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A REVELAÇÃO BÍBLICA1
A Bíblia é a revelação especial de Deus. Sendo assim, podemos dizer que co-
nhecer a revelação de Deus é o mesmo que conhecer o próprio Deus. E conhecer
Deus é conhecer a Sua vontade. Por conseguinte, conhecer a vontade de Deus é
conhecer a verdadeira vida e felicidade e esta está invariavelmente ligada à ideia
de comunhão.
De acordo com Chafer (1986) quando Deus fez o homem à sua imagem, deu
a esse homem2 capacidade para ter comunhão com Ele.
Que no devido tempo Deus revelaria ao homem a verdade relativa a Ele
mesmo e aos Seus propósitos, também o verdadeiro lugar do homem no
plano divino da criação: o seu relacionamento com Deus, com a eternida-
de, com o tempo, com a virtude, com o pecado, com a redenção, além de
com todos os outros seres do universo dentro do qual a vida do homem
encontra-se engastada.
De acordo com o profeta foi Deus quem se mostrou. No texto ele não descre-
ve o modo como se deu essa revelação. Mas, cabe dizer que há diversos e diferen-
tes modos de Deus revelar-se. Por exemplo: Deus pode se revelar (e se revela) a-
través da natureza, como mostra o rei Davi: “Os céus narram a glória de Deus, o
firmamento anuncia a obra de suas mãos” (Sl 19.1). Porém, nesse momento nos
interessa particularmente aquilo que na teologia se chama de revelação especial
de Deus – a Escritura sagrada ou simplesmente Bíblia sagrada. Essa revelação
1 Obra original: MENEZES, Rubem. Bíblia: o maravilhoso livro de Deus. São Paulo: Clube de Autores, 2012.
2 Usamos o vocábulo homem não no sentido de gênero masculino, mas no sentido de espécie, homo sapiens.
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BÍBLIA: O MARAVILHOSO LIVRO DE DEUS – RUBEM MENEZES
nada mais é que a própria manifestação de Deus – de quem Ele é, o que faz, o que
pode e quer fazer etc. É o ato de Deus descobrir-se e mostrar-se ao homem atra-
vés das mensagens de seus interlocutores – os escritores da Bíblia sagrada.
Quando se discute revelação, a inevitável pergunta que se faz é: QUE É REVE-
LAÇÃO? Em sentido comum, revelação é o ato de tirar o véu, descobrir, declarar,
manifestar, denunciar, fazer conhecer. Todas essas nuances podem ser percebidas
em toda a extensão das Escrituras sagradas. Pois, os proclamadores da mensa-
gem divina fazem denúncias, declaram a superior vontade de Deus e mostram
quem Ele é.
A palavra que do Senhor veio a Jeremias, dizendo: Assim diz o Senhor
Deus de Israel: Escreve num livro todas as palavras que te tenho falado.
Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o
meu povo Israel, e de Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra
que dei a seus pais, e a possuirão. (JEREMIAS 30.1-3).
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e
em verdade. (JOÃO 4.24).
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3 Presságio é o mesmo que agouro. Ou seja, é um objeto ou acontecimento que presumivelmente prefigura algo
que sucederá, normalmente de natureza negativa, ainda que alguns possam ser positivos. Esses sinais podem ser
vistos nas ações e acontecimentos da natureza, dos animais, das estrelas, das ocorrências celestiais de qualquer
espécie, sonhos, visões ou das coincidências estranhas.
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seja pois que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o teu cântaro
para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus
camelos; esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu
conheça nisso que fizeste beneficência a meu senhor. (GÊNESIS 24.12-
14).
Esses sinais eram usados como meios de se tentar chegar ao conhecimento
da vontade de Deus. Não se trata de profecia, nem de revelação divina. Trata-se
tão-somente de prognóstico4. O mesmo acontecia com o lançar sortes a fim de se
conhecer a vontade de Deus.
No Primeiro Testamento, como instrumentos de consulta temos o URIM e o
TUMIM, que nada mais eram que objetos usados para conhecer a vontade divina,
quando assuntos de importância nacional necessitavam de uma resposta de Javé.
Eram fixados no peitoral sacerdotal de Arão – “depois pôs-lhe o peitoral, pondo no
peitoral o Urim e o Tumim” (Êx 28.30; Lv 8.8). Não se sabe exatamente o que e-
ram, mas alguns estudiosos têm sugerido que se tratava de 12 pedras preciosas
que eram fixadas no peitoral do Sumo-sacerdote.
Outro exemplo da prática de se buscar a conhecer a vontade divina por mei-
os misteriosos, como o “lançar sorte” está no livro do profeta Jonas, quando Javé
se utiliza de um grupo de marinheiros não israelitas para fazer prevalecer Sua
vontade divina – “E diziam cada um ao seu companheiro: Vinde, e lancemos
sortes, para que saibamos por que causa nos sobreveio este mal. E lançaram
sortes, e a sorte caiu sobre Jonas” (Jn 1.7). Prática semelhante vai ser repetida
também no período do Segundo Testamento. A primeira quando lançaram sorte
para saber com quem ficaria a túnica de Jesus. E a segunda para saber quem se-
ria o sucessor de Judas Iscariotes no apostolado.
Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes
sobre ela, para ver de quem será. Para que se cumprisse a Escritura que
diz: Repartiram en-tre si as minhas vestes, E sobre a minha vestidura
lançaram sortes (JOÃO 19.24).
Para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se
desviou, para ir para o seu próprio lugar. E, lançando-lhes sortes, caiu a
sorte sobre Matias. E por voto comum foi contado com os onze apóstolos
(ATOS 1.25,26).
4Prognóstico origina-se no latim prognosticus e significa previsão, conjectura ou suposição do que há de aconte-
cer.
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5 Benedictus é uma palavra latina que significa bendito, abençoado, glorificado. É usado para designar poemas
ou cânticos que bendizem a Deus por aquilo que ele é, fez, faz ou fará. No Segundo Testamento benedictus de-
signa o trecho de Lucas 1.68-70 que contém o cântico de Zacarias, por ocasião da anunciação do nascimento de
João, o Batista. Benedicite: bendizei.
6 Salmos das romarias ou peregrinações também são nomeados de “cânticos das subidas ou graduais”. São de-
signados assim porque eram cantados por ocasião da peregrinação ou subida à Jerusalém. Fazem-se referências
à peregrinação atual do momento, à subida a partir do Egito, à subida a partir da Babilônia depois do exílio, à
peregrinação cheia de esperança e de fé; uma subida para o novo céu e a nova terra. Alguns salmos das roma-
rias são: 120 a 134.
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plementar a isso, as mesmas Escrituras declaram que “Javé faz justiça e defende
a todos os oprimidos. Revelou seus caminhos a Moisés, e as suas façanhas aos
filhos de Israel.” (Sl 103.6,7).
No Segundo Testamento, assim como ocorreu no Primeiro, não há uma dis-
cussão objetiva sobre o tema da revelação de Deus. Contudo, há inúmeras expres-
sões que servem de sinônimos para o vocábulo revelação: “dar a conhecer”, “tor-
nar claro”, “mostrar”, “revelar” e “revelação”.
O Segundo Testamento além corroborar com Primeiro acerca do fato da re-
velação e dos modos utilizados por Javé, vai além e apresenta Jesus, o Messias,
como o ápice da revelação de Deus. Nessa nova aliança de Javé com o seu povo
misto (Israel e gentio) o interlocutor não é mais a simples figura do profeta, mas
a sublime pessoa do Seu filho, Jesus – “Havendo Deus antigamente falado muitas
vezes, de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últi-
mos dias pelo Filho” (Hb 1.1).
Desse modo a revelação divina supera a tudo o que no Primeiro Testamento
foi ou representou. Ou seja, no Segundo Testamento a revelação atinge o seu clí-
max na pessoa gloriosa de Jesus. Agora a revelação é em Cristo e através de Cris-
to, e mais, ele é a personificação da revelação, a encarnação de Deus. As Escritu-
ras neotestamentárias afirmam isso: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus [...] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e
vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verda-
de” (Jo 1.1,14). O Unigênito do Pai, Jesus, que é a própria revelação, não apenas
nos faz conhecer a Deus, mas é ele mesmo esse deus: “Deus nunca foi visto por
alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo 1.18); e a-
inda: “Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhe-
cido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo
14.9).
Berkhof (1990, p.31) defende que “Jesus Cristo é a revelação de Deus, e so-
mente aquele que conhece a Jesus Cristo conhece alguma coisa da revelação”. Ou
seja, Jesus é o ponto alto da revelação de Deus. Ele é a autoafirmação de um
Deus vivo, provedor e presente na história. O apóstolo Paulo falando aos seus in-
terlocutores sobre essa divina presença provedora, ensina que “Deus é poderoso
para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o
necessário e ainda tenhais de sobra para empregar em alguma boa obra, como
está escrito: ‘Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece
para sempre’” (2 Co 9.8,9).
Nem sempre a ideia de revelação aparece de modo claro nas Escrituras. Nos
evangelhos, por exemplo, ela está implícita nas narrativas a respeito dos fatos
fundamentais da vida de Jesus. Mackenzie (1984) nos sugere que, em particular
nos evangelhos sinóticos “a ideia da revelação não está tratada de maneira for-
mal, porém eles evidenciam e consolidam essa revelação relatando a vida, morte
e ressurreição de Jesus Cristo.”
Na riqueza do pensamento paulino, revelar nada mais é que descobrir, des-
nudar, tornar conhecido e claro o que antes esteve oculto em mistério. Nas pró-
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a vida não é mais que o alimento, e o corpo, mais que a roupa? Olhai os
pássaros do céu: não semeiam, não colhem, nem guardam em celeiros. No
entanto, o vosso Pai celeste os alimenta. Será que vós não valeis mais do
que eles? Quem de vós pode, com sua preocupação, acrescentar um só dia
à duração de sua vida? E por que ficar tão preocupados com a roupa? O-
lhai como crescem os lírios do campo. Não trabalham, nem fiam. No en-
tanto, eu vos digo, nem Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu
como um só dentre eles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que
hoje está aí e amanhã é lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós,
gente fraca de fé? Portanto, não vivais preocupados, dizendo: “Que vamos
comer? Que vamos beber? Como nos vamos vestir?” Os pagãos é que vi-
vem procurando todas essas coisas. Vosso Pai que está nos céus sabe que
precisais de tudo isso. Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua
justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. (MATEUS
6.25-33).
O profeta Habacuque já dizia que é necessário fé para ter vida – “Eis o so-
berbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4). Essa fé
nasce pelo conhecimento de Javé – “de sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela
palavra de Deus” (Rm 10.17). Na medida em que se tem acesso à revelação de
Deus torna-se mais provável a libertação (da morte para a vida, da escravidão
para liberdade) – “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).
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entendi; por isso eu disse: Senhor meu, qual será o fim destas coisas? E ele disse:
Vai, Daniel, por-que estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim”
(Dn 12.8,9). Em outros momentos Javé fazia questão de dar ao profeta o
significado da visão: “‘Tive uma visão à noite. Era um homem montando um cava-
lo vermelho, parado num lugar escuro no meio de murtas que estavam no fundo.
Atrás deles estavam cavalos vermelhos, alazões e brancos’. E eu disse: Senhor
meu, quem são estes? E disse-me o anjo que falava comigo: Eu te mostrarei quem
são estes” (Zc 1.8,9).
No Segundo Testamento temos a bem conhecida visão de Pedro, quando este
se encontrava na cidadela de Jope, e teve um êxtase onde viu o céu aberto e algo
parecido com enorme pano cheio de animais impuros. Nesse ínterim os servos de
Cornélio, um centurião7 de Cesaréia8, estavam chegando à casa de Pedro a fim de
conduzi-lo ao encontro do seu senhor. Lucas relata que
No dia seguinte, enquanto os homens estavam a caminho e se aproxima-
vam da cidade, ao meio-dia, Pedro subiu ao terraço para orar. Sentiu fo-
me e quis comer. Mas, enquanto preparavam a comida, entrou em êxtase.
Viu o céu aberto e algo como um grande pano ser baixado pelas quatro
pontas para a terra. Dentro do pano havia toda espécie de quadrúpedes e
répteis da terra e de aves do céu. E uma voz lhe disse: “Levanta-te, Pedro,
mata e come!” Mas Pedro respondeu: “De modo algum, Senhor! Nunca
comi coisa profana ou impura”. (ATOS 10.9-14).
7 Centurião era o chefe comandante da centúria na antiga milícia romana. Uma centúria era uma unidade de
infantaria composta por cem legionários.
8 A cidade de Cesaréia, conhecida como Cesaréia Marítima ou Cesaréia Palestina, construída por Herodes, o
Grande, cerca de 25 a 13 a.C., tinha uma população de aproximadamente 125.000 habitantes. Seu nome foi da-
do em homenagem ao imperador romano César Augusto. Sua localização está na costa do Mar Mediterrâneo, no
Oriente Médio, entre Tel Aviv e Haifa. Foi nela que se realizou o batismo do centurião romano Cornelius e de onde
o apóstolo Paulo partiu prisioneiro em direção à capital do império, Roma, para julgamento (At 10; 23.23,24).
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sarça não se consumia [...] Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de
Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto,
porque temeu olhar para Deus” (Ex 3.2,6). No deserto Javé se manifestava de
duas formas principais: nuvem durante o dia e fogo durante a noite – “E o Senhor
ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de
noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de
noite (Êx 13.21). Esses eram modos teofânicos de Javé falar com o Seu povo – “E
aconteceu que, quando falou Arão a toda a congregação dos filhos de Israel, e eles
se viraram para o deserto, eis que a glória do Senhor apareceu na nuvem. E o Se-
nhor falou a Moisés [...]” (Êx 16.10).
Mas, o modo mais comum de Deus comunicar com o seu povo talvez seja
através da palavra oral e depois escrita. A palavra, especialmente no Primeiro
Testa-mento, apresenta-se de duas maneiras distintas: a pa-lavra legislativa (a
lei) e a palavra profética (a profe-cia). A lei era transmitida ao povo e recebida por
este como sendo palavra de Javé. Era assim que o próprio Javé fazia questão que
fosse entendido:
Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu
Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão [...] Estes são os
estatutos que lhes proporás [...] Veio, pois, Moisés, e contou ao povo todas
as palavras do Senhor, e todos os estatutos; então o povo respondeu a
uma voz, e disse: Todas as palavras que o Senhor tem falado, faremos.
(ÊXODO 20.1; 21.1; 24.3).
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esse fato miraculoso: “Por-quanto o que era impossível à lei, visto como estava
enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do
pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” (Rm 8.3).
A encarnação do Filho de Deus foi profetizada no Primeiro Testamento –
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá, e
dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). No Segundo
Testamento o anjo Gabriel anuncia à Maria que ela será o instrumento de Deus
para o cumprimento dessa profecia.
E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é
contigo: bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito
com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe
então o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus; e
eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o
nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o
Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará eternamente na
casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. (LUCAS 1.28-33).
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