUD
Matos (2009):
"Assim, definimos assessoria/consultoria como aquela ação que é desenvolvida por um
profissional com conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto de estudo e detém
uma intenção de alteração da realidade. O assessor não é aquele que intervém, deve, sim, propor
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caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe que assessora e estes têm autonomia em


acatar ou não as suas proposições. Portanto, o assessor deve ser alguém estudioso,
permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas proposições".
A alternativa E está incorreta, pois Vieira (1981) APUD Matos (2009) salienta que a distinção
entre assessoria e supervisão é a natureza temporária e eventual daquela e a ampla liberdade
que o assessorado tem em aceitar ou não as propostas do assessor, enfatizando também que
mais do que supervisor, assessor tem uma autoridade de ideias ou de competências e não de
mando.
(IBFC /EBSERH - HUGG - UNIRIO -ASSISTENTE SOCIAL 2017)
Matos (2006) realizou uma discussão visando conceituar a questão da assessoria e da
consultoria, visto sua análise em prol da atuação do Serviço Social na área. Considerando
o pensamento do autor, analise as afirmativas abaixo e assinale aquelas que fazem uma
menção correta aos conceitos sobre assessoria difundidos pelo autor em pauta:
I. O ato de assessorar é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições,
graças a conhecimentos especializados em determinado assunto.
II. A assessoria é uma ação técnica, de assistência, e para a qual não são necessários
conhecimentos específicos por parte de quem o exerce.
III. A assessoria é um serviço pontual, portanto, fere as atribuições privativas e
competências do Assistente Social brasileiro.
IV. O assessor é um profissional que intervém junto à realidade analisada, indicando os
caminhos a serem seguidos por quem o contratou.
V. O assessor é tido como um assistente, adjunto, auxiliar ou ajudante que detém
conhecimentos que possam auxiliar a quem assessora.
Assinale a alternativa correta:
a) Estão corretas apenas as afirmativas I e II
b) Estão corretas apenas as afirmativas II e III
c) Estão corretas apenas as afirmativas I e V
d) Estão corretas apenas as afirmativas IV e V
e) Estão corretas apenas as afirmativas III e V
Comentários
Vamos comentar cada afirmativa da questão:
I. O ato de assessorar é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições,
graças a conhecimentos especializados em determinado assunto.
A afirmativa está correta pois o autor afirma em seu texto que assessorar é uma ação que irá
auxiliar, de forma técnica outros profissionais ou instituições, baseado em conhecimentos
especializados em determinado assunto.
II. A assessoria é uma ação técnica, de assistência, e para a qual não são necessários
conhecimentos específicos por parte de quem o exerce.

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A afirmativa está errada, pois para realizar o trabalho de assessoria são necessários
conhecimentos específicos por parte do profissional que está exercendo essa atividade.
III. A assessoria é um serviço pontual, portanto, fere as atribuições privativas e
competências do Assistente Social brasileiro.
A afirmativa está errada, pois o exercício da assessoria é identificado como uma atribuição
privativa do Assistente Social e também como uma competência desse profissional.
IV. O assessor é um profissional que intervém junto à realidade analisada, indicando os
caminhos a serem seguidos por quem o contratou.
A afirmativa está errada, pois o assessor não intervém junto à realidade analisada, uma vez que
seu trabalho é auxiliar e apontar caminhos para quem o contratou realizar a intervenção nessa
realidade.
V. O assessor é tido como um assistente, adjunto, auxiliar ou ajudante que detém
conhecimentos que possam auxiliar a quem assessora.
De fato, a alternativa traz exatamente o conceito do que é assessor.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois apresenta as afirmativas I e V como
corretas.

Vamos agora discutir um outro importantíssimo tema: Planejamento Social em


Serviço Social.

Vamos continuar nossos estudos?

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3.ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO SOCIAL

3.1 - Planejamento Social

3.1 – Considerações gerais sobre do tema

Vamos estudar agora um assunto que "chove de forma torrencial" em qualquer prova de
Serviço Social. Se eu tivesse que indicar um tema certo para cair em provas, com absoluta
certeza indicaria Planejamento Social. E digo mais... Indicaria o livro de autoria de Myrian
Veras Baptista intitulado Planejamento Social: intencionalidade e instrumentação.

LEITURA
OBRIGATÓRIA

Veras, 2019.

Fonte: Editora Veras, 2019.

Quando as bancas examinadoras tratam de Planejamento, na grande maioria das vezes


utilizam essa bibliografia. Por isso, é muito importante que você, querido (a) concurseiro (a),
leia esse material. Ele é um livro fininho de imensurável importância, tanto para gabaritar as
provas quanto para o aprimoramento da nossa atuação enquanto profissional.

MAS AFINAL, O QUE É PLANEJAMENTO?

De acordo com Baptista (2002), o termo Planejamento na perspectiva lógico-


racional é:

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Fonte: BAPTISTA, (2002). Elaboração própria.

A racionalidade do planejamento decorre do uso da inteligência num processo


denominado de racionalização dialética da ação.

Com base nisso, Baptista (2002) afirma que:

"O planejamento é a ferramenta para pensar e agir dentro de uma sistemática analítica própria,
estudando as situações, prevendo seus limites e suas possibilidades, propondo-se objetivos,
definindo-se estratégias".

Os tomadores de decisão entenderam, com o passar do tempo, que para sanar problemas
e promover mudanças efetivas, deveria-se conhecer com profundidade a realidade e a
problemática para, a partir daí, agir sobre elas com intencionalidade e com objetivos claros e
definidos. Dessa forma, o planejamento começa a ser implementado como instrumento de
decisão.

Assim, o ato de planejar faz parte de um processo racional, organizado por operações
complexas e interligadas, as quais podemos citar:

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Planejamento

Retomada da
Reflexão Decisão Ação Reflexão

Vamos estudar cada um desses elementos:

REFLEXÃO

• Refere-se ao conhecimento de dados, com base na análise e estudo de


alternativas necessárias para promover a superação e a reconstrução
de conceitos e técnicas que objetivem a explicação dos fatos sociais.

DECISÃO
• Refere-se à escolha de alternativas, dos meios necessários para
implementar essas escolhas, definição de prazos, dentre outros.

AÇÃO

• É o objetivo principal do planejamento e relaciona-se com a execução


das atividades que foram definidas.

RETOMADA DA REFLEXÃO

• Crítica dos processos executados e dos efeitos da ação que foi


planejada, objetivando embasar o planejamento das ações e
atividades futuras.

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MNEMÔNICO DA PROFA. ANNINHA

ELEMENTOS DO
PLANEJAMENTO ARDAR

Os elementos do planejamento se inter-relacionam em um processo cíclico, dinâmico


e contínuo, o qual pode ser representado da seguinte forma:

Fonte: Baptista, (2002).

3.2 – O planejamento como processo político

O planejamento possui uma dimensão política, a qual caracteriza-se como um processo


contínuo de tomada de decisões, dando direcionamento ao que é planejado, mudando um
pouco o processo tradicional de planejamento, que enfatizava somente os aspectos técnico-
operativos, desconsiderando os sujeitos políticos e suas tensões que também fazem parte desse
processo.

O planejamento também leva em consideração as condições objetivas e subjetivas do


ambiente em que ele ocorre, aliado às vontades políticas dos envolvidos, de suas articulações,
alianças e correlações de forças, tornando mais viável sua implementação e execução.

É necessário também operá-lo com base numa perspectiva estratégica, que apreendam
as complexidades das relações, suas dificuldades, sempre dando ênfase aos ganhos obtidos
durante o processo.

Dessa forma, o planejamento deve ser pautado em 03 tipos de competências:

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Competência Teórico-
Prática

PLANEJAMENTO

Competência Competência
Técnico-Operativa Ético-Política

Essa interrelação de competências não é um processo simples. Porém, é algo que


necessita ser implementado no planejamento, sendo o técnico o responsável por promover o
equacionamento e a operacionalização das ações, bem como assumir e implementar decisões.

Essas atividades também são desenvolvidas por meio de um processo cíclico,


esquematizado da seguinte forma:

Fonte: Baptista, (2002).

3.2.1 – Equacionamento

Relaciona-se ao conjunto de informações que devem ser adotadas pelos centros decisões
para a tomada de decisões, aumentando, com isso, a capacidade e qualidade do processo
inerente ao planejamento.

O planejador fará suas escolhas devendo levar em consideração o contexto das relações
sociais, a partir de sua visão de mundo. Se a sua perspectiva de realidade se fizer a partir de um
cunho conservador, ele irá interpretar os fatos com base na imediaticidade que eles se revelam
no cotidiano.

De acordo com Baptista (2002):


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" Se sua perspectiva de realidade se faz a partir de um ângulo conservador, o planejador vai
percebê-la enquanto fato socia objetivo, tomando o dado como o limite da reflexão. Essa
angulação concede autonomia ao fato social, aceitando, como elemento último do horizonte
analítico, a positividade da forma pela qual as relações sociais se põem; ou seja, aceitando o
real que se coloca imediatamente aos sentidos como dado de fato, não discutindo a realidade
posta por essa objetividade, fazendo com que a apreensão do real se resuma nas questões
colocadas no cotidiano, nas relações de consciência e de coerção cultural, não interessando o
processo que está em sua gênese".

3.2.2 – Decisão

Caracteriza-se pelas diferentes escolhas elencadas durante o processo de planejamento.


Nessa fase, a dimensão político-decisória é a base desse processo. A fim de subsidiar a melhor
decisão a ser tomada, é necessário o técnico compreender a realidade onde o planejamento está
se dando, levando sempre em consideração as tensões e pressões dos atores envolvidos.

A participação e envolvimento da população é de extrema importância no processo


decisório e de planejamento, envolvendo-a como personagem central e criando meios e
alternativas de participação direta desses sujeitos nas decisões que deverão ser tomadas pelos
gestores.

3.2.3 – Operacionalização

Relaciona-se com o detalhamento das atividades que serão necessárias para que as
decisões tomadas sejam implementadas e efetivadas pelos centros decisórios. Nessa fase, o
técnico irá sistematizá-las em: planos, programas e projetos.

3.2.4 – Ação

Essa é a fase das providências que deverão ser tomadas para transformar em realidade
o que foi planejado, cabendo ao técnico acompanhar sua implantação, o controle e a avaliação
que irão, novamente, retroalimentar o ciclo do planejamento.

Vamos ver como esse assunto é abordado nas provas de concursos públicos pelo Brasil?

(AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)


Sobre planejamento, é correto afirmar que:
a) a reflexão é o conjunto de informações significativas para a tomada de decisões.

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b) o equacionamento se refere à escolha de alternativas, à determinação de meios e à definição


de prazos.
c) a decisão diz respeito ao conhecimento de dados, à análise e estudo de alternativas.
d) a ação corresponde ao conjunto de informações significativas para a tomada de decisões.
e) a operacionalização é o detalhamento das atividades necessárias à efetivação das decisões
tomadas.
Comentários
A questão trata a respeito das operações complexas e interligadas que organizam e compõem o
processo de planejamento, abordadas por Myrian Veras Baptista, em seu livro: Planejamento
social: intencionalidade e instrumentação.
A alternativa A está incorreta, pois segundo Baptista (2002), a reflexão diz respeito ao
conhecimento de dados, à análise e estudo de alternativas, à superação e reconstrução de
conceitos e técnicas de diversas disciplinas relacionadas com a explicação e quantificação dos
fatos sociais, e outros.
A alternativa B está incorreta, pois de acordo com a autora, o equacionamento corresponde ao
conjunto de informações significativas para a tomada de decisões, encaminhadas pelos técnicos
de planejamento aos centros decisórios.
A alternativa C está incorreta, pois decisão diz respeito às diferentes escolhas necessárias no
decorrer do processo de planejamento.
A alternativa D está incorreta, pois a ação está relacionada à execução das decisões que foram
pensadas ao longo do processo, sendo o principal objetivo do planejamento.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002):
"A operacionalização relaciona-se ao detalhamento das atividades necessárias à efetivação das
decisões tomadas, cabendo aos técnicos sua consubstanciação em planos, programas e projetos
e, na ocasião oportuna, em sistematização das medidas para a sua implementação".

3.3 – Planejamento como processo técnico-político

O planejamento tem como objeto de intervenção a situação delimitada e seu movimento


de reflexão-decisão-ação-reflexão vai sendo realizado a partir dos seguintes elementos que,
na prática, nem sempre se mostram na mesma sequência lógica e ordenada que iremos
apresentar, pois muitas vezes, o planejador necessita desenvolver simultaneamente duas ações
que interagem de maneira dinâmica.

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Elementos do processo reflexão-decisão-


ação-reflexão do planejamento
• Construção/reconstrução do objeto;
• Estudo de situação;
• Definição de objetivos para a ação;
• Formulação e escolhas de alternativas;
• Montagem de planos, programas e/ou projetos;
• Implementação;
• Implantação;
• Controle da execução;
• Avaliação do processo e da ação executada;
• Retomada do processo em um novo patamar.

3.3.1 – Construção/reconstrução do objeto

O ser humano, por essência, é um ser planejador, pois vive cotidianamente formulando
e refletindo propostas e soluções para intervir em uma determinada situação. Esse processo é
feito é feito em meio a uma realidade que se modifica de forma constante.

No planejamento propriamente dito, essa realidade também apresenta dinamicidade,


sendo o planejador o sujeito que irá apreendê-la através de várias aproximações, a fim de
delinear e delimitar o objeto o qual irá intervir.

Dessa forma, esse objeto vai sendo construído e reconstruído, de forma permanente, no
decorrer da ação planejada, sendo modificado e modificando o contexto que o produziu. Nesse
processo, o planejador vai perceber as diferentes formas e dimensões desse objeto, na intenção
de encontrar possíveis espaços que possa intervir e que o permitam promover uma ação mais
efetiva e eficaz sobre a problemática a ser trabalhada.

De acordo com Baptista (2002), são referências para esse movimento:

"A área de interesse (de demanda), suas determinações e a dinâmica de sua conjuntura; o âmbito
da reconstrução, seus limites e possibilidades; a visão de mundo e os estereótipos das pessoas
que ocupam posições no sistema das relações sociais ligados à área de interesse; e o
conhecimento acumulado e em processo sobre a questão".

A reconstrução do objeto da ação profissional é um processo que irá envolver os


seguintes elementos:

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ELEMENTOS DA RECONSTRUÇÃO DO OBJETO

Demandas institucionais

Pressões dos usuários

Decisões profissionais

Aliado a isso, o profissional também estará com seu trabalho imerso a uma polaridade:
O EMPREGADOR que o contrata para intervir em uma determinada problemática, e as
PESSOAS, para as quais muitas vezes a intervenção está sendo feita para atender a uma
demanda que está vindo dessa população, mas não tem acesso aos recursos nem às decisões e
critérios de inclusão/exclusão para inserção naquele programa ou projeto, por exemplo.

Dessa forma, o planejador está colocado diante de um falso dilema: atender a demanda,
colocando-se do lado do empregador ou da população demandatária que demanda seus serviços,
ou seja, ao lado da população usuária.

Baptista (2002) explica que, não se trata de aceitar ou negar as demandas da


Instituição ou da população usuária. Trata-se de reestruturar essa demanda, mediando seus
interesses divergentes, a partir de uma direção ético-política profissional. Isso significa, em
poucas palavras, reconstruir o objeto da intervenção, de modo que possa desenvolver um
trabalho que valorize os princípios que superam a exclusão social, as desigualdades, as
discriminações, dentre outros problemas.

Segundo Baptista (2002):

"Se pretende elaborar essas demandas, reconstruindo o objeto de sua ação, precisa
compreendê-las, entendendo também as múltiplas formas como elas são percebidas e
vivenciadas (representações) pelos seus agentes, desmistificando as ideologias que lhe serviram
de gênese". (GRIFOS NOSSOS).

Tal processo de reconstrução do objeto deverá ser pautado sobre a percepção de que as
questões abordadas nesse processo se dão em diferentes níveis de apreensão e de intervenção
por parte do profissional.

Seu trabalho exige o conhecimento da visão de mundo e dos estereótipos das pessoas
que serão atingidas pelo planejamento e pela reconstrução do seu objeto. Assim, ao reelaborar
o objeto, o planejador irá efetuar um tríplice movimento:

 De crítica;
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 De construção de algo "novo";


De uma nova síntese, baseada no conhecimento e na ação, levando em
consideração a sua percepção do real imediato, o qual ele e o seu trabalho
encontram-se inseridos.

3.3.2 – Estudo de Situação

O conceito de Estudo de Situação consiste na descrição interpretativa, bem como em


compreender e explicar uma situação-problema para o planejamento, levando em consideração
seus limites e possibilidades.

Tal processo de planejamento caracteriza-se pela investigação e reflexão, objetivando


DEFINIR UMA SITUAÇÃO para, a partir dela, realizar uma intervenção e não apenas dar
uma resposta de cunho teórico, mas de cunho prático na realidade social posta.

Esse Estudo é realizado por meio de aproximações sucessivas e constantes ao objeto,


dotado de intencionalidade, a qual será a "força motriz" da construção desse objeto.

O Estudo de Situação caracteriza-se pela reflexão, compreensão, explicação e juízos


sobre a realidade dada e configura-se tendo como base as seguintes aproximações:

Aproximações do Estudo de situações


• Levantamento de hipóteses preliminares;
• Construção de referenciais teórico-práticos;
• Coleta de dados;
• Organização e análise:
descrição/interpretação/compreensão/explicação dos dados
obtidos;
• Identificação de prioridades de intervenção;
• Definição de objetivos e esclarecimentos de metas;
• Análise de alternativas de intervenção.

Vamos definir cada uma delas:

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3.3.2.1 – Levantamento de hipóteses preliminares

O Estudo de Situação iniciará a partir da formulação dessas hipóteses, as quais irão


nortear a coleta de dados sobre a situação, a partir de um referencial, relacionado à situação que
está sendo abordada, levantadas a partir de um referencial existente, a fim de permitir a análise
dos fatores que irão interferir ou compor a questão escolhida pelo planejador como problema.

3.3.2.2– Construção de referenciais teórico-práticos

Esses referenciais possuem naturezas diversas, tanto ético, morais, filosóficos e


científicos quanto teóricos e técnicos, sendo baseados nos valores e padrões da equipe
planejadora, da Instituição e da população usuária.

Para que exista uma ação que modifique com bons resultados uma situação, é necessário
conhecê-la em sua totalidade, a qual possui diferentes dimensões e se relaciona com contextos
e realidades maiores.

Além disso, deve-se haver uma abordagem transdisciplinar, que se caracterize por
diferentes tipos de conhecimentos, não se limitando somente a uma ação profissional específica.

Segundo Baptista (2002), mesmo que não esteja posta de forma explícita, há sempre
uma teoria orientando o recorte que o profissional faz da realidade e o modo como este
delineia sua ação, devendo essa teoria ser de cariz transformador, superando a parcialidade e
dando-lhe a dimensão de totalidade e de historicidade. Aliado a isso, é necessário também a
construção de um sistema de indicadores que permitirão a mensuração dos dados reais e
concretos.

3.3.2.3 – Coleta de dados

Os dados da situação objeto do planejamento deverão ser coletados em quantidade e


qualidade, dependendo da natureza do estudo, do seu aprofundamento e estratégias criadas para
a execução da ação. Essa coleta de dados objetiva, inicialmente, levantar informações gerais,
num primeiro momento, utilizando-se de instrumentais como: observação direta, reuniões com
a equipe e público alvo envolvidos, pesquisas de campo, dentre outros, a fim de constatar fatos
e levantar evidências da situação, para detectar as questões de maiores relevância.

Os dados coletados deverão referir-se a aspectos como: dados de situação, dados da


Instituição demandatária da ação, dados das políticas públicas, da legislação e do equipamento
jurídico e rede de apoio existente, bem como dados de prática (interna e externa).

3.3.2.4 - Organização e análise: Descrição/interpretação/compreensão/explicação


dos dados obtidos

Essa etapa consiste na análise exaustiva dos fatos pelo planejador, bem como na
organização, descrição, interpretação, visando sempre novas formas de aproximação com o
objeto do planejamento e buscando novas respostas a partir do real e das explicações dos dados
da realidade coletada.

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Nessa fase, o problema objeto de análise do planejamento necessita ser definido e


delimitado, eliminando diferentes interpretações sobre o objeto, problematizando as causas
da situação exposta através do uso de técnicas de análise, na busca dos mais variados
significados das situações analisadas.

Nesse contexto, é necessário ir além da imediaticidade dos fatos, através de uma


reflexão crítica da totalidade concreta (que inclui a historicidade e a contraditoriedade, ou
seja, o todo e suas partes, a teoria e a prática, dentre outros aspectos).

Torna-se necessário também estudar a estrutura interna do objeto, na intenção de


conhecê-lo, tendo claro o momento conjuntural vivido, bem como o papel do Estado nesse
contexto e as políticas sociais por ele definidas e propostas.

3.3.2.5 - Identificação de prioridades de intervenção

As aproximações com a análise de situação irão influenciar os espaços do problema que


necessitam de intervenção.

As prioridades deverão ser hierarquizadas, de acordo com os recursos financeiros


disponíveis. A identificação de prioridades deve levar em consideração os critérios de
relevância e viabilidade, sendo aplicados, respectivamente, com vistas à proporção do impacto
que a ação causará, girando em torno das prioridades que estão ao alcance da ação profissional
na Instituição.

Baptista (2002) enfatiza que o objeto deverá ser escolhido levando em consideração a
importância da problemática no âmbito da responsabilidade da Instituição planejadora, bem
como dos interesses e necessidades do público alvo ou interesse da equipe responsável pelo
planejamento.

3.3.2.6 - Definição de objetivos e esclarecimentos de metas

Você sabe qual a diferença entre objetivos e metas?

Vamos abrir um pequeno parêntese para explicar a você, querido (a) concurseiro (a)
qual a diferença desses termos.

OBJETIVOS Aquilo que se pretender atingir

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"Pedaços" de um objetivo. Etapas que


METAS devem ser cumpridas para o alcance
de um objetivo

Agora que já sabemos a diferença entre objetivos e metas, podemos dizer que os
objetivos expressam a intencionalidade da ação a qual se planeja, no intuito de focá-la para
algo que ainda não foi alcançado, antecipando os resultados esperados e trabalhando a
possibilidade do alcance de uma realidade possível.

Dessa forma, a ação nesse processo de planejamento é gestada e executada a partir da


intencionalidade, conforme já abordamos, e seus objetivos devem indicar, de forma clara e
objetiva, o que se deve alcançar com o ato de planejar.

Um ponto de extrema importância a ser considerado é que tanto os objetivos quanto as


metas devem ser direcionados e estabelecidos em conformidades com a política, diretrizes e
objetivos os quais a ação planejada é vinculada e subordinada.

Outra colocação importante é que haja participação tanto dos responsáveis pela
execução quanto dos usuários na formulação das decisões e dos objetivos, pois quanto mais
aceitável for o objetivo e quanto mais a tomada de decisão envolver os atores do processo,
maior será a probabilidade de sucesso do planejamento.

3.3.2.7 - Análise de alternativas de intervenção

A formulação e escolhas de alternativas são desenvolvidas com base em um processo


complexo que envolve a dinâmica histórica do objeto, o equacionamento dos recursos, os
agentes facilitadores e dificultadores do processo, as expectativas do público alvo, os
hábitos culturais dos envolvidos, bem como suas características psicológicas, sociais e
políticas.

Nesse contexto, caberá ao planejador analisar as propostas que serão postas, suas
vantagens e desvantagens, seus pontos positivos e negativos. Devem ser levados em
consideração também os recursos físicos, financeiros e humanos.

Baptista (2002) recomenda que:

"Uma vez levantado um número razoável de alternativas, elas deverão ser classificadas e triadas
para, afinal, comporem um conjunto de propostas concretas, que deverão ser examinadas
profundamente para instrumentalizar a tomada de decisões quanto à escolha de alguns caminhos
em detrimento de outros".

Com base nisso, o estudo de alternativas deverá levar em consideração as


consequências sociais da ação (mediatas e imediatas, positivas e negativas), bem como sua
economicidade (se a ação será eficaz e exequível), suas operações (eficiência interna e externa
da ação) e seu rendimento político (se a proposta será aprovada pelos centros decisórios e pelo
público alvo).
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Vamos fazer um exercício de fixação para assimilarmos melhor o conteúdo que


acabamos de estudar?

(AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)


Consiste na compreensão, na explicação e na expressão de juízos ante aos dados de
realidade apreendidos. O enunciado refere-se:
a) ao estudo da situação.
b) à construção/reconstrução do objeto.
c) ao planejamento.
d) à retomada da reflexão.
e) à decisão.
Comentários
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002):
"O estudo da situação consiste na caracterização (descrição interpretativa), na compreensão e
na explicação de uma determinada situação tomada como problema para o planejamento e na
determinação da natureza e magnitude de suas limitações e possibilidades."
(CESPE - CEBRASPE/HUB - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)
Com relação ao planejamento em serviço social, julgue o item que se segue.
O planejamento envolve um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e
orientadas para concretizar um objetivo, de forma a possibilitar a tomada de decisões
posteriormente.
( ) Certo
( ) Errado
Comentários
A questão está errada, pois o planejamento envolve um conjunto de ações intencionais,
integradas, coordenadas e orientadas para concretizar um objetivo, de forma a possibilitar a
tomada de decisões de forma antecipada. O erro da questão está em afirmar que a tomada de
decisões no planejamento é realizada de forma posterior.

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3.4 – Montagem de planos, programas e/ou projetos


(Planificação)

A planificação é a sistematização das ações planejadas, objetivando o alcance dos


resultados. Essa sistematização terá como produtos finais o que conhecemos como planos,
programas e projetos.

De acordo com Baptista (2002), a planificação no processo de planejamento é


realizada:

"(...) no momento em que, após a tomada de um conjunto de decisões, definidas em face de


uma realidade determinada, inicia-se o trabalho de sistematização de atividades e dos
processos necessários para o alcance dos resultados previstos. Essas decisões são explicitadas,
sistematizadas, interpretadas e detalhadas em documentos que representam graus
decrescentes de níveis de decisão: planos, programas e projetos. (GRIFOS NOSSOS).

Queridos (as) concurseiros (as), vocês sabem qual a diferença entre planos, programas
e projetos?

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PLANOS
•Decisões de caráter mais geral, como por exemplo: linhas políticas, estratégias,
responsabilidades e diretrizes;
•Sistematização de objetivos e metas;
•Formulação de prioridades e viabilidades;
•Metas e resultados a serem atingidos;
•Responsabilidade de execução, controle e avaliação dos resultados.

PROGRAMAS
• Documentos que detalham, por SETOR, a política, diretrizes, metas, etc;
• Setorização do Plano;
• Objetivos setoriais do plano iráo constituir os objetivos gerais do Programa.

PROJETOS
•Documento que sistematiza e estabelece um maior nível de detalhamento das
ações, bem como a racionalização das decisões;
•Instrumental mais próximo da execução, que realiza o detalhamento das
atividades, estabelece prazos, recursos humanos,financeiros, receitas etc;
•O Projeto deverá ser simples e claro, preciso, objetivo, abrangente, dentre
outras características.

3.5 – Implementação

Consiste na adoção de medidas e respostas concretas para a realização da ação


planejada. É efetuado o preparo da Instituição da equipe envolvida e da população para a
realização da intervenção propriamente dita.

Nessa fase, são realizadas as especificações de normas/padrões de intervenção, decisões


políticas favoráveis ao desenvolvimento da atividade, obtenção de recursos financeiros, como
por exemplo, convênios ou contratos, empréstimos, verbas orçamentárias, estrutura técnico-
administrativa para a realização do que foi planejado etc.

3.6 – Implantação e execução

Nessa fase, o que foi planejado será transformado em AÇÃO. De acordo com Baptista,
(2002):

"A implantação é a operação, nos espaços e nos prazos determinados, das ações previstas no
planejamento. É a fase que se dá a instalação e o início de funcionamento do empreendimento".
(GRIFOS NOSSOS).

Nesse momento, a abordagem transdisciplinar é fundamental, enfatizando-se o


trabalho em equipe e a participação dos usuários nesse processo. Todos os trabalhos realizados
deverão ser acompanhados por técnicos, a fim de realizar o controle dessas ações e sua
avaliação também ao longo de sua execução.
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3.7 – Controle

Instrumento de controle e racionalização da execução das ações planejadas, a fim de


prever possíveis erros e desvios que possam aparecer ao longo da execução da ação ou projeto
que está sendo executado.

Em outras palavras, o controle é responsável por verificar se está havendo alinhamento


entre o que foi planejado e o que está sendo realizado, em termos de desempenho técnico e
administrativo.

Esse controle das ações é realizado através da elaboração de:

✓ Relatórios;
✓ Boletins estatísticos.;
✓ Gráficos;
✓ Cronogramas;
✓ Orçamentos;
✓ Manuais;
✓ Dentre outros.

3.8 – Avaliação

É de fundamental importância destacar que a avaliação deve estar presente em todo


o processo do planejamento, a partir do momento que se inicia a ação planejada, inicia-se, em
paralelo, a sua avaliação.

Baptista (2002) ressalta que a avaliação pode ser o momento de maior conteúdo
dialético do planejamento e, para isso, é necessário:

"(...) abandonar o enfoque fragmentário e pensar a proposta a partir de premissas metodológicas


da dialética que ponham ênfase na totalidade, no caráter histórico dos processos sociais e no
objetivo transformador e não meramente modernizador dessa proposta". (GRIFO NOSSO).

De acordo com a autora, no processo de planejamento, elementos fundamentais de


dialética são reconhecidos na avaliação, os quais podemos citar:

A dimensão do futuro - A avaliação faz, no presente, uma análise crítica


do passado, a partir da intencionalidade social que não se encontra de forma
explícita na imediaticidade da prática.

 A dimensão da historicidade - Essa dimensão não se trata apenas de


recuperar o elemento histórico, mas também de realizar sua interpretação e
reconstrução da intervenção.

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 A dimensão da contradição - Quando se avalia, coloca-se em questão a


proposta planejada, sua execução e seus resultados produzidos. O "colocar
em questão" é uma forma de superação, pois mostrará os aspectos que deram
certos e os que precisam ser revistos.

A dimensão do enfrentamento da reificação - O que determinará o


desempenho e sucesso da ação planejada é o controle que o planejador e o
executor tem sobre as variáveis que possam influenciar nesse processo.

No processo avaliativo, são adotados alguns critérios, a fim de desenvolver ações


competentes, eficazes, eficientes e efetivas. Diante disso, podemos citar 3 tipos de avaliações
que são realizadas no processo de planejamento.

Vamos diferenciar o que é eficiência, eficácia e efetividade?

Vamos juntos (as)!! :)

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EFICIÊNCIA

•Objetiva melhores resultados através do menor custo e menor esforço.

EFICÁCIA

•Visa o alcance dos objetivos e das metas previstos.

EFETIVIDADE

• Estudo do impacto do que foi planejado sobre a situação.


• Estudo dos efeitos da ação sobre a questão objeto do planejamento.

3.9 – Retomada do Processo

Caracteriza-se pelo reinício do processo de planejamento, a partir do traçado de novas


políticas e estratégias para a ação, criado a partir da atitude de rever planos e práticas no decorrer
da execução da ação planejada.

Em linhas gerais, podemos dizer que essa última etapa do planejamento consiste na
produção e desenvolvimento de estratégias de enfrentamento ao que não foi vantajoso na
execução da ação, traçando pontos fortes e fracos, a partir da revisão do processo como
dimensão do planejamento, desenvolvida de forma contínua e sistemática, para corrigir o
curso das ações e subsidiar novas tomadas de decisões.

Vamos exercitar o que acabamos de estudar?

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(FEPESE /Pref. Bombinhas - SC/ASSISTENTE SOCIAL - 2019)


Sobre Planejamento desenvolvido no âmbito dos serviços, programas e projetos sociais, é
correto afirmar:
a) O programa define e delineia as ações de forma mais ampla, isto é, considera e propõe ações
relacionadas à estrutura organizacional como um todo, orientando os demais níveis de
detalhamento das ações.
b) Um plano podemos dizer que é o momento/ documento de setorização do programa e de
referência para o projeto, que por sua vez pode ser entendido como o instrumento de maior
nível de detalhamento das ações e de menor âmbito de abrangência.
c) O planejamento é operacionalizado e materializado por meio de planos, programas e projetos
vinculados a uma ou mais áreas, setores ou políticas.
d) O planejamento constitui-se em um ato puramente técnico porque pressupõe a racionalidade
das ações ponderando uma série de condicionantes, dentre eles: prazos e recursos existentes.
e) O planejamento é uma ferramenta totalmente neutra uma vez que contribui para a
operacionalização das ações, dos serviços, dos programas e dos projetos sociais.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois de acordo com Bernardes Pinto (1969) APUD Baptista
(2002), o programa 'é o documento que detalha, por setor, a política, diretrizes, metas e medidas
instrumentais. É a setorização do plano'. Sua principal característica é a setorização de uma área
ou região.
A alternativa B está incorreta, pois de acordo com Baptista (2002), o plano delineia as decisões
de caráter geral, bem como suas grandes linhas políticas, suas estratégias, suas diretrizes e
responsabilidades, tratando-se de um documento que se refere a propostas amplas relacionadas
à estrutura da organização como um todo.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002), o
planejamento é operacionalizado e materializado por meio de planos, programas e projetos
vinculados a uma ou mais áreas, setores ou políticas, o qual inicia a sistematização de atividades
e procedimentos indispensáveis para o alcance dos objetivos e resultados desejados.
A alternativa D está incorreta, pois o planejamento não se constitui em um ato puramente
técnico, uma vez que ele é um processo permanente e que se baseia em uma abordagem racional
e científica, sendo dotado de conhecimentos teóricos, científicos e técnicos.
A alternativa E está incorreta, pois o planejamento é uma ferramenta que possui
intencionalidade nas ações planejadas, não sendo, portanto, uma ferramenta neutra.

Vamos agora estudar acerca da natureza investigativa do trabalho do Assistente


Social na contemporaneidade.
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4 - A DIMENSÃO INVESTIGATIVA DO SERVIÇO


SOCIAL

4.1 – A natureza investigativa e interventiva do trabalho


do Assistente Social

4.2 – Considerações gerais acerca da natureza investigativa do


Serviço Social

O terceiro tema da nossa aula será a respeito da Dimensão investigativa do trabalho


do Assistente Social, tema bastante interessante e tratado pela autora Yolanda Guerra em seu
artigo intitulado " A dimensão investigativa no exercício profissional", como parte da Coletânea
"Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais do CFESS e ABEPSS.

Outro artigo que trata essa temática com ampla propriedade e precisão é o artigo "A
atitude investigativa no trabalho do assistente social", da autora Cristina Kologeski Fraga,
publicado na revista "Serviço Social & Sociedade", edição n° 101, do ano de 2010.

Esse assunto está intimamente ligado a outro tema de extrema importância para a
profissão e que cai, com frequência, nas provas de concursos pelo Brasil: Pesquisa em Serviço
Social. Dada a sua relevância desse conteúdo, preferimos abordá-lo em aula específica desse
curso, fazendo o elo com a natureza investigativa do trabalho do Assistente Social.

Iremos iniciar esse assunto lembrando a você, querido (a) concurseiro (a), que o Serviço
Social possui, em sua essência, uma natureza interventiva na realidade social, tendo como
objeto ou matéria-prima de seu trabalho a Questão Social.

A partir da criação de seu projeto pedagógico, em meados da década de 90, que toma
como referência a Teoria Social Crítica, a partir da perspectiva Intenção de Ruptura, há a
formação de profissionais críticos desenvolvendo seu trabalho com base nessa dimensão
investigativa e interventiva como princípios fundamentais da formação e atuação profissional.

Esses profissionais necessitam de um sólido referencial teórico-metodológico, aliado a


uma visão crítico-analítica da realidade social e o domínio técnico-instrumental que embase,
com profundidade, a sua prática profissional, a fim de atender não somente as demandas que
lhes são postas de natureza imediata no dia a dia do seu trabalho, de forma pragmática, sem
intencionalidade e sem clareza em seus propósitos e objetivos.

Assim, a atitude investigativa do Assistente Social irá evitar que isso aconteça e, por
isso, se faz necessário a formação de um profissional crítico, envolvido com a qualidade de sua
prática e com a pesquisa diária, a fim de instrumentalizar e qualificar sua ação profissional.

Com base nisso, Guerra (2009) enfatiza que:


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"Este perfil de profissional, entre outras exigências, determina a necessidade de um sólido


referencial teórico-metodológico, que permita um rigoroso tratamento crítico-analítico, um
conjunto de valores e princípios sociocêntricos adequados ao ethos do trabalho e um acervo
técnico-instrumental que sirva de referência estratégica para a ação profissional". (GRIFOS
NOSSOS).

A pesquisa e a investigação irão subsidiar uma melhor formação e capacitação do


profissional, qualificando sua intervenção e norteando um plano de intervenção profissional
objetivando construir estratégias coletivas que contribuam para o enfrentamento das diferentes
manifestações de desigualdades e injustiças sociais e para o desvelamento da Questão Social, a
partir de uma perspectiva histórica que apreenda a contradição existente na realidade social. A
fim de que isso ocorra, pressupõe-se na profissão:

 Pesquisar dados de realidade quantitativos - As pesquisas quantitativas


são fundamentais para trazer recordes da realidade social e dimensionar os
problemas que se investiga;

 Investigar sobre as informações qualitativas da realidade - As


metodologias qualitativas aproximam os sujeitos pesquisados, permitindo-os
conhecer as mais variadas percepções, os significados que atribuem a suas
experiências, seus modos de vida, oferecendo subsídios para trabalhar com a
realidade em sua essência;

 Desvendar e problematizar a realidade social - Compreendendo, a


fundo, os modos e as condições de vida dos sujeitos com seus aspectos
históricos, sociais, econômicos e culturais, e também em suas características,
anseios, desejos, necessidades, demandas;

 Intervir na realidade social com base na apreensão do movimento


contraditório do real, a partir do seu desvendamento e problematização,
e também de pesquisas sobre dados da realidade desses sujeitos.

4.2 – A investigação e a intervenção como Competências e


Atribuições Privativas do Assistente Social

A pesquisa em Serviço Social vem expandindo-se nos últimos anos e dando um valioso
salto de qualidade, a partir do referencial teórico Marxista, dando à profissão um estatuto de
maioridade intelectual. (Cabe enfatizar aqui, queridos (as) concurseiros (as) que teremos em
nosso curso uma aula específica sobre o tema "Pesquisa em Serviço Social").

É de suma importância destacar que a investigação e a intervenção são elementos que,


embora distintos, fazem parte do modo de ser da profissão e estão expressos, de forma clara,
nas Competências e Atribuições Privativas da profissão de Serviço Social, elencadas nos
Artigos 4° e 5° da Lei de Regulamentação da Profissão, respectivamente.

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Novamente, a fim de fazer você, querido (a) concurseiro (a), entender melhor como esse
assunto está imerso na Lei n° 8.662/93, traremos novamente os quadros que nos mostram o rol
de Competências e Atribuições Privativas e, em seguida, daremos mais detalhes acerca desse
conteúdo na dimensão investigativa e interventiva do Assistente Social.

O Artigo 4° da Lei n° 8.662/93 traz um rol de Competências do Assistente Social, as


quais podemos citar:
"Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da


administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do
âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à
população;
IV - (Vetado);
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar
recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para análise da
realidade social e para subsidiar ações profissionais;
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta,
empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II
deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas
sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de
Serviço Social;
XI - realizar estudos sócioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços
sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e
outras entidades."

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Iamamoto (2002) faz uma crítica acerca dos referidos artigos da Lei de
Regulamentação da profissão, os incisos II, III, VIII e XI, do Artigo 4 º, que
embora colocados como Competências, constituem-se, segundo a autora,
como Atribuições Privativas do Assistente Social, pois o que delimita o
caráter da atividade como de exclusividade do Assistente Social é a sua
qualificação enquanto MATÉRIA, ÁREA e UNIDADE DE SERVIÇO
SOCIAL.

Trouxemos essa crítica de Iamamoto sobre o assunto porque achamos bastante


pertinente. Porém, para fins de provas de concursos públicos, você tem que responder as
questões exatamente com base no que o diz a Legislação, nesse caso, o que diz a Lei de
Regulamentação da Profissão, combinado, meus amores? :)

Continuemos nosso assunto...

O Artigo 5° da Lei n° 8.662/93 traz uma lista composta por 13 atribuições privativas
do Assistente Social, as quais podemos citar:
"Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas


e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas
privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social;
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação,
disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação
regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e
pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço
Social;
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos
ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos
conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de
Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;

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XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;


XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e
entidades representativas da categoria profissional".

Percebam, queridos (as) concurseiros (as) que as Atribuições Privativas apresentam


atividades específicas que só podem ser desenvolvidas pelo Assistente Social, pois conforme
ressalta Iamamoto, essas atividades constituem-se como MATÉRIA, ÁREA e UNIDADE DE
SERVIÇO SOCIAL.

Vejam também, queridos (as) alunos (as) que grande parte das Competências e
Atribuições Privativas do Assistente Social estão imbricadas pela natureza investigativa da
profissão. Ousamos citar alguns exemplos, para que fique mais claro esse conteúdo para vocês!

Quando dizemos que é necessária a coordenação e execução de


políticas, programas e projetos, como também avaliar, coordenar pesquisas,
realizar vistorias técnicas, perícias, laudos, pareceres sociais, essa afirmação
reconhece e dá visibilidade à natureza investigativa das competências
profissionais do Assistente Social.

Para tornar esse trabalho de qualidade, o profissional precisa utilizar-se da


pesquisa e do constante aprimoramento, objetivando alcançar, dessa
forma, os objetivos e metas almejados.

De acordo com Minayo (1999):

"(...) a atitude investigativa é o fomento básico do exercício profissional do assistente social


que se refere ao movimento de desocultamento do real, e também que esse profissional, assim
como o de outras áreas, só investiga aquilo que conhece e o incomoda: 'Ou seja, nada pode ser
intelectualmente um problema, se não tiver sido, em primeiro lugar, um problema da vida
prática'”. (GRIFOS NOSSOS).

Lembremos, queridos (as) concurseiros (as) que o Serviço Social é uma profissão
inscrita na divisão social e técnica do trabalho, que tem na Questão Social sua matéria-prima e
se funda na especialização desse trabalho, originando-se a partir da contradição existente do
modo de produção capitalista.

Com base nisso, a finalidade de sua ação profissional está intimamente ligada ao
enfrentamento das diferentes manifestações dessa Questão Social, objetivando a garantia
de direitos dos seus usuários.

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A atitude investigativa proporcionará ao Assistente Social, em sua prática cotidiana,


conhecer e problematizar o objeto que ele trabalha diariamente, dando consistência e
qualificação ao desenvolvimento de seu trabalho. Em paralelo a isso, sua prática deverá ser
norteada por um plano de intervenção profissional que objetive construir estratégias para as
diferentes manifestações da Questão Social, as quais se apresentam de forma tão visível na
sociedade capitalista que vivemos.

Conforme já abordamos, o Serviço Social é uma profissão essencialmente investigativa


e interventiva. Assim, para que suas ações tenham visibilidade e resolutividade na sociedade,
é necessário que o profissional tenha clareza do projeto ético-político hegemônico da profissão
e seja embasado por conhecimentos, habilidades, competências, atribuições e compromisso
para a realização dos processos de trabalho onde quer que ele atue.

Em que momento da nossa atuação


profissional estamos desenvolvendo
nossa atitude investigativa?

Quando realizamos entrevistas, por exemplo, estamos colocando em


exercício a dimensão investigativa da profissão, por meio de informações
extraídas diretamente da realidade. Porém, para se chegar até essa realidade,
dependendo de conhecimentos indiretos sobre vários temas que nos
habilitaram a realizá-la.

Outro exemplo seria a realização de estudo social, laudos e pareceres que,


para a sua realização, buscamos informações nos documentos institucionais,
na vizinhança, no trabalho ou em outros locais.

Estes são momentos em que ESTAMOS EXERCITANDO NOSSA


DIMENSÃO INVESTIGATIVA em nosso exercício profissional diário.

Além disso, a fim de subsidiar a ação interventiva e investigativa do Assistente Social,


é necessário que seu trabalho seja realizado com um caráter interdisciplinar, pautado nos
princípios do Código de Ética e ter na Pesquisa um de seus principais fundamentos.
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De acordo com Fraga (2010), podemos dizer que a atitude investigativa remete ao
profissional:

"(...) uma postura aberta do sujeito para investigar, a permanente curiosidade, expectativa para
aprender e entender o inesperado, o acaso, o que extrapola suas referências e o leva a ir além.
A atitude investigativa consiste numa postura inquieta e curiosa, por isso é fundamental na
bagagem cotidiana do profissional. A ausência dessa postura pode levar à cristalização das
informações, à estagnação do aprendizado profissional, o que, consequentemente,
comprometerá o compromisso do assistente social com a qualidade dos serviços prestados à
população usuária". (GRIFO NOSSO).

Battini (1994) acrescenta que essa postura investigativa constitui-se sempre na busca do
novo, a partir da reconstrução de categorias teórico-metodológicas que serão adquiridas dia
após dia através da leitura da realidade social e da intervenção profissional, superando a visão
pragmática, rotineira e a-histórica, baseada na imediaticidade que pode se apresentar na
profissão e em seu cotidiano de trabalho.

Dessa forma, o profissional não deve cair na rotinização de sua prática e deixar-se levar
por atividades repetitivas, burocráticas, rotineiras e esvaziadas de sentido e intencionalidade,
sendo desafiado a superar-se constantemente e resgatar a essência de seu trabalho. Suas ações
requerem uma postura investigativa permanente do real, com base em uma intervenção crítica,
propositiva e dinâmica, sem ser repetitiva.

Podemos concluir que a ação do Assistente Social deve ser norteada pelos seguintes
elementos:

Ação Profissional do
Assistente Social

Intervenção
Postura investigativa Interdisciplinaridade
Profissional

RESULTANDO

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✓ Ação profissional com alcance social, mediada pela intervenção qualificada


das diferentes manifestações da Questão Social;
✓ Legitimidade junto às classes subalternas.

Vamos exercitar o que acabamos de estudar?

(FCC/SABESP - ANALISTA DE GESTÃO - ASSISTENTE SOCIAL)


O assistente social no exercício profissional possui uma dimensão investigativa que se
caracteriza como:
a) a habilidade do profissional em operar numa área particular, desvinculando-a da significância
da mesma no conjunto da problemática social.
b) um processo pontual e assistemático na ação que pode ser identificado como sistematização
de dados que permite desenvolver determinado conhecimento empírico.
c) inerente à natureza da competência profissional que se expressa, exclusivamente, na fase de
planejamento de suas ações.
d) a realização de entrevistas, estudo social, pareceres como processo investigativo devem
ocorrer apenas em casos que apresentam alta vulnerabilidade social.
e) uma realização das suas competências como um todo, no planejamento, implementação,
avaliação e revisão crítica do processo, pois a dimensão investigativa está intrinsecamente
relacionada com a dimensão interventiva, e a qualidade de uma implica a plena realização da
outra.
Comentários
A questão "copia e cola" exatamente o pensamento de Yolanda Guerra em seu artigo: a
dimensão investigativa no exercício profissional.
A alternativa A está errada, pois a dimensão investigativa não pode estar desvinculada do
conjunto da problemática social, conforme afirma a alternativa.
A alternativa B está errada, pois a dimensão investigativa não se trata de um processo pontual
e assistemático e deve estar baseado em um trabalho sistematizado do profissional, permitindo
desenvolver conhecimento baseado na pesquisa, com intencionalidade e clareza de finalidade.
A alternativa C está errada, pois a investigação deve fazer parte de todas as ações interventivas
do assistente social e não somente compor a fase de planejamento de suas ações.

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A alternativa D está errada, pois a realização de entrevistas, estudo social, pareceres como
processo investigativo não devem ocorrer apenas em casos que apresentam alta vulnerabilidade
social. Devem ser realizados nos casos que o assistente social entenda a necessidade de sua
implementação, independente da existência de situações de alta vulnerabilidade social ou não.
A alternativa E está correta, pois de acordo com Guerra (2009):
"Daí que a postura investigativa do profissional se explicita na realização das suas competências
como um todo: nas fases de planejamento, implementação, avaliação e revisão crítica do
processo. A dimensão investigativa está intrinsecamente relacionada com a dimensão
interventiva, e a qualidade de uma implica a plena realização da outra".
(CESPE/TJRO- ANALISTA JUDICIÁRIO-ASSISTENTE SOCIAL)
A respeito da dimensão investigativa como suporte do exercício profissional, assinale a
opção correta:
a) Na atualidade do serviço social, assumir a investigação como suporte do exercício
profissional constitui risco para a sua prática, pois os assistentes sociais, ao assumirem a atitude
investigativo-científica em seu fazer cotidiano, prejudicam suas principais atribuições.
b) Há consenso de que a junção de métodos quantitativos e qualitativos não é recomendável,
por contribuir para a desarticulação das ações planejadas.
c) A ação investigativa permitirá maior conhecimento das relações familiares, possibilitando
aos profissionais a criação de novos padrões de controle sob o referido segmento populacional.
d) O assistente social que desenvolve ação investigativa na sua intervenção acentua a relação
sujeito de prática/objeto real, ainda que, entendendo que a investigação, como instrumento do
exercício profissional, supõe a necessária transformação do objeto real em objeto científico.
e) A pesquisa qualitativa por trabalhar com significados de vivências, por questão de sigilo não
deve ser devolvida aos sujeitos que dela participaram.
Comentários
A alternativa A está errada, pois ao assumir a postura investigativa em seu fazer cotidiano, o
assistente social irá desenvolvê-la a fim de dar suporte e qualificação a suas competências e/ou
atribuições privativas profissionais.
A alternativa B está errada, pois não é consenso de que a junção de métodos quantitativos e
qualitativos não é recomendável e eles não são responsáveis pela contribuição da desarticulação
das ações planejadas. Ao contrário do que afirma a alternativa, os métodos qualitativo e
quantitativo podem ser usados em conjunto, a fim de contribuir com o processo investigativo
que se deseja realizar.
A alternativa C está errada, pois as práticas de controle das famílias e populações faziam parte
de ações conservadoras desenvolvidas nos primórdios da profissão. Atualmente, o projeto ético-
político objetiva, dentre outros, pela garantia de direitos e liberdade dos usuários do Serviço
Social e não prima por esse tipo de prática.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Iamamoto (1998),
a articulação da profissão com a realidade é um grande desafio, pois o Serviço Social não atua
apenas sobre a realidade, mas na realidade. Dessa forma, a atitude investigativa supõe
ultrapassar os fenômenos como se apresentam no imediato das relações, primando pela busca
de sua essência, a fim de desvelar o objeto ou realidade social na qual atua.
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A alternativa E está errada, pois independente do método que for utilizado na pesquisa, seus
resultados devem ser socializados com os sujeitos que dela participaram.

Finalizamos o conteúdo teórico de nossa aula.

4 – Considerações Finais

Chegamos ao final da aula!

Gostaram da nossa aula? :)

Vimos o conteúdo que abrange a Assessoria e Consultoria em Serviço Social, as diferenças


entre esses conceitos, assessoria/consultoria como competência e atribuição privativa do
Assistente Social e outros subtópicos.

Vimos também Administração e Planejamento em Serviço Social, o Planejamento como


processo político e processo técnico-político, bem como os elementos do planejamento e outros
assuntos.

E por fim, estudamos a Dimensão Investigativa do Serviço Social, a natureza investigativa e


interventiva do trabalho do Assistente Social, a investigação como competência e atribuição
privativa do Assistente Social e outros subtemas.

Abordamos os principais pontos dos assuntos, enfatizando os tópicos mais recorrentes em


provas, sempre exercitando e resumindo, a fim de promover um melhor entendimento e facilitar
o aprendizado do (a) nosso (a) aluno (a).

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no


fórum no Curso, por e-mail e, inclusive, pelo Instagram. Aguardo vocês na nossa próxima aula.

Estudem e persistam no objetivo!!

Um abraço caloroso!
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Profa. Anna Valéria Andrade.

Instagram - Profa. Anna Valéria Andrade.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (QUADRIX)/Pref. de Cristalina - GO/ASSISTENTE SOCIAL-2019)

Myriam Veras Baptista caracteriza o planejamento como um processo técnico‐político.


Com base na concepção de planejamento da referida autora, assinale a alternativa correta:

a) É um método empírico composto por ações rigidamente encadeadas e ordenadas.

b) Tem como objeto um recorte da realidade social totalmente definido e imutável.

c) Possui como uma de suas etapas a avaliação, que deve estar presente dialeticamente em todo
o seu processo.

d) Apresenta uma dimensão política decorrente da necessidade de sistematização das


informações a serem coletadas para o estudo da situação‐problema.

e) Prevê a elaboração do plano, do programa e do projeto, sendo que o primeiro apresenta um


maior nível de detalhamento e o último delineia as decisões de caráter geral do processo.

Comentários

A alternativa A está errada, pois o planejamento refere-se a um processo permanente e metódico


de abordagem racional e científica, composto pela ação contínua sobre uma realidade ou situação
em um certo momento histórico. Com base nisso, não se refere a um método empírico composto
por ações rigidamente encadeadas e ordenadas.

A alternativa B está errada, pois a realidade social não é algo totalmente definido e sofre
constantes mudanças, sendo uma realidade mutável.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2010):

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"A avaliação está presente dialeticamente em todo o processo do planejamento: quando se inicia
a ação planejada, inicia-se concomitantemente sua avaliação (...). Não é portanto o seu
momento final, mas aquele em que o processo ascende a outro patamar, reconstruindo
dinamicamente seu objeto, objetivos e procedimentos".

A alternativa D está errada, pois de acordo com Baptista (2002), a dimensão política do
planejamento decorre do fato de que ele é um processo contínuo de tomada de decisões, inscritas
nas relações de poder, fato que caracteriza uma função política.

A alternativa E está errada, pois o plano apresenta as decisões de caráter geral do processo e o
projeto é responsável pela apresentação do um maior nível de detalhamento. Perceba que a
alternativa inverteu as definições de plano e projeto.

2. (AOCP/FUNPAPA/ASSISTENTE SOCIAL-2018)

No âmbito do Serviço Social, o planejamento é operacionalizado e materializado por meio


de:

a) planos, programas e projetos.

b) relatórios, laudos e pareceres.

c) entrevistas, visitas e questionários.

d) atividades individuais e grupais.

e) assessoria e consultoria.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2000):

" A planificação, no processo de planejamento, é realizada no momento em que, após a tomada


de um conjunto de decisões, definidas em face de uma realidade determinada, inicia‐se o
trabalho de sistematização das atividades e dos procedimentos necessários para o alcance dos
resultados previstos. Essas decisões são explicitadas, sistematizadas, interpretadas e detalhadas
em documentos que representam graus decrescentes de níveis de decisão: planos, programas
e projetos". (GRIFOS NOSSOS).

3. (AOCP/FUNPAPA/ASSISTENTE SOCIAL-2018)

No âmbito do Serviço Social, como é denominada a ação realizada pelo assistente social que
busca propor caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe, e estes, por sua vez, têm
autonomia para acatar ou não as proposições?

a) Consultoria.

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b) Assessoria.

c) Monitoria.

d) Supervisão.

e) Auditoria.

Comentários

A questão trata do conceito de Assessoria, na intenção de confundir a cabeça do (a) candidato (a)
em relação à sutil diferença existente entre Assessoria e Consultoria. De acordo com Matos
(2009), a distinção entre assessoria e consultoria é mínima. Consultoria vem da palavra
consultar, que significa pedir opinião. Portanto, consultoria é mais pontual que assessoria que
remete a ideia de assistir. Sabendo disso, as bancas de concursos públicos adoram fazer
"pegadinhas" em suas questões.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Matos (2006):

"Assim, definimos assessoria/consultoria como aquela ação que é desenvolvida por um


profissional com conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto de estudo e detém
uma intenção de alteração da realidade. O assessor não é aquele que intervém, deve, sim, propor
caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe que assessora e estes têm autonomia em
acatar ou não as suas proposições. Portanto, o assessor deve ser alguém estudioso,
permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas proposições".

4. (FUNDEP (GESTÃO DE CONCURSOS)/Pref. Itatiaiuçu - MG/ASSISTENTE SOCIAL-


2018)

Observe a imagem a seguir concernente à articulação dialética entre as três dimensões


referentes ao Serviço Social: teórica, ética e técnica.

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Os elementos estruturantes da ação profissional podem ser entendidos como aqueles que
dão sustentabilidade a toda e qualquer ação: o conhecimento / investigação, o planejamento
e a documentação do processo de trabalho; os objetivos, as formas de abordagens dos
sujeitos a quem se destina a ação; os instrumentos técnico-operativos e outros recursos
implicados na ação.

Sobre esses elementos, analise as afirmativas a seguir.

I. A pesquisa deve ser inerente ao exercício profissional.

II. Deve-se partir das demandas postas pelos sujeitos, sejam elas de caráter coletivo ou
singular.

III. É possível o desenvolvimento de um trabalho consistente sem planejamento.

Estão corretas as afirmativas:

a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I e III, apenas.

Comentários

Vamos comentar cada alternativa da questão:

I. A pesquisa deve ser inerente ao exercício profissional.

A pesquisa deve ser, de fato, algo inerente ao exercício profissional, pois irá possibilitar uma
maior qualidade e robustez ao trabalho do profissional.

II. Deve-se partir das demandas postas pelos sujeitos, sejam elas de caráter coletivo ou
singular.

A pesquisa deverá partir da demanda do público alvo, sujeitos que estão envolvidos no processo,
sendo ela uma demanda coletiva ou singular.

III. É possível o desenvolvimento de um trabalho consistente sem planejamento.

Não é possível o desenvolvimento de um trabalho consistente sem planejamento, uma vez que
ele é constituído de um processo racional e científico, que prima pela qualificação da ação
profissional. Sem um planejamento adequado, as ações tornam-se meramente ações pontuais,
destituídas de finalidade e intencionalidade.

A alternativa B está correta, pois apresenta os itens I e II como corretos.


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5. (AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta:

___________________ podem ser consideradas(os) formas indiretas de prestações de


serviços a órgãos governamentais, não governamentais e empresas privadas, em que o
profissional responsável pela execução dessa atividade instrumental, normalmente, não
tem vínculo empregatício, atuando como prestador de serviço à organização demandatária.

a) planejamentos

b) assessorias

c) projetos

d) avaliações

e) administrações

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois a Assessoria pode ser considerada
uma forma indireta de prestação de serviços do Assistente Social a órgãos governamentais, não
governamentais e empresas privadas, uma vez que Matos (2006) ressalta que o assessor é tido
como um assistente, auxiliar ou ajudante que auxilia a quem assessora, não sendo aquele que
intervém, mas aquele que propõe caminhos ao profissional ou equipe que presta assessoria. Dessa
forma, normalmente, não tem vínculo empregatício com que o contrata e atua na prestação de
serviços à organização ou profissional que necessita de seu trabalho.

6. (AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

Sobre planejamento estratégico, é correto afirmar que:

a) é um conjunto de atividades que elabora um plano apenas a curto prazo (1 a 2 anos).

b) não é um processo participativo.

c) identifica sistematicamente oportunidades e ameaças do presente.

d) a diagnose é o foco central de uma instituição.

e) o planejamento estratégico é um conjunto de atividades que tem por objetivo elaborar um


plano de curto (1 a 2 anos), médio (3 a 4 anos) ou longo prazo (5 anos ou mais).

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois o planejamento estratégico irá guiar
o profissional em cada etapa da atividade a ser desenvolvida, minimizando os erros que poderão
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surgir ao longo do processo. Esse tipo de planejamento visa o desenvolvimento de atividades que
tem por objetivo elaborar planos de curto, médio ou longo prazo, dependendo do objetivo do que
está sendo planejado.

7. (AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

Consiste na compreensão, na explicação e na expressão de juízos ante aos dados de


realidade apreendidos. O enunciado refere-se:

a) ao estudo da situação.

b) à construção/reconstrução do objeto.

c) ao planejamento.

d) à retomada da reflexão.

e) à decisão.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002):

"O estudo da situação consiste na caracterização (descrição interpretativa), na compreensão e


na explicação de uma determinada situação tomada como problema para o planejamento e na
determinação da natureza e magnitude de suas limitações e possibilidades."

8. (AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

Sobre planejamento, é correto afirmar que:

a) a reflexão é o conjunto de informações significativas para a tomada de decisões.

b) o equacionamento se refere à escolha de alternativas, à determinação de meios e à definição


de prazos.

c) a decisão diz respeito ao conhecimento de dados, à análise e estudo de alternativas.

d) a ação corresponde ao conjunto de informações significativas para a tomada de decisões.

e) a operacionalização é o detalhamento das atividades necessárias à efetivação das decisões


tomadas.

Comentários

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A questão trata a respeito das operações complexas e interligadas que organizam e compõem o
processo de planejamento, abordadas por Myrian Veras Baptista, em seu livro: Planejamento
social: intencionalidade e instrumentação.

A alternativa A está incorreta, pois segundo Baptista (2002), a reflexão diz respeito ao
conhecimento de dados, à análise e estudo de alternativas, à superação e reconstrução de
conceitos e técnicas de diversas disciplinas relacionadas com a explicação e quantificação dos
fatos sociais, e outros.

A alternativa B está incorreta, pois de acordo com a autora, o equacionamento corresponde ao


conjunto de informações significativas para a tomada de decisões, encaminhadas pelos técnicos
de planejamento aos centros decisórios.

A alternativa C está incorreta, pois decisão diz respeito às diferentes escolhas necessárias no
decorrer do processo de planejamento.
==db092==

A alternativa D está incorreta, pois a ação está relacionada à execução das decisões que foram
pensadas ao longo do processo, sendo o principal objetivo do planejamento.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002):

"A operacionalização relaciona-se ao detalhamento das atividades necessárias à efetivação das


decisões tomadas, cabendo aos técnicos sua consubstanciação em planos, programas e projetos
e, na ocasião oportuna, em sistematização das medidas para a sua implementação".

9. (FEPESE /Pref. Bombinhas - SC/ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Sobre Planejamento desenvolvido no âmbito dos serviços, programas e projetos sociais, é


correto afirmar:

a) O programa define e delineia as ações de forma mais ampla, isto é, considera e propõe ações
relacionadas à estrutura organizacional como um todo, orientando os demais níveis de
detalhamento das ações.

b) Um plano podemos dizer que é o momento/ documento de setorização do programa e de


referência para o projeto, que por sua vez pode ser entendido como o instrumento de maior nível
de detalhamento das ações e de menor âmbito de abrangência.

c) O planejamento é operacionalizado e materializado por meio de planos, programas e projetos


vinculados a uma ou mais áreas, setores ou políticas.

d) O planejamento constitui-se em um ato puramente técnico porque pressupõe a racionalidade


das ações ponderando uma série de condicionantes, dentre eles: prazos e recursos existentes.

e) O planejamento é uma ferramenta totalmente neutra uma vez que contribui para a
operacionalização das ações, dos serviços, dos programas e dos projetos sociais.

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Comentários

A alternativa A está incorreta, pois de acordo com Bernardes Pinto (1969) APUD Baptista
(2002), o programa 'é o documento que detalha, por setor, a política, diretrizes, metas e medidas
instrumentais. É a setorização do plano'. Sua principal característica é a setorização de uma área
ou região.

A alternativa B está incorreta, pois de acordo com Baptista (2002), o plano delineia as decisões
de caráter geral, bem como suas grandes linhas políticas, suas estratégias, suas diretrizes e
responsabilidades, tratando-se de um documento que se refere a propostas amplas relacionadas à
estrutura da organização como um todo.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002), o
planejamento é operacionalizado e materializado por meio de planos, programas e projetos
vinculados a uma ou mais áreas, setores ou políticas, o qual inicia a sistematização de atividades
e procedimentos indispensáveis para o alcance dos objetivos e resultados desejados.

A alternativa D está incorreta, pois o planejamento não se constitui em um ato puramente


técnico, uma vez que ele é um processo permanente e que se baseia em uma abordagem racional
e científica, sendo dotado de conhecimentos teóricos, científicos e técnicos.

A alternativa E está incorreta, pois o planejamento é uma ferramenta que possui


intencionalidade nas ações planejadas, não sendo, portanto, uma ferramenta neutra.

10. (IDECAN/UNIVASF - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

O equacionamento é uma atividade do planejamento e, no seu exercício, a função essencial


do planejamento, enquanto instrumento técnico, é ampliar a capacidade e melhorar a
qualidade do processo de tomada de decisões, oferecendo elementos básicos da situação e
necessidades, assim como elementos de juízo para apreciar as situações e dados para
aferição das tendências e projeções futuras. Sob esta perspectiva:

a) durante o equacionamento o planejador deve preocupar-se essencialmente com a vinculação


de seu trabalho ao processo de organização e de mobilização da população ligada à problemática
tratada, situando-a na singularidade do real.

b) o equacionamento corresponde ao conjunto de informações significativas para tomada de


decisões, encaminhadas pelos técnicos de planejamento aos centros decisórios.

c) o equacionamento possibilita perceber a referência concreta ao sujeito, o qual se apresenta


como “usuário", “demandante", “clientela" que necessita da intervenção e tutela do Estado.

d) as resultantes do equacionamento determinam a importância da participação de segmentos da


população no processo decisório do planejamento.

e) a referida função situa-se na etapa de avaliação do planejamento e corresponde ao


detalhamento das atividades necessárias à efetivação das decisões tomadas.

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Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002):

"O equacionamento corresponde ao conjunto de informações significativas para a tomada de


decisões, encaminhadas pelos técnicos de planejamento aos centros decisórios".

11. (IDECAN/UNIVASF - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Myrian Veras Baptista (2013), em sua obra Planejamento Social: intencionalidade e


instrumentação, faz menção à dimensão política do planejamento e a necessidade de operá-
lo sob um viés estratégico, que trabalhe o contexto de relações em que está inserido,
apreendendo sua complexidade. No que tange à função política do planejamento, analise as
afirmativas a seguir:

I. Para o planejamento da ação faz-se necessário que, além do conteúdo tradicional de


leitura da realidade, seja realizada a apreensão das condições objetivas, o conhecimento e
a captura das condições subjetivas do ambiente em que ele decorre.

II. A dimensão política do planejamento perpassa pelo fato de que ele é um processo
contínuo de tomada de decisões, firmadas nas relações de poder.

III. A função política relaciona-se aos aspectos técnicos do projeto, visando dar soluções
científicas para os problemas de uma sociedade em constante mudança.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários

Vamos comentar cada afirmativa da questão:

I. Para o planejamento da ação faz-se necessário que, além do conteúdo tradicional de


leitura da realidade, seja realizada a apreensão das condições objetivas, o conhecimento e
a captura das condições subjetivas do ambiente em que ele decorre.

A afirmativa está correta, pois de acordo com a autora, para o planejamento da ação faz-se
necessário que, além do conteúdo tradicional de leitura da realidade, seja realizada a apreensão

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das condições objetivas, o conhecimento e a captura das condições subjetivas do ambiente em


que ele ocorre.

II. A dimensão política do planejamento perpassa pelo fato de que ele é um processo
contínuo de tomada de decisões, firmadas nas relações de poder.

A afirmativa está correta, pois a dimensão política do planejamento decorre do fato de que ele é
um processo contínuo de tomada de decisões, inscritas nas relações de poder.

III. A função política relaciona-se aos aspectos técnicos do projeto, visando dar soluções
científicas para os problemas de uma sociedade em constante mudança.

A afirmativa está errada, pois a função política do planejamento não visa dar soluções de cunho
científico para os problemas da sociedade, mas sim estabelecer decisões coerentes e dotadas de
intencionalidade para a resolução desses problemas.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois traz as afirmativas I e II como


corretas.

12. (FADESP/Pref. Rurópolis-PA-Assistente Social - 2019)

O Serviço Social compreende que “o planejamento é uma atividade universal do homem,


por ser inerente à sua própria natureza de ser racional e social”. Desta forma,
planejamento não deve se resumir ao seu aspecto formal, uma vez que envolve uma
dimensão processual, inserido na lógica do movimento, como um exercício de decisão.
Assim, pressupõe o:

a) poder em ação, já que planejar é tomar decisões. Portanto, planejar participativamente é


socializar poder, é o povo decidindo diretamente e/ou indiretamente na produção, na gestão, no
usufruto dos bens produzidos por uma sociedade historicamente determinada.

b) poder em ação e resistência, já que planejar é tomar decisões e assumir suas consequências.
Portanto, planejar democraticamente é distribuir igualmente poder, é o povo decidindo por meio
da democracia representativa sobre a produção, a gestão, o usufruto dos bens produzidos em uma
sociedade historicamente determinada.

c) pensar e o executar em movimento, já que planejar é tomar decisões. Portanto, planejar


democraticamente é compartilhar responsabilidades, é o povo e a sociedade decidindo sobre a
produção, a gestão, o usufruto dos bens produzidos socialmente.

d) diagnosticar, o elaborar e o agir, já que planejar é tomar decisões. Portanto, planejar


cooperativamente é dividir e compartilhar responsabilidades, em que todos decidem diretamente
e/ou indiretamente na produção, na gestão, no usufruto dos bens produzidos por uma sociedade
historicamente determinada.

Comentários

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Barbosa (1990):
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"O planejamento "está inserido na lógica do movimento, como um exercício de decisão, o que
pressupõe o poder em ação, já que planejar é tomar decisões, portanto, planejar
participativamente é socializar o poder, é o povo decidindo diretamente e/ou indiretamente na
produção, na gestão, no usufruto dos bens por uma sociedade historicamente determinada".

13. (FCC/SEGEP - MA - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Entre as atividades cotidianas do/da assistente social está: o planejamento das ações; a
supervisão técnica de serviços; a assessoria e consultoria tanto para o setor público, quanto
para o setor privado. Por vezes, há confusão entre a contratação de assessoria e consultoria,
visto que a distinção entre ambas é pequena. Sendo assim, é considerada como assessoria
a:

a) verificação de uma determinada situação no espaço organizacional.

b) identificação de problemas técnicos no serviço socioassistencial.

c) emissão de opinião técnica sobre um programa/projeto/atividade.

d) escuta da equipe técnica responsável pelo desenvolvimento de um programa/projeto/atividade.

e) preparação de uma equipe técnica para construção de programa/projeto/atividade.

Comentários

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Vasconcelos (1998):

"Os processos de assessoria são também solicitados tanto por uma equipe como por indicação
externa, mas neles nos deparamos com uma realidade diferente. As assessorias são solicitadas
ou indicadas, na maioria das vezes, com o objetivo de possibilitar a articulação e preparação de
uma equipe para a construção do seu projeto de prática por meio de um expert que venha assisti-
la teórica e tecnicamente."

14. (COMPERVE/ UFRN - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

A assessoria, como toda atividade no serviço social, é compreendida como uma ação de
sujeitos sociais inseridos nas relações sociais com as quais o assessor interage, numa relação
dialética com a realidade da qual faz parte. Tendo por base a perspectiva do projeto ético
político profissional, ao ser demandado a prestar uma atividade de assessoramento, o
assistente social deve tomar como referência a concepção de assessoria compreendida
como:

a) uma intervenção profissional com autonomia que requer o controle da população usuária,
visando adaptá-la à lógica institucional.

b) uma intervenção profissional neutra em relação aos interesses institucionais com vistas à
garantia dos direitos.
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c) um espaço de interlocução e qualificação do trabalho desenvolvido com vistas à garantia de


direitos e à efetivação do projeto de profissão.

d) uma espécie de pacto institucional para solucionar conflitos com vistas à garantia da ordem da
instituição no atendimento aos usuários.

Comentários

A alternativa A está errada, pois essa afirmação vai de encontro ao que é preconizado pelo
projeto ético político profissional e pelo conceito do que venha a ser assessoria que é baseado na
perspectiva crítica e não na visão funcionalista de controle e adaptação da população usuária à
lógica institucional.

A alternativa B está errada, pois de acordo com Matos (2006), o trabalho de assessoria não passa
por uma neutralidade, uma vez que é constituído como um espaço de aperfeiçoamento do
trabalho, primando pela garantia de direitos. uma intervenção profissional neutra em relação aos
interesses institucionais com vistas à garantia dos direitos.

A alternativa C está correta, pois de acordo com Matos (2006), o trabalho de assessoria um
espaço de interlocução e qualificação do trabalho desenvolvido com vistas à garantia de direitos
e à efetivação do projeto de profissão.

A alternativa D está errada, pois a assessoria visa a garantia de direitos, conforme afirmamos na
alternativa anterior e não a garantia da ordem institucional.

15. (FUNDATEC/Pref. Santa Rosa - RS- ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Em relação à assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica no Serviço Social,


assinale a alternativa INCORRETA:

a) Os anos de 1990 apresentam um boom da temática da assessoria, que está ligado a uma
conjuntura de reestruturação produtiva e à reforma do aparelho do Estado.

b) O exercício de assessoria está ligado ao status que essa função tem, que está ligado ao
reconhecimento intelectual que se dispensa ao assessor.

c) Se observarmos a origem da palavra, podemos entender que assessoria é aquela ação que visa
auxiliar, ajudar, apontar caminhos, não sendo o assessor um sujeito que opera a ação e sim o
propositor desta, junto a quem lhe demanda essa assessoria.

d) O/A profissional assessor/a é aquele/a que intervém e opera a ação, portanto deve ser alguém
estudioso, permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas
proposições.

e) Assessoria não é sinônimo de supervisão, pois o/a assessor/a tem uma autoridade de ideias e
de competência.

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Lembrem-se, queridos (as) concurseiros (as), que queremos a alternativa INCORRETA. A


questão baseia-se no artigo: assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica no Serviço
Social, do autor Maurílio Castro de Matos e suas alternativas trazem o pensamento exato do autor
a respeito da Assessoria.

A alternativa A está incorreta, pois de acordo com Matos (2009), os anos de 1990 apresentam
um boom da temática da assessoria, que está ligado a uma conjuntura de reestruturação produtiva
e à reforma do aparelho do Estado.

A alternativa B está incorreta, pois de acordo com o referido autor, o exercício de assessoria
está ligado ao status que essa função tem, que está ligado ao reconhecimento intelectual que se
dispensa ao assessor. Como queremos a alternativa incorreta, esse também não é o gabarito da
questão.

A alternativa C está incorreta, pois de acordo com o autor, assessoria é a ação que visa auxiliar,
ajudar, apontar caminhos, não sendo o assessor um sujeito que opera a ação e sim o seu
propositor, junto a quem lhe demanda essa assessoria.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Matos (2006) APUD
Matos (2009):

"Assim, definimos assessoria/consultoria como aquela ação que é desenvolvida por um


profissional com conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto de estudo e detém
uma intenção de alteração da realidade. O assessor não é aquele que intervém, deve, sim, propor
caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe que assessora e estes têm autonomia em
acatar ou não as suas proposições. Portanto, o assessor deve ser alguém estudioso,
permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas proposições".

A alternativa E está incorreta, pois Vieira (1981) APUD Matos (2009) salienta que a distinção
entre assessoria e supervisão é a natureza temporária e eventual daquela e a ampla liberdade que
o assessorado tem em aceitar ou não as propostas do assessor, enfatizando também que mais do
que supervisor, assessor tem uma autoridade de ideias ou de competências e não de mando.

16. (FUNDATEC/Pref. Santa Rosa - RS- ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Sobre o tema assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica no Serviço Social,


assinale a alternativa correta:

a) Essa é uma temática emergente no interior da profissão que não se liga à variável da
conjuntura, mas exclusivamente à capacidade de resposta dos/as profissionais que fazem a
emersão do conjunto de demandas que serão trabalhadas na assessoria, consultoria, auditoria e
supervisão.

b) A temática assessoria/consultoria no Serviço Social na atualidade não se efetiva se houver


uma ressonância da demanda na realidade, ou seja, se houver capacidade de se perceber uma
demanda em potencial e provocá-la para que esta se efetive.

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c) Os que requisitam os/as profissionais de Serviço Social para assessoria/consultoria veem neste
sujeito uma capacidade de conhecimentos a serem disponibilizados, em geral sobre políticas
sociais e na área de mobilização social.

d) Os/as profissionais de Serviço Social buscam a assessoria/consultoria, na sua totalidade, por


não identificarem outros espaços como propícios para a efetivação do atual projeto de formação
profissional.

e) A recorrência ao tema assessoria/consultoria no Serviço Social é recente e remonta


especialmente o início dos governos de esquerda no país.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo Matos (2009):

"Tanto há demandas explícitas para esse trabalho para os(as) assistentes sociais; como também
os(as) assistentes sociais, notadamente os(as) envolvidos(as) na docência, vêm buscando
espaços de assessoria. Em ambos, o que está em cena é a capacidade intelectiva que os(as)
assistentes sociais vêm tendo. Os que requisitam os profissionais de Serviço Social para
assessoria/consultoria vêem neste sujeito uma capacidade de conhecimentos a serem
disponibilizados, em geral sobre políticas sociais e na área de mobilização social. E os
profissionais de Serviço Social que buscam a assessoria/consultoria, identificam esse espaço
como propício para a efetivação do atual projeto de formação profissional do assistente social
ou como uma alternativa de trabalho".

17. (FCC/SABESP - ANALISTA DE GESTÃO - ASSISTENTE SOCIAL)

O assistente social no exercício profissional possui uma dimensão investigativa que se


caracteriza como:

a) a habilidade do profissional em operar numa área particular, desvinculando-a da significância


da mesma no conjunto da problemática social.

b) um processo pontual e assistemático na ação que pode ser identificado como sistematização
de dados que permite desenvolver determinado conhecimento empírico.

c) inerente à natureza da competência profissional que se expressa, exclusivamente, na fase de


planejamento de suas ações.

d) a realização de entrevistas, estudo social, pareceres como processo investigativo devem


ocorrer apenas em casos que apresentam alta vulnerabilidade social.

e) uma realização das suas competências como um todo, no planejamento, implementação,


avaliação e revisão crítica do processo, pois a dimensão investigativa está intrinsecamente
relacionada com a dimensão interventiva, e a qualidade de uma implica a plena realização da
outra.

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Comentários

A questão "copia e cola" exatamente o pensamento de Yolanda Guerra em seu artigo: a dimensão
investigativa no exercício profissional.

A alternativa A está errada, pois a dimensão investigativa não pode estar desvinculada do
conjunto da problemática social, conforme afirma a alternativa.

A alternativa B está errada, pois a dimensão investigativa não se trata de um processo pontual e
assistemático e deve estar baseado em um trabalho sistematizado do profissional, permitindo
desenvolver conhecimento baseado na pesquisa, com intencionalidade e clareza de finalidade.

A alternativa C está errada, pois a investigação deve fazer parte de todas as ações interventivas
do assistente social e não somente compor a fase de planejamento de suas ações.

A alternativa D está errada, pois a realização de entrevistas, estudo social, pareceres como
processo investigativo não devem ocorrer apenas em casos que apresentam alta vulnerabilidade
social. Devem ser realizados nos casos que o assistente social entenda a necessidade de sua
implementação, independente da existência de situações de alta vulnerabilidade social ou não.

A alternativa E está correta, pois de acordo com Guerra (2009):

"Daí que a postura investigativa do profissional se explicita na realização das suas competências
como um todo: nas fases de planejamento, implementação, avaliação e revisão crítica do
processo. A dimensão investigativa está intrinsecamente relacionada com a dimensão
interventiva, e a qualidade de uma implica a plena realização da outra".

18. (CESPE/TJRO- ANALISTA JUDICIÁRIO-ASSISTENTE SOCIAL)

A respeito da dimensão investigativa como suporte do exercício profissional, assinale a


opção correta:

a) Na atualidade do serviço social, assumir a investigação como suporte do exercício profissional


constitui risco para a sua prática, pois os assistentes sociais, ao assumirem a atitude investigativo-
científica em seu fazer cotidiano, prejudicam suas principais atribuições.

b) Há consenso de que a junção de métodos quantitativos e qualitativos não é recomendável, por


contribuir para a desarticulação das ações planejadas.

c) A ação investigativa permitirá maior conhecimento das relações familiares, possibilitando aos
profissionais a criação de novos padrões de controle sob o referido segmento populacional.

d) O assistente social que desenvolve ação investigativa na sua intervenção acentua a relação
sujeito de prática/objeto real, ainda que, entendendo que a investigação, como instrumento do
exercício profissional, supõe a necessária transformação do objeto real em objeto científico.

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e) A pesquisa qualitativa por trabalhar com significados de vivências, por questão de sigilo não
deve ser devolvida aos sujeitos que dela participaram.

Comentários

A alternativa A está errada, pois ao assumir a postura investigativa em seu fazer cotidiano, o
assistente social irá desenvolvê-la a fim de dar suporte e qualificação a suas competências e/ou
atribuições privativas profissionais.

A alternativa B está errada, pois não é consenso de que a junção de métodos quantitativos e
qualitativos não é recomendável e eles não são responsáveis pela contribuição da desarticulação
das ações planejadas. Ao contrário do que afirma a alternativa, os métodos qualitativo e
quantitativo podem ser usados em conjunto, a fim de contribuir com o processo investigativo que
se deseja realizar.

A alternativa C está errada, pois as práticas de controle das famílias e populações faziam parte
de ações conservadoras desenvolvidas nos primórdios da profissão. Atualmente, o projeto ético-
político objetiva, dentre outros, pela garantia de direitos e liberdade dos usuários do Serviço
Social e não prima por esse tipo de prática.

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Iamamoto (1998), a
articulação da profissão com a realidade é um grande desafio, pois o Serviço Social não atua
apenas sobre a realidade, mas na realidade. Dessa forma, a atitude investigativa supõe ultrapassar
os fenômenos como se apresentam no imediato das relações, primando pela busca de sua
essência, a fim de desvelar o objeto ou realidade social na qual atua.

A alternativa E está errada, pois independente do método que for utilizado na pesquisa, seus
resultados devem ser socializados com os sujeitos que dela participaram.

19. (FUNCAB/ SEDS - TO - ASSISTENTE SOCIAL)

Considerando a dimensão investigativa da profissão, o processo de produção de


conhecimento através da realização da pesquisa, não se remete única e exclusivamente ao
universo acadêmico. Portanto, a atitude investigativa do assistente social na sua prática
profissional contribui para:

a) a) o exercício da capacidade intelectiva que desvenda os fenômenos sociais na sua essência


através de um olhar holístico, da totalidade, potencializando a elaboração de um conjunto de
respostas às demandas institucionais e dos usuários.

b) o conhecimento real das demandas institucionais, dos usuários e dos profissionais a partir de
uma análise do papel que cada indivíduo possui na sociedade, para que desta forma, se contribua
para um movimento de transformação da realidade.

c) a ultrapassagem do aparente, evidenciando a essência dos fenômenos nos seus nexos e


conexões subsidiada em uma referência teórico-metodológica que possibilita a construção de
estratégias para o exercício profissional de forma crítica.

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d) um processo de conscientização acerca do desvelamento da aparência dos fenômenos sociais,


partindo de sua capacidade analítica, crítica e propositiva que permita a elaboração de
conhecimentos e propostas que transforme não só a realidade institucional, mas, sobretudo, a
realidade social.

Comentários

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois como comentamos na questão


anterior, a atitude investigativa supõe ultrapassar os fenômenos como se apresentam no imediato
das relações, primando pela busca de sua essência a partir de uma referência teórico-
metodológica que possibilite a construção de estratégias para o exercício profissional de forma
crítica. Com base nisso, podemos dizer que a teoria social crítica se torna fundamental nessa
atitude investigativa do trabalho profissional do assistente social, uma vez que contribui de forma
significativa para a construção de espaços geradores de condições transformadoras da realidade
social.

20. (TJRJ/TJRJ- ANALISTA JUDICIÁRIO - ASSISTENTE SOCIAL)

O exercício profissional do assistente social requer uma atitude investigativa. Nessa linha,
sua atuação deve ser orientada para:

a) concretizar a atitude investigativa no momento em que se inicia uma nova ação, como forma
de conhecimento aprofundado da realidade para subsidiar a feitura do projeto, atitude essa que é
dispensável na etapa de execução.

b) concentrar a atitude investigativa nas etapas inicial e de avaliação do trabalho, considerando


que é o processo inicial que fornecerá os insumos necessários para o desencadeamento das ações
e é a avaliação que indicará os novos rumos.

c) privilegiar a imediaticidade com que os fenômenos aparecem, pois é na sua expressão empírica
que os elementos da realidade social já estão revelados para o desenvolvimento de uma
determinada ação.

d) captar a aparência das situações expostas, reafirmando a perspectiva crítico-dialética, a qual


reconhece que os acontecimentos, na sua linearidade, devem ser analisados nas relações do
particular para o específico.

e) adoção de uma atitude investigativa permanente com postura crítica, capaz de apreender as
contradições da realidade social, reconhecendo que os fenômenos necessitam ser desvelados
cotidianamente, buscando-se sua essência para que esta realidade possa ser transformada.

Comentários

A alternativa A está errada, pois concretizar a atitude investigativa no momento em que se inicia
uma nova ação, como forma de conhecimento aprofundado da realidade para subsidiar a feitura
do projeto, é uma atitude indispensável na etapa de execução das ações profissionais.

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A alternativa B está errada, pois a atitude investigativa não terá que ser concentrada apenas nas
etapas inicial e de avaliação do trabalho, uma vez que deverá ser utilizada em todas as etapas do
trabalho profissional.

A alternativa C está errada, pois de acordo com Fraga (2010), a atitude investigativa torna
possível a superação da visão pragmática na ação profissional, centrada na imediaticidade dos
fatos e que privilegia sequências empíricas.

A alternativa D está errada, pois a perspectiva crítico-dialética visa captar a essência das
situações expostas e dos fatos, reconhecendo os acontecimentos nas suas complexidades.

A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Battini (1994):

"Pensar os fatos, os acontecimentos, as relações exige questionar, investigar a realidade, criticá-


la, tornando-a evidente pela contínua recolocação de questões, fazendo-a emergir de forma cada
vez mais rica e viva, recriando-a num contínuo percurso entre a aparência e a essência, entre a
parte e o todo, entre o universal e o particular, numa visão dialética".

21. (IBFC /EBSERH - HUGG - UNIRIO -ASSISTENTE SOCIAL 2017)

Assinale a alternativa que cita, corretamente, o que pode ser compreendido como
consultoria, de acordo com o pensamento de Matos (2010) no texto: “Assessoria e
consultoria: reflexões para o Serviço Social":

a) Consultoria é a ação de assistir alguém na coleta de dados técnicos

b) Consultoria é a ação emitir conselhos ou pareceres sobre assunto de sua especialidade

c) Consultoria é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições

d) Consultoria é uma ação em que temos um profissional atuante como adjunto

e) Consultoria é uma ação na qual temos o consultor atuando como auxiliar ou ajudante

Comentários

A alternativa B está correta, pois de acordo com Matos (2010):

"O ato de consultar é tido como a ação de pedir conselho, instruções, opinião ou parecer.
Significa também a ação de dar ou apresentar parecer sobre algum assunto, sendo entendido
como consultor aquele que desenvolve essas ações, ou seja, que dá parecer sobre assunto de sua
especialidade."

22. (IBFC /EBSERH - HUGG - UNIRIO -ASSISTENTE SOCIAL 2017)

Matos (2006) realizou uma discussão visando conceituar a questão da assessoria e da


consultoria, visto sua análise em prol da atuação do Serviço Social na área. Considerando
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o pensamento do autor, analise as afirmativas abaixo e assinale aquelas que fazem uma
menção correta aos conceitos sobre assessoria difundidos pelo autor em pauta:

I. O ato de assessorar é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições,
graças a conhecimentos especializados em determinado assunto.

II. A assessoria é uma ação técnica, de assistência, e para a qual não são necessários
conhecimentos específicos por parte de quem o exerce.

III. A assessoria é um serviço pontual, portanto, fere as atribuições privativas e


competências do Assistente Social brasileiro.

IV. O assessor é um profissional que intervém junto à realidade analisada, indicando os


caminhos a serem seguidos por quem o contratou.

V. O assessor é tido como um assistente, adjunto, auxiliar ou ajudante que detém


conhecimentos que possam auxiliar a quem assessora.

Assinale a alternativa correta:

a) Estão corretas apenas as afirmativas I e II

b) Estão corretas apenas as afirmativas II e III

c) Estão corretas apenas as afirmativas I e V

d) Estão corretas apenas as afirmativas IV e V

e) Estão corretas apenas as afirmativas III e V

Comentários

Vamos comentar cada afirmativa da questão:

I. O ato de assessorar é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições,
graças a conhecimentos especializados em determinado assunto.

A afirmativa está correta pois o autor afirma em seu texto que assessorar é uma ação que irá
auxiliar, de forma técnica outros profissionais ou instituições, baseado em conhecimentos
especializados em determinado assunto.

II. A assessoria é uma ação técnica, de assistência, e para a qual não são necessários
conhecimentos específicos por parte de quem o exerce.

A afirmativa está errada, pois para realizar o trabalho de assessoria são necessários
conhecimentos específicos por parte do profissional que está exercendo essa atividade.

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III. A assessoria é um serviço pontual, portanto, fere as atribuições privativas e


competências do Assistente Social brasileiro.

A afirmativa está errada, pois o exercício da assessoria é identificado como uma atribuição
privativa do Assistente Social e também como uma competência desse profissional.

IV. O assessor é um profissional que intervém junto à realidade analisada, indicando os


caminhos a serem seguidos por quem o contratou.

A afirmativa está errada, pois o assessor não intervém junto à realidade analisada, uma vez que
seu trabalho é auxiliar e apontar caminhos para quem o contratou realizar a intervenção nessa
realidade.

V. O assessor é tido como um assistente, adjunto, auxiliar ou ajudante que detém


conhecimentos que possam auxiliar a quem assessora.

De fato, a alternativa traz exatamente o conceito do que é assessor.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois apresenta as afirmativas I e V como


corretas.

23. (AOCP/Pref. São Luís - MA - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

A assessoria e consultoria a órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas


privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social, consiste em:

a) atribuição privativa do assistente social, expressamente prevista na Lei que regulamenta a


Profissão de Assistente Social.

b) competência do assistente social, expressamente prevista na Lei n°8.662/1993.

c) atribuição privativa do assistente social, expressamente prevista no Código de Ética do/da


Assistente Social.

d) competência profissional, expressamente prevista no Código de Ética do/da Assistente Social.

e) competência e atribuição privativa do assistente social, expressamente previstas no Código de


Ética do/da Assistente Social.

Comentários

A questão quis fazer trocadilhos com a Lei de Regulamentação da Profissão e com o Código de
Ética, confundindo o (a) candidato (a) a respeito das competências e atribuições privativas do
Assistente Social. Fique atento (a) para não perder a questão!

A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com o inciso III do Artigo
5° da Lei de Regulamentação da Profissão (Lei n° 8.662/93), constituem atribuições privativas
do Assistente Social:
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"assessoria e consultoria a órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas


privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social".

A alternativa B está errada, pois conforme comentamos anteriormente, assessoria e consultoria


a órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em
matéria de Serviço Social constitui-se como uma atribuição privativa do Assistente Social,
prevista na Lei n°8.662/1993 e não como uma competência desse profissional.

A alternativa C está errada, pois assessoria e consultoria a órgãos da Administração Pública


direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social constitui-se
como uma atribuição privativa do Assistente Social, prevista na Lei n°8.662/1993 e não do
Código de Ética do Assistente Social.

A alternativa D está errada, pois esse tipo de atividade constitui-se como uma atribuição
privativa do Assistente Social, prevista na Lei n°8.662/1993.

A alternativa E está errada, pois essa atividade constitui-se como uma atribuição privativa do
Assistente Social, prevista na Lei de Regulamentação da Profissão.

24. (IF-ES/IF-ES - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

De acordo com Guerra (apud CFESS/ABEPSS (org.), 2009), na atuação profissional


existem duas dimensões que estão intrinsecamente relacionadas, e a qualidade de uma
implica a plena realização da outra. “Quando realizamos entrevistas, estamos exercitando
uma dessas dimensões, por meio de informações extraídas diretamente da realidade, mas a
sua preparação, em grande medida, dependeu de conhecimentos indiretos sobre vários
temas que nos habilitaram a realizá-la".

A autora se refere às dimensões:

a) crítico-dialética e política da profissão.

b) investigativa e interventiva.

c) mediata e empiricista.

d) formal-abstrata e investigativa.

e) interventiva e procedimental.

Comentários

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com GUERRA (2009):

"A dimensão investigativa está intrinsecamente relacionada com a dimensão interventiva, e a


qualidade de uma implica a plena realização da outra".

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25. (COMPERVE/UFRN - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

A dimensão investigativa é inerente à natureza de grande parte das competências


profissionais para: compreender o significado social da profissão e de seu desenvolvimento
sócio-histórico, identificar as demandas presentes na sociedade, realizar pesquisas que
subsidiem a formulação de políticas e ações profissionais, realizar visitas, perícias técnicas,
laudos, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social. Essas competências se
relacionam ao ato de investigar que ganha o estatuto de elemento constitutivo da própria
intervenção profissional. A pesquisa e a produção de conhecimento crítico são reconhecidos
como essenciais e são partes constitutivas do trabalho profissional porque:

a) priorizam as técnicas de intervenção, precondição para que a teoria supere os desafios


colocados à prática cotidiana.

b) delimitam parâmetros para a concretização da prática pensada, subsidiando decisões,


estratégias e novas formas de pensar e agir.

c) permitem captar as diversas expressões da questão social em cada espaço sócio-ocupacional,


descoladas da realidade social.

d) despertam o interesse pela sistematização de dados, precondição para construção de respostas


qualificadas aos novos desafios profissionais.

Comentários

A alternativa A está errada, pois a pesquisa e a produção de conhecimento crítico não priorizam
técnicas de intervenção, uma vez que elas devem ser utilizadas de modo conjunto, levando em
consideração as dimensões técnicas, metodológicas e teóricas do exercício profissional do
Assistente Social.

A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois a pesquisa e a produção de


conhecimento crítico delimitam parâmetros para a concretização da prática pensada, subsidiando
decisões, estratégias e novas formas de pensar e agir, sendo partes constitutivas do trabalho
profissional.

A alternativa C está errada, pois as expressões da questão social são partes intrínsecas da
realidade social.

A alternativa D está errada, pois a pesquisa é precondição para construção de respostas


qualificadas aos novos desafios profissionais e não somente a sistematização dos dados, visto
que esta é apenas uma das etapas que compõe a pesquisa.

26. (CEV-URCA/Pref. Mauriti - CE- ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

“Em planejamento, o (a) _______________________________ é o instrumento de apoio e


racionalização da execução, no sentido de assegurar a observância ao programado,
prevenindo os desvios. Pode ser definido como a fase em que se processam o
acompanhamento sistemático, a mensuração e o registro das atividades executadas, dos
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recursos utilizados, no tempo dispendido em cada fase, dos resultados alcançados. Nesse
acompanhamento, a ação programada é mensurada em termos de seu processo, de seus
meios e de seu produto" (Baptista, 2007).

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna:

a) Avaliação

b) Implementação

c) Planificação

d) Controle

e) Plano

Comentários

A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, pois de acordo com Baptista (2002), o
planejamento é dotado de fases, sendo uma delas denominada de controle. Com base nisso, a
autora ressalta que:

"O controle é instrumento de apoio e racionalização da execução, no sentido de assegurar a


observância ao programado, prevenindo desvios".

Podemos acrescentar que o controle visa verificar se está havendo a correspondência e coerência
entre o que é planejado e o que é executado, identificar e corrigir erros e desvios ao longo do
processo da execução da ação e fornecer subsídios adequados para avaliar e revisar, de forma
coerente, a ação planejada e executada.

27. (CESPE - CEBRASPE/HUB - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Com relação ao planejamento em serviço social, julgue o item que se segue.

O planejamento envolve um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e


orientadas para concretizar um objetivo, de forma a possibilitar a tomada de decisões
posteriormente.

( ) Certo

( ) Errado

Comentários

A questão está errada, pois o planejamento envolve um conjunto de ações intencionais,


integradas, coordenadas e orientadas para concretizar um objetivo, de forma a possibilitar a

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tomada de decisões de forma antecipada. O erro da questão está em afirmar que a tomada de
decisões no planejamento é realizada de forma posterior.

28. (CESPE - CEBRASPE/HUB - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Com relação ao planejamento em serviço social, julgue o item que se segue.

O planejamento é uma ação processual que, a princípio, não tem objetivos claramente
delimitados.

( ) Certo

( ) Errado

Comentários

A questão está errada, pois o planejamento é um processo contínuo e dinâmico que possui
objetivos claramente delimitados.

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LISTA DE QUESTÕES
1. 1. (QUADRIX)/Pref. de Cristalina - GO/ASSISTENTE SOCIAL-2019)

Myriam Veras Baptista caracteriza o planejamento como um processo técnico‐político.


Com base na concepção de planejamento da referida autora, assinale a alternativa correta:

a) É um método empírico composto por ações rigidamente encadeadas e ordenadas.

b) Tem como objeto um recorte da realidade social totalmente definido e imutável.

c) Possui como uma de suas etapas a avaliação, que deve estar presente dialeticamente em todo
o seu processo.

d) Apresenta uma dimensão política decorrente da necessidade de sistematização das


informações a serem coletadas para o estudo da situação‐problema.

e) Prevê a elaboração do plano, do programa e do projeto, sendo que o primeiro apresenta um


maior nível de detalhamento e o último delineia as decisões de caráter geral do processo.

2. (AOCP/FUNPAPA/ASSISTENTE SOCIAL-2018)

No âmbito do Serviço Social, o planejamento é operacionalizado e materializado por meio


de:

a) planos, programas e projetos.

b) relatórios, laudos e pareceres.

c) entrevistas, visitas e questionários.

d) atividades individuais e grupais.

e) assessoria e consultoria.
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3. (AOCP/FUNPAPA/ASSISTENTE SOCIAL-2018)

No âmbito do Serviço Social, como é denominada a ação realizada pelo assistente social que
busca propor caminhos e estratégias ao profissional ou à equipe, e estes, por sua vez, têm
autonomia para acatar ou não as proposições?

a) Consultoria.

b) Assessoria.

c) Monitoria.

d) Supervisão.

e) Auditoria.

4. (FUNDEP (GESTÃO DE CONCURSOS)/Pref. Itatiaiuçu - MG/ASSISTENTE SOCIAL-


2018)

Observe a imagem a seguir concernente à articulação dialética entre as três dimensões


referentes ao Serviço Social: teórica, ética e técnica.

Os elementos estruturantes da ação profissional podem ser entendidos como aqueles que
dão sustentabilidade a toda e qualquer ação: o conhecimento / investigação, o planejamento
e a documentação do processo de trabalho; os objetivos, as formas de abordagens dos
sujeitos a quem se destina a ação; os instrumentos técnico-operativos e outros recursos
implicados na ação.

Sobre esses elementos, analise as afirmativas a seguir.

I. A pesquisa deve ser inerente ao exercício profissional.

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II. Deve-se partir das demandas postas pelos sujeitos, sejam elas de caráter coletivo ou
singular.

III. É possível o desenvolvimento de um trabalho consistente sem planejamento.

Estão corretas as afirmativas:

a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) II e III, apenas.

d) I e III, apenas.

5. (AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. ___________________ podem ser


consideradas(os) formas indiretas de prestações de serviços a órgãos governamentais, não
governamentais e empresas privadas, em que o profissional responsável pela execução
dessa atividade instrumental, normalmente, não tem vínculo empregatício, atuando como
prestador de serviço à organização demandatária.

a) planejamentos

b) assessorias

c) projetos

d) avaliações

e) administrações

6. (AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

Sobre planejamento estratégico, é correto afirmar que:

a) é um conjunto de atividades que elabora um plano apenas a curto prazo (1 a 2 anos).

b) não é um processo participativo.

c) identifica sistematicamente oportunidades e ameaças do presente.

d) a diagnose é o foco central de uma instituição.

e) o planejamento estratégico é um conjunto de atividades que tem por objetivo elaborar um


plano de curto (1 a 2 anos), médio (3 a 4 anos) ou longo prazo (5 anos ou mais).

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7. (AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

Consiste na compreensão, na explicação e na expressão de juízos ante aos dados de


realidade apreendidos. O enunciado refere-se:

a) ao estudo da situação.

b) à construção/reconstrução do objeto.

c) ao planejamento.

d) à retomada da reflexão.

e) à decisão.

8. (AOCP/ Pref. Juiz de Fora - MG-ASSISTENTE SOCIAL - 2016)

Sobre planejamento, é correto afirmar que:

a) a reflexão é o conjunto de informações significativas para a tomada de decisões.

b) o equacionamento se refere à escolha de alternativas, à determinação de meios e à definição


de prazos.

c) a decisão diz respeito ao conhecimento de dados, à análise e estudo de alternativas.

d) a ação corresponde ao conjunto de informações significativas para a tomada de decisões.

e) a operacionalização é o detalhamento das atividades necessárias à efetivação das decisões


tomadas.

9. (FEPESE /Pref. Bombinhas - SC/ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Sobre Planejamento desenvolvido no âmbito dos serviços, programas e projetos sociais, é


correto afirmar:

a) O programa define e delineia as ações de forma mais ampla, isto é, considera e propõe ações
relacionadas à estrutura organizacional como um todo, orientando os demais níveis de
detalhamento das ações.

b) Um plano podemos dizer que é o momento/ documento de setorização do programa e de


referência para o projeto, que por sua vez pode ser entendido como o instrumento de maior nível
de detalhamento das ações e de menor âmbito de abrangência.

c) O planejamento é operacionalizado e materializado por meio de planos, programas e projetos


vinculados a uma ou mais áreas, setores ou políticas.

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d) O planejamento constitui-se em um ato puramente técnico porque pressupõe a racionalidade


das ações ponderando uma série de condicionantes, dentre eles: prazos e recursos existentes.

e) O planejamento é uma ferramenta totalmente neutra uma vez que contribui para a
operacionalização das ações, dos serviços, dos programas e dos projetos sociais.

10. (IDECAN/UNIVASF - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

O equacionamento é uma atividade do planejamento e, no seu exercício, a função essencial


do planejamento, enquanto instrumento técnico, é ampliar a capacidade e melhorar a
qualidade do processo de tomada de decisões, oferecendo elementos básicos da situação e
necessidades, assim como elementos de juízo para apreciar as situações e dados para
aferição das tendências e projeções futuras. Sob esta perspectiva:

a) durante o equacionamento o planejador deve preocupar-se essencialmente com a vinculação


de seu trabalho ao processo de organização e de mobilização da população ligada à problemática
tratada, situando-a na singularidade do real.

b) o equacionamento corresponde ao conjunto de informações significativas para tomada de


decisões, encaminhadas pelos técnicos de planejamento aos centros decisórios.

c) o equacionamento possibilita perceber a referência concreta ao sujeito, o qual se apresenta


como “usuário", “demandante", “clientela" que necessita da intervenção e tutela do Estado.

d) as resultantes do equacionamento determinam a importância da participação de segmentos da


população no processo decisório do planejamento.

e) a referida função situa-se na etapa de avaliação do planejamento e corresponde ao


detalhamento das atividades necessárias à efetivação das decisões tomadas.

11. (IDECAN/UNIVASF - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Myrian Veras Baptista (2013), em sua obra Planejamento Social: intencionalidade e


instrumentação, faz menção à dimensão política do planejamento e a necessidade de operá-
lo sob um viés estratégico, que trabalhe o contexto de relações em que está inserido,
apreendendo sua complexidade. No que tange à função política do planejamento, analise as
afirmativas a seguir:

I. Para o planejamento da ação faz-se necessário que, além do conteúdo tradicional de


leitura da realidade, seja realizada a apreensão das condições objetivas, o conhecimento e
a captura das condições subjetivas do ambiente em que ele decorre.

II. A dimensão política do planejamento perpassa pelo fato de que ele é um processo
contínuo de tomada de decisões, firmadas nas relações de poder.
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III. A função política relaciona-se aos aspectos técnicos do projeto, visando dar soluções
científicas para os problemas de uma sociedade em constante mudança.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

12. (FADESP/Pref. Rurópolis-PA-Assistente Social - 2019)

O Serviço Social compreende que “o planejamento é uma atividade universal do homem,


por ser inerente à sua própria natureza de ser racional e social”. Desta forma,
planejamento não deve se resumir ao seu aspecto formal, uma vez que envolve uma
dimensão processual, inserido na lógica do movimento, como um exercício de decisão.
Assim, pressupõe o:

a) poder em ação, já que planejar é tomar decisões. Portanto, planejar participativamente é


socializar poder, é o povo decidindo diretamente e/ou indiretamente na produção, na gestão, no
usufruto dos bens produzidos por uma sociedade historicamente determinada.

b) poder em ação e resistência, já que planejar é tomar decisões e assumir suas consequências.
Portanto, planejar democraticamente é distribuir igualmente poder, é o povo decidindo por meio
da democracia representativa sobre a produção, a gestão, o usufruto dos bens produzidos em uma
sociedade historicamente determinada.

c) pensar e o executar em movimento, já que planejar é tomar decisões. Portanto, planejar


democraticamente é compartilhar responsabilidades, é o povo e a sociedade decidindo sobre a
produção, a gestão, o usufruto dos bens produzidos socialmente.

d) diagnosticar, o elaborar e o agir, já que planejar é tomar decisões. Portanto, planejar


cooperativamente é dividir e compartilhar responsabilidades, em que todos decidem diretamente
e/ou indiretamente na produção, na gestão, no usufruto dos bens produzidos por uma sociedade
historicamente determinada.

13. (FCC/SEGEP - MA - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Entre as atividades cotidianas do/da assistente social está: o planejamento das ações; a
supervisão técnica de serviços; a assessoria e consultoria tanto para o setor público, quanto
para o setor privado. Por vezes, há confusão entre a contratação de assessoria e consultoria,
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visto que a distinção entre ambas é pequena. Sendo assim, é considerada como assessoria
a:

a) verificação de uma determinada situação no espaço organizacional.

b) identificação de problemas técnicos no serviço socioassistencial.

c) emissão de opinião técnica sobre um programa/projeto/atividade.

d) escuta da equipe técnica responsável pelo desenvolvimento de um programa/projeto/atividade.

e) preparação de uma equipe técnica para construção de programa/projeto/atividade.

14. (COMPERVE/ UFRN - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

A assessoria, como toda atividade no serviço social, é compreendida como uma ação de
sujeitos sociais inseridos nas relações sociais com as quais o assessor interage, numa relação
dialética com a realidade da qual faz parte. Tendo por base a perspectiva do projeto ético
político profissional, ao ser demandado a prestar uma atividade de assessoramento, o
assistente social deve tomar como referência a concepção de assessoria compreendida
como:

a) uma intervenção profissional com autonomia que requer o controle da população usuária,
visando adaptá-la à lógica institucional.

b) uma intervenção profissional neutra em relação aos interesses institucionais com vistas à
garantia dos direitos.

c) um espaço de interlocução e qualificação do trabalho desenvolvido com vistas à garantia de


direitos e à efetivação do projeto de profissão.

d) uma espécie de pacto institucional para solucionar conflitos com vistas à garantia da ordem da
instituição no atendimento aos usuários.

15. (FUNDATEC/Pref. Santa Rosa - RS- ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Em relação à assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica no Serviço Social,


assinale a alternativa INCORRETA:

a) Os anos de 1990 apresentam um boom da temática da assessoria, que está ligado a uma
conjuntura de reestruturação produtiva e à reforma do aparelho do Estado.

b) O exercício de assessoria está ligado ao status que essa função tem, que está ligado ao
reconhecimento intelectual que se dispensa ao assessor.

c) Se observarmos a origem da palavra, podemos entender que assessoria é aquela ação que visa
auxiliar, ajudar, apontar caminhos, não sendo o assessor um sujeito que opera a ação e sim o
propositor desta, junto a quem lhe demanda essa assessoria.
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d) O/A profissional assessor/a é aquele/a que intervém e opera a ação, portanto deve ser alguém
estudioso, permanentemente atualizado e com capacidade de apresentar claramente as suas
proposições.

e) Assessoria não é sinônimo de supervisão, pois o/a assessor/a tem uma autoridade de ideias e
de competência.

16. (FUNDATEC/Pref. Santa Rosa - RS- ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

Sobre o tema assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica no Serviço Social,


assinale a alternativa correta:

a) Essa é uma temática emergente no interior da profissão que não se liga à variável da
conjuntura, mas exclusivamente à capacidade de resposta dos/as profissionais que fazem a
emersão do conjunto de demandas que serão trabalhadas na assessoria, consultoria, auditoria e
supervisão.

b) A temática assessoria/consultoria no Serviço Social na atualidade não se efetiva se houver


uma ressonância da demanda na realidade, ou seja, se houver capacidade de se perceber uma
demanda em potencial e provocá-la para que esta se efetive.

c) Os que requisitam os/as profissionais de Serviço Social para assessoria/consultoria veem neste
sujeito uma capacidade de conhecimentos a serem disponibilizados, em geral sobre políticas
sociais e na área de mobilização social.

d) Os/as profissionais de Serviço Social buscam a assessoria/consultoria, na sua totalidade, por


não identificarem outros espaços como propícios para a efetivação do atual projeto de formação
profissional.

e) A recorrência ao tema assessoria/consultoria no Serviço Social é recente e remonta


especialmente o início dos governos de esquerda no país.

17. (FCC/SABESP - ANALISTA DE GESTÃO - ASSISTENTE SOCIAL)

O assistente social no exercício profissional possui uma dimensão investigativa que se


caracteriza como:

a) a habilidade do profissional em operar numa área particular, desvinculando-a da significância


da mesma no conjunto da problemática social.

b) um processo pontual e assistemático na ação que pode ser identificado como sistematização
de dados que permite desenvolver determinado conhecimento empírico.

c) inerente à natureza da competência profissional que se expressa, exclusivamente, na fase de


planejamento de suas ações.

d) a realização de entrevistas, estudo social, pareceres como processo investigativo devem


ocorrer apenas em casos que apresentam alta vulnerabilidade social.
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e) uma realização das suas competências como um todo, no planejamento, implementação,


avaliação e revisão crítica do processo, pois a dimensão investigativa está intrinsecamente
relacionada com a dimensão interventiva, e a qualidade de uma implica a plena realização da
outra.

18. (CESPE/TJRO- ANALISTA JUDICIÁRIO-ASSISTENTE SOCIAL)

A respeito da dimensão investigativa como suporte do exercício profissional, assinale a


opção correta:

a) Na atualidade do serviço social, assumir a investigação como suporte do exercício profissional


constitui risco para a sua prática, pois os assistentes sociais, ao assumirem a atitude investigativo-
científica em seu fazer cotidiano, prejudicam suas principais atribuições.

b) Há consenso de que a junção de métodos quantitativos e qualitativos não é recomendável, por


contribuir para a desarticulação das ações planejadas.

c) A ação investigativa permitirá maior conhecimento das relações familiares, possibilitando aos
profissionais a criação de novos padrões de controle sob o referido segmento populacional.

d) O assistente social que desenvolve ação investigativa na sua intervenção acentua a relação
sujeito de prática/objeto real, ainda que, entendendo que a investigação, como instrumento do
exercício profissional, supõe a necessária transformação do objeto real em objeto científico.

e) A pesquisa qualitativa por trabalhar com significados de vivências, por questão de sigilo não
deve ser devolvida aos sujeitos que dela participaram.

19. (SEDS-TO/ SEDS - TO - ASSISTENTE SOCIAL)

Considerando a dimensão investigativa da profissão, o processo de produção de


conhecimento através da realização da pesquisa, não se remete única e exclusivamente ao
universo acadêmico. Portanto, a atitude investigativa do assistente social na sua prática
profissional contribui para:

a) a) o exercício da capacidade intelectiva que desvenda os fenômenos sociais na sua essência


através de um olhar holístico, da totalidade, potencializando a elaboração de um conjunto de
respostas às demandas institucionais e dos usuários.

b) o conhecimento real das demandas institucionais, dos usuários e dos profissionais a partir de
uma análise do papel que cada indivíduo possui na sociedade, para que desta forma, se contribua
para um movimento de transformação da realidade.

c) a ultrapassagem do aparente, evidenciando a essência dos fenômenos nos seus nexos e


conexões subsidiada em uma referência teórico-metodológica que possibilita a construção de
estratégias para o exercício profissional de forma crítica.

d) um processo de conscientização acerca do desvelamento da aparência dos fenômenos sociais,


partindo de sua capacidade analítica, crítica e propositiva que permita a elaboração de
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conhecimentos e propostas que transforme não só a realidade institucional, mas, sobretudo, a


realidade social.

20. (TJRJ/TJRJ- ANALISTA JUDICIÁRIO - ASSISTENTE SOCIAL)

O exercício profissional do assistente social requer uma atitude investigativa. Nessa linha,
sua atuação deve ser orientada para:

a) concretizar a atitude investigativa no momento em que se inicia uma nova ação, como forma
de conhecimento aprofundado da realidade para subsidiar a feitura do projeto, atitude essa que é
dispensável na etapa de execução.

b) concentrar a atitude investigativa nas etapas inicial e de avaliação do trabalho, considerando


que é o processo inicial que fornecerá os insumos necessários para o desencadeamento das ações
e é a avaliação que indicará os novos rumos.

c) privilegiar a imediaticidade com que os fenômenos aparecem, pois é na sua expressão empírica
que os elementos da realidade social já estão revelados para o desenvolvimento de uma
determinada ação.

d) captar a aparência das situações expostas, reafirmando a perspectiva crítico-dialética, a qual


reconhece que os acontecimentos, na sua linearidade, devem ser analisados nas relações do
particular para o específico.

e) adoção de uma atitude investigativa permanente com postura crítica, capaz de apreender as
contra- dições da realidade social, reconhecendo que os fenômenos necessitam ser desvelados
cotidianamente, buscando-se sua essência para que esta realidade possa ser transformada.

21. (IBFC /EBSERH - HUGG - UNIRIO -ASSISTENTE SOCIAL 2017)

Assinale a alternativa que cita, corretamente, o que pode ser compreendido como
consultoria, de acordo com o pensamento de Matos (2010) no texto: “Assessoria e
consultoria: reflexões para o Serviço Social":

a) Consultoria é a ação de assistir alguém na coleta de dados técnicos

b) Consultoria é a ação emitir conselhos ou pareceres sobre assunto de sua especialidade

c) Consultoria é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições

d) Consultoria é uma ação em que temos um profissional atuante como adjunto

e) Consultoria é uma ação na qual temos o consultor atuando como auxiliar ou ajudante

22. (IBFC /EBSERH - HUGG - UNIRIO -ASSISTENTE SOCIAL 2017)

Matos (2006) realizou uma discussão visando conceituar a questão da assessoria e da


consultoria, visto sua análise em prol da atuação do Serviço Social na área. Considerando
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o pensamento do autor, analise as afirmativas abaixo e assinale aquelas que fazem uma
menção correta aos conceitos sobre assessoria difundidos pelo autor em pauta:

I. O ato de assessorar é uma ação que auxilia tecnicamente outras pessoas ou instituições,
graças a conhecimentos especializados em determinado assunto.

II. A assessoria é uma ação técnica, de assistência, e para a qual não são necessários
conhecimentos específicos por parte de quem o exerce.

III. A assessoria é um serviço pontual, portanto, fere as atribuições privativas e


competências do Assistente Social brasileiro.

IV. O assessor é um profissional que intervém junto à realidade analisada, indicando os


caminhos a serem seguidos por quem o contratou.

V. O assessor é tido como um assistente, adjunto, auxiliar ou ajudante que detém


conhecimentos que possam auxiliar a quem assessora.

Assinale a alternativa correta:

a) Estão corretas apenas as afirmativas I e II

b) Estão corretas apenas as afirmativas II e III

c) Estão corretas apenas as afirmativas I e V

d) Estão corretas apenas as afirmativas IV e V

e) Estão corretas apenas as afirmativas III e V

23. (AOCP/Pref. São Luís - MA - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

A assessoria e consultoria a órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas


privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social, consiste em:

a) atribuição privativa do assistente social, expressamente prevista na Lei que regulamenta a


Profissão de Assistente Social.

b) competência do assistente social, expressamente prevista na Lei n°8.662/1993.

c) atribuição privativa do assistente social, expressamente prevista no Código de Ética do/da


Assistente Social.

d) competência profissional, expressamente prevista no Código de Ética do/da Assistente Social.

e) competência e atribuição privativa do assistente social, expressamente previstas no Código de


Ética do/da Assistente Social.

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24. (IF-ES/IF-ES - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

De acordo com Guerra (apud CFESS/ABEPSS (org.), 2009), na atuação profissional


existem duas dimensões que estão intrinsecamente relacionadas, e a qualidade de uma
implica a plena realização da outra. “Quando realizamos entrevistas, estamos exercitando
uma dessas dimensões, por meio de informações extraídas diretamente da realidade, mas a
sua preparação, em grande medida, dependeu de conhecimentos indiretos sobre vários
temas que nos habilitaram a realizá-la”.

A autora se refere às dimensões:

a) crítico-dialética e política da profissão.

b) investigativa e interventiva.

c) mediata e empiricista.

d) formal-abstrata e investigativa.

e) interventiva e procedimental.

25. (COMPERVE/UFRN - ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

A dimensão investigativa é inerente à natureza de grande parte das competências


profissionais para: compreender o significado social da profissão e de seu desenvolvimento
sócio-histórico, identificar as demandas presentes na sociedade, realizar pesquisas que
subsidiem a formulação de políticas e ações profissionais, realizar visitas, perícias técnicas,
laudos, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social. Essas competências se
relacionam ao ato de investigar que ganha o estatuto de elemento constitutivo da própria
intervenção profissional. A pesquisa e a produção de conhecimento crítico são reconhecidos
como essenciais e são partes constitutivas do trabalho profissional porque:

a) priorizam as técnicas de intervenção, precondição para que a teoria supere os desafios


colocados à prática cotidiana.

b) delimitam parâmetros para a concretização da prática pensada, subsidiando decisões,


estratégias e novas formas de pensar e agir.

c) permitem captar as diversas expressões da questão social em cada espaço sócio-ocupacional,


descoladas da realidade social.

d) despertam o interesse pela sistematização de dados, precondição para construção de respostas


qualificadas aos novos desafios profissionais.

26. (CEV-URCA/Pref. Mauriti - CE- ASSISTENTE SOCIAL - 2019)

"Em planejamento, o (a) _______________________________ é o instrumento de apoio e


racionalização da execução, no sentido de assegurar a observância ao programado,
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prevenindo os desvios. Pode ser definido como a fase em que se processam o


acompanhamento sistemático, a mensuração e o registro das atividades executadas, dos
recursos utilizados, no tempo dispendido em cada fase, dos resultados alcançados. Nesse
acompanhamento, a ação programada é mensurada em termos de seu processo, de seus
meios e de seu produto" (Baptista, 2007).

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna:

a) Avaliação

b) Implementação

c) Planificação

d) Controle

e) Plano

27. (CESPE - CEBRASPE/HUB - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Com relação ao planejamento em serviço social, julgue o item que se segue.

O planejamento envolve um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e


orientadas para concretizar um objetivo, de forma a possibilitar a tomada de decisões
posteriormente.

( ) Certo

( ) Errado

28. (CESPE - CEBRASPE/HUB - ASSISTENTE SOCIAL - 2018)

Com relação ao planejamento em serviço social, julgue o item que se segue. O planejamento
é uma ação processual que, a princípio, não tem objetivos claramente delimitados.

( ) Certo

( ) Errado

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GABARITO
1. C 23. A

2. A 24. B

3. B 25. B

4. B 26. D

5. B 27. ERRADA

6. E 28. ERRADA

7. A

8. E

9. C

10. B

11. D

12. A

13. E

14. C

15. D

16. C

17. E

18. D

19. C

20. E

21. B

22. C

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Paulo: Veras Editora; Lisboa: CPHTS, 2002.

BARBOSA, M. da C. Planejamento e Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1990.

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Social & Sociedade, São Paulo, ano 15, n. 45, p. 142-146, ago. 1994.

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controle. Lua Nova: Revista de cultura e política, n. 45, p. 49-95, 1998.

CFESS. Lei n° 8662/93 de Regulamentação da Profissão do Assistente Social. Brasília: CFESS,


1993.

______. Resolução CFESS n° 273. Código de Ética do Assistente Social. Brasília: CFESS, 1993.

FRAGA, Cristina Kologeski. A atitude investigativa no trabalho do assistente social. Serviço


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GUERRA, Yolanda. A dimensão investigativa no exercício profissional. Serviço Social: direitos


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___________. Marilda V. O Serviço Social na Contemporaneidade: Trabalho e Formação


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atualidade. In: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL — CFESS. Atribuições
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MATOS, Maurílio Castro. Assessoria e Consultoria: reflexões para o Serviço Social. In:
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