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ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social –
Parte I
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Lei Orgânica da Assistência Social - Parte I......................................................................................................5
Exercícios............................................................................................................................................................................33
Gabarito...............................................................................................................................................................................45
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................46
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a). No nosso curso, teremos duas aulas para estudar, de forma siste-
matizada, a Lei Federal n. 8.742/93, conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
As aulas serão destinadas a dar destaque aos pontos mais particulares e, também, a pro-
porcionar aprofundamento teórico sobre os institutos jurídicos envolvidos no grau necessário
e indispensável para a compreensão do conteúdo.
Além de dar destaque a pontos dogmáticos, visaremos apresentar o conteúdo de maneira
reflexiva, de modo que torne mais claro o fundamento de cada segmento do conteúdo. É claro,
sempre teremos por principal objetivo o oferecimento de substrato suficiente para que você
esteja à altura de acertar qualquer questão avaliativa deste tema em nosso concurso.
A fim de que a abordagem pretendida seja feita de forma mais clara e organizada para
você, trabalharemos com sistema de comentários individualizados a cada artigo da lei, fazen-
do-se menções e associações com outros artigos sempre que for conveniente para o melhor
entendimento da matéria.
Para aprimorar seu aprendizado, apresentarei questões de múltipla escolha e uma série de
questões inéditas, com idêntico formato, para ajudá-lo a adaptar-se ao estilo da banca. Além
dessas, apresentarei algumas questões de “certo e errado” para ajudá-lo a fixar pontos que
mereçam atenção centralizada.
Em razão do baixo número de questões válidas e atualizadas de outros concursos sobre
esta lei, tenho o dever de ajudá-lo a preparar-se para o perfil da banca examinadora com ques-
tões inéditas. A corrida contra o tempo, entretanto, vigora para todos nós: assumo a missão de
lhe disponibilizar material sobre todo o conteúdo em tempo hábil. Dessa forma, mesmo que
seja inviável a apresentação de um número tão expressivo de questões, apresentarei questões
em número que, certamente, envolva todos os pontos importantes da aula, mesmo que em
número menor.
Cordialmente, torço para que as aulas que tivemos sobre este tema sejam de profunda
valia para você e sua prova, pois foram preparadas com muita atenção, zelo e consideração ao
seu esforço, que, para nós, é sagrado.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consi-
dero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção e
edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade do
material. Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando
seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura das aulas, por favor, envie-a a mim por meio
do Fórum de Dúvidas, e eu a responderei o mais rápido possível. Será um grande prazer verifi-
car sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que você merece.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos
A presente aula é atualizada de acordo com todas as modificações realizadas sobre a Lei Or-
gânica da Assistência Social, em especial as mudanças oriundas das Leis n. 14.176/2021 e
14.284/2021.
Bons estudos!
Seja imparável!
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos
Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não
contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
Desde já, saiba que o órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação
da Política Nacional de Assistência Social é o MINISTÉRIO DA CIDADANIA. Muitos atos nor-
mativos, inclusive a própria LOAS, fazem referência ao “Ministério do Desenvolvimento Social”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos
Todavia, com a reforma ministerial mais recente, a pasta relativa à Assistência Social perma-
nece com o Ministério da Cidadania.
Os objetivos da Assistência Social, neste artigo, configuram uma extensão dos objetivos
já garantidos pela Constituição Federal. Esta, por sua vez, não assegura expressamente os
objetivos de “vigilância socioassistencial” e de “defesa de direitos”, nos seus devidos termos.
No entanto, cabe destacar que esses dois objetivos estendidos configuram, em sentido
prático, meios/formas de se atender aos demais objetivos. Para entender melhor, veja com os
seguintes exemplos:
• Vigilância Socioassistencial, para aferir a capacidade protetiva das famílias (inciso II) é
relevante para que se atinja o objetivo de amparo às crianças carentes.
• Defesa de Direitos, garantindo-se o pleno acesso às provisões socioassistenciais (inciso
III) é relevante para que se atinja o objetivo de proteção à maternidade.
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Art. 3 Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos
º
Este artigo é materialmente conceitual. Sua utilidade destina-se a evitar que o legislador re-
pita ao longo do texto legislativo as mesmas coisas. Dessa maneira, quando o intérprete lê os
termos “atendimento”, “assessoramento” ou “defesa e garantia de direitos”, num contexto em
que se envolva uma entidade privada, deve ele buscar um sentido prático que considere essa
conceituação. Essa interpretação é conhecida como interpretação sistemática.
CAPÍTULO II
Dos Princípios e das Diretrizes
SEÇÃO I
Dos Princípios
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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V – divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos
recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
Este artigo é materialmente conceitual. Sua utilidade destina-se a evitar que o legislador re-
pita ao longo do texto legislativo as mesmas coisas. Dessa maneira, quando o intérprete lê os
termos “atendimento”, “assessoramento” ou “defesa e garantia de direitos”, num contexto em
que se envolva uma entidade privada, deve ele buscar um sentido prático que considere essa
conceituação. Essa interpretação é conhecida como interpretação sistemática.
Adiante, quando falarmos sobre as diretrizes, dar-lhes-emos uma importante dica para não
confundir princípios com diretrizes, para fins de prova.
SEÇÃO II
Das Diretrizes
Diretrizes são regras de elaboração. Logo, não é suficiente que o gestor observe os princí-
pios da Assistência Social. Deve ele, ainda, construir as políticas e desenhar os mecanismos
de efetividade na forma prevista neste artigo:
• descentralização, com envolvimento de todos os entes políticos, sem concentração em
determinado patamar político;
• interferência da população na elucidação da forma de atendimento das necessidades
visadas pelas políticas;
• responsabilidade, em regra, do Estado pelo que acontecer ao longo da perseguição dos
objetivos individuais de cada política;
Na prova, a banca poderá tentar te fazer confundir Princípios e Diretrizes. Portanto, para te
ajudar a assimilar e memorizar o que é princípio e o que é diretriz, apontamos para a seguinte
percepção:
1) Os princípios são genéricos/abstratos: igualdade, respeito, universalização de direitos, su-
premacia das necessidades sociais e divulgação das prestações socioassistenciais (este úl-
timo é o menos abstrato).
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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2) As diretrizes são elementos mais concretos, que você consegue visualizar no mundo
real: descentralização (distribuição de atribuições), responsabilidade do Estado e participa-
ção popular.
CAPÍTULO III
Da Organização e da Gestão
Art. 6º A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema
descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os
seguintes objetivos:
Primeiramente, devemos ter atenção quanto aos adjetivos marcantes do SUAS: Descentra-
lizado e Participativo.
É o SUAS descentralizado porque todas as ações atinentes aos programas e serviços da
assistência social são distribuídas para todos os entes políticos, de modo a se alcançarem
todos os âmbitos da federação (nacional, regional e local). Portanto, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios possuem seus Conselhos de Assistência Social (art. 16 da Lei
n. 8.742/93, a Lei Orgânica da Assistência Social).
As políticas públicas de assistência social são executadas por todos os entes políticos:
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Dessa forma, o SUAS passa a ter a incumbên-
cia de instituir medidas garantidoras de que as políticas de assistência social, especialmente
quanto à sua execução, sejam efetivadas nos âmbitos regional e local, que, num primeiro mo-
mento, estão mais distantes de seu controle central.
Adiante, trataremos dos objetivos do SUAS:
Por proteção social não contributiva, entenda: “Assistência Social”. Se estivéssemos tra-
tando de proteção social contributiva, falaríamos de Previdência Social, pois esta só protege
aqueles que recolherem contribuições aos cofres públicos (neste caso, a contribuição previ-
denciária, popular “INSS”).
A Assistência Social, por sua vez, protege todos os necessitados, mesmo que eles não
recolham nenhum tipo de tributo, de qualquer espécie, ao governo. Por isso, ela é atinente a
“proteção social não contributiva”.
Fica a dica para que a banca não tente te confundir utilizando o termo “proteção social contri-
butiva” para fazer-lhe errar uma questão sobre os objetivos do SUAS.
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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O SUAS não se resume na cooperação entre os entes políticos. O SUAS interfere, também,
nas entidades privadas de assistência social, sejam contratadas pelo Poder Público ou não. O
art. 3º da presente lei trata das referidas entidades privadas.
O SUAS tem por objetivo essa distribuição de responsabilidades. Para a concretização des-
se objetivo, o CNAS realizou tal distribuição na Resolução CNAS n. 33/2012.
Sobre o real significado de “gestão do trabalho” no âmbito do SUAS, nada melhor que lhe
trazer os argumentos de autoridade de que lançou mão o próprio Ministério da Cidadania.
Gestão do trabalho1 no SUAS supõe, especialmente:
• a criação e a manutenção de estruturas de referência técnica e institucional para a orien-
tação e o apoio permanentes;
1
(De: GESTÃO DO TRABALHO NO ÂMBITO DO SUAS: Uma contribuição necessária para ressignificar as ofertas e
consolidar o direito socioassistencial. Publicado pela Secretaria Nacional de Assistência Social, sob organização
de José Crus).
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Os serviços prestados pela Assistência Social, de quaisquer espécies (proteção social bá-
sica, proteção social especial, dentre outros), bem como os benefícios por ela geridos e pres-
tados (como o BPC), devem ser administrados e regulamentados de forma integrada.
Em outras palavras, isso significa que, apesar de todos os entes políticos terem temperada
autonomia na gestão de suas ações socioassistenciais, os serviços e benefícios da Assistên-
cia Social não podem exigir da população requisitos diferenciados de acesso, nem mesmo
podem dispor de qualidade superior ou inferior em diferentes regiões do país.
§ 1º As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à
infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território.
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Todos os bens jurídicos tutelados com uso das ações promovidas no âmbito do SUAS pos-
suem, também, dimensão constitucional: estão expressos no art. 203, inciso I, da Constituição
Federal. A exceção, no nosso caso, é o território como base de organização, que é uma prerro-
gativa de dimensão legal (infraconstitucional).
O território deve ser considerado um elemento de base de organização, de acordo com a
Política Nacional de Assistência Social. Isso significa que as ações socioassistenciais devem
ser quantificadas e qualificadas com atenção às necessidades de cada localidade, de modo a
aproximar os cidadãos desses serviços e de não tornar especialmente oneroso a algum con-
junto de pessoas o respectivo acesso.
Para que você não confunda qual dos bens jurídicos é tutelado como base de organização,
bem como para que não esqueça de quais são os bens jurídicos com status constitucional,
segue a ilustração abaixo:
Proteção à família
Proteção à maternidade
Proteção à infância
Proteção à adolescência
Proteção à velhice
COMO BASE DE ORGANIZAÇÃO
§ 2º O Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e
pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta Lei.
SUAS
UNIÃO
ESTADOS
DISTRITO FEDERAL
MUNICÍPIOS
CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CNAS)
CONSELHOS ESTADUAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DO DISTRITO FEDERAL
CONSELHOS MUNICIPAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
ENTIDADES E ORGANIZAÇÕES PRIVADAS DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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§ 3 A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério do Desen-
º
O Símbolo do SUAS, anteriormente exibido, deve prevalecer tanto nas unidades públicas
quanto nas unidades privadas de assistência social, desde que os serviços programas, proje-
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tos e benefícios por elas ofertados e promovidos sejam vinculados ao SUAS, submetendo-se,
por conseguinte, aos seus parâmetros de qualidade, conveniência, oportunidade e adequação
em nível global ou regional.
Desde já, faço um alerta para te ajudar a não confundir ambos os tipos de proteção social:
Art. 6º-B. As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de for-
ma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência
social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ação.
§ 1º A vinculação ao Suas é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome de que a entidade de assistência social integra a rede socioassistencial.
§ 2º Para o reconhecimento referido no § 1º, a entidade deverá cumprir os seguintes requisitos:
I – constituir-se em conformidade com o disposto no art. 3º;
II – inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal, na forma do art. 9º;
III – integrar o sistema de cadastro de entidades de que trata o inciso XI do art. 19
§ 3º As entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas celebrarão convênios,
contratos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução, garantido financiamento in-
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tegral, pelo Estado, de serviços, programas, projetos e ações de assistência social, nos limites da
capacidade instalada, aos beneficiários abrangidos por esta Lei, observando-se as disponibilidades
orçamentárias.
§ 4º O cumprimento do disposto no § 3º será informado ao Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome pelo órgão gestor local da assistência social.
Art. 6º-C. As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de Re-
ferência de Assistência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social
(Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistência social de que trata o
art. 3º desta Lei.
§ 1º O Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores ín-
dices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no
seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de
proteção social básica às famílias.
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§ 2 O Creas é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destina-
º
CRAS CREAS
MUNICIPAL, ESTADUAL OU
MUNICIPAL
REGIONAL
Art. 6º-D. As instalações dos Cras e dos Creas devem ser compatíveis com os serviços neles ofer-
tados, com espaços para trabalhos em grupo e ambientes específicos para recepção e atendimento
reservado das famílias e indivíduos, assegurada a acessibilidade às pessoas idosas e com defici-
ência.
Perceba que a estrutura cobrada dos Cras e dos Creas alia-se aos objetivos da Assistência
Social constantes do art. 2º: proteção à família (ambiente específico para recepção e atendi-
mento reservado), integração ao mercado de trabalho (trabalhos em grupo, com atividades
dinâmicas e educativas). Ademais, vê-se observância ao princípio da igualdade no acesso ao
atendimento (art. 4º, inciso IV) na parte em que se assegura a acessibilidade aos idosos e às
pessoas com deficiência.
A determinação jurídica do que é uma pessoa idosa é extraída do art. 1º do Estatuto do
Idoso: pessoas com 60 anos ou mais.
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O PULO DO GATO
Nesse ponto, tome cuidado para não confundir com a regra que estudaremos adiante sobre
o Benefício de Prestação Continuada, segundo a qual o BPC será concedido ao idoso com 65
anos ou mais. Contudo, a LOAS não está, aí, conceituando o que é uma pessoa idosa, mas, sim,
restringindo o campo de beneficiários do BPC.
Pessoa com deficiência é conceituada pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, especifi-
camente no art. 2º, caput: “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com
uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igual-
dade de condições com as demais pessoas.“.
Art. 6º-E. Os recursos do cofinanciamento do Suas, destinados à execução das ações continuadas
de assistência social, poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as
equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual
apresentado pelo Ministério da Cidadania e Combate à Fome e aprovado pelo CNAS.
Parágrafo único. A formação das equipes de referência deverá considerar o número de famílias e
indivíduos referenciados, os tipos e modalidades de atendimento e as aquisições que devem ser
garantidas aos usuários, conforme deliberações do CNAS.
EQUIPES DE REFERÊNCIA são conjuntos de pessoas que, reunidas, formam um grupo in-
terdisciplinar, capaz de atender com excelência as pessoas necessitadas dos serviços e pro-
gramas da Assistência Social. As pessoas postas aos cuidados das equipes de referência
chamam-se REFERENCIADOS.
Como se depreende do parágrafo único, quanto mais complexo for o grupo de pessoas
referenciadas – complexo em razão da natureza e da dimensão das vulnerabilidades e riscos
detectados –, mais estruturado e interdisciplinar deverá ser a equipe de referência.
Os recursos orçamentários que uns entes políticos passarem a outros PODERÃO, sim, ser
utilizados para remunerar os membros dessas equipes, desde que em percentual que não ex-
trapole o apontado pelo Ministério da Cidadania, que é o coordenador da Política Nacional de
Assistência Social.
Art. 6º-F. Fica instituído o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Ca-
dÚnico), registro público eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disse-
minar informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica
das famílias de baixa renda. (Incluído pela Lei n. 14.284, de 2021)
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§ 1º As famílias de baixa renda poderão inscrever-se no CadÚnico nas unidades públicas de que
tratam os §§ 1º e 2º do art. 6º-C desta Lei ou, nos termos do regulamento, por meio eletrônico. (In-
cluído pela Lei n. 14.284, de 2021)
§ 2º A inscrição no CadÚnico é obrigatória para acesso a programas sociais do Governo Federal.
(Incluído pela Lei n. 14.284, de 2021)
O nome completo do Cadastro Único é “Cadastro Único para Programas Sociais do Gover-
no Federal”, que também pode ser chamado por sua abreviação, CadÚnico. Este cadastro é
mantido sob a responsabilidade da Secretaria Especial de Desenvolvimento Social, atualmente
integrante da estrutura orgânica do Ministério da Cidadania.
Conforme o art. 2º do Decreto n. 6.135/2007, o Cadastro Único é um instrumento de iden-
tificação e caracterização socioeconômica das famílias brasileiras de baixa renda, a ser obri-
gatoriamente utilizado para seleção de beneficiários e integração de programas sociais do
Governo Federal voltados ao atendimento desse público.
Até a entrada em vigor da Lei n. 14.284/2021, o conceito previsto no art. 2º do Decreto n.
6.135/2007 era geralmente adotado em provas. No entanto, a partir da inclusão do art. 6º-F à
LOAS, esse detalhe mudará.
Para fins de prova, de agora em diante, considere correto exatamente o conceito explicitado
no caput do art. 6º-F, incluído pela Lei n. 14.284/2021. Conforme o dispositivo, o CadÚnico é
“registro público eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar
informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica das
famílias de baixa renda”.
O Cadastro Único ajuda o governo a conhecer melhor a realidade das condições de vida
das famílias de baixa renda, reconhecidas como pobres. O elemento “caracterização socioeco-
nômica”, a ser identificado pelo Cadastro Único, é composto por várias informações prestadas
por uma pessoa da família no momento de cadastramento da família no Cadastro Único.
As informações que levam à “caracterização socioeconômica” são as previstas no art. 6º,
inciso IV, do Decreto n 6.135/2007, a saber:
• Identificação e caracterização do domicílio;
• Identificação e documentação civil de cada membro da família;
• Escolaridade, participação no mercado de trabalho e rendimento.
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Resumidamente, podemos dizer que o local onde a família mora, a educação, o espaço
no mercado de trabalho e o rendimento dessa família são os fatores determinantes para elu-
cidação da realidade socioeconômica da família. A reunião dessas informações no Cadastro
Único facilitará o conhecimento do governo sobre a situação de necessidade daquela família
e das famílias próximas, quando os fatores socioeconômicos se comunicarem entre famílias
também cadastradas.
Com base nessas informações, o governo federal poderá organizar e alocar/realocar pes-
soas nos benefícios e programas socioassistenciais mantidos pelo Governo Federal. Dessa
forma, os mais necessitados serão contemplados, e os que deixarem de ser necessitados
poderão perder a vaga no programa ou o benefício.
O § 1º do art. 6º-F trata de esclarecer que a inscrição no CadÚnico, a partir de sua vigência,
pode ser feita por meio eletrônico, inclusive, desde que observados os termos de regulamento
(ato administrativo). No entanto, a inscrição continua a ser possível por meio presencial, nas
unidades Cras e Creas.
Por sua vez, o § 2º do art. 6º-F é de grandíssima importância para provas, uma vez que
apresenta requisito indispensável à fruição de programas sociais governamentais: torna-se
obrigatória a inscrição no CadÚnico para o cidadão que pretenda acesso a programas sociais
do Governo Federal.
Art. 7º As ações de assistência social, no âmbito das entidades e organizações de assistência so-
cial, observarão as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que
trata o art. 17 desta lei.
O CNAS possui poder de polícia e poder normativo sobre as ações de Assistência Social,
em todos os seus âmbitos de atuação.
Todos os entes políticos possuem autonomia para elaborar suas Políticas de Assistência
Social, dada a diretriz de descentralização que marca a Assistência Social no Brasil.
Nessas políticas, deverão ser observadas as competências do respectivo ente elaborador,
as quais são tratadas nesta Lei e, também, em atos normativos infralegais, como a Resolução
CNAS n. 33/2012 (NOB-SUAS).
A Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004) pode ser uma referência para as
demais políticas públicas – de âmbito regional e local –, mas não uma delimitação a elas. As
delimitações à elaboração de cada política encontram-se na LOAS e na Constituição, especial-
mente no que tange aos princípios, objetivos e diretrizes da Assistência Social.
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Art. 9º O funcionamento das entidades e organizações de assistência social depende de prévia
inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social, ou no Conselho de Assistência
Social do Distrito Federal, conforme o caso.
§ 1º A regulamentação desta lei definirá os critérios de inscrição e funcionamento das entidades
com atuação em mais de um município no mesmo Estado, ou em mais de um Estado ou Distrito
Federal.
§ 2º Cabe ao Conselho Municipal de Assistência Social e ao Conselho de Assistência Social do
Distrito Federal a fiscalização das entidades referidas no caput na forma prevista em lei ou regula-
mento.
§ 4º As entidades e organizações de assistência social podem, para defesa de seus direitos refe-
rentes à inscrição e ao funcionamento, recorrer aos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais e do
Distrito Federal.
Primeiramente, para fins de acerto de questões em prova, devemos destacar para você que
a inscrição da entidade no Conselho Municipal deve ser PRÉVIA. Portanto, por mais que na
prática os gestores às vezes façam vista grossa e tolerem o funcionamento dessas entidades
com regularização posterior de inscrição, PELA LETRA FRIA DA LEI, a inscrição deve ser Prévia.
Os critérios de inscrição e funcionamento das referidas entidades serão elucidados por
normas regulamentares, geralmente consubstanciadas em Decretos, Portarias ou Resoluções.
No caso da regulamentação da LOAS, é a Resolução CNAS n. 14/2014. Essa resolução trata
dos critérios de inscrição e funcionamento das entidades privadas em:
• Mais de um Município do mesmo Estado
• Mais de um Estado.
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EXCEÇÃO à autonomia administrativa dos entes políticos e das demais entidades da Admi-
nistração Pública.
Sobre este assunto, por maior completude, transcrevemos o entendimento de Maria Sylvia
Zanella Di Pietro (Direito Administrativo, 2015, p. 888):
O recurso hierárquico impróprio é dirigido a autoridade de outro órgão não integrado na mesma hie-
rarquia daquele que proferiu o ato. Precisamente por isso é chamado impróprio. Não decorrendo da
hierarquia, ele só é cabível se previsto expressamente em lei. (grifo do autor)
Naturalmente, o recurso administrativo não precisa necessariamente ser o meio eleito para
impugnar-se uma decisão supostamente equivocada. É plenamente possível que as entidades
e organizações de Assistência Social, para tutelar seus direitos com maior rapidez, formulem
Pedidos de Reconsideração ao próprio Conselho que proferiu a decisão.
Para compreender o assunto, observe a ilustração abaixo:
CONSELHO ESTADUAL
DE ASSISTÊNCIA PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
SOCIAL
CONSELHO
MUNICIPAL DE PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 10. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal podem celebrar convênios com
entidades e organizações de assistência social, em conformidade com os Planos aprovados pelos
respectivos Conselhos.
Já tratamos nesta aula que as entidades privadas de Assistência Social podem celebrar
qualquer tipo de ajuste com o Poder Público para vincular-se ao SUAS. Este artigo, por sua vez,
permite expressamente a celebração de Convênios.
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Convênios são uma forma de pactuação que envolve um acordo de vontades entre duas
instituições para a busca de um objetivo comum a ambas, com repartição de responsabilida-
des. Geralmente, essa forma de vínculo não é onerosa, mas, sim, gratuita.
Art. 11. As ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma
articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução
dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
Para ilustrar:
COORDENAÇÃO UNIÃO
NORMAS GERAIS (ESFERA FEDERAL)
ESTADOS, DISTRITO
COORDENAÇÃO
FEDERAL E
EXECUÇÃO MUNICÍPIOS
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Art. 12-A. A União apoiará financeiramente o aprimoramento à gestão descentralizada dos serviços,
programas, projetos e benefícios de assistência social, por meio do Índice de Gestão Descentrali-
zada (IGD) do Sistema Único de Assistência Social (Suas), para a utilização no âmbito dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal, destinado, sem prejuízo de outras ações a serem definidas em
regulamento, a:
I – medir os resultados da gestão descentralizada do Suas, com base na atuação do gestor esta-
dual, municipal e do Distrito Federal na implementação, execução e monitoramento dos serviços,
programas, projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação intersetorial;
II – incentivar a obtenção de resultados qualitativos na gestão estadual, municipal e do Distrito
Federal do Suas; e
III – calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federados a título de apoio
financeiro à gestão do Suas.
§ 1º Os resultados alcançados pelo ente federado na gestão do Suas, aferidos na forma de regula-
mento, serão considerados como prestação de contas dos recursos a serem transferidos a título de
apoio financeiro.
§ 2º As transferências para apoio à gestão descentralizada do Suas adotarão a sistemática do Índice
de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família, previsto no art. 8º da Lei no 10.836, de 9 de
janeiro de 2004, e serão efetivadas por meio de procedimento integrado àquele índice.
§ 3º (VETADO).
§ 4º Para fins de fortalecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Municípios e
Distrito Federal, percentual dos recursos transferidos deverá ser gasto com atividades de apoio téc-
nico e operacional àqueles colegiados, na forma fixada pelo Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, sendo vedada a utilização dos recursos para pagamento de pessoal efetivo e
de gratificações de qualquer natureza a servidor público estadual, municipal ou do Distrito Federal.
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Obs.: O legislador deixou claro que esse recurso, embora seja destinado ao apoio técnico e
operacional dos Conselhos, NÃO PODE ser destinado a pagar remunerações e indeni-
zações de qualquer natureza aos funcionários que atuam perante os Conselhos.
A memorização das competências dos Estados na LOAS não guarda complexidade. Basi-
camente, restringem-se a prestar assessoramento e apoio aos Municípios, atuar em conjunto
com os Municípios e alocar atividades que os Municípios não têm condições de alocar, criando
“redes regionais”.
O cofinanciamento implementado pelo Estado é de âmbito regional ou local (o Estado as-
sume o âmbito regional).
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II – efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;
III – executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizações da
sociedade civil;
IV – atender às ações assistenciais de caráter de emergência;
V – prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.
VI – cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência
social em âmbito local;
VII – realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito.
Art. 16. As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre
governo e sociedade civil, são:
I – o Conselho Nacional de Assistência Social;
II – os Conselhos Estaduais de Assistência Social;
III – o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal;
IV – os Conselhos Municipais de Assistência Social.
Parágrafo único. Os Conselhos de Assistência Social estão vinculados ao órgão gestor de assistên-
cia social, que deve prover a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos
materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e diárias de con-
selheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas
atribuições.
Anteriormente, falamos que os recursos da Assistência Social destinados aos entes de abran-
gência inferior não podem ser utilizados para pagamento de remuneração ou indenização de
qualquer natureza. Todavia, sempre que os CONSELHEIROS (especificamente, os Conselhei-
ros) tiverem que se deslocar para exercer suas atribuições, eles receberão uma Verba Inde-
nizatória que se chama DIÁRIA, dirigida a custear despesas com alimentação, locomoção e
hospedagem, gastos estes tidos como mínimos para uma estada digna no local para que se
deslocaram.
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Os Conselheiros a receber esse auxílio podem ser tanto os representantes do governo como da
sociedade civil. Não há uma discriminação entre eles. Essa informação é importante!
Art. 17. Fica instituído o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão superior de delibe-
ração colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela
coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente
da República, têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período.
§ 1º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros e res-
pectivos suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal responsável
pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os critérios seguintes:
I – 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 (um)
dos Municípios;
II – 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organiza-
ções de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos trabalhadores do setor,
escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal.
§ 2º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito
dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período.
§ 3º O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) contará com uma Secretaria Executiva, a
qual terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.
§ 4º Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acompanhar
a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em con-
sonância com as diretrizes das conferências nacionais, estaduais, distrital e municipais, de acordo
com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municípios, mediante lei específica.
18
9
Representantes da
Indicados ao Sociedade Civil
Usuários ou Org. de
9
Ministério da
Cidadania
Usuários
Representantes do Governo Entidades ou Org. de
Pelo menos UM Estadual e Assistência Social
UM Municipal Sindicatos/Associações de
Trabalhadores do setor
FISCALIZAÇÃO DO MPF
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Cabe destacar que Decreto n. 5.003/04 devolveu autonomia à sociedade civil no processo
de escolha de seus representantes no CNAS.
2 2
Para fins de deliberação é natural que deva existir um Presidente, com papeis importantes
para eventuais votações e discussões, em especial relativos à moderação dos debates, à inter-
mediação de negociações e à colocação de assuntos em pauta.
Dessa forma, prevê o art. 17, § 2º, a seguinte disposição:
O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito
dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual pe-
ríodo.
O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) contará com uma Secretaria Executiva, a qual
terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo.
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Para fins de nossa prova, devemos saber de que a estrutura da Secretaria Executiva do
CNAS não é determinada pela LOAS, como é a questão dos mandatos e do Presidente.
O PNAS de 2004 foi analisado e posto à deliberação pelo CNAS. O CNAS é um órgão (parte
integrante) do Ministério do Desenvolvimento Social, que é o órgão autônomo do Governo no-
minalmente responsável pela projeção e elaboração do PNAS.
O CNAS possui Poder de Polícia para atuar de maneira impositiva e coercitiva sobre as
entidades sem fins lucrativos do setor privado que atuam em parceria com o Poder Público,
por meio de termos de parceria, termos de cooperação ou convênios, a fim de garantir a fiel ob-
servância da lei, seja quanto aos requisitos formais para atuar na área, seja quanto à prestação
material dos serviços (se é adequada ao planejamento governamental ou não).
O Poder de Polícia, de acordo com moderna conceituação – que teve origem na jurispru-
dência do Superior Tribunal de Justiça –, possui quatro dimensões:
• Dimensão Normativa
• Dimensão Sancionatória
• Dimensão Fiscalizatória
• Dimensão de Consentimento
Neste inciso, ganha destaque a Dimensão Normativa do poder de polícia, eis que a coer-
cibilidade e a imperatividade decorrentes do poder de polícia podem depender, na prática, da
existência de normas apropriadas. Portanto, pode o CNAS expedir atos administrativos norma-
tivos (Portarias, Resoluções, Deliberações, Instruções Normativas, dentre outros) para atender
à atribuição deste inciso.
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IV – apreciar relatório anual que conterá a relação de entidades e organizações de assistência social
certificadas como beneficentes e encaminhá-lo para conhecimento dos Conselhos de Assistência
Social dos Estados, Municípios e do Distrito Federal;
V – zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social;
As políticas públicas de assistência social são executadas por todos os entes políticos:
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Dessa forma, deverá o CNAS adotar medidas
para garantir que as políticas de assistência social, especialmente quanto à sua execução,
sejam fielmente levadas a efeito nos âmbitos regional e local, que, a primeira vista, estão mais
distantes de seu controle.
A fim de atender esse encargo, pode o CNAS, por exemplo, atuar em conjunto com Conse-
lhos Estaduais, Distrital e Municipais, por meio de convênios públicos administrativos.
Ademais, o artigo 122 da Resolução CNAS n. 33/2012 outorga ao próprio CNAS a compe-
tência de prestar assessoramento aos Conselhos Estaduais, Distrital e Municipais de Assistên-
cia Social, como veremos adiante.
A Conferência Nacional de Assistência Social teve sua última realização no ano de 2017.
Tal Conferência é, na realidade, um evento do qual participam autoridades públicas titulares de
órgãos com incumbências relativas à Assistência Social, bem como representante de entida-
des privadas responsáveis pela execução dessas políticas.
A finalidade desse evento é aprimorar as políticas e os meios de coordenação e execução
que lhe são inerentes.
VIII – apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo
órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de As-
sistência Social;
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procedimentos de repasse de recursos para as entidades e organizações de assistência social,
sem prejuízo das disposições da Lei de Diretrizes Orçamentárias;
A partir da Constituição de 1988, o orçamento público passou a ter entre suas funções a
função Distributiva. Tal função significa que o dinheiro público deve ser manejado de modo a
atender, com prioridade, localidades mais necessitadas, de modo que a boa estrutura de aten-
dimento de políticas públicas não fique concentrada numa região.
Ademais, tendo em vista que a Assistência Social integra o leque da Seguridade Social,
cabe citar um objetivo da seguridade social, trazido pela Constituição de 1988: Seletividade e
Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços.
X – acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos
programas e projetos aprovados;
A aferição dos resultados e da qualidade das políticas públicas de assistência social não é
feita somente na Conferência Nacional, mas, também, de ofício e a qualquer tempo pelo CNAS
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Ademais, a Resolução CNAS n. 33 de 2012, que dispõe sobre o Sistema Único de Assis-
tência Social (SUAS), elenca algumas competências pertencentes a todos os Conselhos de
Assistência Social, de todos os âmbitos políticos (nacional, regional ou local). Outrossim, tal
norma também dá especificamente ao CNAS algumas competências.
Art. 19. Compete ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Po-
lítica Nacional de Assistência Social:
I – coordenar e articular as ações no campo da assistência social;
II – propor ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) a Política Nacional de Assistência
Social, suas normas gerais, bem como os critérios de prioridade e de elegibilidade, além de padrões
de qualidade na prestação de benefícios, serviços, programas e projetos;
III – prover recursos para o pagamento dos benefícios de prestação continuada definidos nesta lei;
IV – elaborar e encaminhar a proposta orçamentária da assistência social, em conjunto com as
demais da Seguridade Social;
V – propor os critérios de transferência dos recursos de que trata esta lei;
VI – proceder à transferência dos recursos destinados à assistência social, na forma prevista nesta
lei;
VII – encaminhar à apreciação do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) relatórios tri-
mestrais e anuais de atividades e de realização financeira dos recursos;
VIII – prestar assessoramento técnico aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entida-
des e organizações de assistência social;
IX – formular política para a qualificação sistemática e continuada de recursos humanos no campo
da assistência social;
X – desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar as análises de necessidades e formulação
de proposições para a área;
XI – coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizações de assistên-
cia social, em articulação com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
XII – articular-se com os órgãos responsáveis pelas políticas de saúde e previdência social, bem
como com os demais responsáveis pelas políticas sócio-econômicas setoriais, visando à elevação
do patamar mínimo de atendimento às necessidades básicas;
XIII – expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Nacional de Assistência Social
(FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social
(CNAS);
XIV – elaborar e submeter ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) os programas anuais
e plurianuais de aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).
Parágrafo único. A atenção integral à saúde, inclusive a dispensação de medicamentos e produtos
de interesse para a saúde, às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidade ou risco social
e pessoal, nos termos desta Lei, dar-se-á independentemente da apresentação de documentos que
comprovem domicílio ou inscrição no cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância
com a diretriz de articulação das ações de assistência social e de saúde a que se refere o inciso XII
deste artigo.
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EXERCÍCIOS
001. (2015/FUNIVERSA/UEG/ANALISTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/SERVIÇO SO-
CIAL) Assinale a alternativa que apresenta corretamente princípio que rege a Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS).
a) Supremacia do atendimento às necessidades sociais, porém, subordinado as exigências de
rentabilidade econômica.
b) Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação socioassistencial
alcançável pelas demais políticas públicas.
c) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e direito a benefícios específicos.
d) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento somente para a população urbana.
e) Divulgação no âmbito profissional dos benefícios, serviços, programas e projetos assisten-
ciais, bem como dos recursos oferecidos pelo poder público e dos critérios para sua concessão.
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III – calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federados a título de apoio
financeiro à gestão do Suas.
a) I e II
b) I, II e III
c) II e III
d) III, apenas
e) I e III
017. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 8.742/93, no âmbito da Assistência Social, com-
pete à União:
I – cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços,
os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional.
II – atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência
III – efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral
a) I, II e III
b) II e III
c) I, apenas
d) II, apenas
e) I e III
018. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social.
Compete ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política
Nacional de Assistência Social expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Na-
cional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS).
020. (INÉDITA/2022) Julgue a afirmação a seguir com base na Lei Orgânica da Assistên-
cia Social.
As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre gover-
no e sociedade civil, são o Conselho Nacional de Assistência Social, os Conselhos Estaduais
de Assistência Social, o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal e os Conselhos
Municipais de Assistência Social.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos
036. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) é legalmente concei-
tuado como registro público com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar
informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica das
famílias de baixa renda. Não é legalmente prevista sua forma eletrônica.
037. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
As famílias de baixa renda poderão inscrever-se no CadÚnico apenas por meio eletrônico.
038. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
A inscrição no CadÚnico é facultativa para acesso a programas sociais do Governo Federal.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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039. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
A inscrição no CadÚnico é obrigatória para acesso a programas sociais do Governo Federal.
040. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
As unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência
Especializado de Assistência Social (Creas) são incumbidas de operacionalizar cadastros no
CadÚnico, quando o usuário não puder fazê-lo por meio eletrônico.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
Gustavo Deitos
GABARITO
1. b 37. E
2. d 38. E
3. a 39. C
4. c 40. C
5. a
6. c
7. e
8. d
9. e
10. c
11. c
12. c
13. c
14. e
15. b
16. b
17. c
18. c
19. e
20. c
21. C
22. e
23. C
24. E
25. E
26. E
27. b
28. d
29. c
30. a
31. c
32. c
33. c
34. a
35. b
36. E
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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GABARITO COMENTADO
001. (2015/FUNIVERSA/UEG/ANALISTA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA/SERVIÇO SO-
CIAL) Assinale a alternativa que apresenta corretamente princípio que rege a Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS).
a) Supremacia do atendimento às necessidades sociais, porém, subordinado as exigências de
rentabilidade econômica.
b) Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação socioassistencial
alcançável pelas demais políticas públicas.
c) Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e direito a benefícios específicos.
d) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento somente para a população urbana.
e) Divulgação no âmbito profissional dos benefícios, serviços, programas e projetos assisten-
ciais, bem como dos recursos oferecidos pelo poder público e dos critérios para sua concessão.
As letras a, b e c expressam DIRETRIZES da assistência social (art. 5º). A Letra d, que é o gaba-
rito, expressa um princípio (art. 4º, inciso I), que é o que o enunciado da questão pede.
Letra d.
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c) Certa. Essa assertiva realmente expressa um OBJETIVO da Assistência Social, que é o que
o enunciado da questão pede (art. 2º, inciso I, alínea d).
d) Errada. A referida alternativa tenta confundir o candidato. Na verdade, a garantia de um
salário-mínimo dirige-se à Pessoa com Deficiência (de qualquer idade) OU ao idoso, mesmo
que sem deficiência, desde que comprovem a real necessidade. A alternativa é errada porque
exige que o beneficiário seja “idoso com deficiência”, misturando as características dos dois
beneficiários.
Letra c.
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a) Errada. No CRAS, a prioridade dirige-se à Proteção Social Básica, como sustentamos em aula.
b) Errada. O Cras é uma unidade pública MUNICIPAL, conforme a LOAS.
c) Certa. Art. 6º-C, § 1º.
d) Errada. Quando a violação de direitos já ocorreu, e o rompimento de vínculos familiares tam-
bém já se consumou, entra em jogo a Proteção Social Especial, ofertada prioritariamente pelo
CREAS, não pelo CRAS.
Letra c.
Conforme o art. 2º, inciso II, a Vigilância Socioassistencial, que é um objetivo da Assistência
Social de status legal (pois não é previsto pela Constituição), “visa a analisar territorialmente a
capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimi-
zações e danos”. Ora, analisar a capacidade das famílias não teria outra utilidade senão para
que eventuais rompimentos ou vulnerabilidades sejam evitadas, preventivamente. As demais
assertivas não conservam nenhuma relação direta com o sentido de vigilância socioassisten-
cial, eis que foram criadas fantasiosamente pelo examinador.
Letra e.
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Conforme o art. 1º, a Assistência Social assume caráter de Política de Seguridade Social. As
demais alternativas não possuem nenhum fundamento jurídico.
Letra e.
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Orgânica da Assistência Social (LOAS), são de atendimento àquelas entidades que, de forma
continuada, permanente e planejada:
a) prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o forta-
lecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários.
b) prestam serviços e executam programas ou projetos de formação e capacitação de lideran-
ças, dirigidos ao público da política de Assistência Social.
c) prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação so-
cial básica ou especial, dirigidos às famílias e aos indivíduos em situações de vulnerabilidade
ou risco social e pessoal.
d) prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa
e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cida-
dania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa
de direitos, dirigidos ao público da política de Assistência Social.
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Essa responsabilidade, inclusive, é uma diretriz da Assistência Social no Brasil (art. 5º, inciso III).
Certo.
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zação, o que seria, de fato, uma Centralização. Registre-se que o poder de execução pertence
a todos os entes federados, embora, em maior grau, seja exercido pelos Municípios.
Errado.
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Assistência Social (Suas), para a utilização no âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distri-
to Federal, destinado, sem prejuízo de outras ações a serem definidas em regulamento, a:
I – medir os resultados da gestão descentralizada do Suas, com base na atuação do gestor
estadual, municipal e do Distrito Federal na implementação, execução e monitoramento dos
serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação
intersetorial.
II – incentivar a obtenção de resultados qualitativos na gestão estadual, municipal e do Distrito
Federal do Suas.
III – calcular o montante de recursos a serem repassados aos entes federados a título de apoio
financeiro à gestão do Suas.
a) I e II
b) I, II e III
c) II e III
d) III, apenas
e) I e III
017. (INÉDITA/2022) De acordo com a Lei n. 8.742/93, no âmbito da Assistência Social, com-
pete à União:
I – cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços,
os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional.
II – atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência
III – efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral
a) I, II e III
b) II e III
c) I, apenas
d) II, apenas
e) I e III
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Item III: Errado. Compete aos Municípios e ao Distrito Federal (art. 15, inciso II e 14, inciso II,
respectivamente).
Certo.
018. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social.
Compete ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política
Nacional de Assistência Social expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Na-
cional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho
Nacional de Assistência Social (CNAS).
020. (INÉDITA/2022) Julgue a afirmação a seguir com base na Lei Orgânica da Assistên-
cia Social.
As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre gover-
no e sociedade civil, são o Conselho Nacional de Assistência Social, os Conselhos Estaduais
de Assistência Social, o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal e os Conselhos
Municipais de Assistência Social.
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam ser-
viços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos mo-
vimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos
ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.
As demais alternativas coletaram elementos conceituais das organizações de atendimento e
de defesa e garantia de direitos (§§ 1º e 3º do art. 3º), misturando-os, com vistas a confundir
o candidato.
Letra e.
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Tal definição pertente às entidades de atendimento (art. 3º, § 1º). A questão limita-se a cobrar
a definição da organização sem fins lucrativos de assessoramento, que consta da regra literal
e conceitual do art. 3º, § 2º, que dispõe:
São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam ser-
viços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o fortalecimento dos mo-
vimentos sociais e das organizações de usuários, formação e capacitação de lideranças, dirigidos
ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do
CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18.
Errado.
A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descen-
tralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes
objetivos: (...).
Errado.
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Lei Orgânica da Assistência Social – Parte I
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Somente o conteúdo dos itens I e III respalda-se no texto literal do art. 2º, inciso I e alíne-
as da LOAS.
Letra b.
Todas as alternativas, exceto a letra “d”, correspondem ao texto literal dos incisos do art. 5º da
LOAS. A letra “d” corresponde a um princípio (art. 4º, II, LOAS).
Letra d.
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o Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pe-
las entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta Lei.
Ademais, o caput do art. 6º dispõe:
A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentra-
lizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas) (...).
Letra c.
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a) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Trata-se do objetivo constante do art.
2º, inciso I.
b) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Trata-se da regra literal do art. 3º, caput.
c) Certa. A questão pede pela alternativa incorreta. A supremacia do atendimento às necessi-
dades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica é um princípio, e não um obje-
tivo (art. 4º, inciso I).
d) Errada. A questão pede pela alternativa incorreta. Trata-se do princípio constante do art. 4º,
inciso II.
Letra c.
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A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não con-
tributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
Letra a.
036. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
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informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica das
famílias de baixa renda. Não é legalmente prevista sua forma eletrônica.
O conceito apresentado pelo item está quase igual ao previsto no art. 6º-F da LOAS. Seu erro
está na afirmação de que não é prevista sua forma eletrônica. Afinal, o referido dispositivo
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enuncia: “Fica instituído o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚ-
nico), registro público eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disse-
minar informações georreferenciadas para a identificação e a caracterização socioeconômica
das famílias de baixa renda”. Ademais, o § 1º do dispositivo prevê a possibilidade de cadastro
eletrônico, nos termos de regulamento.
Errado.
037. (INÉDITA/2022) Analise a afirmativa a seguir e responda de acordo com a Lei Orgânica
da Assistência Social, consideradas suas alterações legislativas.
As famílias de baixa renda poderão inscrever-se no CadÚnico apenas por meio eletrônico.
Apesar de a modalidade eletrônica do cadastro ter sido instituída pelo art. 6º-F, incluído à LOAS
pela Lei 14.284/2021, tal forma não é exclusiva. O cadastro em unidades presenciais continua
a ser possível, conforme o § 1º desse dispositivo: “As famílias de baixa renda poderão inscre-
ver-se no CadÚnico nas unidades públicas de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 6º-C desta Lei
[Cras e Creas] ou, nos termos do regulamento, por meio eletrônico”.
Errado.
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Trata-se da literalidade do disposto no art. 6º-F, § 2º, da LOAS, incluído pela Lei n. 14.284/2021.
Certo.
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O § 1º do art. 6º-F prevê essa competência do Cras e do Creas, para os casos em que o cadas-
tramento eletrônico não for possível, quer por falta de regulamento, quer por falta de condições
financeiras ou informacionais do usuário.
Certo.
Gustavo Deitos
Professor de cursos preparatórios para concursos públicos. Analista Judiciário do Tribunal Superior do
Trabalho (Gabinete de Ministro).
Outras convocações: Técnico Judiciário do TRT-SC (7° lugar) e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região.
Aprovado em 8° lugar para Analista Judiciário do TRT-MS.
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Fundamentos Históricos e Teórico-
Metodológicos do Serviço Social
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
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Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social
Kamilla Silva
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social..............................................5
1. Introdução ao Tema.....................................................................................................................................................5
2. Origem................................................................................................................................................................................5
3. Histórico do Serviço Social no Brasil...............................................................................................................5
4. Grupos Pioneiros e as Primeiras Escolas de Serviço Social..............................................................7
5. O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo e a Necessidade de uma Formação
Técnica Especializada para a Prestação da Assistência. ..........................................................................8
6. O Serviço Social e a Sistematização da Atividade Social.....................................................................9
7. Campos de Ação e Prática dos Primeiros Assistentes Sociais..................................................... 10
8. Movimento de Reconceituação.. ....................................................................................................................... 10
9. A Renovação do Serviço Social sob a Autocracia Burguesa. .............................................................11
9.1. Seminário de Teresópolis – 1970.. .................................................................................................................14
10. O Legado da Reconceituação...........................................................................................................................18
11. O Serviço Social na Contemporaneidade................................................................................................... 22
Resumo................................................................................................................................................................................25
Referências........................................................................................................................................................................26
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Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social
Kamilla Silva
Apresentação
Oiiiiieeee, futura(o) concursada(o)!
Espero que esteja bem e com saúde! Bora estudar!!! Para quem ainda não me conhece,
meu nome é Kamilla Santos da Silva. Atualmente sou servidora efetiva da Equipe Interprofis-
sional Forense do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, mestra em Direitos Humanos pelo
PPGIDH da UFG, membra do Coletivo Rosa Parks (FCS/UFG), do Comitê de Igualdade Racial
do TJGO e faço parte do GRAN CURSOS, estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro
digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha.
Eu já fui “concurseira raiz” e digo pra você que é possível (SIM!) passar em um concurso,
façam diversas provas em diversas esferas e temas, isso é muito importante para o acúmulo
de seu repertório de concurso, encare toda prova como uma oportunidade de também apren-
der! Façam muitaaaas questões e se errarem busquem entender onde erraram, afinal é com os
erros que aprendemos!
Eu e todo a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você
surpreenda a Banca examinadora e não, o contrário.
É por isso que esse material vai te ajudar a chegar à posse.
Sendo assim, estude a matéria de Serviço Social com afinco e planejamento. E acredite:
estudar serviço social também é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível ir para
as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
DICA
Experimente usar o método pomodoro de estudo que consiste
em dividir o seu tempo em blocos, para que você tenha total con-
centração em cada um deles. Exemplos: 25 min de concentra-
ção e 5 min de descanso; 30 minutos de concentração e 10 min
de descanso; 45 minutos de concentração e 15 minutos de des-
canso; 60 minutos de concentração e 20 minutos de descanso;
Organize o seu espaço de estudos;
Escolha um local iluminado;
Escolha um lugar reservado ou peça colaboração com o silên-
cio enquanto você estuda;
Separe tudo o que vai precisar durante o bloco de tempo
de estudo;
Mantenha bebidas e comidas distante (eu seiiiii, difícil né?);
Beba água;
Desligue ou coloque o celular em outro espaço;
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👍
Então, teremos um conjunto de aulas para esgotar o seu edital desserviço Social, buscando
sua sonhada aprovação. Colocarei questões de bancas de concursos anteriores, bem como
criarei questões inéditas para que você fique preparado para surpresas do examinador.
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material
obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno!
Vamos começar?
Com afeto,
Kamilla Silva
@kamormilla
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2. Origem
A origem do Serviço Social está datada do final do século XIX em Nova Iorque nos Esta-
dos Unidos da América. Nesse momento surgem no ano de 1920 iniciativas particulares hoje
conhecidas como protoformas do Serviço Social. Já em 1930 o desenvolvimento das protofor-
mas compreendem Estado, empresas e igreja.
O surgimento do Serviço Social se dá junto ao aparecimento das Classes sociais, quais
sejam burguesia e proletariado. Inicialmente esses profissionais têm a função de controlar a
classe operária, uma vez que surge na iniciativa privada como uma espécie de vocação.
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Nas décadas de 40 e 50 há uma fusão da doutrina católica com o positivismo, esse último
que dá suporte técnico-científico e a mediação das ciências sociais. Nesse momento o Serviço
Social Brasileiro experimentava uma fragmentação, experimentação e ajustes do seu modo de
trabalho com a finalidade de conservar a ordem burguesa.
Nos anos 60 o serviço social adota metodologias de trabalho, quais sejam
1. Serviço Social de caso: abordagem individual
2. Serviço Social de grupo: abordagem grupal
3. Serviço Social de comunidade: Abordagem sistêmica
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8. Movimento de Reconceituação
Ocorre nos anos 70, tendo como marcos os congressos de Araxá (teoria) e Teresópolis
(metodologia).
A vertente modernizadora buscou a laicização do serviço Social de forma positivista tor-
nando-se uma modernização conservadora, já que era funcional à classe dominante. A feno-
menologia inseriu o diálogo neste trabalho.
A reatualização do conservadorismo ocorre em 1979 com o congresso da virada onde os
trabalhadores estavam na mesa. Nos anos 80 a vertente marxista ao se aproximar do marxis-
mo incorpora o conceito de sociedade de classes. Essa aproximação é inicialmente precária
do ponto de vista teórico, mas bem posicionada do ponto de vista sócio-político. Nesse mo-
mento ocorre também a aproximação dos movimentos sociais.
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A intenção de ruptura com o tradicionalismo ocorre também durante os anos 80, quando
são adotados novos aportes prático-operativo. Sendo o método Bh um deles.
É também nos anos 80 que o Serviço Social atinge a sua maioridade intelectual, a a partir
do livro Relações Sociais e Serviço Social (1982) no Brasil da Profa. Marilda Iamamoto e Raul
Carvalho que se dá uma real aproximação com o marxismo.
A partir daí a teoria marxista aparece de forma hegemônica e os cursos de pós-gradua-
ção são responsáveis por uma grande produção de conhecimento. É também na década de
80 que os profissionais de Serviço Social passam a se organizar de forma coletiva através de
representações profissionais. Em 1986 é editado o primeiro código de ética que materializa a
intenção ruptura que o conjunto hegemônico de profissionais considera primordial, por tudo
isso a década de 80 passa a ser um momento de maturação do Serviço Social Brasileiro. No
entanto, o conservadorismo não foi superado até os dias atuais.
A partir de 1988 esses profissionais deixam de ser meros executores e a passam a partici-
par do planejamento e gestão. Com a LOAS em 1993 também surgem novas demandas para
os profissionais de Serviço Social.
A partir da década de 90 com a subordinação das políticas sociais à política econômica,
o neoliberalismo inaugura o filantropismo, a solidariedade, seletividade e focalização de servi-
ços sociais. Nesta década também se enfrenta alguns desafios como mudanças no mundo do
trabalho e aumento do desemprego, desmonte das políticas sociais. Apesar disso, o Serviço
Social alcança um nível de maturidade intelectual considerado importante.
Em 1993 é editado o atual código de ética, a Lei de Diretrizes Curriculares em 1996, a lei
que regulamenta a profissão em 1993.
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O mercado nacional de trabalho aponta para uma extensão quantitativa da demanda por
assistentes sociais. Até a década de 50, esse mercado era geograficamente localizado nos
dois grandes eixos industriais: RJ/SP.
A constituição desse mercado nacional se deu a partir do surgimento de:
• Organizações de filantropia;
• Média e grandes empresas monopolistas;
• Empresas estatais
O autor aqui assinala uma característica própria das relações sociais: o caráter contraditó-
rio dos fenômenos; instaurando condições para uma formulação do Serviço Social de acordo
com as suas necessidades e interesses, a autocracia (ditadura) criou simultaneamente um
espaço onde se inscrevia a possibilidade de se gestarem alternativas às práticas e às concep-
ções profissionais que ela demandava. (os fenômenos não se apresentam unilateralmente,
eles tem sempre uma outra face, como a moeda, por exemplo).
A renovação do Serviço Social aparece sob todos os aspectos como avanço, mesmo nas
vertentes em que as concepções herdadas do passado não são essencialmente colocadas em
pauta, registra-se uma articulação que lhes confere uma arquitetura, que procura oferecer mais
consistência à ordenação de seus componentes internos.
O autor vai sublinhar que seu interesse diz respeito a tematização especial da renovação
no plano de suas elaborações ideais, destacadamente o esforço realizado para a validação
teórica (literatura profissional difundida nacionalmente entre 65 e 85). Ou seja, Paulo Netto se
debruçou sobre as produções elaboradas pelo Serviço Social no decorrer dessas duas déca-
das para capturar as representações que se fazia sobre a profissão.
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Fica claro, segundo Netto, quando se lê os documentos dos encontros, a defasagem e a po-
breza teórica dos conteúdos. Estes estão absolutamente fora do compasso do movimento que
se instaurava no Serviço Social que se caracterizava pelas produções dos mestrados e pelo
nível de problematização operada no bojo do Serviço Social e de suas instâncias profissionais.
2ª) REATUALIZAÇÃO DO CONSERVADORISMO
Perspectiva assumida por parcela da categoria profissional que resiste ao processo de
laicização, recusando o rompimento com o estatuto de subalternidade da profissão; mostra-se
refratário às inovações trazidas pela perspectiva modernizadora. Repudia a vinculação positi-
vista contida na primeira perspectiva e a influência do pensamento crítico-dialético contida na
perspectiva “intenção de ruptura”.
Abraça a característica intimista da profissão, seus traços, microscópicos, condicionando
sua intervenção a uma visão de mundo derivada do pensamento tradicional (reclamam para si
a inspiração fenomenológica).
Destaque à dimensão da subjetividade (demanda que surge no meio profissional que se
caracteriza por ser fortemente psicologizante (ajuda psicossocial, compreensão).
Essa perspectiva do movimento de reconceituação pode ser remontada aos Seminários
de Sumaré e Alto da Boa Vista (respectivamente 1978 e 1984) e se dá a partir da contribuição
fundamental de Ana Augusta de Almeida em sua obra “Possibilidades e limites da teoria do
Serviço Social”.
A crítica à herança positivista, em grande estilo, é uma tônica dessa literatura profissional “...
ao tratar os fatos sociais como coisas, rejeitamos o que é da ordem das significações, das inten-
cionalidades, das finalidades, dos valores, enfim, tudo aquilo que constitui a face interna da ação”.
Faz-se necessário – para essa perspectiva renovadora – que se desloque a explicação,
(própria dos paradigmas positivas e neopositivistas) pela compreensão, ao “pensamento cau-
sal” quer substituir “um pensamento não-causal, o fenomenológico, cujo quadro de referência
não é a explicação, mas a compreensão.
Paulo Netto sublinha que os valores que norteiam a prática profissional são cristãos; o
Serviço Social é posto como uma intervenção que se inscreve rigorosamente nas fronteiras da
ajuda psicossocial. O Serviço Social... se propõe a um desenvolvimento da consciência refle-
xiva de pessoas a partir do movimento dialético entre o conhecimento do sujeito como “ser no
Mundo” e o conhecimento do sujeito como “ser sobre o mundo” pág. 208).
Netto afirma que há nessa argumentação, uma dissolução das determinações de classe
nos processos societários. O que ocorre na formatação dessa perspectiva é o regresso ao que
há de mais tradicional e consagrado na herança conservadora da profissão: a recuperação de
seus “valores universais” e a centralização nas dinâmicas individuais (pág. 216)
3ª) INTENÇÃO DE RUPTURA (crítica sistemática ao desempenho tradicional do Serviço So-
cial em seus suportes teóricos, metodológicos e ideológicos; apresenta um padrão de análise
textual bastante produtivo (após a derrocada da ditadura).
Por que tão grande repercussão dessa perspectiva no meio dos Assistentes e Sociais?
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Porque ainda existe um flagrante hiato entre a intenção de romper com o passado conser-
vador do Servidor Social e os indicativos práticos-profissionais para consumá-la (a tão conhe-
cida queixa acerca da dicotomia entre teoria e prática).
Essa perspectiva abrange dois momentos históricos diferenciados, à saber:
• Primeiro momento: Não dá para pensar essa perspectiva sem vinculá-la a inserção do
Serviço Social no circuito acadêmico-universitário.
Ela nasce e se desenvolve nos anos de 1972 a 1975 a partir de um grupo de jovens profissio-
nais da Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais; num momento poste-
rior o conteúdo dessa iniciativa ficou impresso no documento intitulado “método Belo Horizonte”.
Esses profissionais elaboraram uma crítica teórico-prática ao tradicionalismo profissional
e propõem em seu lugar uma alternativa global: uma alternativa que visa romper com o tradi-
cionalismo no plano teórico-metodológico, no plano da concepção e da intervenção profissio-
nais e no plano da formação.
O processo de constituição dessa alternativa, tanto no nível da elaboração teórica quanto
no da experimentação (via campos de extensão e estágios) foi interrompido em 1975, quando
uma crise leva à demissão dos seus principais formuladores e gestores, instaurando-se cir-
cunstâncias institucionais que impedem sua continuidade. Com essa crise ficou evidenciada a
fragilidade de sua divulgação junto à categoria profissional.
Importante considerar o momento histórico em que surge esse primeiro momento da pers-
pectiva “intenção de ruptura” ou seja, estamos vivendo um ditadura militar que buscou o silen-
ciar qualquer vestígios de oposição às ideias centrais do novo regime; é nesse contexto que se
torna importante situá-la enquanto movimento de resistência à ordem estabelecida.
Anos 70 (primeiro momento: tendência à partidarização; repõe em novas bases o testemu-
nho cristão/vocação (militantismo/compromisso com a classe trabalhadora (transformação
social). O messianismo (O Assistente Social vai iluminar e salvar a classe) sofre com a influên-
cia do marxismo acadêmico que nada mais foi do que a vulgarização da obra de Marx.
O compromisso do Assistente Social dava-se via alguns espaços de prática, como se de-
pendesse do lócus espacial, a definição do tipo de intervenção e intencionalidade profissional.
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A noção de classe oprimida utilizada pelo grupo da PUC-BH, pode ser compreendida como
um simplismo teórico e crítico-analítico; não se consegue vislumbrar a complexidade no que
se refere à constituição da classe; esta não pode ser analisada a partir da dicotomia classe
dominante x classe oprimida. (o fenômeno da classe é multifacetado; não são só aqueles que
são operários na fábrica de montagem!)
O objetivo meta do Serviço Social seria a transformação da sociedade e do homem, o que
equivale, segundo Paulo Netto num equívoco megalômano. (superestimação/hipertrofia da
prática profissional)
Segundo momento da perspectiva Intenção de Ruptura
A reflexão de Marilda Vilella Iamamotto configura a maioridade intelectual desta perspecti-
va; o seu texto “Legitimidade e crise do Serviço social “é o primeiro texto que caracteriza este
momento. Ao resgatar a obra de Marx, a autora pensa o Serviço social imbricado na lógica da
reprodução das relações sociais; essa imbricação se dá em direção a dois níveis de análise:
• A análise da instituição profissional no bojo da totalidade das relações sociais da ordem
burguesa e,
• A análise do Serviço social na particularidade da formação social brasileira.
Marilda inscreve a prática profissional no terreno das intermediações entre as classes so-
ciais fundamentais; é só nesse campo mediador que o Serviço social existe como profissão
e tem determinadas suas alternativas de ação. O Serviço social é situado no processo de
reprodução das relações sociais; fundamentalmente é uma atividade auxiliar e subsidiária no
exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe dominante. Junto à classe
trabalhadora porém, participa também, ao lado de outras instituições sociais, das respostas
legítimas de sobrevivência desta classe face às suas condições de vida, dadas historicamente.
Intenção de ruptura e modernidade
Iamamoto enriqueceu o debate profissional com um elenco de núcleos temáticos e pro-
postas crítico-analíticas que tornaram contemporâneo das polêmicas e alternativas do univer-
so cultural mais avançado da área das ciências sociais.
É ela que repercute produtivamente no Serviço social, as questões referentes à dinâmica
contraditória e macroscópica da sociedade, apanhadas numa angulação que põe em causa a
produção social (com ênfase na crítica da economia política), que ressalta a importância da
estrutura social (com o privilégio da análise das classes sociais e suas estratégias), que pro-
blematiza a natureza do poder político (com a preocupação com o Estado) e que se interroga
acerca das especificidades das representações sociais (papel das ideologias).
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Os atores que contribuíram para fazer avançar esse processo foram: setores da igreja cató-
lica, movimento estudantil, artistas, movimentos docentes, partidos afinados ideologicamente
com a democracia, etc.
Uma outra ordem de preocupação desse movimento, foi o de politizar a ação profissio-
nal, conectando-a ao projeto de ‘libertação dos oprimidos”, via uma transformação radical da
sociedade; outra perspectiva assumida era com a delimitação de um campo científico para o
Serviço Social (a necessidade de circunscrição de um objeto e metodologia próprios).
A universidade foi chamada então, à repensar seu processo de formação profissional na
direção de: qualificação dos agentes, incentivo à pesquisa e produção de conhecimentos, estí-
mulo ao debate contemporâneo em consonância com a realidade social.
A autora sinaliza que a renovação profissional inicia-se nos marcos da política desenvolvi-
mentista (JK – 50 anos em 5), passando pelo crivo da ditadura militar, pelo contexto de rede-
mocratização da sociedade brasileira (iniciado em 1979), sendo ainda hoje, caracterizado por
um processo.
O movimento de reconceituação teve três claras perspectivas, as quais foram denomina-
das pelo Prof. José Paulo Netto:
• Perspectiva modernizadora (tendência funcionalista);
• Reatualização do conservadorismo (tendência fenomenológica);
• Perspectiva de intenção de ruptura (influenciada pelo marxismo).
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A recusa da prática profissional ditada pela visão de que a instituição apenas reproduzia a
ideologia dominante – apontou para uma ruptura com o traço fundante da profissão, que é a
intervenção (contribuição teórica de Louis Althusser “Aparelhos ideológicos do Estado”).
A ação político-moral não ajudou no desvendamento dos fundamentos do tradicionalismo
profissional;
A autora sinaliza que ficou ausente nessa influência inicial, uma consciência teórica capaz
de desvendar as relações sociais na sua constituição contraditória. É a partir da consideração
de que a realidade/sociedade é contraditória, que podemos entender os limites e possibilida-
des à ação profissional.
A interlocução crítica com o conhecimento acumulado historicamente não se fez presente,
reduzindo em muito a capacidade explicativa/operativa da teoria social marxiana no entendi-
mento de nossa profissão na realidade brasileira.
A autora sublinha dois dilemas existentes até hoje em nosso meio; um elemento comum
entre eles é a ausência da perspectiva da História, vejamos:
FATALISMO: naturalização da vida social, onde nada é possível de ser feito; é uma leitura
perversa da profissão, que é considerada vítima de uma sociedade monoliticamente moldada.
Assistimos aqui a uma hipotrofia profissional, ou seja, ficamos aquém das possibilidades que
a realidade enseja.
MESSIANISMO: o profissional hipertrofia suas possibilidades para muito além, do que seu
mandato institucional lhe permite. Reside aqui a crença de que pensar a mudança é suficiente
para que ela ocorra (idealismo).
Nestas duas perspectivas o assistente social abre mão de suas prerrogativas, ao negar
as possibilidades de ação contidas na realidade social, segundo Marilda, o que pode estar se
revelando atrás destas duas leituras, é a incompetência de construir propostas profissionais
concernentes ao nosso tempo histórico; ficamos escondendo nossa não competência atrás
destes discursos.
Iamamoto sinaliza que a perspectiva “Intenção de Ruptura” consegue se tornar hegemô-
nica a partir do processo de redemocratização da sociedade brasileira (fins da década de 70
e início da década de 80). A partir daí, o caminho que passou a ser trilhado foi o de mergulhar
criticamente na história profissional, construindo uma reflexão sobre os fundamentos desta
profissão (essa contribuição foi inicialmente formulada por essa autora através dos livros:
“Crise e Legitimidade do Serviço Social” e “Serviço Social e relações sociais no Brasil’).
Aqui no Brasil então, o movimento de reconceituação nesta última década vem sendo ca-
racterizado a partir de uma relação de continuidade e ruptura (no campo marxista), que se
desdobrou na superação da própria reconceituação.
Porquê continuidade?
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Porquê ruptura?
Porque conseguimos construir uma crítica marxista ao próprio marxismo e dos fundamen-
tos do conservadorismo.
Porque temos conseguido redimensionar as interpretações acerca do significado social do
Serviço Social, numa busca de alargamento dos fenômenos a serem estudados e das requisi-
ções necessárias à tal intervenção.
Os eixos do debate do Serviço Social no campo da tradição marxista nesta década engloba
duas grandes temáticas, a saber:
• A crítica teórico-metodológica do conservadorismo e do marxismo vulgar; a partir daí
as questões do método, teoria e história são redimensionadas, apontando para uma
necessária revisão curricular;
• A análise crítica acerca dos fundamentos históricos de surgimento do Serviço Social
brasileiro. A profissão ressurge então enquanto estratégia de classe para a manutenção
de uma dada ordem social, entretanto, aponta também para a defesa de interesses da
classe trabalhadora ao intervir na execução das políticas públicas (é a contraditoriedade
das relações sociais que permite superarmos uma leitura unidirecional).
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A autora chama nossa atenção no que se refere aos limites de uma cidadania sob o marco
do capitalismo.
Se estudarmos e produzirmos textos, reflexões sobre os direitos de cidadania (e isso é
muito importante!), não podemos esquecer que a sociedade burguesa em sua essência não é
alterada (pelo contrário, muitas vezes é legitimada) no que tem de mais fundamental – concen-
tração de renda (uma das piores do mundo), grave exclusão social e desemprego estrutural. Os
direitos de cidadania não mexem num milímetro, na lógica deste sistema. Ao esquecermo-nos
dos atores demandatários de nossa ação, da sociedade civil, estaremos esquecendo que são
eles que podem desestruturar essa ordem social. Considerar que as políticas públicas são a
grande solução para a classe trabalhadora, é ficar de frente para o Estado e de costas para os
trabalhadores e os não trabalhadores (os que estão de fora do mercado formal de trabalho).
Iamamoto concluiu sinalizando que desconhecemos os modos de vida dos subalterniza-
dos; eles, que são os protagonistas da História, são menosprezados pelo Serviço Social. Se
quisermos ganhar visibilidade e legitimidade (vale a pena lembrar que nossa profissão não foi
demandada pelo conjunto de trabalhadores), temos que buscar conhecer suas condições de
vida, trabalho, cultura, formas de resistência. Trazer esse conhecimento para o campo investi-
gativo e interventivo.
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Isso é uma pré-condição para que se possa captar as novas mediações e requalificar o
fazer profissional, identificando suas particularidades e descobrir alternativas de ação.
Um dos desafios do assistente social é o de desenvolver sua capacidade de decifrar a re-
alidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a
partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só
executivo. Hoje, o próprio mercado demanda, além de um trabalho na esfera da execução, a
formulação de políticas públicas e a gestão de políticas sociais.
É preciso, segundo a autora, enxergar a profissão não como o mero emprego, enxergar a ação
de um sujeito profissional que tem competência para propor, para negociar com a instituição os
seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e funções profissionais.
Iamamoto acentua que as possibilidades estão dadas na realidade, mas não são automa-
ticamente transformadas em alternativas profissionais. Cabe aos profissionais apropriarem-se
dessas possibilidades e, como sujeitos, desenvolvê-las transformando-as em projetos e frentes
de trabalho. Essa compreensão é muito importante para se evitar uma atitude fatalista do pro-
cesso histórico e, por extensão, do serviço social. Tal visão determinista e a-histórica da realidade
conduz a acomodação, a rotinização do trabalho, ao burocratismo e a mediocridade profissional.
Entretanto, também é necessário evitar a perspectiva do messianismo profissional em que
se enfatiza uma visão heroica do serviço social que reforça unilateralmente a subjetividade
dos sujeitos, a sua vontade política sem confrontá-la com as possibilidades e limites da reali-
dade social.
O segundo pressuposto é a consideração de que o serviço social é uma especialização do
trabalho, uma profissão particular inscrita na divisão social e técnica do trabalho coletivo da
sociedade. E quando o Estado se “amplia”, passando a tratar a questão social não só pela coer-
ção, mas buscando um consenso na sociedade, que são criadas as bases históricas de nossa
demanda profissional. Ora, se isso é verdade, as mudanças que vêm ocorrendo no mundo do
trabalho e na esfera estatal, em suas relações com a sociedade civil, incidem diretamente so-
bre os rumos do desenvolvimento dessa profissão na sociedade.
O processo de compra e venda da força de trabalho especializada em troca de um salário
faz com que o serviço social ingresse no universo da mercantilização, no universo do valor.
A profissão produz serviços que atendem as necessidades sociais, isto é, tem valor de uso,
uma utilidade social.
Na esfera do Estado, no campo da prestação dos serviços sociais, o assistente social pode
participar do processo de redistribuição da mais valia, via fundo público.
O terceiro pressuposto é de que o serviço social sendo trabalho, participa da produção/
reprodução da vida social. Quando se fala nessa produção/reprodução, não é apenas a dimen-
são econômica que é ressaltada, mas a reprodução das relações sociais de indivíduos, grupos
e classes sociais.
Relações sociais estas que envolvem poder, sendo relações de luta e confronto entre as
classes e segmentos sociais, que tem no Estado uma expressão condensada da trama do
poder vigente na sociedade.
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SERVIÇO SOCIAL
Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social
Kamilla Silva
É isso galera!!!!!
Se você gostou do material ou tem críticas, dá um retorno, bem como também poste suas
dúvidas lá no fórum. Estou esperando você por lá!
Abreijos!!!!!
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SERVIÇO SOCIAL
Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social
Kamilla Silva
RESUMO
Nessa aula, você deve fixar os seguintes pontos:
• A origem do Serviço Social está datada do final do século XIX em Nova Iorque nos Esta-
dos Unidos da América;
• 1920: iniciativa particular;
• 1930: Estado + empresas + igreja;
• As encíclicas papais influenciaram o Serviço Social na década de 30;
• Função: controle da classe operária;
• Objeto: expressões da questão social;
• Década de 40 e 50: Doutrina Católica + Positivismo
• Nos anos 60 o Serviço Social tradicional começa a ser questionado;
• Anos 60: Interlocução com o marxismo;
• Anos 60: Movimento de reconceituação: Araxá e Teresópolis;
• Anos 60: modernização conservadora; positivista
• Anos 70: Fenomenologia;
• Anos 70: reatualização do conservadorismo;
• 1979 ocorre o congresso da virada;
• Anos 80: vert5ente marxista;
• Anos 80: intenção de ruptura;
• Anos 1982: Relações Sociais e Serviço Social;
• Anos 80: a teoria marxista aparece de forma hegemônica;
• Anos 80: produção de conhecimento através da pós-graduação;
• Anos: organização e representação profissional;
• 1986: Código ética;
• O conservadorismo não foi superado;
• 1988: os Assistentes Sociais deixam de ser meros executores e passam a participar do
planejamento e gestão;
• Anos 90: mudança no mundo do trabalho;
• Anos 90: desmonte das políticas sociais;
• 1993: código de ética;
• Anos 90: municipalização e descentralização de políticas sociais;
• Conhecimento é o principal instrumento de trabalho.
• Diálogo com as três dimensões do Serviço Social, ou seja, a dimensão teórico-metodo-
lógica, ético-política e técnico-operativa, estas que são indissociáveis.
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SERVIÇO SOCIAL
Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social
Kamilla Silva
REFERÊNCIAS
IAMAMOTO. Marilda Vilela. O Serviço social na Contemporaneidade – Trabalho e formação
profissional. Ed. Cortez, São Paulo.
IAMAMOTTO, Marilda Vilella. Relações sociais e serviço social no Brasil – esboço de uma
interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Ed. Cortez/Celats
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CÓDIGO DE ÉTICA
PROFISSIONAL
DO ASSISTENTE
SOCIAL
Lei n. 8.662/1993
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
Lei n. 8.662/1993
Paula Bervian
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Metodologia Utilizada...................................................................................................................................................3
Avaliação da Aula.............................................................................................................................................................3
Suporte...................................................................................................................................................................................4
Atribuições Privativas do Assistente Social. ...................................................................................................5
Carga Horária do Assistente Social.......................................................................................................................6
CFESS e CRESS..................................................................................................................................................................6
Competências do CFESS...............................................................................................................................................7
Competências do CRESS. . .............................................................................................................................................8
Peculiaridades sobre CFESS e CRESS..................................................................................................................9
Resumo.................................................................................................................................................................................12
Exercícios.............................................................................................................................................................................14
Gabarito................................................................................................................................................................................19
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................20
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Lei n. 8.662/1993
Paula Bervian
Apresentação
Olá, querido (a) aluno (a)!
É uma grande honra fazer parte da sua preparação para este concurso. Sem dúvida, uma
ótima oportunidade para você ingressar no serviço público.
Explicarei para você todas as disposições da Lei n. 8.662/1993.
Elaborarei questões inéditas, abordando todo o conteúdo, para que não fique nenhum
ponto de vulnerabilidade no seu estudo e você possa treinar bastante, fixar os conteúdos
estudados e ter grande facilidade na hora de responder a prova!
Professora, com tantas matérias para estudar, devo mesmo dedicar tempo para estudar
a Lei n. 8.662/1993?
A resposta é SIM, não poderia ser diferente, você não pode negligenciar nenhuma matéria.
Mesmo que fosse somente uma questão cobrando o conhecimento dessa lei, ainda as-
sim, faria muita diferença no resultado.
São inúmeros os casos de concurseiros (as) que, pela diferença de uma questão, assu-
mem o cargo dos sonhos. O próximo pode ser você!
Feitas estas considerações preliminares, passaremos a proposta do curso.
Metodologia Utilizada
A ideia é de que este curso seja o único material que você precise utilizar na preparação
para o concurso, desse modo, foi elaborado com a preocupação de não deixar nenhuma lacuna.
Utilizaremos mapas mentais sempre forem mais eficientes para a compreensão do dis-
positivo legal, tendo em vista que criam “memória visual” e representam um estímulo cerebral
diferente durante o estudo.
Ao final de cada aula, estarão as questões comentadas que vão preparar você para en-
frentar a banca.
Avaliação da Aula
Querido(a) aluno(a), quero pedir-te uma gentileza rápida e fácil, peço que você avalie o
conteúdo desta aula. Caso você tenha gostado da forma pela qual apresentei os conteúdos,
avalie positivamente, seu like é muito importante!
Entretanto, se você não gostou da aula, envie sua crítica e/ou sugestão, ficarei grata em
saber a sua opinião e poder, com ela, melhorar.
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Lei n. 8.662/1993
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Suporte
Quando estudamos um conteúdo novo, dúvidas podem surgir, mas você não pode levá-
-las para a prova.
Por isso, sempre que você sentir necessidade utilize o FÓRUM DE DÚVIDAS para mandar
a sua pergunta, terei grande satisfação em respondê-lo o mais breve possível.
Vamos ao estudo!
Seja imparável!
#SouGran
LEI N. 8.662/1993
Sim, o exercício da profissão de Assistente Social requer prévio registro nos Conselhos
Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação do interessado nos termos da Lei
n. 8.662/1993.
A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados na forma da
legislação vigente.
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Lei n. 8.662/1993
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Existem algumas competências que são atribuídas ao Assistente Social, você sabe quais
são elas?
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Lei n. 8.662/1993
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CFESS e CRESS
Destaca-se que, foram alteradas as denominações do Conselho Federal de Assistentes
Sociais (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS), para, respectiva-
mente, Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselhos Regionais de Serviço So-
cial (CRESS).
Obs.: Obs. 01
Denominação Antiga: Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS).
Denominação nova: Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).
Obs. 02
Denominação Antiga: Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS).
Denominação Nova: Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).
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Competências do CFESS
Você sabe quais são as competências do Conselho Federal de Serviço Social?
Obs.: A sede e o foro Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será no Distrito Federal.
O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins da lei 8.662/93 será dado nas
reuniões conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais, que inclusive fixarão os limites de sua
competência e sua forma de convocação.
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Competências do CRESS
Compete aos Conselhos Regionais de Serviço Social, em suas respectivas áreas de ju-
risdição, na qualidade de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes
atribuições:
• Organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o cadastro das
instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos;
• Fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva
região;
• Expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa;
• Zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como Tribunais
Regionais de Ética Profissional;
• Aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional;
• Fixar, em assembleia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos Assisten-
tes Sociais;
• Elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e aprovação do fórum
máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS.
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Lei n. 8.662/1993
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Obs.: É vedado o uso da expressão Serviço Social por quaisquer pessoas de direito público
ou privado que não desenvolvam competências e atribuições do Assistente Social.
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Lei n. 8.662/1993
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Obs.: No caso de reincidência na mesma infração no prazo de 02 anos, a multa cabível será
elevada ao dobro.
Você sabe quem tem competência para expedir a Carteira de Identificação Profissional?
Você sabe com quais rendas será mantido o Conselho Federal de Serviço Social?
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Lei n. 8.662/1993
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Além dos membros titulares, devem existir nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes
Sociais, por via direta, para um mandato de três anos, de acordo com as normas estabeleci-
das em Código Eleitoral aprovado pelo fórum.
Também contarão com três suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais da área de
sua jurisdição.
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão legitimidade para agir contra qualquer
pessoa que infringir as disposições que digam respeito às prerrogativas, à dignidade e ao
prestígio da profissão de Assistente Social.
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Lei n. 8.662/1993
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RESUMO
As atribuições dos Assistentes Sociais e as competências dos Conselhos devem ser me-
morizadas, portanto, é necessário que você as estude no corpo da aula.
Assim, neste resumo, destacarei algumas informações que também são relevantes, veja:
• O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio registro nos Conselhos Re-
gionais.
• A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados na forma da
legislação vigente.
• A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas semanais.
• Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) possuem autonomia administrativa
e financeira.
• Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles atuam não tenham pos-
sibilidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser constituída uma delegacia su-
bordinada ao Conselho Regional.
• Os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área de jurisdição,
delegacias seccionais.
• Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores:
− Multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente;
− Suspensão de 01 a 02 anos de exercício da profissão ao Assistente Social que, no
âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em
vista a gravidade da falta;
− Cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de reinci-
dência contumaz.
• O caso de reincidência na mesma infração no prazo de 02 anos, a multa cabível será
elevada ao dobro.
• O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido:
− Por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS, em percentual a
ser fórum máximo de deliberação da profissão;
− Por doações e legados;
− Por outras rendas.
• O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço
Social (CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos:
− Presidente
− Vice-Presidente
− Dois Secretários
− Dois Tesoureiros
− Três membros do Conselho Fiscal
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Lei n. 8.662/1993
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EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:
Constituem competências do Assistente Social:
I - Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração
pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares.
II - Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito
de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil.
III - Encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.
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Lei n. 8.662/1993
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III – Aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum mínimo de deliberação do conjunto
CFESS/CRESS;
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.
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a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em II e III.
d) Em I, II e III.
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GABARITO
1. d
2. b
3. c
4. a
5. b
6. c
7. c
8. d
9. b
10. C
11. E
12. E
13. C
14. E
15. C
16. C
17. E
18. E
19. C
20. E
21. C
22. C
23. C
24. E
25. C
26. E
27. E
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GABARITO COMENTADO
001. (INÉDITA/2022) Com fundamento na Lei n. 8.662/1993, responda:
Constituem competências do Assistente Social:
I – Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração
pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares.
II – Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito
de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil.
III – Encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população.
Diante do exposto, está correto o que se afirma:
a) Apenas em I.
b) Apenas em III.
c) Apenas em I e III.
d) Em I, II e III.
Afirmativa I: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 4º, I da Lei º 8.662/1993.
Afirmativa II: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 4º, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 4º, III da Lei n. 8.662/1993.
Letra d.
A alternativa B é o gabarito, pois está de acordo com o disposto no art. 5-A da Lei n. 8.662/1993.
Letra b.
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Afirmativa I: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 8º, I da Lei º 8.662/1993.
Afirmativa II: Errada. O assessoramento deve ocorrer, na verdade, sempre que for necessário,
conforme dispõe o art. Está de acordo com o disposto no art. 8º, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Errada. O fórum de deliberação deve ser máximo, conforme dispõe o art. 8º, III
da Lei n. 8.662/1993.
Letra a.
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A alternativa B é o gabarito da questão pois está de acordo com o disposto no art. 9 da Lei n.
8.662/1993.
Letra b.
Afirmativa I: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 10, I da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa II: Errada. A competência é sobre fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão
de Assistente Social na respectiva região, conforme dispõe o art. 10, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 10, III da Lei n. 8.662/1993.
Letra c.
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Afirmativa I: Errada. O valor da multa será de uma a cinco vezes a anuidade vigente, conforme
dispõe o art. 16, I da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa II: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 16, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 16, III da Lei n. 8.662/1993.
Letra c.
Afirmativa I: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 19, I da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa II: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 19, II da Lei n. 8.662/1993.
Afirmativa III: Certa. Está de acordo com o disposto no art. 19, III da Lei n. 8.662/1993.
Letra d.
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Paula Bervian
Secretários, dois Tesoureiros e três membros do Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos
dentre os Assistentes Sociais, por via direta, para um mandato de ________. Assinale a alter-
nativa que completa corretamente o enunciado acima.
a) Dois anos.
b) Três anos.
c) Um ano.
d) Quatro anos.
Trata-se na verdade de uma atribuição privativa do Assistente Social, conforme dispõe o art.
5º, I da Lei n. 8.662/1993.
Errado.
A carga horária é de 30 horas semanais, conforme dispõe o art. 5-A da Lei n. 8.662/1993.
Errado.
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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
Lei n. 8.662/1993
Paula Bervian
O CRESS possui autonomia financeira e administrativa, conforme dispõe o art. 7º, § 1º da Lei
n. 8.662/1993.
Errado.
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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
Lei n. 8.662/1993
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O valor da multa será de um a cinco vezes a anuidade vigente, conforme dispõe o art. 16, I da
Lei n. 8.662/1993.
Errado.
A aplicação da suspensão será de um a dois anos, conforme dispõe o art. 16, II da Lei n.
8.662/1993.
Errado.
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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
Lei n. 8.662/1993
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A afirmativa está de acordo com o disposto no art. 22, parágrafo único da Lei n. 8.662/1993.
Certo.
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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
Lei n. 8.662/1993
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Em caso de reincidência a multa será elevada ao dobro, conforme dispõe o art. 16, §2º da Lei
n. 8.662/1993.
Errado.
Paula Bervian
Professora e comentarista de questões de cursinhos para concursos. Advogada. Apaixonada por aprender
e ensinar.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Certo dia, parei para observar as mulheres e só pude concluir uma coisa: elas não são humanas.
São espiãs. Espiãs de Deus, disfarçadas entre nós. Pare para refletir sobre o sexto sentido. Alguém duvida
que ele exista?
E, como explicar que ela saiba exatamente qual mulher, entre as presentes, em uma reunião, seja
aquela que dá em cima de você... Ou é a que você dá em cima? E, quando ela antecipa que alguém tem
algo contra você, que alguém está ficando doente ou que você quer terminar o relacionamento? E, quando
ela diz que vai fazer frio e manda você levar um casaco? Rio de Janeiro, 40ºC, você vai pegar um avião
para São Paulo. Só meia-hora de vôo. Ela fala para você levar um casaco, porque "vai fazer frio". Você não
leva. O que acontece? O avião fica preso no tráfego, em terra, por quase duas horas, depois que você já
entrou, antes de decolar. O ar condicionado chega a pingar gelo de tanto frio que faz lá dentro!
O sexto sentido não faz sentido! É a comunicação direta com Deus! Assim é muito fácil...As
mulheres são mães! E preparam, literalmente, gente dentro de si. Será que Deus confiaria tamanha
responsabilidade a um reles mortal? E não satisfeitas em ensinar a vida, elas insistem em ensinar a vivê-la,
de forma íntegra, oferecendo amor incondicional e disponibilidade integral. Fala-se em "praga de mãe",
"amor de mãe", "coração de mãe"... Tudo isso é meio mágico... Talvez ele tenha instalado o dispositivo
"coração de mãe" nos "anjos da guarda" de seus filhos (que, aliás, foram criados à sua imagem e
semelhança).
As mulheres choram, vazam ou extravasam? Homens também choram, mas é um choro diferente.
As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar, um não sei quê de fragilidade, um não
sei quê de amor, um não sei quê de tempero divino, que tem um efeito devastador sobre os homens... É
choro feminino; é choro de mulher... Já viram como as mulheres conversam com os olhos? Elas conseguem
pedir uma à outra para mudar de assunto com apenas um olhar. Elas fazem um comentário sarcástico com
outro olhar. E apontam uma terceira pessoa com outro olhar. Quantos tipos de olhar existem? Elas
conhecem todos... Parece que freqüentam escolas diferentes das que freqüentam os homens! E é com um
desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens. En-fei-ti-çam!
O amor leva as mulheres para perto de Deus... já que ele é o próprio amor. Por isso, dizem "estar
nas nuvens", quando apaixonadas. Com todo esse amor de mãe, esposa e amiga, elas ainda são mulheres
a maior parte do tempo. Mas elas são anjos depois do sexo-amor. É nessa hora que elas se sentem o
próprio amor encarnado e voltam a ser anjos. E levitam. Algumas até voam. Mas os homens não sabem
disso. E nem poderiam... Porque são tomados por um encantamento que os faz dormir nessa hora.
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05. Em: “E é com um desses milhões de olhares que elas enfeitiçam os homens.” Temos:
a) Oxímoro;
b) Eufemismo;
c) Hipálage;
d) Hipérbole.
06. Marque a alternativa em que o uso da colocação pronominal corresponda à norma culta.
a) Enquanto se espera o vôo, bebe-se algo;
b) Enquanto se espera o vôo, se bebe algo;
c) Enquanto espera-se o vôo, bebe-se algo;
d) Enquanto espera-se o vôo, se bebe algo.
07. A crônica de Fernando Sabino foi de encômios às mulheres. O termo em destaque, significa:
a) Elogios;
b) Críticas;
c) Comentários;
d) Sarcasmos.
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09. “As lágrimas das mulheres têm um não sei quê que não quer chorar.” O termo em destaque é:
a) Pronome adjetivo indefinido;
b) Advérbio de intensidade;
c) Pronome relativo;
d) Pronome substantivo indefinido.
10. “Talvez ele tenha instalado o dispositivo “coração de mãe” (...) (foram criados à sua imagem e
semelhança)”
O uso do acento grave está correto, exceto em:
a) Vendo à vista;
b) Usava bigode à Hitler;
c) O homem foi ferido à bala;
d) Ficaram à contemplar tamanha beleza.
RACIOCÍNIO LÓGICO
11. A direção da Singer resolveu premiar os funcionários que têm pelo menos 10 anos de empresa.
O Sr. Carlos trabalha no departamento pessoal. O funcionário mais antigo do departamento
pessoal tem 11 anos de empresa. Com base nisso, é CORRETO afirmar que:
a) o Sr. Carlos tem direito ao prêmio.
b) o Sr. Carlos pode ganhar o prêmio.
c) Há somente 1 funcionário no departamento pessoal com direito ao prêmio.
d) o Sr. Carlos não tem direito ao prêmio.
12. Na página 10 de um livro está escrita a seguinte afirmação: A frase da página 11 é falsa. Na
página 11, deste mesmo livro, está escrita a seguinte afirmação: A frase da página 10 é falsa.
Fazendo a análise das duas frases para verificar a veracidade das mesmas temos um caso, de:
a) Paradoxo.
b) Contradição.
c) Silogismo.
d) Tautologia.
13. 2 está para 130, assim como 4 está para 646. Logo, 3 está para:
a) 93
b) 131
c) 43
d) 63
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14. Mamãe fez um bolo para o café da manhã, mas uma das crianças - André, João e Carlos –
comeu todo o bolo. Indagados sobre quem comeu o bolo André disse: Eu não comi o bolo! João
disse: Um de nós o comeu, mas não fui eu! Carlos disse: Pelo menos um deles, André ou João,
estão dizendo a verdade. Como mamãe sabia que André e Carlos não estavam ambos dizendo a
verdade, ela descobriu quem foi o comilão. Assim, o comilão foi:
a) Carlos
b) João
c) André
d) André e João
16. Três pessoas foram presas acusadas de espionagem. Uma delas sempre dizia a verdade, a outra
sempre mentia e a outra era o espião. Segue abaixo a declaração de cada uma delas:
INFORMÁTICA
17. No Windows XP com a janela do Windows Explorer aberta, um operador executou os seguintes
comandos:
I) Selecionou o arquivo FUNCIONÁRIO.DOC na pasta EMPRESA existente no driver C:
II) Executou o atalho de teclado <CTLR> + C
III) Selecionou a pasta DOCUMENTOS existente no driver C:
IV) Executou o atalho de teclado <CTLR> + V
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19. Durante a edição de um texto elaborado no Microsoft Word 2007, o operador pressiona a tecla
<CTRL> + U. Ao fazer isto, ele pretende:
a) Inserir uma tabela;
b) Localizar e substituir um texto no documento;
c) Configurar a página;
d) Inserir um link para uma página da web.
Com relação a planilha Excel, exibida acima, podemos afirmar que o resultado da fórmula na
célula C5, será:
a) 42;
b) -24;
c) 24;
d) -42.
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23. O Serviço Social se gesta e se desenvolve como profissão legitimada no seio da divisão social e
técnica do trabalho, tendo como contexto conjuntural:
a) A consolidação do neoliberalismo.
b) A institucionalização da beneficência, da caridade e da filantropia.
c) O desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana.
d) Os regimes ditatoriais latino-americanos.
24. Para Herman Kruse, sob o ponto de vista metodológico, o Serviço Social passa por três
momentos históricos evolutivos, quais sejam:
a) O tradicionalismo, o empirismo e o racionalismo.
b) O metodologismo asséptico, o tecnicismo e o desenvolvimentismo.
c) O tradicionalismo, o tecnicismo e a reconceituação.
d) O neotomismo, o desenvolvimentismo e a reconceituação.
27. Tomando o marxismo como referencial de análise, é correto afirmar que o Serviço Social:
a) Origina-se da necessidade de todos praticarem o bem.
b) Surge com a função precípua de criar explicação da vida social.
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28. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS-Lei no 8.742/93), são Benefícios
Eventuais:
a) Aqueles que visam ao pagamento de auxílio por natalidade, morte e moradia às famílias cuja renda
mensal per capta seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.
b) Aqueles que visam ao pagamento de auxílio natalidade, morte e alimentação emergencial às famílias
cuja renda mensal per capta seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.
c) Aqueles que visam ao pagamento de auxílio por natalidade, moradia e medicamentos às famílias cuja
renda mensal per capta seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.
d) Aqueles que visam ao pagamento de auxílio por natalidade ou morte às famílias cuja renda mensal per
capta seja inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo.
30. Quanto à relação dos profissionais com os usuários, o Código de Ética dos Assistentes Sociais,
assinala que:
a) É dever do Assistente Social incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar.
b) Cabe ao Assistente Social, divulgar as informações obtidas junto aos usuários, em casos de sigilo.
c) É dever do Assistente Social democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis ao
espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos usuários.
d) É vedado ao Assistente Social devolver as informações colhidas, nos estudos e pesquisas, aos
usuários, no sentido de que estes possam usá-las para o fortalecimento dos seus interesses.
31. O Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, aprovado em 1993, traz inovações que
refletem avanços no processo de regulamentação da profissão. Uma de suas principais
inovações, são:
a) As revisões de todos os princípios que orientavam o Código de Ética Profissional anterior.
b) As revisões dos mecanismos de fiscalização da prática profissional dos Assistentes Sociais.
c) As definições de pressupostos teórico-filosóficos orientadores da dimensão ético-política assumidas
pelo novo código.
d) Defesa do pluralismo, a recusa de preconceito e da discriminação, o enfrentamento do dogmatismo, a
definição de um projeto ético-político assentado no princípio da democracia.
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34. Na forma como está prevista na Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS-Lei no 8.742/93), a
Assistência Social, tem como um de seus princípios:
a) Estar submetida à lógica da cidadania e da acumulação privada.
b) Ser uma política contratual, regida pelo estatuto do seguro social.
c) Universalizar os direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas
demais políticas públicas.
d) Prover benefícios sociais independentemente do perfil dos beneficiários.
36. O processo de descentralização no setor da saúde, que vem sendo implementado desde o início
da década de 90, tem operado um reordenamento profundo das funções de cada esfera de
governo no tocante à responsabilidade pela saúde. A descentralização da política de saúde
aponta para o sentido da:
a) Estadualização.
b) Municipalização.
c) Setorialização.
d) Federalização.
37. O SUS preconiza a estruturação de redes de saúde hierarquizadas, com direção única em cada
esfera de governo. A organização de rede assistencial no SUS, tem como parâmetro:
a) A implementação de um modelo centrado na atenção hospitalar e complexa, em que as ações
primárias sejam prioritárias.
b) Um modelo de assistência baseado no Programa Saúde da Família, em que as ações curativas são a
meta principal.
c) Um modelo em que a rede básica seja a porta de entrada no sistema, referenciado quando necessário.
d) As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde mediadas pela centralidade da atenção
médica.
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40. O Estado de Bem Estar Social, segundo conceito que se generalizou após a Segunda Guerra
Mundial, volta-se para a garantia de condições básicas de existência a todos os cidadãos, no
que se refere a renda, bens e serviços sociais. O Estado de Bem Estar Social compreende:
a) Ações residuais comandadas pela intermitência da provisão.
b) Iniciativas voltadas para a heterogeneidade e superposição de ações sociais.
c) Ações compensatórias, cobertura nas situações de riscos do trabalho e manutenção da renda.
d) Indicações direcionadas para reparações tópicas e emergenciais de problemas sociais.
41. Sabemos que a “questão social” está fundamentalmente vinculada ao conflito capital e trabalho.
No capitalismo concorrencial, ela era tratada como ações coercitivas pelo Estado. Com o
advento do capitalismo monopolista, como passou a ser tratada a “questão social”?
a) Torna-se objeto de respostas institucionais por meio de políticas sociais.
b) Passa a ser reconhecida como problemas a serem tratados sob a intervenção contínua e sistemática
do Estado e da Igreja, voltada para a eqüidade social.
c) Como elemento desencadeador das respostas sociais dadas, pelo Estado sob a lógica de uma política
redistributiva.
d) Como problemas sociais a serem resolvidos no âmbito da reforma fiscal.
42. O artigo 1º da LOAS preceitua que a Assistência Social, como direito do cidadão e dever do
Estado, é política não contributiva de seguridade social, que provê os mínimos sociais,
mediante ações de iniciativa pública e da sociedade, objetivando ao atendimento de
necessidades básicas. O que podemos entender por política não contributiva, à luz do
pensamento de Potyara Pereira?
a) São políticas que não trabalham com a lógica da distribuição de benefícios.
b) Podem ser entendidas como ações de natureza compensatórias financiadas pelos usuários.
c) São iniciativas de natureza beneficente, cuja contrapartida prevê o financiamento do setor privativo.
d) Aquela que não estabelece condições ou contrapartidas no seu processamento.
43. Como bem situa o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, nas últimas décadas, o
Serviço Social se desenvolveu teórica e praticamente, laicizou-se e apresenta-se como profissão
reconhecida academicamente e legitimada socialmente. A revisão do Código de 1986, veio,
portanto, atender a uma exigência dessa evolução:
a) Reafirmou os valores da liberdade e da justiça social, articulando-os ao princípio da democracia e
precisou a normatização do exercício profissional.
b) Reafirmou os valores da autonomia e da justiça social, acrescentou o princípio da liberdade e reduziu
os itens das relações com os usuários.
c) Ratificou os valores do compromisso ético e do pluralismo, retirou o princípio da equidade e ampliou os
itens das relações com as instituições empregadoras.
d) Confirmou os valores do pluralismo e da autonomia, articulando-os ao princípio da cidadania e detalhou
itens relacionados às organizações da sociedade civil.
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47. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/90), o direito à liberdade
compreende um dos seguintes aspectos:
a) Participar da vida política sem restrição.
b) Participar da vida familiar e comunitária sem discriminação.
c) Opinar e se expressar sem ferir as normas da sociedade.
d) Estar nos logradouros públicos livremente.
48. É previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que é dever do Estado assegurar à
criança e ao adolescente:
a) A oferta do ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador.
b) O atendimento, preferencialmente, da oferta do ensino noturno regular.
c) O acesso ao ensino obrigatório como direito público privado.
d) O atendimento em creche para crianças de 0 a 7 anos.
49. Das alternativas propostas, assinale a que melhor define o estudo social:
a) São entrevistas individuais e coletivas realizadas por um assistente social.
b) É um estudo com fim específico que preferencialmente deve ser elaborado por um assistente social.
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54. Para o método dialético marxista, a categoria de mediação possui dupla natureza, definida
como:
a) Reflexiva/ontológica.
b) Política/ideológica.
c) Pública/privada.
d) Compreensiva/dialógica.
55. A priorização da família na agenda da Política Social exige que o assistente social, em qualquer
instituição, atue no sentido de abordar a demanda social apresentada pelo usuário, a partir:
a) Das necessidades individuais dos membros familiares.
b) Das orientações políticas da Vara de Família da comarca.
c) Do objeto institucional do programa a que o técnico está vinculado.
d) Da qualidade de vida do grupo familiar.
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57. Os instrumentos metodológicos de coletas de dados, em uma pesquisa científica, devem ser:
a) Definidos após a realização do trabalho empírico.
b) Entendidos como similares ao teste de hipótese.
c) Explicitados no corpo do projeto de pesquisa.
d) Delimitados quando da divulgação dos resultados.
58. Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V) segundo a Lei no 10.741/03, que dispõe sobre o Estatuto do
Idoso:
( ) É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde –
SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário.
( ) A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de cadastramento da
população idosa em base territorial.
( ) O atendimento domiciliar inclui a internação, para a população que dele necessitar e esteja
impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas,
filantrópicas ou sem fins lucrativos conveniadas como o Poder Público somente na área urbana.
( ) Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos gratuitamente, medicamentos, especialmente os de
uso continuado, com exceção de próteses e órteses.
( ) Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento
especializado.
59. “A Bioética apregoa, entre os direitos do paciente, o de decidir através do consentimento livre e
esclarecido, se aceita ou não um determinado tratamento ou procedimento; o princípio da
autonomia exige que o paciente forneça seu consentimento a todo tratamento médico e a todo
ensaio experimental. O direito torna um valor ético quando proclama: ‘A pessoa humana é
inviolável. Ninguém pode invadir outra pessoa sem o seu consentimento’; para ser autêntico,
este consentimento deve ter duas qualidades, ser livre e esclarecido”(GERBER, 2005).
Sobre este assunto, o Estatuto do Idoso, determina que:
a) A escolha pelo tratamento de saúde deve ser do médico. Para subsidiar sua decisão o mesmo pode
consultar os demais membros da equipe de saúde.
b) A escolha por tratamento compatível com as necessidades do idoso cabe, em qualquer situação ao
médico geriatra, visto ser esta a especialidade médica que cuida da saúde do idoso.
c) Ao idoso, que esteja no domínio de suas faculdades mentais, é assegurado o direito de optar pelo
tratamento de saúde que lhe for mais favorável.
d) O Estatuto do Idoso não se manifesta sobre este tema.
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GABARITO OFICIAL
DATA: 16/08/2009
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
C C B B D D C C D A C C C B C D B C A
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
D A C B A B A D B D D B A D C C B C A
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CONCURSO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE FARIAS BRITO/CE - 2014
PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
PRIMEIRA CENA
O rapaz que viaja à minha frente no trem não olha com bons olhos o senhor escrevendo numa
caderneta. Veio de Potengi morar no Crato, hospedouse na casa do sogro com a esposa e dois filhos, vai
procurar trabalho em Juazeiro, na única profissão que aprendeu: a de vaqueiro. Não parece fácil. Boa parte
dos rebanhos morreu em três anos de estiagem, agravando a decadência da agricultura e da pecuária. Se
não encontrar emprego, volta ao Potengi. Não, ele não bebe, em respeito aos pais da esposa, ambos
evangélicos. Também não sai de casa à noite e não gosta de responder perguntas. Nem o dinheiro da
passagem de volta ele possui. Um real. O jeito será fazer o percurso a pé, doze quilômetros. Nada pede ao
escritor. A confissão de indigência fere seu orgulho. Recebe com dignidade os dois reais que o homem saca
da carteira e, ao descer do vagão, não olha para trás.
As ranhuras nos vidros das janelas são propositais? Ninguém enxerga a plenitude da miséria em
torno, o lixo descendo pelas encostas, restos de mato, poças d’água e riachos que no passado eram
exuberantes, e agora são indefinidos como as pinturas de Monet velho e quase cego. Nos painéis das
Ninféias, uma paisagem aquática com plantas, galhos, reflexos de árvores e nuvens. Aqui, as imagens da
natureza destruída assombram o senhor de barba e cabelos grisalhos. Fez o mesmo percurso entre
Juazeiro e Crato, há 46 anos. Um tempo grande, o bastante para ele também sofrer mudanças e cobrirse
com outras formas de lixo. Anota impressões no caderno. As frases lhe parecem falsas, vazias. Compara o
lixo atirado pelos moradores nos barrancos aos rabiscos do caderno de notas.
Faz calor, os vagões do trem fechado não refrigeram bem. No passado, abriamse as janelas.
Escrever tornouse um pesadelo. Quais os choques permanentes do escritor? O choque de se ver
confrontado com desafios simples e irrefutáveis. O vaqueiro não se rende à miséria e luta por uma profissão
em declínio, por seu lugar no mundo em ruínas. O choque de entrever suas próprias camuflagens, seus
truques, seus clichês. O entulho das palavras no caderno de notas, as frases de efeito, o enfadonho
exercício de criar a beleza sem verdade. O choque de sentir a imensidão dos seus recursos inexplorados. O
choque de ser obrigado a se perguntar por que é um escritor. O choque de descobrir que escrever é uma
arte à qual é necessário consagrarse totalmente, de uma maneira monástica e absoluta. Felizmente o trem
chega ao destino. As pessoas descem vagarosas. O vaqueiro ficou duas estações atrás: duro, cruel contra
si mesmo, exigindo um único papel no mundo, um modo de vida autêntico naquele lugar do planeta.
SEGUNDA CENA
É custoso enfiar o pé 43 na bota de borracha número 40. Mas é necessário para atravessar a lama
e chegar ao Jardim. Dias de chuva continuada, riachos e grotas encharcaram a terra. A cada passo um
atoleiro, o corpo se desequilibra, afunda, ameaça cair. “Você tem certeza que dá para chegar?” “Chega
fácil. Só hoje, fui e voltei duas vezes.” O lugar fica onde o Jardim se espalha, ganha profundidade e se
presta ao banho. “A cheia veio nesse ponto?” “Choveu muito, graças a Deus.” O Jardim deságua no Carás,
que deságua no Salgado, que deságua no Jaguaribe, e este no mar. É um dos rios da minha infância, onde
eu nadava nos meses de férias. Tento alcançar o poço de Dona Naninha Biliu, já que é impossível chegar
ao remanso que pertenceu à minha avó.
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
As matas foram derrubadas e vendidas para as olarias. Cada 100 tijolos fabricados queimaram uma
ingazeira, uma cajazeira, um angico. As casas se edificam sobre cemitérios de árvores. Erguemse as
paredes, abremse as janelas, o corpo se debruça num parapeito, o olhar busca lá fora, mas só enxerga o
deserto. Não existem mais poços d’água cobertos de vegetação, parecendo cavernas. “Lembra que você
gostava de se esconder neles?” “Lembro.” Agora as águas correm a céu aberto e quando o sol bate, secam
depressa. “O sol ficou mais quente, reparou?” “Reparei.” “E você quer tomar um banho pra matar a
saudade?” “Não sei se a saudade se mata ou se ela mata a gente.”
Assis Gonçalves ri da conversa fiada, levanta a bermuda até as coxas, agora estamos os dois no
meio da água, olhando a correnteza acima. “Ali é bom de mergulhar, não vai tomar banho?” “Não sei, dá
trabalho tirar a roupa, descalçar as botas.” As águas passam ligeiras, há muito balseiro nas margens do
Jardim, enganchado em arames, nas unhas de gato. Tudo o que não presta o rio foi deixando para trás.
Assis Gonçalves me pergunta se a literatura serve para alguma coisa, ou se é apenas balseiro. Não quer
ofenderme, é incapaz disso. Falame sobre o dia em que o genro pediu a mão de sua filha em casamento.
Enquanto narra a história, enche d’água a concha das mãos e molha a cabeça, como se desejasse esfriála.
Os gestos são precisos, teatrais, nenhuma energia se perde a cada movimento. Estamos cercados pelas
águas. Meu avô morreu adiante e por bem pouco a enchente não carregou o seu corpo. Assis Gonçalves
esfrega as nódoas dos braços, lava o rosto. Não perco nenhum dos seus gestos e gostaria de transformá
los em literatura. Como é difícil, constato. “Você não vai se banhar?”, insiste. “Não”, respondo. Quando era
menino, passava o dia no rio. Nadar era o que eu mais sabia fazer. Agora, vicieime em ver e pensar. Mas
também sinto, sinto muito, bem mais do que quando me debatia com os braços e as pernas. Acho que a
literatura é responsável por isso. Talvez. Para alguma coisa ela deve servir.
02. Dado o fragmento: “O choque de se ver confrontado com desafios simples e irrefutáveis.” O
termo em destaque pode ser substituído sem alterar o sentido, por:
A) Irreversíveis.
B) Intransferíveis.
C) Escápoles.
D) Evidentes.
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
04. Observe o fragmento e responda corretamente: “....., o corpo se desequilibra, afunda, ameaça
cair.”
A) Há no trecho acima uma justaposição de ações e a supressão do sujeito na segunda e terceira orações
serve de elemento coesivo para tais orações.
B) Há um período composto por subordinação.
C) O corpo se desequilibra é a oração principal.
D) O se é índice de indeterminação do sujeito.
05. “Enquanto narra a história, enche d’água a concha das mãos e molha a cabeça, como se
desejasse esfriála.” O termo em destaque é classificado como:
A) Futuro do pretérito do indicativo.
B) Imperativo afirmativo.
C) Imperfeito do subjuntivo.
D) Pretérito mais que perfeito do indicativo.
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
A) 10
B) 60
C) 80
D) 30
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
A) R $ 21,00
B) R $ 18,00
C) R $ 24,00
D) R $ 28,00
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
11. Segundo a Cartilha SUAS 2011, para o ( ) O Assistente Social é um profissional que
desenvolvimento do trabalho profissional do dispõe de uma ampla autonomia na
Assistente Social na Assistência Social, são condução do seu processo de trabalho, visto
requeridas algumas competências gerais. que o Serviço Social é uma profissional
Assinale a alternativa que NÃO apresenta liberal e não depende dos meios ou
instrumentos de trabalho fornecidos pela
uma dessas competências.
instituição que o contrata.
A) Qualificação permanente sobre o significado
( ) O Serviço Social é socialmente
social da profissão, sua dinamicidade e necessário, pois interfere nas condições
atualização no que se refere às possibilidades materiais e sociais de reprodução da força de
de intervenção na Política de Assistência trabalho.
Social. ( ) O produto do trabalho do Serviço Social
B) Realização de visitas domiciliares, na perspectiva no âmbito do Estado não se diferencia do
da socialização de informações, elaboração de produto do trabalho do Serviço Social nas
estudo social e acompanhamento familiar para empresas capitalistas, visto que em ambos
não produz maisvalia.
fiscalização e monitoramento da situação
socioeconômica.
A) F; V; F; V; F.
C) Análise do movimento histórico da sociedade
B) V; F; F; F; V.
brasileira, apreendendo as particularidades C) F; V; V; V; V.
que reiteram as desigualdades econômicas e D) V; F; F; V; F.
sociais e as limitações das políticas sociais e
da Política de Assistência Social. 13. Considerando que as competências
D) Apreensão crítica dos processos sociais de específicas dos assistentes sociais, no
produção e reprodução das desigualdades âmbito da política de Assistência Social,
sociais e das funções da Política de abrangem diversas dimensões interventivas,
complementares e indissociáveis, numere a
Assistência Social, com tradução técnico
2ª Coluna de acordo com a 1ª Coluna.
política para os usuários do SUAS.
1ª COLUNA
1. Dimensão de intervenção coletiva.
12. Considerando a inserção do Assistente 2. Dimensão pedagógico interpretativa.
Social em processos de trabalho, assinale 3. Dimensão de abordagens individuais,
a alternativa que apresenta a sequência familiares ou grupais.
CORRETA: 4. Dimensão voltada para a inserção nos
( ) A matériaprima de trabalho do Serviço espaços democráticos de controle social.
Social são as múltiplas expressões da
questão social, visto que é sobre elas que a 2ª COLUNA
( ) Construção de estratégias para fomentar
sua ação busca incidir.
a participação, reivindicação e defesa dos
( ) A matériaprima de trabalho do Serviço
direitos dos usuários e trabalhadores nos
Social são as políticas sociais, posto que é
Conselhos, Conferências e Fóruns da
um profissional que trabalha com políticas Assistência Social e de outras políticas
sociais de corte público e privado. públicas.
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
B) Incumbe ao poder público propiciar apoio ( ) Incumbe ao Poder Público fornecer aos
alimentar à gestante e à nutriz que dele idosos gratuitamente, medicamentos,
necessitem. especialmente os de uso continuado, com
exceção de próteses e órteses.
25. Assinale a alternativa que NÃO expressa ( ) A prevenção e a manutenção da saúde do
uma das perspectivas de análise sobre a idoso serão efetivadas por meio de
relação Ética e Serviço Social. cadastramento da população idosa em base
A) A ética é definida como uma capacidade de territorial.
agir em consciência, com base em escolhas ( ) Os idosos portadores de deficiência ou com
de valor e objetivos, projetados concretam limitação incapacitante terão atendimento
ente na vida social. Sem escolhas e especializado.
alternativas, não existe liberdade; e sem
liberdade, a ética não tem substância Assinale a alternativa que apresenta a
histórica. sequência CORRETA, de cima para baixo:
B) As potencialidades do Código de Ética A) V, V, V, F, V.
(1993) e do projeto profissional a ele ligado B) V, F, F, V, F.
indicam que, no campo específico da ética C) F, V, V, F, F.
profissional, a problemática dos valores está D) F, V, F, V, V.
superada, tanto em nível da fundamentação
teóricofilosófica bem como da dimensão 27. O conjunto articulado de ações
prática. governamentais e não governamentais da
C) A consciência éticopolítica dessa profissão é União, dos Estados, do Distrito Federal e
concebida como expressão de possibilidades dos Municípios, segundo disposições do
inscritas nas condições mais gerais da vida Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003),
social. É precisamente nesse campo, onde orienta a política de atendimento ao
as escolhas são feitas, que valores são idoso. Indique a alternativa que
afirmados e negados. corresponde corretamente a uma das
D) Valores eticamente legitimados expressam linhas de ação da política de atendimento,
conquistas sóciohistóricas essenciais. Por conforme legislação e contexto citados.
isso, a sua permanência ou perda é sempre A) Mobilização da sociedade, através do
relativa e não depende somente da categoria movimento sindical dos idosos, no
profissional, mas do conjunto de forças atendimento do mesmo.
sociais democrático populares. B) Políticas e programas de assistência social,
em caráter extraordinário e temporário, para
26. Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V), os casos excepcionais.
segundo a Lei nº 10.741/03, que dispõe C) Serviços especiais de prevenção e
sobre o Estatuto do Idoso: atendimento às vítimas de negligência,
( ) O atendimento domiciliar inclui a internação, maustratos, exploração, abuso, crueldade e
para a população que dele necessitar e opressão.
esteja impossibilitada de se locomover, D) Serviço de acolhimento e alimentação de
inclusive para idosos abrigados e acolhidos parentes ou responsáveis por idosos
por instituições públicas, filantrópicas ou sem abandonados em hospitais e instituições de
fins lucrativos conveniadas com o Poder longa permanência.
Público somente na área urbana.
( ) É assegurada a atenção integral à saúde do 28. De acordo com a Política Nacional de
idoso, por intermédio do Sistema Único de Assistência Social (PNAS–2004), constituem
Saúde – SUS, garantindolhe o acesso serviços de proteção básica de assistência
universal e igualitário. social, EXCETO:
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
A) Serviços socioeducativos para crianças, 30. Descentralizado e participativo, que tem por
adolescentes e jovens, visando sua proteção, função a gestão do conteúdo específico da
socialização e fortalecimento de vínculos Assistência Social no campo da proteção
familiares e comunitários. social brasileira. Assinale a alternativa
B) Serviço de habilitação e reabilitação na CORRETA sobre o texto:
comunidade das pessoas com deficiência. A) Sistema Único de Assistência Social SUAS.
C) Programas de incentivo ao protagonismo B) Sistema Único de Saúde SUS.
juvenil e de fortalecimento de vínculos C) Sistema de Saúde Privado.
familiares e comunitários. D) Sistema de Educação.
D) Programas de inclusão produtiva e projetos
de enfrentamento à pobreza. 31. A nova Norma Operacional Básica do
Sistema Único de Assistência Social –
29. Assinale a alternativa que apresenta, (NOB/SUAS2012), foi elaborada em
respectivamente, uma competência e uma decorrência da necessidade de:
atribuição do Assistente Social, de acordo A) Impulsionar um salto quantitativo na
com a Lei de Regulamentação da Profissão.
implantação de serviços socioassistenciais
A) Elaborar, coordenar, executar e avaliar
em todo o território nacional, tendo como
planos, programas e projetos que sejam do
base critérios de partilha transparentes e
âmbito de atuação do Serviço Social com
objetivos, adequados à distribuição territorial
participação da sociedade civil
das populações vulneráveis, com alocação
(competência); Planejar, organizar e
equitativa do cofinanciamento federal e a
administrar programas e projetos em unidade
possibilidade de superação das distorções
de Serviço Social (atribuição).
regionais históricas.
B) Assessoria e consultoria a órgãos da
B) Instituir a informação como ferramenta
Administração Pública direta e indireta,
indispensável e imprescindível, a fim de
empresas privadas e outras entidades, em
promover o monitoramento sistemático e a
matéria de Serviço Social (competência);
territorialização dos equipamentos de
Prestar Assessoria e apoio aos movimentos
assistência social nas áreas de maior
sociais em matéria relacionada às políticas
vulnerabilidade e risco.
sociais, no exercício e na defesa dos direitos
C) Estabelecer um novo patamar de
civis, políticos e sociais da coletividade
aprimoramento do SUAS, por meio da
(atribuição).
C) Elaborar, implementar, executar e avaliar instituição de novas práticas e estratégias de
políticas sociais junto a órgãos da financiamento e gestão, da pactuação de
administração pública, direta ou indireta, prioridades e metas, valorização da
empresas, entidades e organizações informação, instituindo uma cultura de
populares (competência); Planejamento, planejamento, acompanhamento e
organização e administração de serviços monitoramento no cotidiano da assistência
sociais e de Unidades de Serviço Social social.
(atribuição). D) Introduzir uma nova lógica de financiamento,
D) Planejar, organizar e administrar programas por meio do repasse por pisos de proteção,
e projetos em unidade de Serviço Social zelando pela garantia da oferta permanente
(competência); planejar, organizar e de serviços socioassistenciais com base na
administrar benefícios e serviços sociais capacidade de atendimento e não mais pela
(atribuição). quantidade e modalidade de atendimento.
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PROVA DE ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
32. Segundo a Lei Orgânica da Assistência 33. Conforme regulamentado no Artigo 203 da
Social (LOAS – Lei Federal nº 8.742/93), o Constituição Federal Brasileira, de 1988,
Benefício de Prestação Continuada (BPC) os objetivos da assistência social são os
é um direito de cidadania das pessoas seguintes, EXCETO:
idosas ou com deficiência. Sobre os A) A habilitação e reabilitação das pessoas
critérios que devem ser atendidos para a deficientes.
concessão do BPC, marque (V) para as B) A proteção ao indivíduo contribuinte da
afirmativas verdadeiras e (F) para as seguridade social.
falsas. C) O amparo às crianças e adolescentes
( ) A situação de internado causa prejuízo ao carentes.
direito do idoso ou da pessoa com deficiência D) A promoção da integração ao mercado de
ao BPC. trabalho.
( ) Deve ser comprovada a renda per capita
familiar inferior a 50% do salário mínimo; a 34. De acordo com a Política Nacional de
informação documental sobre a composição Assistência Social, a assistência social
e renda familiar deve ser analisada mediante organizase pelos seguintes tipos de
avaliação socioeconômica do assistente proteção: proteção social básica e
social do Instituto Nacional do Seguro Social proteção social especial. Acerca desses
(INSS); critério exigível para o idoso, dois tipos de proteção afiançada, assinale
desempregado e para pessoa com a alternativa CORRETA.
deficiência. A) A proteção social especial de média
( ) Deve haver a comprovação da deficiência e complexidade compreende os serviços que
do nível da incapacidade para a vida oferecem atendimento às famílias e
independente e para o trabalho, temporária indivíduos com seus direitos violados, mas
ou permanente, atestada por meio de perícia cujos vínculos familiares não foram rompidos;
médica e social do INSS, avaliação a proteção social especial de alta
necessária apenas no caso do solicitante ser complexidade compreende os serviços que
pessoa com deficiência, considerada a oferecem atendimento às famílias e
dispensa da avaliação da capacidade laboral indivíduos com seus direitos violados e cujos
dos adolescentes menores de 16 anos.
vínculos familiares foram rompidos.
( ) Deve haver a comprovação da deficiência e
B) A proteção social especial de média
do nível da incapacidade para a vida
complexidade compreende os serviços que
independente e para o trabalho, temporária
oferecem atendimento às famílias e
ou permanente, atestada por meio de perícia
indivíduos com seus direitos violados e cujos
médica e social do INSS, avaliação
vínculos familiares foram rompidos; A
indispensável a qualquer concessão do BPC,
proteção social especial de alta
considerada apenas dispensa da avaliação
complexidade compreende os serviços que
da capacidade laboral dos menores de 18
oferecem atendimento às famílias e
anos.
indivíduos com seus direitos violados, mas
cujos vínculos familiares não foram rompidos.
A sequência está CORRETA em:
C) A proteção social básica destinase à
A) V, V, V, F.
população que vive em situação de
B) F, F, V, F.
vulnerabilidade social, ou seja, que tiveram
C) V, V, F, V.
os seus direitos violados.
D) F, V, V, F.
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ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
A solidão amiga
(Rubem Alves)
A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está
escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só.
Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...
Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na
solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir música... Assim, aos
sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as
fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a
cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando
dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua
amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se,
saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era
um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.
Faço-lhe uma sugestão: leia um livro a chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais
solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas,
é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde
nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o
silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de
Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não
acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama
sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei
agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios
que toleram apenas uma luz bruxuleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis".
A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se
escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a
você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que
é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela
não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que
fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E
pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa
maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se
comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta,
você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga...
Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha
inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a
ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência
é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e
invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de
mim.!"
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ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas
terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas
montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo,
frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos
pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não
suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a
alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não veem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e
nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a
sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a
dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de
solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno
é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele
escreveu sobre a sua solidão:
"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!
Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.
Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham
com pés saltitantes.
Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja
transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a
muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas
aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao
constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde
operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele
humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo
nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de
operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que
fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu
também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."
Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As
obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num
momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.
E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de
sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela
não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por
onde erraria a verdadeira Cecília..."
Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias
que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde
ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até
hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em
minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei
para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes,
ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um
patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles.
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ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão
de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento.
Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive
de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As
caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas
que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a
minha solidão...
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a
cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos...
Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói
uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.
Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão
feliz.
03. Observe o fragmento: “Não me parecia criatura inquestionavelmente real”. O termo em destaque
é formado por:
a) Parassíntese;
b) Derivação imprópria;
c) Prefixação e sufixação;
d) Justaposição.
04. "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das
solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas
uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.” O fragmento acima se caracteriza por estabelecer
uma figura de linguagem chamada de:
a) Prosopopeia;
b) Zeugma;
c) Hipérbato;
d) Anáfora.
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ASSISTENTE SOCIAL (NÍVEL SUPERIOR)
05. “As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a
buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música
clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...” O termo em destaque refere-se a:
a) Caminhadas;
b) Coisas;
c) Música clássica e beleza;
d) Meus pais.
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a) Choveu em C 1 e choveu em C 2 .
b) Não choveu em C3 .
c) Choveu em C3 .
d) Choveu em C1 .
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b) ~ ( P∧Q) é equivalente a ~ P ∨~ Q .
d) ~ ( P ⇒ Q) é equivalente a ~ P ∧~ Q .
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meninos sem nome e os olhos vivos da cadela A) A possibilidade de várias vozes no texto;
chamada Baleia, que também é Palavra. B) Voz narrativa que tudo sabe;
Graciliano disse que a palavra não foi feita
C) O narrador sempre permite a fala da
para enfeitar, brilhar como ouro falso; a
palavra foi feita para dizer. personagem;
D) Experimentos com a linguagem;
E) Presença de muita prosa poética.
01. (CONCURSO MAURITI/2018) Uma
leitura global do texto nos permite
inferir: 03. (CONCURSO MAURITI/2018) Temos o
conhecimento que a concordância
A) A utilização de termos regionais e em nominal é “realizada em função da
desvio da norma culta só é permitida dentro palavra determinante, ou seja, a palavra
do contexto literário, por isso a cronista que exigirá determinadas flexões de um
afirma que há um grande poema escondido outro elemento, por exemplo, o adjetivo
em Vidas Secas; (determinado), o qual concorda em
gênero e número com o substantivo
B) A Segunda Geração do Modernismo (determinante)”. No fragmento -
brasileiro completará mais uma década em Quando Vidas Secas foi publicado - há
2020; um desvio de afirmação supracitada,
denominada de:
C) A partida inicial para todo o tipo de
experimentalismo na Arte e, mais A) Elemento remissivo;
especificamente, na Literatura ocorre com a B) Alteração de determinado;
publicação de Vidas Secas;
C) Concordância ideológica – silepse;
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como dos recursos oferecidos pelo Poder E) Conjunto de serviços, programas e projetos
Público e dos critérios para sua concessão. que tem por objetivo contribuir para a
reconstrução de vínculos familiares e
C) Aprovar a Política Nacional de Assistência comunitários, a defesa de direito, o
Social. fortalecimento das potencialidades e
D) Atender, em conjunto com os Municípios, aquisições e a proteção de famílias e
às ações assistenciais de caráter de indivíduos para o enfrentamento das
emergência. situações de violação de direitos.
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3 – Ecomapa
A) 1, 3, 4 e 2
4 – Atendimento Domiciliar Compartilhado
B) 2, 3, 1 e 4
C) 4, 1, 3 e 2
( ) A principal função é organizar os dados
referente à família e seus processos D) 3, 2, 1 e 4
relacionais. Permite visualização rápida e E) 2, 1, 4 e 3
abrangente da organização familiar e suas
principais características, constituindo um
mapa relacional onde são registrados dados 33. (CONCURSO MAURITI /2018) São
relevantes ao caso. Possibilita analisar a
características do processo de trabalho
estrutura da família, sua composição,
problemas de saúde, situações de risco e das equipes de Atenção Básica,
padrões de vulnerabilidade. Retrata a EXCETO:
história familiar, identificando sua
estrutura, funcionamento, relações e A) Prover atenção integral, contínua e
conflitos entre os membros. organizada à população adscrita.
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A) I, II e IV
A) Incentivar, sempre que possível, a prática
profissional interdisciplinar. B) I, II e III
C) II, III e IV
B) Respeitar a autonomia dos movimentos
populares e das organizações das classes D) I, III e IV
trabalhadoras.
E) I e III
C) Contribuir para a alteração da correlação de
forças institucionais, apoiando as legítimas 39. (CONCURSO MAURITI /2018) De
demandas de interesse da população acordo com o Estatuto da Criança e do
usuária. Adolescente, constitui uma atribuição do
Conselho Tutelar:
D) Empregar com transparência as verbas sob
a sua responsabilidade, de acordo com os
interesses e necessidades coletivas dos/as A) Assessorar o Poder Executivo local na
usuários/as. elaboração da proposta orçamentária para
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II – As instâncias político-organizativas da
42. (CONCURSO MAURITI /2018) “Os (as) profissão.
_____________________apresentam a
auto-imagem de uma profissão, elegem os III – A dimensão interdisciplinar da prática
valores que a legitimam socialmente, profissional.
delimitam e priorizam seus objetivos e IV – A dimensão jurídico-política da
funções, formulam os requisitos (teóricos, profissão.
práticos e institucionais) para o seu
exercício, prescrevem normas para o Estão corretos os itens:
comportamento dos profissionais e
A) I, II e IV
estabelecem as bases das suas relações com
os usuários de seus serviços, com as outras B) I, III e IV
profissões e com as organizações e C) I, II e III
instituições sociais privadas e públicas
D) II, III e IV
(inclusive o Estado, a quem cabe o
reconhecimento jurídico dos estatutos E) II e III
profissionais)” (Netto, 1999).
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