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Aula 03

Passo Estratégico Direito das Pessoas


com Deficiência p/ TJ-SP (Oficial de
Justiça) 2021 Pré-Edital

Autor:
Telma Vieira

28 de Agosto de 2020

19075279825 - Cristiane Nobrega de Castro


Telma Vieira
Aula 03

Sumário

Introdução ......................................................................................................................................... 2

Roteiro de revisão e pontos do assunto que merecem destaque ................................................... 2

Questões estratégicas ...................................................................................................................... 4

Questionário de Revisão e Aperfeiçoamento................................................................................. 12

Perguntas..................................................................................................................................... 12

Perguntas com Respostas ........................................................................................................... 12

Lista de Questões Estratégicas ....................................................................................................... 14

Gabarito .......................................................................................................................................... 17

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INTRODUÇÃO
Olá pessoal, como estão?

Na aula de hoje trataremos do assunto “Inclusão, direitos e garantias legais e constitucionais das
pessoas com deficiência (Lei nº 13.146/2015 e Lei nº 11.126/2005 )”.

Veremos que este é o assunto mais importante na nossa matéria, sendo bastante cobrado em
provas.

Vamos à análise!

ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE MERECEM DESTAQUE


A ideia desta seção é apresentar um roteiro para que você realize uma revisão
completa do assunto e, ao mesmo tempo, destacar aspectos do conteúdo que
merecem atenção.

Nesta seção destacaremos os aspectos da matéria que merecem atenção, levando em


consideração a análise estatística que fizemos do tema.

Vimos que a maioria esmagadora das questões que abordam o assunto trata da Lei nº 13.146, de
06 de julho de 2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência. É a lei mais cobrada desta
disciplina, sem sombra de dúvidas!

Destaco, agora, os pontos que considero mais importantes do assunto visto, com base na análise
efetuada:

1- Como estamos tratando basicamente de provas para Tribunais, peço atenção aos
artigos 79 a 91 da Lei, que tratam do acesso à justiça, apesar da pouca incidência até o
momento;

2- Não deixar de conhecer as Disposições Finais e Transitórias, já que ali estão as


alterações realizadas pelo Estatuto em outras leis;

3- O Capítulo V, que trata do Direito à Moradia, também costuma ser muito exigido,
devendo ser lido com atenção.

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Por fim, destacamos que em 31 de dezembro de 2019, foi publicada a Medida Provisória nº
917/2019, que alterou o art. 125 do Estatuto, fixando o prazo de 60 meses para que as empresas
cumpram o que estabelece o §6º do art. 44 do Estatuto:

§ 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, recursos de


acessibilidade para a pessoa com deficiência.

(...)

Art. 125 do Estatuto. Devem ser observados os prazos a seguir discriminados, a partir
da entrada em vigor desta Lei, para o cumprimento dos seguintes dispositivos:

(...)

II - § 6º do art. 44 , 48 (quarenta e oito) meses;

II - § 6º do art. 44, 60 (sessenta) meses; (Redação dada pela Medida Provisória nº 917,
de 2019)

Já a Lei nº 11.126, de 27 de junho de 2005, é de memorização OBRIGATÓRIA. É uma lei peque-


na, possui só seis artigos, mas costuma cair nas provas de nosso interesse. Deste modo, sabendo
sua integralidade, garantiremos a pontuação referente a essa questão e estaremos mais próxi-
mos da aprovação!

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QUESTÕES ESTRATÉGICAS

Nesta seção apresentamos e comentamos uma amostra de questões objetivas


selecionadas estrategicamente: são questões com nível de dificuldade
semelhante ao que você deve esperar para a sua prova e que, em conjunto,
abordam os principais pontos do assunto. ==49d19==

A ideia, aqui, não é que você fixe o conteúdo por meio de uma bateria extensa
de questões, mas que você faça uma boa revisão global do assunto a partir de,
relativamente, poucas questões.

1. (2018 – FCC – DPE/AP – DEFENSOR)


Considere as assertivas abaixo à luz do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei
n° 13.146/2015),
I. As pessoas que em razão de enfermidade ou deficiência mental não tiverem o
necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil deixaram de ser
absolutamente incapazes.
II. A decisão apoiada é imposta à pessoa com deficiência que se enquadre nas
hipóteses de incapacidade relativa.
III. O casamento de pessoa com deficiência mental é válido.
IV. A ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua
natureza torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado, acarreta a
anulabilidade do casamento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e III.
c) I e II.
d) II e IV.

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e) I, II e IV.

Comentários:

I – CORRETA. O art. 3º do CC, foi substancialmente modificado pela Lei nº


13.146/2015, de modo que, hoje, somente são absolutamente incapazes de
exercer pessoalmente os atos da vida civil, os menores de 16 anos. Veja como era
antes do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Redação revogada – Código Civil Redação após a Lei nº 13.146/2015


Art. 3 o São absolutamente Art. 3o São absolutamente
incapazes de exercer incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida pessoalmente os atos da vida
civil: civil os menores de 16 (dezesseis)
I - os menores de dezesseis anos.
anos;
II - os que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tiverem o
necessário discernimento para a
prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa
transitória, não puderem exprimir
sua vontade.

Art. 4 o São incapazes, Art. 4 o São incapazes,


relativamente a certos atos, ou à relativamente a certos atos ou à
maneira de os exercer: maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e I - os maiores de dezesseis e
menores de dezoito anos; menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os II - os ébrios habituais e os
viciados em tóxicos, e os que, viciados em tóxico;
por deficiência mental, tenham o III - aqueles que, por causa
discernimento reduzido; transitória ou permanente, não
III - os excepcionais, sem puderem exprimir sua vontade;
desenvolvimento mental IV - os pródigos.
completo;
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IV - os pródigos.

Da comparação acima relacionada, percebe-se que o texto do CC não fala mais,


expressamente, em pessoa com enfermidade ou deficiência mental, como causa
de incapacidade. Hoje, caso se verifique tal situação, tais pessoas podem ser
enquadradas, por exemplo, como aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade, podendo ser considerados como
relativamente incapazes.

II – ERRADA. A decisão apoiada é imposta à pessoa com deficiência que se


enquadre nas hipóteses de incapacidade relativa.

A decisão apoiada é uma faculdade concedida à pessoa com deficiência e não


uma imposição em face da mesma. O procedimento do referido processo
encontra-se previsto no art. 1.783-A do CC.

Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua
capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.

§ 2o É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de


decisão apoiada.

III – CORRETA. A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa para o
casamento.

Art. 6o A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:

I - casar-se e constituir união estável;3146

IV – ERRADA. A ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que,


por sua natureza torne insuportável a vida em comum ao cônjuge
enganado, acarreta a anulabilidade do casamento.

Vamos por partes. Inicialmente, destacamos que o Código Civil, em seu art. 1556,
prevê que o casamento pode ser anulado por vício de vontade, caso haja erro
essencial. Já o art. 1557, elenca o que se considera erro essencial, a saber:

Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:

I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que
o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge
enganado;
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II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne


insuportável a vida conjugal;

III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não


caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por
herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua
descendência; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)

Repare que a hipótese do inciso III, alterada pela Lei 13.146/2015, não prevê
como causa de anulabilidade do casamento, a ignorância, anterior ao casamento,
de deficiência, nela incluída a física ou mental.

GABARITO B.

2. (2018 – FCC - TRT2ªREGIÃO - ANALISTA)


Pelas regras previstas na Lei nº 11.126/2005,
a) a pessoa com deficiência visual tem o direito de ingressar e de permanecer
com o cão-guia em todas as modalidades de transporte e jurisdições de
transporte coletivo de passageiros, com exceção do transporte aéreo,
submetido às regras internacionais de segurança.
b) a pessoa com deficiência visual, restrita à cegueira e à baixa visão, tem o
direito de ingressar e de permanecer com o cão-guia em estabelecimentos
abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo.
c) é tipificada como crime, apenado com detenção e multa, a conduta
consistente em impedir ou dificultar o gozo do direito de uso de cão guia pela
pessoa com deficiência.
d) é facultado ao estabelecimento público ou privado onde ingressar e
permanecer o cão-guia exigir o uso de focinheiras no animal.
e) o uso do cão-guia, como recurso de acessibilidade para pessoas com
deficiência visual, deve ser estimulado pelo poder público, inclusive por meio
de incentivos fiscais.

Comentários:

A questão está prevista no art. 1º da Lei nº 11.126/05, alterada recentemente


pela Lei nº 13.146/15. Notem que a primeira lei está intimamente relacionada à
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segunda, motivo pelo qual as bancas costumam cobrá-las em conjunto nas provas.
Portanto, correta a letra B.

Art. 1o É assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o


direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e
em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo,
desde que observadas as condições impostas por esta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 1o A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à


baixa visão.

Na letra A, não há ressalva na lei acerca do transporte aéreo. Na C, a conduta


configura ato de discriminação a ser apenado com interdição e multa (art. 3º). O
uso de focinheira para o cão-guia é vedado pelo art. 1º, §2º do Decreto nº
5.904/06, o qual regulamenta a lei em estudo. Por fim, não há previsão normativa
para o afirmado na letra E.

GABARITO: LETRA B.

3. (2018 – FCC – TRT15ªREGIÃO – OFICIAL DE JUSTIÇA)


De acordo com a Lei nº 11.126/2005, desde que observadas as condições
legais, é assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia
o direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de
transporte e em estabelecimentos abertos ao público, de uso
a) privado em geral, apenas, mas sem qualquer restrição relativa a deficiência
visual.
b) público, apenas, e restringindo-se à cegueira e à baixa visão.
c) público, e estabelecimentos privados de uso coletivo, restringindo-se à
cegueira e à baixa visão.
d) público, e estabelecimentos privados de uso coletivo sem qualquer restrição
relativa a deficiência visual.
e) privado em geral, apenas, restringindo-se à cegueira.

Comentários:

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Novamente foi cobrada a literalidade do art. 1º e o §1º da Lei.

Art. 1o É assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o


direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e
em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo,
desde que observadas as condições impostas por esta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 1o A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à


baixa visão.

GABARITO: LETRA C.

4. (2017 – FCC – TRT11ªREGIÃO – ANALISTA)


A Lei nº 11.126/2005 dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual
de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-
guia. Qualquer tentativa voltada a impedir ou dificultar o gozo desse direito
constitui ato de discriminação a ser apenado com multa e
a) detenção.
b) reclusão.
c) trabalhos comunitários.
d) prisão preventiva.
e) interdição.

Comentários:

A pena para a conduta está prevista no art. 3º da Lei.

Art. 1o É assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o


direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e
em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo,
desde que observadas as condições impostas por esta Lei.

Art. 3o Constitui ato de discriminação, a ser apenado com interdição e multa, qualquer
tentativa voltada a impedir ou dificultar o gozo do direito previsto no art. 1o desta Lei.

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GABARITO: LETRA E.

5. (2016 – FCC – TRT20ªREGIÃO – ANALISTA)


Uma pessoa de baixa visão deseja embarcar em uma aeronave em viagem
internacional, partindo de aeroporto brasileiro, acompanhado de um cão-guia.
Neste caso, essa pessoa
a) não tem direito assegurado pela lei, pois a legislação prevê o direito de
ingressar e permanecer acompanhado de cão-guia somente em trajetos
rodoviários dentro do território brasileiro.
b) não tem direito assegurado pela lei, diante da inexistência de previsão
expressa deste direito na legislação em vigor.
c) não tem direito assegurado pela lei, pois a legislação prevê o direito de
ingressar e permanecer acompanhado de cão-guia somente às pessoas cegas, e
não às pessoas de baixa visão.
d) tem direito assegurado pela lei e poderá ingressar e permanecer com o
animal durante o trajeto.
e) não tem direito assegurado pela lei, pois a legislação prevê o direito de
ingressar e permanecer acompanhado de cão-guia para viagens terrestres ou
aéreas, mas não para viagens internacionais.

Comentários:

A questão pode levar o candidato a erro por se tratar de transporte aéreo,


contudo, a legislação não restringiu a modalidade de transporte relativa a tal
direito.

Art. 1o É assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o


direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e
em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo,
desde que observadas as condições impostas por esta Lei. (Redação dada pela
Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)

§ 1o A deficiência visual referida no caput deste artigo restringe-se à cegueira e à


baixa visão.

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§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as modalidades e jurisdições


do serviço de transporte coletivo de passageiros, inclusive em esfera internacional
com origem no território brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015)

GABARITO: LETRA D.

6. (2016 – FCC – TRT20ªREGIÃO – TÉCNICO)


Uma pessoa de baixa visão tentou ingressar em repartição pública com o seu
cão-guia. Entretanto, o atendente, mesmo depois de alertado que se tratava de
um cão-guia, de forma educada, afirmou que a pessoa poderia entrar, mas
animais não eram permitidos no local. Neste caso, o atendente
a) praticou ato de discriminação, mas este ato não pode ensejar a aplicação de
multa.
b) praticou ato de discriminação, que inclusive pode ensejar a aplicação de
multa.
c) não praticou ato de discriminação, porque a lei não assegura o direito de
ingressar em prédios públicos com animais.
d) não praticou ato de discriminação, porque permitiu o ingresso da pessoa,
apenas impediu que o animal ingressasse em área pública.
e) não praticou ato de discriminação, porque agiu educadamente e orientou a
pessoa sobre as normas do prédio público.

Comentários:

Como já visto nas outras questões, a conduta constitui ato discriminatório a ser
apenado com interdição e multa (arts. 1º e 3º da Lei).

GABARITO: LETRA B.

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QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO


A ideia do questionário é elevar o nível da sua compreensão no assunto e, ao mesmo tempo,
proporcionar uma outra forma de revisão de pontos importantes do conteúdo, a partir de
perguntas que exigem respostas subjetivas.

São questões um pouco mais desafiadoras, porque a redação de seu enunciado não ajuda na sua
resolução, como ocorre nas clássicas questões objetivas.

O objetivo é que você realize uma autoexplicação mental de alguns pontos do conteúdo, para
consolidar melhor o que aprendeu ;)

Além disso, as questões objetivas, em regra, abordam pontos isolados de um dado assunto.
Assim, ao resolver várias questões objetivas, o candidato acaba memorizando pontos isolados
do conteúdo, mas muitas vezes acaba não entendendo como esses pontos se conectam.

Assim, no questionário, buscaremos trazer também situações que ajudem você a conectar
melhor os diversos pontos do conteúdo, na medida do possível.

É importante frisar que não estamos adentrando em um nível de profundidade maior que o
exigido na sua prova, mas apenas permitindo que você compreenda melhor o assunto de modo
a facilitar a resolução de questões objetivas típicas de concursos, ok?

Nosso compromisso é proporcionar a você uma revisão de alto nível!

Vamos ao nosso questionário:

Perguntas

1. O Estatuto da Pessoa com Deficiência não dispôs de mecanismos aptos a


viabili-zar a participação na vida pública e política dos portadores de deficiência.

2. Constitui crime punido com reclusão abandonar pessoa com deficiência em


hospitais, casas de saúde, entidades e abrigamento ou congêneres.

Perguntas com Respostas

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1. O Estatuto da Pessoa com Deficiência não dispôs de mecanismos aptos a


viabilizar a participação na vida pública e política dos portadores de
deficiência.

ERRADO. Determina o § 2º, do artigo 76, que o poder público promoverá a participação da
pessoa com deficiência, inclusive quando institucionalizada, na condução das questões
públicas, sem discriminação e em igualdade de oportunidades, observado o seguinte:

I - participação em organizações não governamentais relacionadas à vida pública e à


política do País e em atividades e administração de partidos políticos;

II - formação de organizações para representar a pessoa com deficiência em todos os


níveis;

III - participação da pessoa com deficiência em organizações que a representem.

2. Constitui crime punido com reclusão abandonar pessoa com deficiência em


hospitais, casas de saúde, entidades e abrigamento ou congêneres.

CERTO. É o que dispõe o artigo 90, do Estatuto.

_______________________________________________________________________________________

Bom, pessoal, finalizamos aqui nosso relatório do Passo Estratégico de Direitos da Pessoa com
Deficiência.

Permaneço à disposição para o esclarecimento de dúvidas surgidas ao longo do estudo do


material através do Fórum de perguntas disponibilizado pelo Estratégia, ok?

Boms estudos!

Telma Vieira.

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LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS


1. (2018 – FCC – DPE/AP – DEFENSOR)
Considere as assertivas abaixo à luz do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei
n° 13.146/2015),
I. As pessoas que em razão de enfermidade ou deficiência mental não tiverem o
necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil deixaram de ser
absolutamente incapazes.
II. A decisão apoiada é imposta à pessoa com deficiência que se enquadre nas
hipóteses de incapacidade relativa.
III. O casamento de pessoa com deficiência mental é válido.
IV. A ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua
natureza torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado, acarreta a
anulabilidade do casamento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e III.
c) I e II.
d) II e IV.
e) I, II e IV.

2. (2018 – FCC - TRT2ªREGIÃO - ANALISTA)


Pelas regras previstas na Lei nº 11.126/2005,
a) a pessoa com deficiência visual tem o direito de ingressar e de permanecer
com o cão-guia em todas as modalidades de transporte e jurisdições de
transporte coletivo de passageiros, com exceção do transporte aéreo,
submetido às regras internacionais de segurança.
b) a pessoa com deficiência visual, restrita à cegueira e à baixa visão, tem o
direito de ingressar e de permanecer com o cão-guia em estabelecimentos
abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo.

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c) é tipificada como crime, apenado com detenção e multa, a conduta


consistente em impedir ou dificultar o gozo do direito de uso de cão guia pela
pessoa com deficiência.
d) é facultado ao estabelecimento público ou privado onde ingressar e
permanecer o cão-guia exigir o uso de focinheiras no animal.
e) o uso do cão-guia, como recurso de acessibilidade para pessoas com
deficiência visual, deve ser estimulado pelo poder público, inclusive por meio
de incentivos fiscais.

3. (2018 – FCC – TRT15ªREGIÃO – OFICIAL DE JUSTIÇA)


De acordo com a Lei nº 11.126/2005, desde que observadas as condições
legais, é assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia
o direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de
transporte e em estabelecimentos abertos ao público, de uso
a) privado em geral, apenas, mas sem qualquer restrição relativa a deficiência
visual.
b) público, apenas, e restringindo-se à cegueira e à baixa visão.
c) público, e estabelecimentos privados de uso coletivo, restringindo-se à
cegueira e à baixa visão.
d) público, e estabelecimentos privados de uso coletivo sem qualquer restrição
relativa a deficiência visual.
e) privado em geral, apenas, restringindo-se à cegueira.

4. (2017 – FCC – TRT11ªREGIÃO – ANALISTA)


A Lei nº 11.126/2005 dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual
de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-
guia. Qualquer tentativa voltada a impedir ou dificultar o gozo desse direito
constitui ato de discriminação a ser apenado com multa e
a) detenção.
b) reclusão.
c) trabalhos comunitários.

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d) prisão preventiva.
e) interdição.

5. (2016 – FCC – TRT20ªREGIÃO – ANALISTA)


Uma pessoa de baixa visão deseja embarcar em uma aeronave em viagem
internacional, partindo de aeroporto brasileiro, acompanhado de um cão-guia.
Neste caso, essa pessoa
a) não tem direito assegurado pela lei, pois a legislação prevê o direito de
ingressar e permanecer acompanhado de cão-guia somente em trajetos
rodoviários dentro do território brasileiro.
b) não tem direito assegurado pela lei, diante da inexistência de previsão
expressa deste direito na legislação em vigor.
c) não tem direito assegurado pela lei, pois a legislação prevê o direito de
ingressar e permanecer acompanhado de cão-guia somente às pessoas cegas, e
não às pessoas de baixa visão.
d) tem direito assegurado pela lei e poderá ingressar e permanecer com o
animal durante o trajeto.
e) não tem direito assegurado pela lei, pois a legislação prevê o direito de
ingressar e permanecer acompanhado de cão-guia para viagens terrestres ou
aéreas, mas não para viagens internacionais.

6. (2016 – FCC – TRT20ªREGIÃO – TÉCNICO)


Uma pessoa de baixa visão tentou ingressar em repartição pública com o seu
cão-guia. Entretanto, o atendente, mesmo depois de alertado que se tratava de
um cão-guia, de forma educada, afirmou que a pessoa poderia entrar, mas
animais não eram permitidos no local. Neste caso, o atendente
a) praticou ato de discriminação, mas este ato não pode ensejar a aplicação de
multa.
b) praticou ato de discriminação, que inclusive pode ensejar a aplicação de
multa.
c) não praticou ato de discriminação, porque a lei não assegura o direito de
ingressar em prédios públicos com animais.

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d) não praticou ato de discriminação, porque permitiu o ingresso da pessoa,


apenas impediu que o animal ingressasse em área pública.
e) não praticou ato de discriminação, porque agiu educadamente e orientou a
pessoa sobre as normas do prédio público.

GABARITO

1) Letra B
2) Letra B
3) Letra C
4) Letra E
5) Letra D
6) Letra B

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Passo Estratégico Direito das Pessoas com Deficiência p/ TJ-SP (Oficial de Justiça) 2021 Pré-Edital
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19075279825 - Cristiane Nobrega de Castro

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