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CONHECIMENTOS

ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social –
Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Lei Orgânica da Assistência Social - Parte I......................................................................................................5
Exercícios............................................................................................................................................................................33
Gabarito...............................................................................................................................................................................45
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................46

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a). No nosso curso, teremos duas aulas para estudar, de forma siste-
matizada, a Lei Federal n. 8.742/93, conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
As aulas serão destinadas a dar destaque aos pontos mais particulares e, também, a pro-
porcionar aprofundamento teórico sobre os institutos jurídicos envolvidos no grau necessário
e indispensável para a compreensão do conteúdo.
Além de dar destaque a pontos dogmáticos, visaremos apresentar o conteúdo de maneira
reflexiva, de modo que torne mais claro o fundamento de cada segmento do conteúdo. É claro,
sempre teremos por principal objetivo o oferecimento de substrato suficiente para que você
esteja à altura de acertar qualquer questão avaliativa deste tema em nosso concurso.
A fim de que a abordagem pretendida seja feita de forma mais clara e organizada para
você, trabalharemos com sistema de comentários individualizados a cada artigo da lei, fazen-
do-se menções e associações com outros artigos sempre que for conveniente para o melhor
entendimento da matéria.
Para aprimorar seu aprendizado, apresentarei questões de múltipla escolha e uma série de
questões inéditas, com idêntico formato, para ajudá-lo a adaptar-se ao estilo da banca. Além
dessas, apresentarei algumas questões de “certo e errado” para ajudá-lo a fixar pontos que
mereçam atenção centralizada.
Em razão do baixo número de questões válidas e atualizadas de outros concursos sobre
esta lei, tenho o dever de ajudá-lo a preparar-se para o perfil da banca examinadora com ques-
tões inéditas. A corrida contra o tempo, entretanto, vigora para todos nós: assumo a missão de
lhe disponibilizar material sobre todo o conteúdo em tempo hábil. Dessa forma, mesmo que
seja inviável a apresentação de um número tão expressivo de questões, apresentarei questões
em número que, certamente, envolva todos os pontos importantes da aula, mesmo que em
número menor.
Cordialmente, torço para que as aulas que tivemos sobre este tema sejam de profunda
valia para você e sua prova, pois foram preparadas com muita atenção, zelo e consideração ao
seu esforço, que, para nós, é sagrado.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consi-
dero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção e
edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade do
material. Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando
seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura das aulas, por favor, envie-a a mim por meio
do Fórum de Dúvidas, e eu a responderei o mais rápido possível. Será um grande prazer verifi-
car sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que você merece.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

A presente aula é atualizada de acordo com todas as modificações realizadas sobre a Lei Or-
gânica da Assistência Social, em especial as mudanças oriundas das Leis n. 14.176/2021 e
14.284/2021.

Bons estudos!
Seja imparável!

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - PARTE I


CAPÍTULO I
Das Definições e dos Objetivos

Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não
contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.

Fala-se que a assistência social é um direito do cidadão e um dever do Estado porque a


Constituição Federal assegura a prestação de serviços socioassistenciais a toda pessoa que
dela necessitar. Portanto, o termo “cidadão”, aqui, deve ser interpretado em sentido amplo (lato
sensu), compreendendo-se não somente o cidadão propriamente dito (quite com suas obriga-
ções eleitorais) mas, também, todas as pessoas necessitadas.
Ademais fala-se que ela é uma Política de Seguridade Social não contributiva porque a
Assistência Social integra a estrutura tridimensional da Seguridade Social (Saúde, Previdência
Social e Assistência Social) e, ainda, porque a prestação de seus serviços e a concessão de
seus benefícios NÃO DEPENDE de recolhimento de contribuições, ao contrário da Previdên-
cia Social.
A provisão dos “mínimos sociais” pode ser associada ao “Mínimo Existencial”, já traba-
lhado profundamente na doutrina. Esse “mínimo” corresponde às vantagens que uma pessoa
precisa ter para sobreviver com dignidade em sociedade. Logo, a pessoa que conseguir ter,
com sua própria renda, o mínimo necessário para sobreviver com dignidade em sociedade não
será necessitada para fins de apoio na Assistência Social.
O que é, exatamente, esse mínimo necessário é algo de conceito aberto, subjetivo. Portan-
to, a prestação do “mínimo” deve ser interpretada em conjunto com as possibilidades reais de
provisão, o que nos faz lembrar do clássico Princípio da Reserva do Possível.
A reserva do possível consiste na distribuição justa e igualitária daquilo que se tem dispo-
nível àqueles que necessitam. A aferição dessa igualdade, teoricamente, deve tomar em conta
as desigualdades reais existentes entre as pessoas. Essa tarefa, todavia, incumbe aos gesto-
res e operadores do sistema.
O atendimento às necessidades básicas será garantido por um conjunto integrado de
ações do Poder Público e da Sociedade. Nosso destaque vai para o adjetivo “integrado”, tendo
em vista a obrigatoriedade de todas as ações no âmbito do Sistema Único de Assistência So-
cial (SUAS) serem tecnicamente padronizadas, sem prejuízo à observância das peculiaridades
regionais e culturais.

Desde já, saiba que o órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação
da Política Nacional de Assistência Social é o MINISTÉRIO DA CIDADANIA. Muitos atos nor-
mativos, inclusive a própria LOAS, fazem referência ao “Ministério do Desenvolvimento Social”.
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Todavia, com a reforma ministerial mais recente, a pasta relativa à Assistência Social perma-
nece com o Ministério da Cidadania.

Art. 2º A assistência social tem por objetivos:


I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de
riscos, especialmente:
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária; e
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família;
II – a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das
famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos;
III – a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões
socioassistenciais.
Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma inte-
grada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender
contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais.

Os objetivos da Assistência Social, neste artigo, configuram uma extensão dos objetivos
já garantidos pela Constituição Federal. Esta, por sua vez, não assegura expressamente os
objetivos de “vigilância socioassistencial” e de “defesa de direitos”, nos seus devidos termos.
No entanto, cabe destacar que esses dois objetivos estendidos configuram, em sentido
prático, meios/formas de se atender aos demais objetivos. Para entender melhor, veja com os
seguintes exemplos:
• Vigilância Socioassistencial, para aferir a capacidade protetiva das famílias (inciso II) é
relevante para que se atinja o objetivo de amparo às crianças carentes.
• Defesa de Direitos, garantindo-se o pleno acesso às provisões socioassistenciais (inciso
III) é relevante para que se atinja o objetivo de proteção à maternidade.

Quanto ao parágrafo único, para entendê-lo, deve-se interpretar da seguinte maneira: as


políticas de Assistência Social são globais, destinadas a todos que se enquadrarem na condi-
ção de necessitado. Dessa forma, para o combate à pobreza, especificamente, essas políticas
globais (socioassistenciais) devem aliar-se às políticas setoriais, que são as políticas enfoca-
das em determinados segmentos da sociedade que vivenciam situação de risco e/ou vulnera-
bilidade, como, a título de mero exemplo, indígenas de determinado local do Brasil, gestantes,
desempregados, dentre outros.

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Art. 3 Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos
º

que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abran-


gidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos.
§ 1º São de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada,
prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social bá-
sica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e
pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18.
§ 2º São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam
serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos mo-
vimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos
ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.
§ 3º São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada,
prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efeti-
vação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfren-
tamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos
ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.

Este artigo é materialmente conceitual. Sua utilidade destina-se a evitar que o legislador re-
pita ao longo do texto legislativo as mesmas coisas. Dessa maneira, quando o intérprete lê os
termos “atendimento”, “assessoramento” ou “defesa e garantia de direitos”, num contexto em
que se envolva uma entidade privada, deve ele buscar um sentido prático que considere essa
conceituação. Essa interpretação é conhecida como interpretação sistemática.

CAPÍTULO II
Dos Princípios e das Diretrizes

SEÇÃO I
Dos Princípios

Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:


I – supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade eco-
nômica;
II – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançá-
vel pelas demais políticas públicas;
III – respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de
qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação ve-
xatória de necessidade;
IV – igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, ga-
rantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;

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V – divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos
recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

Este artigo é materialmente conceitual. Sua utilidade destina-se a evitar que o legislador re-
pita ao longo do texto legislativo as mesmas coisas. Dessa maneira, quando o intérprete lê os
termos “atendimento”, “assessoramento” ou “defesa e garantia de direitos”, num contexto em
que se envolva uma entidade privada, deve ele buscar um sentido prático que considere essa
conceituação. Essa interpretação é conhecida como interpretação sistemática.
Adiante, quando falarmos sobre as diretrizes, dar-lhes-emos uma importante dica para não
confundir princípios com diretrizes, para fins de prova.

SEÇÃO II
Das Diretrizes

Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes:


I – descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e
comando único das ações em cada esfera de governo;
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políti-
cas e no controle das ações em todos os níveis;
III – primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada
esfera de governo.

Diretrizes são regras de elaboração. Logo, não é suficiente que o gestor observe os princí-
pios da Assistência Social. Deve ele, ainda, construir as políticas e desenhar os mecanismos
de efetividade na forma prevista neste artigo:
• descentralização, com envolvimento de todos os entes políticos, sem concentração em
determinado patamar político;
• interferência da população na elucidação da forma de atendimento das necessidades
visadas pelas políticas;
• responsabilidade, em regra, do Estado pelo que acontecer ao longo da perseguição dos
objetivos individuais de cada política;

Na prova, a banca poderá tentar te fazer confundir Princípios e Diretrizes. Portanto, para te
ajudar a assimilar e memorizar o que é princípio e o que é diretriz, apontamos para a seguinte
percepção:
1) Os princípios são genéricos/abstratos: igualdade, respeito, universalização de direitos, su-
premacia das necessidades sociais e divulgação das prestações socioassistenciais (este úl-
timo é o menos abstrato).

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2) As diretrizes são elementos mais concretos, que você consegue visualizar no mundo
real: descentralização (distribuição de atribuições), responsabilidade do Estado e participa-
ção popular.

CAPÍTULO III
Da Organização e da Gestão

Art. 6º A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema
descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os
seguintes objetivos:

Primeiramente, devemos ter atenção quanto aos adjetivos marcantes do SUAS: Descentra-
lizado e Participativo.
É o SUAS descentralizado porque todas as ações atinentes aos programas e serviços da
assistência social são distribuídas para todos os entes políticos, de modo a se alcançarem
todos os âmbitos da federação (nacional, regional e local). Portanto, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios possuem seus Conselhos de Assistência Social (art. 16 da Lei
n. 8.742/93, a Lei Orgânica da Assistência Social).
As políticas públicas de assistência social são executadas por todos os entes políticos:
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Dessa forma, o SUAS passa a ter a incumbên-
cia de instituir medidas garantidoras de que as políticas de assistência social, especialmente
quanto à sua execução, sejam efetivadas nos âmbitos regional e local, que, num primeiro mo-
mento, estão mais distantes de seu controle central.
Adiante, trataremos dos objetivos do SUAS:

I – consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes


federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva;

Por proteção social não contributiva, entenda: “Assistência Social”. Se estivéssemos tra-
tando de proteção social contributiva, falaríamos de Previdência Social, pois esta só protege
aqueles que recolherem contribuições aos cofres públicos (neste caso, a contribuição previ-
denciária, popular “INSS”).
A Assistência Social, por sua vez, protege todos os necessitados, mesmo que eles não
recolham nenhum tipo de tributo, de qualquer espécie, ao governo. Por isso, ela é atinente a
“proteção social não contributiva”.

Fica a dica para que a banca não tente te confundir utilizando o termo “proteção social contri-
butiva” para fazer-lhe errar uma questão sobre os objetivos do SUAS.

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Como já chegamos a apontar, todos os entes federados atuam de modo articulado na


prestação da Assistência Social. Logo, por exemplo, se o Município precisar de auxílio orça-
mentário para executar políticas públicas assistenciais de âmbito local, o Estado e/ou a União
poderá(ão) destinar verbas ao Município para esses fins, na forma da Lei de Responsabilidade
Fiscal e da Constituição. Isso nos ajuda a entender o “cofinanciamento”.

II – integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência


social, na forma do art. 6º-C;

O SUAS não se resume na cooperação entre os entes políticos. O SUAS interfere, também,
nas entidades privadas de assistência social, sejam contratadas pelo Poder Público ou não. O
art. 3º da presente lei trata das referidas entidades privadas.

III – estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manuten-


ção e expansão das ações de assistência social;

O SUAS tem por objetivo essa distribuição de responsabilidades. Para a concretização des-
se objetivo, o CNAS realizou tal distribuição na Resolução CNAS n. 33/2012.

IV – definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais;

A definição dos níveis de gestão é feita, inclusive, na distribuição de competências realiza-


da em atendimento ao objetivo anteriormente comentado. Os níveis de gestão são basicamen-
te os âmbitos de atuação de cada ente político na Assistência Social.
Por natureza, os entes com maior estrutura terão competências mais estratégicas, com
visão global e traçadas a longo prazo. Já os entes intermediários, como os Estados e o Distrito
Federal, naturalmente assumem competências de nível tático, de médio prazo, com visão mais
setorial, focada em âmbito regional. Por sua vez, os Municípios terão atribuições gerenciais de
nível local, com visão de curto prazo.

V – implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;

Sobre o real significado de “gestão do trabalho” no âmbito do SUAS, nada melhor que lhe
trazer os argumentos de autoridade de que lançou mão o próprio Ministério da Cidadania.
Gestão do trabalho1 no SUAS supõe, especialmente:
• a criação e a manutenção de estruturas de referência técnica e institucional para a orien-
tação e o apoio permanentes;

1
(De: GESTÃO DO TRABALHO NO ÂMBITO DO SUAS: Uma contribuição necessária para ressignificar as ofertas e
consolidar o direito socioassistencial. Publicado pela Secretaria Nacional de Assistência Social, sob organização
de José Crus).

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• a regulamentação de aspectos relacionados ao trabalho na assistência social, a serem


pactuados e submetidos ao controle democrático da sociedade civil organizada e atuan-
te nas mesas de negociação e nos conselhos e instâncias de pactuação;
• a formação de uma ampla rede de formação permanente, com envolvimento das insti-
tuições de referência na área e organizações profissionais;
• a implantação e unificação de sistemas públicos de informação e controle dos proces-
sos de capacitação e acompanhamento da gestão do trabalho.

Conforme a Política Nacional de Educação Permanente, depreende-se que a “educação


permanente” consiste na “qualificação do provimento dos serviços socioassistenciais, da ges-
tão e do controle social do SUAS, não apenas representativa dos anseios do conjunto de sujei-
tos envolvidos na construção desse Sistema, mas também de um ousado e arrojado modo de
se conceber e fazer a formação de pessoas para e pelo trabalho, visando à emancipação dos
trabalhadores e dos usuários do Sistema.” (p. 10).
Trazemos a você, caro aluno, argumentos de autoridade a serem utilizados para fins de pro-
va, inclusive para fins de recurso, que são retirados do próprio órgão público ligado ao SUAS.

VI – estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios;

Os serviços prestados pela Assistência Social, de quaisquer espécies (proteção social bá-
sica, proteção social especial, dentre outros), bem como os benefícios por ela geridos e pres-
tados (como o BPC), devem ser administrados e regulamentados de forma integrada.
Em outras palavras, isso significa que, apesar de todos os entes políticos terem temperada
autonomia na gestão de suas ações socioassistenciais, os serviços e benefícios da Assistên-
cia Social não podem exigir da população requisitos diferenciados de acesso, nem mesmo
podem dispor de qualidade superior ou inferior em diferentes regiões do país.

VII – afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos.

A Vigilância Socioassistencial consiste na observação rotineira dos segmentos sociais


mais carentes de iniciativas inerentes à assistência social, bem como na percepção de quais
são os mecanismos mais adequados para sanar riscos e “feridas” sociais.
Nesse diapasão, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por meio da Resolu-
ção n. 33/2012, elencou competências para os entes federados no sentido de melhor distri-
buir as ações de vigilância (observação) socioassistencial (das necessidades sociais supríveis
pela assistência social). Todas elas são distribuídas de modo a permitir que os entes maiores
atendam a encargos de maior amplitude territorial e de visão mais distante.

§ 1º As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à
infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território.

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Todos os bens jurídicos tutelados com uso das ações promovidas no âmbito do SUAS pos-
suem, também, dimensão constitucional: estão expressos no art. 203, inciso I, da Constituição
Federal. A exceção, no nosso caso, é o território como base de organização, que é uma prerro-
gativa de dimensão legal (infraconstitucional).
O território deve ser considerado um elemento de base de organização, de acordo com a
Política Nacional de Assistência Social. Isso significa que as ações socioassistenciais devem
ser quantificadas e qualificadas com atenção às necessidades de cada localidade, de modo a
aproximar os cidadãos desses serviços e de não tornar especialmente oneroso a algum con-
junto de pessoas o respectivo acesso.
Para que você não confunda qual dos bens jurídicos é tutelado como base de organização,
bem como para que não esqueça de quais são os bens jurídicos com status constitucional,
segue a ilustração abaixo:

STATUS LEGAL – ART. 6°, § 1°, LOAS


STATUS CONSTITUCIONAL (ART. o TERRITÓRIO
203 CF)
OBJETIVOS

Proteção à família
Proteção à maternidade
Proteção à infância
Proteção à adolescência
Proteção à velhice
COMO BASE DE ORGANIZAÇÃO

§ 2º O Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e
pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta Lei.

SUAS
UNIÃO
ESTADOS
DISTRITO FEDERAL
MUNICÍPIOS
CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CNAS)
CONSELHOS ESTADUAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DO DISTRITO FEDERAL
CONSELHOS MUNICIPAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES PRIVADAS DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS

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§ 3 A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério do Desen-
º

volvimento Social e Combate à Fome.

Para reforçar, não confunda:


Órgão que COORDENA a Política Nacional de Assistência Social: MINISTÉRIO DA CIDADANIA
Órgão que APROVA tal política: CNAS

§ 4º Cabe à instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social normatizar e padro-


nizar o emprego e a divulgação da identidade visual do Suas.

Em comunhão com o alerta passado no comentário ao parágrafo anterior, alertamos você


para que, para fins de prova, memorize a seguinte informação:

O MINISTÉRIO DA CIDADANIA é quem NORMATIZA e PADRO-


NIZA o emprego e a divulgação da identidade visual (símbolo)
do SUAS.

Segue abaixo o símbolo atual:

§ 5º A identidade visual do Suas deverá prevalecer na identificação de unidades públicas estatais,


entidades e organizações de assistência social, serviços, programas, projetos e benefícios vincula-
dos ao Suas.

O Símbolo do SUAS, anteriormente exibido, deve prevalecer tanto nas unidades públicas
quanto nas unidades privadas de assistência social, desde que os serviços programas, proje-
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tos e benefícios por elas ofertados e promovidos sejam vinculados ao SUAS, submetendo-se,
por conseguinte, aos seus parâmetros de qualidade, conveniência, oportunidade e adequação
em nível global ou regional.

Art. 6º-A. A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção:


I – proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência
social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento
de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários;
II – proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contri-
buir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento
das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das
situações de violação de direitos.
Parágrafo único. A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistên-
cia social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no
território.

Desde já, faço um alerta para te ajudar a não confundir ambos os tipos de proteção social:

DESENVOLVIMENTO DE POTENCIALIDADES: Proteção Social


Básica
FORTALECIMENTO DE POTENCIALIDADES: Proteção Social
Especial

Em princípio, a Proteção Social Básica é uma forma de proteção eminentemente PREVEN-


TIVA. Os serviços, programas e projetos dela integrantes são geralmente voltados a evitar que
situações de risco e de vulnerabilidade se materializem.
Por outro lado, a Proteção Social Especial é eminentemente REPRESSIVA. Visa combater
situações de risco e vulnerabilidade já existentes, as quais normalmente ocasionam violação
de direitos de alguém.

Art. 6º-B. As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de for-
ma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência
social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ação.
§ 1º A vinculação ao Suas é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome de que a entidade de assistência social integra a rede socioassistencial.
§ 2º Para o reconhecimento referido no § 1º, a entidade deverá cumprir os seguintes requisitos:
I – constituir-se em conformidade com o disposto no art. 3º;
II – inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal, na forma do art. 9º;
III – integrar o sistema de cadastro de entidades de que trata o inciso XI do art. 19
§ 3º As entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas celebrarão convênios,
contratos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução, garantido financiamento in-

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tegral, pelo Estado, de serviços, programas, projetos e ações de assistência social, nos limites da
capacidade instalada, aos beneficiários abrangidos por esta Lei, observando-se as disponibilidades
orçamentárias.
§ 4º O cumprimento do disposto no § 3º será informado ao Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome pelo órgão gestor local da assistência social.

Adiante, comentarei o terceiro e o quarto parágrafos.


Perceba que o § 3º não é rígido quanto à forma de vinculação da entidade privada com
o Poder Público, se for em forme de convênio, contrato, acordo de cooperação ou qualquer
outro tipo de ajuste. Portanto, não importa se o vínculo entre a entidade e o Poder Público é
gratuito ou oneroso, comutativo ou de risco. Para a proteção do interesse público, contudo, é
imprescindível que o vínculo seja constituído com prova em DOCUMENTO ESCRITO. Essa é, na
prática, a única exigência relativamente ao vínculo.
O que é importante, realmente, é que o Poder Público transfira à entidade privada somente
a EXECUÇÃO das políticas de assistência social, e nunca sua titularidade, que pertence sempre
originalmente ao próprio Poder Público. Nesse sentido, lembre-se da terceira diretriz do art. 5º:
primazia da responsabilidade do Estado.
Garante-se a tais entidades, contudo, Financiamento Integral, nos limites de sua Capaci-
dade Instalada. Isso significa que toda a estrutura utilizável da entidade será utilizada com a
finalidade de se atingir o objetivo inerente à política socioassistencial executada.
Não se financiarão atividades da entidade que extrapolem de sua capacidade instalada
para a execução das ações que interessam ao Estado: as socioassistenciais. Ademais, serão
respeitadas todas as normas de direito financeiro, que primam pelo respeito à real disponibili-
dade orçamentária. Eventuais transgressões a esses preceitos acarretarão consequências da
Lei de Improbidade Administrativa (8.429/92), da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Consti-
tuição Federal/Estadual ou Lei Orgânica Municipal/Distrital.
Não havendo transgressões, por conseguinte, o cumprimento dessa “parceria” (em senti-
do amplo) entre o Poder Público e a entidade privada será comunicado pelo ÓRGÃO GESTOR
LOCAL ao Ministério da Cidadania. Esse órgão gestor local pode ser uma Secretaria Municipal
ou Distrital, por exemplo.

Art. 6º-C. As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de Re-
ferência de Assistência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social
(Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistência social de que trata o
art. 3º desta Lei.
§ 1º O Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores ín-
dices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no
seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de
proteção social básica às famílias.

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§ 2 O Creas é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destina-
º

da à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal


ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da
proteção social especial.
§ 3º Os Cras e os Creas são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do Suas, que possuem
interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, progra-
mas, projetos e benefícios da assistência social.

CRAS CREAS

MUNICIPAL, ESTADUAL OU
MUNICIPAL
REGIONAL

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA


PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

O Cras não é obrigatório em todas as localidades. É obrigatório em localidades com MAIOR


ÍNDICE de Vulnerabilidade e Risco Social.
Tendo em vista que o Cras e o Creas integram pessoas políticas (entes federados), esses
órgãos inserem-se no âmbito do Sistema Único de Assistência Social, exercendo importantes
funções desse modelo gerencial da Assistência Social.

Art. 6º-D. As instalações dos Cras e dos Creas devem ser compatíveis com os serviços neles ofer-
tados, com espaços para trabalhos em grupo e ambientes específicos para recepção e atendimento
reservado das famílias e indivíduos, assegurada a acessibilidade às pessoas idosas e com defici-
ência.

Perceba que a estrutura cobrada dos Cras e dos Creas alia-se aos objetivos da Assistência
Social constantes do art. 2º: proteção à família (ambiente específico para recepção e atendi-
mento reservado), integração ao mercado de trabalho (trabalhos em grupo, com atividades
dinâmicas e educativas). Ademais, vê-se observância ao princípio da igualdade no acesso ao
atendimento (art. 4º, inciso IV) na parte em que se assegura a acessibilidade aos idosos e às
pessoas com deficiência.
A determinação jurídica do que é uma pessoa idosa é extraída do art. 1º do Estatuto do
Idoso: pessoas com 60 anos ou mais.

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O PULO DO GATO
Nesse ponto, tome cuidado para não confundir com a regra que estudaremos adiante sobre
o Benefício de Prestação Continuada, segundo a qual o BPC será concedido ao idoso com 65
anos ou mais. Contudo, a LOAS não está, aí, conceituando o que é uma pessoa idosa, mas, sim,
restringindo o campo de beneficiários do BPC.

Pessoa com deficiência é conceituada pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, especifi-
camente no art. 2º, caput: “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com
uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igual-
dade de condições com as demais pessoas.“.

Art. 6º-E. Os recursos do cofinanciamento do Suas, destinados à execução das ações continuadas
de assistência social, poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as
equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual
apresentado pelo Ministério da Cidadania e Combate à Fome e aprovado pelo CNAS.
Parágrafo único. A formação das equipes de referência deverá considerar o número de famílias e
indivíduos referenciados, os tipos e modalidades de atendimento e as aquisições que devem ser
garantidas aos usuários, conforme deliberações do CNAS.

EQUIPES DE REFERÊNCIA são conjuntos de pessoas que, reunidas, formam um grupo in-
terdisciplinar, capaz de atender com excelência as pessoas necessitadas dos serviços e pro-
gramas da Assistência Social. As pessoas postas aos cuidados das equipes de referência
chamam-se REFERENCIADOS.
Como se depreende do parágrafo único, quanto mais complexo for o grupo de pessoas
referenciadas – complexo em razão da natureza e da dimensão das vulnerabilidades e riscos
detectados –, mais estruturado e interdisciplinar deverá ser a equipe de referência.
Os recursos orçamentários que uns entes políticos passarem a outros PODERÃO, sim, ser
utilizados para remunerar os membros dessas equipes, desde que em percentual que não ex-
trapole o apontado pelo Ministério da Cidadania, que é o coordenador da Política Nacional de
Assistência Social.
Art. 6º-F. Fica instituído o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Ca-
dÚnico), registro público eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disse-
minar informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica
das famílias de baixa renda. (Incluído pela Lei n. 14.284, de 2021)

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§ 1º As famílias de baixa renda poderão inscrever-se no CadÚnico nas unidades públicas de que
tratam os §§ 1º e 2º do art. 6º-C desta Lei ou, nos termos do regulamento, por meio eletrônico. (In-
cluído pela Lei n. 14.284, de 2021)
§ 2º A inscrição no CadÚnico é obrigatória para acesso a programas sociais do Governo Federal.
(Incluído pela Lei n. 14.284, de 2021)

O nome completo do Cadastro Único é “Cadastro Único para Programas Sociais do Gover-
no Federal”, que também pode ser chamado por sua abreviação, CadÚnico. Este cadastro é
mantido sob a responsabilidade da Secretaria Especial de Desenvolvimento Social, atualmente
integrante da estrutura orgânica do Ministério da Cidadania.
Conforme o art. 2º do Decreto n. 6.135/2007, o Cadastro Único é um instrumento de iden-
tificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda, a ser obri-
gatoriamente utilizado para seleção de beneficiários e integração de programas sociais do
Governo Federal voltados ao atendimento desse público.
Até a entrada em vigor da Lei n. 14.284/2021, o conceito previsto no art. 2º do Decreto n.
6.135/2007 era geralmente adotado em provas. No entanto, a partir da inclusão do art. 6º-F à
LOAS, esse detalhe mudará.

Para fins de prova, de agora em diante, considere correto exatamente o conceito explicitado
no caput do art. 6º-F, incluído pela Lei n. 14.284/2021. Conforme o dispositivo, o CadÚnico é
“registro público eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar
informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica das
famílias de baixa renda”.

O Cadastro Único ajuda o governo a conhecer melhor a realidade das condições de vida
das famílias de baixa renda, reconhecidas como pobres. O elemento “caracterização socioeco-
nômica”, a ser identificado pelo Cadastro Único, é composto por várias informações prestadas
por uma pessoa da família no momento de cadastramento da família no Cadastro Único.
As informações que levam à “caracterização socioeconômica” são as previstas no art. 6º,
inciso IV, do Decreto n 6.135/2007, a saber:
• Identificação e caracterização do domicílio;
• Identificação e documentação civil de cada membro da família;
• Escolaridade, participação no mercado de trabalho e rendimento.

Perceba que a realidade socioeconômica de cada família é determinada de acordo com


o local e as condições de vida dessa família, com o grau de escolaridade de seus membros
(instrução educacional), com a existência ou não de espaço para os membros da família no
mercado de trabalho e o rendimento de cada um deles.

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Resumidamente, podemos dizer que o local onde a família mora, a educação, o espaço
no mercado de trabalho e o rendimento dessa família são os fatores determinantes para elu-
cidação da realidade socioeconômica da família. A reunião dessas informações no Cadastro
Único facilitará o conhecimento do governo sobre a situação de necessidade daquela família
e das famílias próximas, quando os fatores socioeconômicos se comunicarem entre famílias
também cadastradas.
Com base nessas informações, o governo federal poderá organizar e alocar/realocar pes-
soas nos benefícios e programas socioassistenciais mantidos pelo Governo Federal. Dessa
forma, os mais necessitados serão contemplados, e os que deixarem de ser necessitados
poderão perder a vaga no programa ou o benefício.
O § 1º do art. 6º-F trata de esclarecer que a inscrição no CadÚnico, a partir de sua vigência,
pode ser feita por meio eletrônico, inclusive, desde que observados os termos de regulamento
(ato administrativo). No entanto, a inscrição continua a ser possível por meio presencial, nas
unidades Cras e Creas.
Por sua vez, o § 2º do art. 6º-F é de grandíssima importância para provas, uma vez que
apresenta requisito indispensável à fruição de programas sociais governamentais: torna-se
obrigatória a inscrição no CadÚnico para o cidadão que pretenda acesso a programas sociais
do Governo Federal.

Art. 7º As ações de assistência social, no âmbito das entidades e organizações de assistência so-
cial, observarão as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que
trata o art. 17 desta lei.

O CNAS possui poder de polícia e poder normativo sobre as ações de Assistência Social,
em todos os seus âmbitos de atuação.

Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observados os princípios e diretrizes


estabelecidos nesta lei, fixarão suas respectivas Políticas de Assistência Social.

Todos os entes políticos possuem autonomia para elaborar suas Políticas de Assistência
Social, dada a diretriz de descentralização que marca a Assistência Social no Brasil.
Nessas políticas, deverão ser observadas as competências do respectivo ente elaborador,
as quais são tratadas nesta Lei e, também, em atos normativos infralegais, como a Resolução
CNAS n. 33/2012 (NOB-SUAS).
A Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004) pode ser uma referência para as
demais políticas públicas – de âmbito regional e local –, mas não uma delimitação a elas. As
delimitações à elaboração de cada política encontram-se na LOAS e na Constituição, especial-
mente no que tange aos princípios, objetivos e diretrizes da Assistência Social.

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Art. 9º O funcionamento das entidades e organizações de assistência social depende de prévia
inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social, ou no Conselho de Assistência
Social do Distrito Federal, conforme o caso.
§ 1º A regulamentação desta lei definirá os critérios de inscrição e funcionamento das entidades
com atuação em mais de um município no mesmo Estado, ou em mais de um Estado ou Distrito
Federal.
§ 2º Cabe ao Conselho Municipal de Assistência Social e ao Conselho de Assistência Social do
Distrito Federal a fiscalização das entidades referidas no caput na forma prevista em lei ou regula-
mento.
§ 4º As entidades e organizações de assistência social podem, para defesa de seus direitos refe-
rentes à inscrição e ao funcionamento, recorrer aos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais e do
Distrito Federal.

Primeiramente, para fins de acerto de questões em prova, devemos destacar para você que
a inscrição da entidade no Conselho Municipal deve ser PRÉVIA. Portanto, por mais que na
prática os gestores às vezes façam vista grossa e tolerem o funcionamento dessas entidades
com regularização posterior de inscrição, PELA LETRA FRIA DA LEI, a inscrição deve ser Prévia.
Os critérios de inscrição e funcionamento das referidas entidades serão elucidados por
normas regulamentares, geralmente consubstanciadas em Decretos, Portarias ou Resoluções.
No caso da regulamentação da LOAS, é a Resolução CNAS n. 14/2014. Essa resolução trata
dos critérios de inscrição e funcionamento das entidades privadas em:
• Mais de um Município do mesmo Estado
• Mais de um Estado.

Independentemente do território em que as entidades exerçam suas atividades, caberá ao


Conselho de âmbito local (Municipal ou Distrital) a fiscalização delas, na exata forma prevista
em lei ou em atos normativos regulamentares. Essa regra deve-se à expectativa de fiscaliza-
ção mais eficaz/efetiva, quando realizada por órgão mais próximo da entidade sujeita à fisca-
lização, que, legitimamente, configura ato de polícia preventivo (nesse sentido, posiciona-se
Maria Sylvia Zanella Di Pietro).
No que tange ao quarto parágrafo, verifica-se uma hipótese de Recurso Hierárquico Im-
próprio. Esse nome é dado pela doutrina administrativista porque o recurso é feito contra a
decisão de órgão de um ente político e direcionado a órgão de outro ente político, e, como se
sabe de longa data, não existe hierarquia entre entes políticos distintos (União e Estado, Estado
e Município, etc.), embora exista, de fato, uma repartição de competências entre eles pautada
no critério da predominância do interesse.
Hipóteses de recursos contra decisões de uma pessoa jurídica para outra devem ser ex-
pressamente previstas em lei, informadas por princípios específicos e objetivos específicos.
Essa previsão legal específica deve-se ao fato de o recurso hierárquico impróprio configurar

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EXCEÇÃO à autonomia administrativa dos entes políticos e das demais entidades da Admi-
nistração Pública.
Sobre este assunto, por maior completude, transcrevemos o entendimento de Maria Sylvia
Zanella Di Pietro (Direito Administrativo, 2015, p. 888):

O recurso hierárquico impróprio é dirigido a autoridade de outro órgão não integrado na mesma hie-
rarquia daquele que proferiu o ato. Precisamente por isso é chamado impróprio. Não decorrendo da
hierarquia, ele só é cabível se previsto expressamente em lei. (grifo do autor)

Naturalmente, o recurso administrativo não precisa necessariamente ser o meio eleito para
impugnar-se uma decisão supostamente equivocada. É plenamente possível que as entidades
e organizações de Assistência Social, para tutelar seus direitos com maior rapidez, formulem
Pedidos de Reconsideração ao próprio Conselho que proferiu a decisão.
Para compreender o assunto, observe a ilustração abaixo:

Meios de Impugnação Cabíveis

CONSELHO NACIONAL PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO


DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL

CONSELHO ESTADUAL
DE ASSISTÊNCIA PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
SOCIAL

CONSELHO
MUNICIPAL DE PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 10. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal podem celebrar convênios com
entidades e organizações de assistência social, em conformidade com os Planos aprovados pelos
respectivos Conselhos.

Já tratamos nesta aula que as entidades privadas de Assistência Social podem celebrar
qualquer tipo de ajuste com o Poder Público para vincular-se ao SUAS. Este artigo, por sua vez,
permite expressamente a celebração de Convênios.

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Convênios são uma forma de pactuação que envolve um acordo de vontades entre duas
instituições para a busca de um objetivo comum a ambas, com repartição de responsabilida-
des. Geralmente, essa forma de vínculo não é onerosa, mas, sim, gratuita.

Art. 11. As ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma
articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução
dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

Para ilustrar:

COORDENAÇÃO UNIÃO
NORMAS GERAIS (ESFERA FEDERAL)

ESTADOS, DISTRITO
COORDENAÇÃO
FEDERAL E
EXECUÇÃO MUNICÍPIOS

Art. 12. Compete à União:


I – responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos no
art. 203 da Constituição Federal;
II – cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os
programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional;
III – atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às ações assistenciais
de caráter de emergência.
IV – realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar Estados,
Distrito Federal e Municípios para seu desenvolvimento.

A matéria de competências na LOAS, para fins de prova de concurso público, restringe-se à


memorização literal de quais são as competências da União, dos Estados, do Distrito Federal,
dos Municípios e do Ministério da Cidadania (art. 19).
Apesar de a memorização ser necessária, temos uma forma de auxiliá-lo nesse proce-
dimento. As competências da União, do art. 12, denotam uma Abrangência Nacional, maior
que as demais. Isso porque o “assessoramento dos Estados”, o “cofinanciamento em âmbito
nacional” e a “concessão de benefício previsto na Constituição Federal” são atribuições que
guardam visível relação com a União, que é um ente de nível nacional.

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Art. 12-A. A União apoiará financeiramente o aprimoramento à gestão descentralizada dos serviços,
programas, projetos e benefícios de assistência social, por meio do Índice de Gestão Descentrali-
zada (IGD) do Sistema Único de Assistência Social (Suas), para a utilização no âmbito dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal, destinado, sem prejuízo de outras ações a serem definidas em
regulamento, a:
I – medir os resultados da gestão descentralizada do Suas, com base na atuação do gestor esta-
dual, municipal e do Distrito Federal na implementação, execução e monitoramento dos serviços,
programas, projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação intersetorial;
II – incentivar a obtenção de resultados qualitativos na gestão estadual, municipal e do Distrito
Federal do Suas; e
III – calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federados a título de apoio
financeiro à gestão do Suas.
§ 1º Os resultados alcançados pelo ente federado na gestão do Suas, aferidos na forma de regula-
mento, serão considerados como prestação de contas dos recursos a serem transferidos a título de
apoio financeiro.
§ 2º As transferências para apoio à gestão descentralizada do Suas adotarão a sistemática do Índice
de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família, previsto no art. 8º da Lei no 10.836, de 9 de
janeiro de 2004, e serão efetivadas por meio de procedimento integrado àquele índice.
§ 3º (VETADO).
§ 4º Para fins de fortalecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Municípios e
Distrito Federal, percentual dos recursos transferidos deverá ser gasto com atividades de apoio téc-
nico e operacional àqueles colegiados, na forma fixada pelo Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, sendo vedada a utilização dos recursos para pagamento de pessoal efetivo e
de gratificações de qualquer natureza a servidor público estadual, municipal ou do Distrito Federal.

O Índice de Gestão Descentralizada do SUAS é um mecanismo objetivo de medição de


desempenho da prestação dos serviços e da execução dos programas socioassistenciais, que
leva em conta diversos fatores individualizados.
Os objetivos dessa medição são os expressos nos incisos do caput deste artigo. Neles,
observa-se, ainda, que o propósito final do legislador é aferir a capacidade de cada ente e a
real necessidade detectada em seus âmbitos. Essa aferição, em tese, serve de substrato para
cooperar com futuros cofinanciamentos.
O § 1º deixa claro que a prestação de contas do ente federado, no segmento da Assistência
Social, ocorrerá de forma conjunta com a informação dos resultados obtidos, e não de forma
separada (atenção!)
Ademais, verifica-se que o legislador tem por finalidade o fortalecimento dos Conselhos
de Assistência Social, em especial os Estaduais, Distrital e Municipais. Para isso, ele julgou
oportuno e profícuo determinar que seja estabelecido um percentual específico dos recursos
transferidos para a pasta da Assistência Social para investimento em apoio técnico e operacio-
nal, isto é, em estrutura física, logística e bens instrumentais.

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 Obs.: O legislador deixou claro que esse recurso, embora seja destinado ao apoio técnico e
operacional dos Conselhos, NÃO PODE ser destinado a pagar remunerações e indeni-
zações de qualquer natureza aos funcionários que atuam perante os Conselhos.

Art. 13. Compete aos Estados:


I – destinar recursos financeiros aos Municípios, a título de participação no custeio do pagamento
dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos
Estaduais de Assistência Social;
II – cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os
programas e os projetos de assistência social em âmbito regional ou local;
III – atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência;
IV – estimular e apoiar técnica e financeiramente as associações e consórcios municipais na pres-
tação de serviços de assistência social;
V – prestar os serviços assistenciais cujos custos ou ausência de demanda municipal justifiquem
uma rede regional de serviços, desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado.
VI – realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar os Muni-
cípios para seu desenvolvimento.

A memorização das competências dos Estados na LOAS não guarda complexidade. Basi-
camente, restringem-se a prestar assessoramento e apoio aos Municípios, atuar em conjunto
com os Municípios e alocar atividades que os Municípios não têm condições de alocar, criando
“redes regionais”.
O cofinanciamento implementado pelo Estado é de âmbito regional ou local (o Estado as-
sume o âmbito regional).

Art. 14. Compete ao Distrito Federal:


I – destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o
art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos de Assistência Social do Distrito Federal;
II – efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;
III – executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da
sociedade civil;
IV – atender às ações assistenciais de caráter de emergência;
V – prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.
VI – cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência
social em âmbito local;
VII – realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito.

Comentaremos em conjunto com as competências dos Municípios.

Art. 15. Compete aos Municípios:


I – destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o
art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistência Social;

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II – efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;
III – executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da
sociedade civil;
IV – atender às ações assistenciais de caráter de emergência;
V – prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.
VI – cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência
social em âmbito local;
VII – realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito.

As competências do Distrito Federal e dos Municípios são praticamente idênticas, porque


ambos os entes federados assumem papel de gestores do âmbito local.
Portanto, a boa notícia é que a memorização torna-se facilitada: além de as competências
desses dois entes serem iguais, todas elas envolvem fatores operacionais, como a prestação
de serviços em si, a concessão de benefícios e a assunção de obrigações fiscalizatórias em
seu próprio âmbito.
Ao contrário das competências da União e dos Estados, não há competências de atuar
em conjunto com outros entes, nem de prestar assessoramento ou cofinanciar outros entes/
entidades.

Art. 16. As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre
governo e sociedade civil, são:
I – o Conselho Nacional de Assistência Social;
II – os Conselhos Estaduais de Assistência Social;
III – o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal;
IV – os Conselhos Municipais de Assistência Social.
Parágrafo único. Os Conselhos de Assistência Social estão vinculados ao órgão gestor de assistên-
cia social, que deve prover a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos
materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e diárias de con-
selheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas
atribuições.

A composição do CNAS é paritária entre membros do governo e da sociedade civil. Por


força da LOAS, essa regra DEVE se estender aos demais Conselhos. Todavia, o número de
membros e a forma em que se dará tal proporcionalidade são elementos fixados pela legisla-
ção estadual, distrital ou municipal respectiva.

Anteriormente, falamos que os recursos da Assistência Social destinados aos entes de abran-
gência inferior não podem ser utilizados para pagamento de remuneração ou indenização de
qualquer natureza. Todavia, sempre que os CONSELHEIROS (especificamente, os Conselhei-
ros) tiverem que se deslocar para exercer suas atribuições, eles receberão uma Verba Inde-
nizatória que se chama DIÁRIA, dirigida a custear despesas com alimentação, locomoção e
hospedagem, gastos estes tidos como mínimos para uma estada digna no local para que se
deslocaram.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

Os Conselheiros a receber esse auxílio podem ser tanto os representantes do governo como da
sociedade civil. Não há uma discriminação entre eles. Essa informação é importante!

Art. 17. Fica instituído o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão superior de delibe-
ração colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela
coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente
da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período.
§ 1º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros e res-
pectivos suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal responsável
pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os critérios seguintes:
I – 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um)
dos Municípios;
II – 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organiza-
ções de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos trabalhadores do setor,
escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal.
§ 2º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito
dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período.
§ 3º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) contará com uma Secretaria Executiva, a
qual terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.
§ 4º Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acompanhar
a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em con-
sonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, distrital e municipais, de acordo
com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios, mediante lei específica.

18

9
Representantes da
Indicados ao Sociedade Civil
Usuários ou Org. de
9
Ministério da
Cidadania
Usuários
Representantes do Governo Entidades ou Org. de
Pelo menos UM Estadual e Assistência Social
UM Municipal Sindicatos/Associações de

Trabalhadores do setor

FISCALIZAÇÃO DO MPF

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Cabe destacar que Decreto n. 5.003/04 devolveu autonomia à sociedade civil no processo
de escolha de seus representantes no CNAS.

 Obs.: Importante: os 18 conselheiros do CNAS possuem seus respectivos suplentes, que


deverão exercer as funções do conselheiro titular em casos de impedimentos eventu-
ais ou vacância por qualquer motivo.

Conhecendo a composição do CNAS, vejamos informações importantíssimas sobre o vín-


culo dos conselheiros.
Segundo o caput do art. 17 da LOAS (Lei n. 8.742/93), os Conselheiros do CNAS são vincu-
lados nos seguintes termos:

NOMEADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


MANDATO: 2 ANOS + 1 RECONDUÇÃO POR MAIS DOIS ANOS.

2 2

Para fins de deliberação é natural que deva existir um Presidente, com papeis importantes
para eventuais votações e discussões, em especial relativos à moderação dos debates, à inter-
mediação de negociações e à colocação de assuntos em pauta.
Dessa forma, prevê o art. 17, § 2º, a seguinte disposição:

O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito
dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual pe-
ríodo.

Cuidado para não confundir!


MANDATO DO CONSELHEIRO: 2 ANOS + 2 ANOS
MANDATO DO PRESIDENTE DO CNAS: 1 ANO + 1 ANO

Portanto, dentro de um mandato de todos os conselheiros, haverá, no mínimo, dois presi-


dentes diferentes dentre os dezoito conselheiros, caso ambos sejam reconduzidos por igual
período de um ano. No máximo, haverá quatro presidentes diferentes, se nenhum dos presi-
dentes escolhidos obtiver recondução pelo referido período.
No mais, vejamos o § 3º do art. 17:

O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) contará com uma Secretaria Executiva, a qual
terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.

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Para fins de nossa prova, devemos saber de que a estrutura da Secretaria Executiva do
CNAS não é determinada pela LOAS, como é a questão dos mandatos e do Presidente.

Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social:


I – aprovar a Política Nacional de Assistência Social;

O PNAS de 2004 foi analisado e posto à deliberação pelo CNAS. O CNAS é um órgão (parte
integrante) do Ministério do Desenvolvimento Social, que é o órgão autônomo do Governo no-
minalmente responsável pela projeção e elaboração do PNAS.

II – normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo


da assistência social;

O CNAS possui Poder de Polícia para atuar de maneira impositiva e coercitiva sobre as
entidades sem fins lucrativos do setor privado que atuam em parceria com o Poder Público,
por meio de termos de parceria, termos de cooperação ou convênios, a fim de garantir a fiel ob-
servância da lei, seja quanto aos requisitos formais para atuar na área, seja quanto à prestação
material dos serviços (se é adequada ao planejamento governamental ou não).
O Poder de Polícia, de acordo com moderna conceituação – que teve origem na jurispru-
dência do Superior Tribunal de Justiça –, possui quatro dimensões:
• Dimensão Normativa
• Dimensão Sancionatória
• Dimensão Fiscalizatória
• Dimensão de Consentimento

Neste inciso, ganha destaque a Dimensão Normativa do poder de polícia, eis que a coer-
cibilidade e a imperatividade decorrentes do poder de polícia podem depender, na prática, da
existência de normas apropriadas. Portanto, pode o CNAS expedir atos administrativos norma-
tivos (Portarias, Resoluções, Deliberações, Instruções Normativas, dentre outros) para atender
à atribuição deste inciso.

III – acompanhar e fiscalizar o processo de certificação das entidades e organizações de assistên-


cia social no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

No comentário ao inciso anterior, apresentamos as dimensões do Poder de Polícia. Neste


inciso, verificamos a prevalência e a evidência de outra dimensão do referido poder: a Dimen-
são de Consentimento. O CNAS, efetivamente, exerce juízo de conveniência e oportunidade
acerca de quais entidades ou organizações serão autorizadas (em sentido genérico) a exercer
atividades atinentes à assistência social no setor privado.

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IV – apreciar relatório anual que conterá a relação de entidades e organizações de assistência social
certificadas como beneficentes e encaminhá-lo para conhecimento dos Conselhos de Assistência
Social dos Estados, Municípios e do Distrito Federal;
V – zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social;

As políticas públicas de assistência social são executadas por todos os entes políticos:
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Dessa forma, deverá o CNAS adotar medidas
para garantir que as políticas de assistência social, especialmente quanto à sua execução,
sejam fielmente levadas a efeito nos âmbitos regional e local, que, a primeira vista, estão mais
distantes de seu controle.
A fim de atender esse encargo, pode o CNAS, por exemplo, atuar em conjunto com Conse-
lhos Estaduais, Distrital e Municipais, por meio de convênios públicos administrativos.
Ademais, o artigo 122 da Resolução CNAS n. 33/2012 outorga ao próprio CNAS a compe-
tência de prestar assessoramento aos Conselhos Estaduais, Distrital e Municipais de Assistên-
cia Social, como veremos adiante.

VI – a partir da realização da II Conferência Nacional de Assistência Social em 1997, convocar ordi-


nariamente a cada quatro anos a Conferência Nacional de Assistência Social, que terá a atribuição
de avaliar a situação da assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema;

A Conferência Nacional de Assistência Social teve sua última realização no ano de 2017.
Tal Conferência é, na realidade, um evento do qual participam autoridades públicas titulares de
órgãos com incumbências relativas à Assistência Social, bem como representante de entida-
des privadas responsáveis pela execução dessas políticas.
A finalidade desse evento é aprimorar as políticas e os meios de coordenação e execução
que lhe são inerentes.

VIII – apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo
órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de As-
sistência Social;

O Ministério do Desenvolvimento Social é o órgão público autônomo competente para


encaminhar ao Presidente da República a proposta orçamentária restrita ao seu âmbito de
atuação, no qual se inclui todo o conjunto de políticas públicas de Assistência Social.
Todavia, antes de o referido Ministério encaminhar a proposta, é condição de legalidade
que o CNAS a tenha apreciado e aprovado. Dentro do referido Ministério, é o CNAS o “setor
competente” para o desempenho desse ônus.

IX – aprovar critérios de transferência de recursos para os Estados, Municípios e Distrito Federal,


considerando, para tanto, indicadores que informem sua regionalização mais equitativa, tais como:
população, renda per capita, mortalidade infantil e concentração de renda, além de disciplinar os

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procedimentos de repasse de recursos para as entidades e organizações de assistência social,
sem prejuízo das disposições da Lei de Diretrizes Orçamentárias;

A partir da Constituição de 1988, o orçamento público passou a ter entre suas funções a
função Distributiva. Tal função significa que o dinheiro público deve ser manejado de modo a
atender, com prioridade, localidades mais necessitadas, de modo que a boa estrutura de aten-
dimento de políticas públicas não fique concentrada numa região.
Ademais, tendo em vista que a Assistência Social integra o leque da Seguridade Social,
cabe citar um objetivo da seguridade social, trazido pela Constituição de 1988: Seletividade e
Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços.

X – acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos
programas e projetos aprovados;

Neste inciso, evidencia-se o Poder de Controle da Administração Pública.

A aferição dos resultados e da qualidade das políticas públicas de assistência social não é
feita somente na Conferência Nacional, mas, também, de ofício e a qualquer tempo pelo CNAS

XI – estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do Fundo Nacional


de Assistência Social (FNAS);
XII – indicar o representante do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) junto ao Conselho
Nacional da Seguridade Social;

No Conselho Nacional da Seguridade Social, atuam representantes da Previdência Social,


da Assistência Social e da Saúde. Dessa forma, o representante da Assistência Social é indica-
do pelo próprio CNAS. Este conselho, no entanto, está inativo no momento.

XIII – elaborar e aprovar seu regimento interno;


XIV – divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as contas do Fundo
Nacional de Assistência Social (FNAS) e os respectivos pareceres emitidos.

Outras competências do CNAS encontram-se no texto da Política Nacional de Assistência


Social (PNAS/2004), aprovada pelo próprio CNAS. São elas, literalmente (página 126):

No exercício das competências estabelecidas no art. 18 da LOAS e no seu regimento interno, o


CNAS deve, no cumprimento desta Norma:
a) atuar como instância de recurso dos Conselhos de Assistência Social;
b) deliberar sobreas regulações complementares a esta Norma;
c) atuar como instância de recurso da Comissão Intergestores Tripartite;
d) deliberar sobre as pactuações da CIT.

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Ademais, a Resolução CNAS n. 33 de 2012, que dispõe sobre o Sistema Único de Assis-
tência Social (SUAS), elenca algumas competências pertencentes a todos os Conselhos de
Assistência Social, de todos os âmbitos políticos (nacional, regional ou local). Outrossim, tal
norma também dá especificamente ao CNAS algumas competências.

Art. 19. Compete ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Po-
lítica Nacional de Assistência Social:
I – coordenar e articular as ações no campo da assistência social;
II – propor ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) a Política Nacional de Assistência
Social, suas normas gerais, bem como os critérios de prioridade e de elegibilidade, além de padrões
de qualidade na prestação de benefícios, serviços, programas e projetos;
III – prover recursos para o pagamento dos benefícios de prestação continuada definidos nesta lei;
IV – elaborar e encaminhar a proposta orçamentária da assistência social, em conjunto com as
demais da Seguridade Social;
V – propor os critérios de transferência dos recursos de que trata esta lei;
VI – proceder à transferência dos recursos destinados à assistência social, na forma prevista nesta
lei;
VII – encaminhar à apreciação do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) relatórios tri-
mestrais e anuais de atividades e de realização financeira dos recursos;
VIII – prestar assessoramento técnico aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entida-
des e organizações de assistência social;
IX – formular política para a qualificação sistemática e continuada de recursos humanos no campo
da assistência social;
X – desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar as análises de necessidades e formulação
de proposições para a área;
XI – coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizações de assistên-
cia social, em articulação com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
XII – articular-se com os órgãos responsáveis pelas políticas de saúde e previdência social, bem
como com os demais responsáveis pelas políticas sócio-econômicas setoriais, visando à elevação
do patamar mínimo de atendimento às necessidades básicas;
XIII – expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Nacional de Assistência Social
(FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social
(CNAS);
XIV – elaborar e submeter ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) os programas anuais
e plurianuais de aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).
Parágrafo único. A atenção integral à saúde, inclusive a dispensação de medicamentos e produtos
de interesse para a saúde, às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social
e pessoal, nos termos desta Lei, dar-se-á independentemente da apresentação de documentos que
comprovem domicílio ou inscrição no cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância
com a diretriz de articulação das ações de assistência social e de saúde a que se refere o inciso XII
deste artigo.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Normalmente, em prova, as bancas tentam confundir o candidato com as competências


do MINISTÉRIO DA CIDADANIA e do CNAS (art. 18). Contudo, não é tão difícil como parece
separar cada uma.
As competências do Ministério da Cidadania, em grande parte, envolvem uma interação
com o CNAS, o que tornaria ilógico que tais competências fossem do próprio CNAS. O Mi-
nistério da Cidadania é o órgão responsável pela coordenação da PNAS. Portanto, restariam
pouquíssimos artigos para memorização seca.

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EXERCÍCIOS
001. (2015/FUNIVERSA/UEG/ANALISTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/SERVIÇO SO-
CIAL) Assinale a alternativa que apresenta corretamente princípio que rege a Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS).
a) Supremacia do atendimento às necessidades sociais, porém, subordinado as exigências de
rentabilidade econômica.
b) Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação socioassistencial
alcançável pelas demais políticas públicas.
c) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e direito a benefícios específicos.
d) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento somente para a população urbana.
e) Divulgação no âmbito profissional dos benefícios, serviços, programas e projetos assisten-
ciais, bem como dos recursos oferecidos pelo poder público e dos critérios para sua concessão.

002. (2018/FUMARC/CEMIG (MG)/ASSISTENTE SOCIAL JR) Um dos princípios que rege a


Lei Orgânica da Assistência Social é a
a) descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
e comando único das ações em cada esfera de governo.
b) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
c) primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em
cada esfera de governo.
d) supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade
econômica.

003. (2016/BANCA DO ÓRGÃO/ PREFEITURA DE FORTALEZA/CE/EDUCADOR SOCIAL) As-


sinale a assertiva correta sobre a organização da assistência social conforme a Lei Orgânica
de Assistência Social (LOAS).
a) A proteção social básica compreende um conjunto de serviços, programas, projetos e be-
nefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social.
b) A proteção social básica tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familia-
res e comunitários diante de situações de violação de direitos.
c) A proteção social especial tem caráter de prevenção, visando ao fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários.
d) A proteção social básica é ofertada nos Centros de Referência Especializado de Assistência
Social/CREAS.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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004. (2015/CONSULPAM/CRESS-PB/ASSISTENTE SOCIAL) Com base na Lei Orgânica da


Assistência Social (Lei n. 8.742/93), qual entre os itens abaixo corresponde a um dos objetivos
da assistência social?
a) Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial al-
cançável pelas demais políticas públicas.
b) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
c) A habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à
vida comunitária.
d) A garantia de 1(um) salário mínimo de benefício mensal ao idoso com deficiência que com-
prove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

005. (2016/BANCA DO ÓRGÃO/PREFEITURA DE FORTALEZA (CE)/EDUCADOR SOCIAL) De


acordo com a Lei n. 8.742/1993, Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), assinale a asserti-
va correta sobre a assistência social.
a) É política de seguridade social não contributiva, que provê os mínimos sociais.
b) É política de seguridade social contributiva, que atende à cobertura dos eventos de doença,
invalidez, morte e idade avançada.
c) Não se constitui como política pública de seguridade social.
d) É realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública que dispensam
a participação da sociedade.

006. (2018/BANCA DO ÓRGÃO/PREFEITURA DE FORTALEZA (CE)/DIVERSAS ESPECIALI-


DADES) Com base na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), assinale a afirmativa correta
sobre o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
a) No CRAS é ofertada, prioritariamente, a proteção social especial.
b) O CRAS é unidade pública estadual, de base territorial.
c) O CRAS é localizado em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social.
d) O CRAS é destinado especialmente aos indivíduos que sofreram violação de direitos e rom-
peram vínculos familiares.

007. (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA (PI)/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PSICÓ-


LOGO) A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência
social que, segundo a Lei Orgânica da Assistência Social − LOAS,
a) aciona e mapeia, obrigatoriamente, os Conselhos Tutelares de cada Estado encaminhando
os casos para as Varas Especializadas.
b) avalia e diagnostica, apenas, portadores de doenças mentais e suas vulnerabilidades.
c) identifica, com exclusividade, regiões de risco de desabamento nas encostas que sejam
urbanizadas.

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d) previne e encaminha, unicamente, situações envolvendo o idoso carente de assistência mé-


dico-hospitalar.
e) identifica e previne situações de risco e vulnerabilidade.

008. (2015/EXATUS-PR/PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO (RJ)/ASSISTENTE SOCIAL) A


Política Pública de Assistência Social, conforme dispõe a Lei Orgânica da Assistência Social
(LOAS) e outras normativas, organiza-se tipos de proteção. Nesse sentido, entende-se por pro-
teção social básica:
a) a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de
vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu
território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais
de proteção social às famílias.
b) o conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a recons-
trução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das poten-
cialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situa-
ções de violação de direitos.
c) a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à pres-
tação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou
social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas
da proteção social.
d) o conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a
prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencia-
lidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

009. (2013/FUNCAB/IF-RR/ASSISTENTE SOCIAL) A Assistência Social é um direito do cida-


dão e dever do Estado, instituído pela Constituição Federal de 1988. A partir de 1993, com a
publicação da Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS, assumiu o caráter de:
a) Ação Focalizada.
b) Intervenção Setorial.
c) Sistema Colaborativo.
d) Administração Social.
e) Política Social.

010. (2018 BANCA DO ÓRGÃO/PREFEITURA DE FORTALEZA/CE/DIVERSAS ESPECIALI-


DADES) Conforme a Lei n. 12.435, de 6 de julho de 2011, que altera a Lei n. 8.742/1993, Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), são de atendimento àquelas entidades que, de forma
continuada, permanente e planejada:
a) prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o forta-
lecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários.

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b) prestam serviços e executam programas ou projetos de formação e capacitação de lideran-


ças, dirigidos ao público da política de Assistência Social.
c) prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação so-
cial básica ou especial, dirigidos às famílias e aos indivíduos em situações de vulnerabilidade
ou risco social e pessoal.
d) prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa
e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cida-
dania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa
de direitos, dirigidos ao público da política de Assistência Social.

011. (2014/FUNCAB/PREFEITURA DE RIO BRANCO (AC)/AGENTE ADMINISTRATIVO) A


Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS regulamenta o aspecto de política pública dado pela
Constituição de 1988 à assistência social e estabelece normas e critérios para a sua organi-
zação no âmbito do território brasileiro. Um dos princípios definido pela LOAS encontra-se na
alternativa:
a) proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.
b) primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em
cada esfera de governo.
c) universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial al-
cançável pelas demais políticas públicas.
d) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
e) descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
e comando único das ações em cada esfera de governo.

012. (2014/CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LE-


GISLATIVO ÁREA XXI) No que se refere à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), julgue o
próximo item.
Conforme a LOAS, é responsabilidade do Estado conduzir a política de assistência social em
cada esfera de governo, cabendo ao Estado assegurar as condições financeiras, institucionais
e políticas necessárias à materialização dessa política.

013. (2014/CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LE-


GISLATIVO ÁREA XXI) No que se refere à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), julgue o
próximo item.
Consideram-se entidades de atendimento de assistência social aquelas que, de forma conti-
nuada, permanente e planejada, prestem serviços e concedam benefícios de proteção social
básica ou especial aos indivíduos e às famílias em situações de vulnerabilidade ou risco social
e pessoal.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

014. (2010/CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA DE SERVIÇO SO-


CIAL) Considerando a Lei n.º 8.742/1993, denominada Lei Orgânica de Assistência Social
(LOAS), julgue o item que se segue.
A descentralização político-administrativa e o comando único inscritos na LOAS constituem
diretrizes cuja finalidade é transferir às instâncias municipais o poder de execução sob o co-
mando único do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

015. (2016/FAURGS/TJ-RS/PEDAGOGO JUDICIÁRIO) As proteções sociais básica e espe-


cial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes
públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, res-
peitadas as especificidades de cada ação. Sobre essa previsão da Lei Orgânica da Assistência
Social (Lei n. 8.742/93/LOAS), é possível afirmar que
a) proteção especial é aquela a ser oferecida em todos os territórios, destinada à articulação
dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços,
programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias.
b) o CREAS é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, des-
tinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco
pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções espe-
cializadas da proteção social especial.
c) o CRAS e o CREAS não necessitam ser unidades exclusivamente públicas estatais instituí-
das no âmbito do SUAS; podem ser implementados em parcerias com a sociedade civil.
d) o CRAS tem função específica de interface com as demais políticas públicas de articulação,
não sendo de sua competência a oferta de serviços, programas, projetos e benefícios da as-
sistência social.
e) a proteção básica tem atribuição de prestar o Serviço de Proteção e Atendimento Especiali-
zado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), ofertado no CREAS.

016. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 8.742/93, a União apoiará financeiramente o


aprimoramento à gestão descentralizada dos serviços, programas, projetos e benefícios de
assistência social, por meio do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do Sistema Único de
Assistência Social (Suas), para a utilização no âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distri-
to Federal, destinado, sem prejuízo de outras ações a serem definidas em regulamento, a:
I – medir os resultados da gestão descentralizada do Suas, com base na atuação do gestor
estadual, municipal e do Distrito Federal na implementação, execução e monitoramento dos
serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação
intersetorial.
II – incentivar a obtenção de resultados qualitativos na gestão estadual, municipal e do Distrito
Federal do Suas.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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III – calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federados a título de apoio
financeiro à gestão do Suas.
a) I e II
b) I, II e III
c) II e III
d) III, apenas
e) I e III

017. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 8.742/93, no âmbito da Assistência Social, com-
pete à União:
I – cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços,
os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional.
II – atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência
III – efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral
a) I, II e III
b) II e III
c) I, apenas
d) II, apenas
e) I e III

018. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social.
Compete ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política
Nacional de Assistência Social expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Na-
cional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS).

019. (INÉDITA/2022) Conforme a Lei n. 8.742/93, analise a afirmativa a seguir.


No âmbito da Assistência Social, compete aos Estados responder pela concessão e manuten-
ção dos benefícios de prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal.

020. (INÉDITA/2022) Julgue a afirmação a seguir com base na Lei Orgânica da Assistên-
cia Social.
As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre gover-
no e sociedade civil, são o Conselho Nacional de Assistência Social, os Conselhos Estaduais
de Assistência Social, o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal e os Conselhos
Municipais de Assistência Social.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

021. (2018/CESPE/EBSERH/PEDAGOGO) A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),


junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades socioterritoriais, visando seu en-
frentamento. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), são princípios demo-
cráticos que regem a PNAS
O respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de
qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação
vexatória de necessidade.

022. (2018/FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/CONSULTOR TÉCNICO-


-LEGISLATIVO/ASSISTENTE SOCIAL) A atualização da Lei Orgânica de Assistência Social,
por meio da Lei n. 12.435/2011, considera como entidade e organização de assistência social
sem fins lucrativos, aquelas que prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários, e
também aquelas que atuam para defesa e garantia de direitos. Sendo assim, uma organização
sem fins lucrativos de assessoramento é aquela que atua para
a) a gestão da política de assistência social.
b) a execução de projeto social.
c) a articulação junto à outros órgãos públicos.
d) a promoção da cidadania dos usuários da política.
e) o fortalecimento dos movimentos sociais.

023. (2018/CESPE/EBSERH/PEDAGOGO) A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),


junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades socioterritoriais, visando seu en-
frentamento. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), são princípios demo-
cráticos que regem a PNAS
A divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como
dos recursos oferecidos pelo poder público e os critérios para sua concessão.

024. (2019/BANCA DO ÓRGÃO/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Pela Lei Orgânica da As-


sistência Social, são de assessoramento aquelas entidades que, de forma continuada, perma-
nente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios
de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de
vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações
do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18.

025. (2018/CESPE/EBSERH/ASSISTENTE SOCIAL) De acordo com a Política Nacional de


Assistência Social (PNAS), a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e suas respectivas
alterações e a Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente.
A gestão das ações na área de assistência social organiza-se de forma centralizada e partici-
pativa, estando essas características previstas no Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

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026. (2018/CESPE/EBSERH/PEDAGOGO) A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),


junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades socioterritoriais, visando seu en-
frentamento. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), são princípios demo-
cráticos que regem a PNAS
A supremacia do atendimento das exigências de rentabilidade econômica sobre o atendimen-
to às necessidades sociais.

027. (2020/CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/SERVIÇO SOCIAL) Considere os seguin-


tes objetivos.
I – proteção à velhice
II – vigilância nutricional e orientação alimentar
III – promoção da integração ao mercado de trabalho
IV – acesso universal e igualitário
V – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas
De acordo com a legislação da seguridade social vigente, são objetivos da assistência social
no Brasil apenas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.

028. (2020/FUNDEP/PREFEITURA DE BARÃO DE COCAIS/MG/COORDENADOR/CRAS/


CREAS) São diretrizes explicitadas na Lei n. 8.742, de 7 de novembro de 1993 (LOAS), exceto:
a) Descentralização político-administrativa para os estados, o Distrito Federal e os municípios,
e comando único das ações em cada esfera de governo.
b) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
c) Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em
cada esfera de governo.
d) Universalização do acesso aos benefícios e serviços ofertados pela política de assistên-
cia social.

029. (2020/IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA/ES/ASSISTENTE SOCIAL) De acordo com


a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n.. 8.742/93), a organização da assistência social tem
como base as seguintes diretrizes:
I – descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
e comando único das ações em cada esfera de governo.

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II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das


políticas e no controle das ações em todos os níveis.
III – primazia da responsabilidade do Município na condução da política de assistência social.
Está(ão) correta(s):
a) somente I.
b) somente II.
c) somente I e II.
d) somente II e III.
e) I, II e III.

030. (2020/INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/RS/ADVOGADO DO


CREAS/SUAS) Consoante a LOAS (Lei n. 8.742/93), assinale a alternativa que apresenta uma
das diretrizes da organização da assistência social.
a) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
b) Concentração político-administrativa entre Estados e União, e comando único das ações em
cada esfera de governo.
c) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza,
garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais.
d) Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que pro-
porcionem sua integração às demais gerações.
e) Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento.

031. (2021/CETREDE/PREFEITURA DE FRECHEIRINHA/CE/ASSISTENTE SOCIAL) Sobre a


Lei Orgânica da Assistência Social/Lei 8.742/93/que dispõe sobre a Organização da Assistên-
cia Social e dá outras providências, leia a afirmativa a seguir.
A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema
descentralizado e participativo. É integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conse-
lhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas
por esta Lei.
Esta sentença se refere ao
a) Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
b) Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
c) Sistema Único de Assistência Social/SUAS.
d) Conselho Federal de Serviço Social.
e) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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032. (2021/PS CONCURSOS/PREFEITURA DE JACINTO MACHADO/SC/ASSISTENTE SO-


CIAL) De acordo com a Lei de n. 8.742 de 07 de dezembro de 1993, assinale a alternativa cor-
reta do que são consideradas entidades de atendimento:
a) São entidades de atendimento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada,
prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortale-
cimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de
lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social,
b) São entidades de atendimento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada,
prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e
efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidada-
nia, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de
direitos dirigidos ao público da política de assistência social.
c) São entidades de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente
e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de
prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulne-
rabilidade ou risco social e pessoal.
d) São entidades de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e
planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos dirigidos apenas a famílias e
indivíduos com direitos violados.
e) São entidades de atendimento aquelas que, de forma continuada, isolada e pontual prestam
serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento
dos movimentos sociais construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento
das desigualdades sociais, de defesa de direitos dirigidos ao público da política de assistên-
cia social.

033. (2021/FUNDATEC/PREFEITURA DE TRAMANDAÍ/RS/ASSISTENTE SOCIAL) As-


sinale a alternativa INCORRETA acerca da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei n.
8.742/1993.
a) A assistência social tem por objetivo a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução
de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente o amparo às crianças e aos
adolescentes carentes.
b) Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos
que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários
abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos.
c) A assistência social rege-se pela diretriz da supremacia do atendimento às necessidades
sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica.
d) A assistência social rege-se pelo princípio da universalização dos direitos sociais, a fim de
tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas.

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034. (2021/GSA CONCURSOS/PREFEITURA DE SALTINHO/SC/ASSISTENTE SOCIAL) De


acordo com o artigo primeiro da LOAS a Assistência Social, direito do cidadão e dever do
Estado, é:
a) Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada atra-
vés de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento
às necessidades básicas.
b) Política Pública com a finalidade de prestar assistência aqueles que contribuíram por no
mínimo 12 meses e que não tenham meios de prover seu sustento.
c) Política de Segurança Social realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública
e da sociedade, para garantir o atendimento às famílias com renda de até 1 salário mínimo.
d) Política de Proteção Social que provê os mínimos sociais para garantir o atendimento às
necessidades básicas.

035. (2021/FUNDATEC/PREFEITURA DE TRAMANDAÍ/RS/EDUCADOR SOCIAL) Segundo a


Lei Orgânica da Assistência Social, a gestão das ações na área de assistência social fica orga-
nizada pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos:
I – Estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manu-
tenção e expansão das ações de assistência social.
II – Definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais.
III – Separar a rede pública da rede privada de serviços, programas e projetos de assistên-
cia social.
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) I, II e III.

036. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) é legalmente concei-
tuado como registro público com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar
informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica das
famílias de baixa renda. Não é legalmente prevista sua forma eletrônica.

037. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
As famílias de baixa renda poderão inscrever-se no CadÚnico apenas por meio eletrônico.

038. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
A inscrição no CadÚnico é facultativa para acesso a programas sociais do Governo Federal.

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039. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
A inscrição no CadÚnico é obrigatória para acesso a programas sociais do Governo Federal.

040. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
As unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência
Especializado de Assistência Social (Creas) são incumbidas de operacionalizar cadastros no
CadÚnico, quando o usuário não puder fazê-lo por meio eletrônico.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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GABARITO
1. b 37. E
2. d 38. E
3. a 39. C
4. c 40. C
5. a
6. c
7. e
8. d
9. e
10. c
11. c
12. c
13. c
14. e
15. b
16. b
17. c
18. c
19. e
20. c
21. C
22. e
23. C
24. E
25. E
26. E
27. b
28. d
29. c
30. a
31. c
32. c
33. c
34. a
35. b
36. E

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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GABARITO COMENTADO
001. (2015/FUNIVERSA/UEG/ANALISTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/SERVIÇO SO-
CIAL) Assinale a alternativa que apresenta corretamente princípio que rege a Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS).
a) Supremacia do atendimento às necessidades sociais, porém, subordinado as exigências de
rentabilidade econômica.
b) Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação socioassistencial
alcançável pelas demais políticas públicas.
c) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e direito a benefícios específicos.
d) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento somente para a população urbana.
e) Divulgação no âmbito profissional dos benefícios, serviços, programas e projetos assisten-
ciais, bem como dos recursos oferecidos pelo poder público e dos critérios para sua concessão.

a) Errada. As necessidades sociais sempre prevalecem sobre os desejos de rentabilidade eco-


nômica (art. 4º, inciso I).
b) Certa. Art. 4º, inciso II.
c) Errada. Os benefícios a que o cidadão tem direito a benefícios e serviços de qualidade,
sem exceção, não havendo especificidade nesses serviços. Esse foi o erro construído pelo
examinador.
d) Errada. A igualdade é princípio que protege as populações urbanas e rurais.
e) Errada. A divulgação é ampla, sem restrição expressa, não havendo restrição em qualquer
âmbito, como no profissional.
Letra b.

002. (2018/FUMARC/CEMIG (MG)/ASSISTENTE SOCIAL JR) Um dos princípios que rege a


Lei Orgânica da Assistência Social é a
a) descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
e comando único das ações em cada esfera de governo.
b) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
c) primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em
cada esfera de governo.
d) supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade
econômica.

As letras a, b e c expressam DIRETRIZES da assistência social (art. 5º). A Letra d, que é o gaba-
rito, expressa um princípio (art. 4º, inciso I), que é o que o enunciado da questão pede.
Letra d.

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003. (2016/BANCA DO ÓRGÃO/PREFEITURA DE FORTALEZA/CE/EDUCADOR SOCIAL) As-


sinale a assertiva correta sobre a organização da assistência social conforme a Lei Orgânica
de Assistência Social (LOAS).
a) A proteção social básica compreende um conjunto de serviços, programas, projetos e be-
nefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social.
b) A proteção social básica tem por objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familia-
res e comunitários diante de situações de violação de direitos.
c) A proteção social especial tem caráter de prevenção, visando ao fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários.
d) A proteção social básica é ofertada nos Centros de Referência Especializado de Assistência
Social – CREAS.

a) Certa. Art. 6º-A, inciso I.


b) Errada. A reconstrução de vínculos e a violação de direitos são elementos reprimidos por
ações socioassistenciais decorrentes da Proteção Social Especial (art. 6º-A, inciso II).
c) Errada. O caráter preventivo pertence à Proteção Social Básica, como destacamos em aula.
d) Errada. O CREAS é responsável pelos serviços de Proteção Social Especial, como destaca-
mos em ilustração da aula. O CRAS, sim, é o órgão responsável pelos serviços de Proteção
Social Básica (art. 6º-C, §§ 1º e 2º).
Letra a.

004. (2015/CONSULPAM/CRESS-PB/ASSISTENTE SOCIAL) Com base na Lei Orgânica da


Assistência Social (Lei n. 8.742/93), qual entre os itens abaixo corresponde a um dos objetivos
da assistência social?
a) Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial al-
cançável pelas demais políticas públicas.
b) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
c) A habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à
vida comunitária.
d) A garantia de 1(um) salário mínimo de benefício mensal ao idoso com deficiência que com-
prove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família.

a) Errada. Essa assertiva expressa um PRINCÍPIO da Assistência Social, elencado no rol


do art. 4º.
b) Errada. Essa assertiva expressa uma DIRETRIZ da Assistência Social, elencada no rol
do art. 5º.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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c) Certa. Essa assertiva realmente expressa um OBJETIVO da Assistência Social, que é o que
o enunciado da questão pede (art. 2º, inciso I, alínea d).
d) Errada. A referida alternativa tenta confundir o candidato. Na verdade, a garantia de um
salário-mínimo dirige-se à Pessoa com Deficiência (de qualquer idade) OU ao idoso, mesmo
que sem deficiência, desde que comprovem a real necessidade. A alternativa é errada porque
exige que o beneficiário seja “idoso com deficiência”, misturando as características dos dois
beneficiários.
Letra c.

005. (2016/BANCA DO ÓRGÃO/PREFEITURA DE FORTALEZA (CE)/EDUCADOR SOCIAL) De


acordo com a Lei n. 8.742/1993, Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), assinale a asserti-
va correta sobre a assistência social.
a) É política de seguridade social não contributiva, que provê os mínimos sociais.
b) É política de seguridade social contributiva, que atende à cobertura dos eventos de doença,
invalidez, morte e idade avançada.
c) Não se constitui como política pública de seguridade social.
d) É realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública que dispensam
a participação da sociedade.

a) Certa. Art. 1º da LOAS.


b) A Assistência Social é o segmento da Seguridade Social que não depende de nenhuma con-
tribuição para funcionar.
c) A Assistência Social é, sim, uma política pública de assistência social (art. 1º). Graças a isso,
existe hoje a Política Nacional de Assistência Social.
d) O conjunto integrado de ações ocorre por parte do Poder Público e da sociedade. Por isso
mesmo, esse conjunto de iniciativas é INTEGRADO.
Letra a.

006. (2018/BANCA DO ÓRGÃO/PREFEITURA DE FORTALEZA (CE)/DIVERSAS ESPECIALI-


DADES) Com base na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), assinale a afirmativa correta
sobre o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
a) No CRAS é ofertada, prioritariamente, a proteção social especial.
b) O CRAS é unidade pública estadual, de base territorial.
c) O CRAS é localizado em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social.
d) O CRAS é destinado especialmente aos indivíduos que sofreram violação de direitos e rom-
peram vínculos familiares.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

a) Errada. No CRAS, a prioridade dirige-se à Proteção Social Básica, como sustentamos em aula.
b) Errada. O Cras é uma unidade pública MUNICIPAL, conforme a LOAS.
c) Certa. Art. 6º-C, § 1º.
d) Errada. Quando a violação de direitos já ocorreu, e o rompimento de vínculos familiares tam-
bém já se consumou, entra em jogo a Proteção Social Especial, ofertada prioritariamente pelo
CREAS, não pelo CRAS.
Letra c.

007. (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA (PI)/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PSICÓ-


LOGO) A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência
social que, segundo a Lei Orgânica da Assistência Social − LOAS,
a) aciona e mapeia, obrigatoriamente, os Conselhos Tutelares de cada Estado encaminhando
os casos para as Varas Especializadas.
b) avalia e diagnostica, apenas, portadores de doenças mentais e suas vulnerabilidades.
c) identifica, com exclusividade, regiões de risco de desabamento nas encostas que sejam
urbanizadas.
d) previne e encaminha, unicamente, situações envolvendo o idoso carente de assistência mé-
dico-hospitalar.
e) identifica e previne situações de risco e vulnerabilidade.

Conforme o art. 2º, inciso II, a Vigilância Socioassistencial, que é um objetivo da Assistência
Social de status legal (pois não é previsto pela Constituição), “visa a analisar territorialmente a
capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimi-
zações e danos”. Ora, analisar a capacidade das famílias não teria outra utilidade senão para
que eventuais rompimentos ou vulnerabilidades sejam evitadas, preventivamente. As demais
assertivas não conservam nenhuma relação direta com o sentido de vigilância socioassisten-
cial, eis que foram criadas fantasiosamente pelo examinador.
Letra e.

008. (2015/EXATUS-PR/PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO (RJ)/ASSISTENTE SOCIAL) A


Política Pública de Assistência Social, conforme dispõe a Lei Orgânica da Assistência Social
(LOAS) e outras normativas, organiza-se tipos de proteção. Nesse sentido, entende-se por pro-
teção social básica:
a) a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de
vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu

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território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais


de proteção social às famílias.
b) o conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contribuir para a recons-
trução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimento das poten-
cialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situa-
ções de violação de direitos.
c) a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à pres-
tação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou
social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas
da proteção social.
d) o conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a
prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencia-
lidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

a) Errada. O referido conceito é do CRAS.


b) Errada. O referido conceito é de Proteção Social Especial. Lembre-se:
FORTALECIMENTO das Potencialidades: Proteção Social Especial
DESENVOLVIMENTO das Potencialidades: Proteção Social Básica
c) Errada. O referido conceito é de CREAS.
d) Certa. Este é o conceito legal de Proteção Social Básica (art. 6º-A, inciso I).
Letra d.

009. (2013/FUNCAB/IF-RR/ASSISTENTE SOCIAL) A Assistência Social é um direito do cida-


dão e dever do Estado, instituído pela Constituição Federal de 1988. A partir de 1993, com a
publicação da Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS, assumiu o caráter de:
a) Ação Focalizada.
b) Intervenção Setorial.
c) Sistema Colaborativo.
d) Administração Social.
e) Política Social.

Conforme o art. 1º, a Assistência Social assume caráter de Política de Seguridade Social. As
demais alternativas não possuem nenhum fundamento jurídico.
Letra e.

010. (2018 BANCA DO ÓRGÃO/PREFEITURA DE FORTALEZA/CE/DIVERSAS ESPECIALI-


DADES) Conforme a Lei n. 12.435, de 6 de julho de 2011, que altera a Lei n. 8.742/1993, Lei

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Orgânica da Assistência Social (LOAS), são de atendimento àquelas entidades que, de forma
continuada, permanente e planejada:
a) prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o forta-
lecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários.
b) prestam serviços e executam programas ou projetos de formação e capacitação de lideran-
ças, dirigidos ao público da política de Assistência Social.
c) prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação so-
cial básica ou especial, dirigidos às famílias e aos indivíduos em situações de vulnerabilidade
ou risco social e pessoal.
d) prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa
e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cida-
dania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa
de direitos, dirigidos ao público da política de Assistência Social.

a) Errada. Essas seriam as entidades de assessoramento (art. 3º, § 2º).


b) Errada. Essas seriam as entidades de assessoramento (art. 3º, § 2º).
c) Certa. Art. 3º, § 1º.
d) Errada. Essas seriam as entidades de defesa e de garantia de direitos (art. 3º, § 3º).
Letra c.

011. (2014/FUNCAB/PREFEITURA DE RIO BRANCO (AC)/AGENTE ADMINISTRATIVO) A


Lei Orgânica da Assistência Social/LOAS regulamenta o aspecto de política pública dado pela
Constituição de 1988 à assistência social e estabelece normas e critérios para a sua organi-
zação no âmbito do território brasileiro. Um dos princípios definido pela LOAS encontra-se na
alternativa:
a) proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.
b) primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em
cada esfera de governo.
c) universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial al-
cançável pelas demais políticas públicas.
d) participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
e) descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
e comando único das ações em cada esfera de governo.

a) Errada. Trata-se de um OBJETIVO.


b) Errada. Trata-se de uma DIRETRIZ.

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c) Certa. Realmente esse é um princípio (art. 4º, inciso II).


d) Errada. Trata-se de uma DIRETRIZ.
e) Errada. Trata-se de uma DIRETRIZ.
Certo.

012. (2014/CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LE-


GISLATIVO ÁREA XXI) No que se refere à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), julgue o
próximo item.
Conforme a LOAS, é responsabilidade do Estado conduzir a política de assistência social em
cada esfera de governo, cabendo ao Estado assegurar as condições financeiras, institucionais
e políticas necessárias à materialização dessa política.

Essa responsabilidade, inclusive, é uma diretriz da Assistência Social no Brasil (art. 5º, inciso III).
Certo.

013. (2014/CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/CONSULTOR LE-


GISLATIVO ÁREA XXI) No que se refere à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), julgue o
próximo item.
Consideram-se entidades de atendimento de assistência social aquelas que, de forma conti-
nuada, permanente e planejada, prestem serviços e concedam benefícios de proteção social
básica ou especial aos indivíduos e às famílias em situações de vulnerabilidade ou risco social
e pessoal.

Literalidade do art. 3º, § 1º.


Certo.

014. (2010/CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ÁREA DE SERVIÇO SO-


CIAL) Considerando a Lei n.º 8.742/1993, denominada Lei Orgânica de Assistência Social
(LOAS), julgue o item que se segue.
A descentralização político-administrativa e o comando único inscritos na LOAS constituem
diretrizes cuja finalidade é transferir às instâncias municipais o poder de execução sob o co-
mando único do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Realmente, a descentralização político-administrativa das ações socioassistenciais é uma di-


retriz constante da LOAS. Contudo, a finalidade dessa diretriz é totalmente o contrário do que
sugere a afirmação. Na verdade, o Ministério da Cidadania somente COOORDENA as ações
socioassistenciais. Uma ideia de comando único é materialmente o contrário de descentrali-

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zação, o que seria, de fato, uma Centralização. Registre-se que o poder de execução pertence
a todos os entes federados, embora, em maior grau, seja exercido pelos Municípios.
Errado.

015. (2016/FAURGS/TJ-RS/PEDAGOGO JUDICIÁRIO) As proteções sociais básica e espe-


cial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes
públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS, res-
peitadas as especificidades de cada ação. Sobre essa previsão da Lei Orgânica da Assistência
Social (Lei n. 8.742/93/LOAS), é possível afirmar que
a) proteção especial é aquela a ser oferecida em todos os territórios, destinada à articulação
dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços,
programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias.
b) o CREAS é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, des-
tinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco
pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções espe-
cializadas da proteção social especial.
c) o CRAS e o CREAS não necessitam ser unidades exclusivamente públicas estatais instituí-
das no âmbito do SUAS; podem ser implementados em parcerias com a sociedade civil.
d) o CRAS tem função específica de interface com as demais políticas públicas de articulação,
não sendo de sua competência a oferta de serviços, programas, projetos e benefícios da as-
sistência social.
e) a proteção básica tem atribuição de prestar o Serviço de Proteção e Atendimento Especiali-
zado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), ofertado no CREAS.

a) Errada. A afirmativa se contradiz ao dizer que a Proteção Especial consiste na prestação de


serviços de proteção social básica às famílias.
b) Certa. Art. 6º-C, § 2º.
c) Errada. O CRAS e o CREAS, embora integrem o SUAS ao lado de entidades privadas autoriza-
das na forma da lei, são órgãos estatais (integrantes de entes federados).
d) Errada. A própria natureza do CRAS é inerente à propagação da Assistência Social.
e) Errada. Por tal programa ser de Atendimento “Especializado”, ele se insere no campo da Pro-
teção Social Especial, não no da proteção social básica. A afirmativa poderia ser descartada
com raciocínio semântico.
Letra b.

016. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 8.742/93, a União apoiará financeiramente o


aprimoramento à gestão descentralizada dos serviços, programas, projetos e benefícios de
assistência social, por meio do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do Sistema Único de

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Assistência Social (Suas), para a utilização no âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distri-
to Federal, destinado, sem prejuízo de outras ações a serem definidas em regulamento, a:
I – medir os resultados da gestão descentralizada do Suas, com base na atuação do gestor
estadual, municipal e do Distrito Federal na implementação, execução e monitoramento dos
serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação
intersetorial.
II – incentivar a obtenção de resultados qualitativos na gestão estadual, municipal e do Distrito
Federal do Suas.
III – calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federados a título de apoio
financeiro à gestão do Suas.
a) I e II
b) I, II e III
c) II e III
d) III, apenas
e) I e III

Item I: Certo. Art. 12-A, inciso I.


Item II: Certo. Art. 12-A, inciso II.
Item III: Certo. Art. 12-A, inciso III.
Letra b.

017. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 8.742/93, no âmbito da Assistência Social, com-
pete à União:
I – cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços,
os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional.
II – atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência
III – efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral
a) I, II e III
b) II e III
c) I, apenas
d) II, apenas
e) I e III

Item I: Errado. Compete à União (art. 12, inciso II).


Item II: Errado. Compete aos Estados (art. 13, inciso III). Perceba que se o entendimento fosse
em conjunto com os Estados, e não com os Municípios, o item estaria correto.

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Item III: Errado. Compete aos Municípios e ao Distrito Federal (art. 15, inciso II e 14, inciso II,
respectivamente).
Certo.

018. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social.
Compete ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política
Nacional de Assistência Social expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Na-
cional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS).

Literalidade do art. 19, inciso XIII.


Certo.

019. (INÉDITA/2022) Conforme a Lei n. 8.742/93, analise a afirmativa a seguir.


No âmbito da Assistência Social, compete aos Estados responder pela concessão e manuten-
ção dos benefícios de prestação continuada definidos no art. 203 da Constituição Federal.

Tal competência pertence à União (art. 12, inciso I).


Errado.

020. (INÉDITA/2022) Julgue a afirmação a seguir com base na Lei Orgânica da Assistên-
cia Social.
As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre gover-
no e sociedade civil, são o Conselho Nacional de Assistência Social, os Conselhos Estaduais
de Assistência Social, o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal e os Conselhos
Municipais de Assistência Social.

Trata-se da literalidade do art. 16 e seus incisos.


Certo.

021. (2018/CESPE/EBSERH/PEDAGOGO) A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),


junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades socioterritoriais, visando seu en-
frentamento. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), são princípios demo-
cráticos que regem a PNAS
O respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de
qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação
vexatória de necessidade.

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Trata-se do princípio insculpido no art. 4º, inciso III, da LOAS.


Certo.

022. (2018/FCC/CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL/CONSULTOR TÉCNICO-


-LEGISLATIVO/ASSISTENTE SOCIAL) A atualização da Lei Orgânica de Assistência Social,
por meio da Lei n. 12.435/2011, considera como entidade e organização de assistência social
sem fins lucrativos, aquelas que prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários, e
também aquelas que atuam para defesa e garantia de direitos. Sendo assim, uma organização
sem fins lucrativos de assessoramento é aquela que atua para
a) a gestão da política de assistência social.
b) a execução de projeto social.
c) a articulação junto à outros órgãos públicos.
d) a promoção da cidadania dos usuários da política.
e) o fortalecimento dos movimentos sociais.

A questão limita-se a cobrar a definição da organização sem fins lucrativos de assessoramen-


to, que consta da regra literal e conceitual do art. 3º, § 2º, que dispõe:

São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam ser-
viços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos mo-
vimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos
ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.
As demais alternativas coletaram elementos conceituais das organizações de atendimento e
de defesa e garantia de direitos (§§ 1º e 3º do art. 3º), misturando-os, com vistas a confundir
o candidato.
Letra e.

023. (2018/CESPE/EBSERH/PEDAGOGO) A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),


junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades socioterritoriais, visando seu en-
frentamento. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), são princípios demo-
cráticos que regem a PNAS
A divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como
dos recursos oferecidos pelo poder público e os critérios para sua concessão.

Trata-se do princípio literalmente expresso no art. 4º, inciso V, da LOAS.


Certo.

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024. (2019/BANCA DO ÓRGÃO/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Pela Lei Orgânica da As-


sistência Social, são de assessoramento aquelas entidades que, de forma continuada, perma-
nente e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios
de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de
vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações
do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18.

Tal definição pertente às entidades de atendimento (art. 3º, § 1º). A questão limita-se a cobrar
a definição da organização sem fins lucrativos de assessoramento, que consta da regra literal
e conceitual do art. 3º, § 2º, que dispõe:

São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam ser-
viços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos mo-
vimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos
ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.
Errado.

025. (2018/CESPE/EBSERH/ASSISTENTE SOCIAL) De acordo com a Política Nacional de


Assistência Social (PNAS), a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e suas respectivas
alterações e a Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente.
A gestão das ações na área de assistência social organiza-se de forma centralizada e partici-
pativa, estando essas características previstas no Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

Na verdade, a organização das ações socioassistenciais é descentralizada e participativa.


Confira o que dispõe o caput do art. 6º da LOAS:

A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descen-
tralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes
objetivos: (...).
Errado.

026. (2018/CESPE/EBSERH/PEDAGOGO) A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),


junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades socioterritoriais, visando seu en-
frentamento. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), são princípios demo-
cráticos que regem a PNAS
A supremacia do atendimento das exigências de rentabilidade econômica sobre o atendimen-
to às necessidades sociais.

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O art. 4º, inciso I, estabelece como princípio a supremacia do atendimento às necessidades


sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica.
Errado.

027. (2020/CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/SERVIÇO SOCIAL) Considere os seguin-


tes objetivos.
I – proteção à velhice
II – vigilância nutricional e orientação alimentar
III – promoção da integração ao mercado de trabalho
IV – acesso universal e igualitário
V – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas
De acordo com a legislação da seguridade social vigente, são objetivos da assistência social
no Brasil apenas
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e V.
e) IV e V.

Somente o conteúdo dos itens I e III respalda-se no texto literal do art. 2º, inciso I e alíne-
as da LOAS.
Letra b.

028. (2020/FUNDEP/PREFEITURA DE BARÃO DE COCAIS/MG/COORDENADOR/CRAS/


CREAS) São diretrizes explicitadas na Lei n. 8.742, de 7 de novembro de 1993 (LOAS), exceto:
a) Descentralização político-administrativa para os estados, o Distrito Federal e os municípios,
e comando único das ações em cada esfera de governo.
b) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
c) Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em
cada esfera de governo.
d) Universalização do acesso aos benefícios e serviços ofertados pela política de assistên-
cia social.

Todas as alternativas, exceto a letra “d”, correspondem ao texto literal dos incisos do art. 5º da
LOAS. A letra “d” corresponde a um princípio (art. 4º, II, LOAS).
Letra d.
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029. (2020/IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA/ES/ASSISTENTE SOCIAL) De acordo com


a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n.. 8.742/93), a organização da assistência social tem
como base as seguintes diretrizes:
I – descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
e comando único das ações em cada esfera de governo.
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
III – primazia da responsabilidade do Município na condução da política de assistência social.
Está(ão) correta(s):
a) somente I.
b) somente II.
c) somente I e II.
d) somente II e III.
e) I, II e III.

I – Certo. É a diretriz constante do art. 5º, inciso I da LOAS.


II – Certo. É a diretriz constante do art. 5º, inciso II da LOAS.
III – Errado. Tal item não tem respaldo na legislação, quer como diretriz, quer como objetivo,
quer como princípio da Assistência Social. Afinal, é diretriz da Assistência Social a primazia
da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera
de governo.
Letra c.

030. (2020/INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO/RS/ADVOGADO DO


CREAS/SUAS) Consoante a LOAS (Lei n. 8.742/93), assinale a alternativa que apresenta uma
das diretrizes da organização da assistência social.
a) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
b) Concentração político-administrativa entre Estados e União, e comando único das ações em
cada esfera de governo.
c) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza,
garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais.
d) Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que pro-
porcionem sua integração às demais gerações.
e) Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

a) Certa. É a diretriz do art. 5º, inciso II da LOAS.


b) Errada. É diretriz a descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Fede-
ral e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo (art. 5º, I, LOAS).
c) Errada. Trata-se de princípio (art. 4º, IV, LOAS).
d) Errada. Tal item não é princípio, objetivo ou diretriz, conforme a LOAS.
e) Errada. Tal item não é princípio, objetivo ou diretriz, conforme a LOAS.
Letra a.

031. (2021/CETREDE/PREFEITURA DE FRECHEIRINHA/CE/ASSISTENTE SOCIAL) Sobre a


Lei Orgânica da Assistência Social/Lei 8.742/93/que dispõe sobre a Organização da Assistên-
cia Social e dá outras providências, leia a afirmativa a seguir.
A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema
descentralizado e participativo. É integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conse-
lhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas
por esta Lei.
Esta sentença se refere ao
a) Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
b) Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
c) Sistema Único de Assistência Social/SUAS.
d) Conselho Federal de Serviço Social.
e) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

De acordo com o art. 6º, § 2:

o Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pe-
las entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta Lei.
Ademais, o caput do art. 6º dispõe:

A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentra-
lizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas) (...).
Letra c.

032. (2021/PS CONCURSOS/PREFEITURA DE JACINTO MACHADO/SC/ASSISTENTE SO-


CIAL) De acordo com a Lei de n. 8.742 de 07 de dezembro de 1993, assinale a alternativa cor-
reta do que são consideradas entidades de atendimento:
a) São entidades de atendimento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada,
prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortale-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

cimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de


lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social,
b) São entidades de atendimento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada,
prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e
efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidada-
nia, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de
direitos dirigidos ao público da política de assistência social.
c) São entidades de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente
e planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de
prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulne-
rabilidade ou risco social e pessoal.
d) São entidades de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e
planejada, prestam serviços, executam programas ou projetos dirigidos apenas a famílias e
indivíduos com direitos violados.
e) São entidades de atendimento aquelas que, de forma continuada, isolada e pontual prestam
serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento
dos movimentos sociais construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento
das desigualdades sociais, de defesa de direitos dirigidos ao público da política de assistên-
cia social.

A questão explorou os parágrafos conceituais do art. 3º (§§ 1º, 2º e 3º). Confira-os:

§ 1º São de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada,


prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação social bá-
sica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social e
pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18.
§ 2º São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam
serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos mo-
vimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos
ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.
§ 3º São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada,
prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efeti-
vação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfren-
tamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos
ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.
Letra c.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

033. (2021/FUNDATEC/PREFEITURA DE TRAMANDAÍ/RS/ASSISTENTE SOCIAL) As-


sinale a alternativa INCORRETA acerca da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei n.
8.742/1993.
a) A assistência social tem por objetivo a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução
de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente o amparo às crianças e aos
adolescentes carentes.
b) Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos
que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários
abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos.
c) A assistência social rege-se pela diretriz da supremacia do atendimento às necessidades
sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica.
d) A assistência social rege-se pelo princípio da universalização dos direitos sociais, a fim de
tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas.

a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Trata-se do objetivo constante do art.
2º, inciso I.
b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Trata-se da regra literal do art. 3º, caput.
c) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta. A supremacia do atendimento às necessi-
dades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica é um princípio, e não um obje-
tivo (art. 4º, inciso I).
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Trata-se do princípio constante do art. 4º,
inciso II.
Letra c.

034. (2021/GSA CONCURSOS/PREFEITURA DE SALTINHO/SC/ASSISTENTE SOCIAL) De


acordo com o artigo primeiro da LOAS a Assistência Social, direito do cidadão e dever do
Estado, é:
a) Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada atra-
vés de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento
às necessidades básicas.
b) Política Pública com a finalidade de prestar assistência aqueles que contribuíram por no
mínimo 12 meses e que não tenham meios de prover seu sustento.
c) Política de Segurança Social realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública
e da sociedade, para garantir o atendimento às famílias com renda de até 1 salário mínimo.
d) Política de Proteção Social que provê os mínimos sociais para garantir o atendimento às
necessidades básicas.

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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

Eis a regra do caput do art. 1º da LOAS:

A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não con-
tributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
Letra a.

035. (2021/FUNDATEC/PREFEITURA DE TRAMANDAÍ/RS/EDUCADOR SOCIAL) Segundo a


Lei Orgânica da Assistência Social, a gestão das ações na área de assistência social fica orga-
nizada pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos:
I – Estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manu-
tenção e expansão das ações de assistência social.
II – Definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais.
III – Separar a rede pública da rede privada de serviços, programas e projetos de assistên-
cia social.
Quais estão corretas?
a) Apenas II.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) I, II e III.

I – Certo. É o objetivo do SUAS constante do art. 6º, inciso III.


II – Certo. É o objetivo do SUAS constante do art. 6º, inciso IV.
III – Errado. Na verdade, é objetivo do SUAS integrar a rede pública e privada de serviços, pro-
gramas, projetos e benefícios de assistência social (art. 6º, inciso II).
Letra b.

036. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) é legalmente concei-
tuado como registro público com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar
informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica das
famílias de baixa renda. Não é legalmente prevista sua forma eletrônica.

O conceito apresentado pelo item está quase igual ao previsto no art. 6º-F da LOAS. Seu erro
está na afirmação de que não é prevista sua forma eletrônica. Afinal, o referido dispositivo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

enuncia: “Fica instituído o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚ-
nico), registro público eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disse-
minar informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica
das famílias de baixa renda”. Ademais, o § 1º do dispositivo prevê a possibilidade de cadastro
eletrônico, nos termos de regulamento.
Errado.

037. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
As famílias de baixa renda poderão inscrever-se no CadÚnico apenas por meio eletrônico.

Apesar de a modalidade eletrônica do cadastro ter sido instituída pelo art. 6º-F, incluído à LOAS
pela Lei 14.284/2021, tal forma não é exclusiva. O cadastro em unidades presenciais continua
a ser possível, conforme o § 1º desse dispositivo: “As famílias de baixa renda poderão inscre-
ver-se no CadÚnico nas unidades públicas de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 6º-C desta Lei
[Cras e Creas] ou, nos termos do regulamento, por meio eletrônico”.
Errado.

038. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
A inscrição no CadÚnico é facultativa para acesso a programas sociais do Governo Federal.

A Lei n. 14.284/2021, a partir da inclusão do § 2º do art. 6º-F, determinou a obrigatoriedade de


tal inscrição, para fruição dos programas sociais do Governo Federal. Veja o que ele dispõe:
“A inscrição no CadÚnico é obrigatória para acesso a programas sociais do Governo Federal”.
Errado.

039. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
A inscrição no CadÚnico é obrigatória para acesso a programas sociais do Governo Federal.

Trata-se da literalidade do disposto no art. 6º-F, § 2º, da LOAS, incluído pela Lei n. 14.284/2021.
Certo.

040. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos

As unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência


Especializado de Assistência Social (Creas) são incumbidas de operacionalizar cadastros no
CadÚnico, quando o usuário não puder fazê-lo por meio eletrônico.

O § 1º do art. 6º-F prevê essa competência do Cras e do Creas, para os casos em que o cadas-
tramento eletrônico não for possível, quer por falta de regulamento, quer por falta de condições
financeiras ou informacionais do usuário.
Certo.

Gustavo Deitos
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do Tribunal Superior do
Trabalho (Gabinete de Ministro).
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região.
Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.

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SERVIÇO SOCIAL
Fundamentos Históricos e Teórico-
Metodológicos do Serviço Social

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
SERVIÇO SOCIAL
Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social
Kamilla Silva

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social..............................................5
1. Introdução ao Tema.....................................................................................................................................................5
2. Origem................................................................................................................................................................................5
3. Histórico do Serviço Social no Brasil...............................................................................................................5
4. Grupos Pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social..............................................................7
5. O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo e a Necessidade de uma Formação
Técnica Especializada para a Prestação da Assistência. ..........................................................................8
6. O Serviço Social e a Sistematização da Atividade Social.....................................................................9
7. Campos de Ação e Prática dos Primeiros Assistentes Sociais..................................................... 10
8. Movimento de Reconceituação.. ....................................................................................................................... 10
9. A Renovação do Serviço Social sob a Autocracia Burguesa. .............................................................11
9.1. Seminário de Teresópolis – 1970.. .................................................................................................................14
10. O Legado da Reconceituação...........................................................................................................................18
11. O Serviço Social na Contemporaneidade................................................................................................... 22
Resumo................................................................................................................................................................................25
Referências........................................................................................................................................................................26

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SERVIÇO SOCIAL
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Kamilla Silva

Apresentação
Oiiiiieeee, futura(o) concursada(o)!
Espero que esteja bem e com saúde! Bora estudar!!! Para quem ainda não me conhece,
meu nome é Kamilla Santos da Silva. Atualmente sou servidora efetiva da Equipe Interprofis-
sional Forense do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, mestra em Direitos Humanos pelo
PPGIDH da UFG, membra do Coletivo Rosa Parks (FCS/UFG), do Comitê de Igualdade Racial
do TJGO e faço parte do GRAN CURSOS, estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro
digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha.
Eu já fui “concurseira raiz” e digo pra você que é possível (SIM!) passar em um concurso,
façam diversas provas em diversas esferas e temas, isso é muito importante para o acúmulo
de seu repertório de concurso, encare toda prova como uma oportunidade de também apren-
der! Façam muitaaaas questões e se errarem busquem entender onde erraram, afinal é com os
erros que aprendemos!
Eu e todo a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você
surpreenda a Banca examinadora e não, o contrário.
É por isso que esse material vai te ajudar a chegar à posse.
Sendo assim, estude a matéria de Serviço Social com afinco e planejamento. E acredite:
estudar serviço social também é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível ir para
as provas sem ler esse material. Então, aproveite!

DICA
Experimente usar o método pomodoro de estudo que consiste
em dividir o seu tempo em blocos, para que você tenha total con-
centração em cada um deles. Exemplos: 25 min de concentra-
ção e 5 min de descanso; 30 minutos de concentração e 10 min
de descanso; 45 minutos de concentração e 15 minutos de des-
canso; 60 minutos de concentração e 20 minutos de descanso;
Organize o seu espaço de estudos;
Escolha um local iluminado;
Escolha um lugar reservado ou peça colaboração com o silên-
cio enquanto você estuda;
Separe tudo o que vai precisar durante o bloco de tempo
de estudo;
Mantenha bebidas e comidas distante (eu seiiiii, difícil né?);
Beba água;
Desligue ou coloque o celular em outro espaço;

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Caso use o celular para pesquisa, desligue as notificações


e resista aquela olhadinha no WhatsApp ou Instagram você
pode fazer isso durante as pausas;)
Utilize post-it para anotações, marcadores coloridos e anota-
ções em seu caderno e/ou apostilas;
Ouça músicas que te ajude na concentração;
Leia em voz alta;
LEMBRE-SE que não há método perfeito, cada um utiliza aqui-
lo que se adequa melhor e desenvolve aquele que se adequa
melhor ao seu perfil e modo de vida!

👍
Então, teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital desserviço Social, buscando
sua sonhada aprovação. Colocarei questões de bancas de concursos anteriores, bem como
criarei questões inéditas para que você fique preparado para surpresas do examinador.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Vamos começar?
Com afeto,
Kamilla Silva
@kamormilla

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-


METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL
1. Introdução ao Tema
Galera esse é um tema importante e presente nos concursos de Serviço Social. Aqui vamos
falar da origem do |Serviço Social e seu desenvolvimento enquanto profissão no decurso da his-
tória. O estudo desse tema requer um diálogo com as três dimensões do Serviço Social, ou seja, a
dimensão teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, estas que são indissociáveis.

Então, vamos lá!

2. Origem
A origem do Serviço Social está datada do final do século XIX em Nova Iorque nos Esta-
dos Unidos da América. Nesse momento surgem no ano de 1920 iniciativas particulares hoje
conhecidas como protoformas do Serviço Social. Já em 1930 o desenvolvimento das protofor-
mas compreendem Estado, empresas e igreja.
O surgimento do Serviço Social se dá junto ao aparecimento das Classes sociais, quais
sejam burguesia e proletariado. Inicialmente esses profissionais têm a função de controlar a
classe operária, uma vez que surge na iniciativa privada como uma espécie de vocação.

3. Histórico do Serviço Social no Brasil


A gênese do Serviço Social Brasileiro na década de 30 está no ideário católico, era o que
balizava as ações dos profissionais. Com a emergência da questão social a ordem burguesa
se sente ameaçada. Em 1938 é criado o Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS) o qual
realizou os serviços sociais, de forma filantrópica, do proletariado ora emergente.

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Com a legitimação e institucionalização do Serviço Social, em 1942 surge a LBA, o SENAI e


o SENAC, em 1943 a CLT e em 1946 o SESI, SESC, Fundação Leão XIII e ABESS. É no trato com
as pessoas carentes da época que se entende que o objeto de trabalho do Serviço Social são
as expressões da questão social.
O ideário católico encarava a questão social como um problema moral e religioso tendo
os cidadãos como clientes, utilizando caridade e repressão para manutenção das relações de
dominação, através do Tomismo e o neotomismo.

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Nas décadas de 40 e 50 há uma fusão da doutrina católica com o positivismo, esse último
que dá suporte técnico-científico e a mediação das ciências sociais. Nesse momento o Serviço
Social Brasileiro experimentava uma fragmentação, experimentação e ajustes do seu modo de
trabalho com a finalidade de conservar a ordem burguesa.
Nos anos 60 o serviço social adota metodologias de trabalho, quais sejam
1. Serviço Social de caso: abordagem individual
2. Serviço Social de grupo: abordagem grupal
3. Serviço Social de comunidade: Abordagem sistêmica

4. Grupos Pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social


A participação do clero no controle direto do operariado industrial remonta do surgimento
das primeiras grandes unidades industriais, em fins do século passado (XIX). É viva a presença
de religiosos no próprio interior dessas unidades, que muitas vezes possuíam capelas pró-
prias, onde diariamente os trabalhadores eram obrigados a assistir a missa e outras liturgias.
No plano sindical, com o apoio patronal, desenvolvem iniciativas assistenciais e organizacio-
nais visando contrapor-se ao sindicalismo autônomo de inspiração anarco-sindicalista.
No contexto internacional, o surgimento da primeira nação socialista (antiga União Soviéti-
ca – URSS) e a efervescência do movimento popular operário em toda a Europa caracterizam
o contexto de surgimento das primeiras escolas de serviço social naquele continente. A ques-
tão social vinha à tona e com ela a necessidade de procurar soluções para resolvê-la, senão
minorá-la.
As instituições assistenciais que surgem nesse momento, como a Associação das Se-
nhoras Brasileiras (1920) no Rio de Janeiro, e a Liga das Senhoras Católicas (1923), em São
Paulo, possuem já – não apenas ao nível da retórica – uma diferenciação face às atividades
tradicionais de caridade. Possuem um aporte de recursos e potencial de contatos no âmbito
do Estado que lhes possibilita o planejamento de obras assistenciais de maior envergadura e
eficiência técnica.
O surgimento dessas instituições dá-se dentro da primeira fase do movimento de “reação
católica”, da divulgação do pensamento social da Igreja e da formação das bases organiza-
cionais e doutrinárias do apostolado laico. Tem em vista não o socorro aos indigentes, mas já
dentro de uma perspectiva embrionária de assistência preventiva, de apostolado social, aten-
der e atenuar determinadas sequelas do desenvolvimento capitalista, principalmente no que
se refere a menores e mulheres. É nesse período, também que a incorporação da mulher à
força de trabalho urbana deixa de ser “privilégio” das famílias operárias, passando a atingir
também a parcelas da pequena burguesia.
Em 1922 é fundada a Confederação Católica – precursora da Ação Católica – que objetiva
centralizar politicamente e dinamizar esses primeiros embriões de apostolado laico.

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5. O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo e a Necessidade de


uma Formação Técnica Especializada para a Prestação da Assistência

O CEAS – considerado manifestação original do serviço social no Brasil, surge em 1932,


com o incentivo e sob o controle da Igreja Católica.
Surge a partir da necessidade de dar maior rendimento às iniciativas e obras promovidas
pela filantropia das classes dominantes paulistas sob o patrocínio da Igreja e de dinamizar a
mobilização do laicado.
O objetivo central do CEAS será o de promover a formação de seus membros pelo estudo
da doutrina social da igreja e fundamentar a sua ação nessa formação doutrinária e no conhe-
cimento aprofundado dos problemas sociais.
Há também uma clareza quanto ao sentido novo dessa ação social, se tratará de intervir
diretamente junto ao proletariado para afastá-lo de influências subversivas.
Até dezembro de 1932, o CEAS fundou quatro centros operários onde suas propagandis-
tas, por meio de aulas de tricô e trabalhos manuais, conferência, conselhos sobre higiene, etc.,
procuraram interessar e atrair as operárias e entrar assim em contato com as classes trabalha-
doras, estudar-lhes o ambiente e necessidades.
Aceitando a uma idealização de sua classe sobre a vocação natural da mulher para as
tarefas educativas e caridosas, essa intervenção assumia, aos olhos dessas ativistas, a cons-
ciência do posto que cabe a mulher na preservação da ordem moral e social e o dever de torna-
rem-se aptas para agir de acordo com suas convicções e suas responsabilidades.
Paralelamente, sua posição de classe lhes faculta um sentimento de superioridade e tutela
em relação ao proletariado, que legitima a intervenção.
Mas, por que uma associação que reúne moças da sociedade se ocuparia de problemas
da classe operária? Essa iniciativa é também legitimada e é explicável – ela se baseia num
sentimento profundo de justiça social e de caridade cristã, que leva aquelas que dispõem de
tempo e de meios a auxiliarem as classes sociais mais fracas a formar suas elites, para que
estas também possam cumprir eficientemente o seu dever. Elas mostram a essas elites como
deverão se organizar para defender a família e a classe operária contra os ambiciosos e os
agitadores que exploram seu trabalho ou a sua ignorância.
Em 1936 é fundada a Escola de Serviço Social de São Paulo, a primeira desse gênero a
existir no Brasil. A partir daí, inicia-se uma demanda por quadros habilitados por essa forma-
ção técnica especializada, partindo de determinadas instituições estatais.
Através da lei n. 2.497 de 24/12/1935 foi criado o Departamento de Assistência Social do Es-
tado, primeira iniciativa desse gênero no Brasil. Nesse sentido, quando em 1936 é fundada pelo
CEAS a primeira escola de serviço social, esta não pode ser considerada como fruto de uma ini-
ciativa exclusiva do movimento católico laico, pois já existe presente uma demanda – real ou po-
tencial – a partir do Estado, que assimilará a formação doutrinária própria do apostolado social.

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É importante situar que ocorre um processo de “mercantilização” dos portadores daquela


formação técnica especializada que se traduz na sua transformação em força de trabalho que
pode ser comprada. O portador dessa qualificação não mais necessariamente será uma moça
de sociedade devotada ao apostolado social. Progressivamente se transformará num compo-
nente de força de trabalho, possuindo uma determinada qualificação, englobada na diferença
social e técnica do trabalho.

6. O Serviço Social e a Sistematização da Atividade Social


Naquele momento histórico, a cidade do Rio de Janeiro, além de ser o mais antigo polo
industrial da região sudeste – tendo perdido há pouco para São Paulo a condição de principal
conglomerado industrial – é o grande centro de serviços, contando com numeroso proletaria-
do. É ainda, a maior cidade do país, capital federal onde se concentra a administração federal
e os principais aparatos da igreja católica, os grandes bancos. Por essas condições é a cidade
onde mais se desenvolveu a infraestrutura de serviços básicos, inclusive serviços assisten-
ciais com forte participação do Estado. A diferença de São Paulo, verifica-se uma participação
mais intensa das instituições públicas e o apoio ainda mais explícito da alta administração
federal e da cúpula hierárquica da igreja católica e do movimento católico laico.
A primeira semana de ação social do Rio de Janeiro (1936) é considerado um marco para
a introdução do serviço social na capital da república. Naquele momento a Igreja recomenda a
tutela estatal para a classe operária, ao mesmo tempo em que reclama liberdade de ação para
o desenvolvimento de sua ação social e o subsídio do Estado para ela.
A necessidade de formação técnica especializada para a prática de assistência é vista não
apenas como uma necessidade particular ao movimento católico. Tem-se presente essa ne-
cessidade, enquanto necessidade social que não apenas envolve o aparato religioso, mas tam-
bém o Estado e o empresariado. A visão da possibilidade de profissionalização do apostolado
social é dada de forma sutil, na medida em que se encarece a necessidade de colaboradores
para as obras particulares e se prevê a demanda de pessoal permanente para as instituições
oficiais e patronais, reconhecendo nessas duas instâncias socialmente habilitadas a possibi-
litar esse empreendimento.
No ano de 1936 é realizado o primeiro curso “intensivo de serviço social”, com a duração de
três meses constando de uma série de palestras sobre temas sociais, legais, educacionais e mé-
dicos, com ênfase para o problema da “infância abandonada”. Paralelamente, realizou-se um cur-
so prático de serviço social, para cuja realização foram requisitadas as duas primeiras assistentes
sociais paulistas recém-formadas na Bélgica. Em 1938, começa a funcionar sob orientação leiga
o curso regular da Escola Técnica de Serviço Social, que diploma sua primeira turma em 1941.
No decorrer da década de 40 surgem várias escolas de serviço social nas capitais dos
estados, sendo que quatorze delas enviam representação ao I Congresso Brasileiro de Serviço
Social, realizado em 1947.
A existência de assistentes sociais diplomados se limitará por um longo período quase
apenas ao RJ e SP, sendo que mesmo aí, seu número é pouco significativo. (a demanda por
assistentes sociais era maior do que o número de profissionais disponíveis).

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7. Campos de Ação e Prática dos Primeiros Assistentes Sociais


Começa a ser notado um certo alargamento da base de recrutamento das alunas das es-
colas; deixa assim de ser um privilégio das classes médias, para abarcar crescentemente par-
celas da pequena burguesia urbana. Vão se colocar para as assistentes sociais desta época
o problema do mercado de trabalho mas, de luta pelo reconhecimento da profissão e pela
exclusividade, pelos diplomados, de inúmeras vagas que foram se abrindo no serviço público
ou instituições paraestatais e autarquias, no campo dos serviços sociais.
Os centros familiares organizados pelo CEAS, a partir do convênio com o departamento de
serviço social do Estado, começaram a funcionar a partir de 1940 nos bairros operários; estes
centros deveriam se constituir como modelos de prática do serviço social. Sua finalidade seria
a de “separar as famílias das classes proletárias, prevenindo sua desorganização e decadência
e procurando elevar seu nível econômico e cultural por meio de serviços de assistência e edu-
cação” (atividades desempenhadas: plantão, visitas domiciliares, bibliotecas infantis, reuniões
educativas, curso primário, curso de formação familiar, restaurante para os operários).
Enquanto pesquisadores sociais se dedicarão através de inquéritos familiares, a diversos
levantamentos nos bairros operários, pesquisando as condições de moradia, situação sanitária
econômica e moral (situação civil, promiscuidade, alcoolismo, desocupação, etc.) do proletariado.
Nas primeiras experiências em serviço social de empresa, os profissionais atuarão, em
geral, na racionalização dos serviços assistenciais ou na sua implantação, assim como em ati-
vidades de cooperativismo, ajuda mútua e organização de lazeres educativos. Paralelamente,
interferirão crescentemente nos encaminhamentos necessários a obtenção dos benefícios da
legislação social junto aos órgãos de previdência.
No campo do serviço social médico, as iniciativas são ainda extremamente embrionárias.
Estarão ligadas inicialmente à puericultura e à profilaxia de doenças transmissivas e hereditárias.
A atuação prática desenvolvida pelos primeiros profissionais estará, assim, voltada essen-
cialmente para a organização da assistência, para a educação popular e para a pesquisa social.

8. Movimento de Reconceituação
Ocorre nos anos 70, tendo como marcos os congressos de Araxá (teoria) e Teresópolis
(metodologia).
A vertente modernizadora buscou a laicização do serviço Social de forma positivista tor-
nando-se uma modernização conservadora, já que era funcional à classe dominante. A feno-
menologia inseriu o diálogo neste trabalho.
A reatualização do conservadorismo ocorre em 1979 com o congresso da virada onde os
trabalhadores estavam na mesa. Nos anos 80 a vertente marxista ao se aproximar do marxis-
mo incorpora o conceito de sociedade de classes. Essa aproximação é inicialmente precária
do ponto de vista teórico, mas bem posicionada do ponto de vista sócio-político. Nesse mo-
mento ocorre também a aproximação dos movimentos sociais.

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A intenção de ruptura com o tradicionalismo ocorre também durante os anos 80, quando
são adotados novos aportes prático-operativo. Sendo o método Bh um deles.
É também nos anos 80 que o Serviço Social atinge a sua maioridade intelectual, a a partir
do livro Relações Sociais e Serviço Social (1982) no Brasil da Profa. Marilda Iamamoto e Raul
Carvalho que se dá uma real aproximação com o marxismo.
A partir daí a teoria marxista aparece de forma hegemônica e os cursos de pós-gradua-
ção são responsáveis por uma grande produção de conhecimento. É também na década de
80 que os profissionais de Serviço Social passam a se organizar de forma coletiva através de
representações profissionais. Em 1986 é editado o primeiro código de ética que materializa a
intenção ruptura que o conjunto hegemônico de profissionais considera primordial, por tudo
isso a década de 80 passa a ser um momento de maturação do Serviço Social Brasileiro. No
entanto, o conservadorismo não foi superado até os dias atuais.
A partir de 1988 esses profissionais deixam de ser meros executores e a passam a partici-
par do planejamento e gestão. Com a LOAS em 1993 também surgem novas demandas para
os profissionais de Serviço Social.
A partir da década de 90 com a subordinação das políticas sociais à política econômica,
o neoliberalismo inaugura o filantropismo, a solidariedade, seletividade e focalização de servi-
ços sociais. Nesta década também se enfrenta alguns desafios como mudanças no mundo do
trabalho e aumento do desemprego, desmonte das políticas sociais. Apesar disso, o Serviço
Social alcança um nível de maturidade intelectual considerado importante.
Em 1993 é editado o atual código de ética, a Lei de Diretrizes Curriculares em 1996, a lei
que regulamenta a profissão em 1993.

9. A Renovação do Serviço Social sob a Autocracia Burguesa


No decorrer dos anos 60 aos 80, a renovação aparece como uma resposta construída pelos as-
sistentes sociais na rede de relações que se colocam na interação profissionalidade e sociedade.

A vigência do Serviço Social “tradicional” envolve amplíssimas camadas da categoria profis-


sional e uma não desprezível, parcela das agências de formação (Escola de Serviço Social);
estas mostram-se inteiramente defasadas em face das requisições socioprofissionais postas
pela dinâmica da sociedade brasileira.

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O mercado nacional de trabalho aponta para uma extensão quantitativa da demanda por
assistentes sociais. Até a década de 50, esse mercado era geograficamente localizado nos
dois grandes eixos industriais: RJ/SP.
A constituição desse mercado nacional se deu a partir do surgimento de:
• Organizações de filantropia;
• Média e grandes empresas monopolistas;
• Empresas estatais

O maior empregador continua sendo o Estado (municipal/estadual/federal). Mesmo consi-


derando a retração das políticas públicas.
*Mudança de perfil profissional: um novo perfil demandado pelo mercado de trabalho, que
as condições novas postas pelo quadro macroscópio da autocracia burguesa (ditadura militar)
faziam emergir; exige-se um assistente social “moderno”, com um desempenho onde traços
tradicionais são deslocados e substituídos por procedimentos “racionais”.
Ressalta-se então, a necessidade de alteração do padrão de formação dos assistentes
sociais (política educacional da ditadura): rompimento do confessionalismo/paroquialismo/
provincianismo, aspectos que caracterizaram o ensino do Serviço Social.
A laicização (perda progressiva da hegemonia religiosa) é um dos elementos caracteriza-
dores da renovação do Serviço Social sob a autocracia burguesa; nesse movimento renovador
é instaurado um pluralismo profissional que se caracteriza através;
• Da diferenciação da categoria profissional (antes impossibilitado pelo monolitismo
religioso);
• Da disputa pela hegemonia (forças profissionais na luta/defesa de seus projetos);
• Da criação de canais de organização da categoria (canalização dos projetos
socioprofissionais);

O autor aqui assinala uma característica própria das relações sociais: o caráter contraditó-
rio dos fenômenos; instaurando condições para uma formulação do Serviço Social de acordo
com as suas necessidades e interesses, a autocracia (ditadura) criou simultaneamente um
espaço onde se inscrevia a possibilidade de se gestarem alternativas às práticas e às concep-
ções profissionais que ela demandava. (os fenômenos não se apresentam unilateralmente,
eles tem sempre uma outra face, como a moeda, por exemplo).
A renovação do Serviço Social aparece sob todos os aspectos como avanço, mesmo nas
vertentes em que as concepções herdadas do passado não são essencialmente colocadas em
pauta, registra-se uma articulação que lhes confere uma arquitetura, que procura oferecer mais
consistência à ordenação de seus componentes internos.
O autor vai sublinhar que seu interesse diz respeito a tematização especial da renovação
no plano de suas elaborações ideais, destacadamente o esforço realizado para a validação
teórica (literatura profissional difundida nacionalmente entre 65 e 85). Ou seja, Paulo Netto se
debruçou sobre as produções elaboradas pelo Serviço Social no decorrer dessas duas déca-
das para capturar as representações que se fazia sobre a profissão.

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A produção teórica é que revela mais acentuadamente o processo renovador do Serviço


Social no Brasil e que contribui para oferecer no plano intelectual, um contrapeso à subalterni-
dade profissional. Um dos traços mais salientes é a ênfase na análise crítica do próprio Serviço
Social (pesquisas que visam a investigação sobre o fazer profissional).
Quatro processos indicativos do processo de renovação:
• Instauração de um pluralismo teórico ideológico e político deslocando uma sólida tra-
dição de monolitismo ideal (Se, anteriormente não ocorriam divergências internas no
meio profissional, podemos sem dúvida afirmar que essa característica provém da base
confessional/ influência religiosa no nascimento da profissão);
• Polêmica teórico-metodológica sintonizadora com as discussões das Ciências Sociais;
• Constituição de segmentos de vanguarda na profissão (investigação/pesquisa).

Erosão do Serviço Social “Tradicional “no Brasil:


• A abordagem comunitária (desenvolvimento de comunidade – fins dos anos 50 e início
dos anos 60) não significa a transcendência do tradicionalismo mas, contém vetores
que apontam para sua ultrapassagem;
• Disciplinas sociais que sensibilizam o profissional para problemáticas macrossociais,
abrindo assim uma fenda num horizonte de preocupações basicamente microssociais
(essa influência se deu a partir da inserção das escolas das escolas de Serviço Social
no âmbito das universidades);
• Inserção em equipes multiprofissionais (o que irá possibilitar um olhar mais qualitativo
sobre os fenômenos com os quais lida o profissional).

Vertentes profissionais no interior das práticas de desenvolvimento de Comunidade (D.C.):


• Uma corrente que extrapola para o D.C. os procedimentos e representações tradicionais
apenas alterando o âmbito de suas intervenções;
• O D.C. visto a partir de uma perspectiva macrossocietária, supondo mudanças socioeco-
nômicos a partir do ordenamento capitalista;
• D.C. como instrumento de um processo de transformação social, conectado à libertação
social das camadas subalternas.
• O Golpe Militar de abril de 1964 abortou, via a neutralização dos protagonistas sócio-po-
líticos, os segmentos profissionais comprometidos com a democratização da socieda-
de e do Estado. As outras duas correntes encontrarão espaço para seu florescimento
(são respectivamente a perspectiva de “reatualização do conservadorismo e a perspec-
tiva modernizadora”).

As direções da renovação do Serviço Social no Brasil:

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1ª) PERSPECTIVA MODERNIZADORA (esforço de adequar o Serviço Social enquanto ins-


trumento de intervenção inserido no arsenal de técnicas sociais a serem operacionalizados no
marco das estratégias de desenvolvimento capitalista, às exigências postas pelos processos
sócio-políticos emergentes no pós 64. (A expressão de suas ideias são encontradas nos Se-
minários de Araxá – 1967 e Teresópolis – 1970). É o vetor de renovação que mais fundamente
influenciou/influencia a massa da categoria profissional.
Essa perspectiva aceita como dado inquestionável a ordem sócio-política instaurada pela di-
tadura e busca dotar a profissão de referências e instrumentos capazes de responder às deman-
das que se apresentam nesse momento. A congruência com a ditadura traz para o Assistente
Social a abertura de espaços sócio profissionais nas instituições e organizações estatais e para
estatais submetidas à racionalidade burocrática das reformas produzidas pelo Estado ditatorial.
A crise desta vertente profissional vai estar conectada também à crise da ditadura militar,
a partir da Segunda metade da década de 70, com a reorganização da sociedade civil (movi-
mento operário/popular). A ocorrência da redução de sua importância intelectual tem a ver
com a mudança no cenário sócio-político da sociedade brasileira e também com a demanda
de segmento da categoria profissional.
Seminário de Araxá (Cidade de Araxá/Minas Gerais em 1967)
Seminário de Teorização do Serviço Social – promovido pelo CBCISS.
O autor sublinha o fato de que foi no âmbito desse encontro que a perspectiva moderniza-
dora foi formulada por seus participantes.
Tanto no documento de Araxá quanto no de Teresópolis (1970), Paulo Netto encontra um
consenso em torno do olhar sobre a profissão; ela é considerada um instrumento profissional
de suporte às políticas de desenvolvimento.
A concepção de subdesenvolvimento aparece como etapa de um processo cumulativo
que, se submetidas a intervenções racionais e planejadas, seria ultrapassada (visão etapista).
No documento de Araxá não há qualquer análise/polemização acerca do conteúdo das
políticas sociais, assim como a noção ideológica da “participação” dos comunitários (manipu-
lação, visando a sua integração).
O autor sublinha que o referencial estrutural-funcionalista – apesar de não ter sido assumi-
do no documento – é que informa o mesmo. Há uma tentativa de escamotear essa teoria com
a operacionalidade técnica.
As chamadas “disfunções” colocam-se como objeto de intervenção justamente porque o
equilíbrio do sistema guarda potencial para corrigi-las e mesmo preveni-las. Segundo a con-
cepção profissional expressa nesse documento as disfunções mostram-se passíveis de reso-
lução no marco da ordem capitalista.

9.1. Seminário de Teresópolis – 1970


O autor chama nossa atenção para o fato de que a perspectiva modernizadora se cristaliza
enquanto visão de profissionalidade/sociedade nesse seminário, isso pode ser compreendido
via o momento que vivíamos, ou seja, de recrudescimento do regime militar.

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No documento de Teresópolis o dado relevante é que a perspectiva modernizadora se afir-


ma não só como concepção profissional geral, mas sobretudo como pauta interventiva.
Paulo Netto indica José Lucena Dantas como o ideólogo que mais produziu e mais influen-
ciou a categoria profissional; sua construção teórica e prática profissional foram essenciais à
cristalização dessa perspectiva no Brasil. Lucena Dantas defendeu uma tese – nesse encontro
– de que a prática do Serviço necessitava desenvolver-se e adquirir um nível mínimo de cien-
tificidade. Segundo ele, o método profissional do Serviço Social se constitui a partir de duas
categorias básicas, à saber, o diagnóstico e a intervenção planejada.
José Paulo Netto ao analisar Dantas, conclui que as problemáticas ideológicas são esca-
moteadas, com o seu deslocamento para o terreno burocratizado da instrumentalidade técni-
co-profissional.
Em relação ao objeto de intervenção do Assistente Social, Lucena indicará serem as situa-
ções sociais-problemas advindas do processo de desenvolvimento. Há aqui, no dizer de José
Paulo Netto, um redirecionamento da metodologia profissional tradicional (caso, grupo, comu-
nidade) em face às requisições tecnocráticas deste contexto histórico.
Paulo Netto chama-nos atenção para o fato de que “concepção científica da prática pro-
fissional” defendida por Lucena, “é efetivamente reduzida ao estabelecimento de conexões
superficiais entre dados empíricos da vida social e à intervenção metódica sobre eles”. Na ver-
dade, Netto diz que Lucena afirma ser “concepção científica do Serviço Social” nada mais é do
que “uma pauta interventiva cujo andamento pode ser objeto de acompanhamento, vigilância
e avaliação por parte das hierarquias institucional-organizacionais de corte tecnoburocrático”.
Seminário de Sumaré (1978) e do Alto da Boa Vista (1984): ocorre o deslocamento da
perspectiva modernizadora. O deslocamento da importância da perspectiva modernizadora
só pode ser entendida a partir da mudança no cenário sócio-político da sociedade brasileira a
partir da segunda metade da década de 70, com o surgimento do movimento sindical no ABC
Paulista, os movimentos grevista, o fim do bipartidarismo, etc. (Arena e MDB).
No entanto, Paulo Netto adverte que não se pode assegurar que, a partir daí, ocorreu a su-
pressão da perspectiva modernizadora dos quadros efetivos do Serviço Social no Brasil; o que
se registra é o seu deslocamento da arena central do debate e da polêmica. Até hoje em nos-
sa profissão é grande o número de assistentes sociais influenciadas por essa e/ou nenhuma
perspectiva teórica (ativismo irrefletido).
O autor sublinha que esses dois seminários não tiveram a mesma repercussão que os
outros dois anteriores; esse fato pode ser entendido a partir de dois aspectos: o primeiro de
cunho conjuntural, (conforme abordado anteriormente) e o segundo dizendo respeito ao surgi-
mento de outros organismos de expressão e representação da categoria profissional (dos seg-
mentos que compunham a perspectiva “intenção de ruptura”), o que viria deslocar o CBCISS
enquanto instituição que representava a categoria em seus seminários.

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Fica claro, segundo Netto, quando se lê os documentos dos encontros, a defasagem e a po-
breza teórica dos conteúdos. Estes estão absolutamente fora do compasso do movimento que
se instaurava no Serviço Social que se caracterizava pelas produções dos mestrados e pelo
nível de problematização operada no bojo do Serviço Social e de suas instâncias profissionais.
2ª) REATUALIZAÇÃO DO CONSERVADORISMO
Perspectiva assumida por parcela da categoria profissional que resiste ao processo de
laicização, recusando o rompimento com o estatuto de subalternidade da profissão; mostra-se
refratário às inovações trazidas pela perspectiva modernizadora. Repudia a vinculação positi-
vista contida na primeira perspectiva e a influência do pensamento crítico-dialético contida na
perspectiva “intenção de ruptura”.
Abraça a característica intimista da profissão, seus traços, microscópicos, condicionando
sua intervenção a uma visão de mundo derivada do pensamento tradicional (reclamam para si
a inspiração fenomenológica).
Destaque à dimensão da subjetividade (demanda que surge no meio profissional que se
caracteriza por ser fortemente psicologizante (ajuda psicossocial, compreensão).
Essa perspectiva do movimento de reconceituação pode ser remontada aos Seminários
de Sumaré e Alto da Boa Vista (respectivamente 1978 e 1984) e se dá a partir da contribuição
fundamental de Ana Augusta de Almeida em sua obra “Possibilidades e limites da teoria do
Serviço Social”.
A crítica à herança positivista, em grande estilo, é uma tônica dessa literatura profissional “...
ao tratar os fatos sociais como coisas, rejeitamos o que é da ordem das significações, das inten-
cionalidades, das finalidades, dos valores, enfim, tudo aquilo que constitui a face interna da ação”.
Faz-se necessário – para essa perspectiva renovadora – que se desloque a explicação,
(própria dos paradigmas positivas e neopositivistas) pela compreensão, ao “pensamento cau-
sal” quer substituir “um pensamento não-causal, o fenomenológico, cujo quadro de referência
não é a explicação, mas a compreensão.
Paulo Netto sublinha que os valores que norteiam a prática profissional são cristãos; o
Serviço Social é posto como uma intervenção que se inscreve rigorosamente nas fronteiras da
ajuda psicossocial. O Serviço Social... se propõe a um desenvolvimento da consciência refle-
xiva de pessoas a partir do movimento dialético entre o conhecimento do sujeito como “ser no
Mundo” e o conhecimento do sujeito como “ser sobre o mundo” pág. 208).
Netto afirma que há nessa argumentação, uma dissolução das determinações de classe
nos processos societários. O que ocorre na formatação dessa perspectiva é o regresso ao que
há de mais tradicional e consagrado na herança conservadora da profissão: a recuperação de
seus “valores universais” e a centralização nas dinâmicas individuais (pág. 216)
3ª) INTENÇÃO DE RUPTURA (crítica sistemática ao desempenho tradicional do Serviço So-
cial em seus suportes teóricos, metodológicos e ideológicos; apresenta um padrão de análise
textual bastante produtivo (após a derrocada da ditadura).

Por que tão grande repercussão dessa perspectiva no meio dos Assistentes e Sociais?

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• As condições de trabalho da massa da categoria profissional (aviltamento dos salários,


aproximação das condições de vida dos usuários);
• Novo público recrutado para compor a base profissional (camadas médicas urbanas);
• Existência de um clima de efervescência nas universidades (quando houve a crise
da ditadura);
• Redemocratização da sociedade brasileira, com o protagonismo do movimento operário
e sindical.

Por que a denominação “Intenção de ruptura”?

Porque ainda existe um flagrante hiato entre a intenção de romper com o passado conser-
vador do Servidor Social e os indicativos práticos-profissionais para consumá-la (a tão conhe-
cida queixa acerca da dicotomia entre teoria e prática).
Essa perspectiva abrange dois momentos históricos diferenciados, à saber:
• Primeiro momento: Não dá para pensar essa perspectiva sem vinculá-la a inserção do
Serviço Social no circuito acadêmico-universitário.

Ela nasce e se desenvolve nos anos de 1972 a 1975 a partir de um grupo de jovens profissio-
nais da Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais; num momento poste-
rior o conteúdo dessa iniciativa ficou impresso no documento intitulado “método Belo Horizonte”.
Esses profissionais elaboraram uma crítica teórico-prática ao tradicionalismo profissional
e propõem em seu lugar uma alternativa global: uma alternativa que visa romper com o tradi-
cionalismo no plano teórico-metodológico, no plano da concepção e da intervenção profissio-
nais e no plano da formação.
O processo de constituição dessa alternativa, tanto no nível da elaboração teórica quanto
no da experimentação (via campos de extensão e estágios) foi interrompido em 1975, quando
uma crise leva à demissão dos seus principais formuladores e gestores, instaurando-se cir-
cunstâncias institucionais que impedem sua continuidade. Com essa crise ficou evidenciada a
fragilidade de sua divulgação junto à categoria profissional.
Importante considerar o momento histórico em que surge esse primeiro momento da pers-
pectiva “intenção de ruptura” ou seja, estamos vivendo um ditadura militar que buscou o silen-
ciar qualquer vestígios de oposição às ideias centrais do novo regime; é nesse contexto que se
torna importante situá-la enquanto movimento de resistência à ordem estabelecida.
Anos 70 (primeiro momento: tendência à partidarização; repõe em novas bases o testemu-
nho cristão/vocação (militantismo/compromisso com a classe trabalhadora (transformação
social). O messianismo (O Assistente Social vai iluminar e salvar a classe) sofre com a influên-
cia do marxismo acadêmico que nada mais foi do que a vulgarização da obra de Marx.
O compromisso do Assistente Social dava-se via alguns espaços de prática, como se de-
pendesse do lócus espacial, a definição do tipo de intervenção e intencionalidade profissional.

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A noção de classe oprimida utilizada pelo grupo da PUC-BH, pode ser compreendida como
um simplismo teórico e crítico-analítico; não se consegue vislumbrar a complexidade no que
se refere à constituição da classe; esta não pode ser analisada a partir da dicotomia classe
dominante x classe oprimida. (o fenômeno da classe é multifacetado; não são só aqueles que
são operários na fábrica de montagem!)
O objetivo meta do Serviço Social seria a transformação da sociedade e do homem, o que
equivale, segundo Paulo Netto num equívoco megalômano. (superestimação/hipertrofia da
prática profissional)
Segundo momento da perspectiva Intenção de Ruptura
A reflexão de Marilda Vilella Iamamotto configura a maioridade intelectual desta perspecti-
va; o seu texto “Legitimidade e crise do Serviço social “é o primeiro texto que caracteriza este
momento. Ao resgatar a obra de Marx, a autora pensa o Serviço social imbricado na lógica da
reprodução das relações sociais; essa imbricação se dá em direção a dois níveis de análise:
• A análise da instituição profissional no bojo da totalidade das relações sociais da ordem
burguesa e,
• A análise do Serviço social na particularidade da formação social brasileira.

Marilda inscreve a prática profissional no terreno das intermediações entre as classes so-
ciais fundamentais; é só nesse campo mediador que o Serviço social existe como profissão
e tem determinadas suas alternativas de ação. O Serviço social é situado no processo de
reprodução das relações sociais; fundamentalmente é uma atividade auxiliar e subsidiária no
exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe dominante. Junto à classe
trabalhadora porém, participa também, ao lado de outras instituições sociais, das respostas
legítimas de sobrevivência desta classe face às suas condições de vida, dadas historicamente.
Intenção de ruptura e modernidade
Iamamoto enriqueceu o debate profissional com um elenco de núcleos temáticos e pro-
postas crítico-analíticas que tornaram contemporâneo das polêmicas e alternativas do univer-
so cultural mais avançado da área das ciências sociais.
É ela que repercute produtivamente no Serviço social, as questões referentes à dinâmica
contraditória e macroscópica da sociedade, apanhadas numa angulação que põe em causa a
produção social (com ênfase na crítica da economia política), que ressalta a importância da
estrutura social (com o privilégio da análise das classes sociais e suas estratégias), que pro-
blematiza a natureza do poder político (com a preocupação com o Estado) e que se interroga
acerca das especificidades das representações sociais (papel das ideologias).

10. O Legado da Reconceituação


Marilda chama nossa atenção para o fato desse fenômeno (movimento de reconceitua-
ção) ter ocorrido particularmente na América Latina.
A característica comum nesses países foi a crítica ao tradicionalismo profissional; englo-
bando a estrutura teórica, técnica e política deste fazer. No bojo dessa crítica global está inse-
rida a recusa do colonialismo cultural, teórico, político que esses países sofriam por parte dos
países capitalistas centrais.

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Os atores que contribuíram para fazer avançar esse processo foram: setores da igreja cató-
lica, movimento estudantil, artistas, movimentos docentes, partidos afinados ideologicamente
com a democracia, etc.
Uma outra ordem de preocupação desse movimento, foi o de politizar a ação profissio-
nal, conectando-a ao projeto de ‘libertação dos oprimidos”, via uma transformação radical da
sociedade; outra perspectiva assumida era com a delimitação de um campo científico para o
Serviço Social (a necessidade de circunscrição de um objeto e metodologia próprios).
A universidade foi chamada então, à repensar seu processo de formação profissional na
direção de: qualificação dos agentes, incentivo à pesquisa e produção de conhecimentos, estí-
mulo ao debate contemporâneo em consonância com a realidade social.
A autora sinaliza que a renovação profissional inicia-se nos marcos da política desenvolvi-
mentista (JK – 50 anos em 5), passando pelo crivo da ditadura militar, pelo contexto de rede-
mocratização da sociedade brasileira (iniciado em 1979), sendo ainda hoje, caracterizado por
um processo.
O movimento de reconceituação teve três claras perspectivas, as quais foram denomina-
das pelo Prof. José Paulo Netto:
• Perspectiva modernizadora (tendência funcionalista);
• Reatualização do conservadorismo (tendência fenomenológica);
• Perspectiva de intenção de ruptura (influenciada pelo marxismo).

A tendência – intenção de ruptura – foi a que decisivamente criticou o processo históri-


co de subalternidade profissional, ao colocar em questão, os fundamentos que sustentavam
essa profissão.
Ocorre, entretanto, que o tipo de aproximação do Serviço social com o universo marxista,
originou alguns equívocos que marcaram acentuadamente nossa profissão.
Faz-se importante situar que essa influência iniciou-se num contexto extremamente des-
favorável ao livre debate; a ditadura militar estava atenta àquelas ideias e práticas sociais que
fossem discordantes do status quo de então. As ideias e conceitos de Marx foram conhecidos
através de manuais de divulgação do marxismo oficial; foi via o filtro da prática político-parti-
dária que o marxismo passou a influenciar o Serviço Social.
Essa influência, possível à época, trouxe problemas no que se refere:
• Identidade entre prática profissional e militância político-partidária. O compromisso polí-
tico, alimentado pela vontade dos agentes profissionais (VOLUNTARISMO) desconside-
rava o próprio movimento da História e a correlação de forças naquele momento;
• Recusa do espaço institucional, ou seja, desconsideração do papel e as demandas que
o Serviço social tinha que responder. O Estado ao demandar a ação profissional, está
requerendo que ele responda um mandato institucional; o assistente social não é pago
para fazer proselitismo político;

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A recusa da prática profissional ditada pela visão de que a instituição apenas reproduzia a
ideologia dominante – apontou para uma ruptura com o traço fundante da profissão, que é a
intervenção (contribuição teórica de Louis Althusser “Aparelhos ideológicos do Estado”).
A ação político-moral não ajudou no desvendamento dos fundamentos do tradicionalismo
profissional;
A autora sinaliza que ficou ausente nessa influência inicial, uma consciência teórica capaz
de desvendar as relações sociais na sua constituição contraditória. É a partir da consideração
de que a realidade/sociedade é contraditória, que podemos entender os limites e possibilida-
des à ação profissional.
A interlocução crítica com o conhecimento acumulado historicamente não se fez presente,
reduzindo em muito a capacidade explicativa/operativa da teoria social marxiana no entendi-
mento de nossa profissão na realidade brasileira.
A autora sublinha dois dilemas existentes até hoje em nosso meio; um elemento comum
entre eles é a ausência da perspectiva da História, vejamos:
FATALISMO: naturalização da vida social, onde nada é possível de ser feito; é uma leitura
perversa da profissão, que é considerada vítima de uma sociedade monoliticamente moldada.
Assistimos aqui a uma hipotrofia profissional, ou seja, ficamos aquém das possibilidades que
a realidade enseja.
MESSIANISMO: o profissional hipertrofia suas possibilidades para muito além, do que seu
mandato institucional lhe permite. Reside aqui a crença de que pensar a mudança é suficiente
para que ela ocorra (idealismo).
Nestas duas perspectivas o assistente social abre mão de suas prerrogativas, ao negar
as possibilidades de ação contidas na realidade social, segundo Marilda, o que pode estar se
revelando atrás destas duas leituras, é a incompetência de construir propostas profissionais
concernentes ao nosso tempo histórico; ficamos escondendo nossa não competência atrás
destes discursos.
Iamamoto sinaliza que a perspectiva “Intenção de Ruptura” consegue se tornar hegemô-
nica a partir do processo de redemocratização da sociedade brasileira (fins da década de 70
e início da década de 80). A partir daí, o caminho que passou a ser trilhado foi o de mergulhar
criticamente na história profissional, construindo uma reflexão sobre os fundamentos desta
profissão (essa contribuição foi inicialmente formulada por essa autora através dos livros:
“Crise e Legitimidade do Serviço Social” e “Serviço Social e relações sociais no Brasil’).
Aqui no Brasil então, o movimento de reconceituação nesta última década vem sendo ca-
racterizado a partir de uma relação de continuidade e ruptura (no campo marxista), que se
desdobrou na superação da própria reconceituação.

Porquê continuidade?

Por conta da retomada de um espírito essencialmente crítico no trato com o conservado-


rismo historicamente presente na profissão;

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Por conta do resgate da inspiração do próprio Marx no processo de desvelamento da reali-


dade social, inserindo aí nossa profissão.

Porquê ruptura?

Porque conseguimos construir uma crítica marxista ao próprio marxismo e dos fundamen-
tos do conservadorismo.
Porque temos conseguido redimensionar as interpretações acerca do significado social do
Serviço Social, numa busca de alargamento dos fenômenos a serem estudados e das requisi-
ções necessárias à tal intervenção.
Os eixos do debate do Serviço Social no campo da tradição marxista nesta década engloba
duas grandes temáticas, a saber:
• A crítica teórico-metodológica do conservadorismo e do marxismo vulgar; a partir daí
as questões do método, teoria e história são redimensionadas, apontando para uma
necessária revisão curricular;
• A análise crítica acerca dos fundamentos históricos de surgimento do Serviço Social
brasileiro. A profissão ressurge então enquanto estratégia de classe para a manutenção
de uma dada ordem social, entretanto, aponta também para a defesa de interesses da
classe trabalhadora ao intervir na execução das políticas públicas (é a contraditoriedade
das relações sociais que permite superarmos uma leitura unidirecional).

Aqui é articulada a concepção de que tanto o surgimento quanto o desenvolvimento da pro-


fissão esteve e estará sempre conectado ao movimento da realidade social brasileira, bem como
da intencionalidade de seus agentes (influência externa/interna na configuração profissional).
Importante considerar que nenhuma das outras duas perspectivas do movimento de re-
conceituação conseguiu tecer uma análise tão profundamente renovadora de nossa profis-
são neste país; essa impossibilidade é justificada pelo quadro teórico, político e técnico que
as subsidia.
Foi somente no interior da tradição marxista que se tornou possível o alargamento dos
eixos temáticos de estudo:
• A natureza do estado brasileiro na idade do monopólio; o significado das políticas so-
ciais no Estado capitalista; análise de conjuntura/correlação de forças;
• O papel dos movimentos sociais no processo de redemocratização da sociedade brasileira;
• Democracia, cidadania e direitos sociais.

Iamamoto tece uma crítica em relação a atenção prestada pelos estudiosos/pesquisado-


res na área de Serviço Social: a concentração de estudos sobre o Estado e as políticas públicas
têm secundarizado o estudo sobre a sociedade civil e isto tem trazido problemas de ordem
teórico-metodológica para aqueles que abraçam a teoria marxiana como referência.

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A autora chama nossa atenção no que se refere aos limites de uma cidadania sob o marco
do capitalismo.
Se estudarmos e produzirmos textos, reflexões sobre os direitos de cidadania (e isso é
muito importante!), não podemos esquecer que a sociedade burguesa em sua essência não é
alterada (pelo contrário, muitas vezes é legitimada) no que tem de mais fundamental – concen-
tração de renda (uma das piores do mundo), grave exclusão social e desemprego estrutural. Os
direitos de cidadania não mexem num milímetro, na lógica deste sistema. Ao esquecermo-nos
dos atores demandatários de nossa ação, da sociedade civil, estaremos esquecendo que são
eles que podem desestruturar essa ordem social. Considerar que as políticas públicas são a
grande solução para a classe trabalhadora, é ficar de frente para o Estado e de costas para os
trabalhadores e os não trabalhadores (os que estão de fora do mercado formal de trabalho).
Iamamoto concluiu sinalizando que desconhecemos os modos de vida dos subalterniza-
dos; eles, que são os protagonistas da História, são menosprezados pelo Serviço Social. Se
quisermos ganhar visibilidade e legitimidade (vale a pena lembrar que nossa profissão não foi
demandada pelo conjunto de trabalhadores), temos que buscar conhecer suas condições de
vida, trabalho, cultura, formas de resistência. Trazer esse conhecimento para o campo investi-
gativo e interventivo.

11. O Serviço Social na Contemporaneidade


A autora chama a atenção para o fenômeno da globalização que produz um desemprego
estrutural (não emprego forçado), o subemprego, ampliando sobremaneira a exclusão de am-
plíssimas camadas da população mundial. É verificado assim, o agravamento das múltiplas
expressões da questão social, base sócio histórica da requisição social da profissão. No âmbi-
to do processo de trabalho do assistente social, é possível atestar o crescimento da demanda
por serviços sociais, o aumento da seletividade no âmbito das políticas sociais, a diminuição
dos recursos, dos salários, a imposição de critérios mais restritivos nas possibilidades da po-
pulação ter acesso aos direitos sociais, materializados em serviços sociais políticos.
O quadro sócio histórico da sociedade brasileira atravessa e conforma o cotidiano do exer-
cício profissional do assistente social, afetando as suas condições e as relações de trabalho,
assim como as condições de vida da população usuária dos serviços sociais.
O nosso desafio é o de inquirir a realidade buscando pelo seu deciframento, o desenvolvi-
mento de um trabalho pautado no zelo pela qualidade dos serviços prestados, na defesa da
universalidade dos serviços públicos, na atualização dos compromissos ético-políticos com
os interesses coletivos da população usuária.
A autora ressalta seu primeiro pressuposto que é a indispensabilidade de rompermos com
uma visão endógena, focalista, uma visão “de dentro” do serviço social, prisioneira em seus
muros internos. Alargar os horizontes, olhar para mais longe, para o movimento das classes
sociais e do Estado em suas relações com a sociedade: não para perder as particularidades
profissionais, mas, ao contrário, para iluminá-las com maior nitidez. Extrapolar o Serviço Social
para melhor apreendê-lo na história da sociedade da qual ele é parte e expressão.

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Isso é uma pré-condição para que se possa captar as novas mediações e requalificar o
fazer profissional, identificando suas particularidades e descobrir alternativas de ação.
Um dos desafios do assistente social é o de desenvolver sua capacidade de decifrar a re-
alidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a
partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só
executivo. Hoje, o próprio mercado demanda, além de um trabalho na esfera da execução, a
formulação de políticas públicas e a gestão de políticas sociais.
É preciso, segundo a autora, enxergar a profissão não como o mero emprego, enxergar a ação
de um sujeito profissional que tem competência para propor, para negociar com a instituição os
seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e funções profissionais.
Iamamoto acentua que as possibilidades estão dadas na realidade, mas não são automa-
ticamente transformadas em alternativas profissionais. Cabe aos profissionais apropriarem-se
dessas possibilidades e, como sujeitos, desenvolvê-las transformando-as em projetos e frentes
de trabalho. Essa compreensão é muito importante para se evitar uma atitude fatalista do pro-
cesso histórico e, por extensão, do serviço social. Tal visão determinista e a-histórica da realidade
conduz a acomodação, a rotinização do trabalho, ao burocratismo e a mediocridade profissional.
Entretanto, também é necessário evitar a perspectiva do messianismo profissional em que
se enfatiza uma visão heroica do serviço social que reforça unilateralmente a subjetividade
dos sujeitos, a sua vontade política sem confrontá-la com as possibilidades e limites da reali-
dade social.
O segundo pressuposto é a consideração de que o serviço social é uma especialização do
trabalho, uma profissão particular inscrita na divisão social e técnica do trabalho coletivo da
sociedade. E quando o Estado se “amplia”, passando a tratar a questão social não só pela coer-
ção, mas buscando um consenso na sociedade, que são criadas as bases históricas de nossa
demanda profissional. Ora, se isso é verdade, as mudanças que vêm ocorrendo no mundo do
trabalho e na esfera estatal, em suas relações com a sociedade civil, incidem diretamente so-
bre os rumos do desenvolvimento dessa profissão na sociedade.
O processo de compra e venda da força de trabalho especializada em troca de um salário
faz com que o serviço social ingresse no universo da mercantilização, no universo do valor.
A profissão produz serviços que atendem as necessidades sociais, isto é, tem valor de uso,
uma utilidade social.
Na esfera do Estado, no campo da prestação dos serviços sociais, o assistente social pode
participar do processo de redistribuição da mais valia, via fundo público.
O terceiro pressuposto é de que o serviço social sendo trabalho, participa da produção/
reprodução da vida social. Quando se fala nessa produção/reprodução, não é apenas a dimen-
são econômica que é ressaltada, mas a reprodução das relações sociais de indivíduos, grupos
e classes sociais.
Relações sociais estas que envolvem poder, sendo relações de luta e confronto entre as
classes e segmentos sociais, que tem no Estado uma expressão condensada da trama do
poder vigente na sociedade.

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É isso galera!!!!!
Se você gostou do material ou tem críticas, dá um retorno, bem como também poste suas
dúvidas lá no fórum. Estou esperando você por lá!
Abreijos!!!!!

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RESUMO
Nessa aula, você deve fixar os seguintes pontos:
• A origem do Serviço Social está datada do final do século XIX em Nova Iorque nos Esta-
dos Unidos da América;
• 1920: iniciativa particular;
• 1930: Estado + empresas + igreja;
• As encíclicas papais influenciaram o Serviço Social na década de 30;
• Função: controle da classe operária;
• Objeto: expressões da questão social;
• Década de 40 e 50: Doutrina Católica + Positivismo
• Nos anos 60 o Serviço Social tradicional começa a ser questionado;
• Anos 60: Interlocução com o marxismo;
• Anos 60: Movimento de reconceituação: Araxá e Teresópolis;
• Anos 60: modernização conservadora; positivista
• Anos 70: Fenomenologia;
• Anos 70: reatualização do conservadorismo;
• 1979 ocorre o congresso da virada;
• Anos 80: vert5ente marxista;
• Anos 80: intenção de ruptura;
• Anos 1982: Relações Sociais e Serviço Social;
• Anos 80: a teoria marxista aparece de forma hegemônica;
• Anos 80: produção de conhecimento através da pós-graduação;
• Anos: organização e representação profissional;
• 1986: Código ética;
• O conservadorismo não foi superado;
• 1988: os Assistentes Sociais deixam de ser meros executores e passam a participar do
planejamento e gestão;
• Anos 90: mudança no mundo do trabalho;
• Anos 90: desmonte das políticas sociais;
• 1993: código de ética;
• Anos 90: municipalização e descentralização de políticas sociais;
• Conhecimento é o principal instrumento de trabalho.
• Diálogo com as três dimensões do Serviço Social, ou seja, a dimensão teórico-metodo-
lógica, ético-política e técnico-operativa, estas que são indissociáveis.

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REFERÊNCIAS
IAMAMOTO. Marilda Vilela. O Serviço social na Contemporaneidade – Trabalho e formação
profissional. Ed. Cortez, São Paulo.

IAMAMOTTO, Marilda Vilella. Relações sociais e serviço social no Brasil – esboço de uma
interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Ed. Cortez/Celats

NETTO, José Paulo. Ditadura e serviço social.

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CÓDIGO DE ÉTICA
PROFISSIONAL
DO ASSISTENTE
SOCIAL
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SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
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Lei n. 8.662/1993
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Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Metodologia Utilizada...................................................................................................................................................3
Avaliação da Aula.............................................................................................................................................................3
Suporte...................................................................................................................................................................................4
Atribuições Privativas do Assistente Social. ...................................................................................................5
Carga Horária do Assistente Social.......................................................................................................................6
CFESS e CRESS..................................................................................................................................................................6
Competências do CFESS...............................................................................................................................................7
Competências do CRESS. . .............................................................................................................................................8
Peculiaridades sobre CFESS e CRESS..................................................................................................................9
Resumo.................................................................................................................................................................................12
Exercícios.............................................................................................................................................................................14
Gabarito................................................................................................................................................................................19
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................20

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Apresentação
Olá, querido (a) aluno (a)!
É uma grande honra fazer parte da sua preparação para este concurso. Sem dúvida, uma
ótima oportunidade para você ingressar no serviço público.
Explicarei para você todas as disposições da Lei n. 8.662/1993.
Elaborarei questões inéditas, abordando todo o conteúdo, para que não fique nenhum
ponto de vulnerabilidade no seu estudo e você possa treinar bastante, fixar os conteúdos
estudados e ter grande facilidade na hora de responder a prova!

Professora, com tantas matérias para estudar, devo mesmo dedicar tempo para estudar
a Lei n. 8.662/1993?

A resposta é SIM, não poderia ser diferente, você não pode negligenciar nenhuma matéria.
Mesmo que fosse somente uma questão cobrando o conhecimento dessa lei, ainda as-
sim, faria muita diferença no resultado.
São inúmeros os casos de concurseiros (as) que, pela diferença de uma questão, assu-
mem o cargo dos sonhos. O próximo pode ser você!
Feitas estas considerações preliminares, passaremos a proposta do curso.

Metodologia Utilizada
A ideia é de que este curso seja o único material que você precise utilizar na preparação
para o concurso, desse modo, foi elaborado com a preocupação de não deixar nenhuma lacuna.
Utilizaremos mapas mentais sempre forem mais eficientes para a compreensão do dis-
positivo legal, tendo em vista que criam “memória visual” e representam um estímulo cerebral
diferente durante o estudo.
Ao final de cada aula, estarão as questões comentadas que vão preparar você para en-
frentar a banca.

Avaliação da Aula
Querido(a) aluno(a), quero pedir-te uma gentileza rápida e fácil, peço que você avalie o
conteúdo desta aula. Caso você tenha gostado da forma pela qual apresentei os conteúdos,
avalie positivamente, seu like é muito importante!
Entretanto, se você não gostou da aula, envie sua crítica e/ou sugestão, ficarei grata em
saber a sua opinião e poder, com ela, melhorar.

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Suporte
Quando estudamos um conteúdo novo, dúvidas podem surgir, mas você não pode levá-
-las para a prova.
Por isso, sempre que você sentir necessidade utilize o FÓRUM DE DÚVIDAS para mandar
a sua pergunta, terei grande satisfação em respondê-lo o mais breve possível.
Vamos ao estudo!
Seja imparável!
#SouGran
LEI N. 8.662/1993

A Lei n. 8.662/1993 dispõe sobre a profissão de Assistente Social. É livre o exercício da


profissão de Assistente Social em todo o território nacional, observadas as condições esta-
belecidas em lei (refere-se, justamente, à Lei n. 8.662/1993, a qual estudaremos nesta aula).

Você sabe quem poderá exercer a profissão de Assistente Social?

Poderão exercer a profissão de Assistente Social:


• Os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social, oficialmente
reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior existente no País, devi-
damente registrado no órgão competente;
• Os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de graduação
ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em países estrangei-
ros, conveniado ou não com o governo brasileiro, desde que devidamente revalidado e
registrado em órgão competente no Brasil;
• Os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos vários ór-
gãos públicos.

Professora, o exercício da profissão de Assistente Social exige registro no conselho da


classe profissional?

Sim, o exercício da profissão de Assistente Social requer prévio registro nos Conselhos
Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação do interessado nos termos da Lei
n. 8.662/1993.
A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados na forma da
legislação vigente.

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Existem algumas competências que são atribuídas ao Assistente Social, você sabe quais
são elas?

São as seguintes, veja:


• Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administra-
ção pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;
• Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âm-
bito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil;
• Encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à
população;
• Orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar
recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos;
• Planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
• Planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realida-
de social e para subsidiar ações profissionais;
• Prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta,
empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas com a
área de atuação do Serviço Social
• Prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas
sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade;
• Planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de
Serviço Social;
• Realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços
sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e
outras entidades.

Atribuições Privativas do Assistente Social


Existem atribuições que são privativas do Assistente Social, são elas:
• Coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, pro-
gramas e projetos na área de Serviço Social;
• Planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;
• Assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas
privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
• Realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social;

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Lei n. 8.662/1993
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• Assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-gradu-


ação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso
de formação regular;
• Treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;
• Dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e
pós-graduação;
• Dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em
Serviço Social;
• Elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de con-
cursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos
conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
• Coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos
de Serviço Social;
• Fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;
• Dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas;
• Ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e
entidades representativas da categoria profissional.

Carga Horária do Assistente Social


Professora, qual a carga horária do Assistente Social?

A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas semanais.

CFESS e CRESS
Destaca-se que, foram alteradas as denominações do Conselho Federal de Assistentes
Sociais (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS), para, respectiva-
mente, Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselhos Regionais de Serviço So-
cial (CRESS).

 Obs.: Obs. 01
 Denominação Antiga: Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS).
 Denominação nova: Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).
 Obs. 02
 Denominação Antiga: Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS).
 Denominação Nova: Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).

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Lei n. 8.662/1993
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O CFESS e o CRESS constituem, em seu conjunto, entidade com personalidade jurídica e


forma federativa, com o objetivo básico de disciplinar e defender o exercício da profissão de
Assistente Social em todo o território nacional.
Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) são dotados de autonomia adminis-
trativa e financeira, sem prejuízo de sua vinculação ao Conselho Federal.
Além disso, cabe ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e aos Conselhos Regio-
nais de Serviço Social (CRESS), representar, em juízo e fora dele, os interesses gerais e indivi-
duais dos Assistentes Sociais, no cumprimento da lei 8.662/93.

Competências do CFESS
Você sabe quais são as competências do Conselho Federal de Serviço Social?

São competências do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão


normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições:
• Orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assis-
tente Social, em conjunto com o CRESS;
• Assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário;
• Aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de deliberação do con-
junto CFESS/CRESS;
• Aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais juntamente com os
CRESS, no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS;
• Funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional;
• Julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelos CRESS;
• Estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados;
• Prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou privados, em
matéria de Serviço Social;

 Obs.: A sede e o foro Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será no Distrito Federal.

O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins da lei 8.662/93 será dado nas
reuniões conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais, que inclusive fixarão os limites de sua
competência e sua forma de convocação.

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Competências do CRESS
Compete aos Conselhos Regionais de Serviço Social, em suas respectivas áreas de ju-
risdição, na qualidade de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes
atribuições:
• Organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o cadastro das
instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos;
• Fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva
região;
• Expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa;
• Zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como Tribunais
Regionais de Ética Profissional;
• Aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional;
• Fixar, em assembleia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos Assisten-
tes Sociais;
• Elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e aprovação do fórum
máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS.

 Obs.: Em cada capital de Estado, de Território e no Distrito Federal, haverá um Conselho


Regional de Serviço Social (CRESS) denominado segundo a sua jurisdição, a qual
alcançará, respectivamente, a do Estado, a do Território e a do Distrito Federal.

Dica para ajudar a diferenciá-los:

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Peculiaridades sobre CFESS e CRESS


Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles atuam não tenham possibi-
lidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser constituída uma delegacia subordinada
ao Conselho Regional que oferecer melhores condições de comunicação, fiscalização e orien-
tação, ouvido o órgão regional e com homologação do Conselho Federal.
Além disso, os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área de ju-
risdição, delegacias seccionais para desempenho de suas atribuições executivas e de primei-
ra instância nas regiões em que forem instalados, desde que a arrecadação proveniente dos
profissionais nelas atuantes seja suficiente para sua própria manutenção.
Ressalta-se que, a inscrição nos Conselhos Regionais sujeita os Assistentes Sociais ao
pagamento das contribuições compulsórias (anuidades), taxas e demais emolumentos que
forem estabelecidos em regulamentação baixada pelo Conselho Federal, em deliberação con-
junta com os Conselhos Regionais.
É atribuição das Unidades de Ensino credenciar e comunicar aos Conselhos Regionais de
sua jurisdição os campos de estágio de seus alunos e designar os Assistentes Sociais res-
ponsáveis por sua supervisão.

Você sabe quem poderá realizar estágio de Serviço Social?

Somente os estudantes de Serviço Social, sob supervisão direta de Assistente Social em


pleno gozo de seus direitos profissionais, poderão realizar estágio de Serviço Social.

 Obs.: É vedado o uso da expressão Serviço Social por quaisquer pessoas de direito público
ou privado que não desenvolvam competências e atribuições do Assistente Social.

As pessoas de direito público ou privado que não desenvolvam competências e atribui-


ções de Assistente Social e que se encontrem utilizando a expressão Serviço Social, terão o
prazo de 90 dias, a contar da data da vigência da lei em estudo, para processarem as mo-
dificações que se fizerem necessárias a seu integral cumprimento, sob pena das medidas
judiciais cabíveis.
Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos dispositivos da
lei 8.662/93:
• Multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente;
• Suspensão de 01 a 02 anos de exercício da profissão ao Assistente Social que, no âm-
bito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista
a gravidade da falta;

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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• Cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de


reincidência contumaz.

Provada a participação ativa ou conivência de empresas, entidades, instituições ou firmas


individuais nas infrações a dispositivos previstas na lei 8.662/93 pelos profissionais delas
dependentes, serão estas também passíveis das multas nela estabelecidas, na proporção de
sua responsabilidade, sob pena das medidas judiciais cabíveis.

 Obs.: No caso de reincidência na mesma infração no prazo de 02 anos, a multa cabível será
elevada ao dobro.

Você sabe quem tem competência para expedir a Carteira de Identificação Profissional?

A Carteira de Identificação Profissional será expedida pelos Conselhos Regionais de Ser-


viço Social (CRESS), e irá servir de prova para fins de exercício profissional e de Carteira de
Identidade Pessoal, além disso, terá fé pública em todo o território nacional.
As organizações que se registrarem nos CRESS irão receber um certificado que as habili-
tará a atuar na área de Serviço Social.

Você sabe com quais rendas será mantido o Conselho Federal de Serviço Social?

O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido:


• Por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS, em percentual a ser
fórum máximo de deliberação da profissão;
• Por doações e legados;
• Por outras rendas.

Professora, qual é a composição do CFESS e do CRESS?

O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço Social


(CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos:

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Além dos membros titulares, devem existir nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes
Sociais, por via direta, para um mandato de três anos, de acordo com as normas estabeleci-
das em Código Eleitoral aprovado pelo fórum.

Você sabe qual a composição das Delegacias Seccionais?

As delegacias seccionais contarão com três membros efetivos:

Também contarão com três suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais da área de
sua jurisdição.

O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão legitimidade para agir contra qualquer
pessoa que infringir as disposições que digam respeito às prerrogativas, à dignidade e ao
prestígio da profissão de Assistente Social.

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RESUMO
As atribuições dos Assistentes Sociais e as competências dos Conselhos devem ser me-
morizadas, portanto, é necessário que você as estude no corpo da aula.
Assim, neste resumo, destacarei algumas informações que também são relevantes, veja:
• O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio registro nos Conselhos Re-
gionais.
• A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados na forma da
legislação vigente.
• A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas semanais.
• Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) possuem autonomia administrativa
e financeira.
• Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles atuam não tenham pos-
sibilidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser constituída uma delegacia su-
bordinada ao Conselho Regional.
• Os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área de jurisdição,
delegacias seccionais.
• Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores:
− Multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente;
− Suspensão de 01 a 02 anos de exercício da profissão ao Assistente Social que, no
âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em
vista a gravidade da falta;
− Cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de reinci-
dência contumaz.
• O caso de reincidência na mesma infração no prazo de 02 anos, a multa cabível será
elevada ao dobro.
• O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido:
− Por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS, em percentual a
ser fórum máximo de deliberação da profissão;
− Por doações e legados;
− Por outras rendas.
• O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço
Social (CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos:
− Presidente
− Vice-Presidente
− Dois Secretários
− Dois Tesoureiros
− Três membros do Conselho Fiscal

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• Além dos membros titulares, devem existir nove suplentes.


• As delegacias seccionais contarão com três membros efetivos:
− Um Delegado.
− Um Secretário.
− Um Tesoureiro.
• Também contarão com três suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais da área de
sua jurisdição

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EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:
Constituem competências do Assistente Social:
I - Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração
pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares.
II - Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito
de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil.
III - Encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.

002. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


A duração do trabalho do Assistente Social é de __________ horas semanais. Assinale a alter-
nativa que completa corretamente o enunciado acima.
a) 20 (vinte).
b) 30 (trinta).
c) 40 (quarenta)
d) 44 (quarenta e quatro).

003. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


Constituem atribuições privativas do Assistente Social, exceto:
a) Coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, progra-
mas e projetos na área de Serviço Social.
b) Planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;
c) Assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta, apenas.
d) Realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a ma-
téria de Serviço Social;

004. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de
grau superior, o exercício das seguintes atribuições:
I – Orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente
Social, em conjunto com o CRESS;
II – Assessorar os CRESS em qualquer hipótese.

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III – Aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum mínimo de deliberação do conjunto
CFESS/CRESS;
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.

005. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins na lei 8.662/93 dar-se-á nas reuni-
ões _______________________, que inclusive fixarão os limites de sua competência e sua forma
de convocação. Assinale a alternativa que completa corretamente o período acima.
a) Dos Conselhos Federais.
b) Conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais.
c) Separadas dos Conselhos Federal e Regionais.
d) Extraordinária dos Conselhos Federal e Regionais.

006. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


Compete aos Conselhos Regionais de Serviço Social, em suas respectivas áreas de jurisdição,
na qualidade de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes atribuições:
I – Organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o cadastro das insti-
tuições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos.
II – Fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social, nacionalmente.
III – Expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.

007. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos dispositivos desta Lei:
I – Multa no valor de uma a três vezes a anuidade vigente;
II – Suspensão de um a dois anos de exercício da profissão ao Assistente Social que, no
âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a
gravidade da falta.
III – Cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de reincidên-
cia contumaz.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:

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a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em II e III.
d) Em I, II e III.

008. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido:
I – Por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS.
II – Por doações e legados.
III – Por outras rendas.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em II e III.
d) Em I, II e III.

009. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço Social
(CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos: Presidente, Vice-Presidente, dois
Secretários, dois Tesoureiros e três membros do Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos
dentre os Assistentes Sociais, por via direta, para um mandato de ________. Assinale a alter-
nativa que completa corretamente o enunciado acima.
a) Dois anos.
b) Três anos.
c) Um ano.
d) Quatro anos.

010. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


É competência do Assistente Socia elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais
junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organiza-
ções populares.

011. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


É atribuição exclusiva do Assistente Social coordenar, elaborar, executar, supervisionar e ava-
liar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social.

012. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda


A duração do trabalho do Assistente Social é de 40 (quarenta) horas semanais.

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013. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


São alteradas as denominações do atual Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e
dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS), para, respectivamente, Conselho Fe-
deral de Serviço Social (CFESS) e Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).

014. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) são dotados de autonomia administra-
tiva, apenas, sem prejuízo de sua vinculação ao Conselho Federal, nos termos da legisla-
ção em vigor

015. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de
grau superior, orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de
Assistente Social, em conjunto com o CRESS.

016. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Cabe às Unidades de Ensino credenciar e comunicar aos Conselhos Regionais de sua juris-
dição os campos de estágio de seus alunos e designar os Assistentes Sociais responsáveis
por sua supervisão.

017. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Os CRESS poderão aplicar multa no valor de uma a três vezes a anuidade vigente.

018. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Os CRESS aplicarão aos infratores suspensão de um a três anos de exercício da profissão ao
Assistente Social que, no âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de
Ética, tendo em vista a gravidade da falta.

019. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


A Carteira de Identificação Profissional expedida pelos Conselhos Regionais de Serviço Social
(CRESS), servirá de prova para fins de exercício profissional e de Carteira de Identidade Pes-
soal, e terá fé pública em todo o território nacional.

020. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço Social
(CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos: Presidente, Vice-Presidente, dois
Secretários, dois Tesoureiros e três membros do Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos
dentre os Assistentes Sociais, por via direta, para um mandato de dois anos.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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021. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão legitimidade para agir contra qualquer
pessoa que infringir as disposições que digam respeito às prerrogativas, à dignidade e ao
prestígio da profissão de Assistente Social.

022. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


As delegacias seccionais contarão com três membros efetivos: um Delegado, um Secretá-
rio e um Tesoureiro, e três suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais da área de sua
jurisdição.

023. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de
grau superior, assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário.

024. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Compete aos CFESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na qualidade de órgão executi-
vo e de primeira instância, aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional.

025. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


A inscrição nos Conselhos Regionais sujeita os Assistentes Sociais ao pagamento das contri-
buições compulsórias (anuidades), taxas e demais emolumentos que forem estabelecidos em
regulamentação baixada pelo Conselho Federal, em deliberação conjunta com os Conselhos
Regionais.

026. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Os CRESS aplicarão aos infratores o cancelamento temporário do registro, nos casos de ex-
trema gravidade ou de reincidência contumaz.

027. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


No caso de reincidência na mesma infração no prazo de dois anos, a multa cabível será ele-
vada ao triplo.

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GABARITO
1. d
2. b
3. c
4. a
5. b
6. c
7. c
8. d
9. b
10. C
11. E
12. E
13. C
14. E
15. C
16. C
17. E
18. E
19. C
20. E
21. C
22. C
23. C
24. E
25. C
26. E
27. E

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GABARITO COMENTADO
001. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:
Constituem competências do Assistente Social:
I – Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração
pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares.
II – Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito
de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil.
III – Encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.

Afirmativa I: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 4º, I da Lei º 8.662/1993.
Afirmativa II: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 4º, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 4º, III da Lei n. 8.662/1993.
Letra d.

002. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


A duração do trabalho do Assistente Social é de __________ horas semanais. Assinale a alter-
nativa que completa corretamente o enunciado acima.
a) 20 (vinte).
b) 30 (trinta).
c) 40 (quarenta)
d) 44 (quarenta e quatro).

A alternativa B é o gabarito, pois está de acordo com o disposto no art. 5-A da Lei n. 8.662/1993.
Letra b.

003. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


Constituem atribuições privativas do Assistente Social, exceto:
a) Coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, progra-
mas e projetos na área de Serviço Social.
b) Planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;
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c) Assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta, apenas.


d) Realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a ma-
téria de Serviço Social;

a) Certa. Está de acordo com o disposto no art. 5º, I da Lei n. 8.662/1993.


b) Certa. Está de acordo com o disposto no art. 5º, II da Lei n. 8.662/1993.
c) Errada. É atribuição privativa do Assistente Social também a assessoria e consultoria e
órgãos da Administração Pública indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria
de Serviço Social, conforme dispõe o art. 5º, III da Lei n. 8.662/1993.
d) Certa. Está de acordo com o disposto no art. 5º, IV da Lei n. 8.662/1993.
Letra c.

004. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de
grau superior, o exercício das seguintes atribuições:
I – Orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente
Social, em conjunto com o CRESS;
II – Assessorar os CRESS em qualquer hipótese.
III – Aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum mínimo de deliberação do conjunto
CFESS/CRESS;
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.

Afirmativa I: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 8º, I da Lei º 8.662/1993.
Afirmativa II: Errada. O assessoramento deve ocorrer, na verdade, sempre que for necessário,
conforme dispõe o art. Está de acordo com o disposto no art. 8º, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Errada. O fórum de deliberação deve ser máximo, conforme dispõe o art. 8º, III
da Lei n. 8.662/1993.
Letra a.

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005. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins na lei 8.662/93 dar-se-á nas reuni-
ões _______________________, que inclusive fixarão os limites de sua competência e sua forma
de convocação. Assinale a alternativa que completa corretamente o período acima.
a) Dos Conselhos Federais.
b) Conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais.
c) Separadas dos Conselhos Federal e Regionais.
d) Extraordinária dos Conselhos Federal e Regionais.

A alternativa B é o gabarito da questão pois está de acordo com o disposto no art. 9 da Lei n.
8.662/1993.
Letra b.

006. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


Compete aos Conselhos Regionais de Serviço Social, em suas respectivas áreas de jurisdição,
na qualidade de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes atribuições:
I – Organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o cadastro das insti-
tuições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos.
II – Fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social, nacionalmente.
III – Expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.

Afirmativa I: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 10, I da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa II: Errada. A competência é sobre fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão
de Assistente Social na respectiva região, conforme dispõe o art. 10, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 10, III da Lei n. 8.662/1993.
Letra c.

007. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos dispositivos desta Lei:
I – Multa no valor de uma a três vezes a anuidade vigente;

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II – Suspensão de um a dois anos de exercício da profissão ao Assistente Social que, no


âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a
gravidade da falta.
III – Cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de reincidên-
cia contumaz.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em II e III.
d) Em I, II e III.

Afirmativa I: Errada. O valor da multa será de uma a cinco vezes a anuidade vigente, conforme
dispõe o art. 16, I da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa II: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 16, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 16, III da Lei n. 8.662/1993.
Letra c.

008. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido:
I – Por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS.
II – Por doações e legados.
III – Por outras rendas.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em II e III.
d) Em I, II e III.

Afirmativa I: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 19, I da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa II: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 19, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 19, III da Lei n. 8.662/1993.
Letra d.

009. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:


O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço Social
(CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos: Presidente, Vice-Presidente, dois

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Secretários, dois Tesoureiros e três membros do Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos
dentre os Assistentes Sociais, por via direta, para um mandato de ________. Assinale a alter-
nativa que completa corretamente o enunciado acima.
a) Dois anos.
b) Três anos.
c) Um ano.
d) Quatro anos.

O mandato será de 03 anos, conforme dispõe o art. 20 da Lei n. 8.662/1993.


Letra b.

010. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


É competência do Assistente Socia elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais
junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organiza-
ções populares.

A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 4º, I da Lei n. 8.662/1993.


Certo.

011. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


É atribuição exclusiva do Assistente Social coordenar, elaborar, executar, supervisionar e ava-
liar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social.

Trata-se na verdade de uma atribuição privativa do Assistente Social, conforme dispõe o art.
5º, I da Lei n. 8.662/1993.
Errado.

012. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda


A duração do trabalho do Assistente Social é de 40 (quarenta) horas semanais.

A carga horária é de 30 horas semanais, conforme dispõe o art. 5-A da Lei n. 8.662/1993.
Errado.

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013. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


São alteradas as denominações do atual Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e
dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS), para, respectivamente, Conselho Fe-
deral de Serviço Social (CFESS) e Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).

A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 6º da Lei n. 8.662/1993.


Certo.

014. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) são dotados de autonomia administra-
tiva, apenas, sem prejuízo de sua vinculação ao Conselho Federal, nos termos da legisla-
ção em vigor

O CRESS possui autonomia financeira e administrativa, conforme dispõe o art. 7º, § 1º da Lei
n. 8.662/1993.
Errado.

015. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de
grau superior, orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de
Assistente Social, em conjunto com o CRESS.

A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 8º, I da Lei n. 8.662/1993.


Certo.

016. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Cabe às Unidades de Ensino credenciar e comunicar aos Conselhos Regionais de sua juris-
dição os campos de estágio de seus alunos e designar os Assistentes Sociais responsáveis
por sua supervisão.

A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 14 da Lei n. 8.662/1993.


Certo.

017. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Os CRESS poderão aplicar multa no valor de uma a três vezes a anuidade vigente.

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O valor da multa será de um a cinco vezes a anuidade vigente, conforme dispõe o art. 16, I da
Lei n. 8.662/1993.
Errado.

018. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Os CRESS aplicarão aos infratores suspensão de um a três anos de exercício da profissão ao
Assistente Social que, no âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de
Ética, tendo em vista a gravidade da falta.

A aplicação da suspensão será de um a dois anos, conforme dispõe o art. 16, II da Lei n.
8.662/1993.
Errado.

019. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


A Carteira de Identificação Profissional expedida pelos Conselhos Regionais de Serviço Social
(CRESS), servirá de prova para fins de exercício profissional e de Carteira de Identidade Pes-
soal, e terá fé pública em todo o território nacional.

A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 17 da Lei n. 8.662/1993.


Certo.

020. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço Social
(CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos: Presidente, Vice-Presidente, dois
Secretários, dois Tesoureiros e três membros do Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos
dentre os Assistentes Sociais, por via direta, para um mandato de dois anos.

O mandato será de 03 anos, conforme dispõe o art. 20 da Lei n. 8.662/1993.


Errado.

021. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão legitimidade para agir contra qualquer
pessoa que infringir as disposições que digam respeito às prerrogativas, à dignidade e ao
prestígio da profissão de Assistente Social.

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A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 22 da Lei n. 8.662/1993.


Certo.

022. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


As delegacias seccionais contarão com três membros efetivos: um Delegado, um Secretário e
um Tesoureiro, e três suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais da área de sua jurisdição

A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 22, parágrafo único da Lei n. 8.662/1993.
Certo.

023. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de
grau superior, assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário.

A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 8, II da Lei n. 8.662/1993.


Certo.

024. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Compete aos CFESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na qualidade de órgão executi-
vo e de primeira instância, aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional;

Essa atribuição é do CRESS, conforme dispõe o art. 10, V da Lei n. 8.662/1993.


Errado.

025. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


A inscrição nos Conselhos Regionais sujeita os Assistentes Sociais ao pagamento das contri-
buições compulsórias (anuidades), taxas e demais emolumentos que forem estabelecidos em
regulamentação baixada pelo Conselho Federal, em deliberação conjunta com os Conselhos
Regionais.

A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 13 da Lei n. 8.662/1993.


Certo.

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026. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


Os CRESS aplicarão aos infratores o cancelamento temporário do registro, nos casos de ex-
trema gravidade ou de reincidência contumaz.
COMENTÁRIO O cancelamento será definitivo, conforme dispõe o art. 16, III da Lei n. 8.662/1993.
Errado.

027. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda certo ou errado.


No caso de reincidência na mesma infração no prazo de dois anos, a multa cabível será ele-
vada ao triplo.

Em caso de reincidência a multa será elevada ao dobro, conforme dispõe o art. 16, §2º da Lei
n. 8.662/1993.
Errado.

Paula Bervian
Professora e comentarista de questões de cursinhos para concursos. Advogada. Apaixonada por aprender
e ensinar.

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Concurso Público do Município de Juazeiro do Norte - CE

1ª PARTE – CONHECIMENTOS BÁSICOS

LÍNGUA PORTUGUESA

O sexto sentido das mulheres

Certo dia, parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas.
São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós. Pare para refletir sobre o sexto sentido. Alguém duvida
que ele exista?
E, como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja
aquela que dá em cima de você... Ou é a que você dá em cima? E, quando ela antecipa que alguém tem
algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento? E, quando
ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40ºC, você vai pegar um avião
para São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala para você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não
leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já
entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
O sexto sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil...As
mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha
responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em ensinar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la,
de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em "praga de mãe",
"amor de mãe", "coração de mãe"... Tudo isso é meio mágico... Talvez ele tenha instalado o dispositivo
"coração de mãe" nos "anjos da guarda" de seus filhos (que, aliás, foram criados à sua imagem e
semelhança).
As mulheres choram, vazam ou extravasam? Homens também choram, mas é um choro diferente.
As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não
sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens... É
choro feminino; é choro de mulher... Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem
pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com
outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar. Quantos tipos de olhar existem? Elas
conhecem todos... Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens! E é com um
desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens. En-fei-ti-çam!
O amor leva as mulheres para perto de Deus... já que ele é o próprio amor. Por isso, dizem "estar
nas nuvens", quando apaixonadas. Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres
a maior parte do tempo. Mas elas são anjos depois do sexo-amor. É nessa hora que elas se sentem o
próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. Algumas até voam. Mas os homens não sabem
disso. E nem poderiam... Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora.

Luis Fernando Sabino

01. Sobre o texto é correto afirmar:


a) Pode ser considerado como uma crônica comentário, uma vez que predomina a linguagem
conotativa;
b) É uma crônica narrativa, pois apresenta personagens ficcionais;
c) É uma crônica filosófica em que se trabalha o texto como pretexto para uma análise da vida humana;
d) Pode ser considerado como uma crônica argumentativa, pois fundamenta a opinião do autor dentro
de uma tensão dramática.

URCA/CEV Concurso Público – Aplicação: 16/08/2009


CARGO: ASSISTENTE SOCIAL
1

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02. São características da crônica, exceto:


a) Registra o circunstancial, o episódio, o efêmero;
b) Deve ser escrita numa linguagem leve, comunicativa, informativa;
c) Desenvolve-se através de períodos curtos e linguagem enxuta;
d) Apresenta tensão dramática em torno de personagens ficcionais.

03. Observe o fragmento:


“Certo dia, parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas. São
espiãs.”
Sobre os termos, em destaque, podemos afirmar:
I- Representam elementos coesivos na estrutura textual.
II- São, respectivamente: uma catáfora – elemento predissente; uma anáfora – elemento remessivo e uma
elipse.
III- Representam: uma hiperônimo – termo substitutivo; um hipônimo – termo predissente; uma anáfora –
termo predissente.

Estão corretas as assertivas:


a) I, II e III;
b) I e II, somente;
c) II e III, somente;
d) I e III, somente.

04. Veja o fragmento:


“E preparam, literalmente, gente dentro de si.”

O uso da vírgula justifica-se pela mesma regra em:


a) Ele não consegue, por exemplo, dirigir sozinho;
b) Comprou sapato, e meias, e bolsa;
c) O homem, que é mortal, retorna ao pó;
d) Creio, afirmou Antônio, que este é um caso perdido.

05. Em: “E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.” Temos:
a) Oxímoro;
b) Eufemismo;
c) Hipálage;
d) Hipérbole.

06. Marque a alternativa em que o uso da colocação pronominal corresponda à norma culta.
a) Enquanto se espera o vôo, bebe-se algo;
b) Enquanto se espera o vôo, se bebe algo;
c) Enquanto espera-se o vôo, bebe-se algo;
d) Enquanto espera-se o vôo, se bebe algo.

07. A crônica de Fernando Sabino foi de encômios às mulheres. O termo em destaque, significa:
a) Elogios;
b) Críticas;
c) Comentários;
d) Sarcasmos.

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08. “E é desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens. En-fei-ti-çam!”


A alternativa em que a separação silábica está correta, é:
a) gra- tu- i- to;
b) ca- mio- nei- ro;
c) nu- clei- co;
d) i- tu- iu- ta- ba.

09. “As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar.” O termo em destaque é:
a) Pronome adjetivo indefinido;
b) Advérbio de intensidade;
c) Pronome relativo;
d) Pronome substantivo indefinido.

10. “Talvez ele tenha instalado o dispositivo “coração de mãe” (...) (foram criados à sua imagem e
semelhança)”
O uso do acento grave está correto, exceto em:
a) Vendo à vista;
b) Usava bigode à Hitler;
c) O homem foi ferido à bala;
d) Ficaram à contemplar tamanha beleza.

RACIOCÍNIO LÓGICO

11. A direção da Singer resolveu premiar os funcionários que têm pelo menos 10 anos de empresa.
O Sr. Carlos trabalha no departamento pessoal. O funcionário mais antigo do departamento
pessoal tem 11 anos de empresa. Com base nisso, é CORRETO afirmar que:
a) o Sr. Carlos tem direito ao prêmio.
b) o Sr. Carlos pode ganhar o prêmio.
c) Há somente 1 funcionário no departamento pessoal com direito ao prêmio.
d) o Sr. Carlos não tem direito ao prêmio.

12. Na página 10 de um livro está escrita a seguinte afirmação: A frase da página 11 é falsa. Na
página 11, deste mesmo livro, está escrita a seguinte afirmação: A frase da página 10 é falsa.
Fazendo a análise das duas frases para verificar a veracidade das mesmas temos um caso, de:
a) Paradoxo.
b) Contradição.
c) Silogismo.
d) Tautologia.

13. 2 está para 130, assim como 4 está para 646. Logo, 3 está para:
a) 93
b) 131
c) 43
d) 63

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14. Mamãe fez um bolo para o café da manhã, mas uma das crianças - André, João e Carlos –
comeu todo o bolo. Indagados sobre quem comeu o bolo André disse: Eu não comi o bolo! João
disse: Um de nós o comeu, mas não fui eu! Carlos disse: Pelo menos um deles, André ou João,
estão dizendo a verdade. Como mamãe sabia que André e Carlos não estavam ambos dizendo a
verdade, ela descobriu quem foi o comilão. Assim, o comilão foi:
a) Carlos
b) João
c) André
d) André e João

15. Sejam p e q duas proposições. Considere a seguinte tabela de valores lógicos:

p q p→q q→p (p → q)٨((~p) → (~q))


V V V V
V F F V
F V V F
F F V V

O preenchimento CORRETO da tabela, obedecendo a ordem de cima para baixo, é:


a) V, V, F, F.
b) V, F, F, V.
c) V, F, F, F.
d) V, F, V, F.

16. Três pessoas foram presas acusadas de espionagem. Uma delas sempre dizia a verdade, a outra
sempre mentia e a outra era o espião. Segue abaixo a declaração de cada uma delas:

Pessoa 1: Eu sou o espião!


Pessoa 2: É verdade!
Pessoa 3: Eu não sou o espião!

A partir dessas declarações podemos concluir que:


a) A pessoa 1 falou a verdade.
b) A pessoa 3 é o espião.
c) A pessoa 1 mentiu e a pessoa 2 não é o espião.
d) A pessoa 2 é o espião.

INFORMÁTICA

17. No Windows XP com a janela do Windows Explorer aberta, um operador executou os seguintes
comandos:
I) Selecionou o arquivo FUNCIONÁRIO.DOC na pasta EMPRESA existente no driver C:
II) Executou o atalho de teclado <CTLR> + C
III) Selecionou a pasta DOCUMENTOS existente no driver C:
IV) Executou o atalho de teclado <CTLR> + V

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Com relação ao arquivo FUNCIONÁRIO.DOC, esse operador realizou a operação:
a) Substituir;
b) Excluir;
c) Copiar;
d) Mover.

18. São exemplos de softwares para navegação na internet, EXCETO:


a) Internet Explorer;
b) Mozilla Firefox;
c) Google Chrome;
d) Microsoft Office Outlook.

19. Durante a edição de um texto elaborado no Microsoft Word 2007, o operador pressiona a tecla
<CTRL> + U. Ao fazer isto, ele pretende:
a) Inserir uma tabela;
b) Localizar e substituir um texto no documento;
c) Configurar a página;
d) Inserir um link para uma página da web.

20. Observe a figura abaixo:

Com relação a planilha Excel, exibida acima, podemos afirmar que o resultado da fórmula na
célula C5, será:
a) 42;
b) -24;
c) 24;
d) -42.

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21. Uma Intranet é:
a) Uma rede de computadores pública;
b) Uma rede de computadores privada;
c) Uma rede mundial de computadores com acesso a internet;
d) É o mesmo que Extranet.

22. A Ferramenta Formatar Pincel do Microsoft Word 2007, serve para:


a) Copiar a formatação de um local e aplicá-la a outro;
b) Copiar o texto selecionado para área de transferência;
c) Aplicar cores ao texto selecionado;
d) Inserir imagem.

2ª PARTE – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

23. O Serviço Social se gesta e se desenvolve como profissão legitimada no seio da divisão social e
técnica do trabalho, tendo como contexto conjuntural:
a) A consolidação do neoliberalismo.
b) A institucionalização da beneficência, da caridade e da filantropia.
c) O desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana.
d) Os regimes ditatoriais latino-americanos.

24. Para Herman Kruse, sob o ponto de vista metodológico, o Serviço Social passa por três
momentos históricos evolutivos, quais sejam:
a) O tradicionalismo, o empirismo e o racionalismo.
b) O metodologismo asséptico, o tecnicismo e o desenvolvimentismo.
c) O tradicionalismo, o tecnicismo e a reconceituação.
d) O neotomismo, o desenvolvimentismo e a reconceituação.

25. A proposta metodológica do Serviço Social formulada a partir da vertente modernizadora,


consiste em:
a) Estudo, diagnóstico e tratamento.
b) Investigação diagnóstica e intervenção planejada.
c) Levantamento de necessidades, indicações de meios e avaliação de resultados.
d) Análise diagnóstica e intervenção terapêutica.

26. A vertente modernizadora, cuja formulação teórico-metodológica, encontra-se afirmada nos


Documentos de Araxá e Teresópolis, concebe o Serviço Social como:
a) Uma ciência aplicada que utiliza conhecimentos sistematizados.
b) Um instrumento de intervenção no nível das relações sociais.
c) Um processo político ideológico realizado através de um trabalho pedagógico.
d) Um instrumento profissional de suporte às políticas de desenvolvimento.

27. Tomando o marxismo como referencial de análise, é correto afirmar que o Serviço Social:
a) Origina-se da necessidade de todos praticarem o bem.
b) Surge com a função precípua de criar explicação da vida social.

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c) Caracteriza-se como profissão comprometida com a integração social.
d) Situa-se no processo de reprodução das relações sociais como atividade auxiliar e subsidiária no
exercício do controle social.

28. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS-Lei no 8.742/93), são Benefícios
Eventuais:
a) Aqueles que visam ao pagamento de auxílio por natalidade, morte e moradia às famílias cuja renda
mensal per capta seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.
b) Aqueles que visam ao pagamento de auxílio natalidade, morte e alimentação emergencial às famílias
cuja renda mensal per capta seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.
c) Aqueles que visam ao pagamento de auxílio por natalidade, moradia e medicamentos às famílias cuja
renda mensal per capta seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.
d) Aqueles que visam ao pagamento de auxílio por natalidade ou morte às famílias cuja renda mensal per
capta seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.

29. A Lei 8.142, de 28 de Dezembro de 1990, dispõe sobre:


a) Os conselhos de saúde.
b) As conferências de saúde.
c) A participação da comunidade na gestão do SUS.
d) A legislação e as normas que regem a Lei Estadual de Saúde.

30. Quanto à relação dos profissionais com os usuários, o Código de Ética dos Assistentes Sociais,
assinala que:
a) É dever do Assistente Social incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar.
b) Cabe ao Assistente Social, divulgar as informações obtidas junto aos usuários, em casos de sigilo.
c) É dever do Assistente Social democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis ao
espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos usuários.
d) É vedado ao Assistente Social devolver as informações colhidas, nos estudos e pesquisas, aos
usuários, no sentido de que estes possam usá-las para o fortalecimento dos seus interesses.

31. O Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, aprovado em 1993, traz inovações que
refletem avanços no processo de regulamentação da profissão. Uma de suas principais
inovações, são:
a) As revisões de todos os princípios que orientavam o Código de Ética Profissional anterior.
b) As revisões dos mecanismos de fiscalização da prática profissional dos Assistentes Sociais.
c) As definições de pressupostos teórico-filosóficos orientadores da dimensão ético-política assumidas
pelo novo código.
d) Defesa do pluralismo, a recusa de preconceito e da discriminação, o enfrentamento do dogmatismo, a
definição de um projeto ético-político assentado no princípio da democracia.

32. A reflexão Ética Contemporânea do Serviço Social, possibilitou desmistificar o aspecto


corporativo do Código de Ética Profissional, e compreendê-lo na perspectiva de:
a) Estabelecer os parâmetros de controle do fazer profissional expressos nos direitos, deveres e
proibições.
b) Diversificar as condutas profissionais para adequá-las à competitividade no mercado capitalista.
c) Priorizar a eficácia da prática profissional e fazer frente às exigências e compromissos assumidos.
d) Fundamentar uma nova concepção ética da profissão a partir do neotomismo.

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33. A Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social (Lei no 8.662/93), estabelece
competência, atribuições e órgãos de fiscalização. As atribuições privativas dos assistentes
sociais, são:
a) Subsidiar comissões de bioética e coordenar auditorias sobre violência doméstica na região.
b) Desenvolver atividades de educação em saúde e elaborar projetos de pesquisa social.
c) Dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação.
d) Intervir na prestação de serviços de outros técnicos de Serviço Social e requerer espírito de
cooperação das diversas áreas técnicas.

34. Na forma como está prevista na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS-Lei no 8.742/93), a
Assistência Social, tem como um de seus princípios:
a) Estar submetida à lógica da cidadania e da acumulação privada.
b) Ser uma política contratual, regida pelo estatuto do seguro social.
c) Universalizar os direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas
demais políticas públicas.
d) Prover benefícios sociais independentemente do perfil dos beneficiários.

35. Constitui-se em uma diretriz fundamental do Sistema Único de Saúde (SUS):


a) Previsibilidade de ações.
b) Seletividade de clientela.
c) Controle social.
d) Dispersão da cobertura.

36. O processo de descentralização no setor da saúde, que vem sendo implementado desde o início
da década de 90, tem operado um reordenamento profundo das funções de cada esfera de
governo no tocante à responsabilidade pela saúde. A descentralização da política de saúde
aponta para o sentido da:
a) Estadualização.
b) Municipalização.
c) Setorialização.
d) Federalização.

37. O SUS preconiza a estruturação de redes de saúde hierarquizadas, com direção única em cada
esfera de governo. A organização de rede assistencial no SUS, tem como parâmetro:
a) A implementação de um modelo centrado na atenção hospitalar e complexa, em que as ações
primárias sejam prioritárias.
b) Um modelo de assistência baseado no Programa Saúde da Família, em que as ações curativas são a
meta principal.
c) Um modelo em que a rede básica seja a porta de entrada no sistema, referenciado quando necessário.
d) As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde mediadas pela centralidade da atenção
médica.

38. São as estratégias metodológicas utilizadas pela pesquisa social:


a) História de vida, observação e argüição.
b) Observação, análise documental e interpelação.
c) Análise documental, interpelação e observação.
d) Questionário, observação e história de vida.

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39. O conceito de seguridade absorve, desde de sua origem, um conjunto diversificados de políticas
sociais, como a previdência social, a saúde e a assistência social. Pergunta-se: Sua emergência
teve como paradigma em que tipo de organização de Estado?
a) Liberal.
b) De Bem Estar Social (Welfare State).
c) Neoliberal.
d) Socialista.

40. O Estado de Bem Estar Social, segundo conceito que se generalizou após a Segunda Guerra
Mundial, volta-se para a garantia de condições básicas de existência a todos os cidadãos, no
que se refere a renda, bens e serviços sociais. O Estado de Bem Estar Social compreende:
a) Ações residuais comandadas pela intermitência da provisão.
b) Iniciativas voltadas para a heterogeneidade e superposição de ações sociais.
c) Ações compensatórias, cobertura nas situações de riscos do trabalho e manutenção da renda.
d) Indicações direcionadas para reparações tópicas e emergenciais de problemas sociais.

41. Sabemos que a “questão social” está fundamentalmente vinculada ao conflito capital e trabalho.
No capitalismo concorrencial, ela era tratada como ações coercitivas pelo Estado. Com o
advento do capitalismo monopolista, como passou a ser tratada a “questão social”?
a) Torna-se objeto de respostas institucionais por meio de políticas sociais.
b) Passa a ser reconhecida como problemas a serem tratados sob a intervenção contínua e sistemática
do Estado e da Igreja, voltada para a eqüidade social.
c) Como elemento desencadeador das respostas sociais dadas, pelo Estado sob a lógica de uma política
redistributiva.
d) Como problemas sociais a serem resolvidos no âmbito da reforma fiscal.

42. O artigo 1º da LOAS preceitua que a Assistência Social, como direito do cidadão e dever do
Estado, é política não contributiva de seguridade social, que provê os mínimos sociais,
mediante ações de iniciativa pública e da sociedade, objetivando ao atendimento de
necessidades básicas. O que podemos entender por política não contributiva, à luz do
pensamento de Potyara Pereira?
a) São políticas que não trabalham com a lógica da distribuição de benefícios.
b) Podem ser entendidas como ações de natureza compensatórias financiadas pelos usuários.
c) São iniciativas de natureza beneficente, cuja contrapartida prevê o financiamento do setor privativo.
d) Aquela que não estabelece condições ou contrapartidas no seu processamento.

43. Como bem situa o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, nas últimas décadas, o
Serviço Social se desenvolveu teórica e praticamente, laicizou-se e apresenta-se como profissão
reconhecida academicamente e legitimada socialmente. A revisão do Código de 1986, veio,
portanto, atender a uma exigência dessa evolução:
a) Reafirmou os valores da liberdade e da justiça social, articulando-os ao princípio da democracia e
precisou a normatização do exercício profissional.
b) Reafirmou os valores da autonomia e da justiça social, acrescentou o princípio da liberdade e reduziu
os itens das relações com os usuários.
c) Ratificou os valores do compromisso ético e do pluralismo, retirou o princípio da equidade e ampliou os
itens das relações com as instituições empregadoras.
d) Confirmou os valores do pluralismo e da autonomia, articulando-os ao princípio da cidadania e detalhou
itens relacionados às organizações da sociedade civil.

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44. Em conformidade com a LOAS, o incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza, terá por
base:
a) Os recursos estatais advindos do Ministério da Previdência Social e da Secretaria de Estado de
Assistência Social.
b) Os Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais de Assistência Social.
c) A articulação e participação de diferentes áreas governamentais e em sistema de cooperação entre
organismos governamentais, não-governamentais e da sociedade civil.
d) Recursos de organismos multilaterais, organizações não-governamentais, Estado, instituições públicas
e o terceiro setor.

45 Um dos pressupostos da pesquisa participante, como metodologia da pesquisa em Serviço


Social, é a educação popular. A respeito da caracterização da educação popular estruturada,
assinale a opção correta:
a) Parte da prática concreta dos setores populares e a ela retorna, refutando cientificamente as causas
estruturais, para transformar a sociedade de acordo com os interesses imediatos e históricos dos
setores populares.
b) Recuperar criativamente as distintas manifestações culturais próprias dos setores populares,
recuperando criticamente a história.
c) Situa nos indivíduos o conteúdo da educação, sem, contudo, situá-lo no contexto sócio-histórico.
d) É uma conseqüência suprestrutural do que acontece na base econômica.

46. Para Yazbek, o formato das políticas sociais no país, é:


a) Políticas casuístas, inoperantes, fragmentadas, superpostas, sem regras estáveis ou reconhecimento
de direitos.
b) Políticas casuístas, inoperantes, fragmentadas, superpostas, com regras estáveis e pouco
reconhecimento de direitos.
c) Políticas casuístas, inoperantes, fragmentadas, superpostas, com poucas regras estáveis ou
reconhecimentos de direitos.
d) Políticas casuístas, inoperantes, fragmentadas, superpostas, com poucas regras, com reconhecimento
de direitos.

47. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/90), o direito à liberdade
compreende um dos seguintes aspectos:
a) Participar da vida política sem restrição.
b) Participar da vida familiar e comunitária sem discriminação.
c) Opinar e se expressar sem ferir as normas da sociedade.
d) Estar nos logradouros públicos livremente.

48. É previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que é dever do Estado assegurar à
criança e ao adolescente:
a) A oferta do ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador.
b) O atendimento, preferencialmente, da oferta do ensino noturno regular.
c) O acesso ao ensino obrigatório como direito público privado.
d) O atendimento em creche para crianças de 0 a 7 anos.

49. Das alternativas propostas, assinale a que melhor define o estudo social:
a) São entrevistas individuais e coletivas realizadas por um assistente social.
b) É um estudo com fim específico que preferencialmente deve ser elaborado por um assistente social.

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c) É uma perícia realizada de forma multidisciplinar por assistente social e psicólogo social.
d) É um instrumento utilizado para conhecer e analisar uma situação vivida por determinados sujeitos ou
grupos de sujeitos sociais, sobre a qual o assistente social foi chamado a opinar.

50. O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece as linhas de ação da política de atendimento


à criança e ao adolescente, entre as quais podem-se apontar:
a) Serviços de prevenção a acidentes domésticos.
b) Políticas sociais básicas.
c) Serviços especiais de atendimento para todos os envolvidos.
d) Proteção jurídico-social para aqueles que necessitam.

51. O Estatuto da Criança e do Adolescente, em relação à adoção, determina que:


a) Os filhos por adoção não têm os mesmos direitos e qualificações que os filhos havidos na relação do
casamento.
b) Somente os maiores de vinte e um anos, casados no civil, estão aptos a adotar.
c) O adotante deve ter, pelo menos, vinte anos mais velho do que o adotado.
d) A adoção poderá ser formalizada por ambos os cônjuges ou concubinos, desde que um deles tenha
completado vinte e um anos, comprovada a estabilidade da família.

52. As diretrizes da Política de Assistência Social, na perspectiva da LOAS, são:


a) Descentralização, primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência
social, acesso aos serviços sócioassistenciais dependente da contribuição do usuário.
b) Centralização das decisões a nível do Governo Federal, participação da população e primazia da
responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social.
c) Descentralização, participação da população e exclusividade da intervenção do Estado na execução
das ações assistenciais.
d) Descentralização, participação da população e primazia da responsabilidade do Estado na condução
da política de assistência social.

53. Para a vertente crítico-dialética, trabalhar na perspectiva da ampliação da democracia no


contexto da relação assistente social/usuário, significa:
a) Organizar a população em movimentos associativos de gênero, classe e etnia.
b) Romper com as práticas tradicionais de tutela, controle e subalternização dos usuários.
c) Liderar ações coletivas dos usuários junto ao estabelecimento, poder público e sociedade.
d) Transferir para o usuário a definição, aplicação e avaliação dos critérios de elegibilidade.

54. Para o método dialético marxista, a categoria de mediação possui dupla natureza, definida
como:
a) Reflexiva/ontológica.
b) Política/ideológica.
c) Pública/privada.
d) Compreensiva/dialógica.

55. A priorização da família na agenda da Política Social exige que o assistente social, em qualquer
instituição, atue no sentido de abordar a demanda social apresentada pelo usuário, a partir:
a) Das necessidades individuais dos membros familiares.
b) Das orientações políticas da Vara de Família da comarca.
c) Do objeto institucional do programa a que o técnico está vinculado.
d) Da qualidade de vida do grupo familiar.

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56. Assinale a alternativa que preenche de forma correta a lacuna:
“_______________________ é uma prática profissional, investigativa ou de atendimento,
realizada por um ou mais profissionais, junto ao indivíduo em seu próprio meio social ou
familiar”(AMARO, 2003).
a) A entrevista.
b) A reunião social.
c) A visita domiciliar.
d) O acolhimento.

57. Os instrumentos metodológicos de coletas de dados, em uma pesquisa científica, devem ser:
a) Definidos após a realização do trabalho empírico.
b) Entendidos como similares ao teste de hipótese.
c) Explicitados no corpo do projeto de pesquisa.
d) Delimitados quando da divulgação dos resultados.

58. Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V) segundo a Lei no 10.741/03, que dispõe sobre o Estatuto do
Idoso:
( ) É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde –
SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário.
( ) A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de cadastramento da
população idosa em base territorial.
( ) O atendimento domiciliar inclui a internação, para a população que dele necessitar e esteja
impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas,
filantrópicas ou sem fins lucrativos conveniadas como o Poder Público somente na área urbana.
( ) Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos gratuitamente, medicamentos, especialmente os de
uso continuado, com exceção de próteses e órteses.
( ) Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento
especializado.

Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta, de cima para baixo:


a) V, V, V, F, V.
b) V, V, F, F, V.
c) V, F, F, V, F.
d) F, V, V, F, F.

59. “A Bioética apregoa, entre os direitos do paciente, o de decidir através do consentimento livre e
esclarecido, se aceita ou não um determinado tratamento ou procedimento; o princípio da
autonomia exige que o paciente forneça seu consentimento a todo tratamento médico e a todo
ensaio experimental. O direito torna um valor ético quando proclama: ‘A pessoa humana é
inviolável. Ninguém pode invadir outra pessoa sem o seu consentimento’; para ser autêntico,
este consentimento deve ter duas qualidades, ser livre e esclarecido”(GERBER, 2005).
Sobre este assunto, o Estatuto do Idoso, determina que:
a) A escolha pelo tratamento de saúde deve ser do médico. Para subsidiar sua decisão o mesmo pode
consultar os demais membros da equipe de saúde.
b) A escolha por tratamento compatível com as necessidades do idoso cabe, em qualquer situação ao
médico geriatra, visto ser esta a especialidade médica que cuida da saúde do idoso.
c) Ao idoso, que esteja no domínio de suas faculdades mentais, é assegurado o direito de optar pelo
tratamento de saúde que lhe for mais favorável.
d) O Estatuto do Idoso não se manifesta sobre este tema.

URCA/CEV Concurso Público – Aplicação: 16/08/2009


CARGO: ASSISTENTE SOCIAL
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Concurso Público do Município de Juazeiro do Norte - CE


60. O Sistema Único da Assistência Social-SUAS, tem como elemento fundamental e inovador, que
aparece na Política de Assistência Social, e que constitui a base de sua organização, o:
a) Conceito de território.
b) Conceito de sociedade civil.
c) Conceito de pacto federativo.
d) Conceito de um novo pacto social.

URCA/CEV Concurso Público – Aplicação: 16/08/2009


CARGO: ASSISTENTE SOCIAL
13

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ


SECRETARIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA – SECITECE
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
COMISSÃO EXECUTIVA DO VESTIBULAR – CEV/URCA

CONCURSO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO DO NORTE ­ 2009

CARGO: ASSISTENTE SOCIAL

GABARITO OFICIAL

DATA: 16/08/2009

LÍNGUA PORTUGUESA RACIOCÍNIO LÓGICO INFORMÁTICA


01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
C D B A D A A C D D B A D C B D C D B C B A

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
C C B B D D C C D A C C C B C D B C A

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D A C B A B A D B D D B A D C C B C A

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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)

1ª PARTE: Língua Portuguesa

PRIMEIRA CENA

O rapaz que viaja à minha frente no trem não olha com bons olhos o senhor escrevendo numa
caderneta. Veio de Potengi morar no Crato, hospedou­se na casa do sogro com a esposa e dois filhos, vai
procurar trabalho em Juazeiro, na única profissão que aprendeu: a de vaqueiro. Não parece fácil. Boa parte
dos rebanhos morreu em três anos de estiagem, agravando a decadência da agricultura e da pecuária. Se
não encontrar emprego, volta ao Potengi. Não, ele não bebe, em respeito aos pais da esposa, ambos
evangélicos. Também não sai de casa à noite e não gosta de responder perguntas. Nem o dinheiro da
passagem de volta ele possui. Um real. O jeito será fazer o percurso a pé, doze quilômetros. Nada pede ao
escritor. A confissão de indigência fere seu orgulho. Recebe com dignidade os dois reais que o homem saca
da carteira e, ao descer do vagão, não olha para trás.
As ranhuras nos vidros das janelas são propositais? Ninguém enxerga a plenitude da miséria em
torno, o lixo descendo pelas encostas, restos de mato, poças d’água e riachos que no passado eram
exuberantes, e agora são indefinidos como as pinturas de Monet velho e quase cego. Nos painéis das
Ninféias, uma paisagem aquática com plantas, galhos, reflexos de árvores e nuvens. Aqui, as imagens da
natureza destruída assombram o senhor de barba e cabelos grisalhos. Fez o mesmo percurso entre
Juazeiro e Crato, há 46 anos. Um tempo grande, o bastante para ele também sofrer mudanças e cobrir­se
com outras formas de lixo. Anota impressões no caderno. As frases lhe parecem falsas, vazias. Compara o
lixo atirado pelos moradores nos barrancos aos rabiscos do caderno de notas.
Faz calor, os vagões do trem fechado não refrigeram bem. No passado, abriam­se as janelas.
Escrever tornou­se um pesadelo. Quais os choques permanentes do escritor? O choque de se ver
confrontado com desafios simples e irrefutáveis. O vaqueiro não se rende à miséria e luta por uma profissão
em declínio, por seu lugar no mundo em ruínas. O choque de entrever suas próprias camuflagens, seus
truques, seus clichês. O entulho das palavras no caderno de notas, as frases de efeito, o enfadonho
exercício de criar a beleza sem verdade. O choque de sentir a imensidão dos seus recursos inexplorados. O
choque de ser obrigado a se perguntar por que é um escritor. O choque de descobrir que escrever é uma
arte à qual é necessário consagrar­se totalmente, de uma maneira monástica e absoluta. Felizmente o trem
chega ao destino. As pessoas descem vagarosas. O vaqueiro ficou duas estações atrás: duro, cruel contra
si mesmo, exigindo um único papel no mundo, um modo de vida autêntico naquele lugar do planeta.

SEGUNDA CENA

É custoso enfiar o pé 43 na bota de borracha número 40. Mas é necessário para atravessar a lama
e chegar ao Jardim. Dias de chuva continuada, riachos e grotas encharcaram a terra. A cada passo um
atoleiro, o corpo se desequilibra, afunda, ameaça cair. “Você tem certeza que dá para chegar?” “Chega
fácil. Só hoje, fui e voltei duas vezes.” O lugar fica onde o Jardim se espalha, ganha profundidade e se
presta ao banho. “A cheia veio nesse ponto?” “Choveu muito, graças a Deus.” O Jardim deságua no Carás,
que deságua no Salgado, que deságua no Jaguaribe, e este no mar. É um dos rios da minha infância, onde
eu nadava nos meses de férias. Tento alcançar o poço de Dona Naninha Biliu, já que é impossível chegar
ao remanso que pertenceu à minha avó.

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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)

As matas foram derrubadas e vendidas para as olarias. Cada 100 tijolos fabricados queimaram uma
ingazeira, uma cajazeira, um angico. As casas se edificam sobre cemitérios de árvores. Erguem­se as
paredes, abrem­se as janelas, o corpo se debruça num parapeito, o olhar busca lá fora, mas só enxerga o
deserto. Não existem mais poços d’água cobertos de vegetação, parecendo cavernas. “Lembra que você
gostava de se esconder neles?” “Lembro.” Agora as águas correm a céu aberto e quando o sol bate, secam
depressa. “O sol ficou mais quente, reparou?” “Reparei.” “E você quer tomar um banho pra matar a
saudade?” “Não sei se a saudade se mata ou se ela mata a gente.”
Assis Gonçalves ri da conversa fiada, levanta a bermuda até as coxas, agora estamos os dois no
meio da água, olhando a correnteza acima. “Ali é bom de mergulhar, não vai tomar banho?” “Não sei, dá
trabalho tirar a roupa, descalçar as botas.” As águas passam ligeiras, há muito balseiro nas margens do
Jardim, enganchado em arames, nas unhas de gato. Tudo o que não presta o rio foi deixando para trás.
Assis Gonçalves me pergunta se a literatura serve para alguma coisa, ou se é apenas balseiro. Não quer
ofender­me, é incapaz disso. Fala­me sobre o dia em que o genro pediu a mão de sua filha em casamento.
Enquanto narra a história, enche d’água a concha das mãos e molha a cabeça, como se desejasse esfriá­la.
Os gestos são precisos, teatrais, nenhuma energia se perde a cada movimento. Estamos cercados pelas
águas. Meu avô morreu adiante e por bem pouco a enchente não carregou o seu corpo. Assis Gonçalves
esfrega as nódoas dos braços, lava o rosto. Não perco nenhum dos seus gestos e gostaria de transformá­
los em literatura. Como é difícil, constato. “Você não vai se banhar?”, insiste. “Não”, respondo. Quando era
menino, passava o dia no rio. Nadar era o que eu mais sabia fazer. Agora, viciei­me em ver e pensar. Mas
também sinto, sinto muito, bem mais do que quando me debatia com os braços e as pernas. Acho que a
literatura é responsável por isso. Talvez. Para alguma coisa ela deve servir.

RONALDO CORREIA DE BRITO. (dom@opovo.com.br)

01. Através de uma leitura geral do texto é CORRETO inferir:


A) Subdividido em dois grandes eixos intitulados de cenas, os fragmentos são totalmente independentes,
não há qualquer relação entre eles.
B) Apresentando independência de enredo, personagens, tempo e espaço, o texto estabelece uma inter­
relação no que se refere à reflexão do fazer artístico.
C) Os textos denotam a alegria e bem estar do eu que fala. Estes sentimentos estão sintetizados nas
seguintes expressões: “O choque de descobrir que escrever é uma arte à qual é necessário consagrar­
se totalmente, de uma maneira monástica e absoluta.” (texto 01) e “O choque de descobrir que
escrever é uma arte à qual é necessário consagrar­se totalmente, de uma maneira monástica e
absoluta.” (texto 02)
D) Intitulados por primeira e segunda cenas os textos apresentam em suas estruturas mais ação que
reflexão.

02. Dado o fragmento: “O choque de se ver confrontado com desafios simples e irrefutáveis.” O
termo em destaque pode ser substituído sem alterar o sentido, por:
A) Irreversíveis.
B) Intransferíveis.
C) Escápoles.
D) Evidentes.

03. ” A confissão de indigência fere seu orgulho.” O termo em destaque é:


A) Um pronome remissivo e refere­se ao escritor.
B) Um pronome remissivo e refere­se ao vaqueiro.

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C) Um pronome predissente que se refere ao narrador.


D) Um pronome predissente que se refere ao vaqueiro.

04. Observe o fragmento e responda corretamente: “....., o corpo se desequilibra, afunda, ameaça
cair.”
A) Há no trecho acima uma justaposição de ações e a supressão do sujeito na segunda e terceira orações
serve de elemento coesivo para tais orações.
B) Há um período composto por subordinação.
C) O corpo se desequilibra é a oração principal.
D) O se é índice de indeterminação do sujeito.

05. “Enquanto narra a história, enche d’água a concha das mãos e molha a cabeça, como se
desejasse esfriá­la.” O termo em destaque é classificado como:
A) Futuro do pretérito do indicativo.
B) Imperativo afirmativo.
C) Imperfeito do subjuntivo.
D) Pretérito mais que perfeito do indicativo.

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2ª PARTE: Matemática Lógica RASCUNHO

06. Mario, Fábio e Alex são os pais de Maria,


Beatriz e Thays, porém não sabemos
quem é exatamente o pai de cada menina.
Um torce para o Flamengo, outro para o
Vasco e o outro para o Palmeiras, mas
também não sabemos exatamente qual
time cada um torce. O que sabemos é que
Mario não é pai de Thays e nem torce para
o Vasco, que Fábio é pai de Beatriz, que
Alex não torce para o Flamengo e que o
flamenguista não é pai de Maria. Assim
podemos concluir que Mario, Fábio e Alex
torcem, respectivamente para:
A) Vasco, Flamengo e Palmeiras.
B) Flamengo, Vasco e Palmeiras.
C) Palmeiras, Flamengo e Vasco.
D) Palmeiras, Vasco e Flamengo.

07. Uma empresa resolveu premiar 200


funcionários com ingressos para três
jogos da copa do mundo do Brasil:
jogo 1 , jogo 2 e jogo 3 . Os jogos
serão em dias e locais distintos e cada
funcionário poderia escolher ir para um,
dois ou três jogos, tendo apenas que
pagar pela sua viagem. Sabe­se que
100 funcionários escolheram o
jogo 1 , 60 o jogo 2 e 80 o
jogo 3 . Sabemos também que 10
funcionários escolheram os três jogos.
Nestas condições a quantidade de
funcionários que escolheram mais de um
jogo foi:

A) 10

B) 60

C) 80

D) 30

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08. No caminho para casa, Paulo percebeu


que estava sem créditos no seu celular. RASCUNHO
Imediatamente passou por uma banca de
revistas e colocou uma determinada
quantidade de créditos. Ao ligar para sua
namorada consumiu metade dos créditos
colocados. Posteriormente ligou para sua
1
mãe e consumiu 3 dos créditos
colocados. Por fim ligou para seu chefe e
1
consumiu 6 dos créditos colocados.
Assim podemos afirmar que:

A) Paulo consumiu todos os créditos que


colocou.
B) A quantidade de créditos gastos nas ligações
para mãe e para o chefe é menor do que a
quantidade que ele gastou com sua
namorada.
C) Paulo não consumiu todos os créditos que
colocou.
D) A quantidade de créditos que gastou com sua
namorada equivale a duas vezes a que
gastou com sua mãe.

09. Em um parque de diversões existe um


jogo que funciona da seguinte forma:
dentro de uma urna estão 56 bolas de
8 cores distintas, sendo 7 de cada
cor. O jogador paga R $ 3,00 e tem
direito a retirar 4 bolas da urna, não
podendo retirar uma quantidade maior ou
menor de bolas. Ele ganha o prêmio
quando, dentre todas as bolas retiradas,
existirem 4 bolas da mesma cor,
podendo acontecer já na primeira retirada
ou não. Para ter certeza que vai ganhar o
prêmio o jogador deve gastar no mínimo:

A) R $ 21,00

B) R $ 18,00

C) R $ 24,00

D) R $ 28,00

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10. Seis livros estão em uma estante nas


posições de 1 a 6 , conforme a figura RASCUNHO
abaixo. O livro de Inglês está entre eles. O
livro de Química está mais acima do que o
de História, que se encontra
imediatamente abaixo do de Física. O livro
de Geografia não está na posição 1 ,
mas está mais próximo da posição 1 do
que da 6 . O livro de Matemática se
encontra mais acima do que o de Química
e o livro de Química não ocupa a posição
4 . Com isso podemos concluir que
quem ocupa a posição 4 :

1
2
3
4
5
6

A) Com certeza é o livro de Física.


B) É o livro de Física ou o de Inglês.
C) É o livro de Física ou o de História.
D) Com certeza é o livro de História.

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3ª PARTE: Conhecimentos Específicos

11. Segundo a Cartilha SUAS 2011, para o ( ) O Assistente Social é um profissional que
desenvolvimento do trabalho profissional do dispõe de uma ampla autonomia na
Assistente Social na Assistência Social, são condução do seu processo de trabalho, visto
requeridas algumas competências gerais. que o Serviço Social é uma profissional
Assinale a alternativa que NÃO apresenta liberal e não depende dos meios ou
instrumentos de trabalho fornecidos pela
uma dessas competências.
instituição que o contrata.
A) Qualificação permanente sobre o significado
( ) O Serviço Social é socialmente
social da profissão, sua dinamicidade e necessário, pois interfere nas condições
atualização no que se refere às possibilidades materiais e sociais de reprodução da força de
de intervenção na Política de Assistência trabalho.
Social. ( ) O produto do trabalho do Serviço Social
B) Realização de visitas domiciliares, na perspectiva no âmbito do Estado não se diferencia do
da socialização de informações, elaboração de produto do trabalho do Serviço Social nas
estudo social e acompanhamento familiar para empresas capitalistas, visto que em ambos
não produz mais­valia.
fiscalização e monitoramento da situação
socioeconômica.
A) F; V; F; V; F.
C) Análise do movimento histórico da sociedade
B) V; F; F; F; V.
brasileira, apreendendo as particularidades C) F; V; V; V; V.
que reiteram as desigualdades econômicas e D) V; F; F; V; F.
sociais e as limitações das políticas sociais e
da Política de Assistência Social. 13. Considerando que as competências
D) Apreensão crítica dos processos sociais de específicas dos assistentes sociais, no
produção e reprodução das desigualdades âmbito da política de Assistência Social,
sociais e das funções da Política de abrangem diversas dimensões interventivas,
complementares e indissociáveis, numere a
Assistência Social, com tradução técnico
2ª Coluna de acordo com a 1ª Coluna.
política para os usuários do SUAS.
1ª COLUNA
1. Dimensão de intervenção coletiva.
12. Considerando a inserção do Assistente 2. Dimensão pedagógico interpretativa.
Social em processos de trabalho, assinale 3. Dimensão de abordagens individuais,
a alternativa que apresenta a sequência familiares ou grupais.
CORRETA: 4. Dimensão voltada para a inserção nos
( ) A matéria­prima de trabalho do Serviço espaços democráticos de controle social.
Social são as múltiplas expressões da
questão social, visto que é sobre elas que a 2ª COLUNA
( ) Construção de estratégias para fomentar
sua ação busca incidir.
a participação, reivindicação e defesa dos
( ) A matéria­prima de trabalho do Serviço
direitos dos usuários e trabalhadores nos
Social são as políticas sociais, posto que é
Conselhos, Conferências e Fóruns da
um profissional que trabalha com políticas Assistência Social e de outras políticas
sociais de corte público e privado. públicas.

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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)

( ) Atendimento às necessidades básicas e A) Compreender os papéis assumidos em cada


acesso aos direitos, bens e equipamentos uma das esferas (federal, estadual e
públicos, pautado pela potencialização da municipal), na perspectiva de verificar se há
orientação social, com vistas à ampliação do superposição de ações e competências e
acesso dos indivíduos e da coletividade aos estrutura institucional adequada e necessária
direitos sociais. a implantação da política social.
( ) Socialização de informações e saberes no B) Delinear um quadro de direitos e/ ou
campo dos direitos, da legislação social e benefícios previstos e/ou implementados
das políticas públicas, dirigida aos diversos pelas políticas e/ou programas sociais, de
sujeitos da política: gestores públicos, modo a chegar o mais próximo possível do
dirigentes de entidades prestadoras de estabelecimento de suas características
serviços, trabalhadores, conselheiros e essenciais.
usuários. C) Revelar a intencionalidade e a capacidade de
( ) Atuação conjunta a movimentos sociais, inclusão e/ou exclusão do acesso,
na perspectiva da socialização da considerando que quanto mais rigorosos e
informação, da mobilização e da organização restritos forem os critérios de acesso e
popular, que tem como fundamento o
permanência, mais focalizados e seletivos a
reconhecimento e fortalecimento da classe
política e/ou programa tendem a ser.
trabalhadora como sujeito coletivo na luta
D) Verificar se houve manutenção, crescimento,
pela ampliação dos direitos e
redução ou relocação de recursos, sendo
responsabilização estatal.
fundamental realizar uma análise longitudinal
Assinale a alternativa que apresenta a que demonstre o comportamento dos gastos.
sequência CORRETA:
A) 4; 3; 2; 1. 16. O Projeto Ético­Político do Serviço Social
B) 3; 4; 2; 1. é constituído, por:
C) 2; 3; 4; 1. A) Código de Ética Profissional de 1986, Lei
D) 1; 2; 3; 4. orgânica do Serviço Social (Lei nº 8. 742, de
7 de dezembro de 1993) e Diretrizes
14. É dever do assistente social nas suas Curriculares Nacionais.
relações com os usuários: B) Código de Ética Profissional de 1993, Lei de
A) Livre exercício das atividades inerentes à Regulamentação da Profissão (Lei nº 8.662,
profissão. de 7 de junho de 1993) e Diretrizes
B) Exercer sua autoridade de maneira a limitar Curriculares Nacionais.
ou cercear o direito do usuário de participar e C) Diretrizes Curriculares Nacionais, Parâmetros
decidir livremente sobre seus interesses. de Atuação do Serviço Social e Lei Orgânica
C) Contribuir para a criação de mecanismos que do Serviço Social (Lei nº 8.662, de 7 de junho
venham desburocratizar a relação com os de 1993).
usuários, no sentido de agilizar e melhorar os D) Parâmetros para a atuação do Serviço
serviços prestados. Social, Código de Ética de 1993 e Lei de
D) Participar de programas de socorro à Regulamentação da Profissão (Lei nº 3.252,
população em situação de calamidade de 27 de agosto de 1957).
pública, no atendimento e defesa de seus
interesses e necessidades.
17. A Proteção Social Básica do SUAS é
destinada à:
15. A gestão e o controle social democrático
A) Prevenção de riscos sociais e pessoais, por
constituem um dos aspectos para análise
meio da oferta de programas, projetos,
e avaliação das políticas sociais. A partir
serviços e benefícios a indivíduos e famílias
dessa premissa, é CORRETO afirmar que
em situação de constante abuso sexual.
tais aspectos da análise objetivam:

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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)

B) Famílias e indivíduos que já se encontram 19. O projeto ético­político profissional


em situação de risco e que tiveram seus expressa a perspectiva hegemônica
direitos violados por ocorrência de carência impressa ao Serviço Social Brasileiro.
econômica. Tem suas raízes nas forças sociais
C) Prevenção de riscos sociais e pessoais, por progressistas e está fundado nas reais
meio da oferta de programas, projetos, condições sociais, em que se materializa
serviços e benefícios a indivíduos e famílias a profissão. Para que este projeto se
em situação de vulnerabilidade social. consolide é necessário:
D) Famílias e indivíduos que já se encontram A) Associar seu conteúdo jurídico à sua
em situação de risco e que tiveram seus perspectiva operacional no âmbito das
direitos violados por ocorrência de abandono, instituições públicas
maus­tratos, abuso sexual, uso de drogas, B) Integrar seu direcionamento social a uma
entre outros aspectos. proposta pedagógica sugerida pelas classes
trabalhadoras
18. Com base no que disciplina a Norma C) Pôr em prática suas competências e
Operacional Básica do Sistema Único de atribuições privativas
Assistência Social – NOB/SUAS, analise D) Articular as dimensões ético­políticas,
as assertivas abaixo, e assinale com (V) acadêmicas e legais que lhe atribuem
as verdadeiras e com (F) as falsas. sustentação
( ) As conferências de assistência social são
instâncias que tem por atribuições a 20. Analise as assertivas abaixo, considerando
avaliação da política de assistência social e a o processo de constituição das principais
definição de diretrizes para o aprimoramento matrizes do conhecimento e da ação do
do SUAS, ocorrendo no âmbito da União, Serviço Social Brasileiro.
dos Estados, do Distrito Federal e dos I. É na relação com a Igreja Católica que o
Municípios e devem ser convocadas Serviço Social brasileiro fundamenta a
ordinariamente a cada 4 (quatro) anos. formulação de seus primeiros objetivos
( ) Compete à Comissão Intergestores político/sociais orientando­se por
Tripartite (CIT) pactuar a organização do posicionamentos de cunho humanista,
sistema estadual de assistência social favoráveis aos ideários liberal e marxista, na
proposto pelo órgão gestor estadual, busca da extinção da hegemonia do
definindo estratégias para implementar e pensamento social da igreja face à “questão
operacionalizar a oferta da proteção social social”.
básica e especial no âmbito do SUAS na sua II. É na matriz positivista e em sua apreensão
esfera de governo. manipuladora, instrumental e imediata do ser
( ) O modelo de gestão preconizado pelo social, que o Serviço Social busca o seu
SUAS prevê o financiamento compartilhado primeiro suporte teórico­metodológico
entre a União, os Estados, o Distrito Federal necessário à qualificação técnica de sua
e os Municípios e é viabilizado por meio de prática e à sua modernização. Tal horizonte
transferências regulares e automáticas, analítico aborda as relações sociais dos
observando a obrigatoriedade da destinação indivíduos no plano de suas vivências
e a alocação de recursos próprios pelos imediatas.
respectivos entes. III. É no âmbito da adoção do marxismo como
referência analítica, que se torna
Assinale a alternativa que apresenta a
hegemônica no Serviço Social, no Brasil, a
sequência CORRETA:
abordagem da profissão como componente
A) F; V; V.
da organização da sociedade inserida na
B) F; V; F.
dinâmica das relações sociais, participando
C) V; V; V.
do processo de reprodução dessas relações.
D) V; F; V.

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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)

Assinale a alternativa que apresenta as C) Implementar a gestão do trabalho e a


assertivas CORRETAS. educação permanente na assistência social.
A) I e II apenas. D) Integrar a rede pública e privada de serviços,
B) I e III apenas. programas, projetos e benefícios de
C) II e III apenas. assistência social.
D) I, II e III.
23. De acordo com o Código de Ética
21. “O idoso goza de prioridade na aquisição Profissional do Serviço Social em vigência,
de imóvel para moradia própria nos constituem deveres do Assistente Social,
programas habitacionais, públicos ou EXCETO:
subsidiados com recursos públicos, A) Abster­se, no exercício da profissão, de
conforme as disposições legais previstas
práticas que caracterizem a censura, o
no Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003)”.
cerceamento da liberdade, o policiamento
Analise as afirmativas em relação aos
dos comportamentos, denunciando sua
critérios previstos na legislação, face esta
ocorrência aos órgãos competentes. (artigo
prioridade
3º, alínea c).
I. Para garantia de acessibilidade ao idoso, a
B) Desempenhar suas atividades profissionais,
eliminação de barreiras arquitetônicas e
com eficiência e responsabilidade, observando
urbanísticas.
II. Reserva de pelo menos 5% das unidades a legislação em vigor. (artigo 3º, alínea a).
habitacionais residenciais para atendimento C) Manter o sigilo profissional. (artigo 15).
aos idosos. D) Participar de programas de socorro à
III. Critérios de financiamento cujo valor de população em situação de calamidade pública,
prestação mensal não exceda a 40% dos no atendimento e defesa de seus interesses e
rendimentos de aposentadoria e pensão. necessidades. (artigo 3º, alínea d).
IV. Implantação de equipamentos urbanos
comunitários voltados ao idoso. 24. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990,
dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Estão CORRETAS apenas as alternativas: Adolescente e dá outras providências. Do
A) I, II e IV. direito à vida e à saúde e é assegurado à
B) I e IV . gestante, através do Sistema Único de
C) I, III e IV. Saúde, o atendimento pré e perinatal.
D) II, III e IV. Assinale a alternativa INCORRETA sobre
o texto:
22. A gestão das ações na área de A) A gestante será encaminhada aos diferentes
Assistência Social fica organizada sob a níveis de atendimento, segundo critérios
forma de sistema descentralizado e sociais específicos, não obedecendo­se aos
participativo, denominado Sistema Único princípios de regionalização e hierarquização
de Assistência Social (SUAS). Constituem do Sistema.
objetivos do SUAS, EXCETO: B) Incumbe ao poder público proporcionar
A) Acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, assistência psicológica à gestante e à mãe,
bem como os ganhos sociais e o no período pré e pós­natal, inclusive como
desempenho dos programas e projetos de forma de prevenir ou minorar as
assistência social.
consequências do estado puerperal.
B) Estabelecer as responsabilidades dos entes
C) A parturiente será atendida preferencialmente
federativos na organização, regulação,
pelo mesmo médico que a acompanhou na fase
manutenção e expansão das ações de
pré­natal.
assistência social.

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B) Incumbe ao poder público propiciar apoio ( ) Incumbe ao Poder Público fornecer aos
alimentar à gestante e à nutriz que dele idosos gratuitamente, medicamentos,
necessitem. especialmente os de uso continuado, com
exceção de próteses e órteses.
25. Assinale a alternativa que NÃO expressa ( ) A prevenção e a manutenção da saúde do
uma das perspectivas de análise sobre a idoso serão efetivadas por meio de
relação Ética e Serviço Social. cadastramento da população idosa em base
A) A ética é definida como uma capacidade de territorial.
agir em consciência, com base em escolhas ( ) Os idosos portadores de deficiência ou com
de valor e objetivos, projetados concretam limitação incapacitante terão atendimento
ente na vida social. Sem escolhas e especializado.
alternativas, não existe liberdade; e sem
liberdade, a ética não tem substância Assinale a alternativa que apresenta a
histórica. sequência CORRETA, de cima para baixo:
B) As potencialidades do Código de Ética A) V, V, V, F, V.
(1993) e do projeto profissional a ele ligado B) V, F, F, V, F.
indicam que, no campo específico da ética C) F, V, V, F, F.
profissional, a problemática dos valores está D) F, V, F, V, V.
superada, tanto em nível da fundamentação
teórico­filosófica bem como da dimensão 27. O conjunto articulado de ações
prática. governamentais e não governamentais da
C) A consciência ético­política dessa profissão é União, dos Estados, do Distrito Federal e
concebida como expressão de possibilidades dos Municípios, segundo disposições do
inscritas nas condições mais gerais da vida Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003),
social. É precisamente nesse campo, onde orienta a política de atendimento ao
as escolhas são feitas, que valores são idoso. Indique a alternativa que
afirmados e negados. corresponde corretamente a uma das
D) Valores eticamente legitimados expressam linhas de ação da política de atendimento,
conquistas sócio­históricas essenciais. Por conforme legislação e contexto citados.
isso, a sua permanência ou perda é sempre A) Mobilização da sociedade, através do
relativa e não depende somente da categoria movimento sindical dos idosos, no
profissional, mas do conjunto de forças atendimento do mesmo.
sociais democrático populares. B) Políticas e programas de assistência social,
em caráter extraordinário e temporário, para
26. Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V), os casos excepcionais.
segundo a Lei nº 10.741/03, que dispõe C) Serviços especiais de prevenção e
sobre o Estatuto do Idoso: atendimento às vítimas de negligência,
( ) O atendimento domiciliar inclui a internação, maus­tratos, exploração, abuso, crueldade e
para a população que dele necessitar e opressão.
esteja impossibilitada de se locomover, D) Serviço de acolhimento e alimentação de
inclusive para idosos abrigados e acolhidos parentes ou responsáveis por idosos
por instituições públicas, filantrópicas ou sem abandonados em hospitais e instituições de
fins lucrativos conveniadas com o Poder longa permanência.
Público somente na área urbana.
( ) É assegurada a atenção integral à saúde do 28. De acordo com a Política Nacional de
idoso, por intermédio do Sistema Único de Assistência Social (PNAS–2004), constituem
Saúde – SUS, garantindo­lhe o acesso serviços de proteção básica de assistência
universal e igualitário. social, EXCETO:

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A) Serviços socioeducativos para crianças, 30. Descentralizado e participativo, que tem por
adolescentes e jovens, visando sua proteção, função a gestão do conteúdo específico da
socialização e fortalecimento de vínculos Assistência Social no campo da proteção
familiares e comunitários. social brasileira. Assinale a alternativa
B) Serviço de habilitação e reabilitação na CORRETA sobre o texto:
comunidade das pessoas com deficiência. A) Sistema Único de Assistência Social SUAS.
C) Programas de incentivo ao protagonismo B) Sistema Único de Saúde SUS.
juvenil e de fortalecimento de vínculos C) Sistema de Saúde Privado.
familiares e comunitários. D) Sistema de Educação.
D) Programas de inclusão produtiva e projetos
de enfrentamento à pobreza. 31. A nova Norma Operacional Básica do
Sistema Único de Assistência Social –
29. Assinale a alternativa que apresenta, (NOB/SUAS­2012), foi elaborada em
respectivamente, uma competência e uma decorrência da necessidade de:
atribuição do Assistente Social, de acordo A) Impulsionar um salto quantitativo na
com a Lei de Regulamentação da Profissão.
implantação de serviços socioassistenciais
A) Elaborar, coordenar, executar e avaliar
em todo o território nacional, tendo como
planos, programas e projetos que sejam do
base critérios de partilha transparentes e
âmbito de atuação do Serviço Social com
objetivos, adequados à distribuição territorial
participação da sociedade civil
das populações vulneráveis, com alocação
(competência); Planejar, organizar e
equitativa do cofinanciamento federal e a
administrar programas e projetos em unidade
possibilidade de superação das distorções
de Serviço Social (atribuição).
regionais históricas.
B) Assessoria e consultoria a órgãos da
B) Instituir a informação como ferramenta
Administração Pública direta e indireta,
indispensável e imprescindível, a fim de
empresas privadas e outras entidades, em
promover o monitoramento sistemático e a
matéria de Serviço Social (competência);
territorialização dos equipamentos de
Prestar Assessoria e apoio aos movimentos
assistência social nas áreas de maior
sociais em matéria relacionada às políticas
vulnerabilidade e risco.
sociais, no exercício e na defesa dos direitos
C) Estabelecer um novo patamar de
civis, políticos e sociais da coletividade
aprimoramento do SUAS, por meio da
(atribuição).
C) Elaborar, implementar, executar e avaliar instituição de novas práticas e estratégias de
políticas sociais junto a órgãos da financiamento e gestão, da pactuação de
administração pública, direta ou indireta, prioridades e metas, valorização da
empresas, entidades e organizações informação, instituindo uma cultura de
populares (competência); Planejamento, planejamento, acompanhamento e
organização e administração de serviços monitoramento no cotidiano da assistência
sociais e de Unidades de Serviço Social social.
(atribuição). D) Introduzir uma nova lógica de financiamento,
D) Planejar, organizar e administrar programas por meio do repasse por pisos de proteção,
e projetos em unidade de Serviço Social zelando pela garantia da oferta permanente
(competência); planejar, organizar e de serviços socioassistenciais com base na
administrar benefícios e serviços sociais capacidade de atendimento e não mais pela
(atribuição). quantidade e modalidade de atendimento.

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32. Segundo a Lei Orgânica da Assistência 33. Conforme regulamentado no Artigo 203 da
Social (LOAS – Lei Federal nº 8.742/93), o Constituição Federal Brasileira, de 1988,
Benefício de Prestação Continuada (BPC) os objetivos da assistência social são os
é um direito de cidadania das pessoas seguintes, EXCETO:
idosas ou com deficiência. Sobre os A) A habilitação e reabilitação das pessoas
critérios que devem ser atendidos para a deficientes.
concessão do BPC, marque (V) para as B) A proteção ao indivíduo contribuinte da
afirmativas verdadeiras e (F) para as seguridade social.
falsas. C) O amparo às crianças e adolescentes
( ) A situação de internado causa prejuízo ao carentes.
direito do idoso ou da pessoa com deficiência D) A promoção da integração ao mercado de
ao BPC. trabalho.
( ) Deve ser comprovada a renda per capita
familiar inferior a 50% do salário mínimo; a 34. De acordo com a Política Nacional de
informação documental sobre a composição Assistência Social, a assistência social
e renda familiar deve ser analisada mediante organiza­se pelos seguintes tipos de
avaliação socioeconômica do assistente proteção: proteção social básica e
social do Instituto Nacional do Seguro Social proteção social especial. Acerca desses
(INSS); critério exigível para o idoso, dois tipos de proteção afiançada, assinale
desempregado e para pessoa com a alternativa CORRETA.
deficiência. A) A proteção social especial de média
( ) Deve haver a comprovação da deficiência e complexidade compreende os serviços que
do nível da incapacidade para a vida oferecem atendimento às famílias e
independente e para o trabalho, temporária indivíduos com seus direitos violados, mas
ou permanente, atestada por meio de perícia cujos vínculos familiares não foram rompidos;
médica e social do INSS, avaliação a proteção social especial de alta
necessária apenas no caso do solicitante ser complexidade compreende os serviços que
pessoa com deficiência, considerada a oferecem atendimento às famílias e
dispensa da avaliação da capacidade laboral indivíduos com seus direitos violados e cujos
dos adolescentes menores de 16 anos.
vínculos familiares foram rompidos.
( ) Deve haver a comprovação da deficiência e
B) A proteção social especial de média
do nível da incapacidade para a vida
complexidade compreende os serviços que
independente e para o trabalho, temporária
oferecem atendimento às famílias e
ou permanente, atestada por meio de perícia
indivíduos com seus direitos violados e cujos
médica e social do INSS, avaliação
vínculos familiares foram rompidos; A
indispensável a qualquer concessão do BPC,
proteção social especial de alta
considerada apenas dispensa da avaliação
complexidade compreende os serviços que
da capacidade laboral dos menores de 18
oferecem atendimento às famílias e
anos.
indivíduos com seus direitos violados, mas
cujos vínculos familiares não foram rompidos.
A sequência está CORRETA em:
C) A proteção social básica destina­se à
A) V, V, V, F.
população que vive em situação de
B) F, F, V, F.
vulnerabilidade social, ou seja, que tiveram
C) V, V, F, V.
os seus direitos violados.
D) F, V, V, F.

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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)

D) A proteção social especial é a modalidade ( ) Os anos 1980 e 1990 foram anos


assistencial destinada a famílias e indivíduos adversos para as políticas sociais e se
que se encontram em situação de constituíram em terreno particularmente árido
para o avanço da regressão neoliberal, que
vulnerabilidade, por ocorrência de abandono,
desgastou as bases dos sistemas de
maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso
proteção social e redirecionou as
sexual, uso de substâncias psicoativas,
intervenções do Estado em relação à
cumprimento de medidas socioeducativas, questão social.
situação de rua, situação de trabalho infantil,
entre outras. Assinale a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA.
35. A Assistência Social é um direito do A) V; V; F.
cidadão e dever do Estado, instituído pela B) V; F; V.
Constituição Federal de 1988. A partir de C) F; V; V.
D) F; V; F.
1993, com a publicação da Lei Orgânica
da Assistência Social – LOAS, é definida
37. O Código de Ética do Assistente Social
como Política de Seguridade Social, estabelece princípios fundamentais de
compondo o tripé da Seguridade Social, orientação valorativa do exercício profissional.
juntamente com a: Entre os onze princípios, encontra­se:
A) Saúde e Educação. A) A defesa dos direitos humanos dirigida às
B) Saúde e a Política do Idoso. ações focalizadas sobre os segmentos mais
C) Previdência Social e Habitação. vulneráveis como os pobres, encarcerados e
D) Saúde e Previdência Social. migrantes.
B) O reconhecimento da liberdade com
autonomia, emancipação e plena expansão
36. Analise as assertivas abaixo, concernentes
dos indivíduos sociais.
às tendências históricas e teórico­
C) A defesa dos direitos naturalmente
metodológicas do Serviço Social no Brasil e constituídos pelos indivíduos em busca de
assinale com (V) as verdadeiras e com (F) as felicidade, reprodução e sociabilidade.
falsas. D) O incentivo ao estabelecimento de ações,
( ) O conservadorismo católico que lutas e processos que favoreçam o espírito
caracterizou os anos iniciais do serviço social de cooperação da categoria profissional no
brasileiro, a partir dos anos 1940, começa a mercado.
ser tecnicizado, ao entrar em contato com o
38. O SUAS engloba:
serviço social norte­americano e suas
A) A gestão e a vinculação de entidades e
propostas de trabalho permeadas pelo
organizações de saúde.
caráter conservador da teoria social
B) A vigilância epidemiológica.
positivista. C) Os benefícios assistenciais.
( ) A partir dos anos 1980, o serviço social D) A vigilância sanitária.
vai apropriar­se do pensamento de Gramsci,
particularmente de suas abordagens acerca 39. Segundo o Estatuto da Criança e do
do Estado, sociedade civil, do mundo dos Adolescente (Lei nº 8.069/90) são direitos da
valores, da ideologia, da hegemonia, da Criança e do Adolescente: a liberdade, o

subjetividade e da cultura das classes respeito e a dignidade como pessoas humanas


em processo de desenvolvimento e como
subalternas.
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais.

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Considerando os aspectos compreendidos


pelo direito à liberdade da criança e do
adolescente, marque (V) para as alternativas
verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) Culto religioso e crença.
( ) Ressalvadas as restrições legais, ir, vir e
permanecer em logradouros públicos e
espaços comunitários.
( ) Praticar esportes, brincar e se divertir.
( ) Prioridade em programas sociais.
( ) Participar, sem discriminação, da vida
comunitária e familiar.

A sequência está CORRETA em:


A) V, F, V, V, V.
B) V, F, F, V, V.
C) F, F, V, V, V.
D) V, V, V, F, V.

40. Considerando a organização da Assistência


Social, com base na Constituição Federal de
1988, e na LOAS – Lei Orgânica da Assistência
Social, NÃO constitui uma diretriz da PNAS:
A) Descentralização político­administrativa,
respeitando­se as diferenças e as
características sócio­territoriais locais.
B) Universalização dos direitos sociais, a fim de
tornar o destinatário da ação assistencial
alcançável pelas demais políticas públicas.
C) Participação da população, por meio de
organizações representativas, na formulação
das políticas e no controle das ações.
D) Centralidade na família para concepção e
implementação dos benefícios, serviços,
programas e projetos.

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1ª PARTE: Língua Portuguesa

A solidão amiga
(Rubem Alves)

A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está
escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só.
Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...
Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na
solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir música... Assim, aos
sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as
fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a
cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando
dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua
amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se,
saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era
um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.
Faço-lhe uma sugestão: leia um livro a chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais
solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas,
é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde
nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o
silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de
Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não
acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama
sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei
agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios
que toleram apenas uma luz bruxuleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis".
A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se
escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a
você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que
é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela
não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que
fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E
pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa
maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se
comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta,
você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga...
Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha
inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a
ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência
é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e
invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de
mim.!"

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ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)

Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas
terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas
montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo,
frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos
pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não
suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a
alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não veem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e
nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a
sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a
dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de
solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno
é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele
escreveu sobre a sua solidão:
"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!
Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.
Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham
com pés saltitantes.
Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja
transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a
muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas
aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao
constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde
operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele
humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo
nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de
operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que
fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu
também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."
Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As
obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num
momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.
E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de
sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela
não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por
onde erraria a verdadeira Cecília..."
Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias
que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde
ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até
hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em
minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei
para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes,
ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um
patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles.

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ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)

Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão
de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento.
Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive
de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As
caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas
que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a
minha solidão...
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a
cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos...
Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói
uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.
Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão
feliz.

01. Uma leitura geral do texto nos permite inferir:


a) O autor reflete sobre o fato de se estar só, mostra a necessidade do autoconhecimento e leva o seu
interlocutor a uma redefinição de valores que se encontram, muitas vezes, cristalizados na mente
humana;
b) O mundo informatizado supre as carências, a solidão e o vazio que permeiam o ser humano, fato que
torna o homem contemporâneo tranquilo e bem relacionado e faz o texto aqui em foco cair no obsoleto;
c) O autor fala da solidão e mostra que apenas alguns são capazes de utilizá-la para transformar em algo
de útil para si e para os outros;
d) Todo a texto enaltece e prestigia a solidão, pois segundo o autor, nada mais construtivo, prazeroso e
eficaz do que está só.

02. O processo de argumentação utilizado na construção do texto é classificado como:


a) Epígrafe;
b) Paráfrase;
c) Citação;
d) Intertextualidade.

03. Observe o fragmento: “Não me parecia criatura inquestionavelmente real”. O termo em destaque
é formado por:
a) Parassíntese;
b) Derivação imprópria;
c) Prefixação e sufixação;
d) Justaposição.

04. "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das
solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas
uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.” O fragmento acima se caracteriza por estabelecer
uma figura de linguagem chamada de:
a) Prosopopeia;
b) Zeugma;
c) Hipérbato;
d) Anáfora.

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05. “As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a
buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música
clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...” O termo em destaque refere-se a:
a) Caminhadas;
b) Coisas;
c) Música clássica e beleza;
d) Meus pais.

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2ª PARTE: Matemática Lógica RASCUNHO

06. Assinale a sentença que é logicamente


equivalente a “Se fazer exercícios físicos
faz bem, então sedentarismo faz mal”.

a) Se fazer exercícios físicos não faz bem,


então sedentarismo não faz mal.

b) Fazer exercícios físicos faz bem ou


sedentarismo faz mal.

c) Fazer exercícios físicos faz bem ou


sedentarismo não faz mal.

d) Se sedentarismo não faz mal, então fazer


exercícios físicos não faz bem.

07. Três cidades C 1 , C 2 e C 3 dividem


a mesma subestação elétrica. Quando
chove em C 1 , há queda de energia
nesta cidade. Quando chove em C2 ,
ela também sofre uma queda de energia e
quando chove em C 3 ela não sofre
queda de energia. Se houve uma queda de
energia, podemos afirmar, do ponto de
vista lógico, que:

a) Choveu em C 1 e choveu em C 2 .

b) Não choveu em C3 .

c) Choveu em C3 .

d) Choveu em C1 .

08. No final de semana Pedro não foi ao jogo


de futebol. Sabe-se que, sempre que João
vai ao shopping, João fica feliz. Sabe-se
também que, no final de semana, ou
Carlos vai estudar ou vai a casa de sua
avó. Sempre que Carlos vai a casa de sua
avó, Pedro vai ao jogo de futebol, e,
sempre que Carlos vai estudar, João vai
ao shopping. Logo, podemos concluir
que, no final de semana:

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a) João não foi ao shopping e João ficou feliz. RASCUNHO

b) João não ficou feliz e Carlos não foi a casa


de sua avó.

c) Carlos foi estudar e João ficou feliz.

d) João foi ao shopping e Pedro foi ao jogo de


futebol.

09. Se Fred é culpado, então Leandro é


culpado. Se Fred é inocente, então, ou
Leandro é culpado, ou Sofia é culpada, ou
ambos, Leandro e Sofia são culpados. Se
Sofia é inocente, então Leandro é
inocente. Se Sofia é culpada, então Fred é
culpado. Assim podemos afirmar que:

a) Fred é culpado, Sofia é culpada e Leandro é


culpado.

b) Fred é inocente, Sofia é culpada e Leandro é


culpado.

c) Fred é inocente, Sofia é inocente e Leandro é


inocente.

d) Fred é culpado, Sofia é inocente e Leandro é


culpado.

10. Assinale a alternativa INCORRETA.

a) (P ⇒ Q)⇔(~ P ∨Q) é tautológica.

b) ~ ( P∧Q) é equivalente a ~ P ∨~ Q .

c) P∧~ P é uma contradição.

d) ~ ( P ⇒ Q) é equivalente a ~ P ∧~ Q .

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3ª PARTE: Conhecimentos Específicos

11. No atual Código de Ética do Serviço I. Advertência.


Social, a “opção pela construção de uma II. Obrigação de reparar o dano.
nova ordem social” (Art. VIII), constitui um III. Prestação de serviços à comunidade.
dos seus princípios fundamentais. Neste IV. Liberdade assistida.
sentido, é CORRETO afirmar que: V. Inserção em regime de semi liberdade.
a) A gestação de um projeto profissional VI. Internação em estabelecimento educacional.
vinculado a um projeto societário VII. Restrição da liberdade.
anticapitalista encontra-se relacionado ao
contraditório movimento das reservas de a) Somente I, II, III, IV, V e VI estão corretos.
força da profissão e das determinações do
b) Somente I, II, III, V e VI estão corretos.
capital.
c) Somente II, III e IV estão corretos.
b) Esse princípio evidencia que um projeto
d) Somente I, II e III estão corretos.
societário de superação do sistema do capital
deve ser elaborado e conduzido pela
14. Inserido no espaço de atuação
categoria dos(as) assistentes sociais em
profissional, o Assistente Social lida com
todos os recantos do mundo.
questões que envolvem a vida de sujeitos,
c) A partir do referido artigo pode-se inferir que
tendo como desafio fundamental a
o processo revolucionário para superação do
garantia de direitos em contraposição à
sistema do capital se inicia, ainda que com
violação de direitos. Nesse sentido, a
limitações, nos espaços de intervenção
intervenção profissional tem papel
profissional.
primordial. Considere as afirmações
d) A construção de uma nova ordem social
abaixo:
pelos(as) assistentes sociais tem como
I- O Assistente Social é detentor de um
principal determinante a luta pela efetivação
de políticas sociais de cunho universal. saber/poder e assume um lugar importante
na vida dos sujeitos e na dinâmica das
12. O Marxismo, enquanto teoria, é uma famílias.
“abordagem que considera a historicidade II- O tratamento que os indivíduos recebem e o
dos processos sociais e dos conceitos, as desenvolvimento das ações por parte dos
condições socioeconômicas de produção profissionais determinarão o destino e a
dos fenômenos e as contradições sociais” emancipação dos mesmos.
(Minayo, 2012) . Enquanto método, propõe III- Os profissionais acompanham situações de
a abordagem: indivíduos e de famílias, descortinando a
a) Histórica. intimidade das pessoas.
b) Materialista. IV- A pesquisa e o conhecimento de situações
c) Compreensiva. concretas são caminhos necessários para a
d) Dialética. compreensão dos fenômenos sociais
particulares com os quais o Assistente Social
13. (Lei nº 8.069/90) Verificada a prática de ato lida no seu cotidiano.
infracional, a autoridade competente V- Os Assistentes Sociais podem, em alguns
poderá aplicar ao adolescente as momentos, reproduzir os preconceitos e
seguintes medidas: juízos de valor de suas pessoas.

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Está CORRETO o que se afirma em: Está(ão) correta(s) apenas:


a) I, III e IV. a) 1.
b) I, II e IV. b) 2 e 5.
c) III, IV e V. c) 1, 2 e 5.
d) II, III e V. d) 1, 2 e 4.

15. A reflexão Ética Contemporânea do


17. O Estatuto do Idoso, aprovado pela Lei n°
Serviço Social, possibilitou desmistificar o
10.741/2003, afirma que “o envelhecimento
aspecto corporativo do Código de Ética
é um direito ____________ e a sua
Profissional, e compreendê-lo na
perspectiva de: proteção um direito social, nos termos
a) Fundamentar uma nova concepção ética da desta Lei e da legislação vigente.”
profissão a partir do neotomismo. Assinale a alternativa que preenche
b) Estabelecer os parâmetros de controle do corretamente a lacuna.
fazer profissional expressos nos direitos, a) Social.
deveres e proibições. b) Intransferível.
c) Diversificar as condutas profissionais para c) Personalíssimo.
adequá-las à competitividade no mercado d) Individual.
capitalista.
d) Priorizar a eficácia da prática profissional e 18. Em relação ao denominado Projeto-Ético
fazer frente às exigências e compromissos Político do Serviço Social é CORRETO
assumidos. afirmar que:
a) É consenso na literatura do Serviço Social
16. A discussão sobre a instrumentalidade do
que o atual Projeto Profissional deve ser
Serviço Social aponta.
reformulado face as determinações do
1. O avanço do conhecimento no Serviço Social
é responsável pela dicotomia entre teoria e mercado de trabalho.
prática. b) O Projeto Ético-Político do Serviço Social
2. As alterações no mundo do trabalho, na conforma um documento elaborado pelas
esfera do Estado, nas políticas sociais entidades representativas da profissão de
constituem mediações sobre as quais se difícil acesso aos (às) assistentes sociais.
desenvolve a instrumentalidade do exercício c) A materialização do novo projeto profissional
profissional e condicionam as respostas supõe a superação do modo de produção
profissionais. capitalista.
3. O aspecto instrumental-operativo das d) A gestação e a consolidação do Projeto
respostas profissionais e sua funcionalidade Ético-Político do Serviço Social relacionam-se
ao projeto reformista da burguesia são os ao processo de maturidade teórica, político-
determinantes da legitimidade da profissão organizativo e jurídico da profissão.
na sociedade.
4. A dimensão instrumental do Serviço Social
19. (Lei nº 8.742/93) A organização da
tem característica crítico-emancipadora na
Assistência Social tem como base as
medida em que se vincula a critérios de
seguintes diretrizes:
utilidade prática imediata e de eficácia no
I. Descentralização político-administrativa para
nível do imediato
os Estados, o Distrito Federal e os
5. Na perspectiva da razão dialética, a
Municípios, e comando único das ações em
instrumentalidade assume a condição de
cada esfera de governo.
categoria constitutiva da profissão e,como tal,
II. Participação da população, por meio de
permite acionar e potencializar os referenciais
organizações representativas, na formulação
técnicos,éticos, valorativos e políticos que
das políticas e no controle das ações em
compõem a cultura profissional.
todos os níveis.

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III. Primazia da responsabilidade do Estado na d) Passa a ser reconhecida como problemas a


condução da política de assistência social em serem tratados sob a intervenção contínua e
cada esfera de governo. sistemática do Estado e da Igreja, voltada
para a equidade social.
a) I, II e III estão corretos.
b) I e II estão corretos.
23. A inserção da política de assistência
c) II e III estão corretos.
social na Seguridade Social aponta seu
d) I e III estão corretos.
caráter de proteção social. Conforme
definido na Política Nacional de
20. O Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA determina como linhas de ação da Assistência Social –PNAS, a proteção
política de atendimento dos direitos da social deve garantir segurança de:
criança e do adolescente: a) Renda, autonomia e participação.
I- Políticas Sociais Básicas. b) Rendimento, de autonomia e de
II- Políticas e programas de assistência social, sobrevivência da família.
em caráter supletivo, às crianças e c) Sobrevivência, de acolhida e de convívio ou
adolescentes. vivência familiar.
III- Proteção jurídico-social por entidades de d) Autonomia, de sobrevivência e de
defesa dos direitos da criança e do convivência familiar.
adolescente.
24. Instrumental é o conjunto articulado de
Está CORRETO o que se afirma em: instrumentos e técnicas que permitem a
a) I, apenas.
operacionalização da ação profissional.
b) II, apenas.
Nessa concepção, é possível atribuir ao
c) I e II.
instrumento a natureza de estratégia ou
d) I e III.
tática, por meio da qual se realiza a ação,
21. Qual a alternativa que aponta o objeto de e a técnica, fundamentalmente, à
trabalho do Serviço Social na divisão habilidade no uso instrumental. Sobre os
social e técnica do trabalho? instrumentos utilizados na comunicação
a) A justiça social. oral, assinale a alternativa CORRETA.
b) O pluralismo. a) A visita tem um espaço próprio e peculiar,
c) A questão social. cujo objetivo é clarificar situações, considerar
d) A igualdade entre os povos. o caso na particularidade de seu contexto.
b) Um bom coordenador de grupo fala muito e
22. Sabemos que a “questão social” está ouve pouco; o silêncio que emerge no grupo
fundamentalmente vinculada ao conflito deve ser ignorado.
capital e trabalho. No capitalismo c) Reunião em equipe não pode ser
concorrencial, ela era tratada como ações
considerada um instrumento técnico, é
coercitivas pelo Estado. Com o advento
apenas um instrumento de planejamento e
do capitalismo monopolista, como passou
avaliação.
a ser tratada a “questão social”?
27. (Lei nº 8.069/90) De acordo com o Estatuto
a) Como elemento desencadeador das
da Criança e do Adolescente a tutela será
respostas sociais dadas, pelo Estado sob a
deferida, nos termos da lei civil, a pessoa
lógica de uma política redistributiva.
de até:
b) Torna-se objeto de respostas institucionais
a) 21 (vinte e um) anos incompletos.
por meio de políticas sociais.
b) 18 (dezoito) anos incompletos.
c) Como problemas sociais a serem resolvidos
c) 18 (dezoito) anos completos.
no âmbito da reforma fiscal.
d) 21 (vinte e um) anos completos.

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28. A NOB/SUAS disciplina a Assinale a alternativa que apresenta a


operacionalização da gestão da Política de sequência CORRETA, de cima para baixo:
Assistência Social, conforme a a) F, V, V, F, F.
Constituição Federal de 1988, a LOAS e a b) V, V, V, F, V.
legislação complementar aplicável nos c) V, V, F, F, V.
termos da PNAS/2004. Dentre seu d) V, F, F, V, F.
conteúdo estabelece:
a) Territorialização; níveis de gestão do SUAS e 30. A Lei Orgânica de Assistência Social –
financiamento. LOAS dispõe sobre a organização da
b) Territorialização; financiamento e regras de
assistência social. Assim, é CORRETO
transição.
afirmar:
c) Caráter do SUAS; instâncias de articulação,
a) A Assistência Social, direito do cidadão e
pactuação e deliberação que compõem o
dever do estado, é Política de Seguridade
processo democrático de gestão do SUAS e
Social contributiva, que provê os mínimos
financiamento.
sociais, realizada através de um conjunto
d) Funções da política pública de assistência
integrado de ações de iniciativa pública e da
social para extensão da proteção social,
sociedade.
matricialidade sócio familiar e proteção pró-
ativa. b) Tem como um dos princípios a supremacia
do atendimento às necessidades sociais
29. Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V). sobre as exigências de rentabilidade
Segundo a Lei nº 10.741/03, que dispõe econômica.
sobre o Estatuto do Idoso: c) Considera como entidades e organizações de
( ) É assegurada a atenção integral à saúde do Assistência Social aquelas que prestam, com
idoso, por intermédio do Sistema Único de fins lucrativos, atendimento e
Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso assessoramento aos beneficiários abrangidos
universal e igualitário. pela LOAS.
( ) A prevenção e a manutenção da saúde do d) A Assistência Social realiza-se de forma
idoso serão efetivadas por meio de desintegrada às políticas setoriais, visando
cadastramento da população idosa em base ao enfrentamento da pobreza e à garantia
territorial. dos mínimos sociais.
( ) O atendimento domiciliar inclui a internação,
para a população que dele necessitar e 31. A formulação e implementação de
esteja impossibilitada de se locomover, políticas sociais são concretizadas por
inclusive para idosos abrigados e acolhidos meio do planejamento. A distinção básica
por instituições públicas, filantrópicas ou sem entre plano, programa e projeto consiste
fins lucrativos conveniadas como o Poder
no(a):
Público somente na área urbana.
a) Nível de agregação de decisões e no
( ) Incumbe ao Poder Público fornecer aos
detalhamento das operações de execução.
idosos gratuitamente, medicamentos,
b) Grau de importância do objeto a ser atingido.
especialmente os de uso continuado, com
c) Posição hierárquica, no âmbito da gestão, de
exceção de próteses e órteses.
quem os escreve.
( ) Os idosos portadores de deficiência ou com
d) Opção pela nomenclatura, dado que são
limitação incapacitante terão atendimento
sinônimos.
especializado.

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32. (Lei nº 8.742/93) A assistência social d) Em consonância com a Lei Orgânica de


organiza-se por tipos de proteção. O Assistência Social (LOAS), delimita as
conjunto de serviços, programas, projetos famílias que se encontram abaixo da “linha
e benefícios da assistência social que visa de indigência” como o público-usuário da
a prevenir situações de vulnerabilidade e política de assistência social.
risco social por meio do desenvolvimento
de potencialidades e aquisições e do 35. De acordo com o Código de Ética
fortalecimento de vínculos familiares e Profissional constitui um dever do
comunitários, refere-se a: Assistente Social com relação às
a) Proteção Social Complexa. instituições empregadoras:
a) Empregar com transparência as verbas sob a
b) Proteção Social Básica.
sua responsabilidade para fins clientelistas e
c) Proteção Social Especial.
eleitorais.
d) Proteção Social Parcial.
b) Empenhar-se na viabilização dos direitos
sociais dos usuários, através de programas e
33. O Estatuto da Criança e do Adolescente políticas sociais.
estabelece as linhas de ação da política de c) Emprestar seu nome e registro profissional
atendimento à criança e ao adolescente, para simulação do exercício efetivo do
entre as quais podem-se apontar: Serviço Social.
a) Serviços especiais de atendimento para d) Contribuir para a preservação da correlação
todos os envolvidos. de forças institucionais, aparando as
b) Proteção jurídico-social para aqueles que legítimas demandas da instituição.
necessitam.
c) Serviços de prevenção a acidentes 36. A vertente modernizadora, cuja
domésticos. formulação teórico-metodológica,
d) Políticas sociais básicas. encontra-se afirmada nos Documentos de
Araxá e Teresópolis, concebe o Serviço
Social como:
34. Em relação à Política Nacional de
a) Um processo político ideológico realizado
Assistência Social (PNAS) aprovada pela
através de um trabalho pedagógico.
Resolução nº 15, de 15 de outubro de
b) Um instrumento profissional de suporte às
2004, do Conselho Nacional de políticas de desenvolvimento.
Assistência Social (CNAS), é correto c) Um instrumento de intervenção no nível das
afirmar que a PNAS: relações sociais.
a) Define o Centro de Referência da Assistência d) Uma ciência aplicada que utiliza
Social (CRAS) como unidade pública estatal conhecimentos sistematizados.
responsável pela oferta dos serviços
socioassistenciais. 37. A partir da literatura crítica do Serviço
b) Tem como um dos principais objetivos a Social sobre os movimentos sociais é
provisão de serviços, programas, projetos e correto afirmar que:
benefícios de proteção social básica para a) A contradição de classe confere centralidade
aqueles que estão em situação de às lutas por emancipação social por constituir
vulnerabilidade e risco social. o fundamento que imprime particularidade ao
modo de produção capitalista.
c) Define a segurança de sobrevivência como a
b) É ingenuidade política e, principalmente,
garantia de rendimentos mediante a provisão
teórica traçar diferenciações entre
de um salário mínimo para as famílias que
movimentos sociais e mobilizações sociais,
estão em situação de vulnerabilidade e risco
pois ambos expressam um
social. descontentamento com a ordem social
capitalista.

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c) O reformismo, no Brasil, - a principal corrente 40. O projeto ético-político do Serviço Social


política das organizações sindicais - exerceu tem como pressupostos.
influência nas primeiras lutas do trabalho, 1. Diminuição das desigualdades sociais e
como redução da jornada de trabalho, superação da pobreza.
melhorias salariais, seguro contra acidente de 2. Autodeterminação dos usuários e construção
trabalho. da contra-hegemonia na sociedade.
d) O surgimento dos movimentos sociais, no 3. Opção por um projeto profissional vinculado a
Brasil, é uma determinação da conjuntura uma nova ordem societária.
socioeconômica dos anos de 1990.
4. Cidadania e bem estar social através da
assistência social.
38. Constitui-se competência do Assistente
5. Justiça social e liberdade como valores
Social de acordo com a Lei nº 8662/93,
universais.
EXCETO:
a) Encaminhar providências, e prestar
orientação social a indivíduos, grupos e à São CORRETAS apenas:
população. a) 1, 4 e 5.
b) Avaliar políticas sociais junto a órgãos da b) 1, 2 e 4.
administração pública direta ou indireta. c) 3 e 5.
c) Dirigir serviços técnicos de Serviço Social em d) 2 e 3.
entidade públicas ou privadas.
d) Planejamento, organização e administração
de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço
Social.

39. Como bem se situa o Código de Ética


Profissional dos Assistentes Sociais nas
últimas décadas, o Serviço Social se
desenvolveu teórica e praticamente,
laicizou-se e apresenta-se como profissão
reconhecida academicamente e legitimada
socialmente. A revisão do Código de 1986,
veio, portanto, atender a uma exigência
dessa evolução:
a) Ratificou os valores do compromisso ético e
do pluralismo, retirou o princípio da equidade
e ampliou os itens das relações com as
instituições empregadoras.
b) Reafirmou os valores da liberdade e da
justiça social, articulando-os ao princípio da
democracia e precisou a normatização do
exercício profissional.
c) Confirmou os valores do pluralismo e da
autonomia, articulando-os ao princípio da
cidadania e detalhou itens relacionados às
organizações da sociedade civil.
d) Reafirmou os valores da autonomia e da
justiça social, acrescentou o princípio da
liberdade e reduziu os itens das relações com
os usuários.

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Graciliano Ramos; talvez o aniversariante


NÍVEL SUPERIOR mais lembrado do grupo e que merece um
olhar cuidadoso e atento para os motivos de
sua permanência no cânone nacional.
PROTUGUÊS Os homens e mulheres do Nordeste foram
protagonistas de mais outras tantas obras dos
TEXTO: A palavra foi feita para dizer contemporâneos de Graciliano Ramos.
Considero que o maior mérito de Vidas Secas,
Socorro Acioli, Publicado (01:30 | 15/09/2018) justamente por ser o mais difícil de alcançar, é
o trabalho com a linguagem e a narração.
Quando Vidas Secas foi publicado, na
Apesar de ser contado por um narrador
primeira metade do século XX, os artistas
onisciente, o uso impecável e invisível do
procuravam encontrar seu lugar depois que os
discurso indireto livre provoca o efeito de uma
portões da criação tinham sido escancarados
polifonia sofisticada.
pelas vanguardas. A partir de então era não só
possível, mas necessário ousar em qualquer Aos oitenta anos, não constato sinais de
direção: nos temas, na forma e na linguagem. velhice neste livro. Ainda há muita vida aqui.
No Brasil, o modernismo já fincara suas bases É possível falar de Vidas Secas pelos olhos da
e, quase nos anos quarenta, contava com um história, da sociologia, da literatura, do seu
time de autores que a historiografia literária lugar na trajetória do autor, na linha do tempo
considerou pertencente ao que chamou de do Brasil, mas escolho outra via para dizer
segunda fase do modernismo. porque fechei o livro com a certeza de que
essa obra continua forte: há um grande poema
Quase todos eram regionalistas, essa alcunha
escondido em Vidas Secas, adormecido. Há
tão mal compreendida e que, muitas vezes,
música no chocalho das palavras. Barbicacho,
desperta a reação equivocada de um rótulo que
trempe, macambira, suçuarana, baraúna,
diminui, mas que fortalece e amplia. Um dos
taramela, aió, pelame, enxó, marrã, mundéu,
pulsos de qualquer literatura nacional está
pucumã, jirau, losna, craveiro, arribação - as
fundamentado justamente na capacidade de
aves que cobrem o mundo de penas, expressão
falar do próprio chão e de como homens e
que quase batizou o livro.
mulheres andaram, marcharam e caíram sobre
ele. Para além de um grande romance, Vidas Secas
é também poesia e música, um bloco de
No ano de 1938, foram publicados, entre
camadas sobrepostas de sentidos que o tempo
outros: Olhai os lírios do campo, de Érico
tem tratado de realçar. Poucos octogenários
Veríssimo; Pedra Bonita, de José Lins do
chegam tão vivos ao seu aniversário. Os
Rego; A estrada do mar, de Jorge Amado;
passos desse livro ainda estão vindo pela
Cazuza, de Viriato Correia; Porão e Sobrado,
estrada nos pés de Fabiano, Sinhá Vitória, os
de Lygia Fagundes Telles e Vidas Secas, de

Concurso para provimento de cargos da Prefeitura de Mauriti – Data: 14/10/2018

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meninos sem nome e os olhos vivos da cadela A) A possibilidade de várias vozes no texto;
chamada Baleia, que também é Palavra. B) Voz narrativa que tudo sabe;
Graciliano disse que a palavra não foi feita
C) O narrador sempre permite a fala da
para enfeitar, brilhar como ouro falso; a
palavra foi feita para dizer. personagem;
D) Experimentos com a linguagem;
E) Presença de muita prosa poética.
01. (CONCURSO MAURITI/2018) Uma
leitura global do texto nos permite
inferir: 03. (CONCURSO MAURITI/2018) Temos o
conhecimento que a concordância
A) A utilização de termos regionais e em nominal é “realizada em função da
desvio da norma culta só é permitida dentro palavra determinante, ou seja, a palavra
do contexto literário, por isso a cronista que exigirá determinadas flexões de um
afirma que há um grande poema escondido outro elemento, por exemplo, o adjetivo
em Vidas Secas; (determinado), o qual concorda em
gênero e número com o substantivo
B) A Segunda Geração do Modernismo (determinante)”. No fragmento -
brasileiro completará mais uma década em Quando Vidas Secas foi publicado - há
2020; um desvio de afirmação supracitada,
denominada de:
C) A partida inicial para todo o tipo de
experimentalismo na Arte e, mais A) Elemento remissivo;
especificamente, na Literatura ocorre com a B) Alteração de determinado;
publicação de Vidas Secas;
C) Concordância ideológica – silepse;

D) A cronista considera relevante a escrita que D) Licença poética;


reflete as condições de vida, de costumes, E) Aforismo.
de lutas e de morte inseridas em um
contexto próprio;
04. Os homens e mulheres do Nordeste foram
protagonistas de mais outras tantas obras
E) Graciliano foi o único autor que instituiu o
dos contemporâneos de Graciliano
Nordeste brasileiro como cenário de sua
Ramos. O termo em destaque é
obra.
classificado como:

02. (CONCURSO MAURITI/2018) Sob a A) Objeto indireto;


ótica da cronista, é característica de
Vidas Secas, exceto: B) Objeto direto;

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C) Predicativo do objeto; C) Paula chegará há hora prevista;


D) Complemento nominal; D) Há muito tempo e perspectivas de estudo;
E) Adjunto adnominal. E) Li Vidas Secas há muitos anos.

05. (CONCURSO MAURITI/2018) “... do 07. (CONCURSO MAURITI/2018) Dada


seu lugar na trajetória do autor,...” O sequência a seguir, marque a opção que
pronome possessivo, dentro da oração, é não apresenta desvio na grafia das
classificado como: palavras:

A) Funciona como pronome adjetivo e A) Transgressão; distorsão; consessão;


expulsão; contorção;
desempenha a função sintática de adjunto
adnominal; B) Transgreção; distorção; concessão;
expulção; contorsão;
B) Funciona como pronome substantivo e
desempenha a função sintática de adjunto C) Transgressão; distorção; conseção;
adnominal; expulsão; contorção;

D) Transgreção; distorsão; consessão;


C) Funciona como pronome adjetivo e
expulção; contorsão;
desempenha a função sintática de
predicativo do sujeito; E) Transgressão; distorção; concessão;
expulsão; contorção.
D) Funciona como pronome substantivo e
desempenha a função sintática de 08. (CONCURSO MAURITI/2018) O
complemento nominal; sujeito da primeira oração do
fragmento: Considero que o maior mérito
E) Funciona como pronome possessivo e de Vidas Secas, justamente por ser o mais
desempenha a função sintática de difícil de alcançar, é o trabalho com a
complemento nominal; linguagem e a narração. é:

06. (CONCURSO MAURITI/2018) Ainda A) Vidas Secas;


há muita vida aqui. Marque a opção em B) Maior mérito;
que o uso do “há” está incorreto:
C) O mais difícil.

A) Há mais de oito décadas que Vidas Secas D) Trabalho;

foi publicacdo; E) (Eu);

B) Há muitos livros de temática regionalista;

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09. (CONCURSO MAURITI/2018) Utilize o A) Pedro vá ao supermercado fazer as


seguinte código: compras;

I - homônimos perfeitos; B) Joana, minha flor, aproxime-se dos demais


colegas;
II - homônimos homófonos;
C) Nossos representantes, muitas vezes,
III- homônimos homógrafos;
pensam apenas neles próprios;
IV – parônimo.
D) Os concorrentes, porém, não chegaram no
( ) Caminho seguindo o caminho que outros horário;
traçaram;
E) Converso, brigo, apresento todas as
( ) O cavaleiro era bastante cavalheiro;
informações para que se convençam de que
( ) Embora possa diferir do pedido, tenho que falo a verdade.
deferir;

( ) A prova teve um significativo número de


acerto, vou estudar para ver se acerto mais;

( ) Houve um tempo em que nossas conversas


eram proveitosas, hoje ele nem me ouve
mais.

A) IV; III; II; II; I;


B) I; IV; IV; III; II;
C) I; II; III; IV; I;
D) II; III; III; I; IV;
E) III; I; I; II; IV.

10. (CONCURSO MAURITI/2018) Observe


o uso da vírgula no excerto a seguir, em
seguida marque a opção em que o uso da
vírgula está incorreto: No Brasil, o
modernismo já fincara suas bases...

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acusar o movimento como orquestrado por


CONHECIMENTOS GERAIS empresas que financiavam a greve
caracterizando o que é conhecido como
“locaute”.
11. (CONCURSO MAURITI/2018) Em
maio de 2018 ocorreu um movimento que
12. (CONCURSO MAURITI/2018)
levou a paralisação quase total do
Realizada de quatro em quatro anos, a
sistema de transportes no Brasil. Foi a
Copa do Mundo de Futebol tem
nomeada Greve dos caminhoneiros.
repercussões mundiais e reflexos
Sobre o tema da greve dos
econômicos que atingem cifras
caminhoneiros marque a OPÇÃO
financeiras enormes. No ano de 2018 o
ERRADA:
evento da copa do mundo foi realizado:
A) Contou com o amplo apoio do poder
executivo nacional em Brasília que viu no A) No Brasil;
movimento uma importante estratégia para B) No Japão e na Coreia;
mudar a politica de preços da Petrobrás que
passaria assim a se tornar a principal aliada C) Na Rússia;
dos caminhoneiros em suas reivindicações;
D) No Catar;
B) Foi articulada através do uso de diversos
canais de comunicação como as redes E) Na França
sociais, em especial o dispositivo chamado
WhatsApp, chegando a ter assim alcance
nacional com a falta de abastecimento de 13. (CONCURSO MAURITI/2018)
combustíveis e mercadorias instalando uma
Atingindo em sua área continua os
sensação de crise nacional;
estados de Goiás, Tocantins, Mato
C) Contando com ampla articulação através Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
das redes sociais, a greve dos Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí,
caminhoneiros atingiu praticamente todo o Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito
País, com fortes desdobramentos em todas
Federal, além de áreas em Roraima,
as áreas da economia;
Amazonas e Amapá, é o segundo maior
D) Uma das principais pautas de bioma da América do Sul e dos mais
reivindicações dos caminhoneiros foi importantes do Brasil. Marque a
relacionada à politica de preços de alternativa correta sobre que nome
combustíveis praticados pela Petrobras eo
recebe esse bioma:
pagamento dos fretes;
E) O movimento conhecido como “a greve dos A) Pampas Gaúchos;
caminhoneiros” sofreu uma dura repressão B) Caatinga;
das forças governamentais que chegaram a

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C) Cerrado; Recife. São municípios que compõem a


Região Metropolitana do Cariri,
D) Floresta Atlântica;
EXCETO:
E) Floresta Amazônica.
A) Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha;
B) Caririaçu, Farias Brito, Jardim;
14. (CONCURSO MAURITI/2018) Sobre o
C) Missão Velha, Nova Olinda, Santana do
Geopark Araripe assinale a
Cariri;
ALTERNATIVA ERRADA:
D) Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha;
A) Está localizado no Sul do Estado do Ceará,
mais exatamente na região que corresponde E) Mauriti, Porteiras, Icó.
às divisas dos Estados do Ceará,
Pernambuco e Piauí;
B) Tem como principal área de atuação os 16. (CONCURSO MAURITI/2018)
elementos geo-ambientais do Maciço de Sobre a localização geográfica do
Baturité e do Sertão Central; Município de Mauriti marque a opção
correta:
C) Devido ao seu caráter diversificado em
atuação, o seu trabalho trata de diversos A) Localizado na região sul do Ceará, na zona
aspectos indo além do tratamento da bacia fisiografica do Sertão Central;
de fósseis, tratando também de estudos
sobre os processos humanos e históricos no B) Localizado na região sul do Ceará, na zona
Cariri Cearense; fisiografica do Cariri;
D) O Geopark Araripe é o pioneiro na C) Localizado na região centro-meridional do
América do Sul; Ceará, na zona do Maciço;
E) A sede de gerenciamento do Geopark D) Localizado na região Norte do Ceará, na
Araripe é localizada no município de Crato zona do Maciço do Araripe;
– CE.
E) Localizado na Região centro-oeste do
Ceará, na zona fisiografica do Jaguaribe.
15. (CONCURSO MAURITI/2018) De
acordo com dados da Secretaria das
17. (CONCURSO MAURITI/2018) “A
Cidades do Estado do Ceará, “O
capela de N. Sra. da Conceição nasceu
conjunto urbano da Região
numa área doada pelo Capitão Miguel
Metropolitana do Cariri (RMC) está
Dantas, no cumprimento de uma
situado a uma distância média de 600 km
promessa alcançada para livrar-se do
das duas metrópoles regionais
cólera-morbus em 06-09-1870.” Mary
nordestinas mais próximas, Fortaleza e
Hismênia S. D. N. de Figueiredo. De

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acordo com as afirmações da autora 20. (CONCURSO MAURITI/2018) Segundo


acerca dos atos fundadores do Município a autora Mary Hismênia S. D. N. de
de Mauriti podemos entender que a Figueiredo, considerando os “dados
fundação do município se deu no coletados de 1994, Mauriti foi o teceiro
contexto histórico: maior consumidor de energia rural da
região.” O processo de eletrificação em
A) Do Brasil da República Velha;
Mauriti tem inicio, ainda segundo a
B) Do Brasil do Estado Novo; autora em 1948, com a chegada do
primeiro motor de energia e
C) Do Brasil da Redemocratização;
posteriormente com a chegada de energia
D) Do Brasil Colônia; de Paulo Afonso. Sobre a eletrificação em
Mauriti é correto afirmar:
E) Do Brasil Império.
A) Mauriti foi o município pioneiro no interior
do Estado do Ceará no processo de
18. (CONCURSO MAURITI/2018) São eletrificação;
distritos do Município de Mauriti:
B) O município de Mauriti se apresenta com
A) Palestina; Coité; Buritizinho; uma das menores taxas de consumo de
energia elétrica do interior do Ceará;
B) Dom Quintino, Lameiro, Ponta da Serra;
C) Quando ainda não contava com a
C) Umburanas, Palestina, Dom Quintino; eletrificação do sistema do Estado do
D)Palestina, Olho D’Aguas, Gavião; Ceará, a cidade de Mauriti era abastecida de
energia pela rede que vinha do Estado de
E) Umburanas, Buritizinho, Mirante. Pernambuco;
D) Com a sua economia girando em torno de
atividades rurais, os governos de Mauriti
19. (CONCURSO MAURITI/2018) não tiveram grandes preocupações em
Fazem limites do Município de Mauriti: desenvolver um sistema de eletrificação da
cidade, o que veio ocorrer com grande
A) Milagres, Brejo Santo, Barro, Paraíba, Rio atraso em relação a outros municípios da
Grande do Norte; região;
B) Milagres, Brejo Santo, Barbalha, Caririaçu; E) Graças aos esforços das gestões municipais
de Mauriti junto ao Governo do Estado do
C) Milagres, Brejo Santo, Porteiras, Jati, Pena
Ceará, foi adquirida a energia que vinha de
Forte;
Paulo Afonso, o que promoveu importantes
D) Milagres, Brejo Santo, Barro, Porteiras, mudanças e progresso nos lares e na
Caririaçu. agricultura e comércio.

E) Milagres, Brejo Santo, Barro, Paraíba,


Pernambuco;

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Penal”. Com base nos procedimentos


ASSISTENTE SOCIAL previstos na Lei, podemos destacar:

I – Remeter, no prazo legal, os autos do


21. (CONCURSO MAURITI /2018) De inquérito policial ao Juiz e ao Ministério
acordo com a Lei Maria da Penha, Público;
capítulo II, seção III, que trata “Das II – Determinar que se proceda ao exame de
medidas protetivas de urgência à corpo de delito da ofendida e requisitar
ofendida”, poderá o juiz, quando outros exames periciais necessários;
necessário, sem prejuízo de outras
III – Colher todas as provas que servirem para
medidas:
o esclarecimento do fato e de suas
A) Determinar do afastamento da ofendida do circunstâncias;
lar, sem prejuízo dos direitos relativos a IV – Remeter, no prazo de 24 (vinte e quatro)
bens, guarda dos filhos e alimentos. horas, expediente apartado ao juiz com o
pedido da autoridade policial, para avaliar a
B) Restringir ou suspender as visitas aos necessidade da concessão de medidas
dependentes menores, ouvida a equipe de protetivas de urgência;
atendimento multidisciplinar ou serviço
similar. Estão corretos os itens:

C) Implementar atendimento policial A) I, II e IV


especializado para as mulheres.
B) I, II e III
D) Determinar o afastamento do lar, domicílio
ou local de convivência com a ofendida. C) II, III e IV

E) Determinar a prisão em 48 (quarenta e oito) D) II e IV


horas e afastamento temporário do lar,
E) III e IV
domicílio ou local de convivência com a
ofendida.
23. (CONCURSO MAURITI /2018) Em
conformidade com a Lei Orgânica da
22. (CONCURSO MAURITI /2018)
Assistência Social, assinale a alternativa
Conforme o Artigo 12, da Lei Maria da
que apresenta uma competência do
Penha “Em todos os casos de violência
Conselho Nacional de Assistência Social.
doméstica e familiar contra a mulher,
feito o registro da ocorrência, deverá a A) Efetuar o pagamento dos auxílios
autoridade policial adotar, de imediato, natalidade e funeral.
os seguintes procedimentos, sem prejuízo
daqueles previstos no Código de Processo B) Divulgação ampla dos benefícios, serviços,
programas e projetos assistenciais, bem

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como dos recursos oferecidos pelo Poder E) Conjunto de serviços, programas e projetos
Público e dos critérios para sua concessão. que tem por objetivo contribuir para a
reconstrução de vínculos familiares e
C) Aprovar a Política Nacional de Assistência comunitários, a defesa de direito, o
Social. fortalecimento das potencialidades e
D) Atender, em conjunto com os Municípios, aquisições e a proteção de famílias e
às ações assistenciais de caráter de indivíduos para o enfrentamento das
emergência. situações de violação de direitos.

E) Executar os projetos de enfrentamento da


pobreza, incluindo a parceria com 25. (CONCURSO MAURITI /2018)
organizações da sociedade civil. “Caracteriza-se por um conjunto de
ações de saúde, no âmbito individual e
24. (CONCURSO MAURITI /2018) coletivo, que abrange a promoção e a
Conforme previsto na Lei 8.742/93 (Lei proteção da saúde, a prevenção de
Orgânica da Assistência Social), entende- agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
se por Proteção Social Especial: reabilitação, redução de danos e a
manutenção da saúde com o objetivo de
A) As provisões suplementares e provisórias desenvolver uma atenção integral que
que integram organicamente as garantias do impacte na situação de saúde e
Suas e são prestadas aos cidadãos e às autonomia das pessoas e nos
famílias em virtude de nascimento, morte,
determinantes e condicionantes de saúde
situações de vulnerabilidade temporária e
de calamidade pública. das coletividades. É desenvolvida por
meio do exercício de práticas de cuidado
B) Conjunto de serviços, programas, projetos e e gestão, democráticas e participativas,
benefícios da assistência social que visa a sob forma de trabalho em equipe,
prevenir situações de vulnerabilidade e dirigidas a populações de territórios
risco social por meio do desenvolvimento definidos, pelas quais assume a
de potencialidades e aquisições e do
responsabilidade sanitária, considerando
fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários. a dinamicidade existente no território em
que vivem essas populações. Utiliza
C) As atividades continuadas que visem à tecnologias de cuidado complexas e
melhoria de vida da população e cujas variadas que devem auxiliar no manejo
ações, voltadas para as necessidades das demandas e necessidades de saúde de
básicas, observem os objetivos, princípios e
maior frequência e relevância em seu
diretrizes estabelecidos nesta Lei.
território, observando critérios de risco,
D) É um dos instrumentos das proteções da vulnerabilidade, resiliência e o
assistência social que identifica e previne as imperativo ético de que toda demanda,
situações de risco e vulnerabilidade social e necessidade de saúde ou sofrimento
seus agravos no território. devem ser acolhidos”.

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De acordo com a Portaria 2.488/2011, o articulação entre todas as unidades de


texto acima define o (a): provisão do SUAS”. A definição, extraída
da Norma Operacional Básica do SUAS,
A) Atenção básica
refere-se a:
B) Centro de Atenção Psicossocial - CAPS
A) Vigilância socioassistencial
C) Atenção hospitalar
B) Proteção pró-ativa
D) Unidade de Pronto Atendimento - UPA
C) Rede socioassistecial
E) Participação e controle social
D) Matricialidade sociofamiliar
E) Territorialização
26. (CONCURSO MAURITI /2018) De
acordo com a Lei de Regulamentação da
Profissão de Assistente Social, assinale a 28. (CONCURSO MAURITI /2018)
alternativa que NÃO constitui uma Conforme o Artigo 25, do Decreto
Atribuição Privativa deste profissional. 5.209/2004, “as famílias atendidas pelo
Programa Bolsa Família permanecerão
A) Treinamento, avaliação e supervisão direta
com os benefícios liberados mensalmente
de estagiários de Serviço Social.
para pagamento, salvo na ocorrência das
B) Dirigir e coordenar unidades de ensino e seguintes situações”. Com base nas
cursos de Serviço Social, de graduação e situações previstas no Decreto, podemos
pós-graduação. destacar:
C) Realizar estudos socioeconômicos com os
usuários para fins de benefícios e serviços I - Desligamento por ato voluntário do
sociais junto a órgãos da administração beneficiário ou por determinação judicial.
pública direta e indireta, empresas privadas
II - Cumprimento de condicionalidade que
e outras entidades.
acarrete suspensão ou cancelamento dos
benefícios concedidos, na forma do § 4o do
D) Realizar vistorias, perícias técnicas, laudos
art. 28.
periciais, informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social. III - Comprovação de trabalho infantil na
família, nos termos da legislação aplicável.
E) Dirigir e coordenar associações, núcleos,
centros de estudo e de pesquisa em Serviço IV - Omissão de informações ou prestação de
Social. informações falsas para o cadastramento
que habilitem indevidamente o declarante e
sua família ao recebimento dos benefícios
27. (CONCURSO MAURITI /2018) financeiros do Programa Bolsa Família ou
“Conjunto integrado da oferta de dos Programas Remanescentes.
serviços, programas, projetos e
Estão CORRETOS os itens:
benefícios de assistência social mediante

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A) I, III e IV IV – Centralidade na família para concepção e


implementação dos benefícios, serviços,
B) I, II e IV
programas e projetos.
C) II e IV
Estão corretos os itens:
D) II, III e IV
E) II e III A) I e III
B) I e IV

29. (CONCURSO MAURITI /2018) De C) II e IV


acordo com a Lei Maria da Penha D) II e III
(11.340/2006) a conduta que configure E) I, II e IV
calúnia, difamação ou injúria, é
classificada como:
31. (CONCURSO MAURITI /2018) “São
A) Violência patrimonial
constituídos por equipes compostas por
B) Violência moral profissionais de diferentes áreas de
C) Violência psicológica conhecimento, que devem atuar de
maneira integrada e apoiando os
D) Violência sexual
profissionais das Equipes Saúde da
E) Violência física Família, das Equipes de Atenção Básica
para populações específicas (consultórios
na rua, equipes ribeirinhas e fluviais,
30. (CONCURSO MAURITI /2018) Em etc.) e academia da saúde,
consonância com o disposto na LOAS, compartilhando as práticas e saberes em
capítulo II, seção I, artigo 4°, a saúde nos territórios sob
Assistência Social rege-se por princípios, responsabilidade destas equipes, atuando
dentre os quais podemos destacar: diretamente no apoio matricial às
I – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is)
programas e projetos assistenciais, bem está vinculado e no território destas
como dos recursos oferecidos pelo Poder equipes.”. De acordo com a Portaria
Público e dos critérios para sua concessão. 2.488/2011, o texto acima define o (a):
II – Primazia da responsabilidade do Estado na A) Centro de Atenção Psicossocial – CAPS
condução da Política de Assistência Social
em cada esfera de governo. B) Programa Saúde na Escola – PSE
C) Núcleo de Apoio a Saúde da Família –
III – Universalização dos direitos sociais, a fim
de tornar o destinatário da ação assistencial NASF
alcançável pelas demais políticas públicas.
D) Residência Terapêutica

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E) Centro de Referência da Mulher e a equipe multiprofissional. Portanto, é


uma atividade que envolve não só os
diferentes profissionais da área da saúde,
32. (CONCURSO MAURITI /2018) Sobre como também o usuário e sua família.
os conceitos de Projeto Terapêutico ( ) É instrumento de avaliação familiar
Singular, Genograma, Ecomapa e bastante útil no mapeamento de redes,
Atendimento Domiciliar Compartilhado, apoios sociais e ligações da família com a
relacione as colunas e marque a comunidade. Representa as interações da
sequência CORRETA. família com pessoas, instituições ou grupos
sociais em determinado momento. Esse
1 – Projeto Terapêutico Singular instrumento conecta as circunstâncias ao
meio ambiente e auxilia na identificação
2 – Genograma dos padrões organizacionais familiares.

3 – Ecomapa
A) 1, 3, 4 e 2
4 – Atendimento Domiciliar Compartilhado
B) 2, 3, 1 e 4
C) 4, 1, 3 e 2
( ) A principal função é organizar os dados
referente à família e seus processos D) 3, 2, 1 e 4
relacionais. Permite visualização rápida e E) 2, 1, 4 e 3
abrangente da organização familiar e suas
principais características, constituindo um
mapa relacional onde são registrados dados 33. (CONCURSO MAURITI /2018) São
relevantes ao caso. Possibilita analisar a
características do processo de trabalho
estrutura da família, sua composição,
problemas de saúde, situações de risco e das equipes de Atenção Básica,
padrões de vulnerabilidade. Retrata a EXCETO:
história familiar, identificando sua
estrutura, funcionamento, relações e A) Prover atenção integral, contínua e
conflitos entre os membros. organizada à população adscrita.

( ) Constitui-se em um conjunto de propostas B) Apoiar as estratégias de fortalecimento da


de condutas terapêuticas articuladas, para gestão local e do controle social.
um sujeito individual ou coletivo, resultado
da discussão de uma equipe interdisciplinar, C) Desenvolver ações intersetoriais, integrando
que pode ser apoiada pela equipe NASF. É projetos e redes de apoio social, voltado
uma variação da discussão de “caso clínico” para o desenvolvimento de uma ação
e geralmente é dedicado às situações mais integral.
complexas.
D) Definição do território de atuação e de
( ) Tem como pontos fundamentais o paciente, população sob responsabilidade das UBS e
a família, o cuidador, o contexto domiciliar das equipes.

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E) Desenvolver, disponibilizar e implementar I – A punibilidade do Assistente Social, por


os sistemas de informações da Atenção falta sujeita a processo ético e disciplinar,
Básica de acordo com suas prescreve em 3 (três) anos, contados da data
responsabilidades.
da verificação do fato respectivo.

34. (CONCURSO MAURITI /2018) Em II – A pena de multa variará entre o mínimo


conformidade com a Lei Orgânica da correspondente ao valor de uma anuidade e
Assistência Social, as instâncias o máximo do seu décuplo.
deliberativas do SUAS, de caráter
permanente e composição paritária entre III – Serão eliminados/as dos quadros dos
governo e sociedade civil, são: CRESS aqueles/as que fizerem falsa prova
dos requisitos exigidos nos conselhos.
I – o Conselho Nacional de Assistência Social

II – os Conselhos Estaduais de Assistência IV – Serão considerados na aplicação das


Social penas os antecedentes profissionais do/a
infrator/a e as circunstâncias em que
III – o Conselho de Assistência Social do ocorreu a infração.
Distrito Federal
A) II, III e IV
IV – os Conselhos Municipais de Assistência
Social B) I e IV
Estão corretos os itens: C) I, II e III
D) I e III
A) Apenas II, III e IV
E) I, II, III e IV
B) I, II, III e IV
C) Apenas I, II e IV
D) Apenas I e III 36. (CONCURSO MAURITI /2018)
E) Apenas II e III Considerando o Título IV do Código de
Ética do Assistente Social (1993) que
trata “Da Observância, Penalidades,
35. (CONCURSO MAURITI /2018) A Aplicação e Cumprimento deste Código”,
Resolução CFESS n° 273/93, institui o constituem infrações disciplinares,
Código de Ética do Assistente Social e dá EXCETO:
outras providências. Com relação às
penalidades previstas, analise as A) Fazer ou apresentar declaração, documento
falso ou adulterado, perante o Conselho
afirmativas e marque a alternativa que
Regional ou Federal.
apresenta os itens corretos.

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B) Deixar de pagar, regularmente, as E) Contribuir para a viabilização da


anuidades e contribuições devidas ao participação efetiva da população usuária
Conselho Regional de Serviço Social a que nas decisões institucionais.
esteja obrigado/a.

C) Exercer a profissão quando impedido/a de 38. (CONCURSO MAURITI /2018) De


fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o acordo com o artigo 56 do Estatuto da
seu exercício ao/às não inscritos/as ou Criança e do Adolescente, os dirigentes
impedidos/as.
de estabelecimentos de ensino
D) Participar de instituição que, tendo por fundamental comunicarão ao Conselho
objeto o Serviço Social, não esteja inscrita Tutelar os casos de:
no Conselho Regional.
I – Elevados níveis de repetência.
E) Prevalecer-se de cargo de chefia para atos
II – Maus-tratos envolvendo seus alunos.
discriminatórios e de abuso de autoridade.
III – Problema relacionado ao comportamento
de seus alunos.
37. (CONCURSO MAURITI /2018) O
Código de Ética Profissional do IV – Reiteração de faltas injustificadas e de
Assistente Social, instituído pela evasão escolar, esgotados os recursos
Resolução 273/93, estabelece deveres a
escolares.
este profissional. Um dos deveres
estabelecidos, na sua relação com outros
profissionais, é: Estão corretos os itens:

A) I, II e IV
A) Incentivar, sempre que possível, a prática
profissional interdisciplinar. B) I, II e III
C) II, III e IV
B) Respeitar a autonomia dos movimentos
populares e das organizações das classes D) I, III e IV
trabalhadoras.
E) I e III
C) Contribuir para a alteração da correlação de
forças institucionais, apoiando as legítimas 39. (CONCURSO MAURITI /2018) De
demandas de interesse da população acordo com o Estatuto da Criança e do
usuária. Adolescente, constitui uma atribuição do
Conselho Tutelar:
D) Empregar com transparência as verbas sob
a sua responsabilidade, de acordo com os
interesses e necessidades coletivas dos/as A) Assessorar o Poder Executivo local na
usuários/as. elaboração da proposta orçamentária para

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planos e programas de atendimento dos C) V,V,V,F


direitos da criança e do adolescente.
D) V,V,F,F
B) Conceder a remissão, como forma de
suspensão ou extinção do processo. E) V,F,V,V

C) Requisitar força policial, bem como a


colaboração dos serviços médicos,
41 (CONCURSO MAURITI /2018) Sobre o
hospitalares, educacionais e de assistência
social, públicos ou privados, para o Projeto Ético Político do Serviço Social,
desempenho de suas atribuições. assinale (V) para afirmativa verdadeira e
(F) para falsa.
D) Realização e divulgação de pesquisas sobre
desenvolvimento infantil. ( ) No Serviço Social brasileiro, a construção
do Projeto Ético Político se iniciou na
E) Representar ao juízo visando à aplicação de transição da década de 1970 à de 1980,
penalidade por infrações cometidas contra vinculado à denúncia e recusa do
as normas de proteção à infância e à conservadorismo profissional.
juventude, sem prejuízo da promoção de
responsabilidade civil e penal do infrator, ( ) A dimensão política do Projeto Ético
quando cabível. Político, se posiciona a favor da equidade e
da justiça social, na perspectiva da
universalização do acesso a bens e a
40. (CONCURSO MAURITI /2018) De serviços relativos às políticas e programas
acordo com o Estatuto da Criança e do sociais; a ampliação e a consolidação da
Adolescente, no que se refere à adoção, cidadania são explicitamente postas como
assinale (V) para afirmativa verdadeira e garantias de direitos civis, políticos e
sociais da classes trabalhadoras.
(F) para falsa.
( ) O Projeto Profissional se vincula a um
( ) É vedada a adoção por procuração. projeto societário que propõe a construção
( ) A adoção depende do consentimento dos de uma nova ordem social, sem
exploração/dominação de classe, etnia e
pais ou do representante legal do adotando. gênero.
( ) Podem adotar os maiores de 21 (vinte e
( ) O Projeto Ético Político, fundamentado
um) anos, dependendo do estado civil. teórica e metodologicamente, conquistou
hegemonia no Serviço Social, no Brasil, na
( ) Podem adotar os ascendentes e os irmãos
década de 90 do século XX.
do adotando.
Marque a sequência correta:
Marque a sequência correta:
A) F, F, V, V
A) V,F,V,F
B) F, V, F, F
B) F,V,F,V

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C) F, V, V, F materialidade ao Projeto Ético Político


D) V, V, V, V do Serviço Social. São eles:

E) V, V, V, F I – A produção do conhecimento no interior do


Serviço Social.

II – As instâncias político-organizativas da
42. (CONCURSO MAURITI /2018) “Os (as) profissão.
_____________________apresentam a
auto-imagem de uma profissão, elegem os III – A dimensão interdisciplinar da prática
valores que a legitimam socialmente, profissional.
delimitam e priorizam seus objetivos e IV – A dimensão jurídico-política da
funções, formulam os requisitos (teóricos, profissão.
práticos e institucionais) para o seu
exercício, prescrevem normas para o Estão corretos os itens:
comportamento dos profissionais e
A) I, II e IV
estabelecem as bases das suas relações com
os usuários de seus serviços, com as outras B) I, III e IV
profissões e com as organizações e C) I, II e III
instituições sociais privadas e públicas
D) II, III e IV
(inclusive o Estado, a quem cabe o
reconhecimento jurídico dos estatutos E) II e III
profissionais)” (Netto, 1999).

Assinale a alternativa que preenche 44. (CONCURSO MAURITI /2018) “Em


corretamente a lacuna. planejamento, o (a)
_______________________________ é o
A) Projetos profissionais instrumento de apoio e racionalização da
B) Políticas sociais execução, no sentido de assegurar a
observância ao programado, prevenindo os
C) Movimentos sociais
desvios. Pode ser definido como a fase em
D) Classes sociais que se processam o acompanhamento
E) Diretrizes curriculares sistemático, a mensuração e o registro das
atividades executadas, dos recursos
utilizados, no tempo dispendido em cada
fase, dos resultados alcançados. Nesse
43. (CONCURSO MAURITI /2018)
acompanhamento, a ação programada é
Conforme os autores Braz e Teixeira há
mensurada em termos de seu processo, de
três componentes principais que dão
seus meios e de seu produto” (Baptista,
2007).

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Assinale a alternativa que preenche dos serviços correspondentes e dá outras


corretamente a lacuna. providências. De acordo com o artigo 6°,
desta Lei, NÃO está incluído no campo
A) Avaliação de atuação do SUS o (a):
B) Implementação
A) Vigilância nutricional e a orientação
C) Planificação alimentar.
D) Controle
B) Fiscalização e a inspeção de alimentos,
E) Plano água e bebidas para o consumo humano.

C) Direito à informação, às pessoas assistidas,


45. (CONCURSO MAURITI /2018) A sobre sua saúde.
Seguridade Social compreende um
D) Formulação e execução da política de
conjunto integrado de ações de iniciativa
sangue e seus derivados.
dos poderes públicos e da sociedade,
destinado a assegurar o direito relativo à E) Controle e fiscalização de serviços,
saúde, à previdência e à assistência produtos e substâncias de interesse para a
social. Com base na Lei 8.212/91, saúde.
constituem princípios e diretrizes da
Seguridade Social, EXCETO:
47. (CONCURSO MAURITI /2018) De
A) Universalização da cobertura e do acordo com a Lei de Regulamentação da
atendimento. Profissão de Assistente Social, compete
aos Conselhos Regionais de Serviço
B) Irredutibilidade do valor dos benefícios. Social, o exercício de algumas
atribuições. Entre elas, pode-se destacar:
C) Equidade na forma de participação no
custeio. A) Aplicar as sanções previstas no Código de
Ética Profissional.
D) Seletividade e distributividade na prestação
dos benefícios e serviços. B) Funcionar como Tribunal Superior de Ética
Profissional.
E) Organização dos serviços públicos de modo
a evitar duplicidade de meios para fins C) Prestar assessoria técnico-consultiva aos
idênticos. organismos públicos ou privados, em
matéria de Serviço Social.
D) Informar, esclarecer e orientar os/as
46. (CONCURSO MAURITI /2018) A Lei estudantes, na docência ou supervisão,
8.080/90, dispõe sobre as condições para quanto aos princípios e normas contidas no
promoção, proteção e recuperação da Código de Ética Profissional.
saúde, a organização e o funcionamento

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E) Estabelecer os sistemas de registro dos e a subordinam a uma visão de mundo


profissionais habilitados. derivada do pensamento católico
tradicional”. De acordo com o autor, o
suporte metodológico utilizado nessa
48. (CONCURSO MAURITI /2018) Através
vertente é denominado (a):
das mudanças ocorridas no País e em
toda a América Latina, iniciou-se a A) Marxismo
erosão do chamado “Serviço Social
B) Positivismo
tradicional” e surgiu o processo de
Renovação do Serviço Social brasileiro e C) Questão Social
latino-americano, através do Movimento D) Ideologia da igreja e suas encíclicas papais
de Reconceituação, o qual apresenta três
E) Fenomenologia
perspectivas, denominadas:

A) Perspectiva modernizadora, materialismo


histórico e transformação social. 50. (CONCURSO MAURITI /2018) A
perspectiva modernizadora, expressão do
B) Perspectiva modernizadora, reatualização processo de renovação do Serviço Social
do conservadorismo e intenção de ruptura. no Brasil, encontra a sua formulação
afirmada nos resultados do primeiro
C) Intenção de ruptura, materialismo histórico
Seminário de Teorização do Serviço
e perspectiva pós-moderna.
Social, realizado em dois encontros. Os
D) Pluralismo, materialismo histórico e principais documentos que fundamentam
intenção de ruptura. essa perspectiva são:

E) Perspectiva pós-moderna, materialismo A) Teresópolis e Sumaré


histórico e transformação social.
B) Teresópolis e Método Belo Horizonte.
C) Araxá e Teresópolis
49. (CONCURSO MAURITI /2018) A D) Araxá e Sumaré
vertente da reatualização ao
conservadorismo caracteriza-se por E) Araxá e Alto da Boa Vista
recuperar elementos da herança
histórica e conservadora do Serviço
Social, mas com uma roupagem que se
declara nova, mas que repudia
simultaneamente, a matriz positivista e
tradição marxista. Conforme José Paulo
Netto, “essa vertente confere à profissão
o traço microscópico de sua intervenção,

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