Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SÃO PAULO
2016
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todas as deusas que habitam em nós. Que elas
possam ser reencontradas e reintegradas em cada indivíduo e nas relações sociais.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha mãe por todo o suporte e apoio, especialmente nas horas
mais tensas e ao meu pai, pela valiosa lição sobre o valor dos estudos.
The loss of contact with the essence of feminine, in the last centuries, due to
the Patriarchal System, has brought about many consequences, both to individuals
and to society. It is easy to notice that the lack of direction to both men and women,
regarding to their social role and in relation to people of the opposite sex. That is
why it is necessary to recover this feminine essence, still alive in each of us, but
buried under a very ancient system of beliefs, in which, what belongs to feminine
must be kept in the shadow. The present research, made during the post-graduation
program in Creative Mythology, Fairy Tales and Analytical Psychology at UNIP
together with Monica de Azevedo and under the orientation of Professor Oneide
Regina Depret and co-orientation of Teresa Kam Teng, was based on Jungian
authors, who study archetypes, symbols and specially the feminine. It was also
created a photographic essay with 35 different women, who dressed up a variety of
Goddesses, of all ages and societies. We hope this essay can help women to
reconnect their essence and men to in their relationship with their anima.
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................8
1. POR ONDE ANDAM OS DEUSES?....................................................................................................9
1.1 Fases do desenvolvimento da consciência e humanidade....................................................11
1.1.1 Matriarcado ou “fase mágica”......................................................................................12
1.1.2 Fase mitológica.............................................................................................................12
1.1.3 O Patriarcado ou era mental.........................................................................................13
2. A DEUSA: A perda do feminino sagrado.......................................................................................15
2.1. A Deusa na era de pedra......................................................................................................15
2.1.2 A era de ouro da deusa.................................................................................................17
2.1.3 O declínio da deusa.......................................................................................................18
2.1.4 O retorno da deusa.......................................................................................................19
3. ORÁCULOS...............................................................................................................................21
3.1 Os Oráculos e as civilizações primitivas................................................................................21
3.2 Os Oráculos e a Psicologia....................................................................................................22
4. O ORÁCULO DO FEMININO SAGRADO......................................................................................24
4.1 A seleção das deusas............................................................................................................24
4.2 As Imagens...........................................................................................................................24
4.3 O Livro Oráculo.....................................................................................................................25
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................................26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................................27
APÊNDICE A – Relação entre os arcanos do tarô de Marselha e as deusas..........................................28
APÊNDICE B – Deusas e citações (como aparecerá no livro oráculo)...................................................38
APÊNDICE C- Exemplos do livro oráculo...............................................................................................43
APÊNDICE E – EXPERIÊNCIA NO BACKSTAGE........................................................................................44
8
INTRODUÇÃO
É muito fácil notar que, apesar de todo avanço tecnológico, o indivíduo sente
a necessidade de encontrar um sentido maior, a busca por um deus, por um elo com
algo mais profundo.
[...] quem disse que os deuses foram embora? Eles apenas abandonaram
as velhas cascas e mudaram-se de modo invisível para novas localizações.
(HOLLIS, 2005, p. 115).
Nos últimos quatro séculos, os avanços científicos, por um lado muito bons, já
que deram maiores possibilidades de qualidade de vida, foram, em grande parte,
responsáveis pelo rompimento do ser humano com as imagens tribais, com seu
grupo social e, portanto consigo mesmo, uma vez que, como afirma James Hollis
(2005), defendem a divisão de sujeito (eu) e objeto (o mundo).
Jung (apud HOLLIS, 2005, p.17-18) dizia que “Na análise, a maior parte de
nossas dificuldades vem da perda de contato com nossos instintos, com a sabedoria
antiquíssima e não esquecida que se encontra guardada em nós”.
Whitmont (1991) afirma que a Grande Deusa ainda tem um papel essencial
na vida das comunidades e clãs, as vontades individuais ainda não superam o
desejo e decisões festejadas e ritualizadas do grupo, mas Ela já não reina sozinha;
neste momento começa a surgir a figura do filho/consorte, celebrado
constantemente em hierogamos seguido de seu sacrifício ritual de morte e
renascimento, vinculado ao ciclo infinito da vida, morte, renascimento. Esses rituais
marcam as primeiras formas de organização social que marcarão o patriarcado.
Surgem os heróis que, ao conquistarem territórios e povos, passam a viver
independentes da Deusa, fazendo com que, aos poucos, os mistérios do feminino
fossem cultuados no escuro, até serem completamente banidos no Patriarcado.
O que nos reserva o futuro da humanidade ainda não pode ser conhecido,
senão imaginado com base na observação do desenvolvimento psicológico dos
indivíduos, e, portanto, esperamos que o mundo entre na era da Alteridade, que
corresponde à reintegração dessas polaridades de forma dialética. “[...] buscando
atualizar ao máximo o potencial de relacionamento não só da polaridade do Eu-
Outro, mas de todas as polaridades de um modo geral, [...]” (BYINGTON, 1987, p.
74) dando igual valor a ambos, na construção de novos paradigmas.
15
Em seu mais recente livro, Joseph Campbell inicia dizendo que as mulheres
invadiram sem um modelo mitológico como guia um campo de atuação que até há
pouco tempo era considerado estritamente masculino, deixando de ser a arquetípica
cuidadora do lar para buscar sua autorrealização individual. Ainda “[...] não há
modelos em nossa mitologia para uma busca feminina individual. Nem há modelos
para o homem que se casa com uma mulher individualizada” (Campbell, 2015, p.
18), portanto, é nossa missão criar novos mitos para guiar as gerações que virão
depois de nós.
Mas: como podemos criar mitos do nada? Por que não adaptar ou rever os
mitos antigos e usá-los como inspiração para esses novos mitos que deverão surgir?
Por que não aprender com os antigos? Estudando as energias contidas nos velhos e
universais mitos dos deuses e deusas, poderemos jogar luz sobre essas questões,
tanto para a mulher, quanto para a anima masculina.
Uma vez que a magia da Terra e a magia das mulheres é a mesma – dar
vida e nutri-la –, não só o papel da Deusa se tornou central na mitologia,
mas o prestígio das mulheres das vilas cresceu em igual medida.
(Campbell, 2015, p. 21).
Estas estatuetas foram encontradas nos locais onde as famílias vivam e não
nas grandes cavernas, pois estas eram utilizadas para ritos de iniciação masculinos.
Acredita-se que os meninos voltavam, simbolicamente para o útero da grande mãe,
para morrerem, como meninos, e renascerem como corajosos Homens. Isso reforça
a imagem da grande mãe, responsável pelo nascimento, morte e renascimento.
Assim também, a Deusa era vista, além de geradora da vida e nutridora, como
senhora ceifadora, sendo associada à morte. Acreditava-se que seus filhos voltavam
ao seu útero, até que pudessem renascer. Segundo Marie Louise Von Franz (1981),
a Grande Mãe estava estritamente relacionada à natureza, uma vez que, muitas
vezes os mortos eram enterrados em posição fetal, sugerindo um retorno ao ventre
materno.
imagens mais conhecidas são de Hátor (a vaca sagrada, que sustenta o céu) ou
Nut, deusa egípcia que representa o céu estrelado em posição de arco sobre seu
consorte Geb (a terra). Essa posição se inverte nas populações entre o Tigre e o
Eufrates, estando a mulher embaixo e o homem acima. Esse mito da separação
entre homem e mulher aparece em inúmeras mitologias.
Na visão antiga, a deusa Universo estava viva [...] Agora ela está morta, e o
universo não é mais um organismo, mas uma construção na qual os deuses
repousam cercados de luxo, não como personificações das energias pelo
seu modo de agir, mas como inquilinos de elite, que precisam ser servidos.
E o Homem, portanto, não é uma criança nascida para florescer em
conhecimento de sua própria porção eterna, mas um robô concebido para
servir. (CAMPBELL, 2015, p. 28).
todas essas regiões, fica evidente que Zeus construiu uma história agitada de casos
extraconjugais.” (CAMPBELL, 2015, p.26). Contudo, assim como a violência dos
guerreiros, foi aumentando, também, a violência de suas deidades, chegando ao
despedaçamento de algumas deusas como pode ser visto no mito de Tiamat e
Marduk2.
celebração dos ciclos da natureza e do feminino. James Hollis (2005, p.20) também
reforça essa ideia: “Quando não somos mais parte dessa teia viva do mundo, então
não somos mais nem servidos, nem sustentados por essas energias conectivas”.
3. ORÁCULOS
Jung dizia que a consciência “só poderia ser renovada e ampliada, na medida
em que a vida exigisse que ela fosse renovada e ampliada, pela manutenção de
suas linhas não racionais de comunicação com o inconsciente coletivo.” (NICHOLS,
2007, p. 16). Conforme os métodos oraculares foram se desenvolvendo
(acompanhando o desenvolvimento da psique humana), foram ficando cada vez
mais complexos. Alguns, como I-Ching chinês e um método Nigeriano, tornaram-se
sistemas filosóficos ou religiosos completos, devido a uma série de estudos e
debates éticos. Pensando em uma sociedade primitiva, a invenção de um oráculo
poderia significar um novo avanço, quase como o início da ciência, "dado que
postula a questão de como essas probabilidades poderiam ser sistematizadas, de
alguma forma." (VON FRANZ, 1991, p.44).
22
[...] Jung dava grande valor a todos os caminhos não racionais ao longo dos
quais o homem tentava, no passado, explorar o mistério da vida e estimular
o seu conhecimento consciente do universo que se expandia à sua volta [...]
(NICHOLS, 2007, p.16).
Todo ser humano busca, ao longo de sua vida, se diferenciar dos demais,
conhecendo-se em sua integridade psicológica. A isso Jung nomeou de Processo de
Individuação, melhor explicado nas palavras do próprio Jung: “Utilizo o termo
‘individuação’ para indicar o processo por meio do qual uma pessoa se torna um ‘in-
divíduo’ psicológico, isto é, uma unidade, ou um ‘todo’ separado e indivisível.”
(JUNG 1969 apud HALL e NORDBY, 2014, p.27). Esse processo se dá através “[...]
da confrontação dialógica entre consciente e inconsciente.” (KAST, 2013, p.9), que
ocorre através dos símbolos.
(VON FRANZ, 1991, p.76), poderemos supor o que virá a seguir. Ou seja, “[...] seria
lícito afirmar que as técnicas de adivinhação constituem tentativas, por lançamentos
aleatórios de números, de descobrir qual é o ritmo do Si-mesmo num determinado
momento.” (VON FRANZ, 1991, p. 78).
Jung defendia que no momento em que assumimos não saber mais como
agir, é que se abre a possibilidade para uma “reação compensatória do inconsciente
coletivo.” (KAST, 2013, p.148).
O trabalho teve início com uma ampla pesquisa das diversas mitologias
mundiais, focando-se principalmente as figuras femininas.
4.2 As Imagens
Optamos por realizar um ensaio fotográfico com mulheres reais, para as quais
foi explicada a história e o mito da deusa ou personagem selecionada, de acordo
com tipo físico mais próximo aos originais.
Cada modelo contribuiu para a produção das fotos com peças de roupas e
acessórios que possuíam, muitas das quais gerou intensa troca entre as
participantes. Completamos as produções com peças de que dispúnhamos e
4
Vide Apêndice A
25
Uma viagem pelas cartas do tarô, primeiro que tudo, é uma viagem às
nossas próprias profundezas. (NICHOLS, 2017, p. 18).
5
Vide apêndice C
6
http://pensador.uol.com.br/
26
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Somente por esses poucos instantes (aproximadamente uma hora para cada
modelo) foi possível notar o quanto o resgate, o reviver dessas energias físicas e
psíquicas pode interferir positivamente na atitude dessas mulheres, e também, dos
maridos, namorados e amigos que as acompanharam. O sorriso sincero, o brilho
nos olhos e o falatório pós- sessões revelam o quanto essas energias ainda estão
latentes em nosso inconsciente, esperando um momento, uma oportunidade para
serem revividas e expressadas livremente.
Esperamos, com esse trabalho, ter aberto pelo menos uma fresta que permita
reestabelecer a conexão com esse feminino sagrado, inteiro e multifacetado, tão
negligenciado por tantos séculos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NICHOLS, Sallie. Jung e o Tarô: uma jornada arquetípica. São Paulo: Cultrix, 2007.
Mulher aranha: Os Hopi acreditavam que ela havia criado tudo mandando seu
pensamento para o Nada, tecendo o universo com suas ideias. (BARTLETT, 2011).
Eurínome: uma das deusas gregas da criação. Ela surge do Caos, dançando a
dança da energia. Ao descobrir que não havia onde apoiar os pés, cria o mar e o
céu. Dessa dança nasce o vento e dele, a gigantesca serpente Ófion, com quem se
acasala para gerar o Ovo que daria origem a tudo que há na terra. (BARTLETT,
2011).
Guinevere: personagem das lendas arturianas, era esposa de Arthur, mas era
apaixonada por Lancelot, melhor amigo e cavaleiro de seu esposo. (BARTLETT,
2011).
Perséfone: Filha de Deméter, Perséfone foi raptada por Hades, para ser sua
consorte. Assim tornou-se rainha do mundo inferior. Vivia dividida entre seu esposo
e sua mãe. (BARTLETT, 2011).
A FORÇA – A Força nos mostra o poder dos nossos instintos, que quando
reconhecidos, não só deixam de atuar autonomamente, mas também, são
transformados, passando a ser mais exatos. “O seu misterioso poder reside em seu
próprio ser como parte íntima e permanente de si mesma.” (NICHOLS, 2010, p.
204).
Iansã: conhecida como Oyá, personifica a força das tempestades, dos ventos e
dos relâmpagos. Seu nome significa “quebrar, rasgar”. Ela também é a Senhora dos
Mortos. (FAUR, 2015).
Sedna: deusa inuíte. É a senhora dos animais marinhos, pois conta a história
que seu pai tentou matá-la atirando-a de seu caiaque, como ela se agarrou à borda,
ele decepou lhe os dedos, que se transformaram em baleias, focas e leões-
marinhos; seu espírito ainda reina das profundezas do mar. (BARTLETT, 2011).
descida ao mundo inferior a fim de recuperar seu amado mortal, Tamuz. (FAUR,
2015).
Nut: Deusa egípcia que representava o céu, sempre ligada ao seu consorte
Geb, a terra. Era a mãe de muitos deuses egípcios importantes (Osíris, Set, Ísis e
Néphtis). Suas mãos e pés representavam os pontos cardeais. (BARTLETT, 2011).
Bastet / Sekhmet: duas deusas solares egípcias. Bastet era a deusa gato,
animal sagrado no Egito. Foi associada à Sekhmet, deusa leoa que representava o
sol escaldante do deserto, especialmente quando se enfurecia. (BARTLETT, 2011).
Brigit: uma tríade de deusas celtas de mesmo nome, que representa a
fertilidade, as artes, o intelecto, a cura e a metalurgia. Está associada ao fogo, uma
vez que, no cristianismo foi identificada como Santa Brígida, a guardiã do fogo
sagrado. (BARTLETT, 2011).
37
Gaia: deusa grega criadora da Terra e tudo que nela habita. Rege a passagem
do tempo e a sustentação de todos os seres vivos. (BARTLETT, 2011).
Tara: foi a primeira divindade feminina a ser assimilada pelos budistas.
Apresenta diversos aspectos. A Tara branca associada à compaixão e cura
universal. A Tara verde associada à salvação e iluminação, a vermelha equivale à
bondade e perspicácia, a Amarela com prosperidade e a azul com transmutação da
raiva. Foi chamada de mãe dos Budas e depois mãe universal. (BARTLETT, 2011).
38
Mulher aranha: Deusa Hopi que criou o mundo tecendo seus sonhos – “O
sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e
inexpugnavelmente nosso.” (Fernando Pessoa).
Gaia: Deusa Grega, criadora da Terra. – “Aprendi com as primaveras a me
deixar cortar para poder voltar inteira.” (Cecilia Meireles).
Danu: Deusa Celta que deu origem a primeira linhagem de druidas. – “Nós
somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos.” (William Shakespeare).
Hine Turama: Deusa Maori, guardiã da ordem cósmica. – “Vou-lhe dizer um
grande segredo, meu caro. Não espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias”.
(Albert Camus).
Baba Yaga: Deusa anciã eslava, relacionada com a bruxa má dos contos de
fadas. – “De fato, quanto maior for a nossa ciência, mais profundo é o mistério.”
(Vladimir Nabokov).
Nut: Deusa egípcia que representa o céu. – “É necessário ter o caos cá dentro
para gerar uma estrela.” (Friedrich Nietzsche).
Perséfone: Deusa grega raptada por Hades (mundo inferior). “Enquanto não
tiveres conhecido o inferno, o paraíso não será bastante bom para ti.” (proverbio
curdo).
Oxum: Deusa ioruba da beleza. – “A magia da linguagem é o mais perigoso dos
encantos.” (Edward Bulwer-Lytton).
Uzume: Deusa Japonesa do bem-estar. – “A alegria não está nas coisas: está
em nós.” (Goethe).
Mulher Arco-Íris: Deusa havaiana que fazia a ligação entre os mundos superior
e humano. “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.”
(Sócrates).
Têmis: Deusa grega da Justiça. – “Quem decide um caso sem ouvir a outra
parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça.” (Sêneca).
Ereshkigal: Deusa suméria do submundo. – “São apenas as cabeças pequenas
e limitadas que temem seriamente na morte a destruição total do ser”
(Schopenhauer).
Iemanjá: Deusa ioruba das aguas do mar. – “A natureza feminina é como o mar:
cede à pressão mais fraca e suporta as cargas mais pesadas” (Rasmus Nielsen).
Mulher Mutante: Deusa Navajo dos ciclos de vida. – “Observo em mim mesma
as mudanças de estação: eu claramente mudo com elas.” (Clarice Lispector).
Lilith: Deusa suméria da independência feminina. – “Você não tem que agradar
a ninguém. Nem tem de atravessar o deserto de joelho para fazer penitência. Você
só tem de deixar o animal dócil do seu corpo, gostar do que ele gosta” – (Mary
Oliver).
Guinevere: Personagem celta, esposa de Arthur, mas apaixonada por Lancelot.
– “O amor não tem nada a ver com a ordem social. É uma experiência espiritual
mais elevada do que aquela do matrimônio socialmente organizado.” (Joseph
Campbell).
41
Iansã: Deusa ioruba das tempestades e dos ventos. – “A própria destruição, que
parece aos homens o termo das coisas, não é senão um meio de atingir, pela
transformação, um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer, e coisa
alguma se torna em nada.” (Allan Kardec).
Ostara: Deusa alemã regente da primavera. – “Espalhe semente e cubra-as.
Folhas brotarão onde você fizer seu trabalho”. (Rumi).
Ixchel: Deusa maia da lua. – “De nada serve ao homem conquistar a Lua se
acaba por perder a Terra.” (François Mauriac).
Demeter: Deusa grega da fertilidade da terra. – “Ninguém ainda sabe se tudo
apenas vive para morrer ou se morre para renascer”. (Marguerite Yourcenar).
Brighid: Deusa tríplice celta das artes, da magia, da cura e do fogo. “A vida é
uma pedra de amolar: desgasta-nos ou afia-nos, conforme o metal de que somos
feitos.” (George Bernard Shaw).
Sophia: Deusa hebraica da sabedoria. – “Conhecimento vem do seu professor.
Sabedoria, do seu interior”. (Bruce Lee).
YOKO MIYAZONO
45