1) Ruínas élficas em Erhad foram escolhidas por um destacamento élfico como local de reagrupamento por sua posição estratégica.
2) Um mensageiro meio-elfo, Galen, chega com uma mensagem do Imperador para o general élfico Lariel.
3) A mensagem pede que encontrem e escoltem a filha do rei que fugiu. Galen é designado como guia para a elfa Arazael nesta missão.
1) Ruínas élficas em Erhad foram escolhidas por um destacamento élfico como local de reagrupamento por sua posição estratégica.
2) Um mensageiro meio-elfo, Galen, chega com uma mensagem do Imperador para o general élfico Lariel.
3) A mensagem pede que encontrem e escoltem a filha do rei que fugiu. Galen é designado como guia para a elfa Arazael nesta missão.
1) Ruínas élficas em Erhad foram escolhidas por um destacamento élfico como local de reagrupamento por sua posição estratégica.
2) Um mensageiro meio-elfo, Galen, chega com uma mensagem do Imperador para o general élfico Lariel.
3) A mensagem pede que encontrem e escoltem a filha do rei que fugiu. Galen é designado como guia para a elfa Arazael nesta missão.
As ruínas de Erhad, já deteoradas pelos elementos,
foram ainda mais mal-tratadas pela chegada do destacamento
élfico. Localizadas no topo de um monte que supervisionava o desaguar do rio Ponsul, eram constituidas por duas decadentes torres, uma muralha que circulava o topo da elevação e três edíficios desmoronados de usos variados. A arquitetura era claramente élfica, evidenciada pelo uso de verticalidade e pelos destaques angulosos nas suas estruturas. O décimo-terceiro destacamento de lanceiros escolhera o local para o reagrupamento pela sua posição estratégica, bem como pela significância cultural que aquele local representava. Não que aquele monte de pedras lhes disse-se alguma coisa, visto que havia sido eregido por uma civilização e cultura arcaica, cujo os elfos de Myth Drannor nada ou pouco tinham a ver. No entanto era um local élfico, o que era mais do que se podia dizer sobre o resto da terra que os rodeava. Os primeiros dias em Erhad foram marcados por pequenas escaramuças com batedores verconianos e por reparações mais urgentes às muralhas. No quinto dia chegou um mensageiro montado num garanhão cinzento, um rapaz de sangue diluído por um pai humano, um meio-elfo, de casta inferior, normalmente usado como servente fora instruído com a importante tarefa de entregar uma mensagem ao destacamento de Lariel Ehan. O rapaz entrou pelo portão do rio sobre os atentos olhares de cada soldado em guarda. De curtos cabelos encaracolados negros, ao invés dos longos, lisos e claros cabelos dos elfos, não passou despercebido na sua chegada. Foi lhe tirado o cavalo e apontada a direção para um dos edifícios no centro da fortificação. O mensageiro passou pelas portas ovais de carvalho, apressado por um dos sargentos que o acompanhou. O chão de granito apresentava algumas irregularidades, propagando também o som de uma conversa mais adiante, as paredes estavam repletas de estantes, molduras e candelabros de parede, todos eles com algum nível de dano; as estantes, inclusive, tinham ainda alguns pedaços de papiro enrolados, no entanto, o mais pequeno toque ameaçava desfazer o papel. Iluminados por uma brecha no telhado, por onde entravam os raios de sol, estavam empoleirados sobre a mesa três elfos, apontando para um mapa amarelado, a discutir um qualquer plano estratégico, cujo o rapaz não conseguiu perceber devido à fala rápida em alto saaril, linguagem que o meio-elfo ainda não dominara. A conversa cessou quando o ouviram a aproximar. Encararam-no os três, tal como os outros no exterior. O que estava com a parede nas suas costas aparentava ser Lariel, trajado com uma armadura de couro azul e um manto negro, tinha toda a aparência altiva e graciosa dos elfos que vira em Myth Drannor, de cabelos dourados, olhos azuis e características faciais esguias, era a norma de beleza élfica. Dos dois que estavam com as costas para a porta, o da direita era um comandante militar, vestido a rigor com um perponte azul escuro por de baixo de um peitoral prateado; cabelos ruços espreitavam junto à base de um capacete alado com cores semelhantes à roupa do tronco. O ultímo participante era de facto uma elfa de longos cabelos platinados presos, parcialmente, por um pequeno rabo de cavalo na nuca; os seus olhos safira, de formato amendoado, pareciam estudá-lo num misto de intriga e julgamento, sobrancelhas angulosas ofereciam à sua face um maior ar de desconfiança e, tal como Lariel, o queixo afiado e boca e nariz pequenos, ofereciam-lhe uma graça etéria. A elfa vestia um casaco azul escuro apertado por fivelas de couro castanho; preso no cinto estava a bainha negra de um sabre repleta de ondulações e retoques prateados. – Quem é este? – perguntou Lariel, frustrado pela interrupção. O sargento apressou-se a executar uma vénia graciosa e arrastou o rapaz pelo braço, pressionando-o a imitá-lo. O mensageiro fez a sua vénia, algo mais desajeitada, mas sem motivo de indignação. – Lorde Lariel, este mensageiro chegou da hoste de sua Majestade Imperial – os olhos da elfa brilharam à menção do Imperador. – Traz consigo uma comunicação. – Desde quando é que o Imperador usa mestiços como mensageiros? – questionou a de cabelos brancos. – Eu era o único disponível... – Fala a nossa língua e tudo! – troçou o de capacete com um sorriso nos lábios. – Muito bem, acalmem-se... – pediu Lariel com um suspiro cansado. – Que novas trazes rapaz? O mensageiro aproximou-se a medo da mesa, flanqueado de ambos os lados pela visão de águia da elfa e do comandante, retirou do bolso uma tira de papel e entregou-a ao general. Após uma breve leitura entregou o papel à elfa, que pouco depois o entregou ao comandante, todos eles visivelmente irritados pelo que a mensagem dizia. – Devemos fazer de amas também? – a elfa penteou uma madeixa de cabelo para trás das orelhas pontiagudas. – Divinos salvem os reis e as suas estúpidas filhas. Lariel deu a volta à mesa, aproximando-se dos conselheiros e pousando a mão sobre o ombro da elfa em compreenção. – Dúvido que se trate de um pedido Arazael, estamos ao serviço deles. – Apesar disso, para quão longe pode ter fugido a míuda? – questionou o de capacete, ainda com o mesmo ar gozão. O meio-elfo sentia-se fora de lugar, ouvindo uma conversa que claramente não se destinava aos seus ouvidos, no entanto não fora dispensado por isso mantinha-se desconfortavelmente a escutar a discussão. – Ficarias espantado – retorquiu Arazael com um sorriso venenoso. – Tu rapaz, como te chamas? – perguntou Lariel, de olhos fixos nos dele. A pressão do olhar azulado do general e o seu tom julgador fora quase demasiada para o meio-elfo que, a custo, não desviou o olhar. – Galen... senhor – respondeu-lhe atrapalhadamente. Pelo canto do olho reparou que os outros dois elfos trocaram olhares e pequenos sorrisos. – Galen, irás servir de guia a Arazaell... – Eu? – apanhado de surpresa não se apercebeu que havia interrompido o general – A carta diz que conheces a área, estou a ser enganado? – Não senhor, apenas não esperei fizesse parte dos seus planos. – Nem eu – admitiu a elfa, alternando o olhar desaprovador entre Lariel e Galen. – Partimos após a minha meditação. Não me faças esperar, mestiço. Arazael baixou a cabeça em sinal de respeito a Lariel e ao comandante e retirou-se sem mais uma palavra.