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ASSISTÊNCIA

SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social

Sumário
Gustavo Deitos

Política Nacional de Assistência Social. . ..................................................................................... 3


1. Introdução: o que é a Política Nacional de Assistência Social e uma Breve
Explanação sobre a Assistência Social....................................................................................... 4
1.1. Dogmas da Assistência Social no Brasil............................................................................... 4
2. Elementos da Política Nacional de Assistência Social........................................................ 9
3. Financiamento do PNAS............................................................................................................15
4. Outros Pontos Importantes para a Prova.............................................................................16
5. Diferenciações entre Serviços de Proteção Social Básica e Especial............................. 17
6. Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e Gestão da PNAS.......................................21
Questões de Concurso.................................................................................................................. 24
Gabarito............................................................................................................................................ 47

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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos

POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL


Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Nesta aula, trataremos sobre o a Política
Nacional de Assistência Social (PNAS).
Em concursos públicos, a cobrança do PNAS é mais restrita ao conteúdo da Lei n. 8.742/93
e ao conteúdo da Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB-SU-
AS) que estrutura o PNAS atualmente vigente, do ano de 2004, apresentada em 2003.
Tendo em vista essa realidade, nesta aula, abordaremos os principais tópicos legislativos
e normativos sobre o PNAS, com especial ênfase nas noções introdutórias do assunto e nos
pontos mais explorados em provas de concursos públicos até o momento. Nossa abordagem
será desenvolvida tanto nos tópicos próprios da aula como nos comentários às questões
propostas.
Desde já, alerto você de que o estudo por meio desta aula não dispensa a leitura da NOB-
-SUAS que trata do PNAS, do ano de 2004, uma vez que nosso objetivo é facilitar a você o en-
tendimento dos pontos mais cobrados dessa norma em concursos. Tal norma está disponível
no sítio eletrônico do Ministério do Desenvolvimento Social, no seguinte link: https://www.mds.
gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS2004.pdf.
Portanto, nesta aula, abordaremos os tópicos mais cobrados em concursos a respeito do
PNAS, dando ênfase àqueles cuja cobrança seja mais provável. Contudo, reitero: a leitura do
teor original e direto do texto da PNAS/2004 é imprescindível.
Tendo em vista a escassez de questões de concursos de nossa disciplina, estudaremos
com questões de várias bancas, com dois objetivos. Primeiro, de assimilar e fixar o conteúdo.
Segundo, de prepararmo-nos para os mais variados estilos de cobrança.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. Consi-
dero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuidade da produção
e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informações quanto à qualidade
do material.
Peço-lhe que fique à vontade para avaliar as aulas do curso, demonstrando seu grau de
satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é importantíssimo para nós. Caso você
tenha ficado com dúvidas sobre pontos deste material, ou tenha constatado algum problema,
por favor, entre em contato comigo pelo Fórum de Dúvidas antes de realizar sua avaliação.
Procuro sempre fazer todo o possível para sanar eventuais dúvidas ou corrigir quaisquer pro-
blemas nas aulas.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, que,
para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por meio do
Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será um grande
prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que
você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!

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1. Introdução: o que é a Política Nacional de Assistência Social e uma


Breve Explanação sobre a Assistência Social
A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) consiste, essencialmente, num conjunto
de projetos e atitudes predeterminadas, em nível nacional, destinadas a atender a todos os
princípios e diretrizes basilares da Assistência Social no Brasil. Tais projetos e atitudes são
atualmente coordenados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, nomeado na época da
estruturação do PNAS como Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Atualmente, o PNAS é estruturado por uma Norma Operacional Básica do Sistema Único
de Assistência Social (SUAS), elaborada pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS),
em 2003 (aprovada em 2004), na qual constam apontamentos a serem levados em conta no
momento do desenho de projetos e processos destinados a efetivar as pretensões estatais
relativas à assistência social, de acordo com o que veremos em diante na aula.
A PNAS tem um caráter eminentemente social, como aponta a Norma Operacional Básica
que trata de sua estruturação. Tendo em vista esse caráter social, torna-se necessário identifi-
car qual é, em sentido prático, a finalidade do PNAS. Para que seja possível tal identificação, é
imprescindível que se tenha conhecimento de quais são os princípios, os objetivos e as diretri-
zes da assistência social no Brasil.
De acordo com o primeiro artigo da Lei n. 8.742/93, a assistência social é conceituada do
seguinte modo:

A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não con-
tributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa
pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.

A assistência social, a partir da Constituição Federal de 1988, foi inserida no âmbito da Se-
guridade Social, ao lado da saúde e da previdência social. Portanto, toda a assistência social,
enquanto conglomerado de valores a serem protegidos e perseguidos pelo Estado Brasileiro,
foi estruturada com fiel observância de objetivos, princípios e diretrizes voltadas ao atendimen-
to do bem comum e à concretização do bem-estar social.
À luz desse contexto, a Política Nacional de Assistência Social pode ser vista puramente
como uma política pública de âmbito nacional destinada a efetivar todos os referidos objeti-
vos, princípios e diretrizes. Afinal de contas, quais são eles?

1.1. Dogmas da Assistência Social no Brasil


Para fins de cobrança na nossa prova, é importante separarmos alguns dogmas pertinen-
tes à Assistência Social. Esses dogmas, basicamente, são princípios, objetivos e diretrizes da

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Assistência Social, que não deixam de ser abordados pelos examinadores das mais diferentes
bancas em questões do tema.
Para iniciar a citação desses dogmas, cabe destacar que os Princípios da Assistência So-
cial têm previsão primária na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Já os Objetivos têm
previsão primária na Constituição Federal, mas são estendidos na LOAS. Por sua vez, as Dire-
trizes também têm previsão primária na Constituição Federal e são estendidas na LOAS.

1.1.1. Princípios

Vamos aos Princípios, que estão expressos no art. 4º da LOAS:

Art. 4º A assistência social rege-se pelos seguintes princípios:


I – supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade eco-
nômica;
II – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançá-
vel pelas demais políticas públicas;
III – respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de
qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação ve-
xatória de necessidade;
IV – igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, ga-
rantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;
V – divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos
recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

Perceba que os princípios possuem conteúdo muito mais abstrato. Da leitura dos princí-
pios, não temos noção de nenhuma regra de organização ou execução: são somente valores
conceituais, abstratos, sem aplicabilidade imediata.
Os princípios, por natureza, são valores que estão no início da construção de determinado
conjunto normativo. Sozinhos, os princípios não podem ser aplicados diretamente a casos
concretos, uma vez que não são dotados de direcionamento prático. Contudo, servem de orien-
tação ao aplicador do direito no momento de escolher a regra a aplicar, bem como a maneira
de aplicá-la.
Você pode visualizar que “supremacia das necessidades sociais”, “igualdade de direitos”,
“respeito à dignidade” e “universalização de direitos sociais” são valores dos quais não re-
sultam quaisquer soluções práticas, servindo somente para guiar o operador jurídico e admi-
nistrativo. Nenhuma medida ou conjunto de medidas pode(m) ser aplicada(s) caso cause(m)
ofensa a algum(ns) desses princípios.
Dentre os princípios expressos, o menos abstrato, se podemos assim mencionar, é o úl-
timo: “divulgação ampla”. Conseguimos visualizar o que é uma divulgação, mas o princípio
continua sendo abstrato porque é impossível sabermos, de plano, que amplitude é essa.

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Dessa forma, para fins de memorização, alertamos que o princípio mais importante de gra-
var é o último: divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais,
bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

1.1.2. Objetivos

Agora, vamos aos objetivos, expressos no art. 203 da Constituição Federal:

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contri-
buição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua inte-
gração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por
sua família, conforme dispuser a lei.

Ademais, os objetivos recebem alguns acréscimos no art. 2º da LOAS:

Art. 2º A assistência social tem por objetivos:


I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de
riscos, especialmente:
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária; e
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família;
II – a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das
famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos;
III – a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões
socioassistenciais.

Para você gravar bem o que são os objetivos, tenha em mente o seguinte: os objetivos são
as finalidades da Assistência Social, isto é, o RESULTADO REAL que a Assistência Social quer
atingir. Em outro dizer, é o alcance daquilo que se quis alcançar quando se criou a Assistên-
cia Social.
Você pode notar que os objetivos da Assistência Social são muito mais amplos hoje do que
na época histórica da Legião Brasileira de Assistência, quando as finalidades da Assistência

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Social restringiam-se muito mais, sem qualquer menção a mercado de trabalho e a pessoas
com deficiência, por exemplo.

O PULO DO GATO
Para não confundir Princípios com Objetivos, veja o seguinte argumento:
NÃO HÁ como “igualdade de direitos” ser um objetivo, porque a igualdade de direitos é algo
necessário para alcançar um objetivo, como por exemplo o da proteção à família. Também não
há como “supremacia das necessidades sociais” ser um objetivo, porque essa supremacia é
uma coisa necessária para se alcançar, por exemplo, o amparo às crianças carentes.
Veja, finalmente, que “igualdade de direitos” e “supremacia das necessidades sociais” são coi-
sas que devem estar no início, e não no final. Portanto, trata-se de Princípios, e não objetivos. O
mesmo vale para os demais princípios, como o da “divulgação ampla” (art. 4º, inciso V, LOAS).
Por outro lado, é plenamente possível que “integração ao mercado de trabalho” seja um Obje-
tivo, porque se trata de um resultado almejado pelas ações socioassistenciais.

1.1.3. Diretrizes

As Diretrizes da Assistência Social são previstas no art. 204 da Constituição Federal, sendo
duas delas ali previstas, e outra (terceira) na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
Segundo o texto constitucional, as diretrizes são:

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com
base nas seguintes diretrizes:
I – descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera
federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal,
bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políti-
cas e no controle das ações em todos os níveis.

No texto da LOAS, as diretrizes são assim expressas:

Art. 5º A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes:


I – descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e
comando único das ações em cada esfera de governo;
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políti-
cas e no controle das ações em todos os níveis;
III – primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada
esfera de governo.

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Do mesmo modo como falamos na primeira aula sobre a Lei Orgânica da Assistência So-
cial – LOAS (n. 8.742/93), as Diretrizes consistem em regras de elaboração. Por conseguinte,
não é suficiente que o gestor observe os princípios da Assistência Social. Deve ele, também,
construir as políticas e desenhar os mecanismos de efetividade com observância às diretri-
zes traçadas.
Diretrizes são aquilo que está no meio, entre os princípios (início) e os objetivos (fim). São
mecanismos de organização, execução e controle indispensáveis para que o trabalho dê certo
e a finalidade seja alcançada.
Um exemplo prático disso é a descentralização político-administrativa. Veja: para conse-
guir-se o amparo às crianças carentes, fica muito difícil de as ações socioassistenciais forem
tomadas diretamente por autoridades e órgãos federais (da União). Por isso, deve haver tal
descentralização para que pontos mais peculiares das ações socioassistenciais sejam imple-
mentados no nível local, por órgãos e autoridades municipais. É por essa razão que existem
várias normas legais e infralegais repartindo competências entre os entes federados.
Nossa dica para não confundir princípios com diretrizes é a seguinte:
• PRINÍPIOS estão no Início (igualdade, supremacia, respeito, por exemplo).
• DIRETRIZES estão no Meio (descentralização, participação do povo, responsabilidade
do Estado).

A maior facilidade de confusão entre princípios e diretrizes está na terceira diretriz prevista na
LOAS: primazia da responsabilidade do Estado. “Primazia” muito se parece, em alguns contex-
tos, com “Supremacia”. Portanto, a banca pode tentar te confundir dizendo que a Primazia da
Responsabilidade do Estado é um princípio, enquanto, NA VERDADE, é uma DIRETRIZ!

Para fins ilustrativos:

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Por decorrência prática, todos os princípios, objetivos e diretrizes da assistência social


(citados anteriormente) são, também, princípios, objetivos e diretrizes do próprio PNAS. Para
que você não se esqueça disso, reforçarei nas questões propostas.

2. Elementos da Política Nacional de Assistência Social


Enquanto típica política pública, a PNAS tem determinados usuários, que assim o são em
razão de específica condição que os torna alvo da assistência social. De acordo com o PNAS
de 2004, tal condição é de se encontrar a pessoa em situações de vulnerabilidade e de riscos,
que podem ser exemplificadas com a seguinte lista:
• famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento
e sociabilidade;
• identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual;
• desvantagem pessoal resultante de deficiências;
• exclusão pela pobreza no acesso às demais políticas públicas;
• uso de substâncias psicoativas;
• diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos;
• inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal;
• estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco
pessoal e social.

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A PNAS prevê, como objetos a implementar, dois tipos de proteções afiançadas: proteção
social básica e proteção social especial.
Conforme o PNMA de 2004:

A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvi-
mento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, priva-
ção (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragili-
zação de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas,
de gênero ou por deficiências, dentre outras). Prevê o desenvolvimento de serviços, programas e
projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme
identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as pessoas com deficiên-
cia e ser organizados em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações ofertadas. Os benefícios,
tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a proteção social básica, dada a natu-
reza de sua realização.

Perceba que a Proteção Social Básica consiste em ações que, embora levem em conta
as realidades locais individuais, não são particularizadas para cada núcleo familiar ou para
cada pessoa.
Ademais, ainda de acordo com a PNAS de 2004:

Os serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica deverão se articular com as
demais políticas públicas locais, de forma a garantir a sustentabilidade das ações desenvolvidas e
o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos, de forma a superar as condições de vulnerabili-
dade e a prevenir as situações que indicam risco potencial. Deverão, ainda, se articular aos serviços
de proteção especial, garantindo a efetivação dos encaminhamentos necessários.

Por outro lado, a Proteção Social Especial entra em jogo sempre que a implementação da
proteção social básica não for suficiente para incluir socialmente as pessoas em situação de
necessidade e vulnerabilidade. Dessa forma, a proteção social especial tem utilidade quando
não é suficiente o conhecimento dos riscos que acometem a comunidade local: é necessário,
ainda, o ingresso no contexto cultural particularizado da família ou do indivíduo.
Portanto, havendo esta necessidade, implementam-se as ações atinentes à Proteção So-
cial Especial. Tais ações podem ter alguns destinatários vislumbráveis em abstrato. De acordo
com o PNAS de 2004:

São destinados, por exemplo, às crianças, aos adolescentes, aos jovens, aos idosos, às pessoas
com deficiência e às pessoas em situação de rua que tiverem seus direitos violados e, ou, amea-
çados e cuja convivência com a família de origem seja considerada prejudicial a sua proteção e ao
seu desenvolvimento. No caso da proteção social especial, à população em situação de rua serão
priorizados os serviços que possibilitem a organização de um novo projeto de vida, visando criar
condições para adquirirem referências na sociedade brasileira, enquanto sujeitos de direito.

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Relembre-se: a Proteção Social Especial, parte integrante do PNAS, tem lugar quando se
tem necessidade de contato profundo com vulnerabilidades intrínsecas do sujeito, apesar de
suas condições de risco serem causadas por problemas extrínsecos, isto é, problemas gera-
dos por fatores sociais.
Ademais, de acordo com a PNAS de 2004:

A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indi-


víduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus
tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de me-
didas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.

Conforme a PNAS de 2004, as ações de Proteção Social Especial:


São serviços que requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas soluções
protetivas. Da mesma forma, comportam encaminhamentos monitorados, apoios e processos
que assegurem qualidade na atenção protetiva e efetividade na reinserção almejada.”

Outro ponto muito importante que se extrai do PNAS de 2004 é a prevalência da família
como elemento essencial para a efetividade da política pública que estamos estudando. O
PNAS dirige-se a apoiar o núcleo familiar, dando-lhe condições de fortalecimento dos laços
que nele se formam e substratos para uma considerável alavancagem na sociedade, no senti-
do de acesso aos serviços públicos, o que torna a família cada vez mais incluída socialmente.
Com essa pretensão, o PNAS aborda um tópico chamado Matricialidade Familiar, do qual,
semanticamente, extraímos que a família é um objeto complexo, com dimensões caracteriza-
doras e funções sociais, por força da Constituição, de normas de direito internacional público
e de leis infraconstitucionais.
Vejamos os principais pontos sobre o assunto na PNAS de 2004:

A família, independentemente dos formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações
entre os sujeitos e a coletividade, delimitando, continuamente os deslocamentos entre o público e o
privado, bem como geradora de modalidades comunitárias de vida. Todavia, não se pode desconsi-
derar que ela se caracteriza como um espaço contraditório, cuja dinâmica cotidiana de convivência
é marcada por conflitos e geralmente, também, por desigualdades, além de que nas sociedades
capitalistas a família é fundamental no âmbito da proteção social.
Em segundo lugar, é preponderante retomar que as novas feições da família estão intrínseca e dia-
leticamente condicionadas às transformações societárias contemporâneas, ou seja, às transforma-
ções econômicas e sociais, de hábitos e costumes e ao avanço da ciência e da tecnologia. O novo
cenário tem remetido à discussão do que seja a família, uma vez que as três dimensões clássicas
de sua definição (sexualidade, procriação e convivência) já não têm o mesmo grau de imbricamento
que se acreditava outrora. Nesta perspectiva, podemos dizer que estamos diante de uma família
quando encontramos um conjunto de pessoas que se acham unidas por laços consanguíne-

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os, afetivos e, ou, de solidariedade. Como resultado das modificações acima mencionadas, supe-
rou-se a referência de tempo e de lugar para a compreensão do conceito de família.
O reconhecimento da importância da família no contexto da vida social está explícito no artigo
226, da Constituição Federal do Brasil, quando declara que a: “família, base da sociedade, tem espe-
cial proteção do Estado”, endossando, assim, o artigo 16, da Declaração dos Direitos Humanos, que
traduz a família como sendo o núcleo natural e fundamental da sociedade, e com direito à proteção
da sociedade e do Estado. No Brasil, tal reconhecimento se reafirma nas legislações específicas da
Assistência Social – Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Estatuto do Idoso e na própria Lei
Orgânica da Assistência Social – LOAS, entre outras.
Embora haja o reconhecimento explícito sobre a importância da família na vida social e, portanto,
merecedora da proteção do Estado, tal proteção tem sido cada vez mais discutida, na medida em
que a realidade tem dado sinais cada vez mais evidentes de processos de penalização e desprote-
ção das famílias brasileiras.
Nesse contexto, a matricialidade sociofamiliar passa a ter papel de destaque no âmbito da Política
Nacional de Assistência Social – PNAS. Esta ênfase está ancorada na premissa de que a centrali-
dade da família e a superação da focalização, no âmbito da política de Assistência Social, repousam
no pressuposto de que para a família prevenir, proteger, promover e incluir seus membros é neces-
sário, em primeiro lugar, garantir condições de sustentabilidade para tal. Nesse sentido, a formu-
lação da política de Assistência Social é pautada nas necessidades das famílias, seus membros e
dos indivíduos.

O PNAS, frise, é uma referência de legalidade, legitimidade e adequação ao interesse públi-


co, porque deve ser tomado como parâmetro de validade das políticas públicas de assistência
social projetadas, desenvolvidas e implementadas em todos as esferas de Federação (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios). A partir disso, você já pode saber que todos os entes
federados mencionados têm competência para elaborar tais políticas, sem que haja dependên-
cia direta do ente de âmbito nacional (União).
Tendo em vista esses dados, prestemos atenção nos principais pontos a respeito do tópico
no PNAS de 2004:

No campo da assistência social, o artigo 6º, da LOAS, dispõe que as ações na área são organizadas
em sistema descentralizado e participativo, constituído pelas entidades e organizações de assis-
tência social, articulando meios, esforços e recursos, e por um conjunto de instâncias deliberativas,
compostas pelos diversos setores envolvidos na área. O artigo 8º estabelece que a União, os Esta-
dos, o Distrito Federal e os Municípios, observados os princípios e diretrizes estabelecidas nesta
Lei, fixarão suas respectivas políticas de assistência social.
A política de assistência social tem sua expressão em cada nível da Federação na condição de
comando único, na efetiva implantação e funcionamento de um Conselho de composição paritária
entre sociedade civil e governo, do Fundo, que centraliza os recursos na área, controlado pelo órgão
gestor e fiscalizado pelo Conselho, do Plano de Assistência Social que expressa a política e suas
inter-relações com as demais políticas setoriais e ainda com a rede socioassistencial. P o r -

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tanto, Conselho, Plano e Fundo são os elementos fundamentais de gestão da Política Pública de
Assistência Social.

O artigo 11º da LOAS coloca, ainda, que as ações das três esferas de governo na área da
assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas ge-
rais à esfera Federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esfe-
ras, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

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O PULO DO GATO
A “Coordenação” dos programas cabe a TODOS os entes.
A pegadinha da banca, para confundir o candidato, reside nas competências para:
1) Criar Normas Gerais sobre os programas (União).
2) Executar os programas (Estados, DF e Municípios).

Dessa forma, cabe a cada esfera de governo, em seu âmbito de atuação, respeitando os
princípios e diretrizes estabelecidos na Política Nacional de Assistência Social, coordenar, for-
mular e co-financiar, além de monitorar, avaliar, capacitar e sistematizar as informações.”
Outro ponto de muita relevância no PNAS de 2004 é a pretensão estatal de aprimoramento
da participação popular na formulação, na coordenação e na execução das políticas públicas
de assistência social.
Segundo o que se infere dos argumentos lançados na Norma Operacional, deve-se procu-
rar dar ouvidos a todos os segmentos sociais, de variadas culturas, etnias, descendências ou
idades, tendo-se em vista que o Brasil é historicamente marcado pela superposição de uma
classe em detrimento da outra.
Dessa forma, apesar de o Estado (em sentido amplo: Governo) ser o único realmente capaz
de interferir nas relações jurídicas das pessoas com imperatividade, é necessário que a popu-
lação apoie o Poder Público fornecendo-lhe informações úteis e relevantes para a tomada das
decisões mais ponderadas e acertadas em cada contexto prático.
Nesse sentido, seguem partículas importantes do PNAS de 2004:

O legislador constituinte de 1988 foi claro no art. 204, ao destacar a participação da sociedade civil
tanto na execução dos programas através das entidades beneficentes e de assistência social, bem
como na participação, na formulação e no controle das ações em todos os níveis.
A Lei Orgânica de Assistência Social propõe um conjunto integrado de ações e iniciativas do gover-
no e da sociedade civil para garantir proteção social para quem dela necessitar.
A gravidade dos problemas sociais brasileiros exige que o Estado assuma a primazia da responsabi-
lidade em cada esfera de governo na condução da política. Por outro lado, a sociedade civil participa
como parceira, de forma complementar na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de

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Assistência Social. Possui, ainda, o papel de exercer o controle social sobre a mesma. Vale ressaltar
a importância dos fóruns de participação popular, específicos e, ou, de articulação da política em
todos os níveis de governo, bem como a união dos conselhos e, ou, congêneres no fortalecimento
da sociedade civil organizada na consolidação da Política Nacional de Assistência Social.
No entanto, somente o Estado dispõe de mecanismos fortemente estruturados para coordenar
ações capazes de catalisar atores em torno de propostas abrangentes, que não percam de vista a
universalização das políticas, combinada com a garantia de equidade. Esta prerrogativa está asse-
gurada no art. 5º, inciso III, da LOAS.
Para tanto, a administração pública deverá desenvolver habilidades específicas, com desta-
que para a formação de redes. A noção de rede tem se incorporado ao discurso sobre política social.
Nos anos recentes, novas formas de organização e de relacionamento interorganizacional, entre
agências estatais e, sobretudo, entre o Estado e a sociedade civil, têm sido propostas pelos atores
sociais.
O imperativo de formar redes se faz presente por duas razões fundamentais. Primeiramente, confor-
me já mencionado, porque a história das políticas sociais no Brasil, sobretudo, a de assistência
social, é marcada pela diversidade, superposição e, ou, paralelismo das ações, entidades e ór-
gãos, além da dispersão de recursos humanos, materiais e financeiros.
A gravidade dos problemas sociais brasileiros exige que o Estado estimule a sinergia e gere es-
paços de colaboração, mobilizando recursos potencialmente existentes na sociedade, tornando
imprescindível contar com a sua participação em ações integradas, de modo a multiplicar seus
efeitos e chances de sucesso. Desconhecer a crescente importância da atuação das organiza-
ções da sociedade nas políticas sociais é reproduzir a lógica ineficaz e irracional da fragmentação,
descoordenação, superposição e isolamento das ações.

3. Financiamento do PNAS
A respeito do financiamento da Política Pública que estamos estudando, depreende-se do
PNAS/2004 que o custeio de todos os projetos, processos e atividades decorrentes do plane-
jamento dessa política é abarcado pelo orçamento da seguridade social.
Para você entender melhor, explicaremos: no Brasil, a Lei Orçamentária Anual, que é o ins-
trumento de nível operacional destinado a implementar os gastos públicos em determinadas
áreas, é dividida em três orçamentos:
• Orçamento Fiscal
• Orçamento de Investimento nas Empresas Estatais
• Orçamento da Seguridade Social

O Orçamento da Seguridade Social envolve os gastos com a Saúde, com a Previdência So-
cial e com a Assistência Social. Dessa forma, já que o PNAS é uma Política Pública inerente à
Assistência Social, seu custeio é suportado pelo Orçamento da Seguridade Social.
A respeito desse assunto, o PNAS/2004 traz os seguintes fundamentos teóricos:

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A Constituição Federal de 1988, marcada pela intensa participação da sociedade no pro-


cesso constituinte, optou pela articulação entre a necessidade de um novo modelo de desen-
volvimento econômico e um regime de proteção social. Como resultado desse processo, a Se-
guridade Social foi incluída no texto constitucional, no Capítulo II, do Título “Da Ordem Social”.
O financiamento da Seguridade Social está previsto no art. 195, da Constituição Federal
de 1988, instituindo que, através de orçamento próprio, as fontes de custeio das políticas que
compõem o tripé devem ser financiadas por toda a sociedade, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das contribui-
ções sociais.
Tendo sido a assistência social inserida constitucionalmente no tripé da Seguridade Social,
é o financiamento desta a base para o financiamento da política de assistência social, uma vez
que este se dá com:
• A participação de toda a sociedade.
• De forma direta e indireta.
• Nos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
• Mediante contribuições sociais:
• Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre: a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados,
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empre-
gatício; a receita ou o faturamento; o lucro.
• Do trabalhador e dos demais segurados da Previdência Social.
• Sobre a receita de concursos de prognósticos
• Do importador de bens ou serviços do exterior ou de quem a lei a ele equipa-
rar.

4. Outros Pontos Importantes para a Prova


Na página n. 31 da PNAS/2004, deparamo-nos com um trecho de importância objetiva para
a prova. Confira-o, e em seguida explicarei onde está tal importância:

A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social brasileira. In-
cluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social
– LOAS em dezembro de 1993, como política social pública, a assistência social inicia seu trânsito
para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade
estatal. A LOAS cria uma nova matriz para a política de assistência social, inserindo-a no sistema do
bem-estar social brasileiro concebido como campo do Seguridade Social, configurando o triângulo
juntamente com a saúde e a previdência social.

Existem questões de concursos sobre a PNAS que perguntam quais são as faces do novo campo para
o qual transitou a Assistência Social após seu tratamento como política social pública, com sua inserção

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no supersistema da Seguridade Social. O trecho acima nos dá a resposta. As facetas do “campo novo”
da Assistência Social da Seguridade Social são:
• Campo dos direitos
• Campo da universalização dos acessos
• Campo da responsabilidade estatal

Sobre a proteção social, a PNAS embasa-se em fundamentação dada por Di Giovanni, se-
gundo quem a Proteção Social consiste nas formas “institucionalizadas que as sociedades
constituem para proteger parte ou o conjunto de seus membros. Tais sistemas decorrem de
certas vicissitudes da vida natural ou social, tais como a velhice, a doença, o infortúnio, as
privações. (...) Neste conceito, também, tanto as formas seletivas de distribuição e redistribui-
ção de bens materiais (como a comida e o dinheiro), quanto os bens culturais (como os sa-
beres), que permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias formas na vida social. Ainda,
os princípios reguladores e as normas que, com intuito de proteção, fazem parte da vida das
coletividades.
Há questões, também, no sentido de perguntar quais são as seguranças que devem ser
garantidas pela Proteção Social. Elas constam da p. 31 da PNAS, e são as seguintes:
• segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia: através de benefícios
continuados e eventuais que assegurem: proteção social básica a idosos e pessoas
com deficiência sem fonte de renda e sustento; pessoas e famílias vítimas de calami-
dades e emergências; situações de forte fragilidade pessoal e familiar, em especial às
mulheres chefes de família e seus filhos.
• segurança de convívio ou vivência familiar: através de ações, cuidados e serviços que
restabeleçam vínculos pessoais, familiares, de vizinhança, de segmento social, median-
te a oferta de experiências socioeducativas, lúdicas, socioculturais, desenvolvidas em
rede de núcleos socioeducativos e de convivência para os diversos ciclos de vida, suas
características e necessidades.
• segurança de acolhida: através de ações, cuidados, serviços e projetos operados em
rede com unidade de porta de entrada destinada a proteger e recuperar as situações de
abandono e isolamento de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, restaurando
sua autonomia, capacidade de convívio e protagonismo mediante a oferta de condições
materiais de abrigo, repouso, alimentação, higienização, vestuário e aquisições pesso-
ais desenvolvidas através de acesso às ações socioeducativas.

5. Diferenciações entre Serviços de Proteção Social Básica e Especial


No segundo título desta aula, você teve acesso a alguns dados retirados do texto da
PNAS/2004 sobre os Serviços de Proteção Social Básica e Proteção Social Especial. Agora, de

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forma mais direcionada, apresentarei alguns fundamentos que podem te ajudar a diferenciar,
na prática estas duas grandes divisões dos serviços socioassistenciais.
Primeiramente, é importante salientar que a Assistência Social tem o papel precípuo de
combater os efeitos dos ricos e das vulnerabilidades sociais que acometem grupos/segmen-
tos populares, seja de forma preventiva, seja de forma repressiva.
A fim de que este preceito se concretizasse no mundo real, fez-se necessário que o legis-
lador especificasse quais são as modalidades de proteção social implementáveis por meio de
políticas públicas. Tais modalidades, essencialmente, são os instrumentos de aplicação do
combate aos riscos e às vulnerabilidades sociais.
Dessa forma, o legislador federal, a partir da aprovação da Lei n. 12.435/2011 – que alte-
rou a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) – especificou as concebidas modalidades de
proteção social:
• Proteção Social Básica
• Proteção Social Especial

Tais modalidades constam do atual art. 6º-A da Lei n. 8.742/93 (LOAS). Segue abaixo o
conceito legal atribuído a elas:
• Proteção Social Básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da as-
sistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio
do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários.
• Proteção Social Especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por ob-
jetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de
direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e
indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos.

Faço o alerta a seguir para te ajudar a diferenciar no momento da prova, em termos literais,
as duas modalidades de proteção social:

DICA
DESENVOLVIMENTO DE POTENCIALIDADES: Proteção Social
Básica
FORTALECIMENTO DE POTENCIALIDADES: Proteção Social
Especial

A Proteção Social Básica é uma modalidade de proteção social PREVENTIVA. Os serviços,


programas e projetos que a integram são normalmente direcionados a evitar a materialização
de situações de risco e de vulnerabilidade.

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Portanto, a Proteção Social Básica não tem a pretensão de atuar em combate a problemas
sociais já instaurados, como a fome, por exemplo. Os serviços, programas e projetos inerentes
a esta modalidade de proteção social são direcionados a evitar, por exemplo, que a fome surja
em determinado segmento da sociedade.
A Proteção Social Especial, por sua vez, é uma modalidade de proteção social REPRESSIVA,
que objetiva combater situações de risco e vulnerabilidade já verificadas no mundo concreto,
que costumam ocasionar violação dos direitos das pessoas em situação de risco e vulneráveis.
Destarte, o papel da Proteção Social Especial é combater a fome, por exemplo. O problema
social já existe no momento em que são implementadas ações oriundas desta modalidade de
proteção social.
Para auxiliá-lo(a) nesse ponto, trazemos a seguinte ilustração:

Ademais, existe ainda outras duas diferenças importantíssimas para a distinção da Prote-
ção Social Básica da Proteção Social Especial.
A primeira delas – e mais recorrente em provas – é quanto ao órgão principal que atua
nesses serviços. No caso da Proteção Social Básica, é o Centro de Referência da Assistência
Social (CRAS). Já no caso da Proteção Social Especial, tal órgão é o Centro de Referência Es-
pecializado de Assistência Social (CREAS).
Para ajudá-lo(a) a gravar este dado, trazemos a seguinte ilustração:

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A outra diferença é que a Proteção Social Especial é subdividida em alguns níveis de com-
plexidade, que determinam, até mesmo, o grau de especialização dos serviços requeridos. Já
a Proteção Social Básica não é subdividida em níveis de complexidade, uma vez que sua natu-
reza é justamente a ausência de complexidade que exija alguma especialização.
Para não esquecer:
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL:
Proteção Social Especial de Média Complexidade: Existe violação de direitos, mas os vín-
culos familiares e comunitários ainda não foram rompidos (abaixo, alguns exemplos de servi-
ços, de acordo com a PNAS/2004 – p. 38):
• Serviço de orientação e apoio sociofamiliar.
• Plantão Social.
• Abordagem de Rua.
• Cuidado no Domicílio.
• Serviço de Habilitação e Reabilitação na comunidade das pessoas com deficiência.
• Medidas socioeducativas em meio-aberto (Prestação de Serviços à Comunidade – PSC
e Liberdade Assistida – LA).

Proteção Social Especial de Alta Complexidade: Existe violação de direitos, e, inclusive, há


rompimento de vínculos familiares e comunitários (alguns exemplos abaixo, de acordo com a
PNAS/2004 – p. 38):
• Atendimento Integral Institucional.
• Casa Lar.
• República.
• Casa de Passagem.
• Albergue.
• Família Substituta.
• Família Acolhedora.

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• Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade, internação


provisória e sentenciada).
• Trabalho protegido.

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA: Entendida por si só, sem subdivisões técnicas.

6. Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e Gestão da PNAS


De acordo com a PNAS/2004, as políticas públicas de assistência social são executadas
por todos os entes políticos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Dessa forma, o
SUAS passa a ter a incumbência de instituir medidas garantidoras de que as políticas de assis-
tência social, especialmente quanto à sua execução, sejam efetivadas nos âmbitos regional e
local, que, num primeiro momento, estão mais distantes de seu controle central.
Adiante, trataremos dos objetivos do SUAS, elencados na Lei Orgânica da Assistência So-
cial (LOAS):

I – consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes


federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva;

Por proteção social não contributiva, entenda: “Assistência Social”. Se estivéssemos tra-
tando de proteção social contributiva, falaríamos de Previdência Social, pois esta só protege
aqueles que recolherem contribuições aos cofres públicos (neste caso, a contribuição previ-
denciária, popular “INSS”).
A Assistência Social, por sua vez, protege todos os necessitados, mesmo que eles não
recolham nenhum tipo de tributo, de qualquer espécie, ao governo. Por isso, ela é atinente a
“proteção social não contributiva”. Mais a fundo sobre esse sistema, veremos na aula apropria-
da sobre Assistência Social.

Fica a dica para que a banca não tente te confundir utilizando o termo “proteção social contri-
butiva” para fazer-lhe errar uma questão sobre os objetivos do SUAS.

Como já chegamos a apontar, todos os entes federados atuam de modo articulado na


prestação da Assistência Social. Logo, por exemplo, se o Município precisar de auxílio orça-
mentário para executar políticas públicas assistenciais de âmbito local, o Estado e/ou a União
poderá(ão) destinar verbas ao Município para esses fins, na forma da Lei de Responsabilidade
Fiscal e da Constituição. Isso nos ajuda a entender o “cofinanciamento”.

II – integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência


social, na forma do art. 6º-C;

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O SUAS não se resume a cooperação entre os entes políticos. O SUAS interfere, também,
nas entidades privadas de assistência social, sejam contratadas pelo Poder Público ou não. Na
aula direcionada especificamente à Lei n. 8.742/93 (LOAS), estudaremos com detalhes essas
entidades privadas.
No entanto, para não devermos uma, desde já trazemos o conceito legal destinado a tais
entidades (art. 3º da LOAS): “Consideram-se entidades e organizações de assistência social
aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e asses-
soramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e
garantia de direitos.”.

III – estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manuten-


ção e expansão das ações de assistência social;

O SUAS tem por objetivo essa distribuição de responsabilidades. Para a concretização des-
se objetivo, o CNAS realizou tal distribuição na Resolução CNAS n. 33/2012.

IV – definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais;

A definição dos níveis de gestão é feita, inclusive, na distribuição de competências realiza-


da em atendimento ao objetivo anteriormente comentado. Os níveis de gestão são basicamen-
te os âmbitos de atuação de cada ente político na Assistência Social.
Por natureza, os entes com maior estrutura terão competências mais estratégicas, com
visão global e traçadas a longo prazo. Já os entes intermediários, como os Estados e o Distrito
Federal, naturalmente assumem competências de nível tático, de médio prazo, com visão mais
setorial, focada em âmbito regional. Por sua vez, os Municípios terão atribuições gerenciais de
nível local, com visão de curto prazo.

V – implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;

Sobre o real significado de “gestão do trabalho” no âmbito do SUAS, nada melhor que lhe
trazer os argumentos de autoridade de que lançou mão o próprio Ministério do Desenvolvi-
mento Social.
Gestão do trabalho no SUAS supõe, especialmente:
• a criação e a manutenção de estruturas de referência técnica e institucional para a orien-
tação e o apoio permanentes;
• a regulamentação de aspectos relacionados ao trabalho na assistência social, a serem
pactuados e submetidos ao controle democrático da sociedade civil organizada e atuan-
te nas mesas de negociação e nos conselhos e instâncias de pactuação;
• a formação de uma ampla rede de formação permanente, com envolvimento das insti-
tuições de referência na área e organizações profissionais;

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• a implantação e unificação de sistemas públicos de informação e controle dos proces-


sos de capacitação e acompanhamento da gestão do trabalho.

(De: GESTÃO DO TRABALHO NO ÂMBITO DO SUAS: Uma contribuição necessária para res-
significar as ofertas e consolidar o direito socioassistencial. Publicado pela Secretaria Nacio-
nal de Assistência Social, sob organização de José Crus).
Conforme a Política Nacional de Educação Permanente, depreende-se que a “educação
permanente” consiste na “qualificação do provimento dos serviços socioassistenciais, da ges-
tão e do controle social do SUAS, não apenas representativa dos anseios do conjunto de sujei-
tos envolvidos na construção desse Sistema, mas também de um ousado e arrojado modo de
se conceber e fazer a formação de pessoas para e pelo trabalho, visando à emancipação dos
trabalhadores e dos usuários do Sistema.” (p. 10).
Trazemos a você, caro aluno, argumentos de autoridade a serem utilizados para fins de pro-
va, inclusive para fins de recurso, que são retirados do próprio órgão público ligado ao SUAS.

VI – estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios;

Os serviços prestados pela Assistência Social, de quaisquer espécies (proteção social bá-
sica, proteção social especial, dentre outros), bem como os benefícios por ela geridos e pres-
tados (como o BPC), devem ser administrados e regulamentados de forma integrada.
Em outras palavras, isso significa que, apesar de todos os entes políticos terem temperada
autonomia na gestão de suas ações socioassistenciais, os serviços e benefícios da Assistên-
cia Social não podem exigir da população requisitos diferenciados de acesso, nem mesmo
podem dispor de qualidade superior ou inferior em diferentes regiões do país.

VII – afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos.

A Vigilância Socioassistencial consiste na observação rotineira dos segmentos sociais


mais carentes de iniciativas inerentes à assistência social, bem como na percepção de quais
são os mecanismos mais adequados para sanar riscos e “feridas” sociais.
Nesse diapasão, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por meio da Resolu-
ção n. 33/2012, elencou competências para os entes federados no sentido de melhor distri-
buir as ações de vigilância (observação) socioassistencial (das necessidades sociais supríveis
pela assistência social). Todas elas são distribuídas de modo a permitir que os entes maiores
atendam a encargos de maior amplitude territorial e de visão mais distante.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (ESAF/MPOG/2012/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS - ASSISTÊNCIA SO-
CIAL) Sobre os Princípios da Política Nacional de Assistência Social – PNAS, 2004, assinale a
opção correta.
a) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações, em todos os níveis.
b) Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como,
dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
c) Provisão de serviços, programas, projetos e benefícios de Proteção Social Básica e/ou, es-
pecial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem.
d) Ampliação e acesso aos bens e Serviços Socioassistenciais Básicos e Especiais, em áreas
urbana e rural.
e) Promoção de ações de assistência social centradas na família e que garantam a convivên-
cia familiar e comunitária.

a) Errada. A questão pede por um Princípio, e essa alternativa traz um Objetivo.


b) Certa. Art. 4º, inciso V, Lei n. 8.742/93.
c) Errada. A questão pede por um Princípio, e essa alternativa traz um Objetivo.
d) Errada. A questão pede por um Princípio, e essa alternativa traz um Objetivo.
e) Errada. A questão pede por um Princípio, e essa alternativa traz um Objetivo.
Letra b.

002. (2013/CESPE – SESA-ES /ASSISTENTE SOCIAL) Acerca da proteção social básica da


política nacional de assistência social (PNAS), assinale a opção correta.
a) O benefício do programa de erradicação do trabalho infantil pertence à proteção social básica.
b) O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) é uma unidade sem fins lucrativos,
responsável por executar ações de fortalecimento das famílias que tiveram seus víncu-
los rompidos.
c) A execução de programas e projetos da proteção social básica é de inteira responsabilidade
dos municípios.
d) A capacidade de uma família desempenhar suas funções básicas é avaliada a partir de sua
relação com a sociedade, sua organização interna, seus valores e pela sua posição de família
como grupo cidadão.
e) O objetivo da proteção social básica é intervir em situações de risco já instaladas em famí-
lias que ocupam territórios considerados de vulnerabilidade social.

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De acordo com o PNAS de 2004, “O grupo familiar pode ou não se mostrar capaz de desem-
penhar suas funções básicas. O importante é notar que esta capacidade resulta não de uma
forma ideal e sim de sua relação com a sociedade, sua organização interna, seu universo de
valores, entre outros fatores, enfim, do estatuto mesmo da família como grupo cidadão. Em
consequência, qualquer forma de atenção e, ou, de intervenção no grupo familiar precisa levar
em conta sua singularidade, sua vulnerabilidade no contexto social, além de seus recursos
simbólicos e afetivos, bem como sua disponibilidade para se transformar e dar conta de suas
atribuições.”.
Letra d.

003. (2017/FGV/MPE-BA/ANALISTA TÉCNICO/SERVIÇO SOCIAL) De acordo com a Política


Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004), a Constituição Federal de 1988 traz uma nova
concepção para a Assistência Social brasileira.
Como política social pública, a assistência social inicia seu trânsito para o campo:
a) dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal;
b) da focalização dos programas e das Parcerias Público-Privadas;
c) dos critérios de elegibilidade inclusivos para as minorias socialmente desprivilegiadas;
d) dos projetos cuja seletividade dos usuários é a principal característica;
e) da meritocracia como critério principal de acesso para os benefícios.

Conforme o PNAS de 2004, “A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a
Assistência Social brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei
Orgânica da Assistência Social – LOAS em dezembro de 1993, como política social pública, a
assistência social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da universali-
zação dos acessos e da responsabilidade estatal.”.
Letra a.

004. (2013/FUNCAB – IF-RR/ASSISTENTE SOCIAL) A Política Nacional de Assistência So-


cial expressa a materialidade do conteúdo da Assistência Social como um pilar do Sistema de
Proteção Social Brasileiro no âmbito da:
a) Previdência Social.
b) Educação.
c) Seguridade Social.
d) Vigilância Social.
e) Saúde.

Como vimos algumas vezes em nossa aula, a Assistência Social é um segmento público inse-
rido no âmbito da Seguridade Social. Ademais, o art. 1º da Lei n. 8.742/93 é expresso e literal

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Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos

nesse sentido: A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguri-
dade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às neces-
sidades básicas.
Letra c.

005. (2014/FAURGS/TJ-RS FAURGS/ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO) Segundo a Política


Nacional de Assistência Social de 2004, o Centro de Referência da Assistência Social é
a) uma unidade privada de base territorial localizada no centro da cidade, que executa ações
de proteção social especial.
b) uma unidade não governamental de base territorial, localizada em áreas de vulnerabilidade
social, destinada a coordenar o controle social.
c) uma unidade não governamental localizada junto ao órgão gestor, para coordenar a política
municipal.
d) uma unidade pública estatal de base territorial, localizada em áreas de vulnerabilidade so-
cial, que executa serviços de proteção social básica.
e) uma unidade pública estatal de base territorial, localizada em áreas de vulnerabilidade so-
cial, que executa serviços de proteção social especial de alta complexidade.

Segundo a literalidade do PNAS de 2004, “O Centro de Referência da Assistência Social –


CRAS é uma unidade pública estatal de base territorial, localizado em áreas de vulnerabilidade
social, que abrange um total de até 1.000 famílias/ano. Executa serviços de proteção social
básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assis-
tência social.”.
Letra d.

006. (2009/NC-UFPR/SES-PR/ASSISTENTE SOCIAL) Dentro das definições da Política Na-


cional de Assistência Social (2004), é correto afirmar que a Proteção Social Básica consti-
tui-se como:
a) atenção voltada para indivíduos, grupos e famílias cujos direitos foram violados, necessitan-
do de medidas de proteção que incluem o abrigamento e a inclusão no Programa Bolsa Família.
b) atenção voltada para prevenir as situações de risco e vulnerabilidade social por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, com o fortalecimento de vínculos familiares
e comunitários.
c) atenção voltada para os segmentos mais pobres da população e que demandam a sua
inclusão em programas de transferência de rendas, excluindo os beneficiários do BPC, cuja
responsabilidade é do gestor federal.

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Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos

d) atenção voltada para famílias em situação de pobreza e adolescentes em conflito com a


lei, com critérios de atendimento definidos a partir das situações de risco e vulnerabilidade
social, priorizando a população atendida pela rede filantrópica, pelos abrigos e unidades de
internamento.
e) atenção social voltada para indivíduos em situação de risco social, necessitando de atendi-
mento integral através de abrigamento.

Conforme vimos em nossa aula, e de acordo com fundamento teórico literal do PNAS de 2004,
“A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desen-
volvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comu-
nitários.”.
Letra b.

007. (2018/CONSULPLAN/CÂMARA DE BELO HORIZONTE - MG – CONSULTOR LEGISLA-


TIVO - CIÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS) A implantação da Política Nacional de Assistência
Social tem como objetivo assegurar que as ações no âmbito da Assistência Social tenham
centralidade na:
a) Família.
b) Equidade.
c) Cidadania.
d) Comunidade.

Lembre-se que chamamos sua atenção a esse ponto em nossa aula. Esse ponto é muito im-
portante! Veja que a família é elemento central das ações do PNAS, senão vejamos: “As recon-
figurações dos espaços públicos, em termos dos direitos sociais assegurados pelo Estado De-
mocrático de um lado e, por outro, dos constrangimentos provenientes da crise econômica e
do mundo do trabalho, determinaram transformações fundamentais na esfera privada, ressig-
nificando as formas de composição e o papel das famílias. Por reconhecer as fortes pressões
que os processos de exclusão sociocultural geram sobre as famílias brasileiras, acentuando
suas fragilidades e contradições, faz-se primordial sua centralidade no âmbito das ações da
política de assistência social, como espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socia-
lização primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser
cuidada e protegida. Essa correta percepção é condizente com a tradução da família na condi-
ção de sujeito de direitos, conforme estabelece a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da
Criança e do Adolescente, a Lei Orgânica de Assistência Social e o Estatuto do Idoso.”
Letra a.

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Política Nacional de Assistência Social
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008. (20013/FUNCAB – IF-RR/ASSISTENTE SOCIAL) A Política Nacional de Assistência So-


cial expressa a materialidade do conteúdo da Assistência Social como um pilar do Sistema de
Proteção Social Brasileiro:
a) na área Assistencial.
b) na esfera Educacional.
c) no Setor de Serviços.
d) no âmbito da Seguridade Social.
e) no espaço sociojurídico.

Trouxemos mais de uma questão sobre esse aspecto em particular, tendo em vista sua im-
portância basilar para nossa prova. Igualmente, o art. 1º da Lei n. 8.742/93 é expresso e literal
nesse sentido: A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguri-
dade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às neces-
sidades básicas.
Letra d.

009. (2018/COPEVE-UFAL – UFAL/ASSISTENTE SOCIAL) A inserção da assistência social


como política de seguridade, tal como se encontra expresso na Constituição Federal de 1988
e na Lei Orgânica da Assistência Social de 1993, aponta para o caráter de proteção social des-
sa política em articulação com as demais políticas voltadas à garantia dos direitos sociais. A
Política Nacional de Assistência Social de 2004 considera três tipos de segurança que devem
ser garantidos em termos de proteção social no âmbito dessa política pública. Dentre essas
seguranças e seus papéis, encontra-se a segurança de
a) acolhida, primordial na política de assistência social, que deve prover necessidades huma-
nas básicas relacionadas à alimentação, ao vestuário e ao abrigo.
b) convívio ou vivência familiar, que pode ser demandada em virtude da ocorrência de desas-
tres ou acidentes naturais, além da profunda destituição e abandono.
c) sobrevivência (de rendimento e de autonomia), que deve compensar o valor do salário mí-
nimo inadequado de modo a assegurar que todos tenham uma forma monetária para garantir
sua sobrevivência.
d) acolhida, que deve, necessária e independentemente da situação, bem como de forma per-
manente e ininterrupta, operar com a provisão de necessidades humanas, tais como alimenta-
ção, vestuário e abrigo.
e) convívio ou vivência familiar, que pode ser demandada em virtude da necessidade de sepa-
ração da família ou da parentela por múltiplas situações, como violência familiar, drogadição,
alcoolismo, entre outras.

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Política Nacional de Assistência Social
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De acordo com a literalidade do PNAS de 2004, “por segurança da acolhida, entende-se como
uma das seguranças primordiais da política de assistência social. Ela opera com a provisão de
necessidades humanas que começa com os direitos à alimentação, ao vestuário e ao abrigo,
próprios à vida humana em sociedade.”.
Letra a.

010. (2018/FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ (AP)/ASSISTENTE SOCIAL) Segundo a Política


Nacional de Assistência Social (PNAS), de 2004, as famílias, independente de seu formato, são
a) mediadoras das relações entre os sujeitos e a coletividade e geradoras de modalidades co-
munitárias de vida.
b) unidades compostas por um marido, uma esposa e filhos, com laços de consanguinidades.
c) configurações atreladas ao casamento monogâmico, heterossexual, ao modelo patriarcal e
à propriedade privada.
d) compostas por um grupo de indivíduos, cada qual com seu papel e suas atribuições.
e) responsáveis tão somente pela reprodução e socialização de seus membros.

Trouxemos esse fundamento teórico em nossa aula. Segundo o PNAS de 2004, “A família,
independentemente dos formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações entre
os sujeitos e a coletividade, delimitando, continuamente os deslocamentos entre o público e o
privado, bem como geradora de modalidades comunitárias de vida.”.
Letra a.

011. (2018/COPEVE-UFAL – UFAL/ASSISTENTE SOCIAL) A Política Nacional de Assistência


Social de 2004 estabeleceu como seu público usuário cidadãos e grupos que se encontram em
situações de vulnerabilidade e risco. No âmbito da política pública de assistência social seus
usuários deverão ter seus direitos sociais assegurados através do provimento de serviços, pro-
gramas, projetos e benefícios organizados e ofertados por níveis de proteção social. Assinale
a alternativa correta em relação à política pública de assistência social e às proteções sociais
afiançadas.
a) A proteção social básica deve prover serviços, programas, projetos e benefícios confor-
me identificação das situações de vulnerabilidade apresentadas, tais como os benefícios
eventuais.
b) O que distingue a proteção social básica da proteção social especial é que, enquanto a
primeira está voltada para as situações de risco, a segunda volta-se para situações de vulne-
rabilidade.

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Política Nacional de Assistência Social
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c) A proteção social especial deve prover serviços, programas, projetos e benefícios conforme
identificação das situações apresentadas, dentre os quais se destaca o benefício de prestação
continuada.
d) A proteção social básica é destinada à população que vive em situação de risco social, obje-
tivando prevenir essas situações, desenvolvendo potencialidades e aquisições e fortalecendo
os vínculos familiares e comunitários.
e) A proteção social básica destina-se a famílias e indivíduos que se encontrem em situações
caracterizadas por ocorrência de abandono, abuso sexual, situações de rua, trabalho infantil,
cumprimento de medidas socioeducativas, entre outras.

Como traz o PNAS de 2004, a proteção social básica “prevê o desenvolvimento de serviços,
programas e projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indi-
víduos, conforme identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as
pessoas com deficiência e ser organizados em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações
ofertadas. Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a pro-
teção social básica, dada a natureza de sua realização.”.
Letra a.

012. (2009/NC-UFPR – SES-PR/ASSISTENTE SOCIAL) A Política Nacional de Assistência


Social estabelece dois níveis de proteção social, a básica e a especial. Como uma unidade pú-
blica estatal para atendimento aos usuários da assistência social, a PNAS prevê a criação dos
Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). O CRAS pode ser compreendido como:
a) um centro de referência para atender a população em situação de pobreza, contando com a
equipe de profissionais que atuam nas unidades de saúde e na estratégia do PSF, para a reali-
zação do atendimento assistencial nos casos em que houver violação de direitos.
b) uma instituição filantrópica que deve funcionar como porta de entrada para a política de
assistência social, em parceria entre Estado e sociedade civil, atuando junto às famílias em
situação de pobreza, com prioridade para os beneficiários do Programa Bolsa Família.
c) um centro de referência público-estatal que presta serviços de abrigamento nos casos de
violência doméstica e realiza encaminhamentos das famílias em situação de pobreza dentro
da rede socioassistencial e para a inclusão ao Programa Bolsa Família.
d) uma unidade público-estatal que deve funcionar como porta de entrada ao Sistema Único de
Assistência Social, atuando na proteção básica junto às famílias e indivíduos em seu contexto
comunitário.
e) um centro de referência para acesso às políticas sociais básicas, atendendo a demanda a
partir de critérios de pobreza das famílias, atuando em parceria com o setor filantrópico, nos
casos em que houve violação de direitos, reconhecendo o modelo nuclear de família.

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Política Nacional de Assistência Social
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Perceba que a cobrança do que é o CRAS possui relativa reiteração. Portanto, esse tópico me-
rece sua atenção. Segundo o PNAS de 2004, “o Centro de Referência da Assistência Social –
CRAS é uma unidade pública estatal de base territorial, localizado em áreas de vulnerabilidade
social, que abrange um total de até 1.000 famílias/ano. Executa serviços de proteção social
básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assis-
tência social. O CRAS atua com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando a
orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário.”.
Letra d.

013. (2017/FGV/MPE-BA/ANALISTA TÉCNICO - SERVIÇO SOCIAL) A proteção social, con-


forme inscrito na Política Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004), deve garantir as se-
guintes seguranças:
a) nutrição, saúde e educação para crianças e adolescentes pobres;
b) preparação e treinamento para a empregabilidade em territórios de risco;
c) sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida; e convívio ou vivência familiar;
d) políticas e programas para populações social e economicamente vulnerabilizadas;
e) habitação, por meio de condomínios planejados, mediante comprovação de carência
financeira.

Como você pode ver, a cobrança desse ponto também é reiterada. Colhe-se do PNAS de 2004:
Proteção Social:
• segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia: através de benefícios
continuados e eventuais que assegurem: proteção social básica a idosos e pessoas
com deficiência sem fonte de renda e sustento; pessoas e famílias vítimas de calami-
dades e emergências; situações de forte fragilidade pessoal e familiar, em especial às
mulheres chefes de família e seus filhos.
• segurança de convívio ou vivência familiar: através de ações, cuidados e serviços que
restabeleçam vínculos pessoais, familiares, de vizinhança, de segmento social, median-
te a oferta de experiências socioeducativas, lúdicas, socioculturais, desenvolvidas em
rede de núcleos socioeducativos e de convivência para os diversos ciclos de vida, suas
características e necessidades.
• segurança de acolhida: através de ações, cuidados, serviços e projetos operados em
rede com unidade de porta de entrada destinada a proteger e recuperar as situações de
abandono e isolamento de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, restaurando

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Política Nacional de Assistência Social
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sua autonomia, capacidade de convívio e protagonismo mediante a oferta de condições


materiais de abrigo, repouso, alimentação, higienização, vestuário e aquisições pesso-
ais desenvolvidas através de acesso às ações socioeducativas.
Letra c.

014. (2018/FGV/MPE-AL/ASSISTENTE SOCIAL) A Política Nacional de Assistência So-


cial (PNAS, 2004) passa a trabalhar com a ideia de vulnerabilidade social, que indica uma
predisposição
a) à vitimização.
b) ao empoderamento.
c) à articulação comunitária.
d) à matricialidade familiar.
e) à inclusão.

Segundo o PNAS de 2004, “A proteção social de Assistência Social se ocupa das vitimizações,
fragilidades, contingências, vulnerabilidades e riscos que o cidadão, a cidadã e suas famílias
enfrentam na trajetória de seu ciclo de vida, por decorrência de imposições sociais, econômi-
cas, políticas e de ofensas à dignidade humana.”.
Letra a.

015. (2014/FGV/AL-BA/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - ASSISTÊNCIA SOCIAL) A Política


Nacional de Assistência Social se realiza por meio de ações integradas que envolvem inicia-
tivas públicas e da sociedade. Sobre as entidades de atendimento social voltadas para essas
ações, assinale a afirmativa correta.
a) Prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o forta-
lecimento dos movimentos sociais.
b) Prestam serviços e executam programas e projetos voltados para a defesa e a efetivação de
direitos e a promoção de cidadania.
c) Prestam serviços e executam programas ou projetos voltados para amenizar as situações
oriundas de calamidades naturais.
d) Prestam serviços e executam programas e projetos em territórios especiais ou nos casos
de situações de risco social.
e) Prestam serviços e executam programas ou projetos e concedem benefícios de prestação
social básica ou especial.

De acordo com nossas aulas, os benefícios resultantes dos programas executados no âmbito
do PNAS podem ser de proteção social básica ou especial, especialmente voltados para a re-
dução dos riscos sociais e da vulnerabilidade social, precipuamente, e não para os bens jurí-

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Política Nacional de Assistência Social
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dicos citados nas outras afirmativas (cidadania, natureza, territórios especiais ou movimentos
sociais). Embora esses bens jurídicos também sejam valorizados pelo PNAS, o bem jurídico
principal (explorado pela questão) é o da Segurança Social.
Letra e.

016. (2018/CESPE/EBSERH/ASSISTENTE SOCIAL) De acordo com a Política Nacional de


Assistência Social (PNAS), a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e suas respectivas
alterações e a Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente.
A fixação das normas gerais, a coordenação e a execução dos programas de assistência social
são competência das esferas federal, estadual e municipal, as quais devem atuar sob os princí-
pios da descentralização político-administrativa da assistência social e da complementaridade.

Lembre-se da ilustração que fizemos em nossa aula.


Coordenação e Normas Gerais – UNIÃO
Coordenação e Execução – ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS
Portanto, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não têm competência para a criação
de normas gerais sobre programas de assistência social, como sugere a afirmativa (incorreta),
tentando convencer o candidato com o argumento da descentralização político-administrativa
da assistência social.
Errado.

017. (2012/COPEVE-UFAL/MPE-AL/ASSISTENTE SOCIAL) A matricialidade sócio fa-


miliar passa a ter papel de destaque no âmbito da Política Nacional de Assistência Social
(PNAS/2004). Esta ênfase está ancorada na premissa de que
a) somente as famílias monoparentais têm direitos à assistência social, como espaço de pro-
teção social.
b) a centralidade da família é garantida à medida que a Assistência Social se desenvolva como
política de cunho focalista.
c) a Política de Assistência Social não deve inserir-se na articulação intersetorial com outras
políticas sociais (Educação, Saúde, Emprego, Habitação, entre outras), uma vez que deve man-
ter a centralidade na família.
d) a perspectiva de matricialidade sócio-familiar repousa na criação de modelos e formatos de
família, negando as contradições inerentes ao sistema capitalista.
e) a centralidade da família e a superação da focalização, repousam no pressuposto de que
para a família prevenir, proteger, promover e incluir seus membros é necessário garantir condi-
ções de sustentabilidade para tal.

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Segundo literalidade do PNAS de 2004, “a matricialidade sociofamiliar passa a ter papel de


destaque no âmbito da Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Esta ênfase está anco-
rada na premissa de que a centralidade da família e a superação da focalização, no âmbito da
política de Assistência Social, repousam no pressuposto de que para a família prevenir, pro-
teger, promover e incluir seus membros é necessário, em primeiro lugar, garantir condições
de sustentabilidade para tal. Nesse sentido, a formulação da política de Assistência Social é
pautada nas necessidades das famílias, seus membros e dos indivíduos.”.
Letra e.

018. (2018/CESPE/EBSERH /ASSISTENTE SOCIAL) De acordo com a Política Nacional de


Assistência Social (PNAS), a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e suas respectivas
alterações e a Constituição Federal de 1988, julgue o item subsequente.
A PNAS e a LOAS possuem princípios democráticos distintos, mas complementares.

Como enfatizamos e destacamos no final da introdução de nossa aula, os princípios da Assis-


tência Social, destacados na Lei n. 8.742/93 (LOAS), são os mesmos princípios do PNAS, ten-
do em vista que este é uma concretização dos princípios, objetivos e diretrizes da Assistência
Social. No próprio texto do PNAS consta, várias vezes, a adoção explícita desses princípios.
Errado.

019. (2016/SERCTAM – PREFEITURA DE QUIXADÁ (CE)/ASSISTENTE SOCIAL) A partir da


Constituição de 1988, o atendimento à família passa a ter a centralidade na Política Nacional
de Assistência Social, através do Princípio da Matricialidade Sócio Familiar. Para a proteção
social da Assistência Social, o princípio da Matricialidade Sócio Familiar significa:
a) O fortalecimento de possibilidades de convívio, educação e políticas sociais, nas próprias
famílias, restringindo as responsabilidades públicas.
b) A defesa do direito à convivência familiar, na proteção de assistência social, superando o
conceito de família como unidade econômica.
c) A integração às políticas sociais, econômicas e familiares.
d) A garantia da segurança e de sobrevivência a riscos circunstanciais.
e) O fortalecimento da família com a proteção da assistência social e o direito à convivên-
cia familiar.

Segundo o PNAS de 2004, a proteção social de Assistência Social, ao ter por direção o desen-
volvimento humano e social e os direitos de cidadania, tem por princípios, dentre outros, que “a
defesa do direito à convivência familiar, na proteção de Assistência Social, supera o conceito
de família como unidade econômica, mera referência de cálculo de rendimento per capita e a
entende como núcleo afetivo, vinculado por laços consanguíneos, de aliança ou afinidade, que

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circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas, organizadas em torno de relações de geração


e de gênero”.
Letra b.

020. (2018/CESPE/EBSERH/PEDAGOGO) A Política Nacional de Assistência Social (PNAS),


junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades socioterritoriais, visando seu en-
frentamento. De acordo com a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), são princípios demo-
cráticos que regem a PNAS:
a universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcan-
çável pelas demais políticas públicas.

Segundo o art. 4º, inciso II, da Lei n. 8.742/93, tal afirmativa é, realmente, um princípio da Assis-
tência Social. Ademais, vimos que os princípios da referida lei aplicam-se plenamente ao PNAS.
Certo.

021. (2018/FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ (AP)/PSICÓLOGO) Preconiza-se que as ações


do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) sejam norteadas por alguns princípios, den-
tre os quais:
a) A equidade preconiza que todas as pessoas sejam atendidas em suas necessidades espe-
cíficas, buscando-se a equivalência em relação à diversidade de gênero, idade, escolaridade,
moradia e cultura.
b) A universalidade diz respeito à ampla divulgação de informação dos serviços, programas e
condicionantes para que indivíduos e famílias possam ser beneficiárias.
c) A acessibilidade alerta para a importância do acesso aos serviços e programas sem neces-
sidade de contribuição monetária ou qualquer tipo de contrapartida.
d) A integralidade visa ofertar as ações de proteção social básica e especial para todas as
pessoas beneficiárias dos programas do SUAS.
e) A intersetorialidade deve garantir o acesso a rede de serviços de acordo com todas as ne-
cessidades de cada indivíduo e família.

Seguem os princípios organizativos do SUAS, conforme a Resolução CNAS n. 33/2012:

Art. 3º São princípios organizativos do SUAS:


I – universalidade: todos têm direito à proteção socioassistencial, prestada a quem dela necessitar,
com respeito à dignidade e à autonomia do cidadão, sem discriminação de qualquer espécie ou
comprovação vexatória da sua condição;
II – gratuidade: a assistência social deve ser prestada sem exigência de contribuição ou contraparti-
da, observado o que dispõe o art. 35, da Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003 - Estatuto do Idoso;

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III – integralidade da proteção social: oferta das provisões em sua completude, por meio de conjunto
articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais;
IV – intersetorialidade: integração e articulação da rede socioassistencial com as demais políticas
e órgãos setoriais;
V – equidade: respeito às diversidades regionais, culturais, socioeconômicas, políticas e territoriais,
priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social.
Perceba: priorizar os mais necessitados tem tudo a ver com “buscar a equivalência em relação
à diversidade”, como sugere a assertiva correta (letra a).
Letra a.

022. (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA (PI) - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/ASSIS-


TENTE SOCIAL) O Sistema Único de Assistência Social − SUAS é composto pelos entes fede-
rados e seus respectivos Conselhos de Assistência Social, conforme preconiza a Lei Orgânica
de Assistência Social − LOAS. De acordo com Norma Operacional Básica de 2012 é objetivo do
SUAS, entre outros:
a) assegurar a oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios conveniados a política de
assistência social.
b) integrar a rede privada de serviços, programas, projetos e benefícios da política de assistên-
cia social.
c) implementar a gestão do trabalho em toda a rede pública e privada ligadas a política de as-
sistência social.
d) estabelecer diretrizes a gestão de serviços privados e benefícios ofertados a política de
assistência social.
e) reconhecer as especificidades, iniquidades e desigualdades regionais e municipais no pla-
nejamento e execução das ações.

Segue abaixo o rol de objetivos do SUAS, conforme a Resolução CNAS n. 33/2012, que é a
Norma Operacional Básica a que se refere o enunciado da questão:

Art. 2º: São objetivos do SUAS:


I – consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, de modo articulado, operam a proteção social não
contributiva e garantem os direitos dos usuários;
II – estabelecer as responsabilidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na
organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social;
III – definir os níveis de gestão, de acordo com estágios de organização da gestão e ofertas de ser-
viços pactuados nacionalmente;
IV – orientar-se pelo princípio da unidade e regular, em todo o território nacional, a hierarquia, os
vínculos e as responsabilidades quanto à oferta dos serviços, benefícios, programas e projetos de
assistência social;

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V – respeitar as diversidades culturais, étnicas, religiosas, socioeconômicas, políticas e territoriais;
VI – reconhecer as especificidades, iniquidades e desigualdades regionais e municipais no planeja-
mento e execução das ações;
VII – assegurar a oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social;
VIII – integrar a rede pública e privada, com vínculo ao SUAS, de serviços, programas, projetos e
benefícios de assistência social;
IX – implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;
X – estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios;
XI – afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos como funções da política de as-
sistência social.
Letra e.

023. (2018/FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP)/TÉCNICO JUDICIÁRIO - TECNOLOGIA DA INFOR-


MAÇÃO) A Constituição Federal brasileira garante à pessoa com deficiência
a) um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não possuir meios de prover à
própria manutenção, independentemente de sua contribuição à seguridade social.
b) 50% do valor de um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não pos-
suir meios de prover à própria manutenção, independentemente de sua contribuição à seguri-
dade social.
c) um salário mínimo de benefício mensal, desde que comprove não possuir meios de prover
à própria manutenção e desde que tenha contribuído por no mínimo um ano com a seguri-
dade social.
d) um salário mínimo de benefício mensal, independentemente de comprovação da capacida-
de de prover à sua manutenção e de contribuição à seguridade social.
e) 50% de um salário mínimo de benefício mensal, independentemente de comprovação da
incapacidade de prover à própria manutenção, desde que comprovada contribuição à seguri-
dade social por no mínimo cinco anos.

a) Certa. De acordo com o art. 203, inciso V, da Constituição Federal, é de um salário mínimo
o referido valor, prestado à pessoa com deficiência que comprovar a insuficiência de recur-
sos. Os detalhes procedimentais dessa comprovação, bem como sua presunção, são tratados
pela LOAS e foram elucidados na nossa segunda aula sobre tal lei. Ademais, todo e qualquer
serviço ou benefício socioassistencial INDEPENDE de contribuição à seguridade social ou a
qualquer outro sistema do Poder Público.
b) Errada. O erro está no valor do benefício, que é de um salário mínimo, na verdade.
c) Errada. O erro está em dizer que a concessão do benefício é condicionada a contribuição.
d) Errada. O erro está na afirmação de que não é necessária a comprovação de necessidade.

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e) Errada. Todos os elementos da alternativa estão em contrariedade direta ao tema. O valor


do benefício é de um salário mínimo, é necessária a comprovação de necessidade e não se
condiciona a qualquer contribuição.
Letra a.

024. (2018/FCC/TRT - 6ª REGIÃO (PE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO – SEGURANÇA) A Constitui-


ção Federal brasileira garante o recebimento de um salário mínimo de benefício mensal à pes-
soa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de
tê-la provida por sua família. Tal benefício está relacionado constitucionalmente à área de
a) direitos humanos.
b) trabalho e emprego.
c) educação.
d) beneficência.
e) assistência social.

Esta questão é tão fácil que o examinador nem mesmo tentou confundir com Previdência
Social e Saúde, que são os outros dois segmentos da Seguridade Social, ao lado da própria
Assistência Social.
Letra e.

025. (2017/FCC/FUNAPE/ANALISTA JURÍDICO PREVIDENCIÁRIO) Sobre a Assistência So-


cial a Constituição Federal de 1988 prevê:
a) Será organizada com base na descentralização político-administrativa, sendo que os seus
benefícios serão concedidos independentemente de contribuição à seguridade social.
b) Não se enquadra, dentre os seus objetivos, a proteção à maternidade, que fica sob a respon-
sabilidade concomitante da previdência social e da saúde pública.
c) Constitui obrigação dos Estados e Distrito Federal destinar recursos de sua receita tributária
para financiar programas de inclusão social.
d) As ações sociais direcionadas a promover à integração ao mercado de trabalho devem par-
tir exclusivamente da esfera federal, tanto na sua formulação, como na execução dos progra-
mas, eis que se trata de competência privativa da União.
e) A proteção à infância e adolescência, por haver legislação específica (Estatuto da Criança
e Adolescente), não constitui objetivo da assistência social, sendo cuidada pelo Sistema Úni-
co de Saúde.

a) Certa. Lembra de que falamos que a descentralização político-administrativa é uma diretriz?


Então: observe que a banca examinadora, para não entregar ao candidato que se tratava de

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uma diretriz, disse que era ela um mecanismo de organização, dizendo “será organizada com
base na (...)”.
b) Errada. A proteção à maternidade, de fato, é um dos objetivos da Assistência Social (art.
203, inciso I, CF).
c) Errada. O acréscimo do parágrafo único ao art. 204 surgiu para FACULTAR/POSSIBILITAR
aos Estados e ao Distrito Federal tal vinculação, e não para obrigá-los a tal incumbência.
d) Errada. Conforme o art. 204, inciso I, da CF, a coordenação e a execução cabem às esferas
estadual e municipal. Logo, não é a esfera federal a única atribuída pelos referidos programas.
Raciocínio contrário afrontaria diretamente a própria diretriz de descentralização político-ad-
ministrativa.
e) Errada. A proteção à infância e à adolescência é prevista expressamente na CF (art. 203,
inciso I) como um objetivo da Assistência Social.
Letra a.

026. (2014/AOCP/UFC - ASSISTENTE SOCIAL) Os serviços socioassistenciais no SUAS são


organizados segundo as seguintes referências:
a) vigilância social, proteção social e defesa social e institucional.
b) guarda social, proteção social básica e especial.
c) defesa social e institucional, guarda social e vigilância social.
d) proteção social básica e proteção social especializada.
e) proteção social de alta complexidade, de média complexidade e vigilância social.

De acordo com a PNAS/2004 (p. 39), “Os serviços socioassistenciais no SUAS são organi-
zados segundo as seguintes referências: vigilância social, proteção social e defesa social e
institucional (...)”.
Letra a.

027. (2015/BANCA DO ÓRGÃO - PREFEITURA DE BETIM (MG)/RECEPCIONISTA)


Os Serviços Socioassistenciais são organizados por níveis de complexidade no SUAS – Siste-
ma Único de Assistência Social, de acordo com a disposição abaixo:
a) Atenção Primária e Atenção Secundária.
b) Proteção Básica e Proteção Emergencial.
c) Proteção Básica e Proteção Especial.
d) Atenção Primária e Atenção Especial.

De acordo com a LOAS (art. 6º-A, incisos I e II), os serviços socioassistenciais são divididos
em dois tipos, de acordo com o nível de complexidade de cada um: Serviços de Proteção So-

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cial Básica e Serviços de Proteção Social Especial, estes últimos subdivididos em Média e Alta
Complexidade.
Letra c.

028. (2015/FGV/DPE-RO - ANALISTA DA DEFENSORIA PÚBLICA/ANALISTA EM ASSIS-


TÊNCIA SOCIAL) Os serviços socioassistenciais no SUAS são organizados segundo as se-
guintes referências:
a) gestão e política de recursos humanos;
b) princípios, diretrizes e objetivos;
c) proteção social básica, proteção social especial de média e alta complexidade;
d) vigilância social, proteção social e defesa social e institucional;
e) informação, monitoramento e avaliação.

Verifique que, nesta questão, a banca FGV tentou levar os candidatos a erro incluindo entre as
alternativas (neste caso, a alternativa C) a classificação dos Serviços Socioassistenciais de
acordo com outra matéria (nível de complexidade), tentando fazer o candidato que estudou
superficialmente o tema presumir que “referências de organização” são a mesma coisa. De
acordo com a PNAS/2004 (p. 39), “Os serviços socioassistenciais no SUAS são organizados
segundo as seguintes referências: vigilância social, proteção social e defesa social e institu-
cional (...)”.
Letra d.

029. (2018/COPEVE-UFAL/UFAL - ASSISTENTE SOCIAL) No SUAS, a rede socioassistencial


constitui um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, que ofertam e
operam serviços, programas, projetos e benefícios. Em sintonia com a LOAS, os serviços so-
cioassistenciais são concebidos no âmbito do SUAS como
a) pagamento de auxílio por natalidade ou morte, ou para atender necessidades advindas de
situações de vulnerabilidade temporária.
b) atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações estão vol-
tadas para as necessidades básicas da população.
c) ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos
para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais, não se caracte-
rizando como ações continuadas.
d) pagamento de benefício mensal de 1 (um) salário mínimo à pessoa idosa com 65 anos ou
mais e à pessoa com deficiência de qualquer idade que comprovem não possuir meios de se
sustentar ou de ser sustentado pela família.

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e) investimentos econômico-sociais nos grupos populacionais em situação de pobreza, bus-


cando subsidiar financeira e tecnicamente iniciativas que lhes garantam meios, capacidade
produtiva e de gestão para a melhoria das condições de vida.

Nesta questão, a banca cobrou o conceito de “Serviços”, trazido pelo texto literal da Política
Nacional de Assistência Social (PNAS/2004). De acordo com a PNAS/2004 (p. 94), no âmbito
do Sistema Único de Assistência Social, em conformidade com a LOAS e com a própria Po-
lítica, “Serviços” são “atividades continuadas, definidas no art. 23 da LOAS, que visam a me-
lhoria da vida da população e cujas ações estejam voltadas para as necessidades básicas da
população, observando os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidas nessa lei. A Política
Nacional de Assistência Social prevê seu ordenamento em rede, de acordo com os níveis de
proteção social: básica e especial, de média e alta complexidade.”.
Letra b.

030. (INÉDITA/2021) Sobre os Serviços Socioassistenciais, julgue o item seguinte:


A vivência familiar e a segurança de acolhida são segmentos da proteção social, que é uma
das referências de organização dos serviços socioassistenciais.

De acordo com a partícula da PNAS/2004 (p. 40) transcrita literalmente em nossa aula, a Pro-
teção Social, referência de organização dos Serviços Socioassistenciais, é integrada por: segu-
rança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia, segurança de convívio (ou vivência
familiar) e segurança de acolhida.
Certo.

031. (2021/AMEOSC - PREFEITURA DE SANTA HELENA – SC/PEDAGOGO) De acordo


com a Política Nacional de Assistência Social - PNAS/2004 qual é o público usuário deste
instrumento?
a) Cidadãos pertencentes a coletivos organizados.
b) Cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos.
c) Indivíduos considerados culturalmente desenvolvidos.
d) Agentes políticos de idoneidade ilibada.

No subcapítulo n. 2.4., a PNAS apresenta: “Constitui o público usuário da Política de Assistên-


cia Social, cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais
como: famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento
e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexu-
al; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza e, ou, no acesso

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às demais políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência


advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não inserção no mercado
de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que
podem representar risco pessoal e social”.
Letra b.

032. (2021/PS CONCURSOS - PREFEITURA DE ERMO – SC/ASSISTENTE SOCIAL) A Política


Nacional de Assistência social (PNAS 2004) define quais as seguranças que devem ser afian-
çadas pela proteção social. Assinale a alternativa CORRETA que contém essas seguranças:
a) Segurança de sobrevivência, de acolhida e de convívio.
b) Segurança de solidariedade, de pertencimento e acolhida.
c) Segurança de sobrevivência, de solidariedade e de pertencimento.
d) Segurança de solidariedade, de pertencimento e de convívio.
e) Segurança de pertencimento, de assistência e de acolhida.

No capítulo n. 2, a PNAS apresenta: “A proteção social deve garantir as seguintes seguranças:


segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida; de convívio ou vivên-
cia familiar”.
Letra a.

033. (2020/INSTITUTO AOCP - PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO – RS/EDUCADOR SO-


CIAL) Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.
A informação, monitoramento e avaliação estão ressaltados na Política Nacional de Assistên-
cia Social na perspectiva do SUAS destacando que as _________________________ e a ampliação
das possibilidades de _____________ contemporânea têm um significado, um sentido técnico
e político, podendo e devendo ser consideradas como veios _____________ para uma melhor
atuação no tocante às políticas sociais e a nova concepção do uso da informação, do monito-
ramento e da avaliação no campo da política de assistência social.
a) participações / rede de contatos / estratégicos
b) novas tecnologias da informação / doutrinação / democráticos
c) novas tecnologias da informação / comunicação / estratégicos
d) participações / meios democráticos / estratégicos
e) formas democráticas de participação / vida / democráticos

Em sua introdução, a PNAS apresenta: “Por fim, a Política Nacional de Assistência Social na
perspectiva do Sistema Único de Assistência Social ressalta o campo da informação, monito-
ramento e avaliação, salientando que as novas tecnologias da informação e a ampliação das
possibilidades de comunicação contemporânea têm um significado, um sentido técnico e polí-

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tico, podendo e devendo ser consideradas como veios estratégicos para uma melhor atuação
no tocante às políticas sociais e a nova concepção do uso da informação, do monitoramento
e da avaliação no campo da política de assistência social”.
Letra c.

034. (2020/INSTITUTO AOCP - PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO – RS/EDUCADOR SO-


CIAL) A Política Nacional de Assistência Social é realizada de forma integrada às políticas
setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento à garan-
tia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à
universalização dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, assinale a alternativa que descreve
adequadamente o que objetiva a política pública de assistência social.
a) Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos
seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, am-
biente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.
b) Prestar assistência financeira quando o trabalhador se encontra em situação de incapacida-
de de realizar o seu trabalho habitual por motivo de doença ou acidente.
c) Garantir os mais diversos temas e interesses, com variadas formas de atuação, financia-
mento e mobilização.
d) Estabelecer fluxos e protocolos visando ao conhecimento e à troca de informações decor-
rentes das experiências no campo da atenção à assistência social, à saúde, à formação, à
educação permanente e à pesquisa com unidades federativas.
e) Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, espe-
cial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem; contribuir com a inclusão e a
equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socio-
assistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural; assegurar que as ações no âmbito
da assistência social tenham centralidade na família e que garantam a convivência familiar e
comunitária.

A questão limitou-se a cobrar os objetivos literalmente constantes do subcapítulo n. 2.3 da


PNAS, enumerados em igual ordem.
Letra e.

035. (2020/INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO – RS/EDUCADOR SO-


CIAL) A política de assistência social organiza-se sob a forma de sistema público não con-
tributivo, descentralizado e participativo denominado Sistema Único de Assistência Social –
SUAS. Assinale a alternativa que corresponde adequadamente às diretrizes estruturantes da
gestão do SUAS referentes à política de assistência social.
a) Proteção social, vigilância socioassistencial e defesa de direitos.

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b) Consolidação da gestão compartilhada; estabelecimento das responsabilidades da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na organização; definição dos níveis de ges-
tão; reconhecimento das especificidades, iniquidades e desigualdades regionais e municipais
no planejamento e execução das ações
c) Primazia da responsabilidade do Estado; descentralização da política-administrativa; finan-
ciamento partilhado entre os entes federados; matricialidade sociofamiliar; territorialização e
fortalecimento da relação democrática entre Estado e sociedade civil; controle social e parti-
cipação popular.
d) Reconhecimento das especificidades, iniquidades e desigualdades regionais e municipais
no planejamento e execução das ações; primazia da responsabilidade do Estado; universalida-
de, gratuidade.
e) Universalidade, gratuidade; intersetorialidade, equidade e integralidade.

A questão explora a enumeração literal dos eixos estruturantes da gestão do SUAS, constante
das páginas n. 86-87 da PNAS (capítulo destinado à Justificativa da Norma Operacional Bási-
ca do SUAS).
Letra c.

036. (2020/PREFEITURA DE CATAS ALTAS – MG/FUNDEP - ASSISTENTE SOCIAL) São se-


guranças afiançadas na Política Nacional de Assistência Social (PNAS), exceto:
a) Segurança de rendimento e de autonomia.
b) Segurança de acolhida.
c) Segurança de amparo.
d) Segurança de convívio: de vivência familiar.

No capítulo n. 2, a PNAS apresenta: “A proteção social deve garantir as seguintes seguranças:


segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida; de convívio ou vivên-
cia familiar”.
Letra c.

037. (2021/FUNDATEC - PREFEITURA DE TRAMANDAÍ – RS/EDUCADOR SOCIAL) Segundo


a Lei Orgânica da Assistência Social, a gestão das ações na área de assistência social fica or-
ganizada pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos:
I – Estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manu-
tenção e expansão das ações de assistência social.
II – Definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais.
III – Separar a rede pública da rede privada de serviços, programas e projetos de assistên-
cia social.

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Quais estão corretas?


a) Apenas II.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) I, II e III.

I – Certa. É o objetivo do SUAS constante do art. 6º, inciso III, da LOAS.


II – Certa. É o objetivo do SUAS constante do art. 6º, inciso IV, da LOAS.
III – Errada. Na verdade, é objetivo do SUAS integrar a rede pública e privada de serviços, pro-
gramas, projetos e benefícios de assistência social (art. 6º, inciso II, da LOAS).
Letra b.

038. (2021/GSA CONCURSOS - PREFEITURA DE SALTINHO – SC/ASSISTENTE SOCIAL)


De acordo com o artigo primeiro da LOAS a Assistência Social, direito do cidadão e dever do
Estado, é:
a) Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada atra-
vés de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento
às necessidades básicas.
b) Política Pública com a finalidade de prestar assistência aqueles que contribuíram por no
mínimo 12 meses e que não tenham meios de prover seu sustento.
c) Política de Segurança Social realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública
e da sociedade, para garantir o atendimento às famílias com renda de até 1 salário mínimo.
d) Política de Proteção Social que provê os mínimos sociais para garantir o atendimento às
necessidades básicas.

Eis a regra do caput do art. 1º da LOAS: “A assistência social, direito do cidadão e dever do Es-
tado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada
através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir
o atendimento às necessidades básicas”.
Letra a.

039. (2021/CETREDE - PREFEITURA DE FRECHEIRINHA – CE/ASSISTENTE SOCIAL) Sobre


a Lei Orgânica da Assistência Social – Lei 8.742/93 – que dispõe sobre a Organização da As-
sistência Social e dá outras providências, leia a afirmativa a seguir.
A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema
descentralizado e participativo. É integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conse-
lhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas
por esta Lei.

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Esta sentença se refere ao


a) Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
b) Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
c) Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
d) Conselho Federal de Serviço Social.
e) Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

De acordo com o art. 6º, § 2º, “o Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respecti-
vos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social
abrangidas por esta Lei”. Ademais, o caput do art. 6e dispõe: “A gestão das ações na área de
assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, de-
nominado Sistema Único de Assistência Social (Suas) (...)”.
Letra c.

040. (2020/INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE NOVO HAMBURGO - RS - ADVOGADO DO


CREAS/SUAS) Consoante a LOAS (Lei n. 8.742/93), assinale a alternativa que apresenta uma
das diretrizes da organização da assistência social.
a) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
b) Concentração político-administrativa entre Estados e União, e comando único das ações em
cada esfera de governo.
c) Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza,
garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais.
d) Viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que pro-
porcionem sua integração às demais gerações.
e) Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento.

a) Certa. É a diretriz do art. 5º, inciso II da LOAS.


b) Errada. É diretriz a descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Fede-
ral e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo (art. 5º, I, LOAS).
c) Errada. Trata-se de princípio (art. 4º, IV, LOAS).
d) Errada. Tal item não é princípio, objetivo ou diretriz, conforme a LOAS.
e) Errada. Tal item não é princípio, objetivo ou diretriz, conforme a LOAS.
Letra a.

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GABARITO
1. b 37. b
2. d 38. a
3. a 39. c
4. c 40. a
5. d
6. b
7. a
8. d
9. a
10. a
11. a
12. d
13. c
14. a
15. e
16. e
17. e
18. e
19. b
20. c
21. a
22. e
23. a
24. e
25. a
26. a
27. c
28. d
29. b
30. C
31. b
32. a
33. c
34. e
35. c
36. c

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Professor de Cursos Preparatórios pra Concursos Públicos. Coach especialista em Concursos Públicos.
Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região. Outras
aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – Analista Judiciário e 48°
lugar – TRT da 24ª Região – Técnico Judiciário.

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