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Ética

AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
Estudant ALINE ERIKA ALVES DOS SANTOS
e

Caso 1 – Aborto.
Esse tema provoca sempre discussões acirradas e, desde já há algum tempo, não há
sucesso de nenhum dos lados com relação a um acordo. Até 1967, o aborto era ilegal em
quase todas as democracias ocidentais, com exceção de Suécia e Dinamarca. Logo a
seguir, a Inglaterra passou a permitir que o aborto fosse legalmente praticado, uma
mudança operada com base em premissas sociais abrangentes. Em 1973, a Suprema Corte
americana admitiu que as mulheres devem possuir o direito constitucional de abortar nos
primeiros seis meses de gravidez. Outros países da Europa Ocidental, inclusive os católicos,
como Itália, Espanha e França, liberalizaram as suas leis relativas ao aborto. No Brasil, no
aborto é permitido em alguns casos (estupro ou risco de vida, além da nova postura do STF
com relação à anencefalia).

O argumento normalmente utilizado por grupos opositores da liberalização do aborto tem o

seguinte raciocínio:
1.É errado matar a vida de um ser humano inocente;
2.Um feto é um ser humano inocente;
3.Logo, é errado matar um feto.

Os argumentos liberais afirmam:

1.As leis que proíbem o aborto não acabam com ele, mas sim criam novos
problemas de saúde, já que as mulheres acabam recorrendo a clínicas clandestinas,
nem sempre em condições ideais;
2.O livre-arbítrio: as mulheres devem ter o direito de escolher;
3.A ciência não é capaz de definir, sem sombra de dúvida em que momento começa
a consciência.

Baseado nas informações acima tome uma posição e argumente a favor do aborto ou contra
o aborto.
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Ética

Adaptado de SINGER, Peter. Ética prática. São Paulo: Martins Fontes, 2009. p. 145 e seguintes.
De acordo com o Modelo Ético de Kant, nós alcançamos a moralidade através do
cumprimento da lei moral baseada na obediência criada não de forma exterior ao
sujeito, mas por ele mesmo, por meio da liberdade da razão que impõe a lei sobre si
mesmo, cujo quem criou foi o próprio homem.
Partindo desse principio, penso que a difícil decisão sobre a realização ou não de
um aborto não cabe ao coletivo, e sim a pessoa cujo o faz ou não.
Muitos são os motivos que podem levar uma mulher a levantar a possibilidade de
necessidade de fazer um aborto, e penso que esses motivos cabem a ela e somente
ela para a decisão final, sem intervenção do Estado ou Igreja.
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Ética

Caso 4 – Relações de trabalho 1

Em 25 de maio de 1979, ocorreu um acidente com o voo 191 da American Airlines, um DC-
10, no aeroporto de O’Hare em Chicago (EUA). Uma das turbinas das asas (lado esquerdo)
se soltou por completo quando o avião já estava em processo adiantado de decolagem, a
qual, naquele momento, já não poderia ser abortada com segurança. O DC ainda subiu,
mas logo após decolar, o avião pendeu para o seu lado esquerdo e caiu, matando 271
pessoas a bordo mais 2 em terra. Na época o DC-10 era um dos aviões mais utilizados nos
EUA, e a queda inexplicável do voo 191 causou uma onda de temor. Todos os DC-10
americanos foram impedidos de voar, até que se descobrisse o que havia ocorrido.
Você, como engenheiro de manutenção da American Airlines, sabia exatamente o que
aconteceu: a manutenção das turbinas das asas dos DC-10 implicava um processo
demorado e de elevado custo, mas que era necessário a cada 10.000 horas de voo. Ter um
avião do porte de um DC-10 parado em terra por muito tempo significava prejuízo para a
empresa. Visando apressar o processo e minimizar o tempo em terra dos DC-10, a
manutenção passou a ser feita não levando em conta o processo descrito pelo fabricante, o
que era altamente arriscado, mas trazia o benefício da rapidez na manutenção. O processo
de manutenção incorreto causou a fadiga do material na junção da asa com a turbina, o que
levou à falha catastrófica na decolagem do voo 191. A empresa avisou que era
expressamente proibido explicitar aos investigadores do acidente que o processo de
manutenção não era o recomendado pelo fabricante.
Você sabe que outras empresas aéreas (TODAS as que utilizavam o DC-10) adotavam a
mesma solução alternativa na manutenção das turbinas das asas, ou seja, o problema
poderia acontecer novamente e a qualquer momento, caso a verdade não fosse divulgada.
Qual seria a sua atitude: denunciaria a sua empresa, evitando que outros acidentes iguais
pudessem acontecer, ou se calaria, pelo bem do seu emprego?

Algumas relações de trabalho são mais delicadas do que outras, e uma coisa que é
consenso dentre todos os modelos éticos é fazer o bem e buscar o bem.
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Ética

De acordo com a Ética das Virtudes, a melhor forma de se viver é cultivando as próprias
virtudes e respeitando seu caráter, e penso que qual virtude seria melhor do que a
honestidade?
Sócrates ainda apresenta uma reflexão a respeito de lidar com situações morais, cujo
devem ser pautadas no pensamento racional, que possibilitam tomadas de decisão a um
ação individual para o alcance do bem, que pode ser também um bem coletivo. Sócrates
ainda afirma que para alcançar o caminho do bem nunca se deve lesar ninguém, e que
nunca causar mal aos outros é o principio básico de qualquer ação correta.
Caso o funcionário não fizesse a denuncia, estaria sendo conivente com o mal causado a
essas pessoas, e ainda poderia ser conivente com demais acidentes que pontencialmente
poderiam ocorrer. Então, baseado nos motivos citados acima, moral e eticamente, ele
deveria sim fazer a denuncia.