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PROVA DA INCAPACIDADE
Autor: Diego Esmério Chiavenato
Professor: Thiago Marchionatti Uggeri
RESUMO: Este artigo tem como objetivo principal dissertar sobre as capacidades e
incapacidades das pessoas naturais e seus meios de prova-los, para a construção e pesquisa
do artigo foi utilizado o método dedutivo onde foi explicada a teoria geral em um caso particular
tratando sobre o assunto.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este trabalho tem como tema central a teoria das capacidades das pessoas
naturais, e que caso sejam incapazes, as formas de ser comprovada sua
incapacidade, pois em muitos casos por não terem sua incapacidade de
exercerem seus direitos na vida civil comprovados acabam por terminar com
seus patrimônios e os de seus familiares, por este motivo o descobrimento e
comprovação de suas incapacidades são de importância imprescindível, para
logo terem um curador designado a sua pessoa, normalmente é um membro da
família, mas também existem casos onde amigos próximos do incapaz ou da
família sejam destinados como curadores, este processo é chamado de curatela
extraordinária. Tendo como objetivo deixar a pessoa a quem é destinada a
curatela como relativamente incapaz, que ainda pode exercer a maioria de seus
Direitos, exceto aquele qual tiver sido vetado pelo juiz, tendo como exemplo, um
caso hipotético, onde um homem viciado em apostas acaba com todo seu
patrimônio em busca de quitar suas dívidas de jogo, a família ao descobrir pede
para que ele perca o direito de gerir o patrimônio da família, e o caso ao ir ao
tribunal é aceito pelo juiz que declara o homem como relativamente incapaz de
gerir os bens de sua família o deixando sobre a curatela de sua esposa que
agora ira cuidar dos bens da família, mas mesmo sendo relativamente incapaz
o homem ainda gera e transmite direitos como qualquer um, apenas tem
restrição em certos atos da vida civil e jurídica.
1 Estudante de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Câmpus de Santiago, RS. E-mail:
diegoesmeriochiavenato8@gmail.com 1 O orientador é Graduado e Mestre em Direito pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das
Missões – URI – Câmpus de Santo Ângelo, RS; professor da Disciplina de Direito Civil I da URI – Câmpus de Santiago; e Oficial de Justiça Avaliador
Federal na Vara do Trabalho de Santiago, RS. E-mail: tmuggeri@hotmail.com
2 CAPACIDADES E INCAPACIDADES
2.3 PROBLEMA
Muitos problemas podem ser causados pela falta de conhecimento sobre o que
acontece, o não descobrimento da necessidade de curatela extraordinária pode
causar problemas, necessitam de curadoria aqueles que: são menores de 16
anos, os que por enfermidade ou deficiência não conseguem ter discernimento
para tais atos e os pródigos, que não conseguem exprimir sua vontade por causa
transitória. A necessidade de curadoria se ignorada pode causar problemas
enormes, como a perda de todo um patrimônio ou até mesmo pior que isso, por
isso é de importância o acompanhamento das pessoas em que se tem dúvidas
sobre a capacidade de exercer direitos da vida civil.
Para ser declarada incapaz, a pessoa deve ter dificuldade para compreender
suas decisões devido a algum transtorno mental, dependência química ou
doença neurológica, o que deve ser devidamente atestado por perícia médica e
apresentado perante o juiz para decisão final, se a curatela é ou não necessária.
Por não mais existir no ordenamento jurídico brasileiro pessoa maior de idade
que seja absolutamente incapaz, a interdição da pessoa com deficiência não
será absoluta, afetando, apenas, determinados atos da vida civil (QUEIROZ,
2016).
A capacidade civil era definida como a aptidão do sujeito para adquirir direitos e
exercê-los por si mesmo, diretamente ou por intermédio de outrem, fosse por
meio da representação, fosse pelo instituto da assistência (PEREIRA, 2011).
Flávio Tartuce classificava-a como capacidade de direito ou de gozo, que era
aquela comum a toda pessoa, relacionada à aquisição de direitos e ao
cumprimento de deveres, e que só se extinguia com a morte prevista no texto
legal; e capacidade de fato ou de exercício, a qual se relacionava com a aptidão
do sujeito para o exercício próprio dos atos da vida civil (TARTUCE, 2018).
Antes da Lei nº 13.146/2015, o Código Civil, em seu art. 3º, preceituava que:
II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;
V - os pródigos .
Com a entrada em vigor do Estatuto da pessoa com deficiência restaram
revogados os incisos I, II e IV, do artigo 1.767, do Código Civil, que trata dos
sujeitos a Curatela, vejamos como ficou o texto do Código Civil de 2002, in
verbis:
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
V - os pródigos .
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm.
https://johnedercanabarro.jusbrasil.com.br/artigos/419264513/lei-13146-15-a-
incapacidade-civil-e-seus-reflexos-no-ordenamento-
juridico#:~:text=Nesse%20sentido%20explica%20TARTUCE%20(2016,tutelan
do%20a%20sua%20dignidade%20humana. Acesso em 13 jun. 2022