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1. DA PERSONALIDADE JURÍDICA
Assim aquele que ainda não possui capacidade de fato (C.F.), será
considerado incapaz e a lei civilista se atentou em trazer as exceções,
enumerando quem são as pessoas consideradas ABSOLUTAMENTE
INCAPAZES na esfera civil (sem qualquer capacidade de fato) e
RELATIVAMENTE INCAPAZES na esfera civil (aqueles com capacidade de fato
para certos atos).
Os artigos do CC que trazem o rol dos absolutamente e
relativamente incapazes sofreram grande impacto após a vigência do
Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 2015) e merecem a
sua atenção para a prova da OAB.
Vejamos:
3. DA EMANCIPAÇÃO
4. DA MORTE
GABARITO: C
5. DIREITOS DA PERSONALIDADE
GABARITO: C
7. DOS BENS
GABARITO: A
8. DO NEGÓCIO JURÍDICO
QUESTÕES RELEVANTES:
Se houver pluralidade de credores, cada um desses pode exigir a
dívida inteira. O(s) devedor(es) se desobrigará(ão) apenas se pagar a todos,
conjuntamente, ou a um dos credores o qual deverá dar um caução de
ratificação/anuência dos demais credores.
O credor que receber sozinho uma obrigação, deverá “dar
conta”/pagar a parte que cabia aos demais credores.
Caso um dos credores perdoe, transacione, nove ou compense a
sua parte da dívida, o restante da obrigação continua a existir para com os
demais. O mesmo ocorre em caso de confusão de patrimônio.
Posso te dizer que aqui temos um tema que a FGV adora cobrar e,
assim como os demais, vamos estruturar seu raciocínio para acertar todas as
questões relativas ao assunto.
Nas obrigações solidárias há uma espécie de teia do homem-
aranha: há uma única origem da teia (o punho do “nosso herói”) e vários
devedores, como se para cada relação entre credor e devedor houvesse uma
obrigação. Isso porque, cada devedor se obriga a toda a obrigação.
Já nas obrigações indivisíveis, há uma única obrigação, ficando os
devedores obrigados apenas de sua quota parte.
Obrigações Indivisíveis Obrigações Solidárias
São indivisíveis pela natureza, por São solidárias em razão da vontade
questões econômicas, por das partes expressa no negócio
convenção das partes no negócio jurídico ou por disposição de Lei.
jurídico.
Em caso de inadimplemento, o dever Em caso de inadimplemento, o dever
de pagar perdas e danos desnatura de pagar perdas e danos não
a obrigação indivisível para divisível. desnatura da obrigação solidária.
Cada devedor se obriga apenas por Cada devedor se obriga pela
sua quota- parte. obrigação inteira.
A) Pedro não poderá regredir contra Paulo para que participe do rateio do
quinhão de João, pois Fernando o exonerou da solidariedade.
D) Pedro deveria ter pago a Fernando apenas R$ 2.000,00 (dois mil reais),
pois a exoneração da solidariedade em relação a Paulo importa,
necessariamente, a exoneração da solidariedade em relação a todos os
codevedores.
GABARITO: B
BORA DESCOMPLICAR! O artigo 282 do CC vai dizer que o credor pode, por
qualquer motivo, desobrigar/perdoar um dos devedores. Nesse caso, a
solidariedade vai continuar para os demais devedores.
Quem nunca ouviu dizer que o mal pagador paga duas vezes?
Pagar, todos sabemos bem o que é, faz parte do nosso cotidiano efetuar
pagamentos. Mas é importante saber como pagar.
Nesse ponto o Código Civil é bastante didático, explicando (1)
quem deve pagar (artigos 304 a 307 do CC); (2) quem deve receber (artigos
308 a 312 do CC); (3) o objeto do pagamento e a sua prova (artigos 313 a
326 do CC); (4) o lugar do pagamento (artigos 327 a 330 do CC); (5) o tempo
do pagamento (artigos 331 a 333 do CC).
Quem deve pagar? O pagamento deve ser feito pelo devedor. Mas
ele também pode ser feito por um terceiro interessado ou um terceiro não
interessado.
Sobre o devedor, todo mundo já sabia! Agora você precisa saber
quem esses terceiros sobre os quais nós falamos aqui.
Terceiro não interessado Terceiro interessado
Não participa do negócio jurídico e Não participa do negócio jurídico,
não se vincula, nem vincula seu mas se vincula e vincula seu
patrimônio à obrigação. patrimônio à obrigação. Ex.: fiador e
avalista.
Se adimplir com a obrigação em seu Se adimplir com a obrigação no lugar
nome no lugar do devedor terá do devedor terá direito não só ao
direito ao reembolso do valor pago. mero reembolso, mas sim a sub-
DETALHE! Se adimplir com a rogar-se no direito do credor.
obrigação antes do vencimento, só Como assim sub-rogar? Terá direito
terá direito ao reembolso quando a aos juros e demais consectários
obrigação se vencer. legais da obrigação, tal qual teria
direito o credor.
Para detalhar: o art. 319 do CC vai dizer que o devedor tem direito
ao recibo de quitação, caso contrário terá direito a reter o valor do
pagamento.
Já o art. 320 do CC explica como será confeccionado o recibo de
quitação, o qual deverá conter o valor, a espécie da dívida quitada, o nome
do devedor ou de quem pagou em seu lugar, a data e o local do pagamento,
sendo finalizado com a assinatura do credor ou de seu representante legal.
FICA A DICA:
QUESÍVEL – Toc, toc...QUERO meu dinheiro!! (O credor vai até o domicílio do
devedor receber o dinheiro).
PORTÁVEL – Vem aqui! PORTO (de portar/ter em posse) seu recibo! (O credor
espera o devedor em sua casa para receber o dinheiro e entregar o recibo de
quitação).
E se forem escolhidos 2 ou mais lugares para o pagamento? Caberá ao credor
escolher o melhor lugar.
Se a culpa da mora recair sobre o credor por este não ter recebido
a obrigação da forma e tempo avençados, o devedor não arcará com as
perdas e danos e seus consectários legais. Ainda importante frisar que se o
devedor precisar ter qualquer gasto para conservar a coisa durante a mora
do devedor, o credor deverá ressarcir o devedor pelas despesas de
conservação. Ex.: Magali se obrigou a entregar uma vaca a Antônio, mas este
não quis receber na data e modo avençados. Tendo a vaca adoecido durante
a mora de Antônio, Magali precisou arcar com as despesas para a melhora do
animal. Nesse caso, Antônio deverá ressarcir Magali das despesas que está
teve para conservar a vaca.
E como a mora é purgada? Quando a mora for do devedor, quando
este adimplir com a obrigação, arcando com as perdas e danos e demais
consectários legais. Quando for do credor, quando receber a obrigação,
sujeitando-se aos efeitos da sua mora.
E agora? José ficará no prejuízo? Como regra, NÃO. Ele terá direito
a restituição do valor pago, que será realizada, obviamente, por Joaquim,
AINDA QUE A COISA ESTEJA DETERIORADA. Isso é o que dispõe o artigo 450
do CC:
e) Espécies de contrato
Por fim, temos que destacar também o direito de laje. Este está
disciplinado nos artigos 1.510-A a 1.510-E do CC. Ocorre quando o
proprietário de um imóvel cede a outro a superfície superior ou inferior do
bem para que este seja proprietário, com título próprio, de uma unidade
específica.
Parabéns por ter vindo até aqui! Acabamos Direitos Reais. Agora
vamos entrar no tema que, para muitos, é sinônimo de amor, confusão e
baixaria: o tão adorado Direito de Família. Ate lá!
Acredite em mim: assim que você se tornar um advogado (a),
aparecerá uma prima sua que casou com um cafajeste querendo que você
faça o divórcio dela. Depois, aparecerá a vizinha querendo que você proponha
ação de alimentos, porque o ex marido dela não está pagando pensão. Sem
contar naquela sua amiga que vai casar e não sabe qual regime de bens
escolher. Para tudo isso, você precisará de Direito de Família e a OAB tem
sido bem previsível sobre esse assunto.
Então, pegue o lápis de cor verde para marcar os artigos
relacionados ao Direito de Família e vamos aprender esse tema que é tao
importante, para sua prova e para a prática da advocacia.
Juntinhos até o fim!
Eis aqui uma temática muito amada por todos. Assim, nosso
coração civilista se enche de alegria por tratar dessa matéria maravilhosa:
Direito de família. Mas é claro, vamos continuar nossa abordagem inteligente
e direcionada, o que não te exige de fazer uma leitura caprichada dos demais
dispositivos.
No tocante ao Direito de Família, o nosso foco será em algumas
questões importantes específicas: os regimes de bens, os alimentos e a
outorga conjugal. Mas você já sabe: isso não te exime de estudar as demais
temáticas!
Sobre os regimes de bens, você deve saber que o regime regra é
o da comunhão parcial. Todavia, as partes podem estipular outro regime
através de um pacto antenupcial, que deverá ser feito por escritura pública
sob pena de nulidade, mas caso o casamento não ocorra, o referido pacto
será ineficaz.
JÁ CAIU NA PROVA DA OAB! Arlindo e Berta firmam pacto
antenupcial, preenchendo todos os requisitos legais, no qual estabelecem o
regime de separação absoluta de bens. No entanto, por motivo de saúde de
um dos nubentes, a celebração civil do casamento não ocorreu na data
estabelecida. Diante disso, Arlindo e Berta decidem não se casar e passam a
conviver maritalmente. Após cinco anos de união estável, Arlindo pretende
dissolver a relação familiar e aplicar o pacto antenupcial, com o objetivo de
não dividir os bens adquiridos na constância dessa união. Nessas
circunstâncias, o pacto antenupcial é
A) válido e ineficaz.
B) válido e eficaz.
C) inválido e ineficaz.
D) inválido e eficaz.
GABARITO: A