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A autora é pessoa simples, possui poucos recursos sendo que qualquer despesa
com custas processuais poderá acarretar um prejuízo em sua subsistência e de sua
família.
Possui dedicação total para os estudos, e não tem renda formal alguma, nem para
a própria subsistência, nem para pagar as custas processuais. Para apontar a situação
junta de declaração de hipossuficiência econômica e também a comprovação que não é
declarante do imposto de renda1.
Diante disso, requer seja lhe concedido os benefícios da gratuidade da justiça nos
termos dos arts. 98 e 99, § 3º do CPC.
2. DOS FATOS
1
Disponível em https://solucoes.receita.fazenda.gov.br/Servicos/consrest/Atual.app/paginas/index.asp
A autora, como presta o vestibular para esta mesma instituição desde o ano de
2017, tem total conhecimento do padrão de preenchimento do cartão de respostas, em
especial no que tange a total nitidez da marcação, e processo de correção, tendo ciência
que a marcação de mais de uma letra não serão registradas.
Repita-se, a autora teve acesso a ata de sala onde verificou que não havia
nenhuma anotação que o fiscal tenha recebido o cartão de respostas furado.
- Não estava com pressa na prova, saiu da sala antes do horário limite, o que
pode ser comprovado, pois os e (três) últimos candidatos devem assinar a ata de
aplicação de prova.
- Antes de ser entregue, o cartão de respostas foi verificado repetidas vezes
pela autora e, depois, pelo fiscal, estando em perfeitas condições;
- O diretor insinuou que a autora tenha feito os furos, alegando que os fez
na tentativa de mascarar uma resposta errada. Porém, no seu caderno de questões (que
está em posse DSEA) há apenas uma marcação nas questões 28, 29 e 31.
No mérito, que seja feita uma correlação entre o cartão de respostas apresentado
em conjunto com a ata de sala, para identificar que de fato não havia qualquer marcação
em duplicidade ou furos no momento de entrega do cartão de respostas e da prova. A
inversão do ônus da prova para demonstrar o ocorrido tenha sido feito em momento
posterior ao da entrega (com apresentação da ata de sala). Com a anulação das questões
em duplicidade e/ou considerada como alternativa correta aquela devidamente
preenchida que está na prova.
3. DOS FUNDAMENTOS
Um dos dogmas que detém o mais alto índice de respeito em concursos públicos
é o acesso à informação. A recusa do réu em franquear o cartão de respostas, o caderno
de questões, e a ata de sala, configura ofensa aos princípios da publicidade e acesso à
informação.
Nos termos do art. 373 do CPC, o ônus da prova incumbe ao autor quando há
fato constitutivo de seu direito, ou então ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor.
Com a apresentação da ata de sala, ficará evidente que lá não houve qualquer
observação anotada que o fiscal tenha recebido o cartão de respostas furado, logo,
restará claro que o cartão de respostas foi entregue sem furos nos locais de marcação.
Se a ata de sala não constar qualquer observação nesse sentido, fica evidente
que o cartão de respostas foi entregue sem qualquer erro, e que a marcação os furos
tenham fido dados em momento posterior ao da entrega (feito por terceira pessoa).
5. PEDIDO LIMINAR
A autora tem direto à vista do seu cartão de respostas, caderno de prova, e ata de
sala, inclusive para pleitear sua tutela. A negativa de vista dos documentos viola
princípios da publicidade, legalidade e entendimento da jurisprudência majoritária.
O fumus boni iuris resta presente pela negativa administrativa fornecida à autora.
Nos termos do artigo 300 do CPC a tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). Já o § 2º
do art. 300 do CPC, prevê que a tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou
após justificação prévia
6. DA CLASSIFICAÇÃO
- São 57 vagas para ampla concorrência e as maiores 100 notas sempre são
para medicina, os cursinhos fazem uma listagem extraoficial;
- O corte esse ano ficará em torno de 93 (cada questão vale 1,5 e a redação
10);
- Como a nota da redação foi 8, os 57 acertos da prova objetiva garantem
93,5 (pontos).
7. DOS PEDIDOS
d) Que seja determinada a citação do réu para apresentar a defesa no prazo legal;
g.1) alternativamente, que no mérito seja feita uma correlação entre o cartão de
respostas apresentado em conjunto com a ata de sala, para identificar que de fato
não havia qualquer marcação em duplicidade ou furos no momento de entrega do
cartão de respostas. A inversão do ônus da prova para demonstrar que o ocorrido
tenha sido feito em momento posterior ao da entrega. E então ser considerada
como alternativa correta aquela devidamente preenchida que está no caderno de
prova, corroborando com a alternativa preenchida no cartão de respostas
(desconsiderando as marcações que contém rasuras ou furos).
- Carteira de identidade;
- Comprovante de residência;
- Edital UERJ;
- Memorando UERJ;