Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRINCÍPIOS E APLICAÇÕES
TÉCNICAS DE
NANOCARACTERIZAÇÃO
VOLUME 3
ORGANIZADORES
Alessandra Luzia Da Róz
Fabio de Lima Leite
Marystela Ferreira
Osvaldo Novais de Oliveira Jr.
© 2015, Elsevier Editora Ltda.
ISBN 978-85-352-8091-3
ISBN (versão digital): 978-85-352-8094-4
Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação,
impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de
Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão.
Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoas
ou bens, originados do uso desta publicação.
ISBN 978-85-352-8091-3
Os autores dedicam esta obra a todos os cientistas que pesquisam na área de nanociência,
nanotecnologia e áreas correlatas. Além disso, os organizadores têm dedicatórias indivi-
duais a fazer.
MARYSTELA FERREIRA
Dedico esta obra, em especial, ao meu pai Walter Ferreira (in memoriam), que inves-
tiu na educação de suas cinco filhas e hoje todas atuam na área de pesquisa e ensino.
AGRADECIMENTOS
MARYSTELA FERREIRA
Agradeço a todas as pessoas que contribuíram e contribuem para a minha formação
profissional e a todos os integrantes do grupo de pesquisa em Nanociência e Nano-
tecnologia Aplicada a Sensores. Muitos são os nossos desafios e aos poucos vamos
superando cada um deles. Agradeço também à minha família e em especial à minha
pequena Laura, amor da minha vida.
ALESSANDRA DA RÓZ
Possui graduação em Licenciatura em Ciências Exatas com
Habilitação em Química pela Universidade de São Paulo
(1997), mestrado e doutorado em Ciências e Engenharia de
Materiais pela Universidade de São Paulo (2000 e 2004) e pós-
-doutorado DTI (Desenvolvimento Tecnológico Industrial-
-CNPq) junto ao Instituto de Física de São Carlos da Univer-
sidade de São Paulo (2009). Atualmente realiza pós-doutorado
PNPD (Programa Nacional de Pós-Doutorado-CAPES) na Universidade Federal
de São Carlos. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais, com ênfase em
polímeros e suas aplicações, atuando principalmente nos seguintes temas: modifica-
ção química e processamento de polímeros, biomassa lignocelulósica e biocombustí-
veis sólidos. Publicou 13 artigos em periódicos especializados, um capítulo de livro,
e possui duas patentes de invenção registradas no Instituto Nacional de Propriedade
Industrial (INPI). É revisora para diversos periódicos nacionais e internacionais.
MARYSTELA FERREIRA
Professora adjunta IV na Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar), campus Sorocaba-SP. Bacharel em Química pela
Universidade de São Paulo, USP, Instituto de Química de
São Carlos (IQSC) em 1993 e licenciada em Química (1995)
também pelo IQSC. Mestre em 1996 (IQSC) e obteve o tí-
tulo de doutor em 2000 na área de Físico-Química (IQSC).
Fez vários estágios de pós-doutorado entre os anos de 2000 e
2004 no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) na USP e coordenou um projeto
Jovem Pesquisador financiado pela FAPESP de 2004 a 2007 na Unesp em Presi-
dente Prudente (SP). Sua área de atuação é em desenvolvimento de materiais utili-
zando filmes fines nanoestruturados com técnicas Langmuir Blodgett (LB) e Layer
by-Layer (LbL) visando a interação de modelos de membranas e o desenvolvimento
de sensores eletroquímicos ambientais e biossensores. Foi responsável pela criação
do curso de Licenciatura em Química, UFSCar o qual coordenou desde o início
em 2009 até a formação da primeira turma em 2013. Faz parte de dois programas
OS ORGANIZADORES XI
GUINTHER KELLERMANN
Graduado em Física pela Universidade Federal de Santa Ca-
tarina (1992), possui mestrado em Física pela Universidade
de São Paulo (1996) e doutorado em Física pela Universidade
Estadual de Campinas (2003). Entre 1997 e 2010 atuou como
físico no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).
Atualmente é professor no Departamento de Física da Univer-
sidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Física,
com ênfase em Cristalografia, atuando principalmente nos seguintes temas: espalha-
mento de raios X a baixo ângulo, estudo de materiais nanocompósitos e instrumen-
tação de raios X.
XVIII TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
PRISCILA ALESSIO
Possui graduação em Licenciatura em Física pela Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP (2005).
Possui Mestrado em Ciência e Tecnologia de Materiais pela
UNESP (2008) e doutorado em regime de cotutela com a Uni-
versidad de Valladolid (UVa) obtendo os títulos de doutora em
Ciência e Tecnologia de Materiais pela UNESP e doctora en
Ciéncias Físicas pela UVa (2012). Atualmente é pós-douto-
randa na Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente (UNESP).
Tem experiência na área de Ciência de Materiais, com ênfase em moléculas orgânicas
OS AUTORES XXI
RONALD TARARAM
Bacharel em Química pela Universidade Estadual Paulista
(Unesp), campus de Araraquara. Possui Mestrado (2006) e Dou-
torado em Química (2010) com concentração em físico-química
pelo Instituto de Química de Araraquara – Unesp. Realizou pós-
-doutorado no CMDMC/Unesp, de 2010 a 2012, com ênfase
em cerâmica eletrônica e nanotecnologia. Atualmente é analista
de P&D no Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avança-
da, CEITEC S.A., onde desenvolve projetos e metodologias de caracterização de dis-
positivos microeletrônicos. Tem atuação em Ciência e Tecnologia de Materiais, com
experiência em semicondutores, técnicas espectroscópicas de caracterização e nas micros-
copias de varredura eletrônica, tunelamento e de força atômica.
APRESENTAÇÃO
O tema abordado nesta obra está diretamente ligado à revolução industrial e tecno-
lógica que o mundo está vivenciando. O impacto na economia e em nosso cotidiano
já é significativo, com a produção de novos fármacos a partir de nanopartículas, no-
vas terapias e nanodispositivos para sensoriamento ambiental. Como se pode intuir,
referimo-nos a nanociência e nanotecnologia. A nanociência e suas derivações com-
põem um campo de fronteira transdisciplinar que permite realizar a miniaturização
de materiais e dispositivos, trabalhando na nanoescala para criar estruturas com or-
ganização molecular. Os benefícios dessas novas estruturas nanométricas podem ser
constatados pela rápida disseminação de resultados em áreas como aeronáutica, bio-
tecnologia, materiais, nanoeletrônica, medicina, meio ambiente, saúde e segurança
nacional. A ciência que descrevemos aqui é capaz de construir e manipular moléculas
e átomos a ponto de desenvolver novos materiais com propriedades convenientes
e que normalmente não são observadas na macroescala. De fato, o mundo clássico
em que vivemos apresenta propriedades que podem ser drasticamente alteradas se a
matéria for manipulada em nível nanoscópico. Por exemplo, um material condutor
elétrico nas escalas macroscópica e microscópica pode se tornar isolante na nanoesca-
la. Essas peculiaridades do nanomundo, que permitem criar materiais com incríveis
e inusitadas propriedades, poderão ser exploradas pelo leitor por intermédio dos ca-
pítulos desta obra. Nossa ideia é criar inquietação, instigar transformações na forma
de pensar e ver o mundo a partir do controle das propriedades da matéria na escala
atômica e molecular.
Nanociência e Nanotecnologia: Princípios e Aplicações é uma coletânea de três vo-
lumes dedicada a estudantes de graduação e pós-graduação de diversos cursos,
além de técnicos e profissionais de várias indústrias. Os livros contêm capítulos di-
recionados a temas de vanguarda em novas áreas de pesquisa, além de capítulos de
XXIV TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
1. Introdução
A microscopia é a técnica de visualização de estruturas que não podem ser vistas a
olho nu. Sua finalidade primeira é a formação de uma imagem da região que se deseja
observar.
As técnicas de microscopia possibilitam a visualização de estruturas presentes no
interior das amostras ou em sua superfície, dependendo da técnica utilizada e das ca-
racterísticas da amostra. Para visualizar uma amostra são utilizadas técnicas capazes
de melhorar a capacidade de resolução do olho humano, que é da ordem de 0,2 mm.
Até o primeiro quarto do século XX as amostras eram acessadas utilizando a
luz visível, com os chamados microscópios ópticos, e dependiam da evolução das
técnicas de confecção de lentes com qualidades ópticas adequadas, até um limite de
metade do menor comprimento de onda da luz visível.
Dentre as diversas formas para classificar as técnicas de microscopia, uma delas se
refere à fonte de excitação da amostra. As três técnicas de microscopia mais utilizadas
4 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
2.1. Vácuo
Em um microscópio eletrônico de varredura é necessário vácuo, na coluna eletrônica
e na câmara de amostras, pois os elétrons conseguem atravessar apenas uma pequena
distância quando no ar. O vácuo é produzido em uma bomba turbomolecular apoia-
da por uma bomba mecânica rotativa. A bomba turbomolecular começa a operar
somente após o vácuo ter sido criado pela bomba mecânica, que é usada para pré-
-evacuar ou fazer um bombeamento grosseiro na câmara de amostra. Estabelecido
um pré-vácuo, uma válvula é acionada para permitir que a bomba turbomolecular
evacue a câmara de amostras.
elétrons. O filamento (cátodo) emissor forma ao seu redor uma nuvem de elétrons;
b) Envolvendo o emissor está um cilindro metálico (Wehnelt) com uma abertura.
Este cilindro controla o número de elétrons que deixam o canhão. Neste cilindro é
aplicado um potencial negativo, e ao redor de sua abertura são formadas linhas de
campo que irão diminuir o diâmetro da nuvem eletrônica ao longo do canhão; c) Um
disco com uma abertura (ânodo) que acelera os elétrons a uma voltagem entre 0,5 kV
e 30 kV. O disco com abertura está colocado de modo a formar com o cilindro um
campo elétrico capaz de acelerar os elétrons ao longo do canhão.
são arrancados da superfície do filamento por efeito túnel, em vez de efeito termiô-
nico, através da aplicação de um campo elétrico muito elevado que faz os elétrons do
filamento ultrapassarem a barreira de energia da superfície.
Emissão de campo
Filamento Tungstênio LaB6 Térmico Frio
Temperatura de operação (K) 2800 1900 1800 300
Brilho (A/cm sr kV) 104 105 107 2 × 107
Vácuo necessário (torr) 10–4 10–6 10–9 10–10
Distribuição de energia (eV) 2,5 1,5 1,0 0,25
Vida útil (h) 100 1000 5000 2000
Regeneração do filamento não não não cada 6h a 8h
Corrente de emissão/área (A/cm2) 3 30 5.300 17.000
8 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
foram espalhados pela amostra e funcionam como transdutores destes sinais em sinal
elétrico.
O sinal elétrico será enviado ao gabinete que possui sistemas eletrônicos capazes
de quantificar os sinais elétricos enviados pelos detectores e transformá-los em infor-
mações analisáveis tais como imagens e gráficos.
3. Utilização do MEV
O MEV é utilizado para observação e modificação da superfície da amostra. No caso
da observação o MEV é utilizado para capturar e interpretar alguns sinais emitidos
durante a interação do feixe de elétrons com a amostra (Figura 1.6). Entre esses si-
nais estão elétrons (elétrons Auger, elétrons secundários e elétrons retroespalhados),
raios X (raios X característicos e radiação freada de raios X), luz (ultravioleta, visível
e infravermelho), calor, elétrons conduzidos através da amostra e elétrons absorvidos
pela amostra. Com alguns desses sinais é possível observar e caracterizar a amostra
da seguinte forma: a) morfologia superficial; b) organização estrutural; c) composição
química.
A modificação da superfície se dá devido ao fato de que o feixe de elétrons, quan-
do com energia suficiente, é capaz de alterar localmente o material da superfície da
amostra, podendo assim gerar estruturas da ordem de alguns nanômetros. A técnica
mais comumente utilizada para modificação da superfície da amostra utilizando o
feixe de elétrons como uma ferramenta de escrita e desenho com resolução de alguns
nanômetros é conhecida como litografia por feixe de elétrons (LFE).
Figura 1.6. Principais sinais emitidos como resultado da interação entre o feixe de
elétrons e a amostra. Adaptado de www4.nau.edu e Goldstein et al. (2007).
10 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
4.2. Nanomontagem
De outra forma, o acúmulo de carga é usado como uma técnica auxiliar na mon-
tagem de nanopartículas sobre um substrato isolante (Figuras 1.7a e 1.7b). Faz-se
o carregamento elétrico da superfície com o feixe bem focalizado em um desenho
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA 11
Figura 1.10. (a) Co3O4-100 (adaptado de Tuysuz et al., 2008); (b) Co3O4-135
(adaptado de Tuysuz et.al., 2008); e (c) Imagem de elétrons secundários de uma
nanocratera da ordem de 600nm. Adaptado de Delobelle et al. (2010).
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA 15
Figura 1.12. Distribuição espacial dos elétrons espalhados do tipo ES1 e ES2.
Adaptado de Joy (1991).
elétrons, entre Ecr1 e Ecr2, é possível obter coeficientes σ>1, evitando o carrega-
mento elétrico da amostra, uma vez que o número de elétrons emitidos é superior ao
número de elétrons incidentes (Figura 1.13).
Quando σ>1, a superfície da amostra tende a ficar carregada positivamente,
criando uma situação estável em que a amostra passa a atrair o feixe de elétrons in-
cidente. Se usarmos energias superiores a Ecr2 ou inferiores a Ecr1, elétrons ficarão
acumulados na amostra, o que poderá, em alguns casos, destruir a amostra por meio
de rachaduras ou transformar a amostra em um espelho, uma vez que os elétrons in-
cidentes serão repelidos pelo carregamento negativo da amostra.26; 43; 68 Como as ima-
gens são uma combinação do diâmetro do feixe, da corrente do feixe, do alcance das
interações do feixe na amostra e da eficiência do sistema de detecção, em voltagens
pequenas, existe a vantagem de se obter imagens em muitas amostras eletricamente
isolantes sem a necessidade de aplicar recobrimento condutivo.9; 22
Por essas considerações, um diâmetro de feixe pequeno, como critério de desempe-
nho para obtenção de imagens de alta resolução, embora seja válido, deve estar combina-
do com voltagens menores, para maximizar o contraste em imagens de elétrons secun-
dários.66 A técnica de baixa voltagem não estava disponível nos equipamentos há alguns
anos. A microscopia eletrônica de varredura de baixa voltagem (MEV-BV) se tornou
possível devido ao desenvolvimento na instrumentação de MEV que permitiu a fácil
operação utilizando energias de feixe de baixa voltagem, abaixo de 5k eV. Os modernos
microscópios de varredura podem operar com baixa voltagem entre 0,2k eV e 5k eV, uma
vez que a obtenção de imagens nesta faixa de energia do feixe se tornou possível.53
A Figura 1.14 mostra uma imagem de MEV-BV das marcas de indentação em áreas
irradiadas e não irradiadas onde são vistos detalhes de fissura da ordem de 20 nm.58
Figura 1.14. Imagens MEV-BV das marcas de indentação em: (a) área
não irradiada e (b) área irradiada mostrando fissuras da ordem de 20 nm.
Adaptado de Oono et al. (2011).
Como uma parte do feixe atinge a amostra sem sofrer espalhamento, é com essa
parte do feixe que será formada a imagem. Os elétrons que sofreram algum espalha-
mento atingem a amostra longe do ponto de impacto do feixe não espalhado (FNE),
em distâncias que são algumas ordens de magnitude maiores que o diâmetro do FNE.
Dessa forma, o contraste irá depender mais da eficiência do sistema de detecção do
que da presença do gás, embora um decréscimo da intensidade do FNE implique em
sai perda de contraste. Por essa razão o MEV-A necessita empregar a melhor tecno-
logia em óptica de elétrons, para obter vantagens desta técnica de microscopia. Em
geral, uma perda de contraste pode ser compensada na prática por outros benefícios,
como o aumento de contraste oferecido pela exposição natural da superfície da amos-
tra, que no caso do MEV-A não necessita de recobrimento condutivo.
O dispositivo detector gasoso (DDG) utiliza um eletrodo (anodo) polarizado po-
sitivamente (+30 a +600 V) localizado logo acima da amostra que coleta os elétrons
emitidos pela amostra e pelo ambiente gasoso entre a amostra e o detector (Figura
1.16). Os elétrons secundários emitidos pela amostra (ES) são acelerados e multi-
plicados através do gás (em geral vapor de água) na direção do anodo. Uma vez que
os ES adquirem energia cinética suficiente, eles ionizam as moléculas do gás, pro-
duzindo íons positivos (IP). Os IP afastam-se do anodo na direção do “carro porta-
-amostra”, onde eles podem neutralizar os efeitos de carregamento do feixe primário
de elétrons. A proporção de elétrons coletados pelo DDG provenientes da superfície
da amostra ou do ambiente depende da distância de trabalho, da pressão do gás na
câmara, pressão P1, da voltagem de aceleração do feixe de elétrons e da voltagem do
coletor (Vc) do detector.
padrão desejado. A Figura 1.25 ilustra a técnica de litografia por feixe de elétrons.
A transferência para o resiste, ao qual denominamos padrão, está em contato direto
com o substrato e pode ser usada como máscara para qualquer processo de fabricação
subsequente.
A resolução da LFE está relacionada com a interação e o espalhamento dos elé-
trons dentro da camada de resiste e do substrato adjacente. Assim, a energia do feixe,
o diâmetro do feixe, o alcance eletrônico, a dosagem eletrônica, o tipo de resiste, a es-
pessura do resiste, o tipo de substrato, entre outros fatores, devem ser otimizados para
uma resolução adequada da LFE. Além disso, deve-se entender conceitos relaciona-
dos com os efeitos de exposição que dependem do tipo de padrão, conhecidos como
efeitos de proximidade interno e externo. Algumas propriedades do resiste, como
sensibilidade, resolução, contraste e resistência ao ataque, devem ser consideradas.73
processo sol gel, SiO2,72 TiO2 , apresentando resolução abaixo de 10 nm,64 enquanto
o resiste de silsesquioxana de hidrogênio atinge dimensões abaixo de 5 nm
(Figura 1.26).97
10. Nanomanipulação
Existe uma crescente e variada gama de produtos e dispositivos em áreas estratégicas,
como nanoeletrônica, nanotecnologia e biotecnologia, que exigem novas ferramentas
para manipulação tridimensional, montagem, caracterização e teste com blocos de
construção fundamentais, tais como nanotubos e nanofios.23; 62; 78
O MEV é uma técnica que permite a visualização em escala nanométrica, assim,
alguns ensaios envolvendo nanomanipulação podem ser realizados usando o MEV
como ferramenta auxiliar para orientar o pesquisador durante o ensaio.23; 62; 99
O principal desafio da nanomanipulação é a integração entre processos de baixo
para cima (DBPC) que usam técnicas físicas e químicas para obter estruturas em
escala molecular e até atômica e processos de cima para baixo (DCPB), como a mi-
crofabricação que busca fabricar estruturas funcionais cada vez menores. A Figura
1.27 mostra a escala objeto da nanomanipulação.25
30 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
Figura 1.29. Arrastamento de um nanofio até uma posição desejada usando pontas
de prova. Adaptado de Ye (2012).
DNA), ribossomo, proteínas, enzimas poderá trazer novos métodos de testes ainda
não alcançados pelos métodos tradicionais.69 As tecnologias de armazenamento de
dados computacionais poderão desenvolver novos tipos de testes. As tecnologias de
montagem de objetos em escala nanométrica possibilitarão o desenvolvimento de
máquinas complexas que poderão ser construídas e analisadas, sendo compostas por
partes precisamente posicionadas e montadas envolvendo moléculas, nanotubos, na-
nobarras e nanopartículas.12; 34 De outra forma, estas nanomáquinas precisarão ser
testadas e caracterizadas envolvendo as medidas de suas propriedades em escala na-
nométrica como o atrito, a adesão, propriedades elétricas e mecânicas que nortearão
os seus aspectos de funcionamento.1
Por se tratar de uma área recente, a nanomanipulação apresenta alguns desa-
fios a serem vencidos no presente e certamente outros surgirão ao longo do cami-
nho. Alguns deles seriam: a fabricação de nanoestruturas montadas com precisão
e repetibilidade; o modelamento de nanoforças, no ar e em líquidos, principal-
mente forças eletrostáticas e nanotribologia; a montagem tridimensional usando
nanopinças e envolvendo modelamento físico e químico da nanoestrutura tridi-
mensional (SITTI, 2001). A preparação de amostras nanomanipuladas requer
experiência com adesão, química, nanotribologia e ciência dos materiais para se
obter padrões de procedimentos de nanomanipulação. Os sistemas de nanomani-
pulação precisam ser desenvolvidos para se obter uma retroalimentação confiável
capaz de realizar um experimento preciso e estável e que forneça uma interpreta-
ção das forças na nanoescala.74
REFERÊNCIAS
1. Acosta, J.C.; Hwang, G.; Polesel-Maris, J.; Regnier, S. A tuning fork based wide range
mechanical characterization tool with nanorobotic manipulators inside a scanning electron
microscope. Review Of Scientific Instruments, v. 82; n. 3; p. 035116, March 2011.
2. Ahmad, M.R.; Nakajima, M.; Kojima, S.; Homma, M.; Fukuda, T. Buckling Nanoneedle
for characterizing single cells mechanics inside environmental SEM, IEEE Transactions On
Nanotechnology, v. 10, n. 2, p.226-236, March 2011.
3. Ahmad, M.R.; Nakajima, M.; Kojima, M.; Kojima, S.; Homma, M.; Fukuda, T. Instan-
taneous and quantitative single cells viability determination using dual nanoprobe inside
ESEM, IEEE Transactions on Nanotechnology, v. 11; n. 2; p. 298-306, March 2012.
4. Ahmad, M.R.; Nakajima, M.; Fukuda, T.; Kojima, S.; Homma, M. Single cells electrical
characterizations using nanobrobe via ESEM nanomanipulator system. 9th IEEE Conferen-
ce on Nanotechnology , IEEE-NANO p. 589-592, 2009.
5. Asahina, S.; Uno, S.; Suga, M.; Stevens, S.M.; Klingstedt, M.; Okano, Y.; Kudo, M.; Schue-
th, F.; Anderson, M.W.; Adschiri, T.; Terasaki, O. A new HRSEM approach to observe
fine structures of novel nanostructured materials, Microporous and Mesoporous Materials,
v.146, n. 1-3; p.11-17, Dec 2011.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA 37
6. Barrere, F.; Snel, M.M.E.; Van Blitterswijk, C.A.; De Groot, K; Layrolle, P. Nano-scale
study of the nucleation and growth of calcium phosphate coating on titanium implants. Bio-
materials, v.25; n. 14; p. 2901-2910, June 2004.
7. Blennow, A.; Hansen, M.; Schulz, A.; Jorgensen, K.; Donald, A.; Sanderson, J. The mole-
cular deposition of transgenically modified starch in the starch granule as imaged by functio-
nal microscopy. Journal of Structural Biology, v. 143; n. 3; p. 229-241, Sept 2003.
8. Bogner, A.; Jouneau, P.-H.; Thollet, G.; Basset, D.; Gauthier, C. A history of scanning
electron microscopy developments: Towards “wet-STEM” imaging. Micron, v. 38; n. 4; p.
390-401, 2007.
9. Boyes, E.D. High-resolution and low-voltage sem imaging and chemical microanalysis. Ad-
vanced Materials v.10; n.15 ; p. 1277 Oct 20 1998.
10. Boyes, E.D. Analytical potential of EDS at low voltages. Mikrochimica Acta, volume 138,
pages 225-234, 2002.
11. Cazaux, J. About the role of the various types of secondary electrons (SE1; SE2; SE3) on the
performance of LVSEM. Journal of Microscopy. Oxford. V. 214, p. 341-347, Part 3, June
2004.
12. Chang, M.; Chen, P.-C.; Lin, C.-P.; Chang, Y.-H. Assembly of Nanostructures by using
a mechanical nanomanipulator. Advanced Design and Manufacture Iii, Key Engineering
Materials, v. 450; p. 263-266, 2011.
13. Chronis, N.; Lee, L.P. Electrothermally activated SU-8 microgripper for single cell manipu-
lation in solution. Journal of Microelectromechanical Systems, v. 14; n. 4; p. 857-863, Aug
2005.
14. Danilatos, G.D. Design and construction of an atmospheric or environmental sem .1, scan-
ning, v. 4; n. 1; p. 9-20, 1981.
15. Danilatos, G.D.; Postle, R. Design and construction of an atmospheric or environmental
sem .2. Micron, v. 14; n. 1; p. 41-52; 1983.
16. Danilatos, G.D. Design and construction of an atmospheric or environmental sem .3. Scan-
ning, v.7; n. 1; p.26-42, 1985.
17. Danilatos, G.D. Design and construction of an environmental sem .4. Scanning, v.12; n. 1;
p. 23-27, Jan-Feb 1990.
18. Delobelle, B.; Courvoisier, F.; Delobelle, P. Morphology study of femtosecond laser nano-
-structured borosilicate glass using atomic force microscopy and scanning electron micros-
copy. Optics and Lasers in Engineering, v. 48; n. 5; p. 616-625, May 2010.
19. Dingley, D.J. Diffraction from sub-micron areas using electron backscattering in a scanning
electron microscope. Scanning Electron Microscopy, Pages: 569-575, Part 2, 1984.
20. Eichhorn, V. Nanorobotic handling and characterization of carbon nanotubes inside the
scanning electron microscope. Dissertation zur Erlangung des Grades eines Doktors der
Naturwissenschaften, Carl von Ossietzky Univertitat, Olderburg, Germany, 2011.
21. El-Gomati, M.M.; Walker, C.G.H.; Zha, X. Towards quantitative scanning electron mi-
croscopy: Applications to nano-scale analysis. Nuclear Instruments & Methods in Physics
Research Section A-Accelerator Spectrometers Detectors and Associates Equipment v. 645;
n.1; p.68-73 July 21 2011.
22. Erlandsen, S.; Chen, Y.; Frethem, C.; Detry, J.; Wells, C. High-resolution backscatter elec-
tron imaging of colloidal gold in LVSEM. Journal of Microscopy-Oxford, v. 211; p. 212-
218; n.3, Sept 2003.
38 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
23. Fahlbusch, S.; Mazerolle, S.; Breguet, J.M.; Steinecker, A.; Agnus, J.; Perez, R.; Michler,
J. Nanomanipulation in a scanning electron microscope. Journal Of Materials Processing
Technology, v.167; n.2-3 ; p.371-382, Aug 30 2005.
24. Fatikow, S.; Eichhorn, V. Nanohandling automation: trends and current developments.
Proceedings of The Institution of Mechanical Engineers Part C- Journal Of Mechanical
Engineering Science, v. 222; n. 7; p. 1353-1369, July 2008.
25. Fukuda T.; Nakajima M.; Liu P.; Elshimy H. Nanofabrication, nanoinstrumentation and
nanoassembly by nanorobotic manipulation. International Journal Robotics Research v. 28;
n. 4; p. 537-547, Apr. 2009.
26. Goldstein, J.; Newbury, D.E.; Joy, D.C.; Lyman, C.E.; Echlin, P.; Lifshin, E.; Sawyer, L.;
Michael, J.R. Scanning Electron Microscopy and X-ray Microanalysis. Springer, 2007.
27. Griffin, B.J. A comparison of conventional everhart-thornley style and in-lens secondary
electron detectors-a further variable in scanning electron microscopy. Scanning, v. 33; n.3; p.
162-173, May-June 2011.
28. Guthold, M.; Falvo, M.R.; Matthews, W.G.; Paulson, S.; washburn, S.; Erie, D.A.; Super-
fine, R.; Brooks, F.P.; Taylor, R.M. Controlled manipulation of molecular samples with the
nanomanipulator. IEEE-ASME Transactions on Mechatronics, v. 5; n. 2; p. 189-198, June
2000.
29. http://nanotechweb.org/cws/article/lab/37102. Acessado em 25/09/2013.
30. http://www.comsol.com/paper/download/37335/Sardan.pdf. Acessado em 25/09/2013.
31. http://www.danilatos.com/public_images.htm.
32. Haque, M.A.; Saif, M.T.A., In-situ tensile testing of nano-scale specimens in SEM and
TEM. Experimental Mechanics, v. 42; n. 1; p. 123-128, March 2002.
33. Iwata, F.; Mizuguchi Y.; Ko H.; Ushiki, T. Nanomanipulation of biological samples using a
compact atomic force microscope under scanning electron microscope observation. Journal
of Electron Microscopy v.60; n. 6; p.359-366, 2011.
34. Jeon, J.; Floresca, H.C.; Kim, M.J. Fabrication of complex three-dimensional nanostructures
using focused ion beam and nanomanipulation. Journal of Vacuum Science & Technology
B, v. 28; n. 3; p. 549-553, May 2010.
35. Joy, D.C.; Booker, G.R., Simultaneous display of micrograph and selected-area channeling
pattern using scanning electron microscope. Journal of Physics E-Scientific Instruments, v.
4; n. 11; p. 837, 1971.
36. Joy, D.C. The theory and practice of high-resolution scanning electron microscopy. Ultra-
microscope, V. 37, n. 1-4, Pages: 216-233, Aug 1991.
37. Joy, D.C.; Pawley, J.B. High-resolution scanning electron-microscopy, Ultramicroscopy. v.
47, n. 1-3, p. 80-100, Nov 1992.
38. Joy, D.C.; Joy, C.S. Low voltage scanning electron microscopy. Micron V. 27, n. 3-4 , p.
247-263, 1996.
39. Kaminskyj, S.G.W.; Dahms, T.E.S. High spatial resolution surface imaging and analysis of
fungal cells using SEM and AFM. Micron , v. 39; n. 4; p. 349-361, June 2008.
40. Kaplan-Ashiri, I.; Tenne, R. Mechanical properties of WS2 nanotubes. Journal of Cluster
Science, v. 18; n. 3; p. 549, 2007.
41. Kawaguchi, K.; Haarberg, G.M.; Morimitsu, M. Ordered nano particles in amorphous
IrO2-Ta2O5 Coatings Detected by SEM with low accelerated incident electrons. Electro-
chemistry, v.77; n.10; p. 879-881, Oct 2009.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA 39
42. Kim, H.; Negishi, T.; Kudo, M.; Takei, H.; Yasuda, K. Quantitative backscattered electron
imaging of field emission scanning electron microscopy for discrimination of nano-scale
elements with nm-order spatial resolution. Journal Of Electron Microscopy v.59; n. 5; p.
379-385 Oct 2010.
43. Komoda, H.; Yoshida, M.; Yamamoto, Y.; Iwasaki, K.; Nakatani, I.; Watanabe, H.; Yas-
utake, K. Novel charge neutralization techniques applicable to wide current range of FIB
processing in FIB-SEM combined system. Microelectronics Reliability, v. 46, n. 12, p.
2085-2095, Dec 2006.
44. Kuisma-Kursula, P. Accuracy, precision and detection limits of SEM-WDS, SEM-EDS
and PIXE in the multi-elemental analysis of medieval glass. X-Ray Spectrometry, v. 29; n.
1; p. 111-118, Jan-Feb 2000.
45. Lassen, N.C.K. Automatic localization of electron backscattering pattern bands from Hough
transform. Materials Science and Technology, v. 12; n. 10; p. 837-843, Oct 1996.
46. large.stanford.edu/courses/2007/ap273/bijoor1. Acessado em 01/10/2012.
47. Lassen, N.C.K.; Jensen, D.J.; Conradsen, K. Image-processing procedures for analysis of
electron back scattering patterns. Scanning Microscopy, v. 6; n. 1; p. 115-121, March 1992.
48. Leng, Y. Materials characterization – introduction to microscopic and spectroscopic me-
thod. John Wiley & Sons, 2008.
49. Liu, J.Y. High-resolution and low-voltage FE-SEM imaging and microanalysis in materials
characterization. Materials Characterization, v. 44, n. 4-5, p. 353-363, Apr-May, 2000.
50. Luginbuhl, P.; Indermuhle, P.F.; Gretillat, M.A.; Willemin, F.; De Rooij, N.F; Gerber, D.;
Gervasio, G.; Vuilleumier, J.L.; Twerenbold, D.; Duggelin, M.; Mathys, D.; Guggenheim,
R. Femtoliter injector for DNA mass spectrometry. Sensors and Actuators B-Chemical, v.
63; n.3; p. 167-177, May 15 2000.
51. Molhave, K.; Wich, T.; Kortschack, A.; Boggild, P. Pick-and-place nanomanipulation using
microfabricated grippers. Nanotechnology v. 17; p. 2434–2441, 2006.
52. Morgan, S.W.; Phillips, M.R. High bandwidth secondary electron detection in variable
pressure scanning electron microscopy using a Frisch grid. Journal of Physics D-Applied
Physics, v. 41; n. 5; p. 055-504, March 7 2008.
53. Muray, L.P. Developments in low-voltage microscopy instrumentation. Scanning. v. 33; n.
3; p. 155-161, May-June 2011.
54. Nahm, S.H.; Jang, H.-S.; Jeon, S. K.; Lee, H.J. Mechanical properties evaluation of nano-
-structured materials in scanning electron microscope. Materials Science Forum, v. 654-656;
n.1-3; p. 2312-2315, 2010.
55. Namatsu, H.; Watanabe, Y.; Yamazaki, K.; Yamaguchi, T.; Nagase, M.; Ono, Y.; Fujiwara,
A.; Horiguchi, S. Fabrication of Si single-electron transistors with precise dimensions by
electron-beam nanolithography. Journal of Vacuum Science Technology, v. 21; n. 1; p. 1-5,
Jan-Feb 2003.
56. Nishikawa, S.; Kikuchi, S. Diffraction of cathode rays by calcite. Nature, v. 122; p. 726-726,
jul-dec 1928.
57. Nishikawa, S.; Kikuchi, S. Diffraction of cathode rays by mica. Nature, v. 121; p. 1019-
1020, Jan-June 1928.
58. Oono, N.; Kasada, R.; Higuchi, T.; Sakamoto, K.; Nakatsuka, M.; Hasegawa, A. ; Kondo,
S. ; Matsui, H.; Kimura, A. Irradiation hardening and microstructure evolution of ion-irra-
diated Zr-hydride. Journal of Nuclear Materials v.419, n. 1-3; p. 366-370, 2011.
40 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
77. Stevens et al. An appraisal of high resolution scanning electron microscopy applied to porous
materials. Jeol News, v. 44; n. 1; p. 17, June 2009.
78. Suga, H.; Naitoh, Y.; Tanaka, M.; Horikawa, M.; Kobori, H.; Shimizu, T. Nanomanipula-
tion of single nanoparticle using a carbon nanotube probe in a scanning electron microscope.
Applied Physics Express, v.2; n.5; May 2009.
79. Sul, O.J.; Falvo, M.R.; Taylor, R.M.; Washburn, S.; Superfine, R. Thermally actuated un-
tethered impact-driven locomotive microdevices. Applied Physics Letters, v. 89; n. 20; p.
203512, Nov 2006.
80. Sun, L.; Wang, J.; Rong, W.; Li, X.; Bao, H. A silicon integrated micro nano-positioning
XY-stage for nano-manipulation, Journal of Micromechanics and Microengineering v. 18;
n. 12; p. 125004, Dec 2008.
81. Tuysuz, H.; Lehmann, C.W. ; Bongard, H.; Tesche, B.; Schmidt, R.; Schuth, F. Direct
imaging of surface topology and pore system of ordered mesoporous silica (MCM-41, SBA-
15, and KIT-6) and nanocast metal oxides by high resolution scanning electron microscopy.
Journal of The American Chemical Society v.130; n.34; p.11510-1151, Aug 27 2008.
82. Venables, J.A.; Harland, C.J. Electron backscattering patterns – new technique for obtaining
crystallographic information in scanning electron microscope. Philosophical Magazine, v.
27, n. 5, p.: 1193-1200, 1973.
83. Vidyaa V.; Arumaikkannu, G. Hybrid design of a polymeric electrothermal actuator for
microgripper. International Journal of Mechanical and Industrial Engineering, v. 1; n. 2 ; p.
31-35, 2011.
84. Wei, Q.F.; Mather, R.R.; Fotheringham, A.F.; Yang, R.; Buckman, J. ESEM study of oil
wetting behavior of polypropylene fibres, Oil & gas science and technology. Revue D IFP
Energies Nouvelles,v. 58; n. 5; p. 593-597, Sept-Oct 2003.
85. Wei, Q.F.; Liu, Y.; Wang, X.; Huang, F. Dynamic studies of polypropylene nonwovens in
environmental scanning electron microscope. Polymer Testing, v. 26; n 1; p. 2-8, Feb 2007.
86. Wells, O.C. Comparison of different models for the generation of electron backscattering
patterns in the scanning electron microscope. Scanning, v. 21; n. 6; p. 368-371, Nov-Dec
1999.
87. Williams, P.A.; Papadakis, S.J.; Falvo, M.R.; Patel, A.M.; Sinclair, M.; Seeger, A.; Helser,
A.; Taylor, R.M.; Washburn, S.; Superfine, R. Controlled placement of an individual carbon
nanotube onto a microelectromechanical structure. Applied Physics Letters, v.80; n. 14; p.
2574-2576, Apr 2002.
88. Woo, P.; Mekuz, I.; Chen, B. Nanomanipulation system for scanning electron microscope
scanning microscopies 2012: advanced microscopy technologies for defense, homeland secu-
rity, forensic, life, environmental, and industrial sciences. Proceedings of SPIE, v. 8378; n.
837800, 2012.
89. www2.rgu.ac.uk/life_semweb/xray.html. Acessado em 02/10/2013.
90. www4.nau.edu/microanalysis/microprobe/Interact-Effects.html. Acessado em 02/10/2013.
91. www.ammrf.org.au/myscope/sem/practice/principles/gun.php. Acessado em 02/10/2013.
92. www.ebsd-image.org/documentation/reference/ops/hough/op/houghtransform.html.
Acessado em 02/10/2013.
93. www.iei.liu.se/kmt/education/tmhl17-intranet/ebsd-materials/1.305569/TMHL17_
EBSD_2011.pdf. Acessado em 02/10/2013.
94. www.mcswiggenassoc.com/FAQs/FAQ_EF-4.htm. Acessado em 02/10/2013.
42 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
LISTA DE SÍMBOLOS
nei = número de elétrons incidentes
nes = número de elétrons secundários
ner = número de elétrons retroespalhados
P0 = pressão na entrada de gás do MEV-A
P1 = pressão na câmara de amostras do MEV-A
P2 = pressão no primeiro estágio da coluna do MEV-A
P3 = pressão no segundo estágio da coluna (canhão de elétrons) do MEV-A
Vc = voltagem do coletor do detector
σ = rendimento de elétrons emitidos
η = rendimentos dos elétrons secundários
δ = rendimento dos elétrons retroespalhados
2
MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA:
UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA
CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA
RONALD TARARAM
Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos, Universidade
Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho – Unesp
1. Introdução
No início dos anos 1980, a análise microestrutural de materiais experimentou um
grande avanço associado ao desenvolvimento da Microscopia de Varredura por Son-
da (SPM – Scanning Probe Microscopy).1;2;3;4 Trata-se de um grupo de técnicas analí-
ticas inteiramente original, envolvendo conhecimento e tecnologia multidisciplinar,
de ampla aplicação, devido à possibilidade de resolução espacial em escala nanomé-
trica e facilidade de operação em condições ambientais, em meio líquido ou vácuo,
produzindo imagens tridimensionais da superfície.3 Técnicas de SPM abrangem ins-
trumentos compostos basicamente por uma sonda sensora que interage com a super-
fície, cerâmicas piezelétricas para posicionar a amostra e fazer varreduras, circuitos de
46 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
2. Princípios de funcionamento
A compreensão do funcionamento de um microscópio de força atômica torna-se
simples fazendo uma analogia com uma antiga vitrola. A vitrola utiliza uma agulha
que, passando pelos sulcos do disco de vinil, reproduz um som. No caso do AFM,
existe uma pequena sonda (tip), que pode ser comparada à agulha da vitrola. Esta
sonda, passando sobre a superfície da amostra, tem seus movimentos enviados a um
detector, e estes sinais são transformados em informações por um software.23
É fundamental conhecer o funcionamento desse tipo de microscópio, seus com-
ponentes básicos e conhecer as forças de interação presentes entre a sonda e a superfí-
cie, pois a enorme variedade de técnicas derivadas do AFM depende do tipo de força
envolvida na interação e como é aferida.
A estrutura do equipamento AFM, destacando seus componentes básicos, pode
ser observada na Figura 2.1. O AFM mede as forças entre a sonda e a amostra por
meio de um sistema de deflexão da sonda com feixe de laser incidindo sobre uma haste
flexível chamada de haste (ou cantiléver). Na extremidade do cantiléver está localizada
a sonda que interage com a superfície da amostra durante a varredura.24;25 O método é
muito sensível às irregularidades na superfície quando o cantiléver se move desviando
a luz do laser para o fotodetector devido a alterações na topografia da amostra. As mu-
danças na saída do fotodetector são utilizadas para ajustar o deslocamento da cerâmica
piezelétrica (escâner) na direção z, cujo valor é registrado em função das coordenadas
(x, y) da varredura para construção da imagem tridimensional.5;23
Figura 2.2. Esquema do movimento tipo rasteira realizado por um escâner tubular
típico. Tensão aplicada nos eixos x e y produz o padrão de varredura.
mola. As sondas mais comuns são feitas de nitreto de silício (Si3N4) com formato
piramidal, apoiadas em cantiléveres triangulares, e também sondas de silício (Si) cô-
nicas em cantiléveres retangulares,28 como mostra Figura 2.3. Sondas de silício apre-
sentam menor dureza comparada com aquelas fabricadas com nitreto de silício; no
entanto, podem ser dopadas para se tornarem condutoras, revestidas com materiais
variados para determinadas aplicações, e ainda serem afiadas, proporcionando maior
riqueza de detalhes topográficos das imagens obtidas.
As características da sonda são fundamentais para a obtenção de uma boa
imagem, pois sua forma cônica ou piramidal influencia diretamente no contato
com a superfície da amostra.24 Esse contato está relacionado com a razão de as-
pecto, ou seja, a relação entre a altura e o diâmetro da base da sonda, e também
com o raio da extremidade da sonda, responsável pela resolução.29 Quanto maior
a razão de aspecto, mais fina será a sonda, o que permitirá definir melhor as ir-
regularidades da superfície.
3. Modos de operação
Os diferentes modos operacionais de obtenção de imagens de AFM referem-se fun-
damentalmente à distância mantida entre a sonda e a superfície da amostra no mo-
mento da varredura. Esses modos de varredura podem ser classificados de acordo
com o regime de forças, como: contato, não contato e contato intermitente. No modo
contato, o cantiléver é flexionado e experimenta forças repulsivas, nas quais a sonda
faz um leve “contato físico” com a superfície da amostra. O modo não contato opera
em uma região muito instável de forças atrativas e não tem encontrado aplicabilidade
geral, devido às forças adesivas da superfície. Essa limitação foi contornada com a
utilização do modo contato intermitente, cujo cantiléver é forçado a oscilar sobre a
MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA: UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA 51
5. Nanocaracterização elétrica
Uma variedade de métodos para fabricação de microdispositivos funcionais vem cres-
cendo enormemente, em parte devido a técnicas de nanolitografia. Porém, o sucesso
da utilização desses dispositivos também depende do desenvolvimento de técnicas de
caracterização e análise em escala nanométrica, ou seja, a nanocaracterização. Uma vez
que esses dispositivos são baseados em fenômenos eletrônicos de comunicação, medidas
de transporte em nanoescala são possíveis usando microscopia de varredura por sonda.
De fato, depois do desenvolvimento da microscopia de força atômica, baseada em forças
repulsivas ou atrativas de curto alcance (Van der Waals), percebeu-se que era possível
detectar mapas de forças de naturezas diferentes, como forças magnéticas e eletrostáticas
de longo alcance. Desde então, o número de modos operacionais utilizando o hardware
básico do AFM aumentou rapidamente, originando diversas técnicas de nanocaracteri-
zação que exploram fenômenos elétricos superficiais.
MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA: UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA 55
simples: uma sonda condutora interage com a amostra através de forças eletrostáticas
de longo alcance. Frequentemente, as cargas estáticas na superfície apresentam cam-
pos elétricos baixos, sendo conveniente a aplicação de tensão elétrica entre a sonda e a
amostra para induzir um campo elétrico. Com isso, tem-se uma melhora no contraste
da imagem de EFM, possibilitando a observação da distribuição de cargas, além da
estimativa da condutividade da superfície. Em EFM pode-se distinguir entre cargas
acumuladas em regiões condutoras e cargas confinadas em regiões isolantes.
EFM utiliza o recurso interleave, na varredura liftmode (Figuras 2.8 e 2.9), isto é,
as medidas são obtidas em dois passos para a mesma linha de varredura. O primeiro
passo consiste na varredura em contato intermitente para obter informações topo-
gráficas. No segundo passo, a sonda é então elevada a certa altura da superfície e a
varredura é realizada com o cantiléver mantendo uma distância fixa da superfície. O
sistema do microscópio utiliza o perfil da varredura anterior para manter constante a
separação sonda-superfície.58 A Figura 2.13 ilustra o processo em que, inicialmente,
a sonda mede a topografia (1) e, em seguida, desloca-se a certa altura (2) e, na segun-
da varredura (3), coleta dados do campo elétrico na superfície da amostra.
Figura 2.15. Comparação entre (a) forças atrativas e (b) forças repulsivas atuando
na constante de mola (kef) e frequência (ω) do cantiléver.
MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA: UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA 63
Figura 2.16. (a) Imagem topográfica da camada de ouro sobre SiO2 e (b) esquema
de aplicação de tensão elétrica na sonda. Imagens de EFM mostrando a influência
da (c) tensão aplicada na sonda e (d) a altura de varredura.
64 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
densidade (região clara). Algumas ilhas estavam isoladas, mas muitas estavam conec-
tadas, formando uma rede pela qual a corrente podia fluir.
Recentemente, a EFM vem sendo utilizada para caracterização e visualização
de barreiras de potenciais em sistemas policristalinos não lineares. Marques et al.91
demonstraram a possibilidade de usar a EFM para detectar barreiras de potencial
ativas em amostras cerâmicas varistoras à base de SnO2 para verificar a influência do
tratamento térmico em atmosfera rica ou pobre em oxigênio. A influência de do-
pantes que alterem as barreiras de potencial em varistores também pode ser avaliada
com a EFM.92 Vasconcelos et al.93 utilizaram a técnica para identificar e estimar a
quantidade de barreiras ativas no varistor à base de SnO2, comparando-o ao varistor
comercial de ZnO. Gheno et al.94 caracterizaram o titanato de bário dopado com
ítrio atribuindo o efeito PTC (Positive Temperature Coefficient) para a formação
de barreiras de potencial nos contornos de grão, que foram diretamente observadas
empregando a EFM.
haverá uma força elétrica motriz no cantiléver, fazendo-o vibrar. Isso permite que
o sistema detecte a frequência (ω) e a amplitude da oscilação do cantiléver. Quanto
maior for a diferença de potencial entre a sonda e a superfície, maior será a força
sobre o cantiléver, aumentando a amplitude de oscilação.
Se a sonda e a amostra estiverem no mesmo potencial (ΔV=0), então não haverá
nenhuma força elétrica atuante no cantiléver e sua amplitude de oscilação será nula.
Por isso, o potencial de superfície local é determinado ajustando uma tensão DC na
sonda (VDC) para igualar com o potencial elétrico na superfície (Vsup), situação na qual
a amplitude de oscilação do cantiléver torna-se nula. A tensão DC aplicada à sonda
é registrada pelo sistema para construir um mapa de potencial da superfície, em que
contrastes na imagem entre claro e escuro estão associados aos potenciais positivos e
negativos, respectivamente.
Portanto, durante a varredura em SSPM, duas componentes elétricas agem sobre
a sonda e o cantiléver, uma DC e outra AC. A componente DC envolve a tensão
ajustável determinada pelo sistema de realimentação (feedback) de acordo com o po-
tencial na superfície. A componente AC é responsável pela oscilação elétrica do can-
tiléver de acordo com a seguinte relação: Vtip = VDC + VAC.sen(ωt).56; 58; 59
REFERÊNCIAS
1. Digital Instruments Veeco Metrology Group. A practical guide to scanning probe microsco-
py. Disponível em: <http://www.veeco.com/pdfs/library/SPM_Guide_0829_05_166.pdf>.
Acesso em: 3 jun. 2012.
2. Mironov, V.L. Fundamentals of the scanning probe microscopy. Disponível em: <http://
www.padova.infm.it/torzo/Mironov_SPM.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2012.
3. Neves, B.R.A.; Vilela, J.M.C.; Andrade, M.S. Microscopia de varredura por sonda: uma
introdução. Cerâmica, v. 44, n. 290, p. 212-219, 1998.
4. Zavala, G. Atomic force microscopy, a tool for characterization, synthesis and chemical pro-
cesses. Colloid and Polymer Science, v. 286, p. 85-95, 2008.
5. Zanette, S.I. Funcionamento de um microscópio de força atômica. Disponível em: <http://
www.cbpf.br/~nanos/Apostila/index.html>. Acesso em: 3 jun. 2010.
6. Müller, T. Scanning tunneling microscopy: a tool for studying self-assembly and model sys-
tems for molecular devices. Disponível em: <http://www.veeco.com/pdfs/appnotes/AN85-
-STM_02085_rf_268.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2010.
7. Szymanski, C.; Wu, C.F.; Hooper, J.; Salazar, M.A.; Perdomo, A.; Dukes, A.; Mcneill, J.
Single molecule nanoparticles of the conjugated polymer MEH-PPV, preparation and cha-
racterization by near-field scanning optical microscopy. Journal of Physical Chemistry B, v.
109, n. 18, p. 8543-8546, 2005.
8. Binning, G.; Rohrer, H.; Gerber, C.; Weibel, E. Surface studies by scanning tunneling mi-
croscopy. Physical Review Letters, v. 49, n. 1, p. 57-61, 1982.
9. Binnig, G.; Quate, C.F.; Gerber, C. Atomic force microscope. Physical Review Letters, v.
56, n. 9, p. 930-933, 1986.
10. Arias, D.F.; Marulanda, D.M.; Baena, A.M.; Devia, A. Determination of friction coeffi-
cient on ZrN and TiN using lateral force microscopy (LFM). Wear, v. 261, n. 11-12, p.
1232-1236, 2006.
MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA: UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA 69
11. Heaton, M.G.; Prater, C.B.; Kjaller, K.J. Lateral and chemical force microscopy mapping
surface friction and adhesion. Disponível em: <http://www.bruker.jp/axs/nano/imgs/pdf/
AN005.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2012.
12. Babcock, K.L.; Prater, C.B. Phase imaging: beyond topography. Disponível em: <http://
www.bruker.jp/axs/nano/imgs/pdf/AN011.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2012.
13. Chen, X.; Davies, M.C.; Roberts, C.J.; Tendler, S.J.B.; Williams, P.M.; Davies, J.; Dawkes,
A.C.; Edwards, J.C. Interpretation of tapping mode atomic force microscopy data using
amplitude-phase-distance measurements. Ultramicroscopy, v. 75, n. 3, p. 171-181, 1998.
14. Gomes, S.; Trannoy, N.; Grossel, P.; Depasse, F.; Bainier, C.; Charraut, D. Dc scanning
thermal microscopy: Characterisation and interpretation of the measurement. International
Journal of Thermal Sciences, v. 40, n. 11, p. 949-958, Nov-Dec. 2001.
15. Webb, H.K.; Truong, V.K.; Hasan, J.; Crawford, R.J.; Ivanoya, E.P. Physico-mechanical
characterisation of cells using atomic force microscopy – Current research and methodolo-
gies. Journal of Microbiological Methods, v. 86, n. 2, p. 131-139, Aug. 2011.
16. Ferreira, A.A.P.; Yamanaka, H. Atomic force microscopy applied to immunoassays. Quimi-
ca Nova, v. 29, n. 1, p. 137-142, 2006.
17. Davoodi, A.; Pan, J.; Leygraf, C.; Norgren, S. Integrated AFM and SECM for in situ studies of
localized corrosion of Al alloys. Electrochimica Acta, v. 52, n. 27, p. 7697-7705, 2007.
18. Szunerits, S.; Pust, S.E.; Wittstock, G. Multidimensional electrochemical imaging in mate-
rials science. Analytical and Bioanalytical Chemistry, v. 389, n. 4, p. 1103-1120, 2007.
19. Kholkin, A.; Kalinin, S.; Roelofs, A.; Gruverman, A. Review of ferroelectric domain ima-
ging by piezoresponse force microscopy. In: S. Kalinin and A. Gruverman. Scanning Probe
Microscopy: Electrical and Electromechanical Phenomena at the Nanoscale. New York:
Springer Science+Business Media, v. 1, p.173-214, 2007.
20. Kalinin, S.V.; Rodriguez, B.J.; Jesse, S.; Shin, J.; Baddorf, A.P.; Gupta, P.; Jain, H.; Wil-
liams, D.B.; Gruverman, A. Vector piezoresponse force microscopy. Microscopy and Micro-
analysis, v. 12, n. p. 206-220, 2006.
21. Coffey, D.C.; Reid, O.G.; Rodovsky, D.B.; Bartholomew, G.P.; Ginger, D.S. Mapping
local photocurrents in polymer/fullerene solar cells with photoconductive atomic force mi-
croscopy. Nano Letters, v. 7, n. 3, p. 738-744, 2007.
22. Pingree, L.S.C.; Reid, O.G.; Ginger, D.S. Electrical scanning probe microscopy on active
organic electronic devices. Advanced Materials, v. 21, n. 1, p. 19-28, 2009.
23. Digital Instruments Veeco Metrology Group. MultiMode SPM instruction manual. Dis-
ponível em: <http://www.cigs.unimo.it/CigsDownloads/labs/AFM2/manuali_letture/Mul-
tiMode_Manual_RevB.pdf>. Acesso em: 19 maio 2013.
24. Herrmann Jr, P.S.P.; Colnago, L.A.; Mattoso, L.H.C.; Vaz, C.M.P.; Cruvinel, P.E. A
potencialidade da microscopia de varredura por sonda na pesquisa agropecuária. Embrapa,
Circular Técnica 10/99, 1999.
25. Butt, H.; Cappella, B.; Kappl, M. Force measurements with the atomic force microscope:
Technique, interpretation and applications. Surface Science Reports v. 59, p. 1-152, 2005.
26. Herrmann, P.S.P.; Silva, M.A.P.; Fo, R.B.; Job, A.E.; Colnago, L.A.; Frommer, J.E.; Mat-
toso, L.H.C. Microscopia de varredura por força: uma ferramenta poderosa no estudo de
polímeros. Polímeros: Ciência e Tecnologia, v.7, n.4, p.5-5, 1997.
27. Gonçalves, J.S. Modificação química de pontas de AFM para o estudo de eventos de reconhecimento
molecular. Dissertação – Programa de Pós-Graduação em Ciência & Tecnologia – Química. Centro
de Ciências Naturais e Humanas, Universidade Federal do ABC, Santo André. 2010.
70 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
28. Choosing AFM Probes for Biological Applications – Veeco. Disponível em: <http://ipc.iisc.
ernet.in/~ipcafm/pdf/AN44-BioTips%20Rev%20A2f.pdf>. Acesso em: 26 maio 2012.
29. Choosing AFM Probes for Biological Applications – Veeco. Disponível em: <http://ipc.iisc.
ernet.in/~ipcafm/pdf/AN44-BioTips%20Rev%20A2f.pdf>
30. Garcia, R.; Perez, R. Dynamic atomic force microscopy methods. Surface Science Reports,
v. 47, n. 6-8, p. 197-301, 2002.
31. Leite, F.L.; Mattoso, L.H.C.; Oliveira, J.R.O.N.; Herrmann Jr, P.S.P. The atomic force
spectroscopy as a tool to investigate surface forces: basic principles and applications. In:
Méndez-Vilas A, Díaz J, eds. Modern Research and Educational Topics in Microscopy.
Badajoz: Formatex; p. 747-757, 2007.
32. Deda, D.K.; Bueno, C.C.; Ribeiro, G.A.; Moraes, A.S.; Garcia, P.S.; Brito, B.; Leite, F.L.
Atomic force microscopy-based molecular recognition: a promising alternative to environ-
mental contaminants detection. In: Méndez-Vilas, A. (Ed.). Current microscopy contri-
butions to advances in science and technology. Badajoz: Formatex Research Center, v. 5,
p. 1337-1348, 2012.
34. Hafner, J.H.; Cheung, C.-L.; Woolley, A.T.; Lieber, C.T. Structural and functional ima-
ging with carbon nanotube AFM probes. Progress in Biophysics & Molecular Biology v. 77,
p. 73-110, 2001.
35. Prater, C.B.; Maivald, P.G.; Kjoller, K.J.; Heaton, M.G. Tapping mode imaging appli-
cations and technology. Disponível em: <http://www.tu-chemnitz.de/physik/OSMP/Soft/
ws0506_ue03b.pdf>. Acesso em: 24 maio 2012.
36. Fontes, G.N. Estudo de propriedades estruturais e térmicas de bicamadas de OPA. Disser-
tação (Mestrado em Física). Universidade Federal de Minas Gerais. 2002.
37. Fiorini, M.; Mckendry, R.; Cooper, M.A.; Rayment, T.; Abell, C. Chemical force micros-
copy with active enzymes. Biophysical Journal. v. 80, p. 2471–2476, 2001.
38. Clemente, A.V.; Gloystein, K. Principles of Atomic Force Microscopy (AFM). Physics of
Advanced Materials Winter School, 2008.
39. Garcia, M.B.F. Imobilização de enzimas em materiais nanoestruturados: atividade, estabili-
dade e aplicação da peroxidase imobilizada em bicamadas lipídicas e nanopartículas polimé-
ricas. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2010.
40. Rodrigues, C.A. Aplicações de processamento e análise avançada de imagens para a ca-
racterização de imagens de microscopia de força atômica. Tese (Doutorado em Física).
Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2003.
41. Gobi, K.V.; Kima, S.J.; Tanaka, H.; Shoyamac, Y.; Miura, N. Novel surface plasmon reso-
nance (SPR) immunosensor based on monomolecular layer of physically-adsorbed ovalbu-
min conjugate for detection of 2,4-dichlorophenoxyacetic acid and atomic force microscopy
study. Sensors and Actuators B, v. 123, p. 583-593, 2007.
42. Chtcheglova,L.A.; Shubeita, G.T.; Sekatskii, S.K.; Dietler, G. Force Spectroscopy with
a small dithering of AFM Tip: A method of direct and continuous measurement of the
spring constant of single molecules and molecular complexes. Biophysical Journal, v. 86,
p. 1177-1184, 2004.
43. Smith, D.A.; Connell S.D.; Robinson, C.; Kirkham, J. Chemical force microscopy: applica-
tions in surface characterization of natural hydroxyapatite. Elsevier Analytica Chimica Acta,
v. 479 p. 39-57, 2003.
MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA: UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA 71
44. Gourianova, S.; Willenbacher, N.; Kutschera, M. Chemical force microscopy study of adhe-
sive properties of polypropylene films: influence of surface polarity and medium langmuir, v.
21, p. 5429-5438, 2005.
45. Relini, A.; Sottini, S.; Zuccotti, S.; Bolognesi, M.; Gliozzi, A.; Rolandi, R. Measurement of
the surface free energy of streptavidin crystals by atomic force microscopy. Langmuir, v. 19,
p. 2908-2912, 2003.
46. Lohr, D.; Bash, R.; Wang, H.; Yodh, J.; Lindsay, S. Using atomic force microscopy to stu-
dy chromatin structure and nucleosome remodeling. Elsevier, Methods, v. 41, p. 333-341,
2007.
47. Lee, S. Chemical functionalization of AFM cantilevers. Dissertação (mestrado). Chemical
Engineering Seoul National University, 2002.
48. Ferreira, A.A.P.; Yamanaka, H. Microscopia de força atômica aplicada em imunoensaios.
Química Nova, v. 29, n. 1, p. 137-142, 2006.
49. Rafael, C.G.; Richard, E.W. Digital image processing. Upper Saddle River: Prentice-Hall,
2002.
50. Jak, M.J.J.; Konstapel, C.; Van Kreuningen, A.; Verhoeven, J.; Van Gastel, R.; Frenken,
J.W.M. Automated detection of particles, clusters and islands in scanning probe microscopy
images. Surface Science, v. 494, n. 2, p. 43-52, 2001.
51. Cremona, M.; Mauricio, M.H.P.; Carmo, L.C.S.; Prioli, R.; Nunes, V.B.; Zanette, S.I.;
Caride, A.O.; Albuquerque, M.P. Grain size distribution analysis in polycrystalline LiF thin
films by mathematical morphology techniques on AFM images and x-ray diffraction data.
Journal of Microscopy, v. 197, n. p. 260-267, 2000.
52. Meyer, F. Topographic distance and watershed lines. Signal Processing, v. 38, n. p. 113-125,
1994.
53. Image Metrology. Spip – Scanning probe image processor. Disponível em: <http://www.
imagemet.com/index.php?main=download>. Acesso em: 7 jun. 2012.
54. Czech Metrology Institute. Gwyddion. Disponível em: <http://sourceforge.net/projects/
gwyddion/files/gwyddion>. Acesso em: 24 maio 2012.
55. Nanotec Electronica. WSxM. Version 5.0. Disponível em: <http://www.nanotec.es/pro-
ducts/wsxm/download.php>. Acesso em: 7 jun. 2012.
56. Kalinin, S.V.; Shao, R.; Bonnell, D.A. Local phenomena in oxides by advanced scanning
probe microscopy. Journal of the American Ceramic Society, v. 88, n. 5, p. 1077-1098, 2005.
57. Kalinin, S.V. Nanoscale electric phenomena at oxide surfaces and interfaces by scanning
probe microscopy. 2002. 298 f. Dissertation (Doctor of Philosophy) – University of Pennsyl-
vania, Pennsylvania, 2002.
58. Digital Instruments Veeco Metrology Group. NanoScope IVa controller manual. Version
6.13. Disponível em: <https://depts.washington.edu/ntuf/facility/docs/NanoScope_Con-
troller_Manual.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2012.
59. Serry, F.M.; Kjoller, K.; Thornton, J.T.; Tench, R.J.; Cook, D. Electric force microscopy,
surface potential imaging, and surface electric modification with the atomic force microscope
(AFM). Disponível em: <http://www.veeco.com/pdfs/appnotes/AN27_EFMSurfPot_260.
pdf>. Acesso em: 7 jun. 2010.
60. Girard, P. Electrostatic force microscopy: principles and some applications to semiconduc-
tors. Nanotechnology, v. 12, n. 4, p. 485-490, 2001.
72 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
61. Jacobs, H.O.; Knapp, H.F.; Muller, S.; Stemmer, A. Surface potential mapping: a qualitati-
ve material contrast in SPM. Ultramicroscopy, v. 69, n. 1, p. 39-49, 1997.
62. De Wolf, P.; Geva, M.; Reynolds, C.L.; Hantschel, T.; Vandervorst, W.; Bylsma, R. B. Two-
-dimensional carrier profiling of InP-based structures using scanning spreading resistance mi-
croscopy. Journal of Vacuum Science and Technology A, v. 17, n. 4, p. 1285-1288, 1999.
63. Suchodolskis, A.; Hallen, A.; Gran, J.; Hansen, T.E.; Karlsson, U. O. Scanning spreading
resistance microscopy of shallow doping profiles in silicon. Nuclear Instruments and Metho-
ds in Physics Research Section B, v. 253, n. 1-2, p. 141-144, 2006.
64. Lu, R.P.; Kavanagh, K.L.; Dixon-Warren, S.J.; Springthorpe, A.J.; Streater, R.; Calder, I.
Scanning spreading resistance microscopy current transport studies on doped III-V semi-
conductors. Journal of Vacuum Science and Technology B, v. 20, n. 4, p. 1682-1689, 2002.
65. Okada, Y.; Miyagi, M.; Akahane, K.; Kawabe, M.; Shigekawa, H. Self-organized InGaAs
quantum dots grown on GaAs (311)B substrate studied by conductive atomic force micros-
cope technique. Journal of Crystal Growth, v. 245, n. 3-4, p. 212-218, 2002.
66. Bietsch, A.; Schneider, M.A.; Welland, M.E.; Michel, B. Electrical testing of gold nanos-
tructures by conducting atomic force microscopy. Journal of Vacuum Science and Technolo-
gy B, v. 18, n. 3, p. 1160-1170, 2000.
67. Landau, S.A.; Junghans, N.; Weiss, P.A.; Kolbesen, B.O.; Olbrich, A.; Schindler, G.; Hart-
ner, W.; Hintermaier, F.; Dehm, C.; Mazure, C. Scanning probe microscopy – a tool for the
investigation of high-k materials. Applied Surface Science, v. 157, n. 4, p. 387-392, 2000.
68. Lee, J.C.; Chuang, J.H. A novel application of c-AFM: deep sub-micron single probing for
IC failure analysis. Microelectronics Reliability, v. 43, n. 9-11, p. 1687-1692, 2003.
69. Bailon, M.F.; Salinas, P.F.F.; Arboleda, J.P.S. Application of conductive AFM on the elec-
trical characterization of single-bit marginal failure. IEEE Transactions on Device and Ma-
terials Reliability, v. 6, n. 2, p. 186-189, 2006.
70. Kopanski, J.J.; Marchiando, J.F.; Rennex, B.G. Carrier concentration dependence of the
scanning capacitance microscopy signal in the vicinity of p-n junctions. Journal of Vacuum
Science and Technology B, v. 18, n. 1, p. 409-413, 2000.
71. Zavyalov, V.V.; Mcmurray, J.S.; Williams, C.C. Advances in experimental technique for
quantitative two-dimensional dopant profiling by scanning capacitance microscopy. Review
of Scientific Instruments, v. 70, n. 1, p. 158-164, 1999.
72. Duhayon, N.; Clarysse, T.; Eyben, P.; Vandervorst, W.; Hellemans, L. Detailed study of
scanning capacitance microscopy on cross-sectional and beveled junctions. Journal of Va-
cuum Science and Technology B, v. 20, n. 2, p. 741-746, 2002.
73. Kalinin, S.V.; Rodriguez, B.J.; Jesse, S.; Shin, J.; Baddorf, A.P.; Gupta, P.; Jain, H.; Wil-
liams, D.B.; Gruverman, A. Vector piezoresponse force microscopy. Microscopy and Micro-
analysis, v. 12, n. 3, p. 206-220, 2006.
74. Abplanalp, M.; Barosova, D.; Bridenbaugh, P.; Erhart, J.; Fousek, J.; Gunter, P.; Nosek, J.;
Sulc, M. Ferroelectric domain structures in PZN-8%PT single crystals studied by scanning
force microscopy. Solid State Communications, v. 119, n. 1, p. 7-12, 2001.
75. Gruverman, A.; Tokumoto, H.; Prakash, A.S.; Aggarwal, S.; Yang, B.; Wuttig, M.; Ra-
mesh, R.; Auciello, O.; Venkatesan, T. Nanoscale imaging of domain dynamics and reten-
tion in ferroelectric thin films. Applied Physics Letters, v. 71, n. 24, p. 3492-3494, 1997.
76. Kalinin, S.V.; Bonnell, D.A. Imaging mechanism of piezoresponse force microscopy of fer-
roelectric surfaces. Physical Review B, v. 65, n. 12, p. 125408/1-125408/11, 2002.
MICROSCOPIA DE FORÇA ATÔMICA: UMA PODEROSA FERRAMENTA PARA CARACTERIZAÇÃO ELÉTRICA 73
77. Kholkin, A.L.; Bdikin, I.K.; Shvartsman, V.V.; Pertsev, N.A. Anomalous polarization
inversion in ferroelectrics via scanning force microscopy. Nanotechnology, v. 18, n. 9, p.
095502/1-095502/5, 2007.
78. Kalinin, S.V.; Bonnell, D.A. Scanning impedance microscopy of electroactive interfaces.
Applied Physics Letters, v. 78, n. 9, p. 1306-1308, 2001.
79. Kalinin, S.V.; Bonnell, D.A. Scanning impedance microscopy of an active Schottky barrier
diode. Journal of Applied Physics, v. 91, n. 2, p. 832-839, 2002.
80. Shao, R.; Kalinin, S.V.; Bonnell, D.A. Local impedance imaging and spectroscopy of
polycrystalline ZnO using contact atomic force microscopy. Applied Physics Letters, v. 82,
n. 12, p. 1869-1871, 2003.
81. Shin, J.; Meunier, V.; Baddorf, A.P.; Kalinin, S. V. Nonlinear transport imaging by scanning
impedance microscopy. Applied Physics Letters, v. 85, n. 18, p. 4240-4242, 2004.
82. Wittborn, J.; Rao, K.V.; Nogues, J.; Schuller, I.K. Magnetic domain and domain-wall ima-
ging of submicron Co dots by probing the magnetostrictive response using atomic force
microscopy. Applied Physics Letters, v. 76, n. 20, p. 2931-2933, 2000.
83. Florin, E.L.; Radmacher, M.; Fleck, B.; Gaub, H.E. Atomic force microscope with magne-
tic force modulation. Review of Scientific Instruments, v. 65, n. 3, p. 639-643, 1994.
84. Amelio, S.; Goldade, A.V.; Rabe, U.; Scherer, V.; Bhushan, B.; Arnold, W. Measurements
of elastic properties of ultra-thin diamond-like carbon coatings using atomic force acoustic
microscopy. Thin Solid Films, v. 392, n. 1, p. 75-84, 2001.
85. Trenkler, T.; De Wolf, P.; Vandervorst, W.; Hellemans, L. Nanopotentiometry: local po-
tential measurements in complementary metal-oxide-semiconductor transistors using ato-
mic force microscopy. Journal of Vacuum Science and Technology B, v. 16, n. 1, p. 367-372,
1998.
86. Martin, Y.; Williams, C.C.; Wickramasinghe, H. K. Atomic force microscope force map-
ping and profiling on a Sub 100-A Scale. Journal of Applied Physics, v. 61, n. 10, p. 4723-
4729, 1987.
87. Terris, B.D.; Stern, J.E.; Rugar, D.; Mamin, H.J. Contact electrification using force micros-
copy. Physical Review Letters, v. 63, n. 24, p. 2669-2672, 1989.
88. Schonenberger, C.; Alvarado, S.F. Observation of single charge-carriers by force microsco-
py. Physical Review Letters, v. 65, n. 25, p. 3162-3164, 1990.
89. Saurenbach, F.; Terris, B.D. Imaging of ferroelectric domain-walls by force microscopy.
Applied Physics Letters, v. 56, n. 17, p. 1703-1705, apr. 1990.
90. Ehrburgerdolle, F.; Tence, M. Determination of the fractal dimension of carbon-black ag-
gregates. Carbon, v. 28, n. 2-3, p. 448-452, 1990.
91. Marques, V.P.B.; Cilense, M.; Bueno, P.R.; Orlandi, M.O.; Varela, J.A.; Longo, E. Qua-
litative evaluation of active potential barriers in SnO2-based polycrystalline devices by elec-
trostatic force microscopy. Applied Physics A, v. 87, n. 4, p. 793-796, 2007.
92. Bueno, P.R.; Santos, M.A.; Ramirez, M.A.; Tararam, R.; Longo, E.; Varela, J.A. Rela-
tionship between grain-boundary capacitance and bulk shallow donors in SnO2 polycrys-
talline semiconductor. Physica Status Solidi A, v. 205, n. 7, p. 1694-1698, 2008.
93. Vasconcelos, J.S.; Vasconcelos, N.; Orlandi, M.O.; Bueno, P.R.; Varela, J.A.; Longo, E.;
Barrado, C.M.; Leite, E.R. Electrostatic force microscopy as a tool to estimate the number
of active potential barriers in dense non-ohmic polycrystalline SnO2 devices. Applied Phy-
sics Letters, v. 89, n. 15, p. 152102/1-152102/3, 2006.
74 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
94. Gheno, S.M.; Hasegawa, H.L.; Paulin, P.I. Direct observation of potential barrier behavior
in yttrium-barium titanate observed by electrostactic force microscopy. Scripta Materialia, v.
56, n. 6, p. 545-548, 2007.
95. Nonnenmacher, M.; Oboyle, M.P.; Wickramasinghe, H.K. Kelvin probe force microscopy.
Applied Physics Letters, v. 58, n. 25, p. 2921-2923, 1991.
96. Nonnenmacher, M.; Oboyle, M.; Wickramasinghe, H.K. Surface investigations with a Kel-
vin probe force microscope. Ultramicroscopy, v. 42, n. p. 268-273, 1992.
97. O’boyle, M.P.; Hwang, T.T.; Wickramasinghe, H.K. Atomic force microscopy of work
functions on the nanometer scale. Applied Physics Letters, v. 74, n. 18, p. 2641-2642, 1999.
98. Doukkali, A.; Ledain, S.; Guasch, C.; Bonnet, J. Surface potential mapping of biased pn
junction with kelvin probe force microscopy: application to cross-section devices. Applied
Surface Science, v. 235, n. 4, p. 507-512, 2004.
99. Lian, C.; Xing, H.L. Surface potential measurements on Ni-(Al)GaN lateral Schottky
junction using scanning Kelvin probe microscopy. Applied Physics Letters, v. 88, n. 2, p.
022112/1-022112/3, 2006.
100. Buh, G.H.; Chung, H.J.; Kim, C.K.; Yi, J.H.; Yoon, I.T.; Kuk, Y. Imaging of a silicon pn
junction under applied bias with scanning capacitance microscopy and kelvin probe force
microscopy. Applied Physics Letters, v. 77, n. 1, p. 106-108, 2000.
101. Jiang, C. S.; Moutinho, H. R.; Romero, M. J.; Al-Jassim, M. M.; Kazmerski, L. L. Electri-
cal charge trapping at defects on the Si(111)7x7 surface. Applied Physics Letters, v. 88, n. 6,
p. 022112/1-022112/3, 2006.
102. Huey, B.D.; Bonnell, D.A. Nanoscale variation in electric potential at oxide bicrystal and
polycrystal interfaces. Solid State Ionics, v. 131, n. 1-2, p. 51-60, 2000.
103. Hirose, S.; Nishita, K.; Niimi, H. Influence of distribution of additives on electrical poten-
tial barrier at grain boundaries in ZnO-based multilayered chip varistor. Journal of Applied
Physics, v. 100, n. 8, p. 083706/1-083706/7, 2006.
LISTA DE SÍMBOLOS
F – força
k – constante de mola
x – deslocamento vertical do cantiléver
ω – frequência de ressonância
Δω – variações na frequência de ressonância
kef – constante elástica efetiva
ΔV– diferença de potencial elétrico
Vsup – potencial elétrico superficial
VAC – tensão elétrica alternada
VDC – tensão elétrica contínua
3
TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE
CARACTERIZAÇÃO DE NANOMATERIAIS
PRISCILA ALESSIO
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista – Unesp
1.2. Catálise
Os materiais nanoestruturados muitas vezes são aplicados como catalisadores em re-
ações químicas. Algumas alterações no formato e no tamanho dos materiais são rea-
lizadas e a influência desses parâmetros na atividade catalítica dos materiais nanoes-
truturados pode ser medida através de análises de absorção no UV-Vis. No trabalho
de Zhang et al. (2010) foi estudada a síntese de microcristais de Cu2O em formatos
de cubo, octaedro e poliedros perfeitos de 26 e 18 faces. A fotodegradação do alaran-
jado de metila foi estudada via absorção no UV-Vis em função dos formatos das es-
truturas obtidas. Os resultados mostram que os poliedros de 26 e 18 faces apresentam
maior adsorção e atividade fotocatalítica do que os octaedros e cubos (Figura 3.4). Os
TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE NANOMATERIAIS 81
autores concluíram que esse resultado implica ainda que o desempenho dos catalisa-
dores pode ser aumentado controlando o formato das estruturas, uma vez que o for-
mato determina o número de átomos localizados nas bordas, cantos ou superfícies.90
As nanopartículas de ligas bimetálicas também têm sido utilizadas, uma vez que
apresentam propriedades ópticas e catalíticas que são dependentes da composição e
da sua morfologia.35 Os autores ressaltam que as nanopartículas de ligas bimetálicas,
por características como baixo custo, composição e estrutura ajustáveis, além da alta
estabilidade, podem ser utilizadas como enzimas miméticas em imunoensaios, bio-
catálise e monitoramento ambiental. A Figura 3.5 mostra a influência da composição
das nanopartículas bimetálicas de Pd e Ag na catálise de o-fenilenodiamina (OPD),
tetrametil-benzidina di-hidroclorada (TMB) e 2, 2’-azino-bis-(3-etilbenzo-triazoli-
na-6-ácido sulfônico) sal diamônio (ABTS).35
82 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
Figura 3.5. (a) EvoluçÃo dos tons na oxidação de OPD, TMB e ABST catalisadas
por nanocristais de Pd (PdNC) ouAgPd (AgPdNC); e (b) absorbância em 425 nm
como função do tempo após a adição das mesmas alíquotas de PdNCs (curva b) e
AgPdNCs com proporções de Ag/Pd de 1/3 (curva c), 1/1 (curva d), 3/1 (curva e) e de
5/1 (curva f). A curva “a” representa uma experiência de controle sem catalisador.
O detalhe em (b) mostra a dependência da taxa de oxidação de OPD com a razão
de Ag/Pd (linha tracejada), sendo que a linha sólida marca o valor do experimento
controle. Condições de reação: 0,3 MH2O2; 0,3 mM OPD e 26 μM de PdNCs ou
AgPdNCs em 40ºC. Adaptado de He et al. (2010).
1.3. Sensores
As nanoestruturas funcionalizadas têm sido utilizadas como sensores colorimétri-
cos utilizando medidas de absorção no UV-Vis. Por exemplo, nanopartículas de Au
funcionalizadas com glutationa foram utilizadas no desenvolvimento de um sensor
portátil de Pb2+.18 O método permite uma rápida detecção em tempo real de Pb2+, e
os resultados experimentais mostraram que o Pb2+ pode ser detectado com elevada
sensibilidade (100 nM) e seletividade em relação a outros íons de metais pesados
(Hg2+, Mg2+, Zn2+, Ni2+, Cu2+, Co2+, Ca2+, Mn2+, Fe2+, Cd2+, Ba2+ e Cr3+).18
TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE NANOMATERIAIS 83
Figura 3.7. Espectros de absorção no UV-Vis para (a) filmes PVD de FePc
para diferentes espessuras em massa; e (b) filmes LB de FePc para diferentes
números de camadas. Os detalhes mostram (a) absorbância em 630 nm
versus espessura em massa para o filme PVD de FePc e (b) absorbância
em 755 nm versus o número de camadas do filme LB de FePc.
Adaptado de Volpati et al. (2008).
Uma relação não linear entre absorbância e número de camadas (ou bicamadas
ou massa) indica a presença de diferentes processos de adsorção controlando o
crescimento do filme. Por exemplo, a Figura 3.8a24 mostra a análise do crescimento
de um filme LbL composto por duas enzimas (glicose oxidase – GOx e invertase
– INV) e um polieletrólito (polialilamina hidroclorada – PAH) em estrutura de
tetracamadas (PAH/GOx/PAH/INV). O crescimento desse filme apresenta um
TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE NANOMATERIAIS 85
comportamento de soma de duas funções exponenciais, o que sugere que dois pro-
cessos com distintos tempos característicos estão envolvidos na adsorção do filme.
Os autores compararam o crescimento desse filme bienzimático ao crescimento
dos filmes monoenzimáticos (PAH/GOx) e (PAH/INV), e ambos apresentam
crescimento linear. Dessa forma, o crescimento exponencial do filme em tetraca-
mada deve estar associado à presença simultânea de ambas as enzimas no filme. No
caso do filme bienzimático em estrutura de tricamadas (PAH/GOx/INV) mos-
trado na Figura 3.8b, a relação absorbância e número de tricamadas apresentou
comportamento sigmoidal de Boltzmann, o que não é típico de filmes LbL. Isso
pode ter sido causado pelo rearranjo das biomoléculas em camadas depois que um
determinado número de camadas foi depositado.24
resultados mostram que em um primeiro estágio AuNPs e Met interagem via grupos
sulfônicos, como ilustrado na Figura 3.10. Em um segundo estágio as nanoestruturas
3D são formadas mediante reorientação das moléculas de Met, de modo que os seus
grupos amina interagem através de ligações de H.
Figura 3.11. (a) Modo transmissão: campo elétrico (E//) da luz paralela
à superfície do substrato; e (b) modo reflexão: o ângulo de incidência da luz (~80 °)
maximiza a componente do campo elétrico (E^) perpendicular à superfície
do substrato. Adaptado de Volpati et al. (2008).
cm–1 tem uma intensidade relativa muito maior no modo transmissão do que refle-
xão, onde é apenas um ombro (Figura 3.12a). Isso não só confirma que o AzoPTCD
se organiza preferencialmente perpendicular ao substrato, mas também que a molé-
cula está apoiada pelo seu eixo maior, como ilustrado na Figura 3.12b.
3. Espalhamento Raman
3.1. Nanomateriais à base de carbono
A espectroscopia Raman, determinada pelo espalhamento inelástico da luz que in-
cide em um material qualquer, é muito utilizada na caracterização de materiais em
diversas áreas por ser uma técnica não destrutiva, rápida, eficiente e de fácil manipu-
lação. Com o desenvolvimento de materiais em escala nanométrica, a espectroscopia
Raman tem sido amplamente aplicada na caracterização dessas nanoestruturas. Ma-
teriais à base de carbono, por exemplo, podem ser caracterizados por espectroscopia
Raman para indicar a formação de nanoestruturas. Nanopoliedros de carbono oco,
sintetizados a baixa temperatura,91 são caracterizados pela presença da banda D em
92 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
Figura 3.14. Imagens de SEM de (a) folha de carbono; (b) CNW/folha de carbono;
(c) NiO/CNWs/folha carbono. Espectros Raman; e (d) CNW/folha
de carbono (espectro I) e NiO/CNWs/folha carbono (espectro II).
Adaptado de Chang et al. (2012).
e G’. Variando a fonte de excitação de 785 para 514,5 e 457,9, o número de onda
da banda D aumenta, porém a relação ID/IG diminui, indicando um comportamento
dispersivo de energia. O efeito da temperatura também foi avaliado mantendo laser
com comprimento de onda de 514,5 nm e irradiando os MWCNTs com 1, 10, 25,
50 e 100 % da potência máxima (10 mW). Os autores notaram que a intensidade da
banda depende da potência, sendo mais intensa com o aumento da potência, e que
para maiores potências (maior temperatura) ocorre um deslocamento para menores
comprimentos de onda de ambas as bandas (G e D). Esse processo é reversível, não
causando danos aos MWCNTs.
Quanto às interações físicas, a espectroscopia Raman é sensível a SWCNTs ligados a
nanopilares ordenados de Si ou SiO2 sobre substratos de Si.47 Os sinais Raman são mais
intensos quando os SWCNTs estão ligados aos pilares, além de aparecerem novas ban-
das em regiões de baixa frequência, indicando a ligação aos pilares.47 A funcionalização de
nanotubos através de dopagem também pode ser detectada por espectroscopia Raman.
SWCNTs são semicondutores de tipo p ou n, dependendo da funcionalização. Suzuki
et al. (2011) reportaram a caracterização de SWCNTs dopados com boro, tornando um
semicondutor tipo p e nitrogênio tipo n. A funcionalização através de tratamento áci-
do dos MWCNTs também pode ser medida57 pelo aumento da razão ID/IG de 1,36
(MWCNTs puros) para 1,7 (MWCNTs funcionalizado).
na superfície foi feita pela presença de O2 adsorvido. Os resultados indicam que nas
amostras calcinadas (aquecidas) não foram observadas bandas Raman devido à pre-
sença de O2 adsorvido. Isso indica que em amostras oxidadas não ocorre adsorção de
O2 e amostras que foram submetidas à redução adsorvem O2. A Figura 3.17g mostra
espectros Raman das nano-hastes reduzidas e aquecidas em 673, 773 e 873 K. O es-
pectro Raman da amostra submetida a redução após aquecimento a 673 K apresenta
três bandas 1139, 862 (ombro) e 830 cm–1 atribuídas a O2 adsorvido na superfície. No
espectro Raman da amostra reduzida após aquecimento de 773 K a banda em 1139
cm–1 mal é observada, e o ombro em 862 cm–1 é mais intenso quando comparado
com a banda principal em 830 cm–1. Não foram observadas bandas de O2 adsorvido
em amostras tratadas a 873 K. Quando é utilizado 18O2 em vez de 16O2, as bandas em
830 e 862 cm–1 deslocam-se para 782 e 813 cm–1, conforme a Figura 3.17g. Portanto,
a espectroscopia Raman mostra-se uma técnica útil para a caracterização de defeitos
presentes na superfície de nanomateriais. Roro et al. (2012) reportaram MWCNTs
quimicamente funcionalizados e misturados com solução de NiO. Espectros Raman
foram obtidos dos MWCNTs puros, funcionalizados (f-MWCNTS) e dos nano-
compósitos com NiO (f-MWCNTs/NiO). Os resultados revelaram que os picos das
bandas D e G se tornam mais largos, e a razão ID/IG torna-se maior para os nano-
compósitos quando comparado aos f-MWCNTs, indicando que aumenta o número
de defeitos nos nanocompósitos.
com três ftalocianinas: ferro (FeTsPc), níquel (NiTsPc) e cobre (CuTsPc) crescidos
pela técnica LbL. Os espectros Raman foram capazes de mostrar a dopagem primá-
ria, devido à protonação, e a secundária, devido a mudanças estruturais e conforma-
cionais na cadeia da PANI. A interação que permite o crescimento dos filmes LbL
é a interação entre os grupos SO3– das ftalocianinas e NH da PANI. A semelhança
entre os espectros indica que não foi a ftalocianina que induziu a dopagem secundá-
ria. Já no trabalho de Silva et al. (2012) sobre filmes finos híbridos de óxido semicon-
dutor (nanoespirais de hexaniobato) e PANI, os espectros Raman indicaram que o
óxido semicondutor é capaz de induzir a dopagem secundária na PANI, melhorando
ainda mais sua propriedade condutora.
A fotodegradação de vermelho do congo (CR) também pode ser estudada por
espectroscopia Raman. CR foi adsorvido sobre a última camada de filmes finos com
nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2) com polieletrólitos como a polialilami-
na hidroclorada (PAH) e poliestireno sulfonatado de sódio (PSS) com arquitetura
PAH/PSS/TiO2(PSS/TiO2)5.68 O filme foi irradiado com luz ultravioleta durante
24 horas e então obtidos espectros Raman, revelando o surgimento de novas bandas
atribuídas ao processo de oxidação do CR. As bandas características do CR em 1595
(anel fenil), 1457 (estiramento N=N) e 1155 cm–1 aparecem com muito baixa inten-
sidade após a irradiação, indicando fotodegradação e fotoisomerização. Em adição,
espectros Raman foram obtidos de TiO2 na fase anatase comprado comercialmente
e do filme LbL PAH/PSS/TiO2(PSS/TiO2)5. Os resultados indicam que as bandas
presentes no filme são mais largas e deslocadas para o vermelho em relação à TiO2
pura. Esse fenômeno é atribuído à quebra da regra de seleção dinâmica dos fônons,
atribuídas a sistemas ordenados.
amino do cloridrato de polialilamina PAH (δNH3: 1514 Æ1536 cm–1 e 1613 a 1638
cm–1). Medidas de impedância possibilitam a detecção do MB em baixa concentra-
ção (10–7, 10–9 e 10–11 M). Estes resultados permitem inferir que a adsorção de MB
na superfície do fosfolipídio CLP é favorecida pela interação eletrostática dos grupos
fosfato. Para obter informação estrutural com a técnica SERS, CLP foi misturada
a nanopartículas de Ag (AgNPs), as quais alteram a resposta elétrica nas medidas
de impedância do sensor a partir da mudança no balanço de carga na superfície. Na
Figura 3.18 se apresentam os espectros Raman ressonante (RRS) e SERRS (RRS +
SERS) de MB adsorvido na unidade sensorial com e sem AgNPs, respectivamente.
MB apresenta absorção de luz na faixa visível, processo em ressonância com o laser de
excitação 633 nm. As bandas SERRS de maior intensidade se mostram a 1623 cm–1
(ν C=C), 1500 e 1302 cm–1 (δring. C-C), 1393 cm–1 (ν C-N=C), além de 1156 cm–1 (δ
CH). Pode-se inferir o nível de agregação de MB a partir da intensidade relativa das
bandas entre 450 e 500 cm–l (monômeros) e 480 cm–1 (estruturas agregadas). Espé-
cies monoméricas adsorvidas na unidade sensorial somente são detectadas mediante
SERRS (RRS não é possível), podendo obter fator de intensificação do sinal Raman
em um valor de 2x103 (banda 1627 cm–1).
Figura 3.18. Espectros RRS e SERRS das unidades sensoriais com camadas
de fosfolipídio depositadas por LbL, com arquitetura (PAH/CLP)5 e [PAH/
(CLP AgNP)]5, respectivamente. Os espectros foram coletados com diferentes
intensidades de laser (P) de 633 nm. RRS refere-se a uma região contendo
domínios MB, enquanto SERRS refere-se a uma região sem esses domínios
(micrômetros de tamanho). O detalhe mostra o espectro de absorção no
UV-Vis da solução aquosa MB (5mM). Adaptado de Aoki et al. (2010).
102 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
foi utilizada a técnica TERS, obtendo-se informação da superfície das fibras de al-
ginato. Na perspectiva de materiais biológicos, também foram realizados estudos
TERS em fibras amiloides37 e citocromo c.85
REFERÊNCIAS
1. Abdelsalam, M.E. et al. Electrochemical SERS at a structured gold surface. Electrochemis-
try Communications [S.I.], v. 7, p. 740-744, 2005.
2. Abdelsalam, M.E. et al. SERS at Structured Palladium and Platinum Surfaces. Journal of
The American Chemical Society [S.I.], v. 129, p. 7399-7406, 2007.
3. Alessio, P.; Luz Rodriguez-Mendez, M.; De Saja Saez, J.A.; Leopoldo Constantino, C. J.
Iron phthalocyanine in non-aqueous medium forming layer-by-layer films: growth mecha-
nism, molecular architecture and applications. Physical Chemistry Chemical Physics [S.I.],
v. 12, n. 16, p. 3972-3983, 2010.
4. Aljada, M. et al. Structured-gate organic field-effect transistors. Journal of Physics D-Ap-
plied Physics [S.I.], v. 45, n. 22, jun 6 2012.
5. Aoki, P.H.B. et al. Coupling surface-enhanced resonance raman scattering and electro-
nic tongue as characterization tools to investigate biological membrane mimetic systems.
Analytical Chemistry [S.I.], v. 82, p. 3537-3546, 2010.
6. Aoki, P.H.B. et al. Taking advantage of electrostatic interactions to grow Langmuir-Blodgett
films containing multilayers of the phospholipid dipalmitoylphosphatidylglycerol. Langmuir
[S.I.], v. 25, n. 22, p. 13062-13070, Nov 17 2009.
7. Aoki, P.H.B. et al. Spray layer-by-layer films based on phospholipid vesicles aiming sensing
application via e-tongue system. Materials Science & Engineering C-Materials for Biologi-
cal Applications [S.I.], v. 32, n. 4, p. 862-871, May 2012.
8. Aoki, P.H.B. et al. Layer-by-layer technique as a new approach to produce nanostructured
films containing phospholipids as transducers in sensing applications. Langmuir [S.I.], v. 25,
n. 4, p. 2331-2338, Feb 17 2009.
9. Aroca, R. Surface-Enhanced Vibrational Spectroscopy. Chichester: John Wiley & Sons,
2006.
10. Blodgett, K.B. Films built by depositing successive monomolecular layers on a solid surface.
Journal of American Chemistry Society [S.I.], v. 57, p. 1007-1022, 1935.
11. Bokobza, L.; Zhang, J. Raman spectroscopic characterization of multiwall carbon nanotubes
and of composites. Express Polymer Letters [S.I.], v. 6, n. 7, p. 601-608, July 2012.
12. Born, M.; Wolf, E. Principles of Optics. Oxford: Pergamon Press, 1987.
13. Bradshaw, A.M.; Schweizer, E. Spectroscopy of Surfaces. Toronto: John Wiley & Sons,
1988.
14. Branda, S.S.; Vik, A.; Friedman, L.; Kolter, R. Biofilms: the matrix revisited. Trends Mi-
crobiol. [S.I.], v. 13, p. 20-26, 2005.
15. Brosseau, C.L. et al. Surface-Enhanced Raman spectroscopy: a direct method to identify
colorants in various artist media. Analitycal Chemistry [S.I.], v. 81, p. 7443-7447, 2009.
16. Cabrera, F.C. et al. Portable smart films for ultrasensitive detection and chemical analysis
using SERS and SERRS. Journal of Raman Spectroscopy. [S.I.], v. 43, p. 474-477, 2012.
17. Centurion, L.M.P.C.; Moreira, W.C.; Zucolotto, V. Tailoring molecular architectures with
cobalt tetrasulfonated phthalocyanine: immobilization in layer-by-layer films and sensing
applications. Journal of Nanoscience and Nanotechnology [S.I.], v. 12, n. 3, p. 2399-2405,
mar 2012.
18. Chai, F. et al. Colorimetric detection of Pb2+ using glutathione functionalized gold nanopar-
ticles. ACS Applied Materials & Interfaces [S.I.], v. 2, n. 5, p. 1466-1470, 2010/05/26
2010.
108 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
19. Chang, H.C. et al. Preparation and electrochemical characterization of NiO nanostructu-
re-carbon nanowall composites grown on carbon cloth. Applied Surface Science [S.I.], v.
258, n. 22, p. 8599-8602, Sept 2012.
20. Cheng, X. et al. Characterization of multiwalled carbon nanotubes dispersing in water and
association with biological effects. Journal of Nanomaterials [S.I.], v. 2011, p. Article ID
938491, 2011.
21. Correia, F.C.; Wang, S.H.; Péres, L.O.; Caseli, L. Langmuir and Langmuir–Blodgett films
of a quinoline-fluorene based copolymer. Colloids and Surfaces A: Physicochemical and
Engineering Aspects [S.I.], v. 394, n. 0, p. 67-73, 2012.
22. Cotrone, S. et al. Phospholipid film in electrolyte-gated organic field-effect transistors. Or-
ganic Electronics [S.I.], v. 13, n. 4, p. 638-644, Apr 2012.
23. Crespilho, F.N. et al. The origin of the molecular interaction between amino acids and gold
nanoparticles: A theoretical and experimental investigation. Chemical Physics Letters [S.I.],
v. 469, n. 1-3, p. 186-190, Feb 3 2009.
24. De Oliveira, R.F.; De Moraes, M.L.; Oliveira, O.N.; Ferreira, M. Exploiting cascade reac-
tions in bienzyme layer-by-layer films. The Journal of Physical Chemistry C [S.I.], v. 115, n.
39, p. 19136-19140, 2011/10/06 2011.
25. Debe, M.K. Optical probes of organic thin films photons-in and photons-out. Progress in
Surface Science [S.I.], v. 24, n. 1-4, p. 1-282, 1987.
26. Decher, G. Fuzzy nanoassemblies: Toward layered polymeric multicomposites. Science
[S.I.], v. 277, n. 5330, p. 1232-1237, Aug 29 1997.
27. Del Cano, T.; Duff, J.; Aroca, R. Molecular spectra and molecular organization in thin solid
films of bis(neopentylimido) perylene. Applied Spectroscopy [S.I.], v. 56, n. 6, p. 744-750,
June 2002.
28. Del Cano, T. et al. Molecular stacking and emission properties in Langmuir-Blodgett films
of two alkyl substituted perylene tetracarboxylic diimides. Organic Electronics [S.I.], v. 5, n.
1-3, p. 107-114, March 2004.
29. Dhananjaya, N. et al. Hydrothermal synthesis, characterization and Raman studies of Eu3+
activated Gd2O3 nanorods. Physica B-Condensed Matter [S.I.], v. 406, n. 9, p. 1639-1644,
Apr 2011.
30. Dick, L.A.; McFarland, A.D.; Haynes, C.L.; Duyne, R.P.V. Metal film over nanosphere
(MFON) electrodes for surface-enhanced Raman spectroscopy (SERS): improvements in
surface nanostructure stability and suppression of irreversible loss. Journal of Physical Chem-
istry B [S.I.], v. 106, p. 853-860, 2002.
31. Ferreira, M. et al. Langmuir and Langmuir-Blodgett films of poly 2-methoxy-5-(n-
hexyloxy)-p-phenylenevinylene. Langmuir [S.I.], v. 19, n. 21, p. 8835-8842, Oct 14 2003.
32. Georgescu, D. et al. Experimental assessment of the phonon confinement in TiO2 anatase
nanocrystallites by Raman spectroscopy. Journal of Raman Spectroscopy [S.I.], v. 43, n. 7, p.
876-883, July 2012.
33. Graupner, R. Raman spectroscopy of covalently functionalized single-wall carbon nanotu-
bes. Journal of Raman Spectroscopy [S.I.], v. 38, n. 6, p. 673-683, jun 2007.
34. Hayazawa, N.; Motohashi, M.; Saito, Y.; Kawata, S. Highly sensitive strain detection in
strained silicon by surface-enhanced Raman spectroscopy. Appl. Phys. Lett. [S.I.], v. 86, p.
263114 (3pp), 2005.
TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE NANOMATERIAIS 109
35. He, W. et al. Design of AgM bimetallic alloy Nanostructures (M = Au, Pd, Pt) with tunable
morphology and peroxidase-like activity. Chemistry of Materials [S.I.], v. 22, n. 9, p. 2988-
2994, 2010.
36. Heriot, S.Y.; Zhang, H.-L.; Evans, S.D.; Richardson, T.H. Multilayers of 4-methylbenze-
nethiol functionalized gold nanoparticles fabricated by Langmuir–Blodgett and Langmuir-
-Schaefer deposition. Colloids and Surfaces A: Physicochemical and Engineering Aspects
[S.I.], v. 278, n. 1–3, p. 98-105, 2006.
37. Hermann, P.; Fabian, H.; Naumann, D.; Hermelink, A. Comparative study of far-field and
near-field raman spectra from silicon-based samples and biological nanostructures. Journal
of Physical Chemistry C [S.I.], v. 115, p. 24512-24520, 2011.
38. Hu, X.; Ji, J. Covalent layer-by-layer assembly of hyperbranched polyether and polyethyle-
neimine: multilayer films providing possibilities for surface functionalization and local drug
delivery. Biomacromolecules [S.I.], v. 12, n. 12, p. 4264-4271, dec 2011.
39. Huang, J. et al. Nanocomposites of size-controlled gold nanoparticles and graphene oxide:
Formation and applications in SERS and catalysis. Nanoscale [S.I.], v. 2, p. 2733-2738,
2010.
40. Jans, H.; Huo, Q. Gold nanoparticle-enabled biological and chemical detection and analysis.
Chemical Society Reviews [S.I.], v. 41, n. 7, p. 2849-2866, 2012.
41. Jensen, L.; Aikens, C.M.; Schatz, G.C. Electronic structure methods for studying surface-
-enhanced Raman scattering. Chemical Society Review [S.I.], v. 37, p. 1061-1073, 2008.
42. Jurasekova, Z.; Domingo, C.; Garcia-Ramos, J.V.; Sanchez-Cortes, S. In situ detection of
flavonoids in weld-dyed wool and silk textiles by surface-enhanced Raman scattering. J. Ra-
man Spectrosc. [S.I.], v. 39, p. 1309-1312, 2008.
43. Kam, A.P.; Aroca, R.; Duff, J. Perylene tetracarboxylic-phthalocyanine mixed thin solid fil-
ms. Surface-enhanced resonance Raman scattering imaging studies. Chemistry of Materials
[S.I.], v. 13, n. 12, p. 4463-4468, Dec 2001.
44. Khachadorian, S. et al. High pressure Raman scattering of silicon nanowires. Nanotechno-
logy [S.I.], v. 22, n. 19, May 2011.
45. Kim, D. et al. Raman characterization of thermal conduction in transparent carbon nanotube
films. Langmuir [S.I.], v. 27, n. 23, p. 14532-14538, dec 2011.
46. Kim, J.H. et al. Raman spectroscopy of ZnS nanostructures. Journal of Raman Spectroscopy
[S.I.], v. 43, n. 7, p. 906-910, July 2012.
47. Kobayashi, Y.; Takagi, D.; Ueno, Y.; Homma, Y. Characterization of carbon nanotubes
suspended between nanostructures using micro-Raman spectroscopy. Physica E-Low-Di-
mensional Systems & Nanostructures [S.I.], v. 24, n. 1-2, p. 26-31, Aug 2004.
48. Kuila, T. et al. Chemical functionalization of graphene and its applications. Progress in Ma-
terials Science [S.I.], v. 57, n. 7, p. 1061-1105, 2012.
49. Langmuir, I. The constitution and fundamental properties of solids and liquids. II. Liquids.
Journal of The American Chemistry Society [S.I.], v. 39, p. 848-1906, 1917.
50. Leona, M.; Stenger, J.; Ferloni, E. Application of surface-enhanced Raman scattering te-
chniques to the ultrasensitive identification of natural dyes in works of art. Journal Raman
Spectroscopy [S.I.], v. 37, p. 981-992, 2006.
51. Leong, M. et al. Silicon device scaling to the sub-10-nm regime. Science [S.I.], v. 306,
p. 2057-2060, 2004.
110 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
52. Li, J. et al. Rolling circle amplification combined with gold nanoparticle aggregates for highly
sensitive identification of single-nucleotide polymorphisms. Analytical Chemistry [S.I.], v.
82, n. 7, p. 2811-2816, 2010/04/01 2010.
53. Li, L.; Li, B.; Cheng, D.; Mao, L. Visual detection of melamine in raw milk using gold
nanoparticles as colorimetric probe. Food Chemistry [S.I.], v. 122, n. 3, p. 895-900, 2010.
54. Linic, S.; Christopher, P.; Ingram, D.B. Plasmonic-metal nanostructures for efficient con-
version of solar to chemical energy. Nature Materials [S.I.], v. 10, n. 12, p. 911-921, 2011.
55. Liu, B. et al. Shell thickness-dependent raman enhancement for rapid identification and
detection of pesticide residues at fruit peels. Analytical Chemistry [S.I.], v. 84, n. 1, p. 255-
261, 2012/01/03 2011.
56. Liu, D.D. et al. In situ Raman and photoluminescence study on pressure-induced phase
transition in C-60 nanotubes. Journal of Raman Spectroscopy [S.I.], v. 43, n. 6, p. 737-740,
June 2012.
57. Mantha, S. et al. Renewable nanocomposite layer-by-layer assembled catalytic interfaces for
biosensing applications. Langmuir [S.I.], v. 26, n. 24, p. 19114-19119, Dec 2010.
58. Najjar, S. et al. Characterization of single transition metal oxide nanorods by combining
atomic force microscopy and polarized micro-Raman spectroscopy. Chemical Physics Let-
ters [S.I.], v. 514, n. 1-3, p. 128-133, Sept 2011.
59. Orendorff, C.J.; Gole, A.; Sau, T.K.; Murphy, C.J. Surface-enhanced Raman spectroscopy
of self-assembled monolayers: sandwich architecture and nanoparticle shape dependence.
Analytical Chemistry [S.I.], v. 77, p. 3261-3266, 2005.
60. Pardo, H. et al. Raman characterization of bulk ferromagnetic nanostructured graphite.
Physica B-Condensed Matter [S.I.], v. 407, n. 16, p. 3206-3209, Aug 2012.
61. Pasquini, D. et al. Surface morphology and molecular organization of lignins in Lang-
muir-Blodgett films. Langmuir [S.I.], v. 18, n. 17, p. 6593-6596, Aug 20 2002.
62. Pavinatto, F.J. et al. Optimized architecture for tyrosinase-containing Langmuir-Blodgett
films to detect pyrogallol. Journal of Materials Chemistry [S.I.], v. 21, n. 13, p. 4995-5003,
2011.
63. Pereira, A.A. et al. Lignin from sugar cane bagasse: Extraction, fabrication of nanostructured
films, and application. Langmuir [S.I.], v. 23, n. 12, p. 6652-6659, June 5 2007.
64. Petrozzi, S.; Goudie, S. Practical Instrumental Analysis. Wiley, 2013.
65. Rao, A.M. et al. Effect of Van der Waals interactions on the Raman modes in single walled
carbon nanotubes. Physical Review Letters [S.I.], v. 86, n. 17, p. 3895-3898, Apr 2001.
66. Roro, K.T. et al. Solar absorption and thermal emission properties of multiwall carbon nano-
tube/nickel oxide nanocomposite thin films synthesized by sol-gel process. Materials Science
and Engineering B-Advanced Functional Solid-State Materials [S.I.], v. 177, n. 8, p. 581-
587, May 2012.
67. Ru, E.L.; Etchegoin, P. Principles of Surface Enhanced Raman Spectroscopy and Related
Plasmonic Effects. Oxford: Elsevier, 2009.
68. Sansiviero, M.T.C.; Dos Santos, D.S.; Job, A.E.; Aroca, R.F. Layer by layer TiO2 thin
films and photodegradation of Congo red. Journal of Photochemistry and Photobiology a-
Chemistry [S.I.], v. 220, n. 1, p. 20-24, Apr 2011.
69. Scarselli, M.; Castrucci, P.; De Crescenzi, M. Electronic and optoelectronic nano-devices
based on carbon nanotubes. Journal of Physics-Condensed Matter [S.I.], v. 24, n. 31, Aug
2012.
TÉCNICAS ESPECTROSCÓPICAS DE CARACTERIZAÇÃO DE NANOMATERIAIS 111
70. Schmid, T. et al. Tip-enhanced Raman spectroscopy and related techniques in studies of
biological materials. Anal Bioanal Chem [S.I.], v. 391, p. 1907-1916, 2008.
71. Silva, C.H.B. et al. Spectroscopic, morphological and electrochromic characterization of
layer-by-layer hybrid films of polyaniline and hexaniobate nanoscrolls. Journal of Materials
Chemistry [S.I.], v. 22, n. 28, p. 14052-14060, 2012.
72. Skoog, D.A.; Holler, F.J.; Crouch, S.R. Principles of Instrumental Analysis. Thomson
Brooks/Cole, 2007.
73. Suzuki, S.; Hibino, H. Characterization of doped single-wall carbon nanotubes by Raman
spectroscopy. Carbon [S.I.], v. 49, n. 7, p. 2264-2272, June 2011.
74. Tan, Y. et al. High-density hotspots engineered by naturally piled-up subwavelength struc-
tures in three-dimensional copper butterfly wing scales for surface-enhanced raman scatte-
ring detection. Adv. Funct. Mater. [S.I.], v. 22, p. 1578-1585, 2012.
75. Tarun, A.; Hayazawa, N.; Kawata, S. Tip-enhanced Raman spectroscopy for nanoscale
strain characterization. Anal Bioanal Chem [S.I.], v. 394, p. 1775-1785, 2009.
76. Tian, Z.Q.; Ren, B.; Wu, D.Y. Surface-enhanced Raman scattering: from noble to transi-
tion metals and from rough surfaces to ordered nanostructures. Journal Physical Chemistry
B [S.I.], v. 106, p. 9463-9483, 2002.
77. Umut, E. et al. Magnetic, optical and relaxometric properties of organically coated gold-
-magnetite (Au–Fe3O4) hybrid nanoparticles for potential use in biomedical applications.
Journal of Magnetism and Magnetic Materials [S.I.], v. 324, n. 15, p. 2373-2379, 2012.
78. Volpati, D. et al. Exploiting distinct molecular architectures of ultrathin films made with
iron phthalocyanine for sensing. Journal of Physical Chemistry B [S.I.], v. 112, n. 48, p.
15275-15282, Dec 2008.
79. Volpati, D.; Job, A.E.; Aroca, R.F.; Constantino, C.J.L. Molecular and morphological cha-
racterization of bis benzimidazo perylene films and surface-enhanced phenomena. Journal of
Physical Chemistry B [S.I.], v. 112, n. 13, p. 3894-3902, Apr 3 2008.
80. Vukusic, P.; Sambles, J.R. Photonic structures in biology. Nature [S.I.], v. 424, p. 852-855, 2003.
81. Wang, X. et al. Noble metal coated single-walled carbon nanotubes for applications in surfa-
ce enhanced raman scattering imaging and photothermal therapy. Journal of The American
Chemical Society [S.I.], v. 134, p. 7414−7422, 2012.
82. Wu, Z.L. et al. Probing defect sites on CeO2 nanocrystals with well-defined surface planes
by Raman spectroscopy and O-2 adsorption. Langmuir [S.I.], v. 26, n. 21, p. 16595-16606,
Nov 2010.
83. Xue, C.; Mirkin, C.A. pH-Switchable Silver Nanoprism Growth Pathways. Angewandte
Chemie International Edition [S.I.], v. 46, n. 12, p. 2036-2038, 2007.
84. Yang, Y.; Jiang, Y.; Xu, J.; Yu, J. Conducting polymeric nanoparticles synthesized in reverse
micelles and their gas sensitivity based on quartz crystal microbalance. Polymer [S.I.], v. 48,
n. 15, p. 4459-4465, 2007.
85. Yeo, B.S. et al.Tip-enhanced Raman spectroscopy can see more: the case of cytochrome c.
Journal Physical Chemistry C [S.I.], v. 112, p. 4867-4873, 2008.
86. Yonzon, C.R. et al. A glucose biosensor based on surface-enhanced raman scattering: im-
proved partition layer, temporal stability, reversibility, and resistance to serum protein inter-
ference. Analytical Chemistry [S.I.], v. 76, p. 78-85, 2004.
87. Zafer, C. et al. New perylene derivative dyes for dye-sensitized solar cells. Solar Energy Ma-
terials and Solar Cells [S.I.], v. 91, n. 5, p. 427-431, March 6 2007.
112 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
88. Zanfolim, A.A. et al. Structural and electric-optical properties of zinc phthalocyanine evapo-
rated thin films: temperature and thickness effects. Journal of Physical Chemistry C [S.I.], v.
114, n. 28, p. 12290-12299, July 22 2010.
89. Zhang, X. et al. Ultrastable substrates for surface-enhanced raman spectroscopy: al2o3 over-
layers fabricated by atomic layer deposition yield improved anthrax biomarker detection.
Journal American Chemical Society [S.I.], v. 128, p. 10304-10309, 2006.
90. Zhang, Y. et al. Shape effects of Cu2O polyhedral microcrystals on photocatalytic activity.
The Journal of Physical Chemistry C [S.I.], v. 114, n. 11, p. 5073-5079, 2010/03/25 2010.
91. Zhu, Y. et al. Low temperature preparation of hollow carbon nano-polyhedrons with uni-
form size, high yield and graphitization. Materials Chemistry and Physics [S.I.], v. 134, n.
2-3, p. 639-645, June 2012.
92. Zucolotto, V. et al. Nanoscale processing of polyaniline and phthalocyanines for sensing ap-
plications. Sensors and Actuators B-Chemical [S.I.], v. 113, n. 2, p. 809-815, Feb 27 2006.
LISTA DE SÍMBOLOS
α = coeficiente de absorção
A = absorbância
l = caminho óptico
c = concentração
E = campo elétrico
E// = campo elétrico paralelo
E⊥= campo elétrico perpendicular
I = intensidade
μ = momento de dipolo molecular
4
ESPALHAMENTO DE LUZ DINÂMICO APLICADO
À CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS
1. Teoria
1.1. Espalhamento Rayleigh
Quando radiação eletromagnética incide sobre uma amostra, diferentes fenômenos
podem ser observados, dependendo da energia da radiação e da natureza da maté-
ria. Por exemplo, na região de comprimento de onda correspondente às micro-on-
das, transições entre níveis rotacionais poderão ser observadas, enquanto absorção
de energia na região do ultravioleta resultará em transições entre níveis eletrônicos.
Dessa forma, a radiação eletromagnética constitui uma das mais importantes sondas
116 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
1 + cos2 θ ⎛ 2 π ⎞ ⎛ n 2 − 1 ⎞ ⎛ d ⎞ 6
4
I = I0 = ⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎜ ⎟
2r 2 ⎝ λ ⎠ ⎝ n 2 + 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ (1)
técnica ELD é que partículas pequenas se movem mais rapidamente do que partícu-
las maiores.
Ou seja, o coeficiente de difusão translacional (D) das partículas é inversamente
proporcional ao seu tamanho, como mostra a equação de Stokes-Einstein:
kT
D= (2)
6 πηR H
em que I(t0) é o número de fótons que chega ao detector no tempo (t0) e I(t0+t), o
número de fótons após o intervalo de tempo (t). A taxa de fotocontagem é direta-
mente proporcional à intensidade da luz que chega ao detector. Se a intensidade
decair como uma exponencial simples, a função de autocorrelação pela análise cumu-
lativa14 na configuração homodina,2 que leva em consideração apenas a luz espalhada
que chega ao detector discriminando ruídos, é dada por uma função de decaimento
exponencial com um tempo de relaxação (τ) característico:
−2 t
G (t ) = A + Be τ (4)
partículas. Porém, quando esta distribuição contiver mais do que um pico, a contri-
buição relativa de cada pico dado por intensidade pode não ser realista em relação à
quantidade de partículas que constituem as diferentes classes de tamanho.
2. Aplicações
O coeficiente de difusão translacional dependerá de como a partícula se move no
meio, portanto o diâmetro obtido por ELD inclui outras moléculas, até mesmo mo-
léculas do solvente, que estejam ao redor do núcleo e se movem junto com a partícula,
ou seja, o chamado diâmetro/raio hidrodinâmico. A adição de eletrólitos, por exem-
plo, pode causar variação no raio hidrodinâmico devido às modificações na atmosfera
iônica que circunda a partícula, por meio da redução do comprimento de Debye. Isto
permite diferenciação de tamanhos entre partículas com mesmo tamanho de núcleo,
porém superficialmente distintas como mostrado na Figura 4.4. O estudo da modi-
ficação superficial de nanopartículas por meio de medidas de raio hidrodinâmico é
uma das aplicações mais importantes do ELD.
As Figuras 4.4a e 4.4b representam esquematicamente o diâmetro de diferen-
tes esferas que circunscrevem partículas com mesmo núcleo, porém superficialmente
distintas. O tamanho calculado por ELD para a partícula mostrada na Figura 4.4a
será menor do que para a partícula mostrada na Figura 4.4b. A conformação do po-
límero ligado à superfície das partículas, como em 4b, causará variação no tamanho
aparente medido por ELD, podendo também ser estudado.
A análise do diâmetro de partículas não esféricas por ELD deve ser sempre re-
alizada com cautela. Uma vez que o diâmetro determinado depende do coeficiente
de difusão translacional descrito para objetos esféricos, que por sua vez é converti-
do em raio hidrodinâmico a partir da equação de Stokes-Einstein (2), o valor de D
calculado pelo equipamento será sempre aproximado ao de uma esfera que difunde
no meio com a mesma velocidade da partícula que está sendo analisada. Altera-
ções no formato das partículas que alterem seu coeficiente de difusão translacional
resultarão em variação do diâmetro calculado. Por exemplo, imagine um objeto
cilíndrico com comprimento (L) de 5000 nm e diâmetro (d) de 200 nm. A esfera
com volume e, portanto, coeficiente de difusão translacional equivalente ao desta
partícula deve possuir diâmetro de aproximadamente 670 nm, o que não seria uma
descrição fiel das dimensões reais desse objeto. Modificações em L e d, ou seja,
evoluções de tamanho deste cilindro, irão afetar seu coeficiente difusão e poderão
ser estudadas por ELD, porém os resultados de raio hidrodinâmico obtidos não
podem ser levados em consideração no estudo da geometria desta partícula. A
análise das dimensões de partículas anisotrópicas pode ser realizada utilizando-
-se ELD com fonte de radiação laser despolarizada,1 possibilitando a separação
das componentes que interagem paralela e transversalmente ao eixo principal das
partículas e o cálculo do coeficiente de difusão rotacional relacionado com as di-
mensões L e d. Esta análise não é possível diretamente com aparelhos comerciais,
sendo necessário o uso de diferentes valores de vetor de espalhamento (q), ou seja,
análise em múltiplos ângulos.
Levando-se em consideração as limitações quanto à geometria das partículas,
variações conformacionais em polímeros e desnaturação ou agregação de proteínas
são facilmente estudadas por ELD.5 Para estes sistemas é conveniente a análise das
funções de autocorrelação e espectro de tempos de relaxação, preferencialmente às
análises das distribuições de tamanho.6 A Figura 4.5 mostra a curva gerada pela fun-
ção de autocorrelação e o espectro de tempos de relaxação correspondentes, obtidos
por ELD, de uma solução aquosa do polieletrólito poli(estireno sulfonato) de sódio
em presença de NaCl 3,7 mol.L–1.15 Dois modos de difusão podem ser observados,
um em tempo curto, correspondente aos íons Na+ e Cl–, e, um segundo, mais lento,
correspondente ao poli-íon, mostrando ser possível separar diferentes processos di-
fusivos em um mesmo sistema, por meio desta técnica.
A Figura 4.6 mostra que o coeficiente de difusão do polímero carregado negativa-
mente é dependente da concentração de eletrólito de baixa massa molar adicionado
à solução, devido à blindagem das repulsões entre os grupos carregados presentes na
cadeia deste poli-íon. Este efeito promove enovelamento das cadeias do polímero,
refletindo na diminuição do coeficiente de difusão em solução.
ESPALHAMENTO DE LUZ DINÂMICO APLICADO À CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS 125
REFERÊNCIAS
1. Badaire, S. et al. In-situ measurements of nanotube dimensions in suspensions by depolari-
zed dynamic light scattering. Langmuir. Washington, v. 20, n. 24, p. 10367-10370, 2004.
2. Berne, J.B.; Pecora, R. Dynamic light scaterring with applications to chemistry, biology, and
physics. 2a edição. New York: Dover Publications, 2000.
3. Bohren, C.F.; Huffman, D. Absorption and scattering of light by small particles. New York:
John Wiley, 1983.
4. Borissevitch, I.E.; Parra, G.G.; Zagidullin, V.E.; Lukashev, E.P.; Knox, P.P.; Paschenko, V.Z.;
Rubin, A.B. Cooperative effects in CdSe/ZnS-PEGOH quantum dot luminescence quenching
by a water soluble porphyrin. Journal of Luminescence. Amsterdã, v. 134, p. 83-87, 2013.
5. Elofsson, U.M.; Dejmek, P.; Paulsson, M.A. Heat-induced aggregation of b-lactoglobulin
studied by dynamic light scattering. International Dairy Journal. Amsterdam, v. 6, n. 4, p.
343-357, 1996.
6. Fang, L.; Brown, W.; Konak, C. Dynamic light scattering study of the sol-gel transition.
Macromolecules. Washington, v. 24, n. 26, p. 6839-6842, 1991.
7. Guidelli, E.J.; Ramos, A.P.; Zaniquelli, M.E.D.; Baffa, O. Green synthesis of colloidal sil-
ver nanoparticles using natural rubber latex extracted from Hevea brasiliensis. Spectrochimica
Acta Part A. Amsterdam, v. 82, p. 140– 145, 2011.
8. Guidelli, E.J.; Ramos, A.P.; Zaniquelli, M.E.D.; Nicolucci, P.; Baffa, O. Synthesis and
characterization of silver/alanine nanocomposites for radiation detection in medical applica-
tions: the influence of particle size on the detection properties. Nanoscale. London, v. 4, p.
2884-2993, 2012.
9. Jana, N.R.; Earhart, C.; Ying, J.Y. Synthesis of water-soluble and functionalized nanoparti-
cles by silica coating. Chemistry of Materials. Washington, v. 19, n. 21, p. 5074-5082, 2007.
ESPALHAMENTO DE LUZ DINÂMICO APLICADO À CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS 127
LISTA DE SÍMBOLOS
λ = comprimento de onda
I0 = intensidade da radiação incidente
r = distância da fonte ao centro espalhador
q = ângulo de espalhamento
n = índice de refração
d = diâmetro da partícula
Ki = vetor de espalhamento inicial
Kf = vetor de espalhamento final
q = vetor de espalhamento resultante
D = coeficiente de difusão translacional
k = constante de Boltzmann
T = temperatura em kelvin
η = viscosidade do meio
RH = raio hidrodinâmico
G(t) = função de autocorrelação
I(t0) = número de fótons que chega ao detector no tempo t0
I(t0+t) = número de fótons após o intervalo de tempo t
τ = tempo de relaxação
σ = desvio-padrão
L = comprimento
5
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE
RAIOS X POR NANOMATERIAIS
DIEGO G. LAMAS
Professor Associado, Facultad de Ingeniería, Universidad Nacional del Comahue
e Pesquisador Independente do Conicet, Neuquén, Argentina
GUINTHER KELLERMANN
Professor Adjunto, Departamento de Física, Universidade Federal do Paraná,
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq
ALDO F. CRAIEVICH
Professor Sênior, Instituto de Física, Universidade de São Paulo, Bolsista de
Produtividade em Pesquisa do CNPq
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 131
Figura 5.1. Esquema do experimento realizado por Max Von Laue em 1912, que
resultou no nascimento da difração de raios X e da cristalografia moderna.
Em 1913, William Henry Bragg e William Lawrence Bragg (pai e filho), que
receberam o Prêmio Nobel de Física em 1915, determinaram as primeiras estruturas
cristalinas mediante a utilização de raios X. Estudaram o cloreto de sódio e outros
compostos simples, caracterizando assim o ordenamento atômico dos mesmos. Pou-
cos anos mais tarde, a técnica começou a ser aplicada para determinar as estruturas
cristalinas de compostos inorgânicos mais complexos, dando assim origem à área
científica hoje conhecida como “Cristalografia”.
A importância da difração de raios X foi notada de imediato, abrindo portas para
a determinação de estruturas atômicas ou moleculares de todos os tipos de mate-
riais, o que é um pré-requisito para a compreensão das propriedades dos mesmos.
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 133
Atualmente, esta técnica abrange uma vasta gama de aplicações, desde estudos re-
lativamente simples, mas muito importantes para a ciência dos materiais, até deter-
minações estruturais de macromoléculas biológicas complexas, incluindo proteínas,
ácidos nucleicos e ribossomos.
e 4 ⎛ 1 + cos2 (2θ ) ⎞
I (2 θ) = I 0 ⎜ ⎟ (1)
r 2m 2 c 4 ⎝ 2 ⎠
nλ = 2dhklsenθhkl (2)
Figura 5.4. Esquema para deduzir a Lei de Bragg. Para a familia de planos
cristalográficos desenhada, o pico estreito de difração dos raios X ocorre somente
segundo a direção tal que a diferença de percurso óptico é igual a um número
inteiro o comprimento de onda dos raios X (nλ).
Figura 5.5. Diagrama que mostra a origem dos cones de difração observados
mediante o método XPD.
fases que os nanocristais originais, o que em geral não acontece. No caso dos na-
nomateriais, a energia livre de superfície e a energia devida às interfaces provocam
modificações importantes nas propriedades termodinâmicas.3; 5; 6; 22; 23; 27; 48; 49; 50 Por
esse motivo, os diagramas de fases de sistemas nanoestruturados podem ser muito
diferentes dos diagramas de fases catalogados, construídos considerando-se somente
a contribuição volumétrica da energia livre de Gibbs. Por exemplo, a temperatura de
fusão, os limites de solubilidade e a estabilidade relativa das fases podem se modificar
consideravelmente. No entanto, a nova variável a se levar em conta nos diagramas de
fases, o tamanho de cristalito, tem sido pouco considerada na literatura e muito pou-
co explorada do ponto de vista tecnológico. Além dessas considerações, é importante
sempre lembrar que os nanomateriais de interesse devem ser analisados sem aplicar
nenhum tratamento que possa modificá-los.
Um exemplo clássico conhecido desde há muito tempo, de retenção de fases me-
taestáveis em nanomateriais, é o caso da fase tetragonal em nanocerâmicas à base de
ZrO2 (zircônia). A zircônia pura apresenta três fases, dependendo da temperatura,
com estruturas baseadas em redes de Bravais monoclínica, tetragonal e cúbica.38 Na
temperatura ambiente a fase estável é a monoclínica, que exibe pouco interesse tec-
nológico. Aumentando a temperatura até 1170 °C, se observa uma transformação
martensítica para a fase tetragonal, enquanto a 2370 °C se produz outra transfor-
mação martensítica para a fase cúbica. A fase cúbica possui a estrutura da fluori-
ta (CaF2), enquanto as fases de rede tetragonal e monoclínica apresentam células
unitárias similares, apenas distorcidas em relação à célula cúbica. As fases de alta
temperatura têm excelentes propriedades elétricas e mecânicas, ao passo que a fase
monoclínica não apresenta interesse tecnológico.
Enquanto na ausência de dopantes a fase monoclínica é a estável a temperatura
ambiente, em pós nanocristalinos é retida a fase tetragonal quando o tamanho mé-
dio dos cristalitos é muito pequeno, inferior a certo tamanho crítico da ordem de
20 nm. Em vários trabalhos anteriores são reportados tamanhos críticos entre 20
e 30 nm.3; 23; 27 Alguns autores afirmam que também é possível reter a fase cúbica a
temperatura ambiente sem introduzir dopantes se os cristalitos forem extremamente
pequenos, menores que 10 nm.13; 11; 58; 69; 76 Contudo, nesses estudos a fase cúbica não
foi claramente distinguida da fase tetragonal, já que a análise das fases foi realizada
por difração de raios X em condições relativamente desfavoráveis, com difratômetros
de laboratório, razão pela qual a retenção da fase cúbica não pode ser confirmada.50
Outro exemplo interessante é o de soluções sólidas nanocristalinas de ZrO2-
-Sc2O3. Este sistema tem grande importância tecnológica pela sua possível aplicação
como célula de combustível de óxido sólido (SOFC), devido à sua elevada condutivi-
dade iônica a temperaturas elevadas em comparação a outros materiais baseados em
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 143
Kλ
βS = (5)
D cosθ
λ
βS = (7)
< D > v cosθ
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 145
βD = 4 ~e tanθ (8)
Vemos nas Equações 8 e 9 que ambos os pontos de vista levam à mesma depen-
dência angular, de modo que os parâmetros ~e e <ε2>1/2 se relacionam mediante a
expressão seguinte:
~e = 1 (2 π) 1/ 2 < ε 2 > 1/ 2 (10)
2
Vários métodos podem ser utilizados no estudo por difração de raios X do efeito
combinado do tamanho de cristalito e das microdeformações. Detalhes destes méto-
dos serão descritos a seguir.
Por outro lado, sabe-se que a transformada de Fourier H(t) da função h(x) está
relacionada a F(t) e G(t) – as transformadas de f(x) e g(x), respectivamente – através
do produto direto:
Assim, conhecendo-se, a priori, o perfil instrumental g(x), (medido com uma amos-
tra com cristalitos relativamente grandes e sem microdeformações), e medindo-se o
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 147
em que N(n) é o número de células unitárias em toda a amostra que têm uma célula
vizinha a uma distância de n células na mesma coluna, N3 é o tamanho do domínio
de difração, em unidades de células unitárias, perpendiculares aos planos (00l), e
Z(n) é a diferença entre os espaçamentos das células unitárias separadas em n células.
O símbolo < > na Equação 15 indica a média sobre todos os pares de células unitárias
a uma distância de n células, na mesma coluna, em toda a amostra. Definindo ε(n)
= Z(n)/n, resulta:
N (n)
A(n,l) = < cos 2 πnl ε(n) > (16)
N3
~e = βG (22a)
4 tan θ
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 149
~e = βG (22b)
4 tan θ
βL (23a)
= 2,0207 - 0,4803φ - 1,7756φ 2
β
βG 2 (23b)
= 0,6420 + 1,4187 ( φ - π ) 1/2 - 2,2043φ + 1,8706 φ 2
β
e resulta:
βfL = βhL – βgL (25a)
No caso mais geral, com perfis de picos de difração com componentes lorentzia-
nas e gaussianas, tanto para fS(x) quanto para fD(x), o procedimento para a determi-
nação de <D> e ~e requer a análise dos picos correspondentes a duas ou mais ordens
de uma mesma reflexão. Este método foi proposto por Langford et al.54. Neste caso,
o processo de deconvolução (eliminação dos efeitos instrumentais) dado pelas Equa-
ções 24 e 25 continua sendo válido. Assumindo que f(x), fs(x) e fD(x) são funções
Voigt, resulta que:
e, portanto, formando o gráfico a partir de βfL cosθ vs. senθ pode-se obter βSL e βDL,
enquanto do gráfico de (βfG)2 cos2θ vs. sen2θ se determinam (βSG)2 e (βDG)2. A partir
150 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
<D>v = λ / βS (29a)
~e = βD / 4 (29b)
Finalmente, é importante observar que vários programas de análise e de ajuste
dos perfis dos picos de difração de raios X não são capazes de trabalhar com a função
de Voigt. Este é o caso, por exemplo, dos programas de Rietveld mais conhecidos.
Em contraste, são tipicamente aplicadas funções pseudo-Voigt (soma de uma função
gaussiana com uma lorentziana) e Pearson VII. Nesse caso, é feito um ajuste com
a função escolhida e depois se calculam as larguras das componentes lorentziana e
gaussiana equivalentes. De Keijser et al.19 calcularam expressões aproximadas para
βL e βG de acordo com os parâmetros característicos destas funções. Para descrever
este procedimento será agora considerado o caso da função pseudo-Voigt:
βL (32a)
= 0,017475 + 1,50048 η - 0,534156 η2
β
βG (32b)
= 0,184446 + 0,812692 (1- 0,998497 η ) 1/2 - 0,659603 η + 0 ,44542 η2
β
os diferentes perfis de picos. Geralmente os melhores ajustes são obtidos (i) usando
as funções pseudo-Voigt ou Pearson VII para determinar as larguras integradas das
componentes lorentziana e gaussiana mediante as Equações 23a e 23b a partir de φ
= Γ/β ou (ii) mediante as aproximações de De Keijser et al. (Equações 32a e 32b) no
caso em que o ajuste é realizado com uma função pseudo-Voigt partindo dos parâ-
metros característicos dessa função. Uma vez determinadas as larguras integrais βhL,
βhG, βgL e βgG são obtidos os parâmetros βfL e βfG usando o procedimento de decon-
volução descrito pelas Equações 24a e 24b.
Finalmente são determinados o tamanho médio de cristalito <D>v e o parâmetro
de microdeformação ~e (i) mediante a análise de somente um pico de difração supon-
do que βfL representa corretamente os efeitos de tamanho e βfG os das deformações
ou (ii) pelo método mais geral que considera as várias ordens de uma reflexão de
Bragg, calculando os parâmetros βSL, βDL, βSG e βDG com as Equações 26a e 26b e
aplicando depois as Equações 27 ou 28 para obter βS e βD.
Muitos programas de refinamento de estruturas mediante o método de Rietveld
utilizam a função pseudo-Voigt (gaussiana + lorentziana) e ajustam o parâmetro de
mistura das funções η e a largura a meia altura Γ a partir de parâmetros que modelam
suas respectivas dependências com 2θ.92 Para η se usa geralmente a relação linear:
η = NA + NB 2θ (33a)
Desta forma são determinados, mediante ajuste, os seis parâmetros seguintes: NA,
NB, U, V, W e Z.
Outra possibilidade incorporada em vários programas é o uso da função pseudo-
-Voigt Thompson-Cox-Hastings modificada.82 Neste caso se usa uma função pseu-
do-Voigt; mas, em lugar de ajustar η e Γ, se realizam ajustes diretos das larguras a
meia altura das componentes lorentziana e gaussiana ΓL e ΓG, respectivamente, a
partir dos quais se calculam η e Γ mediante as equações:
em que
Tanto neste caso quanto no descrito anteriormente são ajustados seis parâmetros.
É importante interpretar o significado dos parâmetros mencionados. Sendo βL =
(π/2) ΓL e βG = 1/2 (π/ln2)1/2 ΓG e comparando com as Equações 26a e 26b resulta:
Antes da aplicação destas equações devem ser feitas as correções dos perfis de-
vidos aos efeitos instrumentais. Se o perfil de difração instrumental e o da amostra
podem ser representados pela mesma função, as Equações 25a e 25b indicam que a
correção dos efeitos instrumentais pode ser feita mediante uma simples subtração de
coeficientes ajustados. Por exemplo, no caso de experiências de difração de nêutrons,
o perfil instrumental é, em geral, aproximadamente gaussiano e pode ser descrito
utilizando somente os parâmetros U, V e W da Equação 35b, de modo que, para
determinar βDG, se deve simplesmente calcular a diferença (U-Uins). Note-se que
estes parâmetros não dependem dos índices de Miller, hkl, da reflexão considerada,
de modo que as expressões anteriores são válidas nos casos nos quais os efeitos de
tamanho e de deformação são isotrópicos. Alguns programas começam sua aplicação
utilizando modelos isotrópicos para depois introduzir correções que levam em conta
a existência de alguma anisotropia.
disso, como o difratograma da Figura 5.8 apresenta picos muito largos, se espera que
o alargamento instrumental – tipicamente da ordem de alguns centésimos de grau,
atingindo um valor máximo da ordem de 0,1° – não modifique apreciavelmente o
perfil intrínseco. Os erros foram avaliados a partir das diferenças encontradas na lar-
gura integral dos picos determinadas com vários ajustes sem levar em conta os erros
sistemáticos mencionados.
Na Tabela 5.1 são reportados os resultados obtidos mediante a aplicação do mé-
todo de Rietveld utilizando uma função pseudo-Voigt convencional dada pela Equa-
ção 30 e ajustando os parâmetros a serem otimizados. Através desta primeira análise
obteve-se um valor estimado <D>v = 120 (5) Å. Foi também possível obter uma
estimativa do parâmetro ~e . Os valores dos parâmetros estruturais obtidos mediante
este ajuste estão listados na Tabela 5.2, os quais concordam com os reportados na
literatura.
0,33 0,50 1,12 --- 0,73 1,12 120 (5) 4,9 (2)
Para conseguir uma primeira visão qualitativa foram calculadas as larguras integrais
dos picos de difração a partir dos parâmetros ajustados com a função pseudo-Voigt
convencional utilizando a Equação (31) e foi construído o gráfico de Williamson-
-Hall, βcosθ vs. senθ, que é apresentado na Figura 5.9. Novamente, para determinar
o parâmetro β não foram feitas correções instrumentais, mas sim foram eliminados
os efeitos da radiação Kα2. Na Figura 5.9 percebe-se que, apesar de ser observada
uma pequena curvatura, os pontos se encontram aproximadamente alinhados sobre
uma reta, de modo que neste caso domina a componente lorentziana do perfil. Além
disso, observa-se uma alta inclinação da reta, o que indica um forte efeito das defor-
mações. Em caso contrário dever-se-ia obter uma reta horizontal, como previsto pela
equação de Scherrer. Este resultado concorda com o obtido anteriormente utilizando
156 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
2 πΔ s (1)
Δϕ =
λ
2 π (AB + BC ) (2)
Δϕ =
λ
Pode-se verificar na Figura 5.10a, que a diferença de percurso óptico pode ser
escrita em função dos versores 0 e 1 do vetor posição da seguinte forma:
AB = ⋅ 0 e BC = – ⋅ 1 (3)
- 2π ⋅ r (B1 - B0 ) (4)
Δϕ =
λ
- 2π (B1 - B0 ) (5)
q=
λ
2 πB1 2 πB0
A Figura 5.10b ilustra as relações entre , , e . Pode-se verificar que
λ λ
é perpendicular à bissetriz do ângulo entre 1 e 0, e seu módulo é dado por:
4 π senθ (7)
q=
λ
Note-se que, para pequenos ângulos, resulta q ≈ (2π/λ) ⋅ (2θ), ou seja, o módulo
do vetor de espalhamento, q, é aproximadamente proporcional ao ângulo de espa-
lhamento 2θ.
A amplitude da onda espalhada pelos elétrons contidos no elemento de volume
3 é igual ao número de elétrons nesse elemento de volume ρ( )d multiplicado pela
d
amplitude de espalhamento por um único elétron Ae e pelo fator de fase eiΔϕ:
dA ( ) = Ae ρ( ) eiΔϕ d (8)
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 161
∫ ∫
A ( q ) = ρ e -iq ⋅r dr + Δρ(r )e-iq ⋅r dr (11)
(12)
∫
A ( q ) = Δρ(r )e-iq ⋅r dr
I( ) = A( ) ⋅ A( )* = | A( )|2 (13)
1
∫ A ( q )e
iq ⋅r
ρ(r ) = dq (14)
( 2 π) 3
162 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
A( ) = | A( ) | eiΔϕ (15)
| A( ) | = [ I( )]1/2 (16)
∫
f (q ) = ρ(r )e-iq ⋅r dr (17)
n
A( q ) = ∑f j =1
je
-iq ⋅r j
(18)
∫ ∫ Δρ(r ) Δρ(r )e
− iq (r1 −r2 )
I ( q ) = A ( q ) A ( q )* = 1 2 dr1dr2 (20)
V 2 V1
∫ ∫
I ( q ) = [ Δρ(r ′ ) Δρ(r ′ + r )d r ′]e −iqr dr
'V'
(21)
ou
∫
I ( q ) = V γ (r )⋅ e −iqr dr (22)
1
γ(r ) =
VV ∫
Δρ(r ′ ) Δρ(r ′ + r )d r ′
(23)
164 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
1
∫ I (q )e
iq ⋅r
γ(r ) = dq (24)
(2 π)3V
sen qr
e − iq ⋅r = (25)
qr
n n
sen qrij
I(q) = ∑∑ f
i =1 j =1
i fj = qrij (26)
ou
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 165
sen qr
∫
I ( q ) = V 4 πr 2 γ (r)
qr
dr (27)
1
γ (r ) = ∫
V V′
Δρ( r ′ ) Δρ(r ′ + r ) d r ′ (28)
Ω
Como foi apontado, tanto a função γ(r) quanto I(q) dependem somente dos mó-
dulos das variáveis e , respectivamente. Isso reflete o caráter isotrópico da estrutura
analisada e da distribuição da intensidade no espaço recíproco da intensidade de
espalhamento associada.
D máx
sen qr
I ( q ) = ( Δρ ) V ∫ 4 πr 2 γ 0 ( r ) qr dr
2
(30)
0
D máx
I ( 0 ) = ( Δρ ) V ∫ 4 πr γ 0 ( r )dr = ( Δρ ) 2V 2
2 2
(31)
0
∞
1 sen qr
γ 0( r ) = 3 ∫ 4 πr
2
I(q) dq (32)
8π ( Δρ ) 2V 0
qr
∞
1
γ 0(0) = 3 ∫ 4 πr
2
I (q )dq (33)
8π ( Δρ) 2V 0
∫
Q = 4 πq 2 I ( q )dq = 8π 3 ( Δ ρ) 2V
0
(34)
A condição de sistema diluído garante que cada proteína contribua de forma in-
dependente (sem efeitos de interferência) para a intensidade total de espalhamen-
to. Dessa forma, como foi dito, a intensidade total produzida pelas N proteínas é
simplesmente N vezes a intensidade produzida por cada uma delas. Como todas as
proteínas são idênticas, somente uma delas, com todas as suas orientações, precisa
ser considerada.
Uma primeira análise para a determinação da geometria das proteínas é em
geral feita através da determinação, mediante uma transformação de Fourier da
intensidade experimental I(q), da “função de distribuição de distâncias” p(r), de-
finida como p(r) = 4πr2 γ0 (r). Em função da p(r), a Equação 30 pode ser reescrita
como:
D max
sen qr
I ( q ) = ( Δρ) 2V ∫0
p( r )
qr
dr (35)
1 sen qr
p( r ) =
8π ( Δ ρ) 2V
3 ∫ I (q) qr
dq (36)
A função p(r) é positiva, vale 0 para r=0, passa por um ou mais máximos e decai a
0 para um valor de r igual à dimensão máxima da proteína Dmax.
Características gerais sobre a forma e o tamanho das proteínas em solução podem
ser deduzidas a partir de uma análise visual da função p(r). A Figura 5.11 apresenta
os padrões de SAXS e as funções p(r) característicos de alguns objetos geométricos
com o mesmo Dmax. Objetos globulares possuem associada uma função p(r) com for-
ma gaussiana aproximadamente centrossimétrica com um máximo em r ≈ Dmax / 2.
Objetos alongados exibem uma função p(r) com um máximo em valores de r meno-
res, correspondendo aproximadamente ao raio da seção de corte Rc. As funções p(r)
de objetos achatados mostram um máximo mais alargado, também se deslocando
para distâncias menores que Dmax/2. Uma função p(r) com um máximo deslocado
para distâncias maiores que Dmax/2 é indicativa de formas de cascas esféricas. A fun-
ção p(r) associada a objetos compostos de subunidades separadas apresenta dois má-
ximos: o primeiro corresponde às distâncias intrassubunidades e outro, às distâncias
entre as subunidades.81
168 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
em que Rg é o raio de giro com respeito ao centro de massa das nanopartículas defi-
nido por
1/ 2
⎛1 ⎞
Rg = ⎜⎜ ∫ r 2 ρ( r )dr ⎟⎟ (38)
⎝ ne V ⎠
1/ 2
− q 2 Rg 2
⎛1 ⎞
I ( q ) = N (Δ ρ) 2 V 2 e 3
e Rg = ⎜⎜ ∫ r 2 dr ⎟⎟ (39)
⎝V V ⎠
2π( Δρ) 2S
I (q ) = ( q → ∞) (40)
q4
S 4π
2
= [lim q →∞ q 4 I ( q )] (41)
V Q
em que Aa(q) é a amplitude do feixe espalhado por cada proteína no vácuo, ρs As,
pelo volume de solvente excluído, e δρa Ab(q), pela camada de hidratação, em que
δρ = ρb – ρs.
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 173
em que Np é o número de pontos da curva experimental Ie(qi), σ(qi) são os erros esta-
tísticos das medidas das intensidades e c é um fator de escala. Os únicos parâmetros
da curva I(qi, r0, δρ) modelada (descrita pela Equação 43) que precisam ser ajustados
são: o fator de escala c, a diferença de densidade eletrônica entre a camada de hidra-
tação e o solvente, δρ, o raio r0 do átomo fictício utilizado pelo programa para definir
o volume excluído do solvente.
em que A (klm)(q) são as amplitudes parciais. As amplitudes parciais para o volume ocu-
pado pela k-ésima fase no DAM são dadas pela somatória sobre todos os Nk átomos
fictícios dessa fase
N
k
A (q) = i
( k)
lm
l
2 / π f (q) ∑ (qr )Y
j =1
j
*
lm
(ω j) (47)
∞ 1 ⎡K ⎤
I ( q ) = 2π2 ∑∑ ∑ ⎢ k=1
2 (k)
∑
⎢ [Δ ρk Alm ( q )] + 2 Δ ρk Alm (q)Δ ρn [ Alm ( q )] ⎥
(k) (k) *
(48)
l =0 m =−1 ⎣ n>k ⎦⎥
n
1
χ2 =
n
∑ [(I
j =1
exp
(q j ) − I (q j )) / σ( q j )] 2 (50)
Modelo de
Parâmetros Guinier GNOM DAM Fischer et al. alta resolução
Dmax (nm) 6,50 6,00 6,14
Rg(nm) 2,16 2,13 1,97 1,93
Mm (KDa) 35,4 34,4
180 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
(ii) existe uma clara semelhança entre a curva I(q) experimental e a determinada
pelo programa CRYSOL a partir da estrutura de alta resolução do monômero
da proteína; e
(iii) observa-se também uma clara semelhança entre o modelo determinado ab ini-
tio a partir da I(q) experimental mediante GASBOR e o monômero de alta
resolução (Figura 5.15).
3. GISAXS e ASAXS
3.1. Espalhamento de raios X em incidência rasante
Devido às características singulares que as nanoestruturas depositadas ou crescidas
sobre substratos podem apresentar, o estudo desses sistemas teve desenvolvimento
expressivo nas duas últimas décadas. Em grande parte o interesse nesses siste-
mas se deve à sua importância tecnológica na indústria de catálise,51 recobrimentos
protetores,84 lubrificantes,60 semicondutores,24; 26 entre outros. Assim, são de fun-
damental importância as pesquisas envolvendo o estudo das propriedades físicas
relacionadas com as superfícies e interfaces, além da correlação com a morfologia e
estrutura obtidas após um dado processo de preparação. Em particular, pode-se ci-
tar o crescimento epitaxial de pequenos cristais com dimensões nanométricas sobre
substratos monocristalinos, cuja forma e orientação dependem, entre outras carac-
terísticas, da estrutura e da face cristalográfica sobre a qual eles são depositados.64
Ou, ainda, a formação de estruturas ordenadas no interior de monocristais, após
a difusão de átomos metálicos contidos nos filmes finos que os recobrem, dando
origem a nanoestruturas ordenadas, com uniformidade de tamanho e forma.42 Tais
materiais apresentam propriedades com potencial de aplicação na construção de
dispositivos ópticos ou eletrônicos miniaturizados, de baixo consumo de energia
e chaveamento rápido, entre outras.44 Contudo, o entendimento de processos que
conduzam à obtenção de materiais contendo nanopartículas com determinadas
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 181
Índice de refração
O índice de refração é um número complexo dado por83
n = 1 – δ + iβ, (1)
em que:
λ2 N f
0
+ f j´ ( λ)
δ( r ) = r ρ( r )
2π e ∑j =l
j
Z
(2)
e
N f ( λ)
´´
λ2
β( r ) = re ρ( r )
2π
∑
j =l
j
Z
(3)
Para os fótons de raios X, a parte real do índice de refração dos materiais é menor
do que o índice de refração do ar (nar ≈ 1) ou do vácuo (nvácuo = 1). Portanto, ao incidir
sobre uma superfície plana com αi < α c , o feixe de raios X vindo do ar (ou vácuo) sofre
reflexão externa total, ou seja, o feixe é quase que totalmente refletido, não havendo
uma fração significativa de fótons sendo transmitida através da superfície. O ângulo
crítico de reflexão externa total αc, abaixo do qual não há refração e praticamente
todo o feixe é refletido, pode ser calculado da Lei de Snell tomando αt = 0.
Comprimento de penetração
Nos estudos por GISAXS, o feixe refratado atua como um feixe primário para o pro-
cesso de espalhamento. A interação desse feixe com as nanoestruturas depositadas
sobre a superfície, ou enterradas abaixo dela, dará origem a um sinal de espalhamento
proveniente de uma profundidade que depende do ângulo de incidência e da energia
dos fótons.
O parâmetro usualmente utilizado para quantificar a penetração dos raios X na
amostra é o comprimento de penetração Λ, dado por:83
( ) ( )
−1 / 2
λ ⎧ 2 2 2 ⎫
Λ= ⎨ α i − α c + 4β − α i − α c ⎬
2 2 2
(4)
2π ⎩ ⎭
em que kiz e ktz são as componentes dos vetores de onda do feixe incidente e refratado,
respectivamente, na direção normal à superfície. Os valores de kiz e ktz são dados por:
A Figura 5.18 mostra o gráfico das funções das Equações 5 e 6 para o SiO2 e para
a prata usando fótons de energia igual a 8 keV. Os valores de αc estão indicados pelas
flechas verticais. Note que para os valores αi < αc a transmissão de raios X através da
interface ar/amostra cai rapidamente. Portanto, essa condição é inadequada para o
estudo de nanoestruturas que estão enterradas no substrato. Para partículas enterra-
das é necessário utilizar αi > αc. Conhecida a profundidade em que estão as nano-
partículas, o ângulo de incidência que otimiza a intensidade de GISAXS é calculado
1 O plano de incidência é o plano que contém o feixe incidente e a reta normal à superfície.
186 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
ar/amostra que podem estar presentes em geral. Nesses casos é necessário usar fatores
de correção que dependem do modelo utilizado para descrever a rugosidade. Uma
descrição dessas correções pode ser encontrada em diversos livros sobre o assunto.83
f = k (cos 2θf cos αf, sen 2θf cos αf, sen αf) (11)
⎡d ⎤
αf = arctan ⎢ z ⎥ − αi (13)
⎣D⎦
⎡d y ⎤
2θf = arctan ⎢ ⎥ (14)
⎣D⎦
188 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
está posicionado de modo a medir a intensidade do feixe espalhado que passa através
de uma fenda, que define uma direção que forma um ângulo αf com a superfície da
amostra. Perceba que as quatro possibilidades desenhadas na figura resultam num
feixe espalhado que incide no mesmo ponto do detector.68
No caso ilustrado na Figura 5.20a, o feixe incidente é espalhado pela nanoestru-
tura sem que haja interação com o substrato. Nesse caso o vetor i tem a direção do
feixe incidente. A componente vertical do vetor de espalhamento pode ser escrita
simplesmente como qz = kfz + kiz, do mesmo modo que ocorre na geometria con-
vencional de SAXS por transmissão. No caso da Figura 5.20b ocorre uma reflexão
do feixe incidente no substrato invertendo o sinal da componente vertical do vetor
de onda incidente antes da sua interação com a partícula. A componente vertical do
vetor de espalhamento é qz = kfz + kiz. No caso 5.20c é o feixe espalhado pela amostra
que é refletido pelo substrato e assim resulta qz = –kfz – kiz. Na situação ilustrada na
Figura 5.20d tanto o feixe incidente quanto o feixe espalhado pela nanopartícula são
refletidos pelo substrato e assim qz = –kfz + kiz. Note que nas situações ilustradas na
Figura 5.20, e que envolvem a reflexão pelo substrato, somente a componente do
vetor de espalhamento perpendicular à superfície da amostra, qz, é afetada, as demais
componentes permanecendo inalteradas.68
A probabilidade com que os eventos ilustrados nas Figuras 5.20a, b, c e d ocor-
rem está relacionada às refletividades R(αi) e R(αf) da superfície. Veja que R(αi) e
R(αf), além de serem funções dos ângulos, αi e αf, dependem também da compo-
sição da superfície, do comprimento de onda da radiação utilizada e da rugosidade
do substrato.
Assim, a amplitude da onda espalhada pela partícula é dada pela soma das ondas
associadas a cada um dos diferentes processos descritos, ou seja:68
f ( q , kiz , k ) = F ( q , k - kiz ) + R ( αi ) F ( q|| , k + kiz) +
|| fz || fz F fz
F( ||, kiz, kfz) é a função que representa a amplitude de espalhamento da partícula sem
os efeitos de reflexão ou refração, || e k|| são as componentes do vetor de espalha-
mento e do módulo do vetor de onda do feixe incidente, respectivamente, no plano
xy, z é a componente escalar z do vetor de onda do feixe transmitido e n s, o índice
de refração do substrato.
190 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
O exemplo anterior não é o único em que a reflexão por interfaces precisa ser
levada em conta no cálculo da intensidade de GISAXS. Outras possibilidades, que
não serão aqui detalhadas, são, por exemplo, nanopartículas embebidas em camadas
ou multicamadas com interfaces apresentando boa refletividade. Em muitos desses
casos, para que se obtenham resultados confiáveis, se faz necessário medir a refleti-
vidade em vez de obtê-la, simplesmente, como um parâmetro de modelagem. Casos
envolvendo geometrias mais complexas são discutidos por Lazzari.55
z = fz – iz (16)
em que
~ (17)
kiz = ns2 k02 − kix2
e
2
~
k = ns2 k02 − k
fz f || (18)
são as componentes dos vetores de onda dos feixes refratado e espalhado, respecti-
vamente, dentro da amostra; ns é o índice de refração do substrato, k = k 2 + k 2 ,
f || fx fy
a componente do vetor de onda do feixe espalhado paralela à superfície da amostra,
e, k0 o módulo do vetor de espalhamento fora da amostra. As direções dos vetores de
onda fora e dentro da amostra estão mostradas na Figura 5.21.
Além da mudança na direção, a refração na interface também modula a intensi-
dade dos feixes espalhados. Essa modulação é devida à dependência do coeficiente de
transmissão de Fresnel com os ângulos que os feixes incidente e espalhado formam
com a interface. Os coeficientes de transmissão de Fresnel dos feixes incidente e
espalhado são dados por:55
2 kiz
t (kiz) = ~ (19)
kiz + kiz
e
2 k fz
t (kfz) = ~ (20)
k fz + k fz
respectivamente.
192 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
Figura 5.21. (a) Refração do feixe incidente e dos feixes espalhados ao atravessarem
a interface ar/amostra. Por motivo de clareza, somente dois feixes espalhados estão
representados; (b) vetor de espalhamento 1 do feixe 1 fora da amostra; e (c) vetor de
espalhamento 1 correspondente ao feixe 1 no interior da amostra.
em que μ é o coeficiente de absorção linear do meio percorrido pelo feixe, que de-
pende da composição da amostra e da energia dos fótons de raios X; αf é o ângulo
entre o feixe espalhado e a superfície da amostra e d é a profundidade em que as
nanopartículas estão enterradas.
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 193
os coeficientes ai, bi, e c tabelados.15; 90 As curvas f0 versus senθ/λ para os átomos com
número atômico Z entre 1 e 92 estão representadas na Figura 5.25.
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 199
r r
fatm( q , E ) = f 0 ( q ) + f ′( q , E ) + i f ′′( q , E ) (25)
em que f ' e if " são os chamados termos de correção do fator de espalhamento do áto-
mo. Além de dependerem de , f ' e if " também dependem da energia E dos fótons.
O termo f ', correção da parte real de fatm, é um número negativo e está relacionado
à diminuição da capacidade que o átomo tem de espalhar os raios X. Já f " está rela-
cionado ao processo de absorção e fluorescência de raios X. Assim como para f0, f ' e
f " são dados em número de elétrons; f ' e f " estão relacionados a δ e β do índice de
refração através das Equações 2 e 3.
200 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
A Figura 5.26 mostra a dependência de f ' em relação à energia dos fótons para
o caso do átomo de Bi isolado.32 Como se vê nesse gráfico, somente para valores de
energia muito afastados das correspondentes às bordas de absorção é que f ' é apro-
ximadamente igual a zero e pode-se tomar o fator de espalhamento atômico como
sendo dado por f0. Para valores de energia próximos aos correspondentes às bordas de
absorção, é absolutamente necessário levar em conta a dependência de fatm em relação
a E para descrever corretamente o processo de espalhamento.
O termo f " só difere significativamente de zero para energias dos fótons próxi-
mas e acima das correspondentes às bordas de absorção, onde ocorre um aumento
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 201
∑n α i
f
i atm(E)
ρ (r , E ) =
eff i (27)
δV ( r )
∫
F j ( q , E ) = [ ρeff ( r , E ) − ρ0eff ( E )] exp( −iq ⋅ r )d 3r (28)
[ ][
2
] 2
[
I ( q, E ) = ρeffA (E ) − ρ0 V ( RA ) 2 F ( q, RA ) NA + ρeff
B
][
2
] 2
− ρ0 V ( RB ) 2 F ( q, RB ) NB
(30)
em que o primeiro termo à direita corresponde à contribuição das partículas com áto-
mos A, que denominaremos IA (q, E), e o segundo, à contribuição das partículas com
átomos B, que denominaremos IB (q). NA e NB são o números de partículas formadas
pelos elementos A e B, respectivamente, e ρAeff e ρBeff, os correspondentes fatores de
espalhamento atômico por unidade de volume (ou as “densidades eletrônicas efe-
tivas”). V(RA) e V(RB) são os volumes, e |F(q, RA)|2 e |F(q, RB)|2 são os fatores de
forma normalizados das partículas formadas pelos elementos A e B, respectivamente.
Note que nesse caso somente ρAeff varia com a energia dos fótons enquanto ρBeff e ρ0
permanecem essencialmente constantes dentro do intervalo em energia considerado.
Portanto, a diferença entre as intensidades de SAXS medidas em E1 e E2 será:
I(q, E1) – I(q, E2) = [IA(q, E1) + IB(q)] – [IA(q, E2) + IB(q)] (31)
Como a intensidade IB(q) é a mesma para as energias dos fótons E1 e E2, a dife-
rença da contribuição das partículas formadas pelo elemento B se cancela e, assim:
I(q, E1) – I(q, E2) = IA(q, E1) – IA(q, E2) (32)
I(q, E1) – I(q, E2) = NA[V(RA)]2 |F(q, RA)|2 {[ρA (E1) – ρ0]2 – [ρA (E2) – ρ0]2} (33)
utilizados. Portanto, para cada medida de SAXS de uma certa amostra, para uma
dada energia de fótons, também é necessária a medida do espalhamento parasita –
sem a amostra – nessa mesma energia. Após a normalização das intensidades pela
atenuação da amostra, a contribuição devida ao espalhamento parasita deve ser sub-
traída da curva da intensidade total.
2 ∞ E´ f ´´(E´)
f ' (E ) =
π ∫
0 ( E´ 2 − E 2 )
dE´ (36)
[ ]
2 Rmax
2⎛ 4π ⎞
∫ F (q, R)
2 (37)
I (q, E ) = ρBi (E) − ρ0 ⎜ ⎟ N ( R ) R 6 dR + I v (q )
⎝ 3 ⎠ Rmin
em que
2
2 ⎡ sen( qR ) − qR cos(qR) ⎤
F ( q, R ) = ⎢3 ⎥ (38)
⎣ ( qR )3 ⎦
REFERÊNCIAS
1. Abdala, P.M.; Craievich, A.F.; Fantini, M.C.A.; Temperini, M.L.A.; Lamas, D.G. Metas-
table phase diagram of nanocrystalline ZrO2-Sc2O3 solid solutions. The Journal of Physical
Chemistry C, v. 113, p. 18661-18666, 2009.
2. Abdala, P.M.; Fantini, M.C.A.; Craievich, A.F.; Lamas, D.G. Crystallite size-dependent
phases in nanocrystalline ZrO2-Sc2O3. Physical Chemistry Chemical Physics, v. 12, p.
2822-2829, 2010.
3. Abdala, P.M. Materiales nanoestructurados y de grano fino de ZrO2-Sc2O3 para celdas de
combustible de óxido sólido de temperatura intermédia. Doctorado en Ciencia y Tecnolo-
gía, Mención Materiales, Instituto Sábato, Universidad Nacional de Gral. San Martín, San
Martín, Argentina, 2010.
4. Abdala, P.M.; Craievich, A.F.; Lamas, D.G. Size-dependent phase transitions in nanostruc-
tured zirconia-scandia solid solutions. RSC Advances, v. 2, p. 5205-5213, 2012.
5. Acuña, L.M.; Peña-Martínez, J.; Marrero-López, D.; Fuentes, R.O.; Nuñez, P.; La-
mas, D.G. Electrochemical performance of nanostructured La0.6Sr0.4CoO3-d and
Sm0.5Sr0.5CoO3-d cathodes for IT-SOFCs. Journal of Power Sources, v. 196, p. 9276-
-9283, 2011.
6. Acuña, L.M. Conductores mixtos nanoestructurados para electrodos de celdas de combus-
tible de óxido sólido de temperatura intermedia. Tesis de Doctorado en Ciencias Físicas,
Facultad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad Nacional de Buenos Aires, Buenos
Aires, Argentina, 2012.
7. Als-Nielsen, J.; Mcmorrow, D. Elements of Modern X-ray Physics. UK: John Wiley &
Sons, 2011.
8. Brumberger, H. Modern Aspects of Small-Angle X-ray Scattering. Dordrecht: Kluwer Aca-
demic Publisher, 1993.
210 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
27. Garvie, R.C. The occurrence of metastable tetragonal zirconia as a crystallite size effect.
Journal of Physical Chemistry, v. 69, p. 1238-1243, 1965.
28. Giacovazzo, C.; Mónaco, H. L.; Artioli, G.; Viterbo, D.; Milanesio, M.; Ferraris, G.; Gilli,
G.; Gilli, P.; Zanotti, G.; Catti, M. Fundamentals of Crystallography (Third Edition). New
York: International Union of Crystallography, Oxford University Press, 2011.
29. Glatter, O.; Kratky, O. Small Angle X-ray Scattering. London:Academic Press, 1982.
30. Guinier, A.; Fournet, G. Small Angle Scattering of X-rays. New York: Wiley, 1955.
31. Haubold, H.-G.; Wang, X. H.; Goerigk, G.; Schilling, W. In situ anomalous small-angle
X-ray scattering investigation of carbon-supported electrocatalysts. Journal of Applied Crys-
tallography, v. 30, p. 653-658, 1997.
32. Henke, B. L.; Gullikson, E. M.; Davis, J. C. X-ray interactions: photoabsorption, scattering,
transmission, and reflection at E=50-30000 eV, Z=1-92. Atomic Data and Nuclear Data
Tables, v. 54, p.181-342, 1993.
33. Hoell, A.; Bley, F.; Wiedenmann, A.; Simon J.P.; Mazuelas, A.; Boesecke, P. Composi-
tion fluctuations in the demixed supercooled liquid state of Zr41Ti14Cu12.5Ni10Be22.5: A
combined ASAXS and SANS study. Scripta Materialia, v. 44, p.2335-2339, 2001.
34. Hosemann, R. Die parakristalline feinstruktur natürlicher und synthetischer eiweisse. vi-
suelles näherungsverfahren zur bestimmung der schwankungstensoren von gitterzellen. Acta
Crystallographica, v. 4, p.520–530, 1951.
35. Hufnagel, T.C.; Gu, X.F.; Munkholm, A. Anomalous small-angle X-ray scattering studies
of phase separation in bulk amorphous Zr52.5Ti5Cu17.9Ni14.6Al10. Materials Transac-
tions, v. 42, p.562-564, 2001.
36. James, R.W. The Optical Principles of the Diffraction of X-Rays. Ithaca: Cornell University
Press, 1965.
37. Jokela, K.; Serimaa, R.; Torkkeli, M.; Etelaniemi, V.; Ekman, K. Structure of the grafted
polyethylene-based palladium catalysts: WAXS and ASAXS study. Chemistry of Materials,
v. 14, p.5069-5074, 2002.
38. Juárez, R.E.; Lamas, D.G.; Lascalea, G.E.; Walsöe De Reca, N.E. Synthesis and structural
properties of zirconia-based nanocrystalline powders and fine-grained ceramics. Defect and
Diffusion Forum, v. 177-78, p. 1-26, 1999.
39. Juárez, R.E.; Lamas, D.G.; Lascalea, G.E.; Walsöe De Reca, N.E. Synthesis of nanocrys-
talline zirconia powders for TZP ceramics by a nitrate-citrate combustion route. Journal of
the European Ceramic Society, v. 20, p. 133-138, 2000.
40. Kellermann, G.; Vicentin, F.; Tamura, E.; Rocha, F.; Tolentino, H.; Barbosa, A.; Craievich,
A.F.; Torriani, I..The small angle X-ray scattering beamline at the Brazilian synchrotron
light laboratory. Journal of Applied Crystallography, v. 30, p. 880-883, 1997.
41. Kellermann, G.; Rodriguez, E.; Jimenez, E.; Cesar, C.L.; Barbosa, L.C.; Craievich, A.F.
Structure of PbTe(SiO2)/SiO2 multilayers deposited on Si(111). Journal of Applied Crys-
tallography, v. 43, p.385–393, 2010.
42. Kellermann, G.; Montoro, L.A.; Giovanetti, L.J.; Santos Claro, P.C.; Zhang, L.; Ramirez,
A. J.; Requejo, F. G.; Craievich, A.F. Formation of an extended CoSi2 thin nanohexagons
array coherently buried in silicon single Crystal. Applied Physics Letters, v. 100, p. 063116,
2012.
43. Kirkpatrick, S.; Gelatt Jr., C. D.; Vecchi, M. P. Optimization by simulated annealing.
Science, v. 220, p. 671-680, 1983.
212 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
44. Klimov, V.I. Semiconductor and Metal Nanocrystals: Synthesis and Electronic and Optical
Properties. UK: Taylor & Francis e-Library, 2005.
45. Klug, H.P.; Alexander, L.E. X-ray Diffraction Procedures for Polycrystalline and Amor-
phous Materials. Nova York: John Wiley & Sons, 1974.
46. Kramers, H.A. La Diffusion de la Lumière par les Atomes. Atti Cong. Intern. Fisica (Tran-
sactions of Volta Centenary Congress) Como 2: 545-557, 1927
47. Kronig, R. L. On the theory of the dispersion of X-rays. Journal of the Optical Society of
America, v. 12, p. 547-557, 1926.
48. Lamas, D.G. Estudio de las interfaces óxido de conducción iónica/óxido semiconductor/gas
– Obtención de un nuevo sensor de gases. Tesis de Doctorado en Ciencias. Físicas, Facul-
tad de Ciencias Exactas y Naturales, Universidad Nacional de Buenos Aires, Buenos Aires,
1999.
49. Lamas, D.G.; Fuentes, R.O.; Fábregas, I.O.; Fernández De Rapp, M.E.; Lascalea, G.E.;
Casanova, J.R.; Walsöe De Reca, N.E.; Craievich, A.F. Synchrotron X-ray diffraction study
of the tetragonal-cubic phase boundary of nanocrystalline ZrO2-CeO2 synthetisized by a
gel-combustion process. Journal of Applied Crystallography, v. 38, p. 867-873, 2005.
50. Lamas, D.G.; Rosso, A.M.; Suarez Anzorena, M.; Fernández, A.; Bellino, M.G.; Cabezas,
M.D.; Walsöe De Reca, N.E.; Craievich, A.F. Crystal structure of pure ZrO2 nanopowders.
Scripta Materialia, v. 55, p. 553-556, 2006.
51. Lambert, R.M.; Pacchioni, G. Chemisorption and Reactivity on Supported Clusters and
Thin Films: Towards an Understanding of Microscopic Processes in Catalysis. Netherlands:
Kluwer Academics Publishers, 1997.
52. Langford, J.I. A rapid method for analysing the breadths of diffraction and spectral lines
using the Voigt function. Journal of Applied Crystallography, v. 11, p. 10-14, 1978.
53. Langford, J.I.; Wilson, A.J.C. Scherrer after sixty years: A survey and some new results in the
determination of the crystallite size. Journal of Applied Crystallography, v. 11, p. 102-113,
1978.
54. Langford, J.I.; Delhez, R.; De Keijser, Th.H.; Mittemeijer, E.J. Profile analysis for micro-
crystalline properties by the Fourier and other methods. Australian Journal of Physics, v. 41,
p. 173-187, 1988.
55. Lazzari, R. IsGISAXS: a program for grazing-incidence small-angle X-ray scattering analy-
sis of supported islands. Journal of Applied Crystallography, v. 35, p. 406-421, 2002.
56. Lifshitz, I.M.; Slyozov, V.V. The kinetics of precipitation from supersaturated solid solu-
tions. Journal of Physics and Chemistry of Solids, v. 19, p. 35-50, 1961.
57. Lintala, M.; Allahverdiyeva, Y.; Kidron, H.; Piippo, M; Battchikova, N; Suorsa, M.; Rinta-
mäki, E; Salminen, T.A.; Aro, E.M.; Mulo, P. Structural and functional characterization of
ferredoxin-NADP+ oxidoreductase using knock-out mutants of Arabidopsis. Plant Journal,
v. 49; p.1041-1052, 2007.
58. Mazdiyasni, K.S.; Lynch, C.T.; Smith, J.S. Metastable transitions of zirconium oxide ob-
tained from decomposition of alkoxides. Journal of the American Ceramic Society, v. 49, p.
286-287, 1966.
59. Mittemeijer, E.J.; Scardi, P. (eds.) Diffraction Analysis of the Microstructure of Materials.
Berlin: Springer-Verlag, Berlin Heidelberg, 2004.
60. Mortier, R.M.; Fox, M.F.; Orszulik, S.T. Chemistry and Technology of Lubricants. 3rd ed.
New York: Springer, 2010.
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 213
61. Nascimento, A.S.; Catalano-Dupuy, D.L.; Bernardes, A.; Oliveira Neto, M.; Santos,
M.A.M.; Ceccarelli, E.A.; Polikarpov, I. Crystal structures of leptospira interrogans FAD-
-containing ferredoxin-NADP+ reductase and its complex with NADP+BMC. Structural
Biology, v. 7, p. 69-81, 2007.
62. Patel, M.; Rosenfeldt, S.; Ballauff, M.; Dingenouts, N.; Pontoni, D.; Narayanan, T. Analy-
sis of the correlation of counterions to rod-like macroions by anomalous small-angle X-ray
scattering. Physical Chemistry Chemical Physics, v. 6, p.2962-2967, 2004.
63. Patterson, A.L. A direct method for the determination of the components of interatomic
distances in crystals. Zeitschrift fur Kristallographie A, v. 90, p. 517-542, 1935.
64. Peng, X.; Schlamp, M.C.; Kadavanich, A.V.; Alivisatos, A.P. Epitaxial growth of highly lu-
minescent CdSe/CdS core/shell nanocrystals with photostability and electronic accessibility.
Journal of the American Chemistry Society, v. 119, p. 7019-7029, 1997.
65. Petkov, V. Nanostructure by high energy X-ray diffraction. Materials Today, v. 11, p. 28-38,
2008.
66. Pietsch, U; Holy, V.; Baumbach T. High-Resolution X-Ray Scattering: From Thin Films
to Lateral Nanostructures. New York: Springer, 2004.
67. Rasmussen, F.B.; Sehested, J.; Teunissen, H.T.; Molenbroek, A.M.; Clausen, B.S. Sin-
tering of Ni/Al2O3 catalysts studied by anomalous small angle X-ray scattering. Applied
Catalysis A-General, v. 267, p.165-173, 2004.
68. Rauscher, M.; Paniago, R.; Metzger, H.; Kovats, Z.; Domke, J.; Peisl, J.; Pfannes, H.D.;
Schulze, J.; Eisele, I. Grazing incidence small-angle scattering from free standing nanostruc-
tures. Journal of Applied Physics, v. 86, p.6763-6769, 1999.
69. Roy, S.; Ghose, J. Synthesis of stable nanocrystalline cubic zirconia. Materials Research
Bulletin, v. 35, p. 1195-1203, 2000.
70. Ruh, R.; Garrett, H.J.; Domagala, R.F.; Patel, V.A. The system zirconia-scandia. Journal of
the American Ceramic Society, v. 60, p. 399-403, 1977.
71. Scardi, P.; Leoni, M.; Lamas, D.G.; Cabanillas, E.D. Grain size distribution of nanocrys-
talline systems. Powder Diffraction, v. 20, p. 353-358, 2005.
72. Semenyuk, A.V.; Svergun, D.I. Gnom – a program package for small-angle scattering data
processing. Journal of Applied Crystallography, v. 24, p.537-540, 1991.
73. Squire, P.G., Himmel, M.E. Hydrodynamics and protein hydration. Archives of Bioche-
mistry Biophysics, v. 196, 165-177, 1979.
74. Stuhrmann, H.B. Ein neues verfahren zur bestimmung der oberfla chenform und der inne-
ren struktur von gelosten globularen proteinen.Zeitschrift fur Physikalische Chemie Neue
Folge, v.72, p. 177-198, 1970.
75. Stuhrmann, H.B. Interpretation of small-angle scattering of dilute solutions and gases: a
representation of the structures related to a one-particle scattering functions. Acta Crystallo-
graphica A, v.26, p. 297-306, 1970.
76. Štefanić, G.; Popović, S.; Musić, S. Influence of pH on the hydrothermal crystallization
kinetics and crystal structure of ZrO2. Thermochimica Acta, v. 303, p. 31-39, 1997.
77. Svergun, D.I. Determination of the regularization parameter in indirect-transform methods
using perceptual criteria. Journal of Applied Crystallography, v. 25, p. 495-503, 1992.
78. Svergun, D.I.; Barberato, C.; Koch, M.H.J. Crysol – a program to evaluate X-ray solution
scattering of biological macromolecules from atomic coordinates. Journal of Applied Crys-
tallography, v. 28, p. 768-773, 1995.
214 TÉCNICAS DE NANOCARACTERIZAÇÃO
79. Svergun, D.I. Restoring low resolution structure of biological macromolecules from solution
scattering using simulated annealing. Biophysical Journal, v.76, p.2879-2866, 1999.
80. Svergun, D.I.; Petoukhov, M.V.; Koch, M.H.J. Determination of domain structure of pro-
teins from x-ray solution scattering. Biophysical Journal, v.80, p. 2946-2953, 2001.
81. Svergun, D.I.; Koch, M.H.J. Small-angle scattering studies of biological macromolecules in
solution. Reports Progress Physics, v. 66, p. 1735-1782, 2003.
82. Thompson, P.; Cox, D.E.; Hastings, J.B. Rietveld refinement of Debye-Scherrer synchro-
tron X-ray data from Al2O3. Journal of Applied Crystallography, v. 20, p. 79-83, 1987.
83. Tolan, M. X-Ray Scattering from Soft-Matter Thin Films: Materials Science and Basic
Research. Berlin: Springer-Verlag Berlin Heidelberg, 1999.
84. Voevodin, A.A; Shtansky, D.V.; Levashov, E.A.; Moore, J.J. Nanostructured Thin Films
and Nanodispersion Strengthened Coatings. Netherlands: Kluwer Academics Publishers,
2004.
85. Volkova, V.V.; Svergun, D.I. Uniqueness of ab initio shape determination in small-angle
scattering. Journal of Applied Crystallography, v. 36, p. 860-864, 2003.
86. Von Laue, M. Concerning the detection of X-ray interferences. Nobel Lecture, 1915.
87. Warren, B.E. X-ray Diffraction. New York: Dover Publications, 1990.
88. Wendin, G. Anomalous X-ray scattering. Physica Scripta, v. 21, p. 535, 1980.
89. Williamson, G.K; Hall, W.H. X-ray line broadening from filed aluminium and wolfram.
Acta Metallurgica, v. 1, p. 22-33, 1953.
90. Wilson, A. C. J. International Tables for X-ray Crystallography vol. C. Kluwer Academic
Press, p. 500-502, 1995.
91. Yoneda, Y. Anomalous surface reflection of X-rays. Physical Review, v. 131, p. 2010-2013,
1963.
92. Young, R.A. (ed.) The Rietveld Method. International Union of Crystallography. New
York: Oxford University Press, 1995.
LISTA DE SÍMBOLOS
f iatm = fator de espalhamento atômico do átomo i como função da energia E dos fótons
= vetor de espalhamento no interior da amostra
e t = tamanho lateral e espessura de um hexágono
F j = amplitude de espalhamento do objeto de índice j
Ae = amplitude de espalhamento por um único elétron
χ2 = discrepância quadrática
Nsph (R) = distribuição de raios de nanopartículas esféricas como função do raio R
f (q) = fator de espalhamento atômico
γ0 (r) = função característica
γ (r) = função de correlação
Rg = raio de giro
φ = ângulo azimutal
μ (E) = coeficiente de absorção linear como função da energia
μ = coeficiente de absorção linear do meio percorrido pelo feixe
AD (n, l) = coeficientes de Fourier cosseno associados às microdeformações
ρ ( ) = densidade eletrônica arbitrária
DIFRAÇÃO E ESPALHAMENTO DE RAIOS X POR NANOMATERIAIS 215