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SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Sumário
Gustavo Deitos
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Política Nacional de Assistência Social
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A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não con-
tributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa
pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
A assistência social, a partir da Constituição Federal de 1988, foi inserida no âmbito da Se-
guridade Social, ao lado da saúde e da previdência social. Portanto, toda a assistência social,
enquanto conglomerado de valores a serem protegidos e perseguidos pelo Estado Brasileiro,
foi estruturada com fiel observância de objetivos, princípios e diretrizes voltadas ao atendimen-
to do bem comum e à concretização do bem-estar social.
À luz desse contexto, a Política Nacional de Assistência Social pode ser vista puramente
como uma política pública de âmbito nacional destinada a efetivar todos os referidos objeti-
vos, princípios e diretrizes. Afinal de contas, quais são eles?
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Assistência Social, que não deixam de ser abordados pelos examinadores das mais diferentes
bancas em questões do tema.
Para iniciar a citação desses dogmas, cabe destacar que os Princípios da Assistência So-
cial têm previsão primária na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Já os Objetivos têm
previsão primária na Constituição Federal, mas são estendidos na LOAS. Por sua vez, as Dire-
trizes também têm previsão primária na Constituição Federal e são estendidas na LOAS.
1.1.1. Princípios
Perceba que os princípios possuem conteúdo muito mais abstrato. Da leitura dos princí-
pios, não temos noção de nenhuma regra de organização ou execução: são somente valores
conceituais, abstratos, sem aplicabilidade imediata.
Os princípios, por natureza, são valores que estão no início da construção de determinado
conjunto normativo. Sozinhos, os princípios não podem ser aplicados diretamente a casos
concretos, uma vez que não são dotados de direcionamento prático. Contudo, servem de orien-
tação ao aplicador do direito no momento de escolher a regra a aplicar, bem como a maneira
de aplicá-la.
Você pode visualizar que “supremacia das necessidades sociais”, “igualdade de direitos”,
“respeito à dignidade” e “universalização de direitos sociais” são valores dos quais não re-
sultam quaisquer soluções práticas, servindo somente para guiar o operador jurídico e admi-
nistrativo. Nenhuma medida ou conjunto de medidas pode(m) ser aplicada(s) caso cause(m)
ofensa a algum(ns) desses princípios.
Dentre os princípios expressos, o menos abstrato, se podemos assim mencionar, é o úl-
timo: “divulgação ampla”. Conseguimos visualizar o que é uma divulgação, mas o princípio
continua sendo abstrato porque é impossível sabermos, de plano, que amplitude é essa.
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Dessa forma, para fins de memorização, alertamos que o princípio mais importante de gra-
var é o último: divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais,
bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
1.1.2. Objetivos
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contri-
buição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua inte-
gração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por
sua família, conforme dispuser a lei.
Para você gravar bem o que são os objetivos, tenha em mente o seguinte: os objetivos são
as finalidades da Assistência Social, isto é, o RESULTADO REAL que a Assistência Social quer
atingir. Em outro dizer, é o alcance daquilo que se quis alcançar quando se criou a Assistên-
cia Social.
Você pode notar que os objetivos da Assistência Social são muito mais amplos hoje do que
na época histórica da Legião Brasileira de Assistência, quando as finalidades da Assistência
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Social restringiam-se muito mais, sem qualquer menção a mercado de trabalho e a pessoas
com deficiência, por exemplo.
O PULO DO GATO
Para não confundir Princípios com Objetivos, veja o seguinte argumento:
NÃO HÁ como “igualdade de direitos” ser um objetivo, porque a igualdade de direitos é algo
necessário para alcançar um objetivo, como por exemplo o da proteção à família. Também não
há como “supremacia das necessidades sociais” ser um objetivo, porque essa supremacia é
uma coisa necessária para se alcançar, por exemplo, o amparo às crianças carentes.
Veja, finalmente, que “igualdade de direitos” e “supremacia das necessidades sociais” são coi-
sas que devem estar no início, e não no final. Portanto, trata-se de Princípios, e não objetivos. O
mesmo vale para os demais princípios, como o da “divulgação ampla” (art. 4º, inciso V, LOAS).
Por outro lado, é plenamente possível que “integração ao mercado de trabalho” seja um Obje-
tivo, porque se trata de um resultado almejado pelas ações socioassistenciais.
1.1.3. Diretrizes
As Diretrizes da Assistência Social são previstas no art. 204 da Constituição Federal, sendo
duas delas ali previstas, e outra (terceira) na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
Segundo o texto constitucional, as diretrizes são:
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com
base nas seguintes diretrizes:
I – descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera
federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal,
bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políti-
cas e no controle das ações em todos os níveis.
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Do mesmo modo como falamos na primeira aula sobre a Lei Orgânica da Assistência So-
cial – LOAS (n. 8.742/93), as Diretrizes consistem em regras de elaboração. Por conseguinte,
não é suficiente que o gestor observe os princípios da Assistência Social. Deve ele, também,
construir as políticas e desenhar os mecanismos de efetividade com observância às diretri-
zes traçadas.
Diretrizes são aquilo que está no meio, entre os princípios (início) e os objetivos (fim). São
mecanismos de organização, execução e controle indispensáveis para que o trabalho dê certo
e a finalidade seja alcançada.
Um exemplo prático disso é a descentralização político-administrativa. Veja: para conse-
guir-se o amparo às crianças carentes, fica muito difícil de as ações socioassistenciais forem
tomadas diretamente por autoridades e órgãos federais (da União). Por isso, deve haver tal
descentralização para que pontos mais peculiares das ações socioassistenciais sejam imple-
mentados no nível local, por órgãos e autoridades municipais. É por essa razão que existem
várias normas legais e infralegais repartindo competências entre os entes federados.
Nossa dica para não confundir princípios com diretrizes é a seguinte:
• PRINÍPIOS estão no Início (igualdade, supremacia, respeito, por exemplo).
• DIRETRIZES estão no Meio (descentralização, participação do povo, responsabilidade
do Estado).
A maior facilidade de confusão entre princípios e diretrizes está na terceira diretriz prevista na
LOAS: primazia da responsabilidade do Estado. “Primazia” muito se parece, em alguns contex-
tos, com “Supremacia”. Portanto, a banca pode tentar te confundir dizendo que a Primazia da
Responsabilidade do Estado é um princípio, enquanto, NA VERDADE, é uma DIRETRIZ!
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A PNAS prevê, como objetos a implementar, dois tipos de proteções afiançadas: proteção
social básica e proteção social especial.
Conforme o PNMA de 2004:
A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvi-
mento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, priva-
ção (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragili-
zação de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas,
de gênero ou por deficiências, dentre outras). Prevê o desenvolvimento de serviços, programas e
projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme
identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as pessoas com deficiên-
cia e ser organizados em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações ofertadas. Os benefícios,
tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a proteção social básica, dada a natu-
reza de sua realização.
Perceba que a Proteção Social Básica consiste em ações que, embora levem em conta
as realidades locais individuais, não são particularizadas para cada núcleo familiar ou para
cada pessoa.
Ademais, ainda de acordo com a PNAS de 2004:
Os serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica deverão se articular com as
demais políticas públicas locais, de forma a garantir a sustentabilidade das ações desenvolvidas e
o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos, de forma a superar as condições de vulnerabili-
dade e a prevenir as situações que indicam risco potencial. Deverão, ainda, se articular aos serviços
de proteção especial, garantindo a efetivação dos encaminhamentos necessários.
Por outro lado, a Proteção Social Especial entra em jogo sempre que a implementação da
proteção social básica não for suficiente para incluir socialmente as pessoas em situação de
necessidade e vulnerabilidade. Dessa forma, a proteção social especial tem utilidade quando
não é suficiente o conhecimento dos riscos que acometem a comunidade local: é necessário,
ainda, o ingresso no contexto cultural particularizado da família ou do indivíduo.
Portanto, havendo esta necessidade, implementam-se as ações atinentes à Proteção So-
cial Especial. Tais ações podem ter alguns destinatários vislumbráveis em abstrato. De acordo
com o PNAS de 2004:
São destinados, por exemplo, às crianças, aos adolescentes, aos jovens, aos idosos, às pessoas
com deficiência e às pessoas em situação de rua que tiverem seus direitos violados e, ou, amea-
çados e cuja convivência com a família de origem seja considerada prejudicial a sua proteção e ao
seu desenvolvimento. No caso da proteção social especial, à população em situação de rua serão
priorizados os serviços que possibilitem a organização de um novo projeto de vida, visando criar
condições para adquirirem referências na sociedade brasileira, enquanto sujeitos de direito.
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Relembre-se: a Proteção Social Especial, parte integrante do PNAS, tem lugar quando se
tem necessidade de contato profundo com vulnerabilidades intrínsecas do sujeito, apesar de
suas condições de risco serem causadas por problemas extrínsecos, isto é, problemas gera-
dos por fatores sociais.
Ademais, de acordo com a PNAS de 2004:
Outro ponto muito importante que se extrai do PNAS de 2004 é a prevalência da família
como elemento essencial para a efetividade da política pública que estamos estudando. O
PNAS dirige-se a apoiar o núcleo familiar, dando-lhe condições de fortalecimento dos laços
que nele se formam e substratos para uma considerável alavancagem na sociedade, no senti-
do de acesso aos serviços públicos, o que torna a família cada vez mais incluída socialmente.
Com essa pretensão, o PNAS aborda um tópico chamado Matricialidade Familiar, do qual,
semanticamente, extraímos que a família é um objeto complexo, com dimensões caracteriza-
doras e funções sociais, por força da Constituição, de normas de direito internacional público
e de leis infraconstitucionais.
Vejamos os principais pontos sobre o assunto na PNAS de 2004:
A família, independentemente dos formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações
entre os sujeitos e a coletividade, delimitando, continuamente os deslocamentos entre o público e o
privado, bem como geradora de modalidades comunitárias de vida. Todavia, não se pode desconsi-
derar que ela se caracteriza como um espaço contraditório, cuja dinâmica cotidiana de convivência
é marcada por conflitos e geralmente, também, por desigualdades, além de que nas sociedades
capitalistas a família é fundamental no âmbito da proteção social.
Em segundo lugar, é preponderante retomar que as novas feições da família estão intrínseca e dia-
leticamente condicionadas às transformações societárias contemporâneas, ou seja, às transforma-
ções econômicas e sociais, de hábitos e costumes e ao avanço da ciência e da tecnologia. O novo
cenário tem remetido à discussão do que seja a família, uma vez que as três dimensões clássicas
de sua definição (sexualidade, procriação e convivência) já não têm o mesmo grau de imbricamento
que se acreditava outrora. Nesta perspectiva, podemos dizer que estamos diante de uma família
quando encontramos um conjunto de pessoas que se acham unidas por laços consanguíne-
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os, afetivos e, ou, de solidariedade. Como resultado das modificações acima mencionadas, supe-
rou-se a referência de tempo e de lugar para a compreensão do conceito de família.
O reconhecimento da importância da família no contexto da vida social está explícito no artigo
226, da Constituição Federal do Brasil, quando declara que a: “família, base da sociedade, tem espe-
cial proteção do Estado”, endossando, assim, o artigo 16, da Declaração dos Direitos Humanos, que
traduz a família como sendo o núcleo natural e fundamental da sociedade, e com direito à proteção
da sociedade e do Estado. No Brasil, tal reconhecimento se reafirma nas legislações específicas da
Assistência Social – Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Estatuto do Idoso e na própria Lei
Orgânica da Assistência Social – LOAS, entre outras.
Embora haja o reconhecimento explícito sobre a importância da família na vida social e, portanto,
merecedora da proteção do Estado, tal proteção tem sido cada vez mais discutida, na medida em
que a realidade tem dado sinais cada vez mais evidentes de processos de penalização e desprote-
ção das famílias brasileiras.
Nesse contexto, a matricialidade sociofamiliar passa a ter papel de destaque no âmbito da Política
Nacional de Assistência Social – PNAS. Esta ênfase está ancorada na premissa de que a centrali-
dade da família e a superação da focalização, no âmbito da política de Assistência Social, repousam
no pressuposto de que para a família prevenir, proteger, promover e incluir seus membros é neces-
sário, em primeiro lugar, garantir condições de sustentabilidade para tal. Nesse sentido, a formu-
lação da política de Assistência Social é pautada nas necessidades das famílias, seus membros e
dos indivíduos.
No campo da assistência social, o artigo 6º, da LOAS, dispõe que as ações na área são organizadas
em sistema descentralizado e participativo, constituído pelas entidades e organizações de assis-
tência social, articulando meios, esforços e recursos, e por um conjunto de instâncias deliberativas,
compostas pelos diversos setores envolvidos na área. O artigo 8º estabelece que a União, os Esta-
dos, o Distrito Federal e os Municípios, observados os princípios e diretrizes estabelecidas nesta
Lei, fixarão suas respectivas políticas de assistência social.
A política de assistência social tem sua expressão em cada nível da Federação na condição de
comando único, na efetiva implantação e funcionamento de um Conselho de composição paritária
entre sociedade civil e governo, do Fundo, que centraliza os recursos na área, controlado pelo órgão
gestor e fiscalizado pelo Conselho, do Plano de Assistência Social que expressa a política e suas
inter-relações com as demais políticas setoriais e ainda com a rede socioassistencial. P o r -
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tanto, Conselho, Plano e Fundo são os elementos fundamentais de gestão da Política Pública de
Assistência Social.
O artigo 11º da LOAS coloca, ainda, que as ações das três esferas de governo na área da
assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas ge-
rais à esfera Federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esfe-
ras, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
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O PULO DO GATO
A “Coordenação” dos programas cabe a TODOS os entes.
A pegadinha da banca, para confundir o candidato, reside nas competências para:
1) Criar Normas Gerais sobre os programas (União).
2) Executar os programas (Estados, DF e Municípios).
Dessa forma, cabe a cada esfera de governo, em seu âmbito de atuação, respeitando os
princípios e diretrizes estabelecidos na Política Nacional de Assistência Social, coordenar, for-
mular e co-financiar, além de monitorar, avaliar, capacitar e sistematizar as informações.”
Outro ponto de muita relevância no PNAS de 2004 é a pretensão estatal de aprimoramento
da participação popular na formulação, na coordenação e na execução das políticas públicas
de assistência social.
Segundo o que se infere dos argumentos lançados na Norma Operacional, deve-se procu-
rar dar ouvidos a todos os segmentos sociais, de variadas culturas, etnias, descendências ou
idades, tendo-se em vista que o Brasil é historicamente marcado pela superposição de uma
classe em detrimento da outra.
Dessa forma, apesar de o Estado (em sentido amplo: Governo) ser o único realmente capaz
de interferir nas relações jurídicas das pessoas com imperatividade, é necessário que a popu-
lação apoie o Poder Público fornecendo-lhe informações úteis e relevantes para a tomada das
decisões mais ponderadas e acertadas em cada contexto prático.
Nesse sentido, seguem partículas importantes do PNAS de 2004:
O legislador constituinte de 1988 foi claro no art. 204, ao destacar a participação da sociedade civil
tanto na execução dos programas através das entidades beneficentes e de assistência social, bem
como na participação, na formulação e no controle das ações em todos os níveis.
A Lei Orgânica de Assistência Social propõe um conjunto integrado de ações e iniciativas do gover-
no e da sociedade civil para garantir proteção social para quem dela necessitar.
A gravidade dos problemas sociais brasileiros exige que o Estado assuma a primazia da responsabi-
lidade em cada esfera de governo na condução da política. Por outro lado, a sociedade civil participa
como parceira, de forma complementar na oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de
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Assistência Social. Possui, ainda, o papel de exercer o controle social sobre a mesma. Vale ressaltar
a importância dos fóruns de participação popular, específicos e, ou, de articulação da política em
todos os níveis de governo, bem como a união dos conselhos e, ou, congêneres no fortalecimento
da sociedade civil organizada na consolidação da Política Nacional de Assistência Social.
No entanto, somente o Estado dispõe de mecanismos fortemente estruturados para coordenar
ações capazes de catalisar atores em torno de propostas abrangentes, que não percam de vista a
universalização das políticas, combinada com a garantia de equidade. Esta prerrogativa está asse-
gurada no art. 5º, inciso III, da LOAS.
Para tanto, a administração pública deverá desenvolver habilidades específicas, com desta-
que para a formação de redes. A noção de rede tem se incorporado ao discurso sobre política social.
Nos anos recentes, novas formas de organização e de relacionamento interorganizacional, entre
agências estatais e, sobretudo, entre o Estado e a sociedade civil, têm sido propostas pelos atores
sociais.
O imperativo de formar redes se faz presente por duas razões fundamentais. Primeiramente, confor-
me já mencionado, porque a história das políticas sociais no Brasil, sobretudo, a de assistência
social, é marcada pela diversidade, superposição e, ou, paralelismo das ações, entidades e ór-
gãos, além da dispersão de recursos humanos, materiais e financeiros.
A gravidade dos problemas sociais brasileiros exige que o Estado estimule a sinergia e gere es-
paços de colaboração, mobilizando recursos potencialmente existentes na sociedade, tornando
imprescindível contar com a sua participação em ações integradas, de modo a multiplicar seus
efeitos e chances de sucesso. Desconhecer a crescente importância da atuação das organiza-
ções da sociedade nas políticas sociais é reproduzir a lógica ineficaz e irracional da fragmentação,
descoordenação, superposição e isolamento das ações.
3. Financiamento do PNAS
A respeito do financiamento da Política Pública que estamos estudando, depreende-se do
PNAS/2004 que o custeio de todos os projetos, processos e atividades decorrentes do plane-
jamento dessa política é abarcado pelo orçamento da seguridade social.
Para você entender melhor, explicaremos: no Brasil, a Lei Orçamentária Anual, que é o ins-
trumento de nível operacional destinado a implementar os gastos públicos em determinadas
áreas, é dividida em três orçamentos:
• Orçamento Fiscal
• Orçamento de Investimento nas Empresas Estatais
• Orçamento da Seguridade Social
O Orçamento da Seguridade Social envolve os gastos com a Saúde, com a Previdência So-
cial e com a Assistência Social. Dessa forma, já que o PNAS é uma Política Pública inerente à
Assistência Social, seu custeio é suportado pelo Orçamento da Seguridade Social.
A respeito desse assunto, o PNAS/2004 traz os seguintes fundamentos teóricos:
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A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social brasileira. In-
cluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social
– LOAS em dezembro de 1993, como política social pública, a assistência social inicia seu trânsito
para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade
estatal. A LOAS cria uma nova matriz para a política de assistência social, inserindo-a no sistema do
bem-estar social brasileiro concebido como campo do Seguridade Social, configurando o triângulo
juntamente com a saúde e a previdência social.
Existem questões de concursos sobre a PNAS que perguntam quais são as faces do novo campo para
o qual transitou a Assistência Social após seu tratamento como política social pública, com sua inserção
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no supersistema da Seguridade Social. O trecho acima nos dá a resposta. As facetas do “campo novo”
da Assistência Social da Seguridade Social são:
• Campo dos direitos
• Campo da universalização dos acessos
• Campo da responsabilidade estatal
Sobre a proteção social, a PNAS embasa-se em fundamentação dada por Di Giovanni, se-
gundo quem a Proteção Social consiste nas formas “institucionalizadas que as sociedades
constituem para proteger parte ou o conjunto de seus membros. Tais sistemas decorrem de
certas vicissitudes da vida natural ou social, tais como a velhice, a doença, o infortúnio, as
privações. (...) Neste conceito, também, tanto as formas seletivas de distribuição e redistribui-
ção de bens materiais (como a comida e o dinheiro), quanto os bens culturais (como os sa-
beres), que permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias formas na vida social. Ainda,
os princípios reguladores e as normas que, com intuito de proteção, fazem parte da vida das
coletividades.
Há questões, também, no sentido de perguntar quais são as seguranças que devem ser
garantidas pela Proteção Social. Elas constam da p. 31 da PNAS, e são as seguintes:
• segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia: através de benefícios
continuados e eventuais que assegurem: proteção social básica a idosos e pessoas
com deficiência sem fonte de renda e sustento; pessoas e famílias vítimas de calami-
dades e emergências; situações de forte fragilidade pessoal e familiar, em especial às
mulheres chefes de família e seus filhos.
• segurança de convívio ou vivência familiar: através de ações, cuidados e serviços que
restabeleçam vínculos pessoais, familiares, de vizinhança, de segmento social, median-
te a oferta de experiências socioeducativas, lúdicas, socioculturais, desenvolvidas em
rede de núcleos socioeducativos e de convivência para os diversos ciclos de vida, suas
características e necessidades.
• segurança de acolhida: através de ações, cuidados, serviços e projetos operados em
rede com unidade de porta de entrada destinada a proteger e recuperar as situações de
abandono e isolamento de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, restaurando
sua autonomia, capacidade de convívio e protagonismo mediante a oferta de condições
materiais de abrigo, repouso, alimentação, higienização, vestuário e aquisições pesso-
ais desenvolvidas através de acesso às ações socioeducativas.
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forma mais direcionada, apresentarei alguns fundamentos que podem te ajudar a diferenciar,
na prática estas duas grandes divisões dos serviços socioassistenciais.
Primeiramente, é importante salientar que a Assistência Social tem o papel precípuo de
combater os efeitos dos ricos e das vulnerabilidades sociais que acometem grupos/segmen-
tos populares, seja de forma preventiva, seja de forma repressiva.
A fim de que este preceito se concretizasse no mundo real, fez-se necessário que o legis-
lador especificasse quais são as modalidades de proteção social implementáveis por meio de
políticas públicas. Tais modalidades, essencialmente, são os instrumentos de aplicação do
combate aos riscos e às vulnerabilidades sociais.
Dessa forma, o legislador federal, a partir da aprovação da Lei n. 12.435/2011 – que alte-
rou a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) – especificou as concebidas modalidades de
proteção social:
• Proteção Social Básica
• Proteção Social Especial
Tais modalidades constam do atual art. 6º-A da Lei n. 8.742/93 (LOAS). Segue abaixo o
conceito legal atribuído a elas:
• Proteção Social Básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da as-
sistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio
do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos
familiares e comunitários.
• Proteção Social Especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por ob-
jetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de
direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e
indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos.
Faço o alerta a seguir para te ajudar a diferenciar no momento da prova, em termos literais,
as duas modalidades de proteção social:
DICA
DESENVOLVIMENTO DE POTENCIALIDADES: Proteção Social
Básica
FORTALECIMENTO DE POTENCIALIDADES: Proteção Social
Especial
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
Portanto, a Proteção Social Básica não tem a pretensão de atuar em combate a problemas
sociais já instaurados, como a fome, por exemplo. Os serviços, programas e projetos inerentes
a esta modalidade de proteção social são direcionados a evitar, por exemplo, que a fome surja
em determinado segmento da sociedade.
A Proteção Social Especial, por sua vez, é uma modalidade de proteção social REPRESSIVA,
que objetiva combater situações de risco e vulnerabilidade já verificadas no mundo concreto,
que costumam ocasionar violação dos direitos das pessoas em situação de risco e vulneráveis.
Destarte, o papel da Proteção Social Especial é combater a fome, por exemplo. O problema
social já existe no momento em que são implementadas ações oriundas desta modalidade de
proteção social.
Para auxiliá-lo(a) nesse ponto, trazemos a seguinte ilustração:
Ademais, existe ainda outras duas diferenças importantíssimas para a distinção da Prote-
ção Social Básica da Proteção Social Especial.
A primeira delas – e mais recorrente em provas – é quanto ao órgão principal que atua
nesses serviços. No caso da Proteção Social Básica, é o Centro de Referência da Assistência
Social (CRAS). Já no caso da Proteção Social Especial, tal órgão é o Centro de Referência Es-
pecializado de Assistência Social (CREAS).
Para ajudá-lo(a) a gravar este dado, trazemos a seguinte ilustração:
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
A outra diferença é que a Proteção Social Especial é subdividida em alguns níveis de com-
plexidade, que determinam, até mesmo, o grau de especialização dos serviços requeridos. Já
a Proteção Social Básica não é subdividida em níveis de complexidade, uma vez que sua natu-
reza é justamente a ausência de complexidade que exija alguma especialização.
Para não esquecer:
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL:
Proteção Social Especial de Média Complexidade: Existe violação de direitos, mas os vín-
culos familiares e comunitários ainda não foram rompidos (abaixo, alguns exemplos de servi-
ços, de acordo com a PNAS/2004 – p. 38):
• Serviço de orientação e apoio sociofamiliar.
• Plantão Social.
• Abordagem de Rua.
• Cuidado no Domicílio.
• Serviço de Habilitação e Reabilitação na comunidade das pessoas com deficiência.
• Medidas socioeducativas em meio-aberto (Prestação de Serviços à Comunidade – PSC
e Liberdade Assistida – LA).
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
Por proteção social não contributiva, entenda: “Assistência Social”. Se estivéssemos tra-
tando de proteção social contributiva, falaríamos de Previdência Social, pois esta só protege
aqueles que recolherem contribuições aos cofres públicos (neste caso, a contribuição previ-
denciária, popular “INSS”).
A Assistência Social, por sua vez, protege todos os necessitados, mesmo que eles não
recolham nenhum tipo de tributo, de qualquer espécie, ao governo. Por isso, ela é atinente a
“proteção social não contributiva”. Mais a fundo sobre esse sistema, veremos na aula apropria-
da sobre Assistência Social.
Fica a dica para que a banca não tente te confundir utilizando o termo “proteção social contri-
butiva” para fazer-lhe errar uma questão sobre os objetivos do SUAS.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
O SUAS não se resume a cooperação entre os entes políticos. O SUAS interfere, também,
nas entidades privadas de assistência social, sejam contratadas pelo Poder Público ou não. Na
aula direcionada especificamente à Lei n. 8.742/93 (LOAS), estudaremos com detalhes essas
entidades privadas.
No entanto, para não devermos uma, desde já trazemos o conceito legal destinado a tais
entidades (art. 3º da LOAS): “Consideram-se entidades e organizações de assistência social
aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e asses-
soramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e
garantia de direitos.”.
O SUAS tem por objetivo essa distribuição de responsabilidades. Para a concretização des-
se objetivo, o CNAS realizou tal distribuição na Resolução CNAS n. 33/2012.
Sobre o real significado de “gestão do trabalho” no âmbito do SUAS, nada melhor que lhe
trazer os argumentos de autoridade de que lançou mão o próprio Ministério do Desenvolvi-
mento Social.
Gestão do trabalho no SUAS supõe, especialmente:
• a criação e a manutenção de estruturas de referência técnica e institucional para a orien-
tação e o apoio permanentes;
• a regulamentação de aspectos relacionados ao trabalho na assistência social, a serem
pactuados e submetidos ao controle democrático da sociedade civil organizada e atuan-
te nas mesas de negociação e nos conselhos e instâncias de pactuação;
• a formação de uma ampla rede de formação permanente, com envolvimento das insti-
tuições de referência na área e organizações profissionais;
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
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(De: GESTÃO DO TRABALHO NO ÂMBITO DO SUAS: Uma contribuição necessária para res-
significar as ofertas e consolidar o direito socioassistencial. Publicado pela Secretaria Nacio-
nal de Assistência Social, sob organização de José Crus).
Conforme a Política Nacional de Educação Permanente, depreende-se que a “educação
permanente” consiste na “qualificação do provimento dos serviços socioassistenciais, da ges-
tão e do controle social do SUAS, não apenas representativa dos anseios do conjunto de sujei-
tos envolvidos na construção desse Sistema, mas também de um ousado e arrojado modo de
se conceber e fazer a formação de pessoas para e pelo trabalho, visando à emancipação dos
trabalhadores e dos usuários do Sistema.” (p. 10).
Trazemos a você, caro aluno, argumentos de autoridade a serem utilizados para fins de pro-
va, inclusive para fins de recurso, que são retirados do próprio órgão público ligado ao SUAS.
Os serviços prestados pela Assistência Social, de quaisquer espécies (proteção social bá-
sica, proteção social especial, dentre outros), bem como os benefícios por ela geridos e pres-
tados (como o BPC), devem ser administrados e regulamentados de forma integrada.
Em outras palavras, isso significa que, apesar de todos os entes políticos terem temperada
autonomia na gestão de suas ações socioassistenciais, os serviços e benefícios da Assistên-
cia Social não podem exigir da população requisitos diferenciados de acesso, nem mesmo
podem dispor de qualidade superior ou inferior em diferentes regiões do país.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (ESAF/MPOG/2012/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS - ASSISTÊNCIA SO-
CIAL) Sobre os Princípios da Política Nacional de Assistência Social – PNAS, 2004, assinale a
opção correta.
a) Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações, em todos os níveis.
b) Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como,
dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
c) Provisão de serviços, programas, projetos e benefícios de Proteção Social Básica e/ou, es-
pecial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem.
d) Ampliação e acesso aos bens e Serviços Socioassistenciais Básicos e Especiais, em áreas
urbana e rural.
e) Promoção de ações de assistência social centradas na família e que garantam a convivên-
cia familiar e comunitária.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
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De acordo com o PNAS de 2004, “O grupo familiar pode ou não se mostrar capaz de desem-
penhar suas funções básicas. O importante é notar que esta capacidade resulta não de uma
forma ideal e sim de sua relação com a sociedade, sua organização interna, seu universo de
valores, entre outros fatores, enfim, do estatuto mesmo da família como grupo cidadão. Em
consequência, qualquer forma de atenção e, ou, de intervenção no grupo familiar precisa levar
em conta sua singularidade, sua vulnerabilidade no contexto social, além de seus recursos
simbólicos e afetivos, bem como sua disponibilidade para se transformar e dar conta de suas
atribuições.”.
Letra d.
Conforme o PNAS de 2004, “A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a
Assistência Social brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei
Orgânica da Assistência Social – LOAS em dezembro de 1993, como política social pública, a
assistência social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da universali-
zação dos acessos e da responsabilidade estatal.”.
Letra a.
Como vimos algumas vezes em nossa aula, a Assistência Social é um segmento público inse-
rido no âmbito da Seguridade Social. Ademais, o art. 1º da Lei n. 8.742/93 é expresso e literal
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
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nesse sentido: A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguri-
dade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às neces-
sidades básicas.
Letra c.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
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Conforme vimos em nossa aula, e de acordo com fundamento teórico literal do PNAS de 2004,
“A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desen-
volvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comu-
nitários.”.
Letra b.
Lembre-se que chamamos sua atenção a esse ponto em nossa aula. Esse ponto é muito im-
portante! Veja que a família é elemento central das ações do PNAS, senão vejamos: “As recon-
figurações dos espaços públicos, em termos dos direitos sociais assegurados pelo Estado De-
mocrático de um lado e, por outro, dos constrangimentos provenientes da crise econômica e
do mundo do trabalho, determinaram transformações fundamentais na esfera privada, ressig-
nificando as formas de composição e o papel das famílias. Por reconhecer as fortes pressões
que os processos de exclusão sociocultural geram sobre as famílias brasileiras, acentuando
suas fragilidades e contradições, faz-se primordial sua centralidade no âmbito das ações da
política de assistência social, como espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socia-
lização primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser
cuidada e protegida. Essa correta percepção é condizente com a tradução da família na condi-
ção de sujeito de direitos, conforme estabelece a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da
Criança e do Adolescente, a Lei Orgânica de Assistência Social e o Estatuto do Idoso.”
Letra a.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
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Trouxemos mais de uma questão sobre esse aspecto em particular, tendo em vista sua im-
portância basilar para nossa prova. Igualmente, o art. 1º da Lei n. 8.742/93 é expresso e literal
nesse sentido: A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguri-
dade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às neces-
sidades básicas.
Letra d.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
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De acordo com a literalidade do PNAS de 2004, “por segurança da acolhida, entende-se como
uma das seguranças primordiais da política de assistência social. Ela opera com a provisão de
necessidades humanas que começa com os direitos à alimentação, ao vestuário e ao abrigo,
próprios à vida humana em sociedade.”.
Letra a.
Trouxemos esse fundamento teórico em nossa aula. Segundo o PNAS de 2004, “A família,
independentemente dos formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações entre
os sujeitos e a coletividade, delimitando, continuamente os deslocamentos entre o público e o
privado, bem como geradora de modalidades comunitárias de vida.”.
Letra a.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
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c) A proteção social especial deve prover serviços, programas, projetos e benefícios conforme
identificação das situações apresentadas, dentre os quais se destaca o benefício de prestação
continuada.
d) A proteção social básica é destinada à população que vive em situação de risco social, obje-
tivando prevenir essas situações, desenvolvendo potencialidades e aquisições e fortalecendo
os vínculos familiares e comunitários.
e) A proteção social básica destina-se a famílias e indivíduos que se encontrem em situações
caracterizadas por ocorrência de abandono, abuso sexual, situações de rua, trabalho infantil,
cumprimento de medidas socioeducativas, entre outras.
Como traz o PNAS de 2004, a proteção social básica “prevê o desenvolvimento de serviços,
programas e projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indi-
víduos, conforme identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Deverão incluir as
pessoas com deficiência e ser organizados em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações
ofertadas. Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a pro-
teção social básica, dada a natureza de sua realização.”.
Letra a.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Perceba que a cobrança do que é o CRAS possui relativa reiteração. Portanto, esse tópico me-
rece sua atenção. Segundo o PNAS de 2004, “o Centro de Referência da Assistência Social –
CRAS é uma unidade pública estatal de base territorial, localizado em áreas de vulnerabilidade
social, que abrange um total de até 1.000 famílias/ano. Executa serviços de proteção social
básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assis-
tência social. O CRAS atua com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando a
orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário.”.
Letra d.
Como você pode ver, a cobrança desse ponto também é reiterada. Colhe-se do PNAS de 2004:
Proteção Social:
• segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia: através de benefícios
continuados e eventuais que assegurem: proteção social básica a idosos e pessoas
com deficiência sem fonte de renda e sustento; pessoas e famílias vítimas de calami-
dades e emergências; situações de forte fragilidade pessoal e familiar, em especial às
mulheres chefes de família e seus filhos.
• segurança de convívio ou vivência familiar: através de ações, cuidados e serviços que
restabeleçam vínculos pessoais, familiares, de vizinhança, de segmento social, median-
te a oferta de experiências socioeducativas, lúdicas, socioculturais, desenvolvidas em
rede de núcleos socioeducativos e de convivência para os diversos ciclos de vida, suas
características e necessidades.
• segurança de acolhida: através de ações, cuidados, serviços e projetos operados em
rede com unidade de porta de entrada destinada a proteger e recuperar as situações de
abandono e isolamento de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, restaurando
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Segundo o PNAS de 2004, “A proteção social de Assistência Social se ocupa das vitimizações,
fragilidades, contingências, vulnerabilidades e riscos que o cidadão, a cidadã e suas famílias
enfrentam na trajetória de seu ciclo de vida, por decorrência de imposições sociais, econômi-
cas, políticas e de ofensas à dignidade humana.”.
Letra a.
De acordo com nossas aulas, os benefícios resultantes dos programas executados no âmbito
do PNAS podem ser de proteção social básica ou especial, especialmente voltados para a re-
dução dos riscos sociais e da vulnerabilidade social, precipuamente, e não para os bens jurí-
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
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dicos citados nas outras afirmativas (cidadania, natureza, territórios especiais ou movimentos
sociais). Embora esses bens jurídicos também sejam valorizados pelo PNAS, o bem jurídico
principal (explorado pela questão) é o da Segurança Social.
Letra e.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Segundo o PNAS de 2004, a proteção social de Assistência Social, ao ter por direção o desen-
volvimento humano e social e os direitos de cidadania, tem por princípios, dentre outros, que “a
defesa do direito à convivência familiar, na proteção de Assistência Social, supera o conceito
de família como unidade econômica, mera referência de cálculo de rendimento per capita e a
entende como núcleo afetivo, vinculado por laços consanguíneos, de aliança ou afinidade, que
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Segundo o art. 4º, inciso II, da Lei n. 8.742/93, tal afirmativa é, realmente, um princípio da Assis-
tência Social. Ademais, vimos que os princípios da referida lei aplicam-se plenamente ao PNAS.
Certo.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
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III – integralidade da proteção social: oferta das provisões em sua completude, por meio de conjunto
articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais;
IV – intersetorialidade: integração e articulação da rede socioassistencial com as demais políticas
e órgãos setoriais;
V – equidade: respeito às diversidades regionais, culturais, socioeconômicas, políticas e territoriais,
priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social.
Perceba: priorizar os mais necessitados tem tudo a ver com “buscar a equivalência em relação
à diversidade”, como sugere a assertiva correta (letra a).
Letra a.
Segue abaixo o rol de objetivos do SUAS, conforme a Resolução CNAS n. 33/2012, que é a
Norma Operacional Básica a que se refere o enunciado da questão:
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V – respeitar as diversidades culturais, étnicas, religiosas, socioeconômicas, políticas e territoriais;
VI – reconhecer as especificidades, iniquidades e desigualdades regionais e municipais no planeja-
mento e execução das ações;
VII – assegurar a oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social;
VIII – integrar a rede pública e privada, com vínculo ao SUAS, de serviços, programas, projetos e
benefícios de assistência social;
IX – implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;
X – estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios;
XI – afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos como funções da política de as-
sistência social.
Letra e.
a) Certa. De acordo com o art. 203, inciso V, da Constituição Federal, é de um salário mínimo
o referido valor, prestado à pessoa com deficiência que comprovar a insuficiência de recur-
sos. Os detalhes procedimentais dessa comprovação, bem como sua presunção, são tratados
pela LOAS e foram elucidados na nossa segunda aula sobre tal lei. Ademais, todo e qualquer
serviço ou benefício socioassistencial INDEPENDE de contribuição à seguridade social ou a
qualquer outro sistema do Poder Público.
b) Errada. O erro está no valor do benefício, que é de um salário mínimo, na verdade.
c) Errada. O erro está em dizer que a concessão do benefício é condicionada a contribuição.
d) Errada. O erro está na afirmação de que não é necessária a comprovação de necessidade.
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Esta questão é tão fácil que o examinador nem mesmo tentou confundir com Previdência
Social e Saúde, que são os outros dois segmentos da Seguridade Social, ao lado da própria
Assistência Social.
Letra e.
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uma diretriz, disse que era ela um mecanismo de organização, dizendo “será organizada com
base na (...)”.
b) Errada. A proteção à maternidade, de fato, é um dos objetivos da Assistência Social (art.
203, inciso I, CF).
c) Errada. O acréscimo do parágrafo único ao art. 204 surgiu para FACULTAR/POSSIBILITAR
aos Estados e ao Distrito Federal tal vinculação, e não para obrigá-los a tal incumbência.
d) Errada. Conforme o art. 204, inciso I, da CF, a coordenação e a execução cabem às esferas
estadual e municipal. Logo, não é a esfera federal a única atribuída pelos referidos programas.
Raciocínio contrário afrontaria diretamente a própria diretriz de descentralização político-ad-
ministrativa.
e) Errada. A proteção à infância e à adolescência é prevista expressamente na CF (art. 203,
inciso I) como um objetivo da Assistência Social.
Letra a.
De acordo com a PNAS/2004 (p. 39), “Os serviços socioassistenciais no SUAS são organi-
zados segundo as seguintes referências: vigilância social, proteção social e defesa social e
institucional (...)”.
Letra a.
De acordo com a LOAS (art. 6º-A, incisos I e II), os serviços socioassistenciais são divididos
em dois tipos, de acordo com o nível de complexidade de cada um: Serviços de Proteção So-
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cial Básica e Serviços de Proteção Social Especial, estes últimos subdivididos em Média e Alta
Complexidade.
Letra c.
Verifique que, nesta questão, a banca FGV tentou levar os candidatos a erro incluindo entre as
alternativas (neste caso, a alternativa C) a classificação dos Serviços Socioassistenciais de
acordo com outra matéria (nível de complexidade), tentando fazer o candidato que estudou
superficialmente o tema presumir que “referências de organização” são a mesma coisa. De
acordo com a PNAS/2004 (p. 39), “Os serviços socioassistenciais no SUAS são organizados
segundo as seguintes referências: vigilância social, proteção social e defesa social e institu-
cional (...)”.
Letra d.
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Nesta questão, a banca cobrou o conceito de “Serviços”, trazido pelo texto literal da Política
Nacional de Assistência Social (PNAS/2004). De acordo com a PNAS/2004 (p. 94), no âmbito
do Sistema Único de Assistência Social, em conformidade com a LOAS e com a própria Po-
lítica, “Serviços” são “atividades continuadas, definidas no art. 23 da LOAS, que visam a me-
lhoria da vida da população e cujas ações estejam voltadas para as necessidades básicas da
população, observando os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidas nessa lei. A Política
Nacional de Assistência Social prevê seu ordenamento em rede, de acordo com os níveis de
proteção social: básica e especial, de média e alta complexidade.”.
Letra b.
De acordo com a partícula da PNAS/2004 (p. 40) transcrita literalmente em nossa aula, a Pro-
teção Social, referência de organização dos Serviços Socioassistenciais, é integrada por: segu-
rança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia, segurança de convívio (ou vivência
familiar) e segurança de acolhida.
Certo.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
Em sua introdução, a PNAS apresenta: “Por fim, a Política Nacional de Assistência Social na
perspectiva do Sistema Único de Assistência Social ressalta o campo da informação, monito-
ramento e avaliação, salientando que as novas tecnologias da informação e a ampliação das
possibilidades de comunicação contemporânea têm um significado, um sentido técnico e polí-
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
tico, podendo e devendo ser consideradas como veios estratégicos para uma melhor atuação
no tocante às políticas sociais e a nova concepção do uso da informação, do monitoramento
e da avaliação no campo da política de assistência social”.
Letra c.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
A questão explora a enumeração literal dos eixos estruturantes da gestão do SUAS, constante
das páginas n. 86-87 da PNAS (capítulo destinado à Justificativa da Norma Operacional Bási-
ca do SUAS).
Letra c.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
Eis a regra do caput do art. 1º da LOAS: “A assistência social, direito do cidadão e dever do Es-
tado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada
através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir
o atendimento às necessidades básicas”.
Letra a.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
De acordo com o art. 6º, § 2º, “o Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respecti-
vos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social
abrangidas por esta Lei”. Ademais, o caput do art. 6e dispõe: “A gestão das ações na área de
assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, de-
nominado Sistema Único de Assistência Social (Suas) (...)”.
Letra c.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Política Nacional de Assistência Social
Gustavo Deitos
GABARITO
1. b 37. b
2. d 38. a
3. a 39. c
4. c 40. a
5. d
6. b
7. a
8. d
9. a
10. a
11. a
12. d
13. c
14. a
15. e
16. e
17. e
18. e
19. b
20. c
21. a
22. e
23. a
24. e
25. a
26. a
27. c
28. d
29. b
30. C
31. b
32. a
33. c
34. e
35. c
36. c
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Gustavo Deitos
Professor de Cursos Preparatórios pra Concursos Públicos. Coach especialista em Concursos Públicos.
Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região. Outras
aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – Analista Judiciário e 48°
lugar – TRT da 24ª Região – Técnico Judiciário.
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